Poupança acumulada vai atrasar retoma, alerta estudo do BCE

A pandemia veio reforçar a poupança de uma parte significativa da população e o destino desse dinheiro terá impacto na evolução futura do PIB e da taxa de inflação.

A pandemia trouxe uma crise, mas também um reforço de poupanças para milhões de pessoas. Esta acumulação, bastante acima do histórico, tem o potencial para moldar a recupera pós-Covid-19, escreve um estudo publicado pelo Banco Central Europeu esta segunda-feira, onde se traça cenários possíveis. Este “excesso” de poupança será gasto ou não? A velocidade da retoma dependerá da resposta a esta pergunta, mas os autores do estudo concluem que o impacto tenderá a ser limitado no médio prazo.

O estudo assinado pelas economistas Maria Grazia Attinasi, Alina Bobasu e Ana-Simona Manu analisa três economias avançadas fora da Zona Euro — os Estados Unidos, o Reino Unido e o Japão — para chegar à conclusão de que há uma série de argumentos que apoiam a tese de que as poupanças acumuladas não se transformarão maioritariamente em consumo. Porém, dada a incerteza que ainda existe nos cenários económicos, as autoras também perspetivam dois cenários alternativos e estimam os seus potenciais efeitos económicos.

Há vários argumentos, mas são três as principais razões pelas quais as economias consideram ser improvável que as poupanças acumuladas se transformem em consumo de forma significativa. Desde logo, quem mais conseguiu poupar foram os agregados familiares de rendimento elevado, cuja propensão marginal para o consumo é mais baixa — dado que conseguem facilmente satisfazer as necessidades básicas — em comparação com os agregados de menor rendimento, tal como indicava o Banco de Portugal quando estudou este fenómeno da poupança na pandemia.

No boletim económico de junho, o banco central assumia que “a poupança acumulada pelas famílias durante a pandemia se traduz, em termos agregados, num aumento persistente da riqueza”. “As características dos principais aforradores – de rendimentos mais elevados e com menor propensão ao consumo – suportam esta hipótese“, argumentavam os economistas do banco central. No entanto, “não pode ser excluída a possibilidade de uma parcela destes recursos ser canalizada para consumo”, acrescentavam, à semelhança do que admite este estudo.

Em segundo lugar, o estudo do BCE considera que os consumidores podem ter usado e continuar a usar estas poupanças acumuladas para reembolsar dívida ou investir em ativos, como o imobiliário. Em terceiro lugar, os contribuintes podem começar a interiorizar que o atual aumento da dívida pública será pago com mais impostos no futuro e, por isso, reduzem o consumo em antecipação.

Três cenários para a poupança: se aumentar, se estabilizar e se descer

Fonte: Banco Central Europeu. À esquerda: Percentagem da poupança face ao rendimento disponível. À direita: Poupança em percentagem do PIB.

Porém, as economistas admitem que a incerteza atual abre a porta a mais cenários: um cenário de cut-back em que a poupança “acrescida” acumulada até ao segundo trimestre de 2021 irá cair em 70% nos próximos dois anos e maio; e um cenário de build-up que assume que a taxa de poupança vai descer para os níveis pré-pandemia apenas no quarto trimestre de 2023, o que significa que os agregados vão aumentar as suas poupanças “excessivas” em mais 30%. No primeiro cenário, as poupanças excessivas baixariam para 2,7% do PIB nas economias analisadas ao passo que aumentariam para 12,6% do PIB no segundo cenário, até ao final de 2023.

E que implicações têm estas duas trajetórias tão diferentes? No cenário de cut-back, a redução da poupança iria impulsionar o consumo privado e a inflação, levando o PIB a ficar 2,6% acima do nível do cenário central em 2022 e a inflação para 1% acima do nível do cenário central em 2023. Contudo, o efeito positivo seria parcialmente contrariado pelo maior nível de importações. O impacto mundial seria “significativo” com o nível do PIB a ficar 1,3% acima do cenário central em 2022.

