Álvaro Beleza reconduzido na liderança da SEDES. Conheça a nova equipa

Médico socialista, que há dois anos rendeu o economista João Duque na presidência, vai cumprir um segundo mandato na SEDES. Ex-ministro Poiares Maduro (PSD) é um dos vice-presidentes.

Os membros dos órgãos sociais da SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social para o biénio 2022-2024 foram eleitos esta sexta-feira em assembleia geral, com destaque para a recondução de Álvaro Beleza na presidência.

O diretor do Serviço de Sangue do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, substituiu há dois anos o economista João Duque à frente desta organização. Este médico que chegou a integrar a direção do PS liderada por António José Seguro vai ter como um dos vice-presidentes Miguel Poiares Maduro, ex-ministro de Passos Coelho.

Veja a composição dos órgãos sociais eleitos para os próximos dois anos.

Conselho Coordenador

Álvaro Beleza – Presidente

Miguel Poiares Maduro – Vice-presidente

Carlos Alves – Vice-presidente

Catarina Castro – Vice-presidente

Marta Costa – Secretária-geral

Alexandre Homem Cristo

Catarina Delaunay

David Santos

Henrique Monteiro

Nuno Carrapatoso

Pedro Latoeiro

 

Mesa da assembleia geral

José Roquette – Presidente

António Tavares – Vice-presidente

Ana Sofia Batista – Secretária

Nuno Oliveira – Secretário

 

Conselho Fiscal

José Azevedo Pereira – Presidente

Sandra Maximiano – Vogal

Paulo Pereira – Vogal

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Inflação em Portugal supera Europa pela primeira desde 2017. Culpa é do turismo

Em junho, e pela primeira vez nos últimos 54 meses, a inflação em Portugal superou a média da Zona Euro. O turismo em alta ajuda explica a maior velocidade com que sobem os preços em Portugal.

Antes de começar a guerra, a inflação já era um problema na Europa, mas em Portugal, devido à recuperação mais lenta da economia, os preços não aumentaram tanto. No final do ano passado, a Zona Euro já registava uma inflação na casa dos 5% e Portugal de apenas 2,8%.

Este ano, como a economia portuguesa está a recuperar mais do que as outras, a inflação chegou em força em Portugal. Em abril e em maio, já tínhamos um nível de inflação igual ao da Zona Euro, mas no mês de junho Portugal ultrapassou mesmo a média europeia.

Segundo os dados publicados ontem pelo INE, em junho, a inflação em Portugal atingiu os 8,7%, a marca mais elevada desde dezembro de 1992. A inflação harmonizada, aquela que serve de referência para comparação com os outros países, bateu nos 9%.

E porque é que a inflação harmonizada em Portugal já é muito maior do que a inflação normal (medida pelo IPC)? Por causa do aumento do número de turistas em Portugal. A diferença entre as duas inflações resulta sobretudo da inclusão na estrutura da inflação harmonizada (medida pelo IHPC) da despesa realizada pelos não residentes (basicamente turistas), parcela esta excluída do âmbito do IPC.

Na Europa, em junho, soube-se hoje, a inflação disparou para os 8,6%, um nível recorde desde a introdução da moeda única, mas mesmo assim abaixo dos 9% registados em Portugal.

Inflação portuguesa volta a superar Zona Euro

Fonte: Eurostat

No entanto, é importante dizer que a média da inflação da Zona Euro é uma média ponderada, onde as maiores economias pesam mais do que as pequenas. A inflação que no último mês baixou na Alemanha (para 8,2%) e subida dos preços mais modesta em França e na Itália (6,5% e 8,5%, respetivamente), ajudam a explicar a média da Zona Euro de “apenas” 8,6%.

Mas se olharmos para o ranking dos 19 países que partilham o euro como moeda, há 12 países com uma inflação maior do que a portuguesa e seis com inflação mais baixa.

