O dia em direto nos mercados e na economia – 4 de maio

  • ECO
  • 4 Maio 2023

Ao longo desta quinta-feira, 4 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Consumo de gás na Europa deve voltar a cair 5% em 2023

  • Lusa
  • 4 Maio 2023

Relatório da Agência Internacional da Energia (AIE) justifica parte desta descida com a diminuição de quase 15% da utilização de gás para a eletricidade, substituída por novas instalações renováveis.

O consumo de gás na Europa, que já caiu 16% durante os meses mais frios, deve cair 5% em 2023, graças à expansão das energias renováveis para a produção de eletricidade.

No relatório trimestral sobre o mercado do gás, publicado esta quinta-feira, a Agência Internacional da Energia (AIE) traça um quadro de “otimismo prudente”, muito diferente daquele de há um ano, após o início da invasão russa da Ucrânia, que fez temer problemas de aprovisionamento.

Em termos globais, estima que o consumo de gás se mantenha estagnado este ano, depois de uma quebra de 1,5% em 2022, semelhante à que tinha ocorrido em 2020 devido aos confinamentos da Covid-19, e que neste caso se deveu à quebra das importações na Europa e na Ásia.

Esta situação ocorreu num contexto de escalada dos preços do gás devido à guerra na Ucrânia, que esteve diretamente relacionada com o corte acentuado (de 80% no conjunto do ano) nas entregas de gás por gasoduto da Rússia para a Europa, o que afetou as indústrias de elevada intensidade energética, que, em alguns casos, reduziram a produção, mas também levou a uma maior utilização do carvão como substituto, a medidas de eficiência energética e a uma maior utilização de energias renováveis.

Até 2023, os autores do estudo esperam que os principais motores de crescimento sejam a Ásia, com um aumento de 3%, em que a China (+6%) desempenhará um papel importante graças à recuperação da sua atividade e à maior utilização de gás pela sua indústria, e o Médio Oriente, com um aumento de 2%, principalmente graças ao Irão e à Arábia Saudita.

Na Europa, a forte queda do consumo de gás na estação de aquecimento que acaba de terminar (menos cerca de 25 mil milhões de metros cúbicos) deve-se em parte às temperaturas particularmente amenas registadas em outubro e na primeira quinzena de novembro.

Estas condições climáticas explicam 40% das reduções nos setores residencial e comercial, onde as medidas de poupança, a instalação de bombas de calor ou as mudanças de comportamento desempenharam um papel importante.

Por outro lado, o volume de gás utilizado para gerar eletricidade durante a mesma estação de aquecimento na Europa diminuiu 12%, devido a um decréscimo do consumo de eletricidade de cerca de 7%.

Em 2023, a descida de 5% da procura na Europa dever-se-á também, em grande parte, a uma diminuição de quase 15% da utilização de gás para a eletricidade, substituída por novas instalações renováveis.

Na indústria europeia, por outro lado, espera-se um aumento de 5% porque o contexto dos preços mudou completamente e, após os picos atingidos no verão de 2022, entre meados de dezembro e o final do primeiro trimestre de 2023, o colapso foi de quase 70%.

A AIE estima que, na América do Norte, após um forte crescimento da procura em 2022, esta vai decrescer 2% este ano.

Os autores do relatório sublinham que há uma série de incertezas e riscos que pairam sobre as suas previsões inicialmente tranquilizadoras. Estes incluem a possibilidade de condições climatéricas desfavoráveis, como um verão muito seco ou um inverno mais frio do que o habitual, mas também uma paragem ainda mais acentuada dos envios de gás russo para a Europa através de gasodutos, bem como uma disponibilidade de gás natural liquefeito (GNL) inferior à prevista.

Em princípio, a oferta de GNL aumentará 4% (o equivalente a cerca de 20 mil milhões de metros cúbicos) e metade deste aumento virá dos Estados Unidos, que se tornarão o líder mundial das exportações de gás por via marítima.

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Hoje nas notícias: reguladores, crise política e SNS

  • ECO
  • 4 Maio 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

António Vieira da Silva junta-se ao leque de socialistas a criticar o Presidente da República e defende que a discussão sobre uma eventual dissolução “não é um assunto de política corrente”. O ministro das Infraestruturas tem a intenção de retirar competências administrativas às entidades reguladoras das comunicações e da aviação. A falta de blocos operatórios está a forçar médicos do SNS a operarem em hospitais privados.

