PSI-20 recupera mais de 1% após cinco sessões de quedas. BCP sobe quase 4%

Após cinco sessões consecutivas de quedas, o PSI-20 está a valorizar no início da sessão desta terça-feira. O BCP é o título que mais sobe, somando quase 4%.

O PSI-20 está a valorizar 1,37% para os 5.284,8 pontos neste arranque da sessão desta terça-feira. O principal índice da bolsa lisboeta volta assim a terreno positivo após cinco sessões consecutivas de quedas.

Na Europa, as principais praças europeias também negoceiam em alta. O alemão DAX sobe 0,9%, o francês CAC valoriza 0,2%, o espanhol IBEX avança 0,8% e o britânico FTSE aumenta 0,7%. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, sobe 0,4%. Na sessão passada, o potencial colapso da Evergrande, uma construtora chinesa, tinha deixado os investidores nervosos.

Em Lisboa, no início da sessão apenas uma cotada descia: a Pharol cujas ações desvalorizavam 0,56% para os 8,85 cêntimos. Porém, agora nenhuma cotada está a cair uma vez que a Pharol está agora a subir 1,12% para os 9 cêntimos. A Ramada, Corticeira Amorim e Ibersol estão inalteradas.

As restantes cotadas, incluindo a recém-estreada Greenvolt, estão no verde. A cotada de energias renováveis que se estreou esta segunda-feira no PSI-20, após ter chegado ao PSI Geral em julho deste ano, está a recuperar da queda de 5% da sessão anterior. As ações sobem 1,69% para os 6,03 euros neste momento.

Porém, a maior subida é protagonizada pelo BCP que valoriza 3,89% para os 12,82 cêntimos. Segue-se os CTT que valorizam 2,52% para os 4,68 euros, a Mota Engil que avança 1,67% para os 1,33 euros e a Navigator que sobe 1,62% para os 3 euros. Ainda com valorizações acima de 1% estão a EDP, os EDP Renováveis, a Sonae e a Nos.

A Galp Energia, que foi colocada pelo primeiro-ministro no epicentro da campanha das autárquicas, valoriza 1,34% para os 8,37 euros. O Público revela esta terça-feira que a petrolífera recusou formação do IEFP, a qual obrigava ao pagamento dos salários, para requalificar os 140 trabalhadores da refinaria de Matosinhos (que foi desativada este ano), os quais viriam a ser despedidos em setembro.

Fora do PSI-20, o destaque vai para a Martifer, cujas ações sobem 10,72% para os 8,88 cêntimos, depois de a empresa ter anunciado que ganhou um contrato de 35 milhões para a ampliação de Aeroporto de Marselha. Nesta obra no aeroporto francês de Marselha, a parte que vai caber à Martifer Constructions diz respeito ao fornecimento e montagem de estrutura metálica, fachadas em vidro, clarabóias e revestimentos em chapa de alumínio, sublinha a empresa.

(Notícia atualizada às 8h53 com a atualização das cotações)

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Concorrência alerta que fixar margens de combustíveis pode fechar bombas

  • ECO
  • 21 Setembro 2021

A Autoridade da Concorrência enviou um documento ao Parlamento no qual alerta para aquilo que diz ser "os riscos de distorção da concorrência" ao fixarem-se margens para os combustíveis.

A proposta de lei do Governo que visa limitar as margens de combustíveis pode limitar a concorrência, afastando as empresas de menor dimensão do mercado e até encerrando postos de combustível, alerta a Autoridade da Concorrência (AdC).

A AdC, citada pela TSF, avisa o Parlamento para aquilo que diz serem os “riscos de distorção da concorrência” ao fixarem-se as margens máximas para o GPL em garrafa e os combustíveis simples. Os deputados receberam na última semana o documento da autoridade que avalia a proposta legislativa em causa, aprovada na passada sexta-feira na generalidade, com votos contra do CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal e abstenção do PSD.

No documento, lê-se que “a imposição de um limite máximo a um nível artificialmente baixo, que não permita aos operadores recuperarem os custos de fornecimento, poderá ter um impacto negativo nos investimentos e na manutenção dos ativos e potenciar a saída de operadores, em particular de menor dimensão, com impacto na capilaridade da rede de postos e na concorrência”.

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Galp recusou formação paga pelo Estado para trabalhadores da refinaria de Matosinhos

  • ECO
  • 21 Setembro 2021

A Galp não quis continuar a pagar o salário dos 140 trabalhadores que despediu, reconvertendo-os noutras funções através da formação do IEFP, de acordo com o Governo.

A Galp recusou formação do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para os seus trabalhadores da refinaria de Matosinhos que foi desativada este ano, uma vez que teria de continuar a pagar os salários e manter os contratos. Esta oferta foi feita em julho numa reunião entre a comissão de trabalhadores, a administração da empresa, a DGERT e o IEFP, antes de se consumar o despedimento coletivo 140 trabalhadores a 15 de setembro, segundo informação prestada pelo Ministério do Trabalho ao Público (acesso condicionado). Questionada pelo jornal, a Galp não respondeu.

Esta notícia surge depois de António Costa ter criticado a empresa numa ação de campanha no município, afirmando que é necessário dar uma “lição” à Galp. “Era difícil imaginar tanto disparate, tanta asneira, tanta insensibilidade, tanta irresponsabilidade, tanta falta de solidariedade como aquela que a Galp deu provas aqui em Matosinhos” com a desativação da refinaria, disse António Costa. “As declarações do secretário-geral do PS foram bem claras“, respalda Luísa Salgueiro, a atual presidente da câmara que se recandidata.