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Quase metade dos apoios Covid pagos à saúde em 2020 foram a privados

Os apoios da Segurança Social para os prestadores de saúde, no âmbito das medidas excecionais Covid-19, "totalizaram 76,8 milhões de euros em 2020", revela o INE.

No primeiro ano da pandemia, a Segurança Social pagou apoios no valor de 76,8 milhões de euros aos prestadores de cuidados de saúde. Quase metade deste valor foi pago aos prestadores privados de cuidados de saúde em ambulatório, segundo a Conta Satélite da Saúde divulgada pelo INE esta sexta-feira.

Os apoios no âmbito das medidas excecionais Covid-19 “totalizaram 76,8 milhões de euros em 2020, cerca de 48% foram pagos aos prestadores privados de cuidados de saúde em ambulatório”, indica o INE.

Já no ano seguinte, o montante dos apoios da Segurança Social pagos aos prestadores caiu para menos de metade. “Estima-se que em 2021 tenham sido atribuídos 34,6 milhões de euros“, segundo o gabinete de estatísticas. É de recordar que o ano de 2021 ainda foi marcado por vários confinamentos e medidas de restrição, apesar de ter também avançado um esforço de vacinação da população.

A pandemia influenciou também a despesa em saúde, tanto pública como privada, em 2021. A despesa corrente pública terá crescido 11,0%, segundo as estimativas do INE, o que reflete o “aumento da despesa associada com o combate à pandemia e a retoma da assistência em áreas não Covid-19”. Para este desempenho contribuíram ainda fatores como o aumento de 17,1% no consumo intermediário (vacinas, testes Covid-19, produtos e outros) e o aumento de 5,8% nos custos com pessoal (novas admissões, horas extraordinárias e aumentos salariais) de prestadores públicos.

Já do lado dos privados, o aumento é maior, derivado também deste segmento ter registado um decréscimo de 5,5% no ano anterior. A subida da despesa corrente privada terá sido de 14,7% em 2021, o que se deveu principalmente ao “aumento da atividade assistencial de prestadores, nomeadamente hospitais, prestadores de cuidados de saúde ambulatoriais, serviços auxiliares e vendas de produtos médicos”.

Despesa corrente na saúde, pública e privada

Desta forma, olhando para o total, “a despesa corrente em saúde cresceu 12,2%, atingindo 11,2% do PIB (mais 0,7 p.p. do que em 2020), o nível mais elevado da série disponível iniciada em 2000″, avança o INE. “A manutenção da situação pandémica e a recuperação da atividade assistencial dos prestadores contribuíram para o aumento significativo da despesa corrente pública (+11,0%) e privada (+14,7%)”, explicam.

O peso da componente pública na despesa total em saúde recuou em 2021, mas continua a representar dois terços do total. Em 2020, representou 66,8% da despesa corrente, o maior peso relativo desde 2011 (67,5%), enquanto para 2021 se prevê um decréscimo de 0,7 p.p. no peso da despesa corrente pública em comparação com a despesa privada, para 66,1%.

Os dados mostram ainda que em 2020, o Serviço Nacional de Saúde, bem como o regional, aumentaram o financiamento aos hospitais públicos em 14,7% e diminuíram os gastos com hospitais privados em 18,7%, o que se deve em grande parte à redução de gastos com as Parcerias Público-Privadas, que têm sido terminadas nos últimos anos.

Já a despesa das famílias em saúde recuou 6% em 2020, nomeadamente pelo menor recurso aos hospitais mas também devido à isenção de algumas taxas moderadoras. Já em 2021, a despesa das famílias deverá em saúde deverá crescer 15,4%, nomeadamente com a recuperação após a Covid-19.

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Candidaturas às bolsas “Women in Science” da Feedzai estão abertas

Esta iniciativa pretende apoiar os estudos de alunas inscritas em mestrados e doutoramentos no IST, com o objetivo de promover o papel das mulheres em áreas científicas.

