Associação Industrial do Minho deixa “calote” de 5,8 milhões

  • ECO
  • 26 Abril 2022

Processo de insolvência resultou no pagamento de 2,9 milhões de euros a 29 credores. Mas de fora ficou um "calote" de 5,8 milhões de euros, sendo o Novobanco o maior lesado.

O Tribunal de Famalicão encerrou o processo de insolvência da extinta Associação Industrial do Minho (AIMinho) com o pagamento de 2,9 milhões de euros a 29 credores, um valor angariado com a venda de bens. Contudo, de acordo com o Jornal de Notícias, o montante equivale a um terço da dívida, tendo os credores perdido 5,8 milhões de euros.

O principal lesado foi o BES (atual Novobanco), que perdeu 5,7 milhões de euros, tendo recebido apenas 24 mil euros. Atrás aparece a Caixa Geral de Depósitos, que conseguiu reaver 2,5 milhões de euros por ter créditos garantidos por hipoteca, mas que ficou sem 3,8 milhões de euros.

Os 2,9 milhões de euros reembolsados aos credores resultaram da venda da sede de Braga, que acabou revendida ao Estado por 1,5 milhões de euros para albergar a Polícia Judiciária. Por sua vez, o edifício em Viana do Castelo foi comprado pela Câmara por 1,3 milhões de euros, escreve o JN.

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Putin diz a Guterres que ainda tem “esperança” nas conversações com a Ucrânia

  • ECO
  • 26 Abril 2022

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse esta terça-feira ao secretário-geral da ONU que ainda tinha esperança nas negociações para pôr fim à guerra na Ucrânia

Apesar do facto de a operação militar estar em curso, ainda esperamos ser capazes de chegar a acordos na via diplomática. Estamos a negociar, não rejeitamos [conversações]“, disse Putin a António Guterres, que se encontra de visita a Moscovo.

Sentado frente a frente com Guterres, na já famosa longa mesa no Kremlin, o Presidente russo afirmou que os esforços nas negociações com a Ucrânia tinham “descarrilado” devido às alegações de atrocidades cometidas pelas forças russas em Bucha, uma localidade nos arredores da capital ucraniana.

“Houve uma provocação na aldeia de Bucha, com a qual o exército russo nada teve que ver”, reiterou, acrescentando que save “quem preparou esta provocação, por que meios, e que tipo de pessoas trabalharam nela”.

Putin disse ainda a Guterres que tem consciência das “preocupações [da ONU] acerca da operação militar russa” na Ucrânia e que está pronto a discuti-la, mas culpou a invasão ao país por aquilo que apelida de “golpe de Estado” que derrubou um presidente pró-russo em 2014.

Por sua vez, Guterres reiterou o apelo que fez no encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, pedindo que Moscovo e Kiev trabalhem em conjunto com a ONU na criação de corredores humanitários para ajudar à retirada de civis na Ucrânia.

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Hoje nas notícias: Englobamento de mais-valias, garantias Covid e Ricardo Salgado

  • ECO
  • 26 Abril 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O novo regime de tributação de mais-valias mobiliárias vai diminuir os ganhos em mais de um quinto. Mais de 2,8 milhões de garantias Covid ficaram por executar. O processo de insolvência da Associação Industrial do Minho já foi concluído, mas a associação deixou “calote” de 5,8 milhões de euros. Estas são algumas das notícias que marcam o dia.