No cenário de build-up, os consumidores continuam a acumular poupanças e, por isso, a recuperação do consumo privado será mais tímida, “atrasando a retoma”. Neste caso, o nível do PIB ficaria 0,7% aquém do cenário central em 2023. Apesar dos riscos descendentes que causam no curto prazo, este aumento das poupanças dos agregados “pode gerar ganhos de longo prazo”, notam as autoras, referindo que a diminuição do endividamento permite enfrentar choques futuros.

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Jerónimo de Sousa insiste na valorização salarial como “compromisso do PCP”

  • Lusa
  • 2 Agosto 2021

“O aumento geral dos salários para todos os trabalhadores, (...) a valorização das carreiras e profissões, o aumento do salário mínimo nacional para 850 euros, são essenciais", afirma o líder do PCP.

O secretário-geral do PCP insistiu esta segunda-feira na necessidade de aumento dos salários e na valorização de carreiras e profissões, “compromisso do PCP”, afirmando que a pandemia da Covid-19 é utilizada como “pretexto” para abusos laborais.

O aumento geral dos salários para todos os trabalhadores, incluindo os da Administração Pública, a valorização das carreiras e profissões, o aumento do salário mínimo nacional para 850 euros, são essenciais”, lê-se numa declaração de Jerónimo de Sousa, enviada à imprensa.

O secretário-geral afirma que “a política alternativa patriótica e de esquerda necessária à solução dos problemas nacionais integra como elemento central a valorização do trabalho e dos trabalhadores”, apontando esse como “um objetivo de luta e um compromisso do PCP”.

De acordo com o líder dos comunistas, “o grande capital tem em curso uma intensa ação para agravar a exploração dos trabalhadores, apropriar-se de vultuosos recursos públicos e pôr em causa direitos, liberdades e garantias”.

“Continua a usar a epidemia e os seus efeitos como pretexto, incluindo a estafada contraposição entre aumentos salariais e emprego”, critica.

Para o PCP, os despedimentos coletivos são “operações de chantagem” sobre os trabalhadores, lembrando os processos em curso na PT/Altice, na Galp “ou no setor bancário”.

Os salários dos trabalhadores em Portugal são baixos, falta valorização das carreiras e profissões, com o que isso significa de consequências negativas nas condições de vida, no plano da elevação do perfil produtivo, da criação de emprego, da garantia da fixação dos jovens no nosso país”, sustenta.

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Compra da Aviva France pela Aéma aprovada pela Concorrência

  • ECO Seguros
  • 2 Agosto 2021

A transação representa incremento de 6 mil milhões de euros ao volume de negócios consolidado da Aéma. Segundo concluiu o organismo regulador, não afetará mercado francês de seguros.

O projeto de tomada de controlo da Aviva France pelo grupo de mútuas de seguros e poupança foi notificado ao regulador (Autorité de la Concurrence) a 24 de junho. A aquisição protagonizada pela Aéma (Aésio-Macif) está formalmente autorizada pelo regulador francês da Concorrência.

Após análise do poderio de mercado atribuível à entidade resultante da transação, tendo em conta impacto da aquisição e o número considerável de operadores com atividade no setor, o regulador francês considera que a aquisição não afetará a concorrência. Decidiu assim autorizar, sem condições, que a operação se concretize, anunciou em comunicado.

Aéma e Aviva France operam no setor de seguros, com atividade em seguros de pessoas, acidentes, poupança e também na gestão de ativos. Presidido por Pascal Michard, a Aéma nasceu em janeiro de 2021, da junção Aésio-Macif, posicionando-se estrategicamente como porta-bandeira do mutualismo de seguros em França.

O grupo Aéma, com 8,2 mil milhões de euros de volume de negócios consolidados integralmente em França, agrupa e controla seguradoras mútuas, com destaque para a Macif, cuja atividade é desenvolvia principalmente em torno de seguros de acidentes, nomeadamente ramo automóvel e habitação.

Por seu lado, a Aviva France, cujo volume de negócios ronda 6 000 milhões de euros, opera diversas filiais no mercado francês (Aviva Vie, Aviva Epargne Retraite, Aviva Retraite Professionnelle, UFF Banque, Aviva Assurances e a Aviva Investors France.