O mesmo não podem dizer os sindicatos Fiequimetal e SITE Norte, que apelidam as declarações de Costa de “cínicas e fingidas”, e a Comissão de Trabalhadores da Petrogal, que diz que estas palavras chegam com meses de atraso. Sobre o futuro dos terrenos da refinaria, ainda está tudo em aberto, existindo reuniões entre a autarquia e a empresa, mas sem nenhum desfecho até ao momento. Em aberto está também a possibilidade de afetar verbas do Fundo para a Transição Justa a Matosinhos para apoiar os trabalhadores, mas nada irá para a Galp, garante Luísa Salgueiro.

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Hoje nas notícias: Galp, Efacec e combustíveis

  • ECO
  • 21 Setembro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Após as críticas do primeiro-ministro à petrolífera, sabe-se agora que a Galp Energia recusou formação oferecida pelo IEFP aos trabalhadores da refinaria que desativou uma vez que implicava continuar a pagar-lhes os salários e manter os contratos. Outra empresa, a Efacec, vive tempos complicados por não ter “acesso a instrumentos financeiros que lhe permitam operar com normalidade” com a competitividade adequada nos mercados, de acordo com o seu CEO.

Galp recusou formação dos trabalhadores da refinaria de Matosinhos

A Galp recusou formação do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para os seus trabalhadores da refinaria de Matosinhos que foi desativada este ano uma vez que teria de continuar a pagar os salários e manter os contratos. Esta oferta foi feita em julho numa reunião entre a comissão de trabalhadores, a administração da empresa, a DGERT e o IEFP, antes de se consumar o despedimento coletivo 140 trabalhadores a 15 de setembro. Esta notícia surge depois de António Costa ter criticado a empresa numa ação de campanha no município, afirmando que é necessário dar uma “lição” à Galp.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Efacec está confinada no acesso à banca

O CEO da Efacec queixa-se que a empresa não tem “acesso a instrumentos financeiros que lhe permitam operar com normalidade” e com a competitividade adequada nos mercados. Ângelo Ramalho, em entrevista ao Jornal de Negócios, diz que o caminho de recuperação está a ser percorrido “em condições extremamente confinadas” no que diz respeito ao acesso à banca. O responsável rejeita que a empresa tenha tido uma quebra de encomendas, explicando que “a empresa só acomoda as encomendas que tenha capacidade para entregar” e explica o aumento da dívida líquida com o financiamento que tiveram ao abrigo do Estado.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Concorrência alerta que fixar margens de combustíveis pode fechar bombas

A Autoridade da Concorrência (AdC) alerta para o facto de a proposta de lei do Governo que visa limitar as margens de combustíveis poder limitar a concorrência, afastando as empresas de menor dimensão do mercado e até fechando postos de combustível. A AdC avisa o Parlamento para aquilo que diz serem os “riscos de distorção da concorrência” ao fixarem-se as margens máximas para o GPL em garrafa e os combustíveis simples. Os deputados receberam na última o documento da entidade que avalia a proposta legislativa em causa, aprovada na última sexta-feira na generalidade, com votos contra do CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal e abstenção do PSD.

Leia a notícia completa na TSF (acesso livre)

Mais 140 mil portugueses inscreveram-se no programa IVAucher

Nas últimas semanas aumentou o número de portugueses inscritos no programa IVAucher. Somam-se mais 140 mil consumidores com a inscrição feita, um passo necessário para começar a usufruir deste benefício a partir de 1 de outubro, para um total de 320 mil. A 7 de setembro havia 180 mil inscritos na plataforma do IVAucher.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível)

Restauração e alojamento querem mais medidas de apoio ao consumo no OE

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defende que o Orçamento de Estado para 2022 deve incluir mais medidas de estímulo ao consumo para os setores do alojamento e restauração tendo em conta que foram dos mais afetados pela crise pandémica, mas também uma descida temporária da carga fiscal e mais medidas de apoio à capitalização das empresas. A associação sugere que este novo apoio consista na “aplicação de descontos diretamente no momento do consumo e sem limite de utilização”, devendo chegar a todos os estabelecimentos e ser utilizada pela população em geral.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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Autoeuropa volta a produzir após paragem devido à crise dos semicondutores

  • Lusa
  • 21 Setembro 2021

A empresa anunciou a paragem no sábado, indicando que esta levou ao cancelamento de 95 turnos e a 28.860 unidades perdidas.

A Autoeuropa vai retomar esta terça-feira a produção, com o turno de trabalho que se inicia pelas 23h40, após uma paragem devido à falta de semicondutores, adiantou à Lusa fonte oficial da empresa.

Segundo a fábrica do grupo alemão Volkswagen, a produção será retomada com o turno das 23:40, pelo que o regresso à normalidade já se vai verificar na quarta-feira.

A empresa anunciou a paragem no sábado, indicando que esta levou ao cancelamento de 95 turnos e a 28.860 unidades perdidas.

Face às sucessivas paragens devido à falta de componentes, desde o início da pandemia, a administração da Autoeuropa anunciou na semana passada que pretende recorrer ao “programa de apoio à atividade económica” e garantir o rendimento individual de cada colaborador da empresa.