Englobamento obrigatório tira um quinto das mais-valias

A partir de 2023, as mais-valias dos investimentos especulativos serão tributadas de forma englobada com os restantes rendimentos para contribuintes no último escalão de IRS, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2022. Segundo as simulações da Deloitte, este novo regime de tributação de mais-valias mobiliárias vai diminuir os ganhos dos investidores em mais de um quinto.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Mais de 2,8 mil milhões em garantias ligadas à Covid ficaram por executar

Dos 5,06% do PIB em garantias públicas disponibilizadas pelo Governo para ajudar a economia a suportar os impactos da Covid-19, 1,24% ficaram por executar, o equivalente a cerca de 2.815 milhões de euros. Do lado da execução, que corresponde a 3,82% do PIB, o destaque vai para o Apoio à Economia Covid-19, do qual se usou quase todo o valor disponível: 2,44% do PIB, equivalente a 5539 milhões, quando tinham sido reservados 2,5%. Pelo contrário, o Público destaca a linha Retomar, criada no final de setembro passado: foram usados menos de 0,01% do PIB, menos 22,7 milhões de euros, quando estavam em causa 0,47% do PIB, cerca de mil milhões.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

“Temos de começar a discutir aumentos salariais acima de 1%”, diz Mário Mourão

O novo secretário-geral da UGT defende que as atualizações da Função Pública devem chegar a 1,3% este ano. “Os salários reais baixaram 0,8%. E a produtividade aumentou”, disse Mário Mourão numa entrevista, afirmando que há “um défice no acompanhamento em relação à produtividade”. O responsável considera que o “Estado é o que primeiro tem de dar o exemplo para depois exigir [o mesmo] às empresas e aos seus parceiros de concertação social”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Associação Industrial do Minho deixa calote de 5,8 milhões

O Tribunal de Famalicão finalizou o processo de insolvência da Associação Industrial do Minho. O mapa do rastreio final indica que a venda de bens rendeu 2,9 milhões de euros e que os credores perderam, ao todo, cerca de 5,8 milhões, dado que a dívida total ascendia aos 8,7 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Salgado recebe 1.200 euros, mas mantém empregada, motorista e personal trainer

Depois de ter sido adiado por duas vezes, arranca esta terça-feira a fase instrutória do processo BES/GES. Ricardo Salgado é um dos 30 arguidos deste processo. O antigo banqueiro recebe 1.200 euros de uma pensão de 20 mil euros, tem bens arrestados, incluindo a casa onde vive, mas mantém vários empregados, como um motorista, uma empregada doméstica e um personal trainer, segundo o relatório social feito a Salgado.

Leia a notícia completa na CNN Portugal (acesso livre).

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📹 Do A ao L, saiba os anexos que tem de preencher no IRS

Cada anexo da declaração de IRS contempla diferentes responsabilidades fiscais, e nem todos têm necessidade de os preencher. Veja quais existem.

Quando chega a altura de entregar o IRS, quem não tem a declaração automática depara-se com várias páginas que pode ter de completar. Para além da folha de rosto do IRS, existem 12 anexos, que vão desde o A ao L, destinados a diferentes rendimentos que os portugueses podem ter de declarar ao Fisco.

Com características diferentes, nem todos serão necessários para os contribuintes, sendo também de destacar que alguns são individuais e outros devem ser preenchidos com as informações de ambos os elementos dos casais tributados em conjunto.

Veja o vídeo:

http://videos.sapo.pt/MQmPjbFkHrTRKKfB6Ctb

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Petróleo recupera 2,61% para 104,99 dólares com alívio de pressão na China

Preços do petróleo recuperam mais de 2% esta terça-feira, com os investidores a digerirem sinais positivos de apoio por parte da China, apesar da vaga de Covid-19 que assola o país.

Os preços do petróleo subiram esta terça-feira, um avanço que era, contudo, insuficiente para ofuscar a queda de mais de 4% registada na primeira sessão da semana.

Pelas 21h30, o Brent encarecia em 2,61%, para 104,99 dólares o barril. Em simultâneo, o norte-americano WTI somava 3,19%, para 101,71 dólares.

Evolução do preço do Brent:

A subida dá-se um dia depois de o Brent, referência para as importações nacionais, ter caído mais de 4%, por causa dos receios em torno de uma menor procura por parte da China, o maior importador de petróleo do mundo.

Em causa está a vaga de Covid-19 que assola o país, exacerbada pelo facto de os mais idosos ainda mostrarem alguma resistência em se vacinar contra a doença.

