Câmara de Castro Verde reduz rega e lança campanha para poupança de água

  • Lusa
  • 1 Julho 2022

Autarquia de Castro Verde reduz rega e lança campanha para poupança de água para fazer frente à seca que afeta o país. E adotou “uma atitude mais vigilante no controle de gastos exagerados".

A Câmara Municipal de Castro Verde, no distrito de Beja, reduziu para metade o número de regas dos espaços verdes e lançou uma campanha de sensibilização que apela à poupança de água devido à seca, anunciou o município em comunicado.

A autarquia referiu que, por causa da seca que afeta Portugal e, em especial, o Alentejo, implementou, assim, “algumas medidas de diminuição do consumo de água”. Como exemplos, aludiu à “redução em 50% do número de regas na generalidade dos espaços verdes” e ao facto de ter adotado “uma atitude mais vigilante no controle de gastos exagerados”.

“Perante o cenário de seca severa que a região do Baixo Alentejo atravessa”, a autarquia anunciou também o lançamento de uma campanha de sensibilização para apelar à poupança de água no concelho.

A campanha, intitulada “Vamos Poupar Água. Todos os Gestos Contam!”, pretende “alertar a população para a importância do uso racional deste recurso”, explicou a autarquia, na mesma nota.

Na iniciativa, são propostas “medidas para o uso eficiente da água em pequenos gestos do dia-a-dia, contribuindo, assim, para minimizar os riscos de escassez hídrica e para melhorar as condições ambientais nos meios hídricos”.

Um panfleto, com um conjunto de sugestões/dicas para os habitantes adotarem “no sentido de minimizar o consumo de água”, foi distribuído por todo o concelho, sendo também a campanha divulgada numa rádio local.

Paralelamente, serão divulgados, nas redes sociais do município, alguns vídeos sobre a temática, que contaram com a participação de alunos locais, assim como um conjunto de sugestões de medidas de poupança “deste recurso tão importante”.

O concelho de Castro Verde, “em particular”, a sede de concelho, “enfrenta dificuldades acrescidas” com a seca, já que a vila é abastecida a partir da Barragem do Monte da Rocha, no vizinho concelho de Ourique, “cuja capacidade de armazenamento regista atualmente um volume de 12,3%”, lembrou a autarquia.

“Perante esta situação tão difícil, as palavras não bastam. É urgente agir de modo concreto e consciente”, alertou.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no final de maio, cerca de 97,1% do território de Portugal continental estava em seca severa, enquanto 1,4% encontrava-se em seca extrema e 1,5% em seca moderada.

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Haitong paga 3,4 milhões ao Estado para se manter como único acionista do banco

Chineses compram os direitos de conversão dos créditos fiscais ao Estado, pagando cerca de 3,4 milhões de euros. Assim, mantém-se como acionistas únicos do antigo BESI, comprado em 2015.

Os chineses do Haitong compraram os direitos de conversão dos ativos por impostos diferidos (DTA) ao Estado, tendo desembolsado cerca de 3,4 milhões de euros para se manterem como acionista único do antigo banco de investimento do BES (BESI) que compraram em 2015.

Em causa está a conversão de mais de 500 mil direitos relativos a DTA registados pelo Haitong em 2015 a favor do Estado em ações do banco e cujo período de exercício de aquisição potestativa por parte da instituição financeira decorreu a partir de 6 de junho e até final do mês passado.

Em comunicado enviado ao mercado, é relevado que o Haitong International Holdings Limited, único acionista do banco, exerceu o direito de preferência sobre estes direitos. Caso contrário, o Estado iria assumir uma posição de cerca de 0,3% no ex-BESI, como avançou o ECO há cerca de um mês. Foi num processo semelhante que o Estado passou a deter uma participação direta no Novobanco.

Em 2015, a Autoridade Tributária aprovou créditos tributários de 3,08 milhões de euros, o que implicou que o Haitong tivesse de constituir uma reserva especial no valor de 3,39 milhões de euros junto do Banco de Portugal — montante que corresponde ao valor do DTA com uma majoração de 10%. Estes créditos tributários expiraram agora.

Cada um dos 526.061 direitos tinha o valor de 6,44 euros, ou seja, os chineses pagaram 3,39 milhões de euros ao Estado para os adquirir.

Na sequência disto, o Haitong já procedeu ao aumento de capital com a emissão de novas ações que resultaram da conversão dos DTA, no montante de 2,63 milhões de euros, passando a deter um capital de 847,4 milhões de euros. Cada ação tem o valor nominal de cinco euros, abaixo do preço do direito.