Reguladores e regulados atacam Governo contra perda de competências

O ministro das Infraestruturas tem a intenção de retirar competências administrativas às entidades reguladoras das comunicações e da aviação, a Anacom e a Autoridade Nacional da Aviação Civil. Estas atribuições, como por exemplo os licenciamentos, seriam devolvidas ao Estado. No entanto, tanto entre os reguladores como nos regulados há críticas e oposição a esta mudança.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Vieira da Silva atira a Marcelo: dissolução “não é assunto de política corrente; é situação de exceção”

O antigo ministro do Trabalho, António Vieira da Silva, defende que a discussão sobre dissolução, já há dois meses, não faz sentido já que este “não é um assunto de política corrente”, mas sim uma “situação de exceção”. Mesmo assim, o socialista pede “um pouco mais de maturidade” no Governo, admitindo que tem o desafio de “estar à altura” da decisão tomada no que diz respeito a João Galamba.

Leia a entrevista completa no Público/Renascença (acesso pago).

Falta de blocos obriga hospitais a gastar milhões no privado

Os médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) estão a ser forçados a operar em unidades hospitalares privadas ou em misericórdias para reduzir as longas listas de espera. O hospital de Braga foi o pioneiro a recorrer a este modelo, sendo que nos últimos anos fez mais de 19.200 cirurgias fora do SNS, com a “fatura” a ascender a 13,7 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso condicionado).

Socialistas entusiasmados com travão de Costa a Marcelo, mas veem risco em Galamba

Grande parte dos socialistas ouvidos pelo Observador aplaudem a “fibra” e “autoridade” de António Costa contra o Presidente da República, que tinha há vários meses vindo a ameaçar dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas. Contudo, alertam que João Galamba é uma figura imprevisível e temem as consequências de o primeiro-ministro “colar o seu o percurso político ao do Galamba”.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago).

Ex-adjunto de João Galamba envolvido em agressões na RTP

O ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, Frederico Pinheiro, ter-se-á envolvido num episódio de agressões físicas com um membro da Comissão de Trabalhadores (CT) da RTP, em 2017, isto é, antes de ir para o Governo, segundo o Correio da Manhã. O episódio terá ocorrido na cantina da estação pública em Lisboa e foi presenciado por vários colegas, que tiveram de intervir. Na altura, foi aberto um inquérito interno para apurar as circunstâncias do incidente, mas o caso foi arquivado com a saída de Frederico Pinheiro para o Executivo.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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Inapa regista lucros de 17,8 milhões de euros em 2022

  • Lusa
  • 4 Maio 2023

"Desempenho é o corolário da estratégia executada nos últimos anos, marcada por processos estruturais de aquisição e otimização", salienta o CEO do grupo distribuidor de papel, Diogo Resende.

A Inapa obteve lucros líquidos de 17,8 milhões de euros em 2022, um aumento de 14,4 milhões de euros em relação a 2021, divulgou na quarta-feira à noite o grupo distribuidor de papel.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Inapa indicou ter faturado 1,2 mil milhões de euros, mais 25,6% quando comparado com o ano anterior.

“Os resultados alcançados em 2022 foram muito positivos e reforçam o nosso otimismo quanto ao desenvolvimento do Grupo Inapa”, sublinhou o presidente executivo, Diogo Resende, citado no comunicado.

“Este desempenho é o corolário da estratégia executada nos últimos anos, marcada por processos estruturais de aquisição e otimização”, acrescentou, para depois salientar o volume de faturação, “enquanto a margem bruta registou um crescimento de 35% (mais 63 milhões de euros), passando de 18,6% para 20% das vendas”.

O presidente executivo destacou ainda que, “apesar de um aumento dos custos operacionais (induzido pelo aumento da atividade, pela subida da inflação e pelo fim dos apoios governamentais obtidos no contexto do período Covid-19), a eficiência medida em percentagem das vendas aumentou significativamente”.

No ano passado, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) atingiu os 76,1 milhões de euros, mais do que duplicando em comparação com os 30,8 milhões de euros registados em 2021.

A dívida líquida consolidada voltou a diminuir (-40,7 milhões), situando-se no exercício de 2022 em 221,1 milhões de euros, contra os 261,8 milhões de euros de 2021.

“Estes resultados reforçam a confiança na nossa estratégia e na capacidade do Grupo para enfrentar os desafios que se nos colocam nos próximos anos. Em particular, considerando que foram alcançados num contexto de grande exigência, marcado pelos desafios pós-Covid-19, pelo conflito na Ucrânia e pelas limitações à disponibilidade de papel relacionadas com o encerramento ou suspensão de várias fábricas de papel (numa altura em que a procura era superior à oferta)”, salientou ainda Diogo Rezende.

