Nasdaq abre pressionado após queda de 3%

As bolsas dos EUA iniciaram a sessão em terreno misto. O Nasdaq mantém-se sob pressão, após cair mais de 3%. Os bancos dão algum ânimo a Wall Street, beneficiando da perspetiva de juros mais altos.

Wall Street abriu a sessão desta quinta-feira em terreno misto, embora o índice tecnológico Nasdaq se mantenha sob pressão. Caiu mais de 3% na quarta e agora volta a perder terreno, com os investidores a penalizarem as companhias tecnológicas e mais virados para o setor da banca, que beneficia da perspetiva de juros mais altos.

O S&P 500 cai 0,07% nos primeiros minutos da sessão americana, mas as perdas são mais expressivas no Nasdaq: recua 0,37% para 15.044,46 pontos. O industrial Dow Jones escapa por pouco à tendência negativa, subindo ligeiros 0,05%.

As bolsas norte-americanas foram sacudidas na quarta-feira com as atas da Reserva Federal a apontarem para uma subida das taxas de referência mais cedo do que os analistas esperavam. Por outro lado, alguns responsáveis do banco central também destacaram a necessidade de redução do balanço, carregado com títulos de dívida.

Em termos empresariais, títulos como os do Facebook, Apple ou Tesla perdem entre 0,3% e 1%. “As ações das tecnológicas têm maior poder de lucro, mas são muito mais sensíveis a uma taxa de desconto mais alta”, disse Dave Grecseck, da Aspirian, citado pela Reuters.

Por seu turno, os bancos Citigroup, Bank of America, Wells Fargo ou JPMorgan Chase avançam mais de 1%. São um dos setores que mais beneficia da subida dos juros da Fed.

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Associações da construção antecipam aumento da produção em 2022

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2022

AICCOPN e AECOPS dizem que as recentes previsões do BdP estimam que a produção da construção deve acelerar em 2022 depois de um crescimento estimado de 4,3% em 2021.

As associações do setor da construção AICCOPN e AECOPS disseram esta quinta-feira que as mais recentes previsões do Banco de Portugal apontam para aceleração da produção da construção em 2022.

Segundo a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) e a Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS), as previsões do Banco de Portugal (BdP) indicam, para o setor da construção, um crescimento estimado da produção de 4,3% em 2021 e uma aceleração da atividade em 2022, antecipando um acréscimo real do Valor Bruto de Produção do setor entre 4% e 7%, intervalo a que corresponde um ponto médio de 5,5%.

Em termos absolutos, indica a associação baseando-se nas previsões do BdP, a produção total do setor deverá situar-se entre os 15,5 e os 16 mil milhões de euros.

No segmento da construção de edifícios residenciais, que terá crescido 4,5% em 2021, a taxa de variação real deverá ficar entre 4% e 7%, ou seja, 5,5% em termos médios, “tendo em consideração o atual dinamismo da procura de habitação”.

As associações do setor esperam que “se mantenha uma conjuntura favorável para este segmento, com a manutenção das condições de concessão de crédito à habitação e um alívio dos constrangimentos provocados pela pandemia”.

No segmento da construção de edifícios não residenciais, o crescimento em 2022 deverá ser ligeiro, entre 0,2% e 3,2% (a que corresponde um ponto médio de 1,7%).

Segundo as associações, tal deve-se ao “comportamento pouco dinâmico na componente privada, a mais penalizada pela crise pandémica e que se encontra bem patente na redução, até outubro, de 4,1% na área licenciada em edifícios não residenciais, e de um acréscimo de atividade na componente pública, que deverá crescer entre 2% e 5% em 2022“.

Por seu lado, o segmento da engenharia civil deverá ser o mais dinâmico, prevendo-se que o valor bruto da produção em 2022 cresça entre 6% e 9% (correspondendo um ponto médio de 7,5%), o que reflete “a evolução do mercado de obras públicas, tendo-se verificado um aumento de 4,4% no valor dos contratos de empreitadas celebrados até novembro de 2021″.