O banco explica que este aumento do capital tem o ágio de 757,9 mil euros (a diferença para os 3,39 milhões do total dos direitos), que é incorporado em reserva especial.

O ex-BESI foi comprado em 2015 pelos chineses do Haitong, por 380 milhões de euros, já depois da medida de resolução aplicada ao BES, em agosto de 2014.

De acordo com a Autoridade Tributária, o banco avançou com pedidos de reconhecimento de DTA de 22,8 milhões, 10,1 milhões e 250 mil euros em 2016, 2017 e 2018, tendo sido certificados pelo Fisco apenas 12 milhões dos DTA pedidos em 2016.

O banco fechou 2021 com lucros de 3,6 milhões de euros, uma subida em relação ao resultado de 1,6 milhões em 2020.

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Caso CGD: Ministério Público pede para Berardo estar sujeito a apresentações periódicas às autoridades

  • Lusa
  • 1 Julho 2022

O MP propôs a alteração das medidas de coação de Berardo no caso CGD, requerendo apresentações periódicas às autoridades pelo empresário e admitindo a extinção da maioria das medidas aplicadas.

O Ministério Público (MP) propôs a alteração das medidas de coação de Joe Berardo no caso CGD, requerendo apresentações periódicas às autoridades pelo empresário e admitindo a extinção da maioria das medidas aplicadas há cerca de um ano.

De acordo com a nota divulgada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Joe Berardo mantém ainda a caução de cinco milhões de euros que lhe foi aplicada pelo juiz de instrução Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), e o Termo de Identidade e Residência (TIR). Já em relação ao advogado André Luiz Gomes, igualmente arguido neste processo, o MP revelou que foi proposto apenas TIR.

A revisão das medidas de coação deve-se à iminência de caducarem as medidas que foram aplicadas há praticamente um ano, no dia 2 de julho de 2021. Então, Joe Berardo e André Luiz Gomes foram proibidos de manter contactos entre si e com outras pessoas identificadas nos autos e de frequentar instalações de determinadas entidades, além da prestação de cauções, no valor de cinco milhões de euros para o empresário e de um milhão para o advogado.

“Em consequência e ponderando a proximidade da caducidade da maioria das medidas de coação aplicadas, tiveram os referidos magistrados que requerer a extinção da quase totalidade das medidas acima indicadas, o que veio a ser deferido, tendo um dos arguidos ficado sujeito apenas à medida de termo de identidade e residência”, pode ler-se na nota divulgada na página do DCIAP, aludindo aqui a André Luiz Gomes.

“Por sua vez, o arguido que se encontrava sujeito à caução de cinco milhões de euros mantém esta medida de coação, para além do termo de identidade e residência, tendo ainda sido requerida a sua sujeição a apresentações periódicas”, refere o DCIAP em relação a Joe Berardo.

Confrontado pela Lusa com a nota publicada no ‘site’ da Procuradoria-Geral da República, o advogado do empresário, Paulo Saragoça da Matta, mostrou-se surpreendido com a informação e deixou críticas à atuação do MP.

“Não só desconheço totalmente o que o DCIAP refere no comunicado, como repudio por totalmente inadmissível a prática deste MP em anunciar publicamente o que faz em processos sujeitos a segredo de justiça sem sequer notificar primeiro os arguidos”, afirmou, sem deixar de notar que iria informar na próxima segunda-feira o tribunal do fim do prazo (este sábado) das medidas de coação anteriormente decretadas.

O caso CGD conta com 11 arguidos (cinco pessoas individuais e seis pessoas coletivas) foi tornado público depois de uma operação policial em que foram feitas cerca de meia centena de buscas, três das quais a estabelecimentos bancários.

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Chega avança com moção de censura ao Governo

Ventura diz estar a interpretar os sinais dados pelo Presidente da República "como uma severa censura ao Governo", pelo que anunciou que o Chega vai avançar com uma moção de censura ao Executivo.

O Chega decidiu avançar com uma moção de censura ao Governo. A decisão é justificada com a crise desencadeada após a revogação do despacho sobre a solução aeroportuária para a região de Lisboa, mas também com o caos nas urgências. André Ventura diz estar a interpretar os sinais dados pelo Presidente da República “como uma severa censura ao Governo”, mas assegura o partido retira a moção se Pedro Nuno Santos e Marta Temido saírem do Executivo.