 

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Número de nascimentos no primeiro semestre foi o mais baixo de há mais de 30 anos

  • Lusa
  • 2 Agosto 2021

Este é um mínimo histórico, pois trata-se do valor mais baixo desde 1989. Nas últimas três décadas, só por duas vezes, nasceram menos de 40 mil bebés entre janeiro e junho (em 2013 e 2014).

Cerca de 37.700 bebés nasceram em Portugal no primeiro semestre, uma redução de mais de 4.400 relativamente ao período homólogo e que representa o valor mais baixo nos últimos 30 anos, segundo dados do Instituto Nacional Ricardo Jorge.

Os dados do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), conhecido como “teste do pezinho”, revelam que nos primeiros seis meses do ano foram estudados 37.675 recém-nascidos, menos 4.474 do que em igual período de 2020.

Segundo a rádio TSF, estes valores representam um mínimo histórico, pois trata-se do valor mais baixo desde 1989.

Segundo a TSF, nas últimas três décadas, só por duas vezes, nasceram menos de 40 mil bebés entre janeiro e junho. Aconteceu em 2013 e 2014, com cerca de 39 mil recém-nascidos.

Os dados do PNRN mostram também que o maior número de bebés rastreados se observou nos distritos de Lisboa e do Porto, com 11.208 e 7.008 testes efetuados, respetivamente, seguidos de Braga (2.765).

Bragança (253), Portalegre (269) e Guarda (282) foram os distritos com menos recém-nascidos estudados.

O PNRN realiza, desde 1979, testes de rastreio de algumas doenças graves em todos os recém-nascidos. O painel das doenças rastreadas é constituído por 26 patologias: hipotiroidismo congénito, fibrose quística e 24 doenças hereditárias do metabolismo.

O exame, efetuado através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, permite “diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são difíceis de identificar nas primeiras semanas de vida e que, mais tarde, podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma”, explica o INSA.

O “teste do pezinho” deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia do bebé e consiste na recolha de gotículas de sangue através de uma picada no pé do bebé.

Apesar de não ser obrigatório, o Programa Nacional de Rastreio Neonatal tem atualmente uma taxa de cobertura de 99,5%.

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Nas notícias lá fora: Inditex, PRR espanhol e HSBC

  • ECO
  • 2 Agosto 2021

A Inditex elimina 27 filiais, enquanto o HSBC duplica lucros no primeiro semestre do ano. Governo espanhol recebe propostas de 240 mil milhões relacionadas com PRR.

O grupo Inditex faz o maior corte na estrutura empresarial desde 2013 e elimina um total de 27 filiais, enquanto o Governo espanhol recebe propostas de de 240 mil milhões relacionadas com o Plano de Recuperação e Resiliência. Na banca, o HSBC duplica lucros no primeiro semestre do ano para 10,8 mil milhões de dólares. Na habitação, os preços das casas estão a subir em praticamente todas as economias avançadas na sequência da crise pandémica. Este é o boom mais amplo dos preços do imobiliário em mais de duas décadas. A China volta a meter o comunismo à frente do capitalismo.

Cinco Días

Inditex elimina 27 filiais

O grupo Inditex eliminou um total de 27 filiais durante o último exercício financeiro, deixando o seu perímetro de consolidação num total de 350 empresas, distribuídas por 54 países diferentes, de acordo com o seu último relatório anual. Este é o maior corte feito pelo grupo ao terminar o ano de 2020 com a estrutura empresarial mais pequena desde 2013. Esta corte nas filiais decorreu essencialmente na China, Croácia, Bósnia, Japão, Dinamarca e Espanha. Com estes ajustamentos, o número de empresas que compõem o grupo Inditex e que estão localizadas em Espanha foi reduzido de 59 para 55 a 31 de janeiro deste ano.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Cinco Días

Governo espanhol recebe propostas de de 240 mil milhões relacionadas com o Plano de Recuperação

Dias antes de Espanha receber uma tranche inicial de nove mil milhões de euros, os empresários e entidades já enviaram ao Governo 17.597 projetos ligados ao Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência no valor de cerca de 240 mil milhões de euros. O número inclui tanto a alavancagem de fundos da UE como o investimento privado, dos quais o Governo pretende mobilizar 500 mil milhões de euros. Os programas que mais propostas geraram foram os relacionados com o desafio demográfico e a luta contra o despovoamento (4.153), a reabilitação de edifícios públicos (3.152), o desenvolvimento da economia circular nas empresas (1.224) e a implantação de energias renováveis e a sua integração em setores produtivos, edifícios e cadeias de valor (mil).

