AMP quer nova rede metropolitana de autocarros a funcionar no 1.º semestre de 2023

  • Lusa
  • 29 Julho 2022

A Área Metropolitana do Porto considera que o prazo "ideal" para a nova rede de autocarros começar a funcionar na região é o primeiro semestre de 2023.

“Se tivesse que apontar o prazo que eu acho que era, por todas as razões, ideal para o início da operação, eu diria que era o final do primeiro semestre de 2023″, disse esta sexta-feira, no Porto, o presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), Eduardo Vítor Rodrigues, a propósito da entrada em funcionamento da nova rede de autocarros na região.

O também autarca da Câmara de Vila Nova de Gaia falava após a reunião do Conselho Metropolitano do Porto, ao qual preside, manifestando-se ainda “muito otimista” face ao levantamento do efeito suspensivo, pelo Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Porto, de uma impugnação ao concurso público de transporte rodoviário de passageiros feito por operadoras que o perderam.

O concurso público de 394 milhões de euros acaba com um modelo de concessões linha a linha herdado de 1948 e abrange uma nova rede uniformizada de 439 linhas, incluindo bilhete Andante, com a frota de autocarros a dever apresentaruma imagem comum em todo o território”.

A Auto Viação Feirense espera estar a operar em Vila Nova de Gaia e Espinho “no segundo semestre de 2023”, segundo disse à Lusa o administrador da empresa Gabriel Couto, na semana passada.

Hoje, questionado sobre se há condições para evitar, no Porto, os constrangimentos vividos na Área Metropolitana de Lisboa com a implementação da Carris Metropolitana, o presidente da AMP considera que o sucedido a sul ajudou “a perceber quais são os pequenos problemas que podem criar entropia”.

A Carris Metropolitana começou a operar a 1 de junho em cinco concelhos da margem sul (Setúbal, Alcochete, Moita, Montijo e Palmela). Mas, durante as primeiras semanas de operação, foram reportadas várias queixas de passageiros, nomeadamente insuficiência de autocarros, atrasos e falta de sinalização nas paragens, bem como problemas operacionais, segundo o Sindicato dos Motoristas e Outros Trabalhadores.

Já o início da operação nos concelhos da margem norte do Tejo foi adiado para 1 de janeiro de 2023, por não estarem “garantidas as condições consideradas essenciais”.

“Acho sinceramente que o tempo decorrido, o amadurecimento que tivemos do processo, a disponibilidade das empresas que ganharam, o brio das empresas que perderam e que de hoje para amanhã podem ganhar outra vez – e portanto têm também uma imagem a preservar – vai permitir uma transição tranquila“, disse aos jornalistas o presidente da AMP.

Eduardo Vítor Rodrigues já tinha referido que não vai haver “uma substituição automática de um dia para o outro” entre a rede atual e a futura, existindo “um processo gradual” que “tem de ser consensualizado”.

“Não me passa pela cabeça que as empresas que perderam vão, em retaliação, criar qualquer tipo de obstáculos a uma transição, porque nessa altura estão a vingar-se do povo, que não tem culpa nenhuma dos resultados dos concursos”, afirmou.

Sobre a decisão do tribunal de 21 de julho, acerca da impugnação da Espírito Santo, União de Transporte dos Carvalhos e MGC Transportes, Eduardo Vítor Rodrigues considerou que “demonstrou a razoabilidade dos argumentos da Área Metropolitana” e que “muitas das coisas que estavam a ser ditas pelas operadoras estavam no limite da verdade”.

O TAF do Porto tem ainda de pronunciar-se sobre uma ação idêntica de outras operadoras (Valpi, Pacense e Gondomarense) que perderam o concurso, para o processo poder avançar definitivamente e ser remetido ao Tribunal de Contas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresas intensivas de gás já podem pedir apoio para compras de abril a junho

Empresas mais afetadas pelos aumentos excecionais do gás natural podem candidatar-se até 30 de setembro a apoio às compras feitas de abril a junho. Já foram atribuídos 11 milhões na primeira fase.