O Grupo Inapa “ocupa uma posição de referência no mercado Europeu de distribuição de papel e detém posições de relevo na distribuição de embalagem e comunicação visual”, operando em 10 países — Alemanha, França, Espanha, Portugal, Bélgica, Luxemburgo, Áustria, Holanda, Turquia e Angola, de acordo com informação disponível no comunicado.

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Licença parental do pai aumenta em oito dias seguidos. Mas pode significar diminuição dos dias de descanso

A licença de paternidade será aumentada dos 20 dias úteis para 28 "seguidos". A referência a dias seguidos está a levantar dúvidas. Advogados dizem que a alteração não beneficia os pais.

É uma das novas alterações à Lei Laboral, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, que entrou em vigor a partir de 1 de maio. A licença parental obrigatória do pai será aumentada dos atuais 20 dias úteis para 28 “seguidos ou em período de no mínimo sete dias, nos 42 dias seguintes ao nascimento”. Mas, é precisamente a referência a dias seguidos que está a levantar dúvidas e que leva os advogados a afirmarem que, na maior parte dos casos, não se verifica um ganho para o trabalhador.

“O que (ainda) está previsto no Código do Trabalho é a referência a 20 dias úteis de licença, sendo que, com a alteração implementada, a licença passará para 28 dias seguidos, ou seja, em termos práticos, na maior parte dos casos não se verifica um ganho para o trabalhador”, alerta Tiago Marcelino Marques, associado coordenador da área laboral da CCA Law Firm, em declarações ao ECO Trabalho.

A nova expressão introduzida no documento faz toda a diferença. Se, anteriormente, a lei considerava 20 dias úteis, o que suspendia a contagem em feriados e dias de descanso, nesta nova regra os dias passam a ser seguidos ou interpolados. Ora, nos meses em que há dois e três feriados, por exemplo, a contagem do tempo de licença parental do pai pode, no limite, fazer encolher os dias de ausência.

Portanto, pode não ser tão benéfica para os pais como pode parecer à primeira vista. “Os dias de licença deixam de ser úteis, passam a sobrepor-se aos de descanso e a não considerarem os dias de feriado. Na prática, podem ocorrer situações em que o ‘aumento’ para 28 dias seguidos de licença represente mesmo uma diminuição do número total de dias em que pai e filho poderão efetivamente privar”, afirma também Joana de Sá, partner e head of labour department da PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, Sociedade de Advogados.

De acrescentar que, segundo as novas alterações à lei do trabalho, ainda que não sendo uma licença de gozo exclusivo pelo pai, o pai passa a ter ainda direito a sete dias de licença seguidos (antes eram cinco) ou interpolados, desde que gozados em simultâneo com o gozo da licença parental inicial por parte da mãe.

“Também de referir uma alteração muito significativa, que se prende com o início do gozo da licença. Caso o recém nascido seja internado durante o período após o parto, a licença obrigatória pode ser suspensa, a pedido do pai, pelo tempo de duração do internamento”, destaca Tiago Marcelino Marques.

Legislador ficou “aquém” na revisão do regime de parentalidade

Pedro Antunes, partner da CCA Law Firm, considera ainda que o legislador ficou aquém do que podia na revisão do regime da parentalidade. “A alteração de 20 dias úteis para 28 dias seguidos ou interpolados beneficia pouco o pai”, atira. Sobretudo quando, “na restante Europa, chegamos a ter regimes de equiparação da parentalidade-maternidade”, justifica.

Os dias de licença deixam de ser úteis, passam a sobrepor-se aos de descanso e a não considerarem os dias de feriado. Na prática, podem ocorrer situações em que o ‘aumento’ para 28 dias seguidos de licença represente mesmo uma diminuição do número total de dias em que pai e filho poderão efetivamente privar.

Joana de Sá,

Partner e head of labour department da PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, Sociedade de Advogados

Em Espanha, por exemplo, o pai já tem direito às mesmas 16 semanas que a mãe. A licença parental do pai é totalmente equiparada à licença parental da mãe. São licenças remuneradas a 100% e intransferíveis, ou seja, se o pai não tirar esses dias de descanso, não poderá gozá-los mais tarde, dois fatores cruciais, segundo os especialistas, para incentivar os homens a usufruírem da licença. E que situam Espanha na vanguarda neste tipo de direitos.

Com exemplos como este a vigorar lá fora, “impunha-se um alargamento do período de forma mais clara”, defende Pedro Antunes.