O Chega reuniu ontem [quinta-feira] o grupo parlamentar para discutir a apresentação de uma moção de censura ao atual Governo socialista e decidimos, depois de alguma discussão e alguma análise interna, avançar com uma moção de censura”, afirmou André Ventura, em declarações transmitidas pelas televisões. Uma decisão já foi comunicada ao Presidente da República e ao presidente da Assembleia da República.

A decisão é justificada com os problemas na Saúde, nomeadamente nas urgências hospitalares, bem como com as opções do Executivo para fazer face à escalada dos preços dos combustíveis e foi agravada com a crise política entre Pedro Nuno Santos e António Costa, desencadeada após a revogação do despacho sobre a solução aeroportuária para a região de Lisboa e que culminou com um pedido de desculpas público do ministro das Infraestruturas.

Neste contexto, o líder do Chega considera que as declarações do Presidente da República revelam que “a maioria absoluta se está a desorientar e a desorganizar” e, que, apesar de Marcelo “não avançar com mecanismos políticos mais graves” por forma a não “perturbar as relações institucionais entre o Governo e a Presidência da República”, cabe à oposição esse papel. “Não fugimos à chamada. Interpretámos as palavras do Presidente da República como uma severa censura ao Governo”, sinalizou.

Nas palavras do Presidente da República está um claro ato de censura, e as moções de censura servem para isso: quer em maioria absoluta ou minoria, servem para passar um cartão de censura ao Governo”, reitera o líder do Chega.

Não obstante, André Ventura assegura que o Chega retirará a moção de censura se o primeiro-ministro demitir a ministra da Saúde, Marta Temido, e o ministro da Habitação e das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. “Se António Costa e o Governo procederem à remodelação governamental que o país pede, o Chega retira a moção de censura. Se não o fizer, levará até ao fim”, avisa.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h18)

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“Portugal é um forte líder” na gestão dos oceanos, mas não é suficiente. É preciso mais dados a nível global, pede UNESCO

Relatório da UNESCO evidencia uma falta de informações para melhorar a gestão dos oceanos. Para contrariar esse obstáculo, a entidade pede mais cooperação, indicando Portugal como exemplo.

As informações e dados disponíveis relativos ao estado dos oceanos e à sua preservação não são animadoras. Na verdade, de acordo com a edição piloto do primeiro relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), “a falta de referências de confiança sobre o conhecimento dos oceanos” compromete os objetivos que visam protegê-los e, por isso, é necessário que haja mais cooperação entre os países, investimentos e recursos especializados.

A descrição [dos oceanos] é muito incompleta. Ainda que o nosso conhecimento nos permita identificar os principais problemas, não nos permite compreendê-los. O nosso nível de conhecimento hoje [sobre os oceanos] não nos permite agir de forma objetiva”, explicou Henrik Enevoldsen, dirigente do departamento de Ciências Oceânicas da UNESCO, esta sexta-feira, no último dia da Conferência dos Oceanos, promovida pelas Nações Unidas, em Lisboa. “E, como foi dito muitas vezes ao longo desta semana, não se consegue consertar o que não se consegue medir“, disse durante a conferência de imprensa.

Questionado pelo ECO/Capital Verde sobre o que será necessário para impulsionar a melhoria na recolha de dados e pesquisa, o dirigente deixa claro que grande parte da resposta parte da “cooperação entre governos a nível mundial”, sublinhando que a responsabilidade deve ser geral e não apenas apontada aos países costeiros. “Esta responsabilidade cabe a todos. Todas as economias estão interligadas“. Ainda assim, apontou que Portugal “tem tido um papel-chave” em termos de contribuições para a gestão dos oceanos, considerando-o ser “um forte líder” a nível de observação, capacidade e desenvolvimento.

“Se tivéssemos, em média, o nível de envolvimento que Portugal teve em muitas décadas, em matéria dos oceanos, muitas coisas seriam diferentes. Portugal é um forte contribuidor”, frisou Henrik Enevoldsen.

Além da cooperação, é necessário impulsionar o investimento. Segundo o relatório, a percentagem geral da despesa doméstica dedicada à pesquisa e desenvolvimento (GERD, na sigla em inglês) da ciência oceânica é apenas de 1,7%. “Este baixo valor está por trás das dificuldades em determinar o estado do oceano”, informa o documento.

UNESCO: State of the ocean report 2022: pilot edition
UNESCO: State of the ocean report 2022: pilot edition

Outra urgência é também a mão-de-obra suficientemente especializada para acompanhar a evolução das novas tecnologias que “estão a revolucionar a ciência oceânica”. De forma geral, informa o relatório, os países europeus tendem a ter a maior proporção de investigadores, com destaque para Portugal e a Noruega que têm mais de 300 investigadores empregados por milhão de habitantes.