Esta semana, o programa de testagem em massa à Covid-19 em vigor numa região de Pequim foi expandido a toda a cidade, envolvendo quase 22 milhões de pessoas, estando iminente um confinamento apertado, como aquele que enfrentaram os cidadãos em Xangai nas últimas semanas.

Os analistas estimam que os confinamentos na China podem resultar numa redução na procura por petróleo de mais de um milhão de barris diários.

Contudo, o anúncio do banco central chinês de que a China vai manter uma liquidez “razoavelmente ampla” nos mercados financeiros retirou alguma pressão da equação, segundo a agência Reuters.

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A lista de pedidos a Medina para o Orçamento de 2022

Esta terça-feira arranca o debate parlamentar sobre o Orçamento do Estado para 2022. À sua espera, o novo ministro das Finanças tem muitas reivindicações e pedidos, da esquerda à direita.

Dos partidos aos sindicatos, passando pelas associações empresariais, todos têm pedidos para o novo ministro das Finanças. Esta terça-feira Fernando Medina será ouvido na comissão de orçamento e finanças a propósito do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), arrancando o processo orçamental de mês e meio. O tema da inflação e dos salários, a carga fiscal e a preocupação com o crescimento económico deverão ser os temas a marcar a audição com os deputados.

Entre os partidos, a principal crítica é a não atualização dos salários e dos escalões de IRS à taxa de inflação. O PSD foi o primeiro a acusar o Governo de “austeridade encapotada” no Orçamento por este não responder à aceleração da inflação, “um erro capital”. Uma crítica partilhada à esquerda: “Quando o Governo se recusa a atualizar os salários à inflação o que está a dizer é que vamos ter uma quebra real dos salários em Portugal”, disse Catarina Martins, do Bloco, pedindo ao Governo que atue no que diz ser a “especulação de preços”, nomeadamente na energia.

A outra crítica feita ao Orçamento é o empobrecimento relativo de Portugal face a outros países europeus. O PSD diz que “Governo continua a recusar que o fraco crescimento económico em Portugal é o principal problema estrutural do país“. A Iniciativa Liberal, que tem elegido este tema como o mais importante para o país, tem criticado a falta de uma estratégia económica e acusou o PS de estar “viciado” em impostos: “Se não houver alterações fiscais em linha com a inflação, como a atualização dos escalões de IRS à taxa de inflação, isso sim representa um aumento de impostos”, alertou João Cotrim Figueiredo.

Quanto a propostas em concreto, será preciso esperar mais umas semanas. O prazo para a entrega de propostas por parte dos partidos com assento parlamentar deverá correr até meio de maio. Como o PS tem maioria absoluta, serão os socialistas a decidir o que passa ou não para a versão final do OE2022. Uma das dúvidas é saber se, ao contrário do que aconteceu nos últimos anos, o número de propostas de alteração ao OE2022 vai baixar.

Empresários queixam-se de falta de ação do Governo

Do lado dos empresários, a maior queixa é a falta de medidas mais agressivas por parte do Governo. A começar pelo presidente da CCP, João Vieira Lopes, que esperava que a proposta do OE introduzisse medidas adicionais de desagravamento fiscal para mitigar os efeitos na perda generalizada do poder de compra”. O líder da CCP tem dúvidas sobre o ritmo de redução do défice orçamental, argumentando que “com tantas incertezas não apostar em medidas efetivas de mitigação da crise pode revelar-se um erro“.

Por outro lado, os empresários da indústria, assim como a CIP, alertaram que não é possível atualizar salários à taxa de inflação. “É utópico pensar que as empresas ou o próprio Estado, sejamos honestos no raciocínio, pode de um momento para o outro aumentar salários para manter o poder de compra”, disse o presidente da Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva.