As candidaturas para as bolsas “Women in Science – Scholarship program at Técnico”, da Feedzai em conjunto com o Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa (IST), que pretendem apoiar os estudos de alunas inscritas em mestrados e doutoramentos, já estão abertas. O objetivo desta iniciativa é promover o papel das mulheres em áreas científicas. As interessadas têm até ao final de agosto para submeter a sua candidatura.

“A Feedzai incorporou a rede de parceiros do Instituto Superior Técnico em 2019, por ser uma escola excecional, cuja excelência de ensino é reconhecida a nível nacional e internacional. Enquanto empresa, sempre investimos em engenharia e ciência e, enquanto docentes, sempre vivemos e sentimos estas áreas e estamos muito conscientes do papel determinante que têm na sociedade. E é com muito orgulho que podemos ajudar a financiar boa ciência e a reter talento em Portugal”, afirma Pedro Bizarro, cofundador e chief science officer da Feedzai, em comunicado

Podem candidatar-se às bolsas de estudos alunas, estudantes do sexo feminino, que procurem prosseguir estudos e desenvolver atividades de investigação.

No caso de alunas de mestrado, as estudantes devem estar inscritas num curso de mestrado do Técnico nas áreas científicas de Inteligência Artificial, Arquiteturas e Sistemas Operativos ou Sistemas de Informação.

Já no caso das alunas de doutoramento, as estudantes devem estar inscritas ou matriculadas num curso de doutoramento do Técnico nas áreas científicas de Visualização de Dados, Classificação Supervisionada, Inteligência Artificial Ética, Auto Machine Learning, Machine Learning Ops, Transfer Learning, Sistemas Cloud, Sistemas Distribuídos, Sistemas de Alto Desempenho, ou outros temas similares.

Ambas as bolsas só serão ativadas após as selecionadas possuírem matrícula ativa num curso de mestrado ou de doutoramento no ano letivo de 2022/23.

Datas importantes (para ambos os casos)

  • Fase de candidaturas: 1 de julho a 31 de agosto
  • Seleção dos candidatos: 1 a 15 de setembro
  • Comunicação dos resultados: 19 a 22 setembro
  • Assinatura do contrato: a partir de 24 de setembro

As interessadas devem submeter a sua através do envio do seguinte formulário.

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Produção industrial inverte quebra homóloga e sobe 3% em maio

  • Lusa
  • 1 Julho 2022

Em termos mensais, o índice de produção industrial recuou 0,6% em maio, após ter descido 2,1% no mês anterior.

O índice de produção industrial aumentou 3% em maio, face ao mesmo mês de 2021, recuperando da quebra homóloga de 1,3% registada em abril, anunciou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em comunicado, o INE refere que, excluindo o agrupamento de energia, a variação do índice foi de 4,7%, o que compara com o recuo de 0,6% do mês anterior.

Quanto à taxa de variação da secção das indústrias transformadoras, situou-se em 3,9% (-1,0% em abril).

Segundo o INE, todos os grandes agrupamentos industriais apresentaram variações homólogas positivas, exceto o de energia, sendo que o agrupamento de bens de consumo apresentou “o contributo mais influente” para a variação do índice total, de 2,2 pontos percentuais, originado por uma taxa de variação de 6,5% (1,1% no mês anterior).

Por sua vez, os agrupamentos de bens intermédios e de bens de investimento contribuíram com 1,0 e 0,7 pontos percentuais, respetivamente, para o crescimento do índice agregado, em resultado de variações homólogas de 2,8% e 5,1% (variação nula e -5,9%, em abril), pela mesma ordem.

Já o único contributo negativo (-0,9 pontos percentuais) partiu do agrupamento de energia, que passou de uma taxa de variação de -4,6%, em abril para -5,1% no mês em análise.

Em termos mensais, o índice de produção industrial recuou 0,6% em maio, após ter descido 2,1% no mês anterior.