No relatório de 72 páginas, foram identificados 10 desafios e recomendações que podem contribuir para um melhor entendimento dos oceanos a nível global. Entre eles, o primeiro, referente à poluição marinha que, embora confirme existirem “evidências indiscutíveis do aumento contínuo, generalizado e inabalável da poluição da terra no oceano”, deixa claro que “muito pouco se sabe” sobre os tipos de poluição, apenas que a mão humana tem um peso significativo na degradação deste recurso. “Para poder apoiar ações contra a poluição dos oceanos e permitir o uso significativo de instrumentos juridicamente vinculativos existentes e emergentes sobre a conservação dos oceanos, é urgentemente necessário uma abordagem mais sistemática e com recursos para observações e síntese da poluição dos oceanos”, lê-se no relatório.

Ainda que as conclusões não sejam animadoras, a ideia (se possível) será fazer deste um relatório “regular”, objetivando a publicação de uma segunda edição já no próximo ano. Mas para isso, explica Enevoldsen é necessário “construir parcerias e recolher recursos”. “De forma geral, a descrição quantitativa do oceano é incompleta. Esta é a mensagem chave que vamos usar para impulsionar a recolha de dados e melhorar a avaliação do estado do oceano nos próximos relatórios.”, sublinhou Enevoldsen.

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IGCP quer obter até 2 mil milhões em Bilhetes do Tesouro até setembro

Tesouro português conta arrecadar verbas através de três emissões, de seis e de 12 meses. No terceiro trimestre estão ainda planeados vários leilões de obrigações.

O Tesouro português quer obter até dois mil milhões de euros junto dos mercados até final de setembro. No calendário da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) estão contempladas três emissões de Bilhetes do Tesouro (BT) e um número indeterminado de Obrigações do Tesouro.

As emissões de Bilhetes do Tesouro estão divididas em duas datas: em 20 de julho será lançada uma linha com maturidade de 12 meses, com a qual o IGCP pretende obter 500 milhões de euros.

O dia mais movimentado será 21 de setembro: aí, o Tesouro português pretende captar entre 500 e 750 milhões de euros na reabertura de uma linha de BT a seis meses e o mesmo valor no lançamento de um título a 12 meses.

Nas Obrigações do Tesouro, com maturidades mais prolongadas, a entidade liderada por Cristina Casalinho conta com colocações “de 750 a mil milhões de euros por leilão”.

Ainda por agendar, os leilões “poderão ser realizados à 2.ª ou 4.ª quartas-feiras de cada mês após anúncio do montante indicativo e linhas de OT a reabrir até três dias úteis antes da respetiva data de leilão”, explica o comunicado enviado às redações.

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Walk Talks. Três formas de dar um ‘boost’ na sua energia

  • Trabalho
  • 1 Julho 2022

Encontrar pontos de interesse em diferentes áreas da nossa vida, dar-nos quick wins e investir nas relações sociais são as dicas dos mentores da Walking Mentorship.

Na semana passada, João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, partilharam algumas estratégias de como ‘encher o depósito’ com energia positiva. Esta semana, os mentores continuam o tema e revelam outras três formas de dar um boost na nossa energia.

Encontrar pontos de interesse em diferentes áreas ou situações da nossa vida; dar-nos a nós próprios quick wins; e investir nas relações sociais, transformando simples transações em interações, são as dicas dos partners e mentores da Walking Mentorship esta semana, e que se juntam às anteriores: identificar coisas boas que nos aconteceram ao longo do dia e fazer atos de bondade aleatória.

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

http://videos.sapo.pt/aYzoRAnqkp3ZrbDJdiEr

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Leiria investe 1,4 milhões de euros na ampliação de posto da GNR

O município de Leiria vai investir 1,4 milhões de euros na ampliação do edifício da GNR de Monte Redondo. Estes trabalhos visam a modernização e melhoria das condições operacionais e de segurança.

A Câmara Municipal de Leiria vai investir 1,4 milhões de euros na ampliação das instalações do posto territorial de Monte Redondo da Guarda Nacional Republicana (GNR). O projeto de execução da empreitada e a respetiva abertura do concurso foram aprovados, em reunião do executivo, anunciou a autarquia liderada pelo socialista Gonçalo Lopes.

Com estes trabalhos, que vão ter a duração de 540 dias, a GNR de Monte Redondo passa a ocupar uma área de implantação superior a 500 metros quadrados. “As instalações ficam em harmonia com o novo programa funcional do Ministério da Administração Interna que é a entidade que aprovou o projeto apresentado em reunião de Câmara”, refere ainda o município em comunicado.