A AICCOPN) e a AECOPS referem ainda que os investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência que se somam ao Portugal 2020 “colocam o setor em destaque, em virtude dos investimentos em construção previstos em áreas como a habitação, a eficiência energética dos edifícios e a construção de infraestruturas”.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou esta quinta-feira que os custos de construção de habitação nova aumentaram 8,5% em novembro face ao mesmo mês de 2020, o valor mais elevado em 13 anos.

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Efacec forma 30 estagiários para integrarem empresa

A iniciativa, que tem como objetivo a captação de talento jovem, aposta nas próximas gerações, nas suas competências e no valor que podem aportar ao setor.

Trinta jovens recém-licenciados nas áreas de engenharia, gestão/economia e ciências sociais, que integram o “To The Future Fast’21”, a primeira experiência profissional da Efacec, arrancam agora para a última fase do programa, tendo em nove meses de desenvolver um projeto estratégico para a empresa. A iniciativa, que tem como objetivo a captação de talento jovem, aposta nas próximas gerações, nas suas competências e no valor que podem aportar ao setor, para que possam assumir posições estratégicas na empresa.

“Esta primeira edição do Programa To The Future Fast’21 reforça o posicionamento da Efacec na captação e atração de talento jovem que permite acelerar a carreira de recém-licenciados. Através deste programa, estes jovens vão adquirir conhecimento com os melhores especialistas de cada unidade de negócio. Para nós é um privilégio que tantos jovens almejem crescer, transformar o futuro e criar valor na nossa empresa”, afirma Ângelo Ramalho, chairman e CEO da Efacec, citado em comunicado.

O programa de talento constitui uma oportunidade para recém-licenciados reterem o máximo de conhecimento possível e acelerarem as suas carreiras para, num futuro próximo, assumirem posições estratégicas na empresa, que, nos últimos cinco anos, recebeu mais de 330 jovens para realizarem o seu estágio.

Nesta primeira edição, 11 jovens integram as áreas corporativas e 19 dividem-se pelas oito unidades de negócio, que vão desde aparelhagem e automação a mobilidade elétrica e service. Agora, nesta última fase do programa, os jovens irão desenvolver um projeto inovador e estratégico para a empresa e que deve ser concluído até ao final do estágio, em setembro de 2022.

“Este programa é a materialização da vontade de munir a Efacec de talento jovem, audaz e, essencialmente, preparado. São jovens altamente motivados, com capacidade de foco e vontade de fazer acontecer e que perpetuam a vontade da Efacec em criar e transmitir valor aos talentos mais jovens, que serão os especialistas de amanhã”, diz Anabela Magalhães, diretora da gestão de pessoas da Efacec.

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Certificado Covid passa a incluir terceira dose tomada há mais de 14 dias

  • ECO
  • 6 Janeiro 2022

Quem tomou a dose de reforço há mais de 14 dias deixará de ter de fazer teste para ter acesso às atividades e locais ainda sujeitos à obrigatoriedade de testagem.

O certificado digital Covid vai passar a englobar a terceira dose da vacina contra a Covid, para quem tenha tomado a dose de reforço há mais de 14 dias, revelou o primeiro-ministro, António Costa, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros que delineou as medidas de contenção da pandemia.

“O certificado digital continuará a ser exigido no acesso a restaurantes, para estabelecimentos turísticos, espetáculos culturais, eventos com lugares marcados e ginásios. Em alternativa à realização de testes é o certificado digital. Terá indicação terceira dose no 14.º dia após a administração da dose de reforço. Quem já tem há mais de 14 dias, se atualizar o certificado digital, deverá aparecer lá a dizer terceira dose”, clarificou o primeiro-ministro.

Assim, todas as pessoas que tenham a dose de reforço há mais de 14 dias deixarão de ter de fazer teste para ter acesso às atividades e locais ainda sujeitos à obrigatoriedade de testagem, bastando mostrar o certificado.