No caso da AHRESP, a associação reivindica medidas de apoio à recuperação para empresas do turismo: “O OE2022 deve ser ajustado ao atual clima de incerteza causado pela guerra e ao galopante aumento dos custos da energia e dos bens alimentares”, disse a associação logo a seguir à apresentação do OE2022.

Sindicatos querem subida de salários e já

Os sindicatos estão a exigir uma subida intercalar dos salários na Função Pública, mas Fernando Medina já rejeitou essa hipótese. Os dirigentes sindicais criticam a postura do Governo face ao défice, que dizem esperar não se tornar uma “religião”, e têm na agenda reivindicativa os aumentos salariais. Dias depois, António Costa disse que a atualização salarial dos 733 mil funcionários públicos dependerá da “natureza” estrutural ou temporária da inflação e da “capacidade orçamental” do país.

No setor privado, nos últimos meses, já houve várias greves e a pressão sindical deve aumentar nos próximos tempos, a começar pela CGTP. “Depois do aproveitamento que foi feito da pandemia pelos grandes grupos económicos para acumularem lucros colossais […], temos agora um aproveitamento da situação da guerra e das sanções para desencadear este brutal aumento de preços e degradação do poder de compra e dos salários“, disse Isabel Camarinha.

A presidente da UGT, Lucinda Dâmaso, pediu uma “reavaliação muito urgente” do salário mínimo nacional por considerar que o aumento verificado no início do ano “já foi completamente absorvido pelo custo de vida”. O Governo tem afastado uma compensação total do aumento do custo de vida e o primeiro-ministro já indiciou que o salário mínimo vai subir para 750 euros em janeiro de 2023, mantendo a trajetória prometida nas últimas eleições.

Para já, o Governo promete negociação e pede boa-fé. “Temos de ultrapassar desconfianças, que muitas vezes não têm razão de ser, e de dar sinais concretos, provas de boa-fé, seja do lado das entidades empregadoras, seja do lado das organizações sindicais. Podemos divergir aqui e acolá sobre o ritmo e como o fazer, mas estamos de acordo que Portugal será bem melhor se tiver uma sociedade mais inclusiva, com mais oportunidades para todos”, disse o novo secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes.

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5 coisas que vão marcar o dia

Esta terça-feira, Fernando Medina vai ser ouvido no Parlamento sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2022. Arranca a fase instrutória do caso BES. Eurostat mede o "pulso" ao setor automóvel.

Esta terça-feira, Fernando Medina vai ser ouvido na Assembleia da República, a propósito da proposta de Orçamento do Estado para 2022. Na Justiça, arranca a fase instrutória do processo BES/GES. No plano económico, o Santander Portugal vai apresentar as contas referentes primeiro trimestre de 2022, enquanto o Eurostat mede o “pulso” ao setor automóvel.

Fernando Medina é ouvido na AR

O ministro das Finanças, Fernando Medina, vai ser ouvido na Comissão de Orçamento e Finanças, na Assembleia da República, a propósito da discussão na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022). No documento divulgado, o Governo reviu em baixa o crescimento económico para 4,9% este ano, ainda assim e apesar do impacto da guerra, o PIB português deverá conseguir completar a retoma.

Arranca fase instrutória do caso BES/GES

Depois de ter sido adiado por duas vezes, arranca esta terça-feira a fase instrutória do processo BES/GES. Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso conta 30 arguidos (dois quais 23 pessoas e sete empresas), num total de 361 crimes. Segundo a acusação do Ministério Público, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

Santander Portugal apresenta contas ao mercado

Esta terça-feira, o Santander Portugal vai apresentar os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2022. É o primeiro grande banco em Portugal a apresentar contas do trimestre. O Santander Portugal fechou 2021 com lucros de 298,2 milhões de euros, o que representa uma subida de 1% em relação a 2020.