Além da ampliação e remodelação do edifício já existente, a empreitada também contempla a “modernização e melhoria das condições operacionais e de segurança enquanto equipamento militar”.

Os trabalhos de ampliação do edifício da GNR englobam ainda a requalificação da zona exterior mediante a criação de uma vedação em frente ao edifício e a reordenação dos lugares de estacionamento públicos já existentes. O projeto também contempla a criação de uma antecâmara.

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Associações pedem adiamento da nova contribuição sobre os plásticos

Indústria dos plásticos, hotelaria e restauração e Deco Proteste pedem adiamento da aplicação da nova contribuição sobre as embalagens de plástico de uso único para refeições. Ambientalistas aplaudem.

As embalagens de plástico ou multimaterial com plástico, que sirvam para uso único em refeições prontas a consumir (nos regimes de take-away, drive-in e entrega) estão a partir desta sexta-feira sujeitas a uma taxa de 30 cêntimos, uma medida que tinha sido anunciada para janeiro e adiada devido à pandemia de Covid-19. A taxa passa a ser cobrada com o objetivo de reduzir o consumo destes produtos na União Europeia, alinhado com a Estratégia Europeia para os Plásticos, numa iniciativa apoiada pelos ambientalistas. No entanto, as entidades envolvidas, desde a indústria dos plásticos até à indústria hoteleira, levantam questões em relação à aplicabilidade da medida e pedem o adiamento da entrada em vigor.

“Uma contribuição desta natureza é, do ponto de vista financeiro e de tesouraria, incomportável, mais ainda num momento particularmente difícil que as empresas atravessam”, afirma Nuno Aguiar, diretor técnico da Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos (APIP). Isto porque os produtores têm de adiantar as contribuições ao Estado, embora estas vão sendo repercutidas ao longo de toda a cadeia, até acabarem por ser suportadas pelo consumidor final. “Estar a cobrar 30 cêntimos por embalagem quando algumas são vendidas pelo produtor/importador aos seus clientes, na sua maioria distribuidores, a rondar os 10 cêntimos, é estar a pedir às empresas que numa encomenda de 5.000 euros paguem 20.000 euros”, explica. “Não há tesouraria que resista nem seguro de crédito que comporte, levando certamente muitas empresas a encerrar ou a diminuir a sua atividade, com as consequentes repercussões económicas”, conclui.

Mas há mais problemas que a APIP identifica na implementação da portaria: além do peso financeiro que representa para os produtores, “esta regulamentação levanta diversos constrangimentos em matéria regulatória e operacional”, indica Nuno Aguiar. Um deles é que continuam a persistir “muitas dúvidas” nos diversos agentes da cadeia de valor no que toca às embalagens e produtos que estão abrangidos pela contribuição. Apesar de os produtores e importadores serem os sujeitos passivos alvo da contribuição, isto é, aqueles que a adiantam ao Estado, estes não conhecem o destino final das embalagens, do qual depende a aplicação da contribuição. “Esta é uma das maiores dificuldades de aplicação”, sublinha a APIP.

Outra das críticas da indústria dos plásticos à portaria é que a medida define prazos diferentes para entrada em vigor no que diz respeito aos materiais de plástico (1 de julho de 2022) e os de alumínio (1 de janeiro de 2023). Na ótica da APIP, a portaria “deveria considerar os mesmos prazos de entrada em vigor para todos os materiais, colocando no mesmo patamar os materiais e as indústrias que concorrem para a mesma aplicação, constituindo-se atualmente como uma medida discriminatória”.

“Atendendo aos diversos constrangimentos legislativos e operacionais que esta medida acarreta, apelamos à sensibilidade da área governativa, para que esta regulamentação possa ser revogada ou adiada, alinhando os prazos da entrada em vigor com o material alumínio, e revista de uma forma holística e com uma visão sistémica, não só mitigando os constrangimentos acima referenciados, como também potenciando a concretização dos objetivos ambientais (redução e reutilização) que estiveram na base da proposta desta medida”, defende a APIP.

Neste sentido, a associação apela ao adiamento da implementação da medida para 1 de janeiro de 2023 e para uma revisão do valor da contribuição, acrescentando que se desconhece o racional que esteve na base da definição do valor de 30 cêntimos.