Leia a notícia completa no CincoDías (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Reuters

HSBC duplica lucros no primeiro semestre do ano

No primeiro semestre do ano, o lucro do HSBC antes de impostos foi de 10,8 mil milhões de dólares (9,1 mil milhões de euros), superior aos 4,32 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros) registados no mesmo período do ano passado. Encorajado por uma recuperação económica nos seus dois maiores mercados de Hong Kong e do Reino Unido, o HSBC restabeleceu os pagamentos de dividendos, assinalou pagamentos mais elevados no futuro, e libertou 700 milhões de dólares (590 milhões de euros) que tinham sido reservados como provisões. “Ainda estamos nos primeiros tempos da recuperação económica, precisamos de ver todos esses números tornarem-se a tendência para o futuro, somos encorajados, mas ainda há mais a fazer”, disse Noel Quinn, chefe executivo do HSBC.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Pandemia dá gás ao mais amplo boom dos preços do imobiliário em duas décadas

Os preços das casas estão a subir em praticamente todas as economias avançadas na sequência da crise pandémica. Este é o boom mais amplo (que engloba mais locais em simultâneo) dos preços do imobiliário em mais de duas décadas, o que está a reavivar algumas preocupações de economistas sobre potenciais ameaças à estabilidade financeira. Contudo, não é o maior boom, uma vez que ainda está distante do que aconteceu na crise financeira de 2008. Esta tendência é atribuída às taxas de juro historicamente baixas, às poupanças acumuladas durante o confinamento e o desejo dos consumidores de terem um espaço mais agradável para trabalhar a partir de casa. Esta situação está a ser amplificada pela falta de oferta (construção de novas casas), o que é dificultado pelo aumento de preços no setor da construção.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês)

Bloomberg

China volta a meter o comunismo à frente do capitalismo

A Bloomberg identifica uma mudança de política no Governo autoritário chinês onde a prioridade do crescimento económico está a enfraquecer perante a prioridade da estabilidade social e da segurança nacional. “Isto marca um ponto de viragem nas prioridades políticas da China”, considera Liao Ming, fundador da Prospect Avenue Capital, em Pequim, assinalando que Xi Jinping está a castigar as indústrias que criam mais problemas sociais. Um dos exemplos foi o fim das empresas privadas de tutores, tendo o Governo obrigado a se tornarem instituições sem fins lucrativos, o que arrasou a cotação bolsista dessas empresas. Além disso, a China tem apertado o cerco a várias empresas tecnológicas que vão aos mercados internacionais e obrigou empresas de entrega de comida a pagar um salário digno.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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ASF estreia publicação anual que resume produção regulatória

  • ECO Seguros
  • 2 Agosto 2021

A primeira edição da nova publicação versa sobre 2020. Além de reunir produção normativa nacional e internacional, inclui ainda as medidas setoriais justificadas pela pandemia de Covid-19.

A ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões estreou nova publicação anual intitulada Desenvolvimentos Regulatórios do Setor Segurador e do Setor dos Fundos de Pensões que apresenta “de forma clara, sintética e acessível os principais atos legislativos e regulamentares relativos ao setor segurador e ao setor dos fundos de pensões”.

A primeira edição da publicação refere-se a 2020 e percorre a extensa produção do regulador e supervisor nacional, mas também atos jurídicos (de produção legislativa nacional e da UE) e iniciativas de organismos de âmbito internacional, como a EIOPA e a IAIS.

Para além da produção legislativa e regulamentar, a edição inaugural de Desenvolvimentos Regulatórios inclui as medidas de resposta à pandemia COVID-19 que tiveram impacto no enquadramento regulatório do setor segurador e do setor dos fundos de pensões, designadamente o regime excecional aplicável ao pagamento do prémio de seguro.