As empresas mais afetadas pelos aumentos excecionais do gás natural podem aceder, a partir desta sexta-feira, à segunda fase do programa de apoio às indústrias intensivas em gás. Na primeira fase, que arrancou em abril, foram pagos mais de 11 milhões de euros, revela o Ministério da Economia.

Este apoio tem um limite de 400 mil euros por empresa, para todas as fases do programa, que tem uma dotação total de 160 milhões de euros e é atribuído sob forma de subvenção. Ou seja, as empresas podem receber a fundo perdido 30% dos custos elegíveis, que são calculados pela multiplicação do número de unidades de gás natural adquiridas pela empresa a fornecedores externos, enquanto consumidor final no período elegível. E para esta fase do programa estão em causa as compras realizadas entre 1 de abril e 30 de junho.

“As empresas mais afetadas pelos aumentos excecionais do gás natural podem agora aceder a este sistema de incentivos, referente ao segundo trimestre do ano, por forma a salvaguardar a sua competitividade e emprego, podendo candidatar-se até 30 de setembro“, precisa o Ministério da Economia, em comunicado enviado às redações.

Apenas são elegíveis para este apoio as empresas que pagaram um preço unitário de gás de, pelo menos, o dobro do preço médio de 2021, e que tenham um custo na aquisição de gás em 2021 de, pelo menos, 2% do seu volume de negócios. Ou que estejam inseridas num setor ou subsetor identificado na Portaria n.º 140/2022 e na Retificação n.º 15/2022, que retirou da lista o ramo do vestuário da categoria de artigos têxteis confecionados e corrigiu o tipo de artigos cerâmicos abrangidos: em vez de usos técnicos, para o fabrico dos artigos de uso doméstico e ornamental.

Quando anunciou a criação desta subvenção, o Ministério da Economia estimou que a medida chegará a 3.000 empresas. Negócios cujos custos de aquisição de produtos energéticos e eletricidade ascendam, no mínimo, a 3% do valor da produção ou para a qual o imposto nacional a pagar sobre a energia ascenda, pelo menos, a 0,5% do valor acrescentado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Desconvocada greve da próxima semana na Infraestruturas de Portugal

  • Lusa
  • 29 Julho 2022

A greve de trabalhadores da Infraestruturas de Portugal, que levaria a perturbações na circulação de comboios na próxima semana, foi desconvocada.

A greve prevista para segunda, quarta e sexta-feira da próxima semana na Infraestruturas de Portugal (IP) foi desconvocada, anunciou a Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário Português (Aprofer) esta sexta-feira.

“Após uma ronda negocial entre a Aprofer e IP SA, que decorreu ontem [quinta-feira] em Lisboa, e num contexto de responsabilidade social, quer pela nossa parte, quer pelo nosso parceiro de negociação, foi desconvocada a greve de 24 horas que estava prevista para os dias 1, 3 e 5 de agosto de 2022”, avança a associação sindical em comunicado.

A greve abrangia os supervisores de circulação, supervisores do permanente geral de infraestruturas, operadores de circulação e operadores do permanente geral de infraestruturas e, na passada quarta-feira, tinha levado a CP a alertar para a possibilidade de ocorrerem “fortes perturbações” na circulação de comboios.

Em comunicado, a Aprofer clarifica ainda que “não está ligada a nenhuma central sindical”, tendo sido criada “em 2007 por um conjunto de trabalhadores que pertenciam, na altura, ao PCL (posto de comando local) de Campolide e que, mais tarde, com a criação dos CCO (centros de comando operacionais) da Refer, se alargou a nível nacional”.

Atualmente, diz, “representa mais de 70% de trabalhadores sindicalizados e não sindicalizados”, estando “também representada no Metro do Porto”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Londres aconselha britânicos a passar férias em Portugal em vez de França

  • Lusa
  • 29 Julho 2022

"Os portugueses permitiram que os britânicos utilizassem e-Gates para entrar [no país]. Portanto, pode ser que as pessoas achem mais fácil ir de férias a Portugal", disse o responsável pelo Brexit.

O secretário de Estado do Brexit sugeriu hoje que os britânicos devem “ir de férias para Portugal” em vez de França para evitar as filas de espera registadas nas últimas semanas no controlo dos passaportes no porto de Dover.

