Fotogaleria: a ‘marca’ Portugal na Web Summit

Entre gigantes tecnológicas e marcas multinacionais, os stands portugueses na Web Summit aproveitam para comunicar os seus valores e captar a atenção dos milhares de visitantes.

Num evento de escala global como a Web Summit, marcas e empresas apostam tudo na sua visibilidade e capacidade de captar a atenção dos milhares de pessoas que visitam os pavilhões da FIL por estes dias.

O ECO foi espreitar alguns dos stands portugueses espalhados pelo recinto. Há foguetões capazes de “lançar a sua startup para o espaço” depois de um pitch de dois minutos, corredores percorridos com óculos de realidade virtual que terminam com a oferta de gomas de morango, um espaço onde pode deixar a sua marca impressa na areia depois de assumir o compromisso de tornar o planeta num lugar mais verde e muita, muita informação para ajudar empreendedores e empresas a acelerar os seus negócios.

Veja na fotogaleria abaixo alguns dos stands de marcas e empresas portuguesas na Web Summit.

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Ministra rejeita guerra com Tribunal de Contas sobre navios-patrulha

  • Lusa
  • 4 Novembro 2022

Aquisição dos seis navios patrulha oceânicos vai avançar, mas será gerida pela Marinha e pela Direção-Geral de Recursos, disse Helena Carreiras durante audição parlamentar sobre o Orçamento do Estado.

A ministra da Defesa afirmou esta sexta-feira que a aquisição dos seis navios patrulha oceânicos vai avançar, mas será gerida pela Marinha e pela Direção-Geral de Recursos, e rejeitou qualquer guerra com o Tribunal de Contas.

“Não há nenhuma guerra com o Tribunal de Contas, como se quer fazer parecer. Há uma divergência de opiniões, nós acatamos a decisão do Tribunal de Contas e a consequência política é que vamos avançar com o programa com a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN) e a Marinha, e ele será concretizado”, disse Helena Carreiras, no parlamento.

O Diário de Notícias (DN) avançou esta sexta-feira que o Tribunal de Contas (TdC) chumbou pela segunda vez o visto do contrato que o Ministério da Defesa Nacional pretendia fazer com a holding estatal IdD-Portugal Defence para a gestão do programa de aquisição de seis navios de patrulha oceânicos.

“O Tribunal de Contas pronunciou-se, entendemos que valia a pena apresentar recurso, na medida em que estava em causa um modelo que nos parece muito importante para promover a economia da defesa, para racionalizar a gestão cada vez mais exigente destes projetos complexos (…). Não foi esse o entendimento do Tribunal e sempre disse que, se não fosse esse o entendimento, naturalmente prosseguiríamos com aquilo que é o mais importante, que é desenvolver este programa”, afirmou Helena Carreiras.

De acordo com este jornal, após o primeiro chumbo em junho deste ano, os juízes do TdC “mantiveram a decisão alegando, entre outros, que a “violação” dos procedimentos da contratação pública estava “fulminada de nulidade””.

Ouvida na comissão de Orçamento e Finanças, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2023, Helena Carreiras acrescentou que o Executivo vai avançar com a aquisição destes navios “nos moldes em que já foram feitos noutras ocasiões, sem as otimizações que decorreriam da aplicação deste novo modelo”.

Mais à frente, a deputada da Iniciativa Liberal, Patrícia Gilvaz perguntou à ministra que “ilações políticas” retirava deste chumbo, dizendo que o ministério saiu “derrotado” deste processo e principalmente o secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira que, antes de assumir o cargo, era presidente da administração da IdD Portugal Defence.

Sobre a recente polémica relacionada com um pedido da GNR à Frontex (Agência de Fronteiras Europeia) para colocar uma aeronave para patrulhamentos do mar dos Açores, tema que foi trazido a debate pelo social-democrata Jorge Paulo Oliveira e pelo comunista João Dias, Helena Carreiras vincou a necessidade de aprofundar uma articulação entre instituições.