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5 coisas que vão marcar o dia

BCE deve abrandar subida dos juros. Governo reúne em Conselho de Ministros. EDP e CTT apresentam resultados. Miguel Frasquilho ouvido na CPI da TAP.

Depois da subida dos juros pela Reserva Federal, é a vez de o Banco Central Europeu (BCE) anunciar a sua decisão de política monetária esta quinta-feira. Em Portugal, o Governo continua em modo business as usual, depois do conflito institucional aberto na terça-feira pelo primeiro-ministro com o Presidente da República. Na bolsa, é dia de a EDP apresentar resultados, assim como os CTT.

BCE pode abrandar subida dos juros

O BCE anuncia esta quinta-feira mais uma decisão de política monetária, sendo que 80% dos analistas sondados pela Reuters esperam que o banco central comece a abrandar a subida dos juros na Zona Euro. A expectativa é o anúncio de um aumento das taxas diretoras em 25 pontos base, em comparação com o incremento de 50 pontos base anunciado em meados de março. Para baralhar as contas, o Eurostat revelou na terça-feira que a inflação nos países da moeda única voltou a acelerar em abril, para 7%, após cinco meses consecutivos de travagem. A decisão é anunciada às 13h15 e Christine Lagarde, presidente, explica-a às 14h00.

Christine Lagarde, presidente do BCESérgio Garcia | Your Image

Ministros tomam decisões em plena crise política

O Governo reúne esta manhã em Conselho de Ministros, o primeiro encontro de governantes desde a crise política que se adensou na terça-feira, quando António Costa decidiu não aceitar o pedido de demissão do ministro das Infraestruturas, abrindo um conflito institucional com o Presidente da República. O Conselho de Ministros desta semana decorrerá em Braga, inserido na iniciativa “Governo + Próximo”. Foi marcada uma conferência de imprensa para as 14h, mas a hora é indicativa.

Depois da Renováveis, EDP presta contas

A EDP revela esta terça-feira como correu o negócio do grupo nos primeiros três meses do ano. No começo de 2022, a empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade obteve lucros trimestrais de 679 milhões de euros, um crescimento homólogo de 3%. A prestação de contas aos investidores, depois do fecho dos mercados, acontece um dia depois de a subsidiária EDP Renováveis ter revelado lucros de 65 milhões no primeiro trimestre.

CTT apresentam resultados trimestrais

Os CTT vão divulgar os resultados do primeiro trimestre depois do fecho da bolsa de Lisboa. Entre janeiro e março do ano passado, os Correios tiveram uma quebra de quase 40% nos lucros em comparação com o mesmo período de 2021. A cotada comandada por João Bento começou 2022 a lucrar 5,4 milhões de euros.

Frasquilho ouvido na CPI da TAP

Miguel Frasquilho, ex-chairman da TAP, é recebido ao final da tarde na comissão de inquérito (CPI) à companhia aérea. É a última audição da CPI numa semana em que foram ao Parlamento representantes dos sindicatos, de entidades ligadas à gestão pública, da diretora-geral do Tesouro e Finanças e do diretor de Serviços do Gabinete de Apoio e Coordenação do Setor Empresarial do Estado.

Miguel Frasquilho, presidente do Conselho de Administração da TAP, em entrevista ao ECO24 - 30MAI19
Miguel Frasquilho, antigo chairman da TAPHugo Amaral/ECO

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Já abriram os primeiros concursos do PT2030 para empresas

Já abriu concurso de 400 milhões para inovação produtiva de PME. Taxa máxima de cofinanciamento é de 40%, cada empresa só pode apresentar uma candidatura e as operações têm duração de 24 meses.

As micro, pequenas e médias empresas do Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve já se podem candidatar a apoios à inovação produtiva do Portugal 2030. Esta quarta-feira foram abertos os primeiros concursos com uma dotação de 400 milhões de euros.

“Os avisos, um dos quais exclusivo para investimentos situados em territórios de baixa densidade, com um montante de 125 milhões de euros, estão abertos até 15 de dezembro”, lê-se na nota de divulgação no site do Portugal 2030.

As empresas podem candidatar-se a estes apoios para criar um novo estabelecimento; aumentar a capacidade de um já existente; diversificar a produção para produtos não produzidos anteriormente ou ainda alterar fundamental o processo global de produção. Mas em causa têm de estar sempre “bens e serviços transacionáveis e internacionalizáveis e com elevado valor acrescentado e nível de incorporação nacional”.