Jacob Rees-Mogg insistiu que a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) – processo conhecido como Brexit – não é causa responsável pelos engarrafamentos que os turistas que tentam atravessar o Canal da Mancha têm enfrentado desde a semana passada, culpando as autoridades francesas por “não colocarem pessoas suficientes para operar as cabines adicionais” dos serviços de imigração que foram colocadas pelo porto de Dover.

“Vale a pena notar que os portugueses permitiram que os britânicos utilizassem e-Gates [portas eletrónicas] para entrar em Portugal. Portanto, pode ser que as pessoas achem mais fácil ir de férias a Portugal”, disse, em declarações à estação Sky News.

O secretário de Estado britânico recordou que Portugal é o “aliado mais antigo” do Reino Unido, invocando o Tratado de Windsor de 1386, “por isso devemos ser sempre muito simpáticos para com os portugueses”.

Rees-Mogg referia-se ao facto de Portugal permitir o uso das portas tecnológicas de controlo de fronteiras nos aeroportos a cidadãos de países terceiros à UE, como o Reino Unido, bem como os Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Austrália, Japão e Singapura.

No entanto, só podem usar esta modalidade os britânicos maiores de 18 anos, e após passarem as portas eletrónicas têm de esperar para que os passaportes sejam carimbados, de forma a possibilitar que as autoridades portuguesas controlem o período máximo de estadia de 90 dias.

Os turistas britânicos com destino ao continente europeu têm enfrentado atrasos de várias horas devido ao congestionamento junto ao porto de Dover, de onde partem os barcos em direção a França, e também em Folkestone, no acesso ao Eurotúnel, que transporta automóveis de comboio.

“Se os franceses decidirem não providenciar os oficiais de imigração necessários vai haver filas. Foi uma decisão dos franceses”, vincou o político britânico, um conhecido eurocético. As autoridades francesas rejeitaram a responsabilidade dos problemas, alegando que os problemas se devem ao aumento dos controlos de passaportes necessários devido ao ‘Brexit’.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmara da Guarda pede “consumos regrados” de água a residentes e emigrantes

  • Lusa
  • 29 Julho 2022

Câmara da Guarda apela aos residentes e emigrantes, para que tenham "consumos regrados" de água, devido à seca, apesar de a barragem do Caldeirão estar bem” em termos de armazenamento.

“A recomendação é a de que fechemos a torneira. É mais ou menos assim a frase que está a ser muito difundida, a nível nacional. Nós devemos ter consumos regrados. E são aquelas coisas normais: não deixar as torneiras abertas, não gastar água em demasia. E, sempre que se use água, reutilizar a mesma”, apelou, esta sexta-feira, o presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa.

Em relação à reutilização da água, o edil Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda) indicou que nos eventos organizados pelo município – como acontece este fim de semana com as Festas da Cidade que incluem o funcionamento de um parque insuflável com escorregas de água – “sempre que estiver a água em causa”, a autarquia irá reutilizá-la para a regra dos jardins.

“É muito importante que isto se faça: pouparmos a água. E os hábitos começam logo em nossa casa. Nós não podemos dizer não é comigo que há problema. Se todos dissermos isso, então, há problemas com todos. É em nossa casa que a poupança se evidencia. E é esse apelo que faço, não só aos emigrantes, mas a todos os habitantes do concelho da Guarda”, declarou.

É muito importante que isto se faça: pouparmos a água.

Sérgio Costa

Presidente da Câmara Municipal da Guarda

Questionado pela Lusa sobre o atual nível de água na albufeira da barragem do Caldeirão, que abastece a cidade da Guarda e o concelho, Sérgio Costa respondeu que “está bem, neste momento”. “É claro que é expectável que daqui a uma semana, [ou] poucas semanas, possa baixar um pouco a sua cota, tendo em conta o lançamento de caudal que vai ter que ser feito, possivelmente, quando for solicitado para os açudes de Celorico da Beira e de Fornos de Algodres, para abastecer as populações locais”, admitiu.

Segundo o autarca da cidade mais alta do país, os níveis de água na albufeira “vão descendo” até ao inverno, mas, até lá, o município que lidera vai continuar “sempre a acompanhar os níveis da barragem do Caldeirão”.