Helena Carreiras apontou que “há novidades do ponto de vista do sistema europeu de gestão integrada de fronteiras” às quais as instituições e a legislação terão que se “ajustar”, acrescentando que “entre a GNR e a Força Aérea está em curso um planeamento coordenado de missões de patrulhamento para este e para o próximo ano”.

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“Este ano temos um plano muito ambicioso de recrutamento na Accenture Portugal”, diz Mónica Rosendo

No ano fiscal passado a consultora contratou 2.600 pessoas. Está na Web Summit à caça de jovens talentos e em breve vai mudar-se para uma nova sede na região de Santos, em Lisboa.

Mónica Rosendo, DRH Accenture PortugalHugo Amaral/ECO

No ano (fiscal) passado contratamos 2.600 pessoas na Accenture Portugal. Este ano temos um plano muito ambicioso de recrutamento“, adiantou Mónica Rosendo, diretora de recursos humanos da Accenture Portugal, à Pessoas/ECO. A consultora está na Web Summit à caça de jovens talentos. A Accenture está prestes a mudar a sua sede para Santos, em Lisboa.

Com mais de 5.000 colaboradores em Portugal, a Accenture contratou no ano fiscal passado mais de 2.000 pessoas, mas para este ano – — que iniciou em setembro — a DRH da consultora prefere não apontar um objetivo. “Temos um volume importante, poderá oscilar mais um volume acima ou abaixo, mas estamos a falar de mais de 2.000 vagas. Teremos de ir ajustando consoante o mercado. À data de hoje estamos a contratar e a expectativa é continuarmos a contratar”, diz à Pessoas/ECO.

A consultora regressou à Web Summit para mais uma iniciativa de recrutamento de jovem talento. Dois talent busters têm percorrido o pavilhão 2 para contactar potenciais candidatos. “Dependendo do tipo de perfil que os nossos talent busters encontram fazemos uma seleção e convidamos as pessoas que nos interessam para uma sessão em metaverso, one-o-one, com a nossa equipa de recrutamento”, descreve a DRH.

“Temos uma experiência, o One Accenture Park, que permite que em metaverso as pessoas conheçam um bocadinho da Accenture. Temos vídeos sobre a Accenture, jogos. Uma experiência que permite aos potenciais candidatos imergir no mundo Accenture”, continua.

Em dois dias foram feitos mais de 400 contactos, maioritariamente de perfis de tecnologia e gestão, mas Mónica Rosendo frisa que a abrangência do recrutamento na consultora é ampla.

“Neste momento estamos a contactar para a área de tecnologia — SAP, Salesforce, Cloud Security, várias frentes de Java — consultadoria de gestão, para a área de operações e temos algumas posições para a área de funções corporativas para a área de recursos humanos e área de digital”, adianta.

“Estamos a contratar neste momento para o universo da Accenture 360º, o leque de talento para a Accenture em Portugal traduz-se em oportunidade para todas as áreas de negócio e corporate”, diz ainda.

No site da consultora estão listadas cerca de 200 oportunidades.

Nova sede em Santos

Os futuros colaboradores a integrar a consultora irão trabalhar num modelo flexível. “Temos equipas que trabalham full remote, equipas em full office e equipas em modelo misto, híbrido. Depende do serviço que estamos a prestar. Há serviços que as nossas pessoas podem prestar remotamente, outros em que têm de estar no escritório ou na casa do cliente. Grande parte da nossa organização está no modelo híbrido, que permitem que as pessoas trabalhem a partir de casa e no escritório”, adianta.

“Temos na Accenture a experiência omniconectada. Entendemos que para as regressarem ao escritório tem de haver um motivo que pode ser um workshop, um team building, um team work, uma conversa com supervisor, com o seu mentor. Queremos que a experiência de escritório traga mais do que o resultado da entrega do trabalho das nossas pessoas, traga a experiência, a cultura e relação. É muito nesta base que as pessoas estão a regressar.”