Estes avisos estão organizados em quatro fases de candidatura, sendo as duas primeiras exclusivas, para as empresas que apresentaram um registo de pedido de auxílio. Ou seja, que já se “pré-inscreveram” para que as despesas feitas no âmbito desse investimento possam ser desde logo elegíveis para comparticipação comunitária caso o projeto receba luz verde.

As empresas podem contar com uma taxa máxima de cofinanciamento de 40%, mas há grandes variações tendo em conta a dimensão da empresa, a região onde se encontram e as áreas de investimento, já que há algumas como a contratação coletiva dinâmica, indústria 4.0 e transição climática que recebem uma majoração de cinco pontos percentuais por se tratar de prioridades de políticas setoriais. Apenas podem apresentar uma candidatura e as operações só podem durar 24 meses, exceto em casos devidamente justificados.

Recorde-se que estes concursos estavam inicialmente prometidos para o final de março, início de abril. Mas, aquando do lançamento dos primeiros 13 avisos do Portugal 2030, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, explicou que os concursos referentes ao Compete 2030 e Mar 2030, seriam os seguintes.

“A prioridade do Governo é agora a abertura das candidaturas para as empresas, designadamente no âmbito dos Sistemas de Incentivos, em particular para projetos de inovação produtiva e de internacionalização de PME”, sublinhou a ministra que tem a tutela dos fundos, num comunicado com data de 31 de março. Foi necessário mais um mês para que conseguir lançar os avisos referentes à inovação produtiva.

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Empresas de transportes têm dificuldade em contratar e precisam de ir buscar reformados

CP e Metro de Lisboa reclamam maior autonomia para ocuparem posições e poderem pagar mais, sobretudo nas oficinas e nas áreas mais tecnológicas.

CP e Metro de Lisboa são as empresas de transportes com mais dificuldades em contratar trabalhadores para as oficinas. As duas companhias estão mesmo a ser obrigadas a chamar trabalhadores já reformados para reforçarem temporariamente os quadros. Maior autonomia de gestão sobre o Estado é a principal exigência.

“Queremos estar em pé de igualdade com os privados. Ambicionamos estar no mercado com os privados com autonomia de gestão. Não podemos estar amarrados a regras. Estado tem de se posicionar como um acionista normal, caso contrário a CP vai desaparecer”, avisou Pedro Moreira, presidente do conselho de administração da CP.

Pedro Moreira concretizou a afirmação com as dificuldades na hora de procurar talento: “Temos técnicos altamente qualificados que pedem 50% acima do valor-base que podemos pagar. Se for conduzir um tuk-tuk em Lisboa ganho muito mais do que numa oficina da CP, dizem os técnicos que saem das oficinas”. Também há dificuldades no recrutamento para a área de sistemas de informação.

O Metro de Lisboa vive problema semelhante. “Temos imensa dificuldade em arranjar quadros: perdemos muita formação e estamos a recorrer a reformados para resolver o nosso problema. Não podemos esperar pelas pessoas se reformarem, pois os recursos humanos são fundamentais para garantir o investimento da ferrovia”, adiantou Vítor Domingues dos Santos.

O líder do Metro de Lisboa também reclamou maior autonomia de gestão e exigiu um contrato de serviço público junto do Estado, garantindo previsibilidade no financiamento e fixando metas de frequência de comboios para os passageiros.

A exigência de maior planeamento também veio da parte da Infraestruturas de Portugal. “O Plano Ferroviário Nacional não nos dá uma listagem de investimentos. Dá-nos um horizonte. Os investimentos ao longo do tempo terão oscilações, mas permitem dar-nos uma visibilidade sobre os trabalhos que queremos fazer. Isto tem de introduzir uma mensagem do Estado sobre qual o caminho a seguir. Terão de ser criadas condições para os investimentos”, referiu o presidente da gestora da rede ferroviária nacional, Miguel Cruz.

Mais otimista, o presidente do Metro do Porto, Tiago Braga, salientou que “o atual contexto é favorável ao investimento de transporte coletivo” e permitirá alavancar a expansão da rede.

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Bancos nacionais ganham 9,5 vezes mais que bancos europeus com subida das taxas de juro

Desde o verão, quando o BCE começou a subir as taxas de juro, a margem financeira da banca portuguesa subiu 142 pontos base. A margem financeira média dos bancos europeus subiu apenas 15 pontos base.

A galopante subida das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE) desde o verão do ano passado tem afetado os agentes económicos de forma distinta.