A indústria automóvel tem sido uma das mais afetadas pela falta de semicondutores, componentes que são, em grande parte, fornecidos por diversos fabricantes asiáticos, que têm mantido algumas medidas de confinamento devido à Covid-19.

O processo de vacinação contra a Covid-19 no continente asiático está bastante atrasado, comparativamente com o que se verifica nos países ocidentais mais desenvolvidos.

A fábrica de automóveis de Palmela produz atualmente os modelos MPV e T-Roc. Com mais de 5.000 colaboradores, dos quais 98% com vínculo permanente, a Autoeuropa produziu em 2020 um total de 192.000 automóveis e 20 milhões de peças para outras fábricas do grupo alemão, que representam 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e 4,7% das exportações portuguesas.

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Embalagens a mais? Saiba como evitar 1050 toneladas de lixo desnecessário

  • Capital Verde
  • 21 Setembro 2021

Os portugueses compram mais de mil toneladas de embalagens desnecessárias. Para acabar com o desperdício, a Deco criou a ação #ExijoForaDaCaixa e apresenta 10 soluções para o problema.

Latas de conserva, legumes, pasta dos dentes. Estes são apenas alguns exemplos de produtos que, por norma, costumam chegar a nossa casa com mais do que uma embalagem, o que, de acordo com a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, é totalmente dispensável.

De acordo com a organização, se todas as famílias portuguesas adquirirem, pelo menos uma vez, um cabaz com produtos das principais categorias compradas, levarão consigo 1050 toneladas de embalagens desnecessárias, grande parte delas (86%) de papel/cartão.

“Existem muitos produtos em que as segundas embalagens são completamente desnecessárias porque, na verdade, não são essenciais ao nível da preservação ou proteção dos produtos e exigem o consumo de mais recursos naturais e de energia na produção, transporte e distribuição, acabando por serem descartados, muitas vezes, mal chegamos a casa”, ressalvou, em comunicado, Elsa Agante, Team Leader de Energia e Sustentabilidade da Deco Proteste.

A organização de defesa do consumidor apela, por isso, ao fim do sobre-embalamento desnecessário deste tipo de produtos, de modo a poupar matérias-primas e recursos naturais e promover a redução do desperdício pelos consumidores.

A fim de atingir esse objetivo, a DECO convida os portugueses a juntarem-se à iniciativa #ExijoForaDaCaixa, que visa recolher exemplos de produtos que estejam sobre-embalados, partilhados pelos próprios consumidores, através do carregamento de fotografias dos produtos em causa no site da iniciativa.

Além de querer fazer chegar às marcas esses exemplos, de forma a trabalhar soluções sustentáveis com elas e alterar as suas práticas atuais, a ação #ExijoForaDaCaixa também apresenta 10 soluções que podem mudar o mercado. São elas:

  1. Trabalhar com as marcas para que otimizem a forma como incluem informação obrigatória no seu produto. Por exemplo, colocar essa informação na embalagem primária ou em rótulos desdobráveis colados a ela.
  2. Sempre que possível, eliminar o embalamento de frutas frescas e vegetais frescos, de forma a contribuir para a redução dos resíduos e do desperdício.
  3. Otimizar os produtos em embalagens grupadas ou multipack (como iogurtes ou bebidas), com ligações mínimas entre cada embalagem individual, de modo a reduzir a quantidade de plástico ou cartão usado.
  4. Eliminar a utilização de embalagens secundárias em produtos em que não há qualquer valor acrescentado.
  5. Banir progressivamente as embalagens que recorram ao uso de diferentes tipos de materiais (por exemplo, embalagens que misturam plástico e papel). Neste caso, a Deco defende que os produtores devem optar por embalagens feitas de apenas um material, para facilitar a sua reciclagem.
  6. Uniformizar o tipo de embalagens colocadas no mercado, cumprindo as normas de ecodesign definidas para cada tipo de produto, de modo a assegurar que não são usados materiais com impacto negativo na triagem e reciclagem.
  7. Adaptar a capacidade de embalagem à quantidade/volume do produto embalado, exceto nas situações em que de forma comprovada seja necessária uma embalagem extra para efeitos de conservação.
  8. Possibilitar a venda a granel de produtos sem necessidades especiais de conservação (exemplo: produtos de limpeza e alimentos como café em grão e leguminosas secas).
  9. Promover a reutilização de embalagens secundárias e terciárias ao nível de transporte e armazenamento, sempre que for possível.
  10. Definir limites mínimos para incorporar material reciclado na produção de embalagens, exceto quando a conservação do produto não o permita.

Ao trabalhar diretamente com as marcas para que estas práticas sejam abandonadas e reguladas pelo governo, a Team Leader de Energia e Sustentabilidade da Deco Protestes considera que será possível reduzir os impactos ambientais associados aos produtos.

“Será também importante relembrar as marcas que as embalagens excessivamente grandes, que apenas servem para questões de marketing, devem ser abandonadas porque aumentam o impacto ambiental dos produtos”, concluiu.

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Têxtil e vestuário português na “linha da frente” da Première Vision em Paris

Entusiasmadas pela recuperação gradual dos indicadores do consumo de moda a nível mundial, mais de meia centena de empresas portuguesas de têxtil e vestuário vão marcar presença na Première Vision.