“Em breve” irão mudar-se para a nova sede em Santos. “A nossa sede passará para Santos. Vamos (também) abrir um escritório em Lisboa, no Parque das Nações, em breve“, adianta Mónica Rosendo. “A nossa expectativa é que, muito rapidamente, tanto Santos como o novo edifício do Parque das Nações (alguns pisos) abra e faça parte da pool de talento do escritório de Lisboa.”

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Walk Talks. E porque não bloquear a agenda para ter uma semana sem reuniões?

  • Trabalho
  • 4 Novembro 2022

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

Parar para redefinir o foco. E, porque não, experimentar rotinas diferentes durante uma semana ou um mês? Esta semana, João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, sugerem que organize a sua agenda de modo a conseguir ter uma semana sem reuniões. Ou — mais simples ainda — dois dias por semana sem reuniões.

Experimente e avalie o impacto dessa medida na sua performance.

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

https://videos.sapo.pt/3NOUY5o8G9r5f6Hp9F2F

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Candidaturas aos 90 milhões para startups abrem até 25 de novembro

Os avisos para a primeira fase de 45 milhões de euros estão publicados. Candidaturas abrem até 25 de novembro no site do IAPMEI.

Os avisos para as candidaturas aos vouchers digitais, que vão apoiar com 90 milhões de euros cerca de 3.000 startups nos próximos quatro anos, já foram publicados, adiantou ao ECO António Dias Martins, diretor executivo da Startup Portugal, à margem da apresentação das startups vencedores do programa Road 2 Web Summit. As candidaturas abrem no site do IAPMEI até 25 de novembro.

“Foi lançado ontem (quinta-feira à noite) os primeiros avisos para os 90 milhões para as startups. Cumprimos o nosso objetivo de, durante a Web Summit, serem publicados os avisos. Significa que os candidatos a este (programa) vão saber as regras que vão ter de cumprir nas candidaturas”, diz António Dias Martins, diretor executivo da Startup Portugal. “Dos 90 milhões para startups vamos fazer em duas fases: uma de 45 milhões, e uma segunda, logo quando estiverem gastos, de 45 milhões”, explica.

António Costa Silva, ministro da Economia e do Mar, tinha anunciado na abertura da Web Summit que, “em breve”, as candidaturas aos 90 milhões para as startups, no âmbito do PRR, iriam ser publicadas, tendo o anúncio das candidaturas à medida Vouchers para Startups – Novos Produtos Verdes e Digitais sido publicado ainda durante a cimeira tecnológica.

A abertura de candidaturas deverá acontecer até 25 de novembro no site do IAPMEI.

Fim dos vistos gold

António Dias Martins reage com “total naturalidade e sem qualquer tipo de preocupação” ao fim dos vistos gold anunciado pelo primeiro-ministro António Costa durante a sua visita à cimeira tecnológica.

“Há muitas outras oportunidades para além dos vistos gold e há muitos outros atrativos para vir para Portugal. Encaramos com naturalidade essa situação. Temos muitos outros argumentos, temos muita capacidade de atrair investidores e startups para além dessas”, conclui.

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EBA e BCE preocupados com propostas de Bruxelas sobre requisitos de capital para a banca

  • Lusa
  • 4 Novembro 2022

De acordo com a Autoridade Bancária Europeia e o Banco Central Europeu, há apelos para se desviar das normas internacionais do regulamento de Basileia III nas discussões sobre o pacote bancário da UE.

A Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) e o Banco Central Europeu (BCE) estão preocupados com as propostas da Comissão Europeia relativas aos requisitos de capital para os bancos.

