Novas medidas abrangem 60 mil professores, garante ministro da Educação

  • Mariana Marques Tiago e Joana Abrantes Gomes
  • 22 Março 2023

Governo propôs aos sindicatos a isenção da obrigatoriedade de vagas para aceder aos 5.º e 7.º escalões, bem como a redução de um ano no escalão para os professores em pontos mais altos da carreira.

O ministro da Educação, João Costa, disse esta quarta-feira que não haverá vagas no acesso ao 5.º e ao 7.º escalão, o que permitirá “no imediato” que 60 mil professores recuperem o tempo de serviço. Um número que corresponde aos docentes que se encontram atualmente entre o primeiro e o sexto patamar da carreira.

Esta medida, anunciada após uma nova ronda de negociações entre o Ministério e as organizações sindicais, tem um custo de 161 milhões de euros, segundo o governante adiantou em declarações aos jornalistas.

O fim das vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões da carreira docente tem sido uma das principais reivindicações dos sindicatos de professores, sendo que, na reunião anterior, o ministro João Costa já tinha admitido que a proposta estaria em cima da mesa.

De acordo com a Federação Nacional de Professores (Fenprof), cerca de 6 mil professores ficaram parados na carreira docente em 2022 por causa da obrigatoriedade da existência de vagas. Agora, para serem eliminadas, será necessário alterar o Estatuto da Carreira Docente (ECD), no qual estão consagradas.

O Governo estabelece como universo de referência os professores que estavam em funções a 30 de agosto de 2005 (data de início do primeiro congelamento na carreira docente) e que tenham nove anos, quatro meses e 18 dias de tempo congelado.

Outra medida proposta pelo Ministério é para aqueles professores que já estavam posicionados em pontos mais altos da carreira. “Aquilo que propusemos foi a redução de um ano no escalão em que se encontram para terem também uma progressão mais rápida“, afirmou.

Quanto aos sindicatos, o ministro disse que “mantêm a sua posição de recuperação total do tempo de serviço”. João Costa disse ainda que ficou marcada uma nova reunião entre sindicatos e Ministério para o dia 5 de abril “já com as propostas de texto legislativo” para cada medida apresentada esta quarta-feira.

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Câmara de Lisboa aprova loja da Mercadona no Lumiar, a primeira na capital portuguesa

Retalhista espanhola garante primeiro espaço na capital para a construção de um supermercado. Edifício na Quinta do Lambert terá dois pisos e uma área comercial de 3.422 metros quadrados.

Está dado o primeiro passo para a abertura de um supermercado da Mercadona na cidade de Lisboa. A autarquia liderada por Carlos Moedas aprovou esta quarta-feira por maioria um “parecer favorável condicionado de pedido de informação prévia para viabilidade de obras de alteração” num espaço comercial localizado na Quinta do Lambert, na freguesia do Lumiar.

De acordo com a proposta submetida à Câmara de Lisboa pela Irmãdona Supermercados, em março de 2021, a retalhista de origem espanhola pretende fazer obras de ampliação nos pisos -1 e 0 de um edifício destinado a comércio e serviços – “essencialmente obras interiores” e sem mexer no número de pisos –, que ficará com uma área comercial de 3.422 metros quadrados, além de construir uma rotunda para acesso à loja.

Votada em reunião de Câmara, a proposta colheu os votos favoráveis do PS, da coligação de direita Novos Tempos, do Livre e dos deputados Rui Franco e Floresbela Pinto. O PCP e o Bloco de Esquerda votaram contra.

O parecer favorável à realização das obras neste imóvel que abrange as ruas Agostinho Neto e Amílcar Cabral está condicionado à “formalização subsequente de dois pedidos de licenciamento – um para as alterações ao edifício e outro para as obras de urbanização necessárias” e à “dispensa da cedência de áreas para espaços verdes e de utilização coletiva e equipamentos de utilização coletiva, mediante o pagamento da devida compensação urbanística, por se tratar de operação de impacto relevante ou semelhante a loteamento”.

Efetivamente faz parte dos estudos que levamos a cabo em todo o país, com o objetivo de prosseguir com o plano de expansão.