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Norte e Lisboa entre os destinos europeus que mais perderam reservas de dormidas online

As reservas de alojamento através do Airbnb, Booking, Expedia e Tripadvisor na União Europeia ainda não recuperaram totalmente da pandemia de Covid, mostram dados do Eurostat relativos a 2021.

Um total de 364 milhões de noites foram passadas em 2021 em alojamentos de curta duração reservados nas plataformas online Airbnb, Booking, Expedia e Tripadvisor no espaço da União Europeia. Apesar da recuperação de 34% face a 2020, fica ainda 29% abaixo das 512 milhões de noites registadas em 2019, antes da pandemia.

Os dados disponibilizados esta sexta-feira pelo Eurostat, por via de um acordo de partilha de dados firmado entre o gabinete de estatísticas europeu com estas quatro plataformas digitais, mostra que as reservas turísticas foram penalizadas sobretudo pelo arranque do ano passado, que coincidiu com uma vaga de infeções por Covid-19 em vários países, incluindo Portugal.

Os registos melhoraram na segunda metade de 2021, o que permitiu recuperar perto de um terço das perdas provocadas pelas restrições do coronavírus. Nos dois meses mais relevantes a nível turístico, as reservas de dormidas online já se aproximaram dos níveis pré-pandemia, representando em julho e em agosto 85,9% e 91,2% dos respetivos registos de 2019.

Este mapa disponibilizado pelo Eurostat permite ainda verificar que foram as cidades europeias com maior número de turistas que mais sofreram, como Praga, Budapeste ou Viena. Assim como algumas regiões do sul da Europa mais expostas ao turismo, como a Catalunha (Espanha), Lazio (Itália), o Norte de Portugal ou Lisboa e Vale do Tejo, que evidenciam perdas superiores a 45% neste período comparativo.

Em Portugal, de acordo com os dados revelados esta segunda-feira pelo INE na estimativa preliminar da Conta Satélite do Turismo para 2021, depois de o colapso da atividade turística no primeiro ano da pandemia ter explicado três quartos da queda histórica de 7,6% do PIB em 2020, o turismo contribuiu “em pouco mais de um terço para a recuperação em 2021”, ano em que a riqueza criada no país cresceu quase 5%.

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Valência dá 5.500 euros por trabalhador às empresas que implementem semana de quatro dias

O compromisso empresarial de reduzir a jornada laboral, sem alterar os salários, deverá afetar um número definido de pessoas, consoante o número de elementos da equipa.

Valência vai oferecer cerca de 5.500 euros por colaborador às empresas que implementem a semana de trabalho de quatro dias e mantenham os salários. O principal requisito para aceder a este incentivo monetário é que a organização tenha a sua sede localizada na região.

Durante o primeiro ano do programa, a subvenção será de 5.492,19 euros por cada trabalhador incorporado no plano de redução da jornada laboral para 32 horas semanais. A partir do segundo ano, o valor fixado é de 2.746,10 euros por cada colaborador e de 1.373 euros durante o terceiro mês, detalha o El Español (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Tendo em conta a duração máxima do programa (três anos), o valor máximo da subvenção que uma empresa poderá receber será de 9.611 euros por trabalhador. A convocatória, publicada esta quinta-feira, define ainda um valor máximo por empresa, que não deverá ultrapassar os 200.000 euros por plano, estabelecido a três anos.

O compromisso empresarial de reduzir a jornada laboral deverá afetar um número definido de pessoas, consoante o número de elementos da equipa. Em empresas com menos de dez pessoas, o plano deve incluir 30% da equipa. A mesma percentagem é exigida para companhias que contem com até 49 colaboradores. Já para empresas com mais de 50 trabalhadores, o valor mínimo obrigatório estabelecido desce para os 20%.

Em Espanha, o Governo está a avançar com um programa de apoio às empresas — com 10 milhões de euros previstos no Orçamento de Estado — que queiram implementar a semana de 4 dias como modelo de trabalho. O programa-piloto, que arranca este mês de julho, abrange cerca de 160 empresas e mais de 3.000 colaboradores.