Depois de marcarem presença na Munich Fabric Start, 56 empresas portuguesas de têxtil e vestuário rumam à incontornável capital da moda, Paris, para participarem na Première Vision, que decorre de 21 a 23 de setembro. Na feira de fios, tecidos, couro, design têxtil, acessórios e confeção vão estar mais de 900 expositores de 40 países. Portugal ocupa o quarto lugar entre os principais países expositores e quer estar “na linha da frente”.

Nesta que é considerada a mais importante feira de tecidos, acessórios e confeção da Europa, as empresas portuguesas de têxtil e vestuário vão dar a conhecer ao mundo a coleção outono-inverno 2022/2023. “Portugal tem de estar na linha da frente e vai estar presente em todas as feiras internacionais que são importantes para o setor do vestuário. Portugal tem de fazer parte da liderança europeia no mundo da moda e, para isso, temos que estar presentes nos eventos de maior visibilidade para a nossa indústria”, destaca o presidente da Associação Nacional das Industrias de Vestuário e Confeção (Anivec), César Araújo.

Apesar de 18 meses fortemente condicionados pela pandemia, a presença física em feiras internacionais continua a ser umas das principais formas de estabelecer contactos comerciais e negócios. Para o presidente da Anivec, os “clientes que visitam esta montra em Paris são pessoas que estão realmente interessadas em soluções e produtos inovadores que foram criados durante o ano de 2020 e 2021″, e que não foram apresentados, tendo em conta a inexistência de eventos físicos.

Além da comitiva portuguesa, o secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, e o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, planeiam visitar a Première Vision, que foi criada em 1973 e conta com mais de 100 edições. João Neves, que acompanhou a comitiva nacional na Munich Fabric Start, destacou que este tipo de feiras tem uma “grande importância para o desenvolvimento das exportações” e que é necessário “reforçar a presença internacional” do têxtil nacional.

A Première Vision está no centro das inovações da indústria da moda. Entre as evoluções mais marcantes e crescentes dos últimos anos estão o desenvolvimento de uma oferta cada vez focada na sustentabilidade. Face à aposta neste campo, as empresas vão ter um espaço específico onde serão apresentadas as coleções mais sonantes dedicadas à economia circular e à aposta em materiais mais amigos do ambiente.

França é dos principais destinos para exportação

A feira realiza-se na capital francesa. Ora, o mercado francês ocupa o segundo lugar entre os principais destinos das exportações nacionais de vestuário, tendo representado uma quota de 15,4% em 2020. De acordo com os dados preliminares do INE, no primeiro trimestre de 2021, Portugal já exportou 239,2 milhões de euros de produtos de vestuário para França, um crescimento de 25,2% em relação ao período homólogo de 2020 e um aumento de 11,3% quando comparado com igual período de 2019, antes da crise mundial provocada pela pandemia.

O regresso aos mercados externos e ao contacto com os clientes parece ser a realidade dos próximos meses. Depois de Munique e Paris, as empresas lusas de têxtil e vestuário vão marcar presença, ainda este ano, em feiras em Londres e Dubai.

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Trabalho híbrido aumenta produtividade, mas também pressão sobre líderes

"Nem todos os profissionais têm o perfil adequado para gerir o seu trabalho e equipas neste modelo", diz a líder da Adecco Portugal, com base nas conclusões do mais recente estudo da recrutadora.

Um ano e meio após a pandemia ter mudado para sempre a forma como trabalhamos, no regresso ao escritório os modelos híbridos têm sido, regra geral, os regimes que as empresas têm vindo a implementar. A produtividade sobreviveu à mudança dos modelos, mas a pressão sobre as lideranças na gestão de equipas à distância aumentou. “Nem todos os profissionais têm o perfil adequado para gerir o seu trabalho e equipas neste modelo”, alerta Carla Rebelo, CEO da Adecco Portugal.

Se receios de quebras de produtividade era um obstáculo para os empregadores avançarem para modelos mais flexíveis, um recente estudo do Grupo Adecco, “Resetting Normal: Defining the New Era of Work/2021”, a que a Pessoas teve acesso, vem demonstrar que não há motivos para recear: “a produtividade sobreviveu à mudança”.

Mais de 80% dos profissionais inquiridos dizem sentir-se tão ou mais produtivos do que antes da pandemia, e querem manter o modelo em que sentem ser mais eficazes: 53% quer um regime híbrido, em que mais de metade do seu tempo de trabalho realizado de forma remota. Esta vontade é mais expressiva nas gerações mais jovens e nos profissionais que são pais, revelam os dados do estudo.

“A maioria dos profissionais quer um modelo de trabalho híbrido, com flexibilidade de horários. Após um período de mais de um ano e meio, marcado por sucessivos confinamentos que afetaram os trabalhos de ‘secretária’, as pessoas tiveram de criar necessariamente as condições para o fazerem de forma eficaz e perceberam as vantagens em conciliar o trabalho com a vida pessoal, gerindo os seus próprios horários”, diz Carla Rebelo, CEO da Adecco Portugal, à Pessoas.

Carla Rebelo é CEO da Adecco Portugal.

“É também um sinal de que muitas pessoas, mas também as empresas, tiveram capacidade de continuar a sua atividade sem interrupção e adaptar-se a este novo paradigma de trabalho”, acrescenta, com base na investigação do grupo, que envolveu 15 mil profissionais inquiridos de 25 países.