O presidente da EBA, José Manuel Campa, o vice-presidente do BCE Luis de Guindos e o presidente do BCE para a Supervisão, Andrea Enria, expressaram num blogue no site do BCE a sua preocupação sobre “as discussões legislativas no Conselho da União Europeia e no Parlamento Europeu sobre o pacote bancário da União Europeia (UE)”.

Nestas discussões, há apelos para se desviar das normas internacionais do regulamento de Basileia III, segundo Campa, de Guindos e Enria no blogue, publicado esta sexta-feira. O regulamento de Basileia III, aprovado pelos líderes do G20, exige que os bancos detenham um nível suficientemente elevado de capital em instrumentos de alta qualidade para absorver perdas, e quanto maior for o risco, maior será o capital.

A Comissão Europeia propôs no ano passado isenções da aplicação dos requisitos de capital e liquidez.

O BCE e a EBA são a favor de uma implementação plena, atempada e justa de Basileia III, um conjunto de medidas acordadas internacionalmente em resposta à crise financeira de 2007-2009. O objetivo destas medidas é reforçar a regulação, supervisão e gestão do risco dos bancos.

“As regras foram cuidadosamente articuladas para assegurar uma rede de segurança mínima global contra a pletora de riscos que sofremos durante a crise financeira global”, dizem Campa, de Guindos e Enria.

A EBA e o BCE advertem que os desvios propostos por Bruxelas deixariam os riscos por considerar e poderiam aumentar os riscos para a estabilidade financeira. A EBA estima que a proposta do Executivo comunitário reduziria em 3,2 pontos percentuais, no final do período de transição até à sua implementação, o aumento esperado do requisito agregado de capital de nível 1 do regulamento de Basileia III.

O regulamento de Basileia III estabelece um prazo para a implementação, mas a Comissão Europeia quer alargá-lo e dar aos bancos mais tempo para se prepararem. As isenções propostas por Bruxelas subestimam os riscos de algumas classes de ativos importantes, nomeadamente as exposições a bens imóveis e a empresas não cotadas.

Por outro lado, as isenções afetam a ponderação do risco de exposições de capital intragrupo, dívida subordinada, aquisição de terrenos, exposições de desenvolvimento e construção e exposições comerciais extrapatrimoniais. Se estas isenções entrarem no pacote legislativo final, o Comité de Supervisão Bancária de Basileia classificará a UE como “não conforme”, a classificação mais baixa possível.

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“Portugal tem potencial” para incluir baterias em projetos renováveis, diz CEO da EDP

No que toca aos limites aos lucros do setor energético, o CEO da EDP mostrou aceitação do tema, mas apontou Roménia e Polónia como maus exemplos de implementação da legislação europeia.

O acoplamento de baterias a parques solares ou eólicos não está tão desenvolvido na Europa como nos Estados Unidos, mas o CEO da EDP, Miguel Stilwell, considera que Portugal tem potencial para tal.

Em Portugal, achamos que existe potencial a prazo para começar a juntar baterias. Acreditamos na hibridização [ligar mais que uma tecnologia ao mesmo ponto de rede]. Portugal é um bom case study nisso”, afirmou Miguel Stilwell, em declarações aos jornalistas na Web Summit.

“O tema das baterias e o armazenamento em geral é fundamental para a transição energética. E é um bom complemento às outras tecnologias, eólica ou solar”, considerou. O Expresso avançou esta semana que a concorrente Galp se prepara para testar um sistema de baterias de larga escala na sua central solar em Alcoutim.

Questionado sobre os limites aos lucros do setor energético que proliferam na Europa, Miguel Stilwell mostrou aceitação do tema: “O conceito percebemos, não discutimos, é uma decisão política”. No entanto, indicou que “a Roménia e Polónia são bons exemplos de uma má implementação regulatória“, pois nesses países a EDP poderá vir a ser taxada também sobre lucros que não são obtidos, o que terá um impacto na ordem dos três dígitos para a elétrica no que diz respeito à Roménia, segundo o CEO admitiu na semana passada, numa conferência telefónica com analistas. “Estamos a dialogar com os vários reguladores e legisladores”, admitiu.