A produção da nova publicação é da responsabilidade do Departamento de Política Regulatória da ASF.

Consulte aqui o ficheiro com o resumo de 2020.

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Escrituras e divórcios já podem ser feitos à distância de um click

  • ECO
  • 2 Agosto 2021

Escrituras de imóveis, divórcios e até uma procuração passam a ser feitos por videoconferência. Ainda falta a promulgação do PR, mas o objetivo é que o mecanismo esteja no terreno a 15 de novembro.

A escritura pública da venda de um imóvel, o divórcio por mútuo consentimento em que uma das partes esteja no estrangeiro ou a elaboração de uma procuração por uma pessoa que se encontre a viver no outro lado do mundo já podem ser realizados por videoconferência, sem que os interessados sejam obrigados a estar fisicamente presentes, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

O diploma foi aprovado a 22 de julho, em Conselho de Ministros e o objetivo é que o mecanismo esteja no terreno a 15 de novembro. No entanto, ainda falta ainda a promulgação pelo Presidente da República.

A medida chegou a ser anunciada em maio do ano passado, mas ficou em stand-by. Na altura, a ideia era avançar com “um regime experimental”, mas de acordo com o Jornal de Negócios, terá havido algumas dúvidas por parte de Marcelo Rebelo de Sousa, que levariam a mudanças no diploma. A versão agora em cima da mesa já não é experimental, mas definitiva e fundamenta a segurança de todo o processo na utilização de uma plataforma informática, criada e gerida pelo Ministério da Justiça.

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Sonae sobe 3% após vender 25% da dona do Continente. PSI-20 abre em alta

A bolsa nacional está em alta, com destaque para a Sonae. A cotada sobe 3% no arranque desta sessão após ter anunciado no sábado que vendeu 25% da empresa que detém o Continente.

É a primeira sessão de agosto e o sentimento é positivo. O PSI-20 valoriza 0,79% para os 5.066,6 pontos no arranque da negociação desta segunda-feira, após ter fechado julho em terreno negativo. Entre as cotadas, o destaque vai para a Sonae que sobe 2,94% para os 85,7 cêntimos.

Este sábado a Sonae revelou que chegou a um acordo com a CVC Strategic Opportunities para a venda por 528 milhões de euros de uma posição minoritária de 24,99% na Sonae MC, a subsidiária que gere as insígnias de retalho da Sonae, incluindo o Continente, Continente Modelo, MeuSuper, Wells e outras marcas. A Sonae continua a ter uma posição de controlo na Sonae MC, a qual fica assim avaliada até cerca de 2,4 mil milhões de euros.

Com o desempenho desta sessão, a Sonae está perto de alcançar os valores pré-pandemia, aproximando-se de máximos de fevereiro de 2020. A cotada tinha feito um caminho semelhante em maio, mas voltou a cair nas semanas seguintes, como é visível no gráfico.

Fonte: Reuters/Refinitiv.

Apesar de a Sonae se destacar, há cotadas a subir mais. É o caso da Corticeira Amorim que valoriza 4,19% para os 10,94 euros. A empresa vai apresentar os seus resultados do primeiro semestre na próxima terça-feira, 3 de agosto. Recentemente, a empresa confirmou que pagou 14,5 milhões de euros por 50% da Herdade de Rio Frio.

De notar ainda a subida da Novabase acima de 3% e da Nos e da Ramada acima de 2%. O BCP valoriza 1,67% para os 12,18 cêntimos.

Esta segunda-feira de manhã, antes da abertura da bolsa, a Galp Energia anunciou que assinou um acordo final com a Enerland, empresa espanhola de energias renováveis, para a aquisição, desenvolvimento e construção de um portefólio renovável em Espanha, com uma capacidade agregada de 220 megawatts (MW). A cotada está a valorizar 0,54% para os 8,26 euros.

A travar maiores ganhos no PSI-20 está a Ibersol que cede 1,35% para os 5,84 euros. A Pharol e a Jerónimo Martins também negoceiam com perdas ao passo que a REN, que passou a ter um novo acionista, está inalterada.