Mais de um quarto do território do continente estava no final de junho em seca extrema (28,4%), verificando-se um aumento em particular na região Sul e em alguns locais do interior Norte e Centro, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). O restante território estava em seca severa (67,9%) e seca moderada (3,7%).

No último dia do mês de maio, 97,1% do território estava em seca severa, 1,5 em seca moderada e 1,4 em seca extrema.

No final de junho, os valores de percentagem de água no solo continuavam muito baixos em todo o território e em especial na região interior Norte e Centro, no vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo não descarta imposto sobre empresas com “lucros caídos do céu”

Presidente da República apela à responsabilidade social das empresas que mais estão a lucrar em contexto de elevada taxa de inflação.

Marcelo Rebelo de Sousa não descarta um imposto sobre os lucros extraordinários das empresas. Para o Presidente da República, o cenário pode colocar-se caso não haja maior responsabilidade social das companhias.

“As empresas que nesta situação têm a vindo a ter proveitos extraordinários devem ser as primeiras a tomarem maior iniciativa de responsabilidade social. Não podem ignorar os que sofrem à sua volta. Têm de investir mais em termos sociais, sacrificando dividendos”, apelou nesta sexta-feira o Presidente da República, depois da participação num encontro com o homólogo de Cabo Verde, José Maria Neves.

O chefe de Estado reconheceu que “é difícil encontrar uma solução que não seja retroativa e que seja justa” e que “abarque todos” os setores que estejam a beneficiar de lucros extraordinários”.

Mas o Presidente deixou também o recado: “Se aumentam os impostos sobre quem teve lucros extraordinários, talvez se deva baixar imposto ou tomar medidas sociais sobre os setores desfavorecidos, que sofrem mais.”

Acima de tudo, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, “qualquer medida tomada tem de ser justa e deve chegar ao bolso das pessoas“.

Marcelo Rebelo de Sousa alertou ainda que o país vai continuar a viver um “período difícil” por causa da aceleração da taxa de inflação – fixou-se em 9,1% em julho. É um momento que “exige resistência, capacidade de decisão, e decisão rápida, se for necessária”.

Desde abril que em Portugal se discute a hipótese da criação de impostos sobre lucros extraordinários. Em Espanha, será agravada a tributação obre as receitas da banca com juros e comissões, e aplicar também uma taxa de 1,2% sobre o volume de negócios das empresas do setor energético.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h31 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gasóleo volta a descer três cêntimos, mas gasolina sobe um cêntimo na próxima semana

Na segunda-feira, quando for abastecer, vai pagar 1,827 euros por litro de gasóleo simples e 1,905 por litro de gasolina simples 95. A gasolina interrompe assim sete semanas consecutivas de descidas.

A maré de descidas nos preços dos combustíveis vai continuar, mas só para o gasóleo, que é o combustível mais utilizado em Portugal. Na próxima segunda-feira, quando for abastecer o carro, vai pagar menos três cêntimos por litro de gasóleo, mas vai pagar mais um cêntimo por litro se utilizar gasolina, apurou o ECO junto de fonte do setor.

Há cinco semanas que os preços do diesel estão a corrigir dos aumentos recordes e, a confirmar-se esta nova descida, será mais uma semana de alívio para o bolso de alguns portugueses. Já a gasolina vai interromper a tendência de descida que se mantinha há sete semanas.

Estes valores ainda podem sofrer um ajustamento, tendo em conta o fecho das cotações do brent esta sexta-feira e do mercado cambial, mas, à partida, pode contar pagar 1,827 euros por litro de gasóleo simples e 1,905 por litro de gasolina simples 95, de acordo com os valores médios praticados nas bombas esta segunda-feira.

Caso estes valores se venham a confirmar, seria preciso recuar a 30 de maio para encontrar nas bombas um preço médio de gasóleo mais barato; e a 2 de maio no caso da gasolina.

As descidas esperadas para a próxima semana são inferiores às registadas esta semana, em que o gasóleo desceu cindo cêntimos e a gasolina seis. Mas o brent, que serve de referência às importações nacionais, está a subir há quatro dias e ao final da manhã desta sexta-feira já valorizava 2,3%, para os 109,15 dólares por barril. Alimentado pelos receios de escassez de oferta antes de mais uma reunião da OPEP+ e também de uma recessão, já que os Estados Unidos registaram dois trimestres consecutivos de contração do PIB (a definição de recessão técnica).