Enquanto o incremento de 350 pontos base das taxas diretoras do BCE desde julho tem pressionado duramente os orçamentos das famílias e das empresas com créditos bancários, como resultado do aumento das prestações dos empréstimos, os bancos têm beneficiado com a política do BCE.

Segundo o “Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito” do Banco de Portugal, publicado na terça-feira, “as decisões sobre as taxas de juro do BCE contribuíram, tanto em Portugal como na área do euro, para um aumento da rendibilidade global dos bancos, entre outubro de 2022 e março de 2023.”

Efeito das subidas das taxas de juro na rentabilidade dos bancos
Fonte: Banco de Portugal

O Banco de Portugal revela que isso é visível pelo aumento da margem financeira (diferença entre os juros pagos dos depósitos e os juros recebidos dos contratos de crédito) que, nos cinco anos anteriores ao início do ciclo de subida das taxas de juro diretoras, foi responsável por 65% do rendimento operacional líquido dos bancos em Portugal e 57% no caso dos bancos da área.

No entanto, há diferenças significativas na forma como a subida das taxas de juro impactou as margens financeiras dos bancos nacionais e europeus.

De acordo com dados da entidade liderada por Mário Centeno, entre junho de 2022 e fevereiro de 2023, “a diferença entre a taxa de juro dos empréstimos e a taxa de juro dos depósitos a prazo calculada com as taxas de juro dos saldos do setor privado não financeiro aumentou 142 pontos base em Portugal e 15 pontos base na área do euro”.

Significa que a margem financeira dos bancos portugueses aumentou 9,5 vezes mais do que a margem financeira da média dos bancos europeus.

O regulador explica que “o maior aumento desta diferença em Portugal reflete os prazos mais curtos de fixação das taxas de juro dos empréstimos, assim como a maior rigidez das taxas de juro dos depósitos.”

Isso é bem visível quando se observa a evolução das duas taxas de juro aplicadas no crédito à habitação e nos depósitos juntos das famílias neste período:

  • Crédito à habitação: a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação aumentou 269 pontos base, passando de 0,87% em junho para 3,56% em fevereiro.
  • Depósitos: a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou apenas 58 pontos base, passando de 0,07% em junho para 0,65% em fevereiro deste ano.

Bancos vão continuar a beneficiar da política do BCE

Depois de seis aumentos consecutivos no preço do Euro, esta quarta-feira o BCE prepara-se para subir mais uma vez as taxas diretoras.

De acordo com um recente inquérito da Reuters junto de 69 analistas, 57 dos especialistas antecipam que o Comité de Política Monetária do BCE anuncie esta tarde um aumento de 25 pontos base e 12 preveem mesmo uma subida de 50 pontos base. E poderá não ficar por aqui.

Alguns analistas antecipam ainda outra subida de 25 pontos base em junho, para depois o BCE manter as taxas diretoras inalteradas por algum tempo, até começar a baixá-las no final do ano ou somente em 2024.

Para a margem financeira dos bancos, estas notícias são bem-vindas. Não será por acaso que a maioria dos bancos que responderam ao “Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito” antecipam que, nos próximos seis meses, a política monetária do BCE continue a impactar positivamente os níveis de rendibilidade das suas operações.

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Empresários pedem estabilidade, condições de governabilidade e rejeitam novas eleições

“O que precisamos é que as instituições funcionem e que o foco do Executivo esteja na resolução dos problemas”, dizem os empresários que afastam a realização de novas eleições.

Estabilidade, condições de governabilidade e foco na resolução dos problemas do país. Os empresários ouvidos pelo ECO consideram que não faz sentido avançar para novas eleições, até porque o Executivo, que tem pouco mais de um ano, tem maioria absoluta. Mas há quem já esteja a adiar decisões de investimento à espera de uma definição mais clara destes “jogos florais”.

“Claro que sim. Não tenha dúvida.” É desta forma perentória que o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) responde à questão se há empresas a adiar as suas decisões de investimento perante a instabilidade política que Portugal atravessa. “Estamos num ciclo económico francamente difícil e a política deveria fazer parte da solução”, sublinha Armindo Monteiro. “A estabilidade política não é um bem absoluto, mas deveria ser usada para cumprir os desígnios e a ambição de que a economia precisa”, acrescentou o presidente da CIP.

Bernardo Trindade acrescenta que a maioria que os portugueses deram nas urnas ao Executivo foi precisamente pelo desejo de estabilidade. Mas “toda esta sucessão de acontecimentos causa instabilidade, é um fator de perturbação”, diz o presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).