“Nem todos os profissionais têm o perfil adequado para gerir neste modelo”

Os grandes desafios dos modelos de trabalho híbridos são, por sua vez, ao nível da cultura da empresa. “Creio que os principais bloqueios se prendem com uma realidade verdadeiramente desafiante, que é garantir que a cultura da empresa se consegue afirmar num contexto em que as pessoas interagem à distância“, explica, salientando que algo que ficou muito evidente com a pandemia e com a obrigatoriedade do teletrabalho, em certos períodos de confinamento obrigatório, foi que “nem todos os profissionais têm o perfil adequado para gerir o seu trabalho e equipas neste modelo”.

“Mesmo com ações de reskilling e upskilling, haverá sempre pessoas que não se conseguem adaptar. Tal trouxe custos elevados às pessoas, traduzidos em stress e burnout, e às empresas, que tiveram desafios inéditos ao nível da liderança e de produtividade de pessoas que acusaram esta fadiga da privação das suas normais relações e o isolamento do trabalho remoto”, defende Carla Rebelo.

A saúde mental num ambiente de trabalho à distância é um dos maiores desafios que as organizações têm pela frente. Estão em risco de perderem uma nova geração de líderes, com mais de metade dos jovens líderes (54%) a relatar sofrer de burnout.

Uma das conclusões do estudo da empresa especialista em recursos humanos é precisamente que a saúde mental num ambiente de trabalho à distância é um dos maiores desafios que as organizações têm pela frente. O relatório revela mesmo que as organizações estão em risco de perderem uma nova geração de líderes, com mais de metade dos jovens líderes (54%) a relatar sofrer de burnout e três em cada dez inquiridos a afirmarem, de um modo mais geral, que a sua saúde mental e física diminui nos últimos 12 meses. Para isso contribuiu o aumento, na ordem dos 14%, das horas adicionais trabalhadas.

Adaptação é a palavra-chave na determinação do sucesso destes novos modelos. “Há um dado que a Adecco tem vindo a confirmar, que era tendência pré-pandemia, mas que obviamente foi acentuado e acelerado por via do novo paradigma de trabalho imposto por este evento: a confirmação de que as soft skills são fator de sucesso inerente à adaptação a novas formas de trabalhar”, diz a líder da Adecco Portugal, recordando que 67% dos não gestores afirma que os líderes não satisfazem as suas expectativas de verificar o seu bem-estar mental.

“Competências como a comunicação, a empatia e inteligência emocional, o autoconhecimento, capacidade de escuta ativa, de adaptação e de não paralisar na resolução de problemas são traços extremamente relevantes e diferenciadores numa equipa que funciona à distância”, e essenciais para que esta alteração nas formas de trabalhar seja bem-sucedida.

O problema é “se estas competências pessoais esbarram numa liderança que não tem capacidade de ouvir e integrar novas ideias, que não estimula uma cultura de trabalho colaborativa, o bem-estar das pessoas”. Nesse caso, a produtividade das equipas pode “estar seriamente comprometida”, alerta.

A Adecco dá, ainda, conta de uma grande desconexão entre as opiniões da direção sobre o seu próprio desempenho e a opinião das suas equipas.

A satisfação com a liderança é baixa, com apenas um terço dos não gestores a sentirem que estão a obter o devido reconhecimento dentro da empresa, e apenas metade dos inquiridos a dizerem que os seus gestores cumpriram ou excederam expectativas no sentido de encorajar uma boa cultura de trabalho (48%) ou apoiar o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal (50%).

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Há 529 farmácias com testes grátis à Covid-19. Veja a lista

Já existem 529 farmácias e 115 laboratórios que fazem testes rápidos de antigénio totalmente comparticipados pelo Estado. Veja a lista de estabelecimentos abrangidos pela medida.

O Infarmed atualizou a lista de estabelecimentos que disponibilizam testes rápidos de antigénio comparticipados pelo Estado. São já 529 farmácias e 115 laboratórios abrangidos por esta medida.

A 1 de julho, os testes rápidos de antigénio à Covid-19 passaram a ser comparticipados a 100% pelo Estado, mediante algumas condições. Só nesse mês, o Governo pagou quase 144 mil testes, o que se traduziu numa despesa de cerca de 1,4 milhões de euros, segundo revelou o Ministério da Saúde ao ECO. Os dados referentes a agosto ainda não estão disponíveis.

Esta medida, que foi prologada até ao final de setembro, prevê que sejam realizados, no máximo, quatro testes por mês nas farmácias ou laboratórios aderentes, sendo que este regime excecional não se aplica aos utentes com o esquema vacinal completo há pelo menos 14 dias, às pessoas que contraíram a infeção há menos de 180 dias e aos menores de 12 anos.

Assim, desde julho que a lista de farmácias e laboratórios com testes comparticipados pelo Estado tem vindo a crescer. De acordo com a informação disponibilizada na segunda-feira no site do regulador do medicamento, há já 529 farmácias e 115 laboratórios abrangidos por esta comparticipação — isto é, mais 68 farmácias e mais nove laboratórios, face ao anterior balanço.

A lista completa de farmácias e laboratórios abrangidos por esta comparticipação pode ser consultada no site do Infarmed ou na lista abaixo, e nela constam várias informações sobre os estabelecimentos, como a morada, a localidade, o distrito e concelho. Além disso, o regulador disponibiliza agora um mapa interativo onde cada cidadão podem pesquisar as farmácias e laboratórios com testes comparticipados por distrito e concelho.