O teste é obrigatório para entrar em bares e discotecas (que reabrem a 14 de janeiro), nos voos que cheguem a Portugal, para as visitas em lares e visitas a pacientes internados em estabelecimentos de saúde, e para aceder a grandes eventos e eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados e recintos desportivos (salvo decisão da DGS).

O certificado digital (que pode ser de recuperação, vacinação ou testagem) é exigido no acesso a estabelecimentos turísticos e alojamento local, espetáculos culturais, eventos com lugares marcados e ginásios.

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Vêm aí novas regras para os testes e isolamento

Governo mexeu nas regras que definem a necessidade de apresentar teste negativo e de isolamento. Veja o que muda a partir de 10 de janeiro.

A partir de 10 de janeiro há novas normas no que toca à situação pandémica. A Ómicron continua a avançar, mas o Governo decidiu aliviar as regras relativamente à necessidade apresentação de testes ao novo coronavírus e ficar em isolamento. Haverá mudanças para as crianças nas escolas e para quem já recebeu a dose de reforço da vacina. Afinal, em que situações é preciso ter um teste negativo ou ficar isolado?

A partir da próxima semana, quem já recebeu a terceira dose da vacina contra a Covid há mais de 14 dias passa a estar isento de testagem, anunciou o primeiro-ministro esta quinta-feira, em conferência de imprensa após a reunião de Conselho de Ministros. Apresentar um teste negativo deixa, assim, de ser preciso no acesso a locais e atividades que ainda estão sujeitos a essa obrigatoriedade. “Esta medida é um incentivo para que as pessoas que já estão em condições de ter a dose de reforço, procedam à vacinação para não terem a necessidade de fazer teste”, disse António Costa.

Além disso, as novas normas da Direção-Geral de Saúde (DGS) definiram que as pessoas que já tenham a dose de reforço ficam igualmente isentas isolamento. “Com esta medida, desde ontem [quarta-feira], cerca de 276 mil pessoas que estavam em situação de isolamento viram-no terminado ou reduzido, fruto da aplicação desta nova norma”, disse o primeiro-ministro.

Ainda no que toca ao isolamento por contacto com pessoa infetada, este passa a ser obrigatório apenas para quem esteja positivo à Covid ou no caso de coabitantes. Por exemplo, se o pai está infetado, a pessoa deve ficar isolada, mesmo que teste negativo. Mas se o colega de trabalho está infetado, a pessoa só deve ficar isolada se o seu teste der positivo.

Esta medida dita, assim, o fim do isolamento nas turmas. Crianças que estiveram em contacto com colegas de turma infetados deixam, assim, de precisar de ficar em isolamento. A não ser, claro, que realizem um teste e o resultado seja positivo. Só são considerados contactos de alto risco as crianças que vivam na mesma casa que alguém infetado, precisando, assim, de ficar isoladas.

Em que situações continua a ser obrigatório teste ou certificado?

Com todas estas mudanças, importa relembrar que continua a ser obrigatório apresentar um teste com resultado negativo (salvo se tomou a dose de reforço há 14 dias) no acesso a discotecas, grandes eventos e eventos sem lugares marcados, recintos desportivos, na visita a lares de idosos e a pacientes internados em estabelecimentos de saúde. Para viajar para Portugal é também preciso apresentar teste negativo, mesmo tendo a vacinação completa.

Além disso, mantém-se a obrigatoriedade de apresentar o certificado digital (teste negativo, certificado de recuperação ou vacinação completa) no acesso a restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamento local, espetáculos culturais, eventos com lugares marcados e ginásios.

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Portugal com 39.074 casos de Covid-19. Morreram 25 pessoas

O boletim da DGS indica que, nas últimas 24 horas, foram identificados 39.074 casos de Covid-19 e morreram 25 pessoas. Os internamentos voltaram a subir.