Fonte oficial da Mercadona

Contactada pelo ECO, fonte oficial da Mercadona respondeu que este espaço junto ao Estádio de Alvalade “efetivamente faz parte dos estudos que [leva] a cabo em todo o país, com o objetivo de prosseguir com o plano de expansão”. Não confirma, porém, que esta venha mesmo a ser a primeira loja a abrir na capital portuguesa, nem indica uma estimativa para o arranque das obras ou de data para a abertura ao público.

Depois das dez aberturas concretizadas no ano passado (entre as quais a primeira no distrito de Lisboa, em Oeiras), o que elevou para 39 o número total de espaços em Portugal – o primeiro a ser inaugurado deste lado da fronteira, em julho de 2019, foi em Canidelo, Vila Nova de Gaia –, a empresa de Valência prevê acrescentar mais uma dezena de lojas em 2023. Mercês (Sintra), Alverca, Torres Vedras, Massamá (Sintra), Corroios (Seixal) e Figueira da Foz são as localizações já confirmadas.

A companhia, que no último trimestre de 2022 ultrapassou o Minipreço no ranking do retalho alimentar em Portugal, onde já emprega 3.500 pessoas, conta investir este ano mais 280 milhões de euros em Portugal. Este montante inclui a expansão da rede de lojas e a construção de um bloco logístico em Almeirim, que deverá entrar em funcionamento em 2024 e que vai suportar os planos de crescimento no sul do país.

A Mercadona fechou o ano passado com um volume de vendas de 737 milhões de euros no mercado português, o primeiro de internacionalização da cadeia, uma subida de quase 78% em termos homólogos. Apesar da evolução positiva das receitas, a operação é ainda deficitária. “Em 2022 perdemos em Portugal 50 milhões de euros – no ano anterior esse valor era de 64 milhões de euros. Em 2024 chegaremos ao equilíbrio”, antecipou o CEO, Juan Roig.

Sede da Mercadona em PortugalMercadona

Na conferência de imprensa de apresentação de resultados, realizada na terça-feira da semana passada, o grupo que lidera o retalho alimentar no país vizinho anunciou ainda ter comprado cerca de 789 milhões de euros a fornecedores portugueses durante o ano passado, e contribuído com 93 milhões de euros em impostos através da Irmãdona Supermercados, que tem sede em Vila Nova de Gaia.

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Aquila Capital garante mais de 500 milhões de euros de capital em fundo europeu de energias renováveis

A Aquila Capital gere cerca de 15 mil milhões de euros para investidores institucionais em todo o mundo, somando 17 gigawatts (GW) de capacidade.

O fundo europeu de energias renováveis Aquila Capital ultrapassou, no final de 2022, o patamar de 500 milhões de euros de capital assegurado.

De acordo com o comunicado divulgado esta quarta-feira, a estratégia do EBRF (ou European Balanced Renewables Fund) gerido pela empresa de gestão de investimentos sustentáveis e desenvolvimento de ativos, com sede em Hamburgo, na Alemanha, assenta numa “carteira diversificada de ativos de energia limpa” em vários países da Europa continental, como Portugal, e ainda na Irlanda.

Atualmente, a Aquila Capital gere cerca de 15 mil milhões de euros de investidores institucionais em todo o mundo, somando 17 gigawatts (GW) de capacidade e cerca de 2 milhões de metros quadrados de projetos de imobiliário sustentável ou logística verde concluídos ou em desenvolvimento.

No comunicado, a empresa explica que “o EBRF procura investir em ativos nos locais onde a fonte de energia é mais abundante, aproveitando o vento nórdico e a energia solar fotovoltaica ibérica, e tem um posicionamento conservador, com uma baixa alavancagem financeira”.

Esta diversidade de fontes de rendimento é conseguida através da amplitude de tipos de contrato, explicam. “Enquanto os contratos de aquisição de energia (PPA, Power Purchase Agreements), de preço fixo, “dão maiores garantias e visibilidade dos ganhos”, os investimentos com maior exposição ao risco de mercado (“merchant financing”) “proporcionam uma correlação com o valor da inflação”.

“Esta combinação de estratégias permite uma proteção face a quedas nos preços da energia, ao mesmo tempo que preserva o potencial de subida, caso os preços aumentem”, indica o comunicado.

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Costa antecipa aumentos extraordinários na Função Pública

O primeiro-ministro anunciou que poderá rever os salários na Função Pública, tendo em conta a inflação. Além disso, anuncia que vão avançar apoios às famílias mais carenciadas.