Em oposição, o CEO da EDP considera que “o Brasil tem conseguido uma estabilidade regulatória grande”, pelo que a mudança de Governo não deverá interferir com a presença da elétrica no país.

Sobre os preços da eletricidade que a empresa vai aplicar no próximo ano, Miguel Stilwell remeteu para o final de novembro, início de dezembro, o período em que comummente são apresentadas as tarifas. Mas ressalvou: “Portugal tem conseguido manter preços estáveis“, e aproveitou para comparar a proposta para as tarifas do próximo ano apresentada pelo regulador, que prevê uma subida de 2,8%, com o cenário noutros países europeus, nos quais os aumentos estão na ordem dos dois dígitos, disse.

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Investimento em tecnologia climática perto dos 40 mil milhões, mas proteção dos oceanos fica para trás

Tecnologia climática é considerada uma "classe de ativos que está a amadurecer rapidamente" e, embora esteja a atrair investimento, existem preocupações relativamente à proteção dos oceanos.

O investimento na indústria das tecnologias verdes ascendeu aos 26 mil milhões de dólares em 2022 e, ao que tudo indica, deverá voltar a ultrapassar a margem dos 40 mil milhões de dólares, registada em 2021, até ao final deste ano.

Segundo Seth Bannon, fundador e partner do fundo de investimento climático norte-americano Fifty Years, a tendência revela que o mercado das tecnologias climáticas está a acompanhar as necessidades da atualidade, tanto na mitigação como na prevenção contra as alterações climáticas. E, embora as previsões inicias apontassem para um abrandamento neste tipo de investimento, o norte-americano admitiu “estar aliviado” por estar errado, uma vez que os dados mais recentes do setor indicam o contrário.

“Em 2021, existiam 72 fundos de investimento em climate tech que investiram 40 mil milhões de dólares em tecnologia climática”, respondeu durante a sua intervenção na a sessão dedicada ao tema na Web Summit. “No início deste ano, previa que esse valor fosse inferior, mas estou feliz por dizer que tudo indica que vou estar errado. Na primeira metade deste ano já tinham sido investidos 26 mil milhões de dólares. Parece-me que estamos a aproximar-nos de mais uns 40 mil milhões em climate tech este ano. Existe um claro interesse em querer investir neste mercado”, frisou.

Numa análise publicada pela PwC, a consultora afirmava que o mercado da tecnologia climática era “uma classe de ativos que está a amadurecer rapidamente, oferecendo aos investidores retornos financeiros significativos”. Segundo o documento, a tecnologia climática foi muito além de uma prova de conceito e a análise encontra “novos investidores a entrarem, cada vez mais, no mercado todos os anos”.

Entre as soluções mais desenvolvidas e com maior atratividade, estão as tecnologias viradas para a adaptação contra fenómenos extremos potenciados pelas alterações climáticas. Mas para Seth Bannon, o importante é que a prioridade seja o desenvolvimento de tecnologias que visam mitigar os efeitos ao invés de os “aceitar”, tal como permitem as tech de adaptação. “Adaptação é a solução pré-definida. A energia [da Fifty Years] está focada em prevenir a crise climática”, frisou.

Questionado sobre se esta indústria, avaliada em três biliões de dólares (cerca de 2,94 biliões de euros), tem estado a alocar esforços para proteger também os países que, por norma, estão mais expostos e vulneráveis aos efeitos climáticos mais extremos – nomeadamente, os países insulares, costeiros ou do continente africano ou asiático – o fundador respondeu afirmativamente, argumentando que se for retirada “uma tonelada de CO2 da atmosfera, independentemente de onde seja, estamos a ajudar toda a gente, em todo o lado”.