Fim do prazo para entrega de candidaturas aos estágios da administração pública

Esta terça-feira, termina ainda o prazo de candidaturas das entidades públicas ao programa de estágios da administração pública, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), ao abrigo da reforma “Capacitação da AP – formação de trabalhadores e gestão do futuro” e que conta com uma dotação de 12,3 milhões de euros. Em causa está a abertura de 1.000 vagas para jovens licenciados, mas o número poderá ser maior, dado que esta nova edição vai acolher as vagas que sobraram da primeira edição. Esta segunda edição do programa arrancou a 8 de janeiro e estava previsto que terminasse a 21 de fevereiro, mas o prazo foi prorrogado.

Como evolui o setor automóvel na União Europeia?

O Eurostat divulga, esta terça-feira, as estatísticas relativas ao comércio de automóveis na União Europeia (UE) em 2021. Em 2020, a venda de automóveis na Europa recuou 23,7% para menos de dez milhões de veículos, penalizada pelas medidas tomadas para fazer face à pandemia, segundo os dados da associação de fabricantes europeus (ACEA). Portugal foi o terceiro mercado que mais sofreu.

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Novobanco vai tomar conta do fundo que ficou com os créditos de Vieira

Fundo que ficou com os créditos e ativos do grupo de Vieira não atinge objetivos e Novobanco vai assumir controlo da gestão que estava nas mãos da sociedade C2 Capital Partners, de Gaioso Ribeiro.

O Novobanco vai tomar conta do fundo que ficou a gerir os créditos e ativos do grupo económico de Luís Filipe Vieira, por não conseguir cumprir as metas previstas no acordo de reestruturação assinado com a sociedade gestora C2 Capital Partners, de Nuno Gaioso Ribeiro, segundo as informações recolhidas pelo ECO.

O banco detém quase 96% das unidades de participação deste fundo de investimento alternativo especializado (FIAE) Promoção e Turismo, criado em 2017 para gerir as dívidas e ativos da Promovalor. Os outros 4% pertencem ao antigo presidente do Benfica.

Há cinco anos, no âmbito do processo de reestruturação, foram transferidos créditos na ordem dos 134 milhões de euros do Novobanco para o FIAE (em troca de 96% das unidades de participação do fundo), tendo sido ainda reestruturados pelo banco financiamentos existentes de 85,8 milhões de euros. Por seu turno, foram integrados no fundo mais de duas dezenas ativos imobiliários localizados em Portugal, Espanha, Brasil e Moçambique, negócios serviriam para pagar as dívidas de Vieira.

Contactada pelo ECO, a instituição financeira não faz comentários. Já a sociedade gestora diz que não pode confirmar esta situação, “porque não tem nenhuma informação a esse respeito”. Salienta também “que sempre se dispôs perante os participantes a cessar esse mandato a qualquer momento, inclusivamente prescindido da compensação financeira” prevista no contrato.

Ainda assim, o ECO sabe que o Novobanco se prepara para retirar a gestão do FIAE à C2 Capital por incapacidade de valorização do património, mas só avançará se não perder as garantias adicionais e se obtiver autorização do Fundo de Resolução.

O contrato prevê que o não cumprimento de metas ou objetivos pode desencadear um conjunto de faculdades e direitos dos participantes do FIAE, incluindo o direito de substituição da sociedade gestora.

Este processo de reestruturação já tinha sido alvo de duras críticas por parte do Banco de Portugal, que considerou que o plano de negócios do FIAE se afigurava “ambicioso e pouco realista” e com “pouca aderência à realidade”, nomeadamente no que toca ao desenvolvimento de alguns projetos imobiliários – iam precisar de financiamento bancário, o que se avizinhava muito difícil, pois o Novobanco não ia aumentar a exposição ao devedor. Já o banco defendeu-se dizendo que era a solução que melhor protegia os seus interesses, aliás, como os próprios serviços do supervisor vieram a concluir, apesar das críticas.

Há um ano, falando na comissão de inquérito ao Novobanco, Gaioso Ribeiro já admitia dificuldades no cumprimento do plano de negócios do FIAE, o qual previa a devolução de 60 milhões de euros ao banco no final do quinto ano – ou seja, este ano.