Em Portugal, é atualmente exigida a apresentação de certificado digital Covid, ou em alternativa, teste negativo à Covid para acesso a estabelecimentos de hotelaria, de restauração (neste último caso para acesso ao interior destes espaços a partir das 19h de sexta-feira e durante todo o dia aos fins de semana e feriados), bem como para outras atividades como, aulas de grupo em ginásios, casinos, spas e termas, entre outros.

Veja a lista de farmácias com testes comparticipados pelo Estado:

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5 coisas que vão marcar o dia

Governo e bancos assinam acordo sobre IVAucher. Banco de Portugal atualiza endividamento da economia. Lá fora, OCDE atualiza perspetivas económicas. Fed inicia reunião de dois dias.

O Governo e os bancos selam acordo sobre IVAucher. O Banco de Portugal atualiza a evolução do endividamento da economia. O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga as compras de casas por não residentes. Lá fora, a OCDE atualiza as previsões para a economia mundial e a Reserva Federal americana dá início à reunião de dois dias que poderá decidir a redução dos estímulos.

Finanças selam acordo com banca sobre IVAucher

O ministro das Finanças, João Leão, assina os acordos com os bancos em relação à participação no programa IVAucher, numa cerimónia que será igualmente entregue simbolicamente o Selo IVAucher às grandes entidades aderentes dos setores Alojamento, Cultura e Restauração. O evento tem lugar ao início da tarde.

Economia com endividamento recorde?

O Banco de Portugal atualiza a evolução do endividamento do setor não financeiro em relação a julho, isto depois de junho ter marcado um novo máximo histórico de 762,5 mil milhões de euros. Desde o início da pandemia, a dívida do Estado, famílias e empresas já subiu 35 mil milhões de euros.

Quantas casas compraram os não residentes?

A procura internacional tem suportado os preços das casas em Portugal nos últimos anos, mas também foi assim no ano da pandemia? O INE divulga dados sobre a aquisição de imóveis por não residentes em 2020. Em 2019, os não residentes representaram 13,3% do valor das aquisições de imóveis.

OCDE atualiza perspetivas económicas

A OCDE atualiza as previsões sobre a evolução da economia da Zona Euro e da economia mundial. As atuais projeções (divulgadas em maio) apontam para um crescimento de 4,3% do PIB da moeda única e de 5,8% do PIB global este ano, depois do impacto da pandemia em 2020.

Fed inicia reunião de política monetária

É uma das reuniões mais aguardadas de sempre da Fed. O banco central começa a reunião de dois dias para discutir a evolução da política monetária nos EUA. Os analistas acreditam que a Fed vai abrir caminho à redução dos estímulos, mas só fará um anúncio na reunião de novembro ou dezembro.

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10 propostas económicas de Carlos Moedas para Lisboa

Conheça as principais medidas do candidato da coligação que junta PSD, CDS, PPM, MPT e Aliança à Câmara de Lisboa em áreas como mobilidade, comércio e empreendedorismo.

Na corrida para a autarquia da capital lisboeta, Carlos Moedas avançou contra o incumbente Fernando Medina, recebendo o apoio de uma coligação de direita que conta com PSD, CDS, PPM, MPT e Aliança. O social-democrata vai assim concorrer nas eleições autárquicas agendadas para 26 de setembro, ambicionando liderar a Câmara Municipal de Lisboa.

O ECO selecionou propostas económicas em dez grandes áreas, a partir do programa de Carlos Moedas, onde se destacam medidas para as empresas e empreendedores, bem como na mobilidade.

1. Empreendedorismo

A primeira medida que figura nos destaques do programa de Carlos Moedas, disponível na sua página online, é uma “fábrica de unicórnios”. A ideia do candidato social-democrata é ter um espaço que vai “potenciar as Startups lisboetas para que se possam tornar unicórnios”, onde especialistas podem encontrar uma “linha de montagem”, que “ajudará à maturação e à resiliência de projetos que devem começar na cidade e acabar como marcas globais”.

Neste campo, sugere também criar um Balcão Único para os empreendedores e investidores em Lisboa, “fundindo e reforçando entidades fragmentadas como a Start-Up Lisboa, a Invest Lisboa e a Direção de Economia da CML, trabalhando em articulação com entidades privadas”.

2. Economia azul

A economia azul é outra grande aposta de Carlos Moedas. O candidato à Câmara de Lisboa quer construir na cidade as “infraestruturas necessárias para a tornar uma capital global da economia do Mar”. O objetivo de Moedas é aproveitar a tradição para “focar a sua economia em setores mais amigos do ambiente”.

3. Impostos

Carlos Moedas não quer que a Câmara Municipal “fique com mais uma parcela dos rendimentos através do IRS”, já que uma parte do que é pago neste imposto é definida pelo concelho onde vive. Por isso, reitera que irá tomar medidas para que “nada seja cobrado aos lisboetas por responsabilidade da CML”, numa descida de impostos que diz poder chegar a 5%.

4. Saúde

Na área da saúde, o candidato social-democrata à autarquia da capital propõe oferecer seguros de saúde gratuitos “a todos os lisboetas com mais de 65 anos que precisem”. Para os mais velhos, tem também em vista criar Repúblicas Séniores, isto é, “residências de habitação partilhada por idosos, que sejam autónomos, disponibilizadas pela CML, geridas em cooperação com entidades do terceiro setor”.