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Empréstimo do PRR atira dívida pública para recorde de 280,4 mil milhões

Dívida pública aumentou 1,2 mil milhões de euros em maio, atingindo um novo valor recorde de 280,4 mil milhões. Empréstimo da Comissão Europeia ajuda a explicar subida.

O empréstimo de 600 milhões de euros concedido em maio pela Comissão Europeia ao abrigo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência atirou a dívida pública de Portugal para um novo valor recorde de 280,4 mil milhões de euros.

Foi precisamente a 9 de maio que Bruxelas pagou a primeira tranche do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) a Portugal, passando um cheque de 1,16 mil milhões de euros que se repartiram entre 553 milhões em subvenções (pagamento a fundo perdido) e 609 milhões de empréstimos.

O Banco de Portugal explica agora que o empréstimo do PRR foi um dos principais responsáveis pelo aumento do endividamento público de 1,3 mil milhões de euros em maio. “Este acréscimo refletiu, essencialmente, o empréstimo concedido pela Comissão Europeia ao abrigo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (600 milhões). Adicionalmente, registaram-se emissões líquidas positivas de títulos de dívida (400 milhões de euros) e o aumento de responsabilidades em depósitos (300 milhões)”, detalha a instituição.

Dívida pública atinge valor recorde em maio

Fonte: Banco de Portugal

Portugal vinha registando uma tendência de redução da dívida pública até ao final de 2019, mas a pandemia veio interromper esta tendência com o Governo a ser obrigado a endividar-se para apoiar as famílias e as empresas que foram duramente afetadas pelos sucessivos confinamentos.

O Banco de Portugal adianta que os depósitos das administrações públicas aumentaram 2,7 mil milhões de euros em maio, pelo que, “deduzida desses depósitos, a dívida pública diminuiu 1,3 mil milhões de euros, para 254,7 mil milhões de euros”.

Em 2021, o rácio do endividamento público — o indicador de sustentabilidade da dívida pública mais importante para os mercados financeiros — desceu, passando de 135,2% do PIB para 127,5%, ficando acima da previsão do Governo (126,9%). Portugal inverteu assim a tendência de subida provocada pela pandemia, mas continua longe dos níveis registados em 2019 (116,6%). São 10,9 pontos percentuais que separam ainda 2019 e 2021 nesta ótica.

No primeiro trimestre de 2022, o rácio voltou a cair, fixando-se em 127% do PIB, com o crescimento económico a amparar a subida da dívida em termos brutos. O objetivo do Governo é chegar ao final do ano com o rácio nos 120,7%. O programa eleitoral dos socialistas apontava para uma dívida pública abaixo dos 110% do PIB até 2026, ou seja, abaixo do valor pré-pandemia daqui a quatro anos.

Rácio da dívida cai

Fonte: Banco de Portugal

A expectativa do Governo é que a redução do endividamento público e do défice contribuam para uma gradual melhoria do rating da República ainda este ano, apesar do impacto da guerra, aceleração da taxa de inflação e da subida dos custos de financiamento.

(Notícia atualizada às 11h38)

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Estes são os cinco produtos que mais encareceram desde a guerra

Deco revela que o preço de um cabaz de produtos essenciais encareceu cerca de 20 euros desde o início da guerra, superando já os 203 euros. Conheça os produtos que mais aumentaram de preço.

O preço de um cabaz de produtos essenciais encareceu cerca de 20 euros desde o início da guerra na Ucrânia, totalizando já 203,72 euros. A pescada fresca, o salmão, o óleo alimentar, o frango e a bolacha Maria foram os cinco produtos que mais aumentaram desde então, com disparos superiores a 26%, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).