Para já, os dados revelados pelo Eurostat, esta sexta-feira, dissiparam algumas preocupações mais imediatas. É que, inesperadamente, no segundo trimestre, as economias da zona euro registaram uma progressão de 0,7% face ao trimestre anterior e de 4% em termos homólogos, um desempenho idêntico ao registado pelo conjunto das economias da União Europeia. Em cadeia, os 27 países da UE cresceram 0,6%.

Contudo, alguns economistas consideram que não estão totalmente afastados os receios de uma recessão na Europa, já que será no inverno que irá enfrentar o verdadeiro impacto dos cortes do gás russo. Além disso, a inflação continua a acelerar, o que pressionará o Banco Central Europeu a optar por novas subidas dos juros, o que não potencia o crescimento económico.

Os receios de recessão colocam pressão sobre os preços do petróleo e essa será uma preocupação que estará à mesa da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e dos seus aliados liderados pela Rússia no encontro da próxima semana, no qual deverão discutir as quotas de produção para setembro e talvez para o resto do ano. Os analistas colocam as suas fichas na manutenção da produção de petróleo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

pbbr assessorou Round Hill Capital na compra da Smart Studios

A transação, no valor de cerca de 200 milhões de euros, envolveu uma equipa multidisciplinar das áreas de Imobiliário e Urbanismo, Corporate, Bancário, Tax e Laboral da sociedade.

A pbbr assessorou a Round Hill Capital na aquisição da sociedade que opera as residências de estudantes e co-living Smart Studios, envolvendo 9 activos em Lisboa e Porto.

A transação, no valor de cerca de 200 milhões de euros, envolveu uma equipa multidisciplinar das áreas de Imobiliário e Urbanismo, Corporate, Bancário, Tax e Laboral da sociedade. Os advogados Pedro Pinto, Alexandre Jardim, Tânia Osório, Gonçalo Mendes Martins, Isabel Brazão de Castro e Mário Silva Costa, entre outros, estiveram diretamente envolvidos na transação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Lucros da banca podem parecer expressivos, mas não são”, diz líder do BPI

João Pedro Oliveira e Costa considera que a banca portuguesa já presta uma “solidariedade muito significativa” à sociedade e acredita que Portugal não vai avançar com imposto extra sobre o setor.

“Os resultados da banca podem parecer expressivos, mas em termos relativos não são”, assinalou esta sexta-feira o CEO do BPI, explicando que a rentabilidade do capital ainda não cobre o custo. João Pedro Oliveira e Costa comentava a introdução de um imposto extraordinário na banca espanhola e que não vê a ser replicado cá em Portugal.

O BPI anunciou uma subida dos lucros em 9% para 201 milhões de euros no primeiro semestre, mas os resultados dos concorrentes BCP e Santander Totta dispararam 500% e 200% no mesmo período.

Para o líder do BPI, os lucros até podem parecer significativos, mas a rentabilidade dos capitais próprios e as avaliações esmagadas que os investidores aplicam ao setor contrariam esta tese. “Continuamos a ser cotados abaixo do book value e a rentabilidade dos capitais próprios continua abaixo do custo de capital”, explicou Oliveira e Costa. No caso do BPI, o ROE atingiu os 6,5% no final de junho.

Em relação ao imposto extraordinário sobre comissões e margem financeira que o Governo espanhol anunciou esta quinta-feira, Oliveira e Costa não vê isso a ser replicado em Portugal e destacou que os bancos portugueses já demonstram uma “solidariedade significativa” com a sociedade, citando os 48,3 milhões de euros de contribuições para os fundos de resolução e adicional de solidariedade.

“Se fosse pensado alguma vez [em Portugal], pediria ponderação. (…) Não deveria ser esse o caminho”, disse o gestor. “Em Portugal não se está a pensar seguir esse caminho”, acrescentou.