“Têm existido dificuldades operacionais no fundo que podem comprometer, nesta conjuntura inesperada e no curto prazo, alguns objetivos previstos atingir ao fim de cinco anos”, reconhecia aos deputados em abril do ano passado, explicando que parte dos problemas se deveram a atrasos na integração dos ativos no fundo, a “litígios complexos” com credores históricos (nomeadamente com a construtora Odebrecht no Brasil), sendo que as dificuldades do fundo vieram a ser “muito agravadas” pela pandemia. “Provocou a interrupção da colocação comercial dos imóveis e da exploração hoteleira, o que impactou o plano de negócios, a libertação de caixa e a posição global de liquidez do fundo”, salientou.

Segundo Gaioso Ribeiro, o cumprimento da meta passaria pela venda do edifício de escritórios em Moçambique ou pela venda do hotel no Brasil. Sobre o edifício de escritórios em Maputo, o gestor dizia que ia ser preciso uma “sorte inesperada” para encontrar um comprador. Em relação ao hotel, localizado na Reserva do Paiva, encontra-se encerrado desde o início da crise pandémica, sendo que o fundo terminou o contrato de exploração com o grupo Sheraton e perspetiva-se agora a entrada do Vila Galé.

C2 Capital defende trabalho

Em declarações ao ECO, a C2 Capital defende o trabalho feito no fundo. “Na gestão do FIAE, a sociedade gestora fez mais do que lhe era exigível e do que lhe foi estabelecido pelos participantes”, considera a entidade, adiantando que, entre outros, apresentou propostas para o desenvolvimento de ativos, resolveu litígios e contingências que geraram poupanças de 15,7 milhões e financiou o próprio FIAE com capital próprio da sociedade, e isto sem receber comissão desde 2020.

Porém, “por razões a que a sociedade gestora é alheia, não foram concretizadas algumas das propostas e soluções apresentadas, por não terem sido aprovadas ou respondidas ou financiadas pelos participantes e financiadores”, acrescenta, lembrando que a criação do mecanismo de capital contingente em 2017 – posterior à constituição do fundo – veio “introduzir alterações relevantes nas circunstâncias”.

A C2 Capital refere ainda que, “sem prejuízo de não ter atingido as metas estabelecidas inicialmente no plano de negócios”, o “FIAE representou e representa para o Novobanco (como credor) uma alternativa muito mais favorável às existentes (pelo reforço de garantias e liquidez)”.

E ressalva que o balanço sobre a recuperação de capital só se pode fazer mais tarde, aquando da efetiva venda, desenvolvimento ou exploração dos ativos integrados no perímetro do FIAE.

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📹 Riqueza gerada pela agricultura em queda desde década de 80

Esta terça-feira celebra-se o dia da Produção Nacional e Portugal e, em 30 anos, o número explorações agrícolas caiu para mais de metade. As três principais culturas são olival, cereais e vinha.

Um ano marcado por uma das mais severas secas das últimas décadas e pela guerra da Ucrânia colocou os holofotes no setor agrícola nacional. O agravamento da inflação com o aumento exponencial dos preços da energia e de alguns produtos agrícolas reacendeu o debate da independência energética e alimentar.

A riqueza criada pela agricultura tem vindo a diminuir de ano para ano, desde a década de 80. Em 2021, o setor apenas gerou 3,5 mil milhões de euros, um reflexo da redução do número de explorações agrícolas, do número de trabalhadores e dos baixos salários.

Esta terça-feira celebra-se o dia da Produção Nacional e a Pordata compilou uma série de indicadores do INE sobre a agricultura em Portugal.

Veja o vídeo com alguns deles.

http://videos.sapo.pt/kk3svtH9R6eZmVlm4ZLz

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Verlingue Portugal liderou crescimento externo do Grupo francês em 2021

  • António Ferreira
  • 25 Abril 2022

Subsidiária da Adelaïde, a Verlingue faz dois terços do negócio da corretora francesa. A filial portuguesa de (re)seguros que comprou a Luso Atlantica é destaque no crescimento internacional.