Foram identificados 39.074 casos de Covid-19, nas últimas 24 horas. De acordo com o boletim divulgado esta quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS), morreram 25 pessoas infetadas com o vírus pandémico, desde o último balanço. Internamentos subiram.

Das mais de três dezenas de milhares de novos casos de infeção, 16.989 foram identificados em Lisboa e Vale do Tejo, 14.094 no Norte, 4.285 no Centro, 1.154 no Alentejo, 1.152 na Madeira, 1.021 no Algarve e 379 nos Açores. No total, desde o início da crise sanitária, já foram confirmados 1.539.050 casos de infeção, em Portugal.

Nas últimas 24 horas, também o número de casos ativos aumentou. Há agora mais 8.342 pessoas nessa situação, totalizando 247.440 casos ativos em Portugal.

Por outro lado, 30.707 portugueses recuperaram da doença pandémica, desde o último balanço. Tal significa que, desde o início da pandemia, 1.272.556 pessoas já foram dadas como recuperadas da infeção, por cá.

O boletim divulgado pela DGS dá conta, além disso, que mais 25 pessoas morreram infetadas pelo coronavírus, nas últimas 24 horas: 15 em Lisboa e Vale do Tejo, sete no Norte, uma no Alentejo, uma no Algarve e uma nos Açores. Nas demais regiões, não foram registados óbitos desde o último balanço.

Quanto aos internamentos, há agora mais 60 utentes hospitalizados, o que significa que, neste momento, há 1.311 pessoas internadas. O número de utentes em cuidados intensivos também subiu. Há agora 158 pessoas nessa situação, mais 15 do que no último balanço.

Quanto ao número de contactos sob vigilância ativa, as autoridades indicam que há mais 3.442 pessoas nessa situação. No total, há, portanto, 201.004 contactos sob vigilância ativa atualmente em Portugal.

O boletim desta quinta-feira atualiza também a matriz de risco: o risco de transmissibilidade nacional está fixado em 1,41 e a incidência nacional situa-se em 2104,7 casos de infeção por 100.000 habitantes. Ambos estáveis face ao boletim de quarta-feira.

A variante Ómicron é, neste momento, dominante em Portugal, sendo caracterizada por uma maior transmissibilidade, mas menor severidade nos sintomas que provoca. É por isso, frisou ainda esta quinta-feira o primeiro-ministro, que apesar da escalada de casos, os internamentos e os óbitos estão longe dos números registados há um ano.

Deste modo, o Governo decidiu, em Conselho de Ministros, reabrir as escolas a partir de 10 de janeiro, mantendo, contudo, a adoção do teletrabalho obrigatória e os bares e discotecas encerrados até 14 de janeiro. Depois dessa data, o exercício das funções a partir de casa passa a recomendado e os referidos estabelecimentos deverão reabrir portas.

Boletim epidemiológico de 6 de janeiro:

(Notícia atualizada às 14h27)

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Membros das mesas de voto vão ter prioridade na vacinação

Os ajudantes no ato eleitoral vão poder tomar a dose de reforço antes de 30 de janeiro. Governo quer parecer da PGR para ter “segurança jurídica” no voto dos isolados e vai reunir com os partidos.

Todas as pessoas que integram as mesas de voto nas eleições legislativas de 30 de janeiro vão ter prioridade na dose de reforço da vacina contra a Covid-19, anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro.

“Vamos [fazê-lo] para que todos os que lá estão e são indispensáveis para o bom funcionamento do processo eleitoral estejam mais protegidos porque vão estar a interagir com muitos milhões de cidadãos ao longo do dia”, justificou António Costa.

Quase 24 horas após anunciar que está a estudar a possibilidade de eleitores em isolamento poderem deslocar-se às mesas de voto, o chefe do Executivo disse que espera “para breve” o parecer que foi solicitado com “caráter de urgência” ao conselho consultivo da Procuradoria Geral da República para aferir se o isolamento impede o exercício do direito de voto ou se poderá ser suspenso para esse efeito.