5. Mobilidade

A campanha de Moedas tem-se também debruçado sobre a mobilidade e os automóveis. Uma das propostas neste campo foca-se na EMEL, com o candidato a argumentar que quer um estacionamento que seja “50% mais barato na cidade toda para os moradores”.

Já sobre os transportes públicos, Carlos Moedas foca-se nos “avós e netos”. “Queremos encorajar os mais novos a andar de transportes públicos e dar também aos mais velhos a possibilidade de deixarem facilmente o carro”, enuncia, pelo que “todos os lisboetas sub-23 e mais de 65 terão direito a um passe gratuito da Carris”.

6. Comércio

No que diz respeito ao comércio, as medidas de Moedas focam-se nas esplanadas, nomeadamente ao tornar definitivas as decisões que facilitaram a instalação de esplanadas no contexto da pandemia, bem como isentar os quiosques e as esplanadas do pagamento de taxas durante o período de dois anos e apoiar financeiramente a instalação de novas esplanadas e a melhoria das existentes.

Ainda neste setor, o social-democrata quer reconstruir ou relançar novos mercados municipais, como do Rato e São Domingos de Benfica, e ainda construir de raiz dois novos mercados municipais, nomeadamente, em Belém e em Campolide.

7. Habitação

Quanto à dificuldade dos jovens encontrarem habitação na capital, devido aos valores do imobiliário, Moedas avança com medidas focadas no IMT e nos edifícios devolutos. “Propomos uma isenção de IMT para jovens, com menos de 35 anos, a comprar a primeira casa e a transformação dos edifícios devolutos que a Câmara Municipal de Lisboa deixou ao abandono em habitação para jovens com custos ajustados”, lê-se no programa.

8. Empresas

Focando-se nos empresários, Moedas argumenta que devem ter uma “oportunidade para se voltarem a pôr de pé”, após as dificuldades que enfrentaram na pandemia. Propõe por isso o cheque Recuperar +, que “oferece um apoio a fundo perdido para que quem investe em Lisboa volte a ter uma hipótese de criar valor na cidade”.

Este cheque destina-se nomeadamente apoio à reabertura dos negócios e atividades de pequenas e médias empresas, e de empresários em nome individual, no setor da indústria, comércio a retalho, restauração, atividades desportivas, atividades culturais e artísticas da cidade, com um prazo ainda a definir.

9. Cultura

Para o setor da Cultura, Carlos Moedas apresenta duas grandes medidas. Por um lado, quer avançar com a construção de espaços LXIS em todas as freguesias, para que os lisboetas “tenham uma casa de cultura, de interação com pessoas com os mesmos interesses e que lhes dê uma oportunidade para sonhar com uma carreira nas artes”. Estes espaços terão salas que podem servir como teatro, sala de concertos, sala de dança, entre outros.

Para além disso, o candidato quer também apostar no Parque Mayer, que, na sua visão, deve ser “um centro nacional de Cultura, que reúna espetáculos profissionais e espaços de aprendizagem artística, chefs a começar e os melhores chefs do País a aprender e a cozinhar e espaços de co-work e laboratórios que criem também uma casa para a nossa ciência”.

10. Turismo

No turismo, Moedas avança com medidas que têm em vista “envolver todos os setores”. Entre os principais objetivos encontra-se “aumentar a estadia média de cada visitante, aumentando a oferta de experiências culturais da cidade”, bem como potenciar o turismo de negócios e conferências, com a construção de um novo Centro de Congressos de Lisboa.

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Global Media perde 17,7 milhões em 2020. As contas dos media privados

Dona do JN, DN e TSF fechou 2020 com prejuízos de 17,7 milhões. Já a Renascença passou a dar prejuízo no ano da pandemia. Portal da ERC mostra contas das empresas de media com capital fechado.

Os grupos de comunicação social de referência em Portugal que não têm capital disperso em bolsa obtiveram resultados financeiros mistos em 2020. Se, para uns, o ano da pandemia foi de lucros, outros conseguiram reduzir os prejuízos apesar da conjuntura económica mais difícil. Mas houve quem tenha visto as perdas agravarem-se de forma significativa.

O caso mais paradigmático é o da Global Media. O ECO já tinha noticiado em primeira mão que a dona do Jornal de Notícias, Diário de Notícias e TSF teria registado mais de 16 milhões de euros de prejuízos no ano passado. Fechadas as contas, as perdas foram ainda superiores: o grupo que passou a ser controlado quase no final de 2020 por Marco Galinha registou um resultado líquido negativo 17,7 milhões de euros. O resultado compara muito desfavoravelmente com os prejuízos de 7,6 milhões de euros obtidos em 2019.

Do lado das receitas, a Global Media gerou rendimentos totais de 37,76 milhões de euros e tinha uma dívida total de 52,56 milhões de euros no final do ano passado. O capital próprio da empresa, que é o saldo entre o ativo total e o passivo no balanço, era positivo em quase 8,35 milhões.

Esta informação está plasmada no Portal da Transparência da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). Por não estarem cotadas na bolsa, estas empresas não têm de publicar resultados na CMVM. Mesmo assim, são obrigadas por lei a reportar informação financeira anual ao regulador da comunicação social até 30 de junho. Os dados acabam, depois, publicados nesta plataforma da ERC, cujo acesso está disponível ao público.