Apesar de estar claro que a inovação e tecnologia virada para o clima estão a florescer, existem algumas preocupações relativamente à proteção dos oceanos, tal como já tinha sido alertado durante a Cimeira dos Oceanos promovida pelas Nações Unidas e que decorreu, este ano, em Lisboa.

Num pequeno workshop na Web Summit, a bióloga marinha Deborah Brosnan reuniu cerca de 20 espetadores – jovens participantes, investidores, jornalistas entre outros curiosos de várias nacionalidades – e levantou a questão que deixou muitos sem resposta por breves instantes: “quando falamos na proteção dos oceanos, por onde devemos começar?”.

Após o compasso de espera, ouvia-se “mais investimento”, “mais interesse” e uma “maior aposta no desenvolvimento de novas tecnologias” que visam proteger este recurso como algumas das soluções. No entanto, para a cientista também é importante que seja feita “mais investigação” sobre os oceanos e o estado de degradação deste recurso. “Perdemos mais corais num dia do que aqueles que restauramos numa década”, alertou a britânica.

A falta de conhecimento sobre o fundo do mar já tinha sido alertada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em Lisboa, onde alertaram que “a atual descrição [dos oceanos] está muito incompleta” e que “a falta de referências de confiança sobre o conhecimento” deste recurso comprometem os objetivos que visam protegê-los.

A preocupação foi também destacada pelo CEO da Startup Portugal como um dos problemas que tem impedido um melhor desenvolvimento deste setor. “Precisamos de conhecer melhor o fundo do mar para saber onde e como temos de agir”, dizia António Dias Martins, numa sessão na Web Summit sobre a economia azul.

Certo é que é na Europa onde residem a maioria das startups dedicadas à economia azul e Portugal é o país de referência para este setor.

Segundo os dados da Startup Genome, apresentados na Web Summit, Sillicon Valley, nos Estados Unidos, deixou de ser a principal casa destas tecnologias e atualmente 29% de todas as tecnologias com atividade na economia azul residem no bloco europeu. Entre os setores que atraem mais investimento, destacam-se a aquacultura, energia marinha e transporte, ainda que para o CEO da Startup Portugal, a produção de materiais reciclados, investigação e recolha de dados sobre o fundo do mar e tecnologias marinha sejam as três áreas “com maior potencial de crescimento nos próximos anos”.

Para António Dias Martins, “Portugal é uma referência no setor da economia azul”, mas “existem outros desafios” que impedem “colocar este setor como uma prioridade”. Além da falta de conhecimento, Dias Martins apela a uma maior participação e interesse do setor privado. “Não seremos capazes de fazer deste setor uma área de negócio atrativa e sustentável se não tivermos investimento”. Para tal, argumenta, as empresas e fundos privados de investimento devem começar a olhar para o potencial deste setor, deixando a garantia de que é “rentável” e que é possível “recuperar o valor do investimento”.

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Ministro da Saúde admite alargar 112 transfronteiriço a outras regiões do país

Pizarro admite alargar "a outras regiões" o projeto que vai permitir que a resposta dos episódios de urgência, através do 112, seja feita com partilha de meios e hospitais entre o Norte e Galiza.

O ministro da Saúde admite alargar “a outras regiões do país” o projeto-piloto que vai permitir que a resposta dos episódios de urgência, através do 112, seja feita com partilha de meios e hospitais entre o Norte e a Galiza.

Em causa está um protocolo que vai ser assinado esta sexta-feira na XXXIII Cimeira Luso-Espanhola, tendo vista a partilha do serviço de emergência 112 entre a região Norte e a Galiza com assistência de um ou outro lado da fronteira consoante for mais vantajoso para os utentes, tal como avançou esta sexta-feira o Jornal de Notícias. Este projeto-piloto vai entrar em funcionamento assim que for assinado e vai abranger os distritos de fronteira do Norte e Galiza.