Adelaïde, holding francesa com operações em Portugal, registou crescimento de 11% em 2021, consolidando 301,6 milhões de euros em volume de negócios.

“Num ambiente confuso, marcado pela crise, e um mercado de seguros complexo, as nossas equipas mostraram elevado nível de especialização e foram capazes de responder rapidamente aos nossos clientes de modo a fornecer-lhes soluções de gestão de risco relevantes“, disse Jacques Verlingue, Presidente da Verlingue e do Grupo Adelaïde, holding que além das marcas internacionalizadas (Verlingue e Génération), consolida a seguradora digital Cocoon (insurtech anteriormente designada Coverlife).

A Verlingue, bandeira do grupo na corretagem de seguros e planos de benefício social para empresas, atingiu 211,6 milhões de euros em volume de negócio em 2021, um crescimento anual de 11,9% e a refletir incremento 4 pontos na atividade internacional, representando 27% da faturação consolidada pela corretora familiar nascida na região da Bretanha. A Verlingue Portugal, que no ano passado concluiu integração (e redenominação) da Luso Atlantica, “representou a maioria do crescimento externo do Grupo em 2021,” contribuindo com 4,4% do crescimento global (+6,6% em termos orgânicos), disse a empresa ao ECOseguros. Além de Portugal, a operação internacional da corretora tem implantação na Suíça e Reino Unido.

A Génération, subsidiária dedicada à corretagem em planos de saúde e previdência de empresa, teve um ano de “forte crescimento” com volume de negócios que cresceu 11,6% para 75,6 milhões de euros. Esta empresa, com atividade em Portugal desde 2015, publicou recentemente o seu primeiro Barómetro da Saúde, com os custos de saúde dos seus 2,1 milhões de segurados, permitindo aos parceiros e clientes analisarem a evolução dos sistemas de proteção social dos trabalhadores em França.

Ao mesmo tempo, realça comunicado da holding familiar, a Génération iniciou desenvolvimento de uma oferta de corretagem para gestão de planos de saúde e previdência individual para o mercado de particulares. Já a Cocoon (antiga Coverlife e seguradora do Grupo), passou por uma “profunda transformação em 2021”, a nível de infraestrutura digital, tendo lançado três novas ofertas de seguros pessoais digitais, mantendo o seu volume de negócios estável em 14,5 milhões de euros.

Segundo perspetiva a corretora de seguros fundada há mais de 80 anos e ainda liderada pela família Verlingue, 2022 irá centrar-se na consolidação da estratégia do plano “Impact24”, de que destaca a criação de um quarto pilar de negócio, dedicado ao mercado grossista de soluções para clientes individuais (particulares), reafirmando ambição de realizar mais aquisições na Europa.

A Verlingue já oferece em Portugal soluções de proteção social (seguros de pessoas) para profissionais independentes e empresários em nome individual, acrescentou a Direção de Marketing do grupo em resposta a ECOseguros, adiantando que as novas soluções para particulares (em França) não serão, no curto prazo, estendidas ao mercado português. Também não faz parte dos planos da empresa expandir a atividade da insurtech Cocoon para Portugal.

De resto, anteriormente à divulgação dos indicadores relativos a 2021, Adelaïde já assumia como objetivo estratégico para 2024, duplicar o volume de negócios consolidado até 400 a 500 milhões de euros, suportada em crescimento orgânico e aquisições estratégicas, triplicando a receita gerada pela atividade internacional até corresponder a 30% do volume de negócios do grupo.

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Mercado espanhol de seguros cresce 4,3% no 1ºT. Veja as companhias que lideram

  • ECO Seguros
  • 25 Abril 2022

Três maiores grupos em volume de prémios faturaram mais de 1 000 milhões de euros cada até março. Quota agregada das 5 maiores ronda 46% do mercado.