A casa-mãe CaixaBank estima um custo entre 400 milhões e 450 milhões de euros com o novo imposto. Oliveira e Costa afasta qualquer impacto desta taxa espanhola em Portugal.

“Inflação é o tema mais preocupante neste momento”

Oliveira e Costa considerou ainda que a escalada da “inflação é o tema mais preocupante neste momento”, mais do que a subida das taxas de juro do Banco Central Europeu. “A subida das taxas, se for controlada e dentro das nossas previsões, entre 1% e 2%, se calhar mais perto de 2%, não considero que tenha impacto direto significativo na economia, empresas e famílias. Há espaço para o movimento do BCE não criar disrupção no rendimento e aumento do malparado”, declarou.

o aumento da inflação “vem de dois movimentos difíceis de contrariar” e não será pelo aperto da política monetária que “será contrariada”, afirmou.

O primeiro movimento tem a ver com “o estrangulamento das linhas de distribuição”, que ainda ninguém sabe como se vai desbloqueada e que não será tão rapidamente a resolvido como se esperava. O segundo tem a ver com os preços da energia. “Não há fontes alternativas para contrariar esses preços”, afirmou.

Neste cenário, Oliveira e Costa disse que seria uma inconsciência não se estar prudente e cauteloso com o cenário económico. “Há uma deterioração das condições económicas envolvente e está a levar a um abrandamento económico e expectativas mais negativas”, disse.

(Notícia atualizada às 14h56 para corrigir a frase atribuída a Oliveira e Costa, que disse “expressivos” e não “excessivos”)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Praia de Gaia tem primeira piscina de água do mar aquecida do país

Vila Nova de Gaia tem a primeira piscina com água do mar aquecida do país, numa praia. De acesso gratuito, tem 20 por 25 metros, profundidade máxima de um metro, e temperatura entre os 28 e 29 graus.

A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia investiu 96.468 mil euros na primeira piscina com água do mar aquecida do país, integrada numa praia. Abre ao público este sábado, em Canide Norte, no concelho gaiense.

“A piscina é 100% sustentável, uma vez que é usada água do mar, aquecida por painéis solares (energia renovável), e será monitorizada permanentemente”, avança, em comunicado, a autarquia liderada pelo socialista Eduardo Vítor Rodrigues.

Segundo o município, esta é a grande novidade da época balnear 2022 em Gaia. De acesso gratuito, a piscina tem 20 por 25 metros, profundidade máxima de um metro, e água a uma temperatura entre os 28 e 29 graus. Está instalada na praia de Canide Norte, entre os bares Grão de Areia e Ar de Mar. Os veraneantes podem contar com barracas de apoio e uma barreira para proteger o espaço do vento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Anacom obriga Meo a cortar preços das condutas e postes até 35%

Regulador das comunicações obrigou a Meo a descer as mensalidades máximas de acesso a condutas em 35% e de acesso aos postes em 20%, com retroativos a 15 de fevereiro.

A Anacom aprovou a decisão final que obriga a Meo a reduzir os preços de acesso a condutas e postes em até 35%, com retroativos a 15 de fevereiro de 2022, avançou esta sexta-feira o regulador das comunicações.

Em concreto, a entidade liderada por João Cadete de Matos determinou que as mensalidades máximas das ofertas de referência de acesso a condutas descem em 35%, enquanto as mensalidades máximas das ofertas de acesso a postes encolhem em 20%. Em causa está o mercado grossista de telecomunicações, ou seja, estes preços são praticados pela operadora e cobrados a outras empresas do setor, não ao cliente final.

Num comunicado, a Anacom diz considerar que “este aspeto continua a assumir particular importância”, porque, neste momento, “os operadores estão a expandir a cobertura das suas redes, móveis e fixas, para áreas cada vez mais remotas”, incluindo a nova rede 5G.

“A decisão da Anacom foi suportada nas evidências de que se impunha uma atuação ao nível dos preços mensais incluídos nas ofertas de referência de acesso a condutas e postes, para assegurar a sua orientação para os custos, entendendo-se que, face às margens verificadas nos últimos anos, a redução agora avançada é apropriada e plenamente justificada”, refere a entidade num comunicado.