O primeiro-ministro abre a porta a novos aumentos extraordinários aos funcionários públicos, admitindo que os “pressupostos” que serviram de base aos acordos com os sindicatos mudaram. Além disso, revela também que vão avançar apoios para as famílias com menores rendimentos e medidas para travar a subida dos preços dos alimentos.

António Costa assume que “há uma alteração dos pressupostos sobre os quais foram assinados acordos com a Função Pública em matéria de rendimentos dos trabalhadores“, no debate na Assembleia da República. Em causa, o facto de taxa de inflação média anual de 2022 ter sido superior à prevista pelo Governo. “Temos disponibilidade para haver uma revisão”, acrescenta.

Já sobre novos apoios, Costa salienta que o Governo está a aguardar “que, no final desta semana, seja confirmado o resultado da execução orçamental do ano passado para anunciar novas medidas de apoio às famílias mais vulneráveis.

No que diz respeito ao controlo da subida dos preços dos alimentos, “tendo em conta que estão claramente acima da média da inflação e de outros países”, o primeiro-ministro adianta que o Governo vai “trabalhar com o setor para agir sobre preços em diversas dimensões”.

Por um lado, vão avançar ajudas de estado à produção e, por outro, uma redução da fiscalidade, nomeadamente no IVA. Isto já que uma redução do IVA tem uma “enorme vantagem para as famílias relativamente a redução do IRS: tem efeito imediato e não diferido”. Costa ressalva, ainda assim, que é necessário ter um equilíbrio e “garantia que a redução da fiscalidade se traduz na estabilização de preços”.

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Portugueses vão pagar mais pela água no futuro, alerta Filipe Duarte Santos

  • Capital Verde
  • 22 Março 2023

Perante o agravamento da situação da seca e da escassez de água, o presidente do CNADS admite ser "inevitável" que a fatura da água venha a aumentar no futuro.

O presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável e relator do Painel Intergovernamental das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (IPCC) alerta que a água em Portugal não reflete o seu custo real e não descarta a eventual inevitabilidade de a fatura da água dos consumidores vir a encarecer no futuro.

Em entrevista à Renascença esta quarta-feira, Filipe Duarte Santos explica que “a forma como se vai calcular o preço da água daqui para a frente – sabendo que a tendência é de maior escassez de água – é uma questão de natureza social e política” e não tem ilusões de que um aumento do preço da fatura “é inevitável”.

E justifica: “se nós queremos evitar que haja uma escassez de água, teremos de fazer este percurso que outros países já fizeram, e estão a fazer, devido a essas alterações climáticas que provocam menos precipitação não só em Portugal, mas em Espanha, em Itália, na Grécia, todo o Mediterrâneo e noutras regiões do mundo” onde os períodos de seca prolongados são uma constante.

O responsável alerta ainda que, no futuro, a resposta às secas recorrentes estará na captação das chamadas “disponibilidades alternativas” de água que incluem águas residuais tratadas para a agricultura, “que absorve 76% do total da água consumida em Portugal”, e estações de dessalinização de água, como as que estão projetadas para o Algarve e para o Litoral Alentejano.

 

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BCE esteve “mal” ao continuar a subir taxas de juro, critica Costa

Primeiro-ministro regressou ao Parlamento para mais um debate sobre política geral, num momento em o pacote "Mais Habitação", os preços altos dos alimentos e as contas da TAP marcam a agenda política.

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Melhor oferta pelas ações da Bacalhôa ficou a metade do valor mínimo em leilão

Melhor proposta pelo lote de ações da empresa de vinhos de Berardo foi de apenas 687 mil euros, metade do valor mínimo que estava a ser pedido. Leilão surge na sequência da ação de execução do BCP.

O leilão de um lote de ações da Bacalhôa, a empresa de vinhos de Joe Berardo, terminou esta quarta-feira sem grande sucesso, com a última oferta a rondar apenas os 687 mil euros, cerca de metade do valor mínimo de 1,12 milhões de euros. Não deverá haver negócio.

Esta participação, correspondente a quase 2% do capital da Bacalhôa, estava em leilão desde o passado dia 23 de fevereiro, depois de o BCP ter avançado para a execução de duas empresas ligadas ao empresário madeirense, a Associação de Coleções e a Metalgest, por conta de uma dívida de dois milhões de euros.