É, por isso, uma rara oportunidade para avaliar o desempenho financeiro de alguns grupos de media portugueses, que diferem de empresas cotadas na bolsa, como a Impresa (dona da SIC), Media Capital (dona da TVI) e Cofina (dona do Correio da Manhã). Estes três últimos grupos enviam ao mercado contas auditadas pelo menos duas vezes por ano, pelo que os respetivos resultados financeiros e operacionais são sempre mais facilmente escrutinados e conhecidos.

Resultado líquido de 2019 vs. 2020, em euros:

Fonte: Portal da Transparência da ERC; Relatório e Contas da Lusa (2020)

Renascença passa a dar prejuízo

Além da Global Media, o ano de 2020 também foi difícil para outra empresa de comunicação social bem conhecida dos portugueses: o grupo Renascença, que detém a Rádio Renascença, a RFM e a Mega Hits.

A empresa de rádio passou de lucros de 1,6 milhões em 2019 para prejuízos de 2,9 milhões de euros em 2020, tendo obtido receitas de 13,78 milhões. A 31 de dezembro, registava um passivo total de 6,4 milhões e um capital próprio de 5,2 milhões, mostra a informação que submeteu à ERC.

Já a Megafin, dona do Jornal Económico, agravou as suas perdas no ano passado. O grupo viu os prejuízos aumentarem de cerca de 497 mil euros em 2019 para 583,6 mil euros em 2020. Obteve rendimentos totais de 1,4 milhões, com um passivo total de 3,2 milhões e capitais próprios negativos em 1,1 milhões de euros. A estes dados somam-se os da Megafin Atlantic, que publica o Económico Madeira. A empresa registou um prejuízo de 67.521,33 euros e alcançou receitas totais de 197.370,7 euros.

Público, Observador e ECO reduzem perdas

Em sentido inverso, o ano da pandemia também desagravou os prejuízos de algumas empresas de comunicação social de âmbito nacional. Foi o caso do Público. O jornal passou de prejuízos de 3,3 milhões de euros em 2019 para perdas de 2,6 milhões de euros em 2020. No final do ano, o passivo total era de 8,5 milhões de euros e o capital próprio era de quase três milhões. Os rendimentos totais, contudo, caíram de 16,6 milhões para 14,5 milhões de euros.

Uma versão anterior desta notícia indicava que o Público teria passado a dar lucro em 2020. No entanto, já depois da publicação da mesma, fonte oficial da ERC confirmou ao ECO que a informação no portal está errada, tratando-se de um resultado líquido negativo: “Verificou-se um erro do Público no carregamento da informação.” Por sua vez, fonte oficial do Público também confirmou ao ECO que o resultado é negativo, mas assegurou que “submeteu a informação no portal de forma correta”.

No caso da Observador On Time, que controla o jornal digital e a rádio com o mesmo nome, os prejuízos também caíram de 1,3 milhões em 2019 para 767 mil euros em 2020, face a rendimentos totais de 5,4 milhões de euros, um passivo total de 3,6 milhões e capital próprio de 2,2 milhões.

Além destas, de acordo com o Portal da Transparência, a Swipe News, dona do jornal digital ECO, viu as perdas reduzirem-se, de 847,4 mil euros em 2019 para 656,3 mil euros em 2020, face a rendimentos totais de 1,2 milhões de euros no ano da pandemia. A capitalização da sociedade pelos acionistas, contabilizada como empréstimos em vez de capital ou suprimentos, levou a um aumentou da dívida para 1,14 milhões de euros, o que atirou o capital próprio da empresa para terreno negativo: -314,5 mil euros.

RTP aumenta lucros

Da esfera privada para a esfera pública, a RTP aumentou os lucros em 2020. A estação de rádio e televisão detida pelo Estado reportou à ERC uma melhoria no resultado líquido, de 902,6 mil euros de lucro em 2019 para 3,08 milhões de euros de lucro em 2020. Esta informação já tinha sido divulgada anteriormente.

Já a Trust in News, dona de revistas como a Visão, viu os lucros caírem de 16,3 mil para dez mil euros em 2020. Os rendimentos totais alcançaram 15,66 milhões e a dívida ascendia a 20,5 milhões de euros. Os capitais próprios da empresa eram positivos em 32,5 mil euros.

Lusa pede confidencialidade

Por fim, a ERC está a apreciar um pedido de confidencialidade da Agência Lusa relativo aos dados financeiros do ano passado, pelo que os resultados não constam no Portal da Transparência do regulador. Todavia, a agência que é parcialmente detida pelo Estado obteve um resultado líquido de 76 mil euros em 2020, uma queda de 88,4% face aos lucros de 655 mil euros registados em 2019, informação que está plasmada no Relatório e Contas de 2020, publicado no próprio site da agência.

Toda esta informação financeira junta-se aos dados dos grupos cotados, que já eram conhecidos: a Impresa, dona da SIC e do Expresso, melhorou os lucros em 43,2%, para 11,2 milhões de euros em 2020; a Media Capital, dona da TVI e de rádios como a Comercial, viu os prejuízos encolherem de 54,7 milhões em 2019 para cerca de 11,1 milhões em 2020; já os lucros da Cofina, dona do Correio da Manhã, da CMTV, da Sábado e do Jornal de Negócios, caíram 23,2%, para 5,5 milhões de euros, aproximadamente.

(Notícia atualizada às 14h16 com correção à informação financeira do Público, que surgia errada no portal da ERC)

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