Os postes e condutas fazem parte da infraestrutura de telecomunicações e uma parte importante na construção de redes de comunicações eletrónicas. Segundo a Anacom, esta medida “visa garantir que a globalidade das ofertas grossistas em causa cumpre com a obrigação de orientação dos preços para os custos imposta à Meo, por ter poder significativo no mercado grossista respetivo, assegurando-se assim a promoção da concorrência e o desenvolvimento e instalação de redes de muito elevada capacidade”.

“Esta decisão da Anacom, tal como as medidas regulatórias impostas no acesso a condutas e a postes no passado, contribuem para uma redução do custo de implantação de redes de elevada capacidade, permitindo que nas zonas onde não existam aquelas redes, todos os operadores disponham de condições semelhantes para investirem no desenvolvimento das suas próprias infraestruturas”, continua a explicar o regulador.

Deste modo, “contribui-se para um crescimento sustentado nos níveis de cobertura do território nacional por redes de elevada capacidade dos vários operadores”, defende a Anacom. O ECO contactou fonte oficial da Meo no sentido de obter uma reação.

A decisão da Anacom, que mereceu uma consulta pública e notificação à Comissão Europeia, acontece num ano em que o Governo vai lançar concursos públicos para levar conectividade às chamadas “zonas brancas”. São regiões já identificadas que não têm cobertura de redes de comunicações e não são suficientemente atrativas para o investimento privado. O programa contará com o financiamento de fundos europeus.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h04)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dono da Oliveira da Serra reforça as áreas de new ventures e de sustentabilidade

João Basto é nomeado diretor-geral da Centazzi e Joana Oom de Sousa será a nova diretora de sustentabilidade da Sovena, grupo dono da Oliveira da Serra.

O Grupo Sovena acaba de reforçar as direções de new ventures e de Sustentabilidade, individualizando-as e atribuindo maior relevância a cada uma destas áreas de negócio. João Basto é nomeado diretor-geral da Centazzi, empresa detentora da marca Salutem, adquirida pela Sovena em fevereiro deste ano, acumulando com a função que desempenha há dois anos de diretor de new ventures. Já Joana Oom de Sousa é a nova diretora de sustentabilidade do grupo dono da Oliveira da Serra.

“É um grande desafio assumir a liderança de uma empresa como a Centazzi, uma referência no mercado da alimentação saudável e, ao mesmo tempo, continuar o caminho percorrido na área de novos negócios, com o foco no propósito, de acelerar os próximos passos da alimentação global, no que respeita à conveniência, saúde e sustentabilidade”, afirma João Basto, em comunicado.

O profissional, que ingressou na empresa em 2013 como diretor-geral da Sovena Ásia-Pacífico, passa a ser responsável pelo desenvolvimento de novos negócios do Grupo, como é o caso do novo projeto de óleo de abacate na Colômbia e da participação na empresa EcoXperience, um projeto pioneiro no mundo que transforma óleos alimentares usados em detergentes ecológicos.

Até agora integrada no departamento de new ventures e sustentabilidade, a direção de sustentabilidade passa a um departamento autónomo, fazendo repercutir na estrutura o desígnio que a área ganhou nos últimos anos.

À frente da direção de sustentabilidade do Grupo Sovena, Joana Oom de Sousa fica responsável pela implementação das metas definidas na estratégia de sustentabilidade do grupo, um plano com vista a um desenvolvimento sustentável do negócio a médio e longo prazo, de forma a gerar um impacto positivo para os ecossistemas e comunidades com as quais a empresa se envolve. A aposta na descarbonização, contribuindo para que o setor caminhe em direção aos compromissos globais da neutralidade carbónica é outro dos objetivos da nova diretora de sustentabilidade.

Todos os nossos projetos são sustentados, para assegurar futuros sustentáveis. Queremos aproximar a indústria de hoje dos mercados de amanhã, e colocar a sustentabilidade em todos os passos dos nossos processos”, refere Joana Oom de Sousa.

A responsável ingressou na Sovena em 2016, como diretora da área de corportate strategy tendo, há três anos, assumido também a liderança do departamento de compras. Neste momento, Joana Oom de Sousa é responsável pela área de corporate strategy, compras e sustentabilidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.