“Este parecer é importante porque dá segurança jurídica a todos sobre a transparência do ato eleitoral e o cumprimento das regras. O Governo deve garantir a todos que é isento na administração deste processo eleitoral e que toma as decisões num quadro jurídico sólido”, esclareceu o primeiro-ministro, em resposta à notícia de que o Executivo teria poderes para alterar as regras.

E por que só agora foi pedido esse parecer, quando as Presidenciais de janeiro de 2021 já aconteceram numa fase em que disparavam as infeções? “Porque estas eleições ocorrem num momento em que temos uma variante altamente transmissível [Ómicron] e, sendo assim, haverá mais pessoas afetadas. E como não estava em vigor a nova norma da DGS [para reduzir os dias de isolamento], o potencial de pessoas isoladas era mais significativo”, respondeu.

Enquanto espera a validação jurídica por parte daquele órgão independente, o governante referiu que a ministra da Administração Interna vai promover uma reunião com os partidos “tendo em vista ver, em concreto, qual a melhor forma de nos organizarmos para que quem estiver isolado possa exercer o voto presencialmente – e o possa fazer em condições de segurança para os próprios e para os outros”.

É que a lei eleitoral portuguesa “regulamenta quase ao pormenor” todo o processo – incluindo o horário de funcionamento (por isso não é possível no atual quadro constitucional alargar o período de funcionamentodas urnas de voto), sendo o alargamento para os infetados uma das propostas em cima da mesa – e só a Assembleia da República, dissolvida na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para 2022, é que “em condições normais pode proceder à alteração dessa legislação”.

“Temos de fazer tudo, dentro do quadro da lei, para assegurar que todas as pessoas possam exercer o seu direito de voto e, simultaneamente, que todas as outras o fazem em segurança e que não o deixam de fazer por receio de serem contaminadas”, acrescentou.

João Tiago Machado, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), aludiu ao Público o entendimento de que não há qualquer possibilidade de impedir um cidadão infetado com a Covid-19 de votar numa qualquer eleição. “É um direito garantido constitucionalmente que não pode ser afastado por qualquer entidade”, sustentou o responsável.

“Máxima capacidade” no voto antecipado

Quanto ao voto antecipado agendado para dia 23, António Costa garantiu nesta conferência de imprensa que está em contacto com a Associação Nacional de Municípios e com as autarquias isoladamente para aumentar o número de mesas de voto até ao “máximo de capacidade possível”.

E não teme que essa antecipação do voto, quando faltará ainda uma semana de campanha eleitoral, possa adulterar os resultados das legislativas. “Quem o faz é porque tem convicção forte do seu sentido de voto, não aguarda pela última semana de campanha. É uma liberdade que se dá”, concluiu.

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Já foram multados 2.000 passageiros e 38 companhias aéreas

Desde o início de dezembro, foram fiscalizados mais de 1,2 milhões de passageiros e 11 mil voos. Multaram-se 38 companhias aéreas, revelou o primeiro-ministro esta quinta-feira.

Desde o início de dezembro, as autoridades já multaram 2.000 passageiros e 38 companhias aéreas por incumprimento das medidas decretadas pelo Governo no âmbito do controlo das fronteiras, por causa da pandemia. O primeiro-ministro revelou esta quinta-feira, em conferência de imprensa após Conselho de Ministros, que foram fiscalizados mais de 1,2 milhões de pessoas e 11 mil voos.

Estes números corroboram os que foram avançados pelo Ministério da Administração Interna no início da semana, que davam conta de 1,18 milhões de passageiros e 10.834 voos fiscalizados pela PSP e pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Neste período, foram instaurados 1.963 autos de contraordenação, dos quais 1.234 foram levantados pela PSP — que controla os passageiros provenientes de voos com origem no espaço Schengen — e 729 pelo SEF — que fiscaliza os viajantes oriundos de países fora do espaço Schengen.