Um entendimento semelhante ao da APIP é expressado pela Associação da hotelaria, restauração e similares de Portugal (AHRESP) e pela Deco Proteste que, num comunicado conjunto emitido esta sexta-feira, “assinalam as dúvidas que ainda persistem sobre esta contribuição, que consideram pouco adequada e desenquadrada do atual panorama económico e social, com a pressão inflacionista que afeta empresas e cidadãos”, pedindo, assim, o adiamento da cobrança.

“Tendo em conta que este encargo será suportado pelos consumidores finais, seria importante considerar o momento difícil que todos vivemos com um aumento generalizado de preços”, indica Rita Rodrigues, diretora de comunicação e relações institucionais da Deco Proteste, na referida nota.

O presidente da AHRESP, Carlos Moura, diz-se “muito preocupado com os critérios de aplicação desta contribuição”, desde logo “por não considerarem a quantidade e tipo de plástico incorporado no produto, mas também pela inexequibilidade de aplicação da medida em várias atividades económicas”. A AHRESP afirma ainda que aguarda esclarecimento por parte da Autoridade Tributária sobre qual a taxa de IVA a aplicar à contribuição.

Ambientalistas aplaudem taxa com algumas reservas

As associações ambientalistas ouvidas pelo ECO/Capital Verde olham com bons olhos para esta nova taxa cobrada sobre a utilização de embalagens únicas de plástico, reconhecendo que este novo incentivo poderá ser suficiente para alterar os hábitos dos consumidores. Ainda assim, a Zero considera que a medida fica aquém por não haver uma resposta dos estabelecimentos nem uma cobrança mais abrangente.

“É uma medida coxa por ser só ser só sobre um material, mas dá um sinal claro para os consumidores perceberam que devem procurar alternativas”, diz a Susana Pinheiro, vice-presidente da associação ambientalista, frisando que os consumidores “são sensíveis aos custos das coisas” e que “estas ferramentas são eficazes para alterar a prática no consumo”. No entanto, “não é ideal porque era importante que houvesse uma solução dos próprios estabelecimentos e uma taxa que abrangesse todas as embalagens descartáveis. Mas é um caminho”.

A mesma responsável deixa ainda a nota de que poderá haver um risco de “migração” para outros materiais, como o alumínio, uma vez que a cobrança sobre embalagens de utilização única deste tipo de material só deverá arrancar a 1 de janeiro de 2023. Será, então, nessa altura que se assistirá a uma “redução significativa” destes resíduos. Por agora, diz a responsável, “não se prevê grandes ganhos”.

Já a Quercus acredita que as atividades de takeaway e entrega ao domicílio, “que tiveram uma crescente utilização durante a pandemia”, poderão ver um ligeiro abrandamento na atividade uma vez que os consumidores poderão optar por comer as refeições no próprio local ou a levar os seus próprios recipientes. No entanto, o principal custo ficará dependente do consumidor final. “Este é um tipo de consumo que está firmado e bem aceite pelo consumidor, pelo que se prevê uma simples alteração de tipo de embalagem utilizada, de utilização única para reutilizável”, argumenta fonte oficial da Quercus ao ECO/Capital Verde. Desta forma, acredita, “as empresas serão estimuladas a produzir e comercializar as embalagens reutilizáveis para não pagarem o contributo sobre as embalagens de utilização única”.

No final, o grande beneficiário desta nova cobrança será o ambiente, não só através da redução da produção de resíduos, como também pela “redução da deposição em aterro e a incineração e a contaminação ilegal e acidental no meio natural” deste tipo de embalagens de plástico, explica a Quercus.

A APIP, por seu lado, defende que as várias medidas restritivas que têm vindo a ser definidas para os materiais plásticos, ao longo dos últimos tempos, não apresentam estudos de avaliação de impacto destas medidas (ambiental, económico e social), “algo que deve acontecer em toda e qualquer medida legislativa desta natureza”.

Do ponto de vista ambiental, importa sobretudo realizar a análise de ciclo de vida, a fim de determinar a pegada ecológica das diversas opções, “sob pena de estarmos a avançar para soluções menos sustentáveis e com maiores impactes para o ambiente”, diz Nuno Aguiar. Uma consequência negativa da portaria pode ser, aponta, o aumento das importações de materiais alternativos provindos maioritariamente de países asiáticos, que podem ter uma maior pegada de carbono.

“A indústria continuará a procurar inovar quer ao nível dos seus processos quer dos seus produtos, o que requer investimentos e o devido tempo para que se possa adaptar aos diversos contextos legislativos”, conclui.

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Relação manda repetir julgamento de burla de milhões ao Montepio

  • Lusa
  • 1 Julho 2022

A decisão surge após o mesmo tribunal, em setembro de 2020, ter anulado alguns despachos proferidos pelo juiz-presidente do coletivo do Tribunal da Feira que julgou o caso.