A invasão russa à Ucrânia veio acelerar ainda mais a subida de preços da energia e transportes, agravando a escalada de preços das matérias-primas. Esta tendência reflete-se já na taxa de inflação em Portugal, que em junho atingiu 8,7%, o valor mais elevado desde 1992, e reflete-se também a nível europeu, com os preços a registarem uma aceleração de 8,6% na Zona Euro no mês passado, um máximo de duas décadas.

Se a 23 de fevereiro, um dia antes de o conflito eclodir, o cabaz monitorizado pela Deco custava 183,63 euros, na quarta-feira já custava 203,72 euros, o que representa um aumento de 10,94% (mais 20,09 euros). Em causa está a monitorização feita desde final de fevereiro a 63 produtos alimentares essenciais, que incluem o peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga.

Entre os produtos que registaram o maior aumento de preço desde o início da guerra e até à passada quarta-feira, a Deco destaca a “pescada fresca (mais 46%), o salmão (mais 40%), o óleo alimentar 100% vegetal (mais 38%), o frango inteiro (mais 31%), a bolacha Maria (mais 26%), a farinha para bolos (mais 23%), o bife de peru (mais 21%), o café torrado moído (mais 21%), o arroz carolino (mais 21%) e a costeleta de porco (mais 20%)”.

Perante a análise destes dados, é possível concluir que as oscilações de preço são variáveis. Na última semana, entre 22 e 29 de junho, o custo do cabaz de bens essenciais voltou a aumentar ligeiramente, tendo encarecido 1,73 euros (mais 0,86%) para 203,72 euros, face aos 201,98 euros estimados a 22 de junho. Não obstante, entre as semanas analisadas, o maior aumento semanal foi registado entre 9 e 16 de março. Nessa semana, o mesmo cabaz encareceu 7,94 euros, passando a custar 191,58 euros, face aos 183,64 euros estimados a 9 de março.

Entre os produtos que sofreram a maior variação de preço na última semana, a Deco destaca “os os cereais (mais 15%), o carapau (mais 14%), a couve-flor (mais 12%), o tomate (mais 12%), a alface frisada (mais 10%), os brócolos (mais 8%), a curgete (mais 8%), a pescada fresca (mais 8%), a cenoura (mais 7%) e a massa esparguete (mais 7%)”.

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Nervo e Máquina voltam a juntar-se no Sumol Summer Fest: “é o que és”

  • BRANDS' ECO
  • 1 Julho 2022

A Ericeira é novamente palco do Sumol Summer Fest e nesta edição o festival "é o que és". É esta a atitude que as agências levam ao Ericeira Camping para celebrar a idiossincrasia do público Sumol.

O Sumol Summer Fest está de volta à Ericeira nos dias 1 e 2 de julho. O evento volta a ter criatividade da NERVO e produção d’A Máquina, uma parceria que se revelou vencedora na sua última edição, sendo esta a primeira vez que a nova identidade do festival – desenvolvida pela NERVO em 2020 – ganha vida no terreno.

Dos imponentes novos pórticos e palco aos elementos de menor dimensão como sinalética e merchandising, o mais importante festival da marca ganha uma renovada vida debaixo do conceito “É O QUE ÉS”, demonstrando que orgulhosamente se molda aos gostos e referências do seu público alvo – pois sem este, o festival não existiria.

Miguel Pires, Creative Partner da NERVO, começa por dizer: “Sumol mantém-se uma marca genuína e alinhada com o seu público-alvo, valorizando a sua autenticidade. Neste ano, decidimos celebrar aquilo que faz cada com que cada pessoa seja ela própria, especialmente no contexto de um festival: «Montas a tenda mas dormes na rua? Chegas cedo mas não vês nenhum concerto? Vais com um grupo de amigos mas voltas com outro?» – as pessoas são como são e é isso que faz com que o Sumol Summer Fest seja aquilo que é – em cima do acontecimento, flexível, moldado às escolhas de cada um. No fundo, o festival «É O QUE ÉS» – atitude que se refletirá um pouco por todo o recinto.” Prova disso são os spots de make-up (em parceria com a “Quem disse, Berenice?”) e de tatuagens (Espaço VIP) que existirão também no recinto, pensados para evidenciar as individualidades de cada um que por ali passar.