A opção do primeiro-ministro em não aceitar a demissão de João Galamba, exigida pelo Chefe de Estado, na sequência da polémica em torno da exoneração de Frederico Pinheiro, adjunto do gabinete do ministro as Infraestruturas, pôs em causa as relações entre Belém e São Bento. Marcelo Rebelo de Sousa deixou claro o mal-estar no comunicado que emitiu posteriormente no qual frisou discordar da decisão de António Costa.

Mas para os empresários ouvidos ECO, esta não é razão para dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas. “O importante é conseguir condições de governabilidade”, diz Manuel Tarré.

Porque “não faz sentido eleições antecipadas, tendo em conta que o Executivo tem pouco mais de um ano”, acrescenta Miguel Pina Martins, recordando que “nem o líder da oposição pede eleições”. Luís Montenegro, em reação ao “teatro político”, disse que o PSD não pede eleições, mas não as recusa. “Estamos preparados para as vencer”, garante.

O que precisamos é que as instituições funcionem e que o foco do Executivo esteja na resolução dos problemas”, disse ainda o CEO e fundador da Science4You. Sobretudo de problemas estruturais, sublinha por sua vez César Araújo. O presidente da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção (Anivec) e CEO da Calvelex considera que “os portugueses não merecem uma crise política”. “Com tanto em jogo, seria uma perda brutal para o país, que dificilmente recuperaria”, disse.

A única voz dissonante, entre os empresários ouvidos pelo ECO, é a de João Miranda. O antigo CEO da Frulact, que agora está dedicado à fruticultura e ao turismo, entre outras áreas de negócio, defende que mais vale partir para eleições antecipadas se o primeiro-ministro se mostrar incapaz de avançar para uma remodelação mais aprofundada tal como o Chefe de Estado tem vindo a pressionar.

“Esta é uma equação difícil de resolver”, reconhece. “Temos um Governo a quem demos uma maioria e o que temos visto são longos meses desastrosos, num momento crítico para o país com a necessidade de execução do Plano de Recuperação e Resiliência e de resposta aos problemas de competitividade que vão surgindo”, caracteriza. Por isso, defende que não se pode permitir a continuidade de uma situação que evidencia problema”. “Pior do que uma má decisão é não haver decisão”, concluiu.

Apesar de garantirem que, no seu caso individual, as decisões de investimento não são condicionadas pela instabilidade política, os empresários ouvidos reconhecem que “tudo o que se passa em Portugal tem impacto nos mercados externos, provocando desconfiança nos compradores”, como frisa César Araújo.

“Se os empresários portugueses já estão habituados a lidar com a imprevisibilidade – embora esta seja de outro nível –, os investidores estrangeiros questionam-se porque haveriam de investir num país com intranquilidade governativa, legislativa e com constantes alterações no enquadramento legal e laboral”, sublinha Armindo Monteiro. O presidente da CIP dá o exemplo da Lei da Habitação, que “não é uma lei cartaz, mas uma lei susto”, porque “assustou os investidores”. “Houve investimentos que afinal acabaram por não se realizar”, lamentou.

Assistimos a experimentalismos políticos num ambiente assético da folha de excel, sem qualquer aderência com a vida real”, acrescentou o novo patrão dos patrões.

Para Bernardo Trindade, a solução passa por aproximar a governação do que é defendido pela opinião pública e com a vida real das pessoas. “A minha responsabilidade não se compadece com irrealismos”, acrescenta o antigo secretário de Estado do Turismo e administrador da PortoBay.

O presidente da Gelpeixe recusa discutir os meandros da decisão do primeiro-ministro, que classifica de “muito hábil com as palavras”. Considera todo o episódio “uma vergonha” e que revela “falta de valores morais, de respeito, bom senso e preparação para lidar com os temas que têm em mãos”. Manuel Tarré considera que António Costa “tem um Governo desgastado”, mas “dificilmente consegue convencer pessoas com qualidade a entrar no Executivo”.

Questionados sobre as principais preocupações, os empresários são unânimes em apontar as incertezas decorrentes da guerra na Ucrânia, o aumento dos custos do financiamento com a subida das taxas de juro para travar a aceleração da inflação que acaba por comprometer o rendimento disponível das famílias, e consequentemente o consumo.

Mas depois há pontos mais específicos de acordo com os setores. Fortunato Frederico, fundador do grupo Kyaia, gostaria que as horas extra não fossem tributadas pelo Estado, porque isso aumentaria o rendimento dos trabalhadores, permitindo que tivessem mais rendimento disponível e aumentando a disponibilidade para fazer as horas necessárias para que as empresas possam entregar as suas encomendas a tempo.