Ao subir neste início de sessão, o PSI-20 acompanha assim as principais praças europeias: o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, valoriza 0,7%, enquanto o alemão DAX sobe 0,6%, o francês CAC valoriza 0,8% e o espanhol IBEX avança 0,9%.

(Notícia atualizada às 8h23 com mais informação)

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Jornal Politico tentou vender ao Governo “conteúdos” para promover presidência da UE

  • ECO
  • 2 Agosto 2021

O objetivo da proposta do jornal digital Politico era "realçar o papel da presidência portuguesa da União Europeia", mas o Governo português rejeitou.

O jornal digital Politico propôs ao Governo português uma campanha de publicidade e “conteúdos” informativos para “realçar o papel da presidência portuguesa da União Europeia”, avança o Público (acesso condicionado).

A proposta foi enviada no final do ano passado, mas o Governo português não comprou nenhum serviço ao Politico. As propostas vão de “artigos multimédia” que custam 40 mil euros, aos anúncios digitais clássicos, como os retângulos paginados ao lado da manchete, que custam sete mil euros por dia.

O gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros disse, ao Público, que, por orientação do ministro Augusto Santos Silva, o ministério “não deu seguimento à iniciativa do Politico”. O Governo justifica que “se trataria de uma despesa sem justificação e porque o ministro entende que a cobertura noticiosa dos factos deve fazer-se pelo seu valor próprio, tal como jornalistas independentes o interpretam.”

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Forças Armadas ainda devem 37 milhões aos hospitais privados

  • ECO
  • 2 Agosto 2021

Os hospitais privados esperam pelo pagamento de dívida em atraso no valor de pelo menos 37 milhões de euros por parte das Forças Armadas.

O Instituto de Apoio Social das Forças Armadas (IASFA) ainda não regularizou a dívida de 37 milhões de euros que contraiu junto dos hospitais privados, os quais esperam pelo pagamento há três anos. Em 2019, foi assinado um memorando de entendimento entre o Ministério da Defesa Nacional e o das Finanças para regularizar as dívidas acumuladas, acompanhado de um reforço orçamental de 45 milhões de euros, mas o prazo (primeiro trimestre de 2021) para o pagamento integral das dívidas não foi cumprido.

De acordo com a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APAH), citada pelo Jornal de Notícias (acesso pago) esta segunda-feira, os 37 milhões de euros não incluem a “dívida vencida que, entretanto, alguns operadores venderam a instituições financeiras, pelo que o valor global das dívidas deve rondar os 50 milhões de euros”. O Ministério da Defesa admite que deve rondar os 53 milhões de euros, mas não respondeu sobre os valores em falta, os quais já desceram desde 2019 face aos 91,8 milhões de euros em dívida no final de 2018.

O plano de pagamentos acordado nunca foi formalmente transmitido aos prestadores privados“, diz Óscar Gaspar, presidente da APAH, assinalando que a “existência de um plano de amortização da dívida vencida é de maior importância em termos contabilísticos e de previsibilidade”. Segundo Óscar Gaspar, o assunto está por decidir no Ministério das Finanças, sendo que o IASFA nunca foi dotado dos meios necessários para pagar totalmente a sua dívida aos hospitais privados.

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Hoje nas notícias: Saúde militar, divórcios e Politico

  • ECO
  • 2 Agosto 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Esta segunda-feira os jornais dão destaque à dívida que as Forças Armadas têm junto dos hospitais privados, às escrituras e divórcios que passam a poder ser feitos à distância e ainda ao jornal Politico que tentou vender conteúdos patrocinados ao Governo durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.

Forças Armadas devem 37 milhões aos hospitais privados

O Instituto de Apoio Social das Forças Armadas (IASFA) ainda não regularizou a dívida de 37 milhões de euros que contraiu junto dos hospitais privados, os quais esperam pelo pagamento há três anos. De acordo com a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APAH), o valor não inclui a “dívida vencida que, entretanto, alguns operadores venderam a instituições financeiras, pelo que o valor global das dívidas deve rondar os 50 milhões de euros”. O Ministério da Defesa admite que deve rondar os 53 milhões de euros, mas não respondeu sobre os valores em falta, os quais já desceram desde 2019 face aos 91,8 milhões de euros em dívida no final de 2018.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Escrituras e divórcios passam a poder ser feitos à distância