Mas nem só de atitude vive o Sumol Summer Fest – há também novos sabores para descobrir. A zona de ativação, que contará com um conjunto de claw machines para premiar todos os que por ali passarem, irá promover a edição especial Sumol Laranjas do Algarve, a aposta de verão da marca.

Tiago Tarracha, Managing Partner da NERVO afirma: “Todos os anos a marca aposta num novo sabor para promover no festival, e nós apostamos em fazê-lo chegar da forma mais interessante ao seu público-alvo. A zona de ativação reservada para a marca é por norma o local escolhido para o fazer, e neste ano não passará indiferente aos olhos de ninguém pela enorme mancha laranja que irá criar.”

Já no espaço VIP, damos palco à economia circular, onde todo o mobiliário utilizado será parte da coleção que a marca criou para destacar a responsabilidade que cada um de nós tem no que diz respeito à sustentabilidade – desenvolvida com materiais Sumol reutilizados. Aqui vamos também poder encontrar os vencedores do concurso de criatividade lançado pela marca, que resultou numa coleção de posters dedicada ao festival.

Sobre a NERVO: a NERVO propõe-se ser o elo de ligação entre pessoas e marcas, posicionando-se como um híbrido entre uma unidade de ativação e uma produtora de eventos – um hub de Brand Entertainment. Esta unidade pertence ao WYgroup e complementa as várias valências do maior grupo português independente de marketing e serviços digitais. Executive Partners: Miguel Pires, Tiago Tarracha.

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Bosch abre portas em Aveiro e Braga para atrair talentos. Tem mais de 350 vagas

A companhia tem até 2023 objetivos ambiciosos ao nível de recrutamento no mercado nacional: o objetivo é contratar mais 1.100 pessoas para Braga.

A Bosch está à procura de novos talentos para reforçar as suas equipas de I&D em Portugal e, este mês de julho, abre as portas das suas unidades de Aveiro e Braga para realizar ações de recrutamento para captar profissionais das áreas de Engenharia Mecânica, Software e Hardware. Até 2023 a companhia quer contratar mais de 1.100 pessoas. Até ao final do ano tem mais de 350 vagas por preencher.

“Queremos contratar tantas pessoas quanto possível, uma vez que temos mais de 350 vagas por preencher até ao final do ano“, adianta fonte oficial da empresa.

A companhia tem até 2023 objetivos ambiciosos ao nível de recrutamento no mercado nacional. “Até 2023 o objetivo é contratar mais 1.100 pessoas para Braga. Temos mais 300 novos postos de trabalho para ocupar entre 2023 e 2024 na fábrica de Aveiro, à boleia da nova linha de produção de bombas de calor que será instalada nesta unidade produtiva, e mais cerca de 50 na de Ovar até ao final deste ano”, adianta a mesma fonte.

Contornos da ação

Sob o mote “Work #LikeABosch Experience” a empresa vai realizar, a 2 e 9 de julho, em Aveiro, uma ação de recrutamento para selecionar especialmente perfis ligados, por exemplo, à Engenharia Mecânica, dado o foco na nova equipa de desenvolvimento de bombas de calor, área estratégica para o Grupo Bosch a nível mundial.

Segue-se, a 7 e 8 de julho, na unidade de Braga, uma nova ação dedicada a encontrar perfis dirigidos para a área de mobilidade e condução autónoma.

A participação nos recruitment days da Bosch é limitada — 25 pessoas — e os interessados em participar devem submeter online a sua candidatura até 30 de junho.

“Nestes eventos de recrutamento temos um limite de 25 pessoas por evento, também para poder proporcionar uma experiência de maior proximidade a todos os participantes”, explica fonte oficial da empresa à Pessoas.