“Vamos manter o controlo nas fronteiras, continuando a exigir teste negativo a todos os voos que cheguem a Portugal e continuaremos a aplicar sanções, quer a passageiros, quer a companhias aéreas que embarquem passageiros sem teste negativo”, disse esta quinta-feira António Costa.

Desde 1 de dezembro é obrigatório apresentar teste negativo à Covid no desembarque em Portugal, mesmo tendo a vacinação completa. A responsabilidade de assegurar este cumprimento cabe às companhias aéreas e o Governo considera que esse trabalho não estava a ser cumprido, tendo, por isso, agravado as multas. Assim, o valor mínimo a sancionar passa a 20 mil euros por cada passageiro, podendo ir até 40 mil euros.

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Bares e discotecas reabrem a 14 de janeiro com teste à entrada

Os bares e as discotecas só vão reabrir a partir de 14 de janeiro, sendo exigida a apresentação de teste negativo à entrada, anunciou o Governo, após o Conselho de Ministros desta quinta-feira.

Os bares e as discotecas só vão reabrir a partir de 14 de janeiro, sendo exigida a apresentação de teste negativo à entrada, anunciou o primeiro-ministro, após o Conselho de Ministros desta quinta-feira. Medida é justificada face ao agravamento da pandemia.

“Da mesma forma, bares e discotecas poderão retomar a sua atividade a partir de dia 14 de janeiro, sendo que há a necessidade da realização de teste para a acesso e mantêm-se a proibição de consumo de bebidas alcoólicas na rua“, revelou António Costa, em conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros.

Importa sublinhar que, no casos dos bares e discotecas — tal como para voos que cheguem a Portugal, para as visitas em lares, visitas a pacientes internados em estabelecimentos de saúde, grandes eventos e eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados e recintos desportivos (salvo decisão da DGS) — em que é exigido a apresentação de teste à Covid, apenas ficam excluídas desta exigência as pessoas que tenham tomado a dose de reforço há mais de 14 dias.

Este decisão é justificada tendo em conta que “se prevê um aumento de casos com tendência crescente” na próxima semana, pelo que ímpera avançar “com cautela”, referiu o primeiro-ministro.

Os estabelecimentos de diversão noturna estão de portas fechadas desde 25 de dezembro, após o Executivo ter decidido antecipar em uma semana as medidas previstas para a semana de contenção. Especialistas ouvidos pelo ECO, ainda antes da reunião do Infarmed, tinham-se mostrado divididos quanto a um prolongamento deste encerramento, a partir de 10 de janeiro.

Se para o pneumologista Carlos Robalo Cordeiro era “prematuro” reabrir estes espaços “dado o volume enorme de infeções que o país vai ter nas próximas semanas”, Ricardo Mexia, médico de Saúde Pública, defendeu uma coerência de medidas, já que se verificou uma “enorme assimetria” no período da passagem de ano. Não obstante, a equipa de peritos liderada por Raquel Duarte que aconselha o Governo defendeu, na reunião de quarta-feira no Infarmed, um alívio de medidas, aconselhando que os bares e discotecas apenas cumprissem as medidas gerais.

Para compensar as empresas pelo impacto financeiro do encerramento, o Governo retomou o lay-off simplificado, que permite aos empregadores reduzir os horários de trabalho ou suspender os contratos ao mesmo tempo que lhes assegura uma ajuda para o pagamento dos salários. O regime assegura um apoio ao pagamento dos salários, que corresponde a 70% de dois terços do salário relativo às horas não trabalhadas, subsídio que pode ser aumentado, adicionalmente, “no estritamente necessário de modo a assegurar” o salário completo do trabalhador.

Adicionalmente, as discotecas e bares podem também aceder ao programa Apoiar, um instrumento que suporta o pagamento de despesas fixas não relacionadas com salários, como já aconteceu com as rendas.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h23)

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Teletrabalho obrigatório prolongado até 14 de janeiro

Desde 25 de dezembro que a adoção do teletrabalho é obrigatória, sempre que as funções sejam compatíveis. Governo decidiu estender essa imposição até 14 de janeiro.

A adoção do teletrabalho vai continuar a ser obrigatória até 14 de janeiro, anunciou esta quinta-feira o Governo, depois de uma reunião do Conselho de Ministros em que foram discutidas as medidas para travar a escalada dos casos de Covid-19. A partir dessa data, passará a ser apenas recomendado que os trabalhadores exerçam as suas funções a partir de casa.

“Porque na próxima semana prevê-se ainda um crescimento do número de casos [de Covid-19] e porque devemos avançar com cautela, vamos prolongar até dia 14 a obrigatoriedade do teletrabalho, que passará a ser meramente recomendado a partir de dia 14″, explicou o primeiro-ministro, António Costa.

Desde dia 25 de dezembro que a adoção do teletrabalho é obrigatória, sempre que as funções sejam compatíveis e mesmo que não haja acordo entre o empregador e o trabalhador. Inicialmente, o Governo tinha indicado que esta imposição seria mantida até 9 de janeiro, mas, face à evolução da crise pandémica, foi decidido prolongá-la.

De notar que a equipa de especialistas em saúde pública que foi ouvida na quarta-feira na reunião no Infarmed disse considerar não ser necessário manter a obrigação de adoção do teletrabalho, face ao atual contexto epidemiológico. Por outro lado, recomendou a aplicação dessa medida, caso houvesse “sinais de alerta” nos internamentos, isto é, caso Portugal registasse, pelo menos, 179 internamentos em unidades de cuidado intensivo e um índice de transmissibilidade (Rt) superior a um. Aos jornalistas, António Costa admitiu esta quinta-feira seguir esses dois critérios na definição das linhas vermelhas.

Também as confederações patronais ouvidas pelo ECO tinham defendido não fazer sentido continuar a impor a adoção do teletrabalho, uma vez que a nova variante do coronavírus, a Ómicron, embora mais transmissível, tende a provocar sintomas menos graves.

Esta quinta-feira, o primeiro-ministro explicou, por outro lado, que no caso de quem continue a trabalhar presencialmente, as regras do isolamento vão mudar: “Só há isolamento de coabitantes”. Ou seja, se um colega testar positivo, os demais trabalhadores deixarão de ter de ficar isolados.

Na reunião do Conselho de Ministros, foi ainda decidido reabrir as escolas a 10 de janeiro, adiar para 14 de janeiro a reabertura de bares e discotecas e manter o controlo nas fronteiras.

(Notícia atualizada às 13h19)

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Estabelecimentos mantêm lotação máxima de um pessoa por cada cinco metros quadrados

O Governo decidiu que os estabelecimentos comerciais continuam a ter limites de lotação de uma pessoa por cada 5 metros quadrados, mas a proibição de saldos vai acabar, anunciou o primeiro-ministro.

O Governo decidiu esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, que a limitação da lotação dos espaços comerciais a uma pessoa por cada cinco metros quadrados vai continuar em vigor.

“Nos estabelecimentos comerciais vai acabar a proibição de saldos e de outras práticas promocionais, mas vai manter-se a limitação de uma pessoa por cinco metros quadrados, que é a limitação que já existiu no passado”, disse António Costa numa conferência de imprensa.

A partir de 25 de dezembro, o Governo decidiu que os espaços comerciais voltavam a ter a lotação reduzida, de uma pessoa por cada cinco metros quadrados, de forma a evitar ajuntamentos que ocorrem, muitas vezes, na semana a seguir ao Natal, por causa das devoluções.

A medida vai manter-se em vigor, de forma a travar a evolução da pandemia, numa altura que Portugal atingiu o número recorde de novos casos de Covid-19 esta quarta-feira.