Os interessados tinham até às 10h30 desta quarta-feira para apresentarem propostas. Agora, com os prazos encerrados, terá lugar a cerimónia de encerramento do leilão que está marcada para as 14h30, no Palácio da Justiça, em Lisboa. O banco não comenta o resultado do leilão.

A página do portal E-Leilões, onde a operação estava a decorrer, já alertava os interessados para o facto de existirem embargos pendentes relacionados com este processo que coloca frente-a-frente o BCP e Joe Berardo. Por outro lado, também avisava que era “da exclusiva responsabilidade dos interessados proponentes, a análise e interpretação da documentação disponibilizada, sem prejuízo das diligências que entendam efetuar na avaliação do bem a adquirir, assegurando-se que corresponde às expectativas”.

Como o ECO escreveu em janeiro, o BCP avançou para a penhora de bens das duas sociedades do universo de Joe Berardo, por via de uma ação de execução no valor de dois milhões de euros. Com a ação, o banco pode proceder de imediato à penhora de bens de ambas as sociedades sem precisar da autorização do juiz do processo, pois já há uma sentença em julgado. E só depois da penhora é que os executados são citados para se oporem, se quiserem.

Nos últimos anos, não só o BCP como também a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Novobanco têm avançado com várias ações contra empresas ligadas ao comendador por dívidas passadas. Na ação mais relevante, os três bancos tentam, em conjunto, executar a principal coleção de obras de arte de Joe Berardo – detida pela Associação Coleção Berardo – por conta de uma dívida de cerca de mil milhões de euros. Segundo a última avaliação pedida pelo comendador, a coleção encontra-se avaliada 1,8 mil milhões de euros.

Em maio do ano passado, Joe Berardo contra-atacou os bancos, reclamando em tribunal 900 milhões de euros, dos quais 800 milhões se destinam a compensar a fundação por se ter visto “despojada” do seu património para cobrir as dívidas contraídas junto dos bancos, enquanto outros 100 milhões visam para ressarcir o comendador por danos morais.

Com 300 trabalhadores, a empresa que tem explorações vitivinícolas nas principais regiões do país, incluindo o Douro, Dão, Bairrada, Azeitão e Alentejo, fechou 2021 com vendas de quase 50 milhões de euros, um acréscimo de 17% face ao ano anterior, de acordo com os documentos consultados pelo ECO.

Os lucros ascenderam a 2,1 milhões de euros, mais 25% em relação a 2020. A sociedade explica a melhoria das contas com a reabertura da economia após as restrições impostas pelas autoridades por conta da pandemia. A dívida líquida caiu quase 10% para 30,8 milhões de euros.

Liderada por Renato Berardo, filho de Joe Berardo, a Bacalhôa apostou em 2022 no crescimento nos mercados externos, nomeadamente na Europa, América e Ásia, do desenvolvimento do enoturismo e, no plano financeiro, na racionalização de custos, reforço dos capitais próprios e diminuição e diversificação da dívida.

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Quer ser bartender profissional? Tem até hoje para se inscrever neste curso gratuito

O objetivo de formação, que inclui 80 horas de estágio, é integrar os jovens na indústria hoteleira como bartenders profissionais.

A Diageo acaba de anunciar a 9.ª edição do programa ‘Learning for Life’ no Porto. O objetivo é formar jovens e dar-lhes a oportunidade de ingressar na indústria hoteleira como bartenders profissionais. O programa é gratuito e é compostos por 66 horas, distribuídas ao longo de três semanas, e 80 horas de estágio num estabelecimento da área de restauração e hotelaria. Os interessados têm até esta quarta-feira, dia 22 de março, para fazer a sua inscrição.

“O objetivo do programa ‘Learning for Life’ é combater o desemprego e oferecer oportunidades de emprego aos jovens e, simultaneamente, contribuir para a promoção de uma indústria hoteleira profissional e de qualidade. Queremos continuar a promover esta iniciativa que já formou mais de 100 jovens em Portugal”, afirma Ricardo Hernández, diretor de relações corporativas da Diageo Southern Europe, em comunicado.

Preparação de cocktails, competências especializadas, masterclasses e estágios em bares e restaurantes são algumas das valências deste curso. Os alunos recebem ainda sessões de orientação sobre outros temas ministradas por colaboradores voluntários da Diageo e pela SEA – Agência de Empreendedores Sociais, parceira deste projeto. A equipa de formadores é liderada por César Costa, que conta com mais de 14 anos de experiência como bartender e é formador neste projeto desde 2017.