Já Bernardo Trindade assume que a sua preocupação “é a ausência de resposta relativamente à localização do novo aeroporto”. “Portugal não se pode dar ao luxo de recusar slots por incapacidade de resposta perante a elevada procura”, acrescentou, recordando que o turismo tem um peso cada vez mais expressivo no PIB (20%) e que o país beneficia de uma avaliação muito positiva no estrangeiro.

Mas há também empresários que colocam a sua preocupação em questões estruturais como a pirâmide demográfica invertida, a constante dependência de fundos europeus ou o excesso de intervenção do Estado na economia e a mudança das regras do jogo a meio do mesmo.

Em jeito de conclusão, Armindo Monteiro frisa a preocupação dos empresários com os “jogos florais” do Executivo e o custo que têm para o país.

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Crédito Agrícola quer contribuir para Agricultura 4.0

  • ECO Seguros
  • 3 Maio 2023

A seguradora juntou-se à empresa de tecnologia agrícola Wisecrop, que recolhe dados em tempo real a partir de ferramentas de monitorização alocadas em campos e produtos.

O Crédito Agrícola implementou uma parceria com a Wisecrop, uma startup portuguesa responsável pelo desenvolvimento de um Sistema Operativo da Agricultura, que recolhe dados a partir dos locais de exploração agrícola e tem como objetivo potenciar o negócio e a rentabilidade das empresas e empresários do setor agrícola.

A parceria “pretende dar um contributo significativo para a digitalização deste setor em direção a uma Agricultura 4.0″, anuncia a seguradora, em comunicado.

No âmbito da parceria, o Crédito Agrícola disponibiliza às empresas e a empresários agrícolas, clientes da Wisecrop, o acesso a condições preferenciais em produtos e serviços bancários e de seguros, enquanto a Wisecrop oferece condições especiais aos clientes empresa do Setor Agrícola do Crédito Agrícola, nomeadamente o acesso gratuito (versão pro) por tempo limitado a algumas das aplicações – Clima, Rega, Atividades de Campo e Custos – e promoções especiais em Estações Meteorológicas e Sondas de Humidade e Temperatura do Solo.

Através da parceria, o Crédito Agrícola “reforça a constante aposta na sua proximidade ao setor agrícola e às comunidades locais de todo o país”, informa a nota.

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GCO Catalana Occidente tem mais de 2,5 mil milhões para comprar Liberty

  • ECO Seguros
  • 3 Maio 2023

A agora GCO pode disponibilizar fundos suficientes para aquisições com a que está em curso pela Liberty. Com solvência e capital excedentário, a marca passa a ser Occident, além da Crédit y Caución.

A GCO, sigla adotada para o futuro pelo grupo espanhol Catalana Occident, tem 2,5 mil milhões de euros de capital excedentário à disposição para aquisições “se encontrar oportunidade interessante”, revelou Clara Gómez, diretora Financeira e de Riscos, durante a apresentação de contas trimestrais na sede da GCO, em Barcelona.

O grupo segurador, que está a concorrer à compra da Liberty España e que no final de maio deverá apresentar uma proposta vinculativa por esta, é um dos maiores de Espanha tendo registado um volume de prémios em 2022 de cerca de 5,2 mil milhões de euros e 542 milhões de resultados líquidos.

Clara Goméz comentou ainda que com um rácio de solvência de 230% e um evidente excesso de capital o grupo dispõe de uma capacidade de endividamento para fazer face a qualquer operação corporativa interessante que surja. Os valores apontados para a Liberty España, que inclui o negócio português e irlandês, estão entre 1 e 2 mil milhões de euros.

O grupo, que em 2019 perdeu para a Generali a corrida à Tranquilidade, passou por uma reestruturação e definiu claramente três linhas de negócio. O negócio segurador tradicional, que é o quarto maior de Espanha, passará a designar-se Occident, com a redenominação das companhias Seguros Catalana Occidente, Plus Ultra Seguros, Seguros Bilbao e NorteHispana Seguros.

Também tem o segundo maior de seguros de crédito do mundo, através da Atradius e da sua marca Crédit y Caución. Conta ainda com a GCO Re, no resseguro e tem duas companhias especializadas em seguros de funeral com a Asistea e a Mémora, recentemente adquirida ao Fundo de Pensões canadiano dos professores do Ontário.

No total, o grupo conta com 1.500 agências, 17.000 mediadores e 7.100 colaboradores, estando presente em 50 países, entre eles Portugal, através da Crédit y Caución.

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