A escritura pública da venda de um imóvel, o divórcio por mútuo consentimento em que uma das partes esteja no estrangeiro ou a elaboração de uma procuração por uma pessoa que se encontre a viver no outro lado do mundo já podem ser realizados por videoconferência, sem que os interessados sejam obrigados a, consoante os casos, estar fisicamente presentes na conservatória, no notário ou no escritório do seu advogado ou solicitador. O diploma foi aprovado a 22 de julho, em Conselho de Ministros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Politico tentou vender ao Governo “conteúdos” para promover presidência da UE

O jornal digital Politico propôs ao Governo português uma campanha de publicidade e “conteúdos” informativos para “realçar o papel da presidência portuguesa da União Europeia”. As propostas vão de “artigos multimédia” que custam 40 mil euros, aos anúncios digitais clássicos, como os retângulos paginados ao lado da manchete, que custam sete mil euros por dia. A proposta foi enviada no final do ano passado, mas o Governo português não comprou nenhum serviço ao Politico.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Nunca nasceram tão poucos bebés nos primeiros seis meses do ano em Portugal

Entre janeiro e junho deste ano, o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) realizou 37.675 do chamado “teste do pezinho”, que cobre a quase totalidade dos nascimentos em Portugal. Trata-se de um mínimo histórico, já que é o valor mais baixo desde que começaram os registos, há mais de 30 anos. Em comparação com o período homólogo (janeiro – junho) de 2020, nasceram menos 4474 bebés.

Leia a notícia completa na TSF (acesso livre)

Mulheres nas autarquias são mais qualificadas, mas replicam comportamentos dos homens

As mulheres que lideram autarquias são, neste momento, significativamente mais qualificadas do que os homens, o que se enquadra na realidade demográfica portuguesa. Porém, os comportamentos não são muito diferentes dos masculinos. Segundo a investigadora Maria Antónia Pires de Almeida, que ressalva que existe um curto universo que não permite definir um “padrão de comportamento de género”, “as mulheres não se destacam pela positiva nos seus comportamentos enquanto representantes das populações nos cargos que ocupam”. “No poder local, as autarcas acabam por ter os mesmos comportamentos dos homens nos mesmos cargos, incluindo nos casos de baixa transparência e mesmo de corrupção”, admite.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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Galp compra 220 MW de projetos solares em Espanha

Com este projeto, empresa petrolífera portuguesa expande o seu portefólio de renováveis para mais de 4 GW na Península Ibérica.

A Galp assinou um acordo final com a Enerland, empresa espanhola de energias renováveis, para a aquisição, desenvolvimento e construção de um portefólio renovável em Espanha, com uma capacidade agregada de 220 megawatts (MW).

A operação envolve a aquisição de um cluster de projetos que totalizam 62 MW em Saragoça, com início de construção para breve — fase Ready-to-Build (RTB) — e Data de Operação Comercial (COD) prevista para 2022, anuncia esta segunda-feira a empresa em comunicado enviado à CMVM.

Adicionalmente, compreende três projetos nas Comunidades Autónomas de Castela e Leão e Aragão totalizando 161 megawatts em estado avançado de desenvolvimento, com COD prevista para 2023.

Este acordo insere-se na estratégia da Galp que visa o crescimento de um portefólio competitivo de geração renovável e está alinhado com as orientações de alocação de capital apresentadas em junho no Capital Markets Day.

Com esta expansão no portefólio, a capacidade total a 100% de produção de energia renovável da Galp aumenta para c.4,1 GW na Península Ibérica, dos quais 926 MW já se encontram em operação. Esta aquisição representa mais um passo na ambição da empresa de ter mais de 4 GW em operação até 2025 e 12 GW até 2030.

O novo líder da empresa petrolífera portuguesa, Andy Brown, já tinha destacado que o mercado espanhol de energias renováveis é “muito atrativo”, cheio de “oportunidades” e a Galp “vai continuar a olhar para eles”. Em setembro do ano passado, a Galp fechou um negócio de 326 milhões com espanhola ACS e tornou-se líder no solar na Península Ibérica.

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