O programa já formou mais de 100 jovens no nosso país e as edições anteriores registaram taxas de empregabilidade dos formandos de 75%, garante a Diageo.

Os interessados poderão inscrever-se através do email learning4life@seagency.org até dia 22 de março e o número de vagas é limitado.

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Iscte Executive debate competitividade da economia portuguesa

Iscte Executive Education debate competitividade da economia nacional com Rui Vinhas da Silva como key note speaker e empresas como a Navigator, Galp e Tabaqueira/Philip Morris International.

A competitividade da economia portuguesa e, em particular, das indústrias transformadoras, serve de mote para a conferência Investir em Portugal: Transformação, Inovação e Competitividade, a 30 de março, no Iscte Executive Education, em Lisboa, com o key note speaker Rui Vinhas da Silva, ex-presidente do Compete 2020.

Em destaque vão estar temas sobre transformação, inovação e competitividade com apresentação dos fatores críticos de sucesso da indústria nacional e de um estudo de caso sobre o setor relacionado com transformação de produtos de tabaco em Portugal, desenvolvido pelo Iscte Executive Education, a pedido da Tabaqueira/Philip Morris International.

O evento junta à mesa empresas de renome, como The Navigator Company, Galp e Tabaqueira/Philip Morris International. Em discussão vão estar os caminhos de futuro da indústria transformadora portuguesa que “passam pela transformação, inovação e atração de investimento“, avança o Iscte Executive Education.

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CEO da TAP ainda tem direito a bónus de desempenho, admite Galamba

Comissão executiva da TAP não pediu à tutela para fazer conferência de apresentação de resultados, adiantou ministro das Infraestruturas. João Galamba admite que CEO ainda pode receber bónus.

O Governo abre a porta ao pagamento do bónus de três milhões à ainda presidente da comissão executiva da TAP. O ministro das Infraestruturas, João Galamba, adiantou esta quarta-feira, no Parlamento, que Christine Ourmières-Widener pode ser compensada pelo desempenho na companhia nos últimos dois anos.

“Não disse que não receberia o bónus se fosse recuperado todo o dinheiro injetado. O que disse consta do acordado entre a Parpública e a ainda CEO da TAP no âmbito de processo de contratação: se os objetivos forem cumpridos e se o plano de reestruturação for um sucesso, a CEO tem o direito ao bónus. Eu e o ministro das Finanças dissemos na conferência de imprensa da semana passada que o Estado pagará o que tiver a pagar e não pagará o que não tiver a pagar”, respondeu o ministro ao deputado do PSD Paulo Rios de Oliveira durante audição parlamentar.

Se os objetivos forem cumpridos e se o plano de reestruturação for um sucesso, a CEO tem o direito ao bónus. Eu e o ministro das Finanças dissemos na conferência de imprensa da semana passada que o Estado pagará o que tiver a pagar e não a pagar o que não tiver a pagar

João Galamba

Ministro das Infraestruturas

Christine Ourmiére-Widener tem um salário bruto de cerca de 500 mil euros mas, devido aos cortes salariais no âmbito do plano de reestruturação, ganha 375 mil euros. E tem, além disso, direito a um prémio de desempenho que poderá atingir os três milhões de euros. No entanto, há uma alínea no contrato que determina a aprovação do bónus em assembleia geral, e poderá estar em causa a legalidade da acordo, adiantaram em fevereiro a CNN Portugal e o Jornal Económico.

A líder da TAP está em processo de saída, na sequência do relatório da Inspeção-Geral das Finanças relativamente ao pagamento da indemnização de meio milhão de euros à antiga administradora Alexandra Reis. “Foram identificadas falhas graves e a violação de normas legais” ao abrigo do Estatuto de Gestor Público, referiu João Galamba durante a audição.

O ministro esclareceu ainda que não houve conferência de imprensa de apresentação de resultados de 2022 porque “não foi pedido”. “Num cenário de transição, entendemos não fazia grande sentido uma conferência de imprensa de apresentação dos resultados. A tutela e a administração entenderam que isto era razoável”, detalhou, em resposta ao mesmo deputado social-democrata.

A TAP regressou aos lucros em 2022, registando resultados positivos de 65,6 milhões de euros e receitas recorde de 3,5 mil milhões de euros. Resultados que antecipam em dois anos o que está previsto no plano de reestruturação da empresa acordado com Bruxelas.