O Tribunal da Relação do Porto (TRP) mandou repetir o julgamento que condenou a penas entre seis e 12 anos de prisão quatro pessoas, incluindo um ex-gerente bancário, por terem burlado o banco Montepio em 2,8 milhões de euros.

Em acórdão datado de 29 de junho, a que a Lusa teve acesso nesta sexta-feira, os juízes desembargadores decidiram determinar o reenvio do processo para novo julgamento relativamente à totalidade do seu objeto, na sequência dos recursos interpostos pelos arguidos.

A decisão surge após o TRP, em setembro de 2020, ter anulado alguns despachos proferidos pelo juiz-presidente do coletivo do Tribunal da Feira que julgou o caso e, em consequência, ordenado a reabertura da audiência para as questões tratadas nos referidos despachos serem decididas pelo tribunal coletivo.

Após a reabertura da audiência, o Tribunal da Feira condenou, em 01 de junho de 2021, todos os arguidos pelos mesmos crimes, mantendo as penas aplicadas inicialmente.

Inconformados com a decisão, os arguidos voltaram a recorrer para a Relação, que concluiu que a decisão da matéria de facto vertida na decisão recorrida “é tudo menos clara”, sendo ainda “manifestamente contraditória” e apresentando “insuficiências” da matéria de facto provada.

Entre vários pontos, os juízes salientam que o tribunal coletivo “não concretizou qual foi a participação concreta de todos os arguidos nas situações provadas”, nem concretizou factualmente “o ardil” utilizado pelo ex-gerente bancário, no contexto da organização interna do banco, para a concessão de empréstimos que de outro modo não teriam sido concedidos.

Em setembro de 2019, o Tribunal da Feira deu como provado que os arguidos levaram o banco Montepio a conceder créditos a particulares e empresas que não vieram a ser pagos, apropriando-se de cerca de 1,1 milhões de euros.

Durante a leitura do acórdão, o juiz presidente disse que, com esta conduta, os arguidos lesaram a instituição em cerca de 2,8 milhões de euros.

A pena mais gravosa foi aplicada a um antigo gerente do balcão de Santa Maria da Feira do Montepio Geral, que era o responsável pela autorização dos créditos.

Este arguido foi condenado a 12 anos de prisão por 36 crimes de burla qualificada e um crime de branqueamento, tendo ainda de pagar 2,8 milhões de euros à Caixa Económica Montepio Geral, solidariamente com os restantes acusados.

Um comerciante dos ramos automóvel e imobiliário que terá sido o principal beneficiário do dinheiro recebido com a atividade delituosa foi condenado a 10 anos de prisão por 20 crimes de burla qualificada e um crime de branqueamento.

Foi ainda sentenciado por um crime de detenção de arma proibida na pena de 240 dias de multa à taxa diária de oito euros, totalizando 1.920 euros.

O tribunal condenou ainda um advogado, que se encontra detido à ordem de outro processo, e uma mulher a oito e a seis anos de prisão, respetivamente, por vários crimes de burla e um crime de branqueamento de capitais.

Os quatro arguidos foram ainda absolvidos do crime de associação criminosa de que estavam acusados porque, segundo o juiz presidente, não se provou que os mesmos tenham constituído “um grupo de forma organizada e estável”.

A maioria dos empréstimos foi concedida a “empresas na hora” que os arguidos credibilizaram e justificaram através de documentação falsa. A maioria destas empresas não teve sequer atividade económica.

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Auchan a recrutar no Algarve. Tem 60 vagas

Ofertas de emprego abrangem várias funções. Recrutamento visa reforçar as equipas das lojas em Faro, Lagoa, Olhão e Portimão.

A Auchan está a recrutar para várias funções no Algarve. Tem 60 ofertas de emprego para as cidades de Faro, Lagoa, Olhão e Portimão.

O retalhista procura profissionais, para funções em loja, em tempo parcial ou full time, como rececionista, assistente de saúde e bem-estar para parafarmácia, vigilante, operador de frutas e verduras, operador de reposição, operador de charcutaria e queijaria, operador de caixa, operador gasolineira, cortador de carnes verdes, operador pescado, operador de manutenção e operador cafetaria e gastronomia, entre outras, informa.

As candidaturas podem ser feitas online no site da cadeia de retalho alimentar.

A Auchan emprega cerca de 9.000 colaboradores, com uma antiguidade média de 12 anos, e dos quais 90% são acionistas da empresa.