A receita do mercado de seguros em Espanha cresceu 4,32%, em termos de variação homóloga, alcançando 17,41 mil milhões de euros em volume de prémios no primeiro trimestre (1ºT de 2022), segundo dados do setor tratados pela plataforma de informação Inese.es, indicando que, apesar do crescimento anual, o negócio mantém-se cerca de 2,9% inferior ao volume de produção registado em idêntico período de 2019.

Por ramos, os dados mostram incremento anual 3,43% nos prémios de Vida, para cerca de 6,52 mil milhões de euros (ainda em quebra de 18% face a ao 1ºT de 2019). O negócio de não-Vida expandiu 4,85%, para 10,89 mil milhões de euros (+9,2% do que em 2019), destacando-se crescimento de 7,2% nos seguros de Saúde, onde a receita rondou 2,74 mil milhões, enquanto o seguro Automóvel, ramo que gera a maior receita no setor não Vida, avançou 1,64%, para cerca de 2,97 mil milhões de euros.

No período de 3 meses terminado em março passado, o Top3 do ranking por grupos seguradores apresenta faturação superior a 1 000 milhões cada. Veja a tabela das 20 maiores:

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Elon Musk fecha acordo de 44 mil milhões de dólares pelo Twitter

Musk conseguiu fechar um acordo para a compra do Twitter. Negócio é avaliado em 44 mil milhões de dólares pela rede social em que tem mais de 80 milhões de seguidores.

A administração do Twitter aprovou por unanimidade a oferta de cerca de 44 mil milhões de dólares feita por Elon Musk, que já era o segundo maior acionista da rede social. O dono da Tesla propôs pagar 54,20 dólares por ação, um valor que tinha apresentado como “a melhor oferta e a final”. Espera-se que o negócio seja concluído mais perto do final do ano.

“O Conselho de Administração do Twitter conduziu um profundo processo de avaliação da proposta de Elon Musk com um foco no valor, previsibilidade e financiamento”, afirmou Bret Taylor, chairman da companhia, citado pelo Financial Times. “A proposta garante um prémio substancial em dinheiro e acreditamos que é o melhor caminho a seguir para os acionistas do Twitter.”

Na semana passada, Musk comunicou ao mercado que já tinha assegurado um financiamento de 25,5 mil milhões de dólares — incluindo 12,5 mil milhões relativos a um empréstimo que tem por base as suas ações da Tesla – junto de um grupo de bancos liderado pelo Morgan Stanley, o seu advisor financeiro. O Twitter contratou o JPMorgan Chase e o Goldman Sachs para este negócio.

Separadamente, segundo os documentos submetidos na passada quinta-feira na Securities and Exchange Commission (SEC), o regulador do mercado dos Estados Unidos da América, vai ainda pessoalmente avançar com 21 mil milhões em capital próprio.

Foi a 14 de abril que o homem mais rico do mundo, segundo a Forbes, lançou uma OPA hostil para adquirir 100% das ações do Twitter. Musk é um utilizador assíduo desta plataforma, onde conta com mais de 80 milhões de seguidores, um número próximo daquele que o e-presidente dos EUA, Donald Trump, tinha antes de ser banido no início de 2021.

A primeira reação da companhia americana foi ativar um plano de direitos dos acionistas, conhecido como “pílula venenosa”, que é acionado quando alguém compra parte da empresa sem aviso prévio e tem como objetivo tornar a empresa menos atrativa, desencorajando alguma tentativa hostil de aquisição.

Na mensagem que acompanhou a oferta, dizendo que tinha “um preço alto”, Elon Musk vaticinava que “os acionistas [iriam] amá-la”. “Se o negócio não funcionar, tendo em conta que não tenho confiança na gestão nem acredito que consiga conduzir às alterações necessárias [com a empresa] na bolsa, então terei de reconsiderar a minha posição como acionista”, alertara o empresário.

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