Os encontros visam não só dar a conhecer os potenciais candidatos as oportunidades de trabalho disponíveis, mas também “proporcionar uma experiência diferenciadora aos participantes” dando a conhecer o conceito “Work #LikeABosch”, que reflete o posicionamento da empresa e o seu employer value proposition.

“Numa altura em que existe uma acentuada competitividade pela captação de determinados perfis especializados, para a Bosch é fundamental que estes eventos sirvam igualmente para transmitir as propostas de benefícios da política de employer branding da empresa, que além do fator remuneração, assenta também em valores tão fundamentais como a importância do bem-estar e motivação das pessoas, o crescimento profissional e as inúmeras oportunidades ao longo das várias etapas da vida profissional, a flexibilidade em termos de gestão de tempo, e o equilíbrio entre a sua vida profissional e privada”, destaca a companhia em comunicado.

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Governo “privatiza” salários e recrutamento dos administradores do Banco de Fomento

Salários da administração do Banco de Fomento passam a ser definidos em assembleia geral, não se aplicando à instituição as regras dos gestores públicos no capítulo das remunerações e contratações.

Os salários da administração do Banco Português de Fomento (BPF) vão passar a ser fixados em assembleia geral. Esta é uma das alterações introduzidas às regras do funcionamento do banco, agora liderado por Celeste Hagatong e Ana Carvalho, que visam libertá-lo dos constrangimentos introduzidos pelo estatuto do gestor público.

As remunerações dos membros do órgão de administração do BPF são fixadas pela respetiva assembleia geral, nos termos previstos no RGICSF, tendo em conta, designadamente, a natureza e finalidade do BPF”, pode ler-se no decreto-lei publicado esta sexta-feira em Diário da República. E, por isso, é o banco que “define as políticas e práticas de remuneração”.

O decreto-lei determina que todo o capítulo que regula as remunerações dos gestores públicos não se aplica ao Banco de Fomento. O primeiro artigo desse capítulo determinava que o vencimento mensal de gestor público “não pode ultrapassar o vencimento mensal do primeiro-ministro”. Uma restrição que desde sempre dificultou a escolha dos elementos para a administração do banco e que chegou a ser alterada para permitir alguma margem de manobra.

A decisão de equiparar a contratação das equipas de gestão à banca normal foi tomada no Conselho de Ministros de 15 de junho. O secretário de Estado da Presidência, André Moz Caldas, explicou que o objetivo das alterações foi “para que os administradores do Banco de Fomento possam estar nas mesmas condições concorrenciais do ponto de vista de recrutamento dos administradores das outras entidades a que o Banco de Fomento se equipara quer no setor público quer no setor privado, isto é às instituições de crédito e às entidades financeiras”.

Assim, o decreto-lei publicado esta sexta-feira determina que deixa de ser competência do membro do Governo responsável pelo banco “a definição do perfil, experiência profissional e competências de gestão adequadas às funções do cargo“. Também a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap) deixa de ter dar luz verde aos nomes em cima da mesa.

As regras gerais do estatuto do gestor público ainda se aplicam ao banco, mas há detalhes em que isso não acontece. É, por exemplo, o caso das regras de nomeação.

Os gestores públicos são designados por nomeação ou por eleição. A nomeação é feita mediante resolução do Conselho de Ministros, devidamente fundamentada e publicada no Diário da República, sob proposta dos membros do Governo responsáveis pela área das finanças e pelo respetivo setor de atividade.

A proposta deve ser acompanhada de avaliação, não vinculativa, de currículo e de adequação de competências ao cargo de gestor público da personalidade a que respeita a proposta de designação, realizada pela Cresap, que pode realizar entrevista de avaliação de competências exigíveis ao exercício das funções de gestor público e aplicar outros métodos de avaliação. São quatro das regras que deixam de se aplicar à administração do Banco de Fomento.

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