Sérvulo assessora Área Metropolitana do Porto na celebração de cinco contratos de serviço público de transporte rodoviário de passageiros

A equipa da Sérvulo foi coordenada pela sócia Ana Luísa Guimarães e contou com a participação de Afonso Carvalho, Duarte Rodrigues da Silva, João Amaral e Almeida e Rita Canas da Silva.

A Sérvulo assessorou a Área Metropolitana do Porto no processo tendente à celebração de cinco contratos de serviço público de transporte rodoviário de passageiros. Este processo culminou com a concessão pelo Tribunal de Contas, no início deste mês de abril, de visto prévio aos contratos celebrados com cinco entidades, nacionais e estrangeiras, selecionadas em concurso público internacional.

A equipa multidisciplinar da Sérvulo & Associados foi coordenada por Ana Luísa Guimarães, sócia do departamento de Direito Público e contou com a participação de Duarte Rodrigues da Silva e João Amaral e Almeida, sócios do departamento de Direito Público, Rita Canas da Silva, sócia responsável pelo departamento de Laboral, e Afonso Carvalho, associado do departamento de Direito Público.

Foi um longo processo, marcado por inúmeras vicissitudes, que envolveram questões complexas ao longo da tramitação do concurso público, tanto ao nível do direito da contratação pública, do direito dos transportes, do direito laboral como ao nível processual”, sublinhou Ana Luísa Guimarães.

A sócia explicou ainda que este concurso ficou marcado pela “imensa litigância promovida por concorrentes não adjudicatários, que desde logo impugnaram a legalidade das peças do concurso e depois a decisão de adjudicação, procurando evitar a entrada em vigor dos contratos”.

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Ariya, o novo crossover 100% elétrico da Nissan

  • BRANDS' ECO
  • 13 Abril 2023

Com tecnologia exclusiva e-4ORCE, design de inspiração japonesa e autonomia até 533 quilómetros.

Quando se fala de carros elétricos a Nissan destaca