Vai ser possível a um cidadão que tenha um episódio de emergência e que telefone para o 112 ser socorrido pelo meio mais adequado e que esteja mais próximo“, explicou a ministra da Coesão Territorial, em declarações à RTP3, à margem da cimeira ibérica que decorre esta sexta-feira em Viana do Castelo, sinalizando que “isso significa que um cidadão português pode ser socorrido por um serviço de emergência 112 espanhol, pode ser tratado numa unidade de saúde espanhola” bem como o seu contrário.

Além disso, depois de ser socorrido e caso exista necessidade de um “tratamento subsequente” o utente pode “escolher em que serviço continua a fazer esse tratamento”, acrescentou Ana Abrunhosa. “A experiência que temos tido nestas duas regiões porque elas são atravessadas por autoestradas e os protocolos que existem no caso de acidentes de grande severidade e que envolvam vários feridos permitiu-nos fazer este protocolo”, justificou ainda a governante.

Já o ministro da Saúde destacou que “o mundo moderno de hoje é um mundo de interdependências” e que os serviços de saúde são “uma rede coordenada”. “A emergência médica faz parte deste sistema e não há nenhuma boa razão para que não tenhamos uma cooperação transfronteiriça”, sinalizou Manuel Pizarro, em declarações transmitidas pelas RTP3, à margem da inauguração do novo hospital de Lagos, admitindo que “esse projeto possa vir a ser alargado a outras regiões do país”.

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Portugal está “a viver um momento bastante delicado”, diz CEO do BPI

O presidente executivo do BPI antecipa que a subida das taxas de juro tenha um impacto significativo no número de contratos de crédito à habitação que serão renegociados.

Em menos de um ano as taxas Euribor passaram de valores negativos para valores próximos dos 3%. A evolução das taxas de juro está a pressionar fortemente os orçamentos familiares e a exigir novos desafios à banca para evitar um aumento do crédito em incumprimento. É com base nesse ambiente que João Pedro Oliveira e Costa, presidente executivo do BPI, considera que o país está “a viver um momento bastante delicado”.

No decorrer da apresentação dos resultados dos últimos noves meses aos jornalistas esta sexta-feira, João Pedro Oliveira e Costa revela que o banco está a adotar uma posição bastante pragmática e que desde o início da subida das taxas de juro tem vindo a monitorizar mais de perto a situação financeira dos seus clientes, identificando os que estão em maior dificuldades e “pensando em medidas abrangentes” para os ajudar.

Apesar de sublinhar que o banco está relativamente confortável com a carteira de crédito do banco, destacando que têm “bastante capital e liquidez para enfrentar a situação que vem pela frente”, João Pedro Oliveira e Costa revela que vão “colocar todas as soluções em cima da mesa”.

O líder do BPI refere que a instituição tem “de ter abertura para ajudar os clientes”. “Temos de ser suficientemente criativos para encontrar as soluções mais adequadas para cada cliente”, sublinhando que o banco fará de tudo ao seu alcance para “que os portugueses mantenham o sonho de manterem a sua casa e a estabilidade familiar”.

Sem revelar qual é a taxa de esforço média dos créditos à habitação dos seus clientes, nem o número de contratos que antecipa que venham a usufruir das medidas do diploma do Governo, João Pedro Oliveira e Costa revela que são os contratos realizados nos últimos seis meses que mais deverão solicitar a renegociação dos contratos e que isso resultará num “aumento considerável dos contratos renegociados”.

O banqueiro adianta ainda que o número de contratos de crédito à habitação à taxa fixa representa 30% da totalidade dos contratos realizados este ano e que a taxa fixa tem um peso de 14% sobre a totalidade dos créditos à habitação do banco.

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Gasóleo desce 4 cêntimos na próxima semana, mas a gasolina vai ficar 2,5 cêntimos mais cara

Para a semana deverá pagar 1,901 euros por litro de gasóleo simples e 1,842 euros por litro de gasolina simples 95. Mas estes valores ainda vão ser revistos para incorporar os novos descontos no ISP.