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Luís Lopes é o novo CEO da Vodafone Portugal. Mário Vaz vai ser CEO da Vodafone Espanha

A partir de 1 de abril, Mário Vaz deixa o cargo de CEO da Vodafone Portugal e assume o mesmo cargo na Vodafone Espanha. A posição deixada vaga na operadora portuguesa será ocupada por Luís Lopes.

Há novidades na liderança da Vodafone no mercado ibérico. A partir de 1 de abril, Mário Vaz deixa o cargo de presidente executivo da Vodafone Portugal e assume o mesmo cargo na Vodafone Espanha. A posição deixada vaga na operadora portuguesa será ocupada, no mesmo dia, por Luís Lopes, atual diretor de fibra e parcerias da Vodafone na Alemanha.

“A Vodafone Portugal anunciou hoje [22 de março] que, a partir de 1 de abril de 2023, o novo presidente executivo (CEO) da empresa será Luís Lopes. Depois de em 2014 ter ingressado no Grupo Vodafone, o gestor regressa a Portugal substituindo Mário Vaz, que assume, também a 1 de abril, o cargo de CEO da Vodafone Espanha”, revelou a empresa num comunicado.

Este anúncio representa um virar de página na história da operadora em Portugal. Mário Vaz comanda a Vodafone Portugal desde setembro de 2012, tendo, por isso, completado mais de uma década na função. No entanto, faz parte do universo da Vodafone em Portugal desde o início, tendo ingressado na operadora aquando da sua fundação, sob o nome Telecel, em 1992.

Para o lugar de Mário Vaz, a companhia de raízes britânicas escolheu um engenheiro de 50 anos, atualmente a trabalhar na Vodafone Alemanha, mas que, em Portugal, chegou a passar pela comissão executiva da PT Comunicações e foi administrador de operações da Nos antes de entrar no grupo Vodafone.

Luís Lopes (à esquerda) e Mário Vaz (à direita)

“A liderança da Vodafone Portugal é um desafio que me deixa honrado e que me permite continuar a contribuir para o crescimento do Grupo Vodafone, desta feita no meu país, onde o legado dos meus antecessores fez desta operação uma das mais bem-sucedidas e admiradas do grupo. É com entusiasmo e orgulho que substituo o meu colega Mário Vaz, responsável por uma década de reconhecidos resultados na Vodafone Portugal”, diz o próximo CEO da Vodafone Portugal, citado na mesma nota.

Numa mensagem interna, citada em comunicado, o ainda presidente da Vodafone no mercado português, Mário Vaz, garante que não perde a ligação à operação no país: “Tendo feito parte desta empresa desde o primeiro dia da sua presença no mercado até 31 de março de 2023, não há lugar a despedidas ou a sentimentos de saudade. Esta empresa tornou-me na pessoa que sou hoje e determinou de forma irreversível a minha forma de liderança atual e futura. Estou e estarei para sempre ligado a esta empresa e às pessoas que fizeram e fazem parte da mesma. Continuarei a acompanhar de muito perto o vosso percurso com um enorme sentimento de orgulho, com a alma cheia de gratidão, a saudável vaidade de ser um de vós e ter tido o privilégio de vos liderar nos últimos dez anos.”

A substituição acontece num momento de viragem também no próprio setor, à medida que as principais operadoras comerciais vão alargando a cobertura de 5G no país, depois de um longo leilão de frequências. Mais recentemente, a 30 de setembro do ano passado, a Vodafone Portugal deu um passo que, se aprovado pelos reguladores, poderá alterar significativamente a composição do mercado: apresentou uma oferta para comprar a concorrente Nowo. O negócio está, atualmente, sob avaliação da Autoridade da Concorrência.

Não é a primeira vez que um CEO da Vodafone Espanha transita diretamente do mesmo cargo em Portugal. Em 2012, António Coimbra, então CEO da Vodafone Portugal, foi nomeado CEO da Vodafone Espanha, uma transição que deu lugar a Mário Vaz, que se manteve até agora na liderança.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h32)

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Marcelo promulga lei das Ordens Profissionais

Marcelo Rebelo de Sousa já promulgou a Lei das Ordens Profissionais, que altera o regime jurídico das associações públicas profissionais, garantiu fonte do gabinete do chefe de Estado ao ECO.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou a Lei das Ordens Profissionais, que altera o regime jurídico das associações públicas profissionais, garantiu fonte do gabinete do chefe de Estado ao ECO/Advocatus. A promulgação acontece logo após a publicação em Diário da República, no dia 20 de março, do acórdão do Tribunal Constitucional (TC).