Os trabalhadores “beneficiam de um conjunto de vantagens como seguro de saúde que inclui o agregado familiar direto (igual para todos os colaboradores independentemente da função que têm na empresa), seguro de vida e acidentes pessoais, desconto de 5% em compras, que acumulam com todas as campanhas existentes, e telemóvel com pacote de minutos, incluindo utilização familiar a custos reduzidos”, lista a companhia.

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Família de ex-Presidente de Angola confirma quadro clínico “crítico” e pede privacidade

  • Lusa
  • 1 Julho 2022

Família de José Eduardo dos Santos pede respeito pela privacidade do antigo Presidente angolano, que se mantém com um quadro clínico "crítico e delicado" num hospital em Barcelona.

A família de José Eduardo dos Santos pediu respeito pela sua privacidade num momento em que se mantém “crítico e delicado” o quadro clínico do antigo chefe de Estado angolano.

“A família do engenheiro José Eduardo dos Santos, que agradece todas as mensagens de carinho, apoio e as orações que tem recebido, solicita que, neste momento tão difícil, seja respeitada a sua privacidade”, refere um comunicado enviado à agência Lusa em nome da família.

Os filhos agradecem “o reconhecimento, o alto grau de estima, o interesse expressado pela sua saúde e bem-estar, bem como a importância histórica que muitos angolanos e africanos reconhecem ao engenheiro José Eduardo dos Santos (ex-presidente da República de Angola)”, mas referem que o momento é sensível.

“No dia 23 de junho de 2022, em Barcelona (Espanha), o engenheiro José Eduardo dos Santos sofreu uma paragem cardiorrespiratória” e, “após ter sido socorrido por uma equipa médica, foi encaminhado para um hospital naquela cidade, tendo sido internado na unidade de cuidados intensivos”, explicam os filhos.

A equipa médica que “acompanha o engenheiro José Eduardo dos Santos continua a monitorizar o seu estado de saúde e as complicações neurológicas que resultaram da paragem cardiorrespiratória”, tendo vindo “a realizar exames adicionais, sendo crítico e delicado o seu quadro clínico”, refere o comunicado.

A “família continua a acompanhar, em permanência, toda a evolução do estado de saúde do engenheiro José Eduardo dos Santos, juntamente com a equipa médica” e agradece todas as mensagens de carinho, apoio e as orações que tem recebido”.

Contudo, “solicita que, neste momento tão difícil, seja respeitada a sua privacidade”, pode ler-se no comunicado, que foi distribuído um dia depois de o ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, ter visitado a unidade de saúde, em Barcelona.

Na ocasião, Téte António afastou a possibilidade de o Governo decidir sobre o tratamento médico do ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos, vincando que “a decisão é geralmente da família”.

Questionado pelos jornalistas sobre se a presença junto à clínica onde José Eduardo dos Santos está internado significa que o Governo dará orientações aos médicos para desligarem as máquinas, o governante respondeu: “Não, quando se chega a circunstâncias destas, a decisão é geralmente da família, além de que nós somos africanos e temos uma cultura que não condiz com esse tipo de hipóteses”.

A situação clínica de José Eduardo dos Santos tem motivado acusações públicas de uma das filhas do antigo Presidente, Tchizé dos Santos, ao governo de Angola. A ex-deputada anunciou ter contratado uma advogada espanhola para impedir que se desliguem as máquinas que servem de suporte de vida a José Eduardo dos Santos e afastar Ana Paula dos Santos, atual mulher.

Fonte próxima da família confirmou à Lusa que Tchizé dos Santos contratou a advogada para “travar Ana Paula dos Santos”, mulher do antigo presidente angolano, de quem tem três filhos.

A ex-primeira dama, que se reaproximou recentemente de José Eduardo dos Santos após alguns anos de afastamento, entrou em rota de colisão com os filhos mais velhos, nomeadamente Tchizé dos Santos, que já disse publicamente que Ana Paula dos Santos “abandonou o marido” e tem contribuído para acelerar a morte do pai.

José Eduardo dos Santos, 79 anos, é pai de oito filhos com cinco mulheres e esteve à frente dos destinos de Angola durante 38 anos.

Eduardo dos Santos governou Angola entre 1979 e 2017, tendo sido um dos presidentes a ocupar por mais tempo o poder no mundo e era regularmente acusado por organizações internacionais de corrupção e nepotismo.

Em 2017, renunciou a recandidatar-se e o atual Presidente, João Lourenço, sucedeu-lhe no cargo, tendo sido eleito também pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa no país desde a independência de Portugal, em 1975.

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