O Governo tinha proibido os saldos entre 25 de dezembro e 9 de janeiro, mas essa medida vai acabar a partir de 10 de janeiro. A Associação de Marcas de Retalho e Restauração tinha alertado na quarta-feira que esta proibição levou a uma queda de 51,2% das vendas do comércio, face ao período homólogo de 2019, apelando ao “fim imediato” da medida.

Além da imposição dos limites de lotação aos estabelecimentos comerciais, o Governo decidiu que o teletrabalho passa a ser obrigatório prolongado até 14 de janeiro e que as aulas recomeçam na próxima segunda-feira como estava previsto.

Os bares e discotecas reabrem também a 14 de janeiro, mas é exigida a apresentação de teste negativo à entrada.

(Notícia atualizada às 13h22 com mais informação)

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Governo confirma que aulas recomeçam na próxima segunda-feira

O Governo decidiu o adiamento das aulas de 3 para 10 de janeiro e assim vai manter-se, apesar da propagação veloz da Ómicron. O segundo período letivo arranca na próxima segunda-feira.

O Conselho de Ministros decidiu esta quinta-feira manter a data de reabertura das escolas no dia 10 de janeiro. Com esta decisão termina definitivamente o período de contenção que durou 15 dias, mais do que o previsto, devido à propagação veloz da Ómicron, cujo impacto nos internamentos e unidades de cuidados intensivos ainda é tímido.

Com estas novas normas, em particular nas escolas, pode-se verificar uma alteração significativa: estamos em condições de confirmar que as escolas podem retomar a normalidade do seu funcionamento na próxima segunda-feira como estava previsto“, anunciou o primeiro-ministro na conferência de imprensa após a reunião do Governo, explicando que quando houver um caso positivo não é preciso o isolamento de toda a turma. António Costa anunciou que nas próximas duas semanas haverá testagem nas escolas.

As escolas vão assim começar o segundo período uma semana depois do previsto, mas não ainda mais tarde como se temia por causa do agravamento significativo da incidência da Covid-19 no território nacional. Caso as crianças testem positivo e fiquem isoladas em casa, os pais continuaram a ter acesso ao apoio à família.

O regresso das aulas tinha sido dado como certo pelo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, mas logo de seguida o primeiro-ministro foi mais cauteloso na terça-feira em declarações à CNN: “Esperemos que esta evolução nos permita manter esse calendário como previsto e que as escolas possam reabrir”, disse, antes de ouvir os especialistas na reunião do Infarmed esta quarta-feira.

Foi a 25 de novembro que o Governo decidiu reajustar o calendário escolar, arrancando o segundo período de aulas no dia 10 de janeiro, em vez de se iniciarem a 3 de janeiro. O adiamento do início das aulas em uma semana será compensado durante o Carnaval, com a redução de dois dias das férias deste período em fevereiro, e na Páscoa, com a redução de três dias das férias deste período em abril.

Atualmente, segundo os dados apresentados na reunião do Infarmed, a incidência nas faixas etárias abaixo dos 19 anos não são as maiores, ao contrário do que acontecia há umas semanas. O vírus está a circular mais na faixa etária entre os 20 e os 29 anos, seguida dos 30 aos 39 e dos 40 aos 49 anos.

Neste momento, o Governo aguarda pelo parecer da Direção-Geral da Saúde sobre a norma de confinamento em ambiente escolar. Em causa está saber se um aluno infetado obriga ao confinamento de todos os outros colegas da turma. A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, já veio esclarecer que as crianças (vacinadas ou não) que tenham um contacto com um caso positivo de Covid-19 na escola não ficam em isolamento. Só são considerados contactos de alto risco as crianças que vivam na mesma casa que alguém com Covid-19, pelo que ficam isoladas, já que não têm reforço da vacina.

Esta quinta-feira arrancou o período de vacinação exclusiva para a comunidade escolar, incluindo crianças, professores e outros profissionais. Neste momento, segundo o boletim de vacinação da DGS divulgado esta quarta-feira, há cerca de 95 mil crianças entre os 5 e os 11 anos que iniciaram o seu processo de vacinação.

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