Foi no dia 27 de fevereiro que o Tribunal Constitucional se pronunciou pela constitucionalidade sobre a Lei das Ordens Profissionais. Esta decisão foi tomada por unanimidade e por o TC “não considerar desrespeitados” quaisquer princípios ou normas constitucionais. O pedido de fiscalização preventiva tinha sido feito por Marcelo Rebelo de Sousa no dia 1 de fevereiro.

“O Plenário do Tribunal Constitucional pronunciou-se na sessão sobre o pedido de fiscalização preventiva do Presidente da República, que pretende reforçar a salvaguarda do interesse público, a autonomia e a independência da regulação e a promoção do acesso a certas atividades profissionais, introduzindo alterações em diversas normas da Lei n.º 2013, de 10 de janeiro. O Presidente da República fundou o seu pedido na possibilidade de algumas das alterações sofrerem do vício de inconstitucionalidade material, por ofenderem os princípios da igualdade e proporcionalidade, a garantia do exercício de direitos políticos e o princípio da autorregulação das ordens profissionais”, sublinhou o TC em comunicado.

Para o Presidente da República, o decreto da Assembleia da República (AR) suscitava dúvidas relativamente ao “respeito de princípios como os da igualdade e da proporcionalidade, da garantia de exercício de certos direitos, da autorregulação e democraticidade das associações profissionais, todos previstos na Constituição da República Portuguesa”. Desta forma, decidiu pedir a fiscalização ao TC.

A nova lei das Ordens Profissionais vai alterar questões como as condições de acesso às respetivas profissões, introduzir estágios profissionais remunerados e criar uma entidade externa para fiscalizar os profissionais. No texto final foram introduzidas alterações como precisões sobre as taxas cobradas durante o estágio e a possibilidade de serem reduzidas. A duração dos estágios fixou-se em 12 meses, podendo ser maior em casos excecionais. Outra das alterações foi a aprovação da existência de um órgão disciplinar, que não estava previsto na anterior lei-quadro, que prevê a fiscalização sobre a atuação dos membros das ordens profissionais, composto por elementos externos às profissões respetivas. Outra das questões polémicas é a introdução das sociedades multidisciplinares.

Quase todas as Ordens Profissionais se mostraram contra esta proposta que nasceu do PS e do PAN. Segundo dados do Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP), existem atualmente em Portugal 20 ordens profissionais, tendo as duas últimas sido criadas em 2019, a Ordem dos Fisioterapeutas e a Ordem das Assistentes Sociais. Estas ordens regulam a atividade de mais de 430 mil profissionais.

O pontapé de saída desta lei

O projeto de lei relativo às ordens profissionais foi aprovado em votação final global pelo Parlamento no dia 22 de dezembro de 2022, com votos favoráveis de PS, Iniciativa Liberal e PAN, votos contra de PSD, Chega e PCP e abstenções de BE e Livre. Esta aprovação gerou muitas críticas quer por parte dos partidos políticos, como o PSD e PCP, quer pela Ordem dos Advogados.

Apesar deste diploma ter sido aprovado devido à maioria parlamentar PS de António Costa, esta lei surge na sequência de inúmeros alertas da Comissão Europeia e da OCDE. Estes organismos consideravam que em Portugal existiam demasiadas restrições no acesso às atividades profissionais, prejudiciais à atividade económica do país.

Alertas que se intensificaram com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que trouxe de novo a questão da desregulamentação das ordens profissionais, incluindo a sua fiscalização por entidades exteriores, também em matéria disciplinar, e o fim do acesso reservado da atividade a profissionais inscritos nas mesmas, como médicos, advogados, engenheiros, economistas, psicólogos, contabilistas, nutricionistas ou arquitetos.

Desta forma, Portugal comprometeu-se junto de Bruxelas que a lei relativa às profissões regulamentadas entraria em vigor até ao quarto trimestre de 2023. É um dos marcos que Portugal tem de cumprir para ter acesso ao terceiro cheque do PRR de 2,4 mil milhões de euros.

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