Na próxima semana, quando for abastecer à bomba, vai ter boas e más notícias. Tudo depende do combustível que usa no seu veículo. Se encher o tanque com gasóleo, então vai gastar um pouco menos, já que é esperada uma descida de quatro cêntimos por litro. Mas se o combustível é gasolina, prepare-se, então, pois vai ter de pagar mais 2,5 cêntimos por litro, avançou ao ECO fonte do mercado.

Assim, deverá passar a pagar 1,901 euros por litro de gasóleo simples e 1,842 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas esta segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), e que já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras.

Mas os preços ainda vão sofrer um ajustamento, não só para ter em conta o fecho das cotações do brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial, mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, o Executivo deverá anunciar esta sexta-feira os novos descontos a aplicar no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP). Em outubro o Governo decidiu reduzir o desconto em 4,4 cêntimos na gasolina e 0,1 cêntimos no gasóleo, porque os preços dos combustíveis estavam a começar a abrandar. Com a chegada do mês de novembro será feita uma nova revisão dos apoios que resulta da aplicação da fórmula criada pelo Executivo.

Esta sexta-feira, refira-se, os preços do brent, que serve de referência para o mercado europeu, seguem a subir 3,46% para os 97,95 dólares por barril, face a um declínio do dólar e ao prolongamento dos riscos de abastecimento, embora os receios de recessão e aumento dos surtos de Covid-19 na China mantenham as cotações do ouro negro sob controlo.

Não é muito habitual que os preços dos dois combustíveis tenham desempenhos contrários, mas a menor pressão sobre o diesel, o combustível mais usado para aquecimento na Europa, tendo em conta as temperaturas mais amenas deste inverno, ajudam a explicar esta evolução divergente.

A evolução dos combustíveis a partir da próxima segunda-feira surge após uma descida dos preços dos combustíveis esta semana: O gasóleo desceu 1,5 cêntimo e a gasolina desceu 1,8 cêntimos.

Evolução do preço do Brent em Londres

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Road 2 Web Summit. Musiversal vence prémio startup mais promissora

Musiversal e Windcredible são as vencedoras foram reconhecidas no programa organizado pela Startup Portugal.

A Musiversal, que permite a músicos produzirem obras com outros músicos de todo o mundo via transmissão ao vivo, foi considerada a Startup Mais Promissora do Road 2 Web Summit, programa promovido pela Startup Portugal. A Windcredible, que criou micro geradores eólicos para ambiente urbano, foi a que obteve melhor desempenho no bootcamp. Ao todo, foram atribuídos 20 mil euros.

“Estamos abertos a investimento e a escalar para sermos o próximo unicórnio português”, disse Xavier Jameson, cofundador e COO da Musiversal, vencedora da Startup Mais Promissora do Road 2 Web Summit. O projeto, que já conta com 35 músicos — um deles ucraniano — permite que criadores de música produzam as suas obras recorrendo a artistas de todo o mundo através da transmissão ao vivo. Ganhou um prémio de 15 mil euros.

A Windcredible, que criou micro geradores eólicos para aplicações urbanas, industriais e rurais, venceu o prémio de startup com melhor desempenho no bootcamp, no valor de 5.000 euros. O microgerador — com capacidade de produzir 2,7 MWh (megawatt-hora) por ano, metade do consumo de energia de um lar — deverá ser comercializado o mais rápido possível, aponta Filipe Fernandes, fundador.

A edição deste ano da Road 2 Web Summit do programa recebeu 200 candidaturas, tendo sido selecionadas 100, das quais 55% com base em Lisboa e as restantes de outras zonas do país. Destas, 25% são startups de impacto, fundadas por minorias sub-representadas na comunidade empreendedora portuguesa ou com fundadores impactados pela guerra na Ucrânia. Ao todo as startups já levantaram 11 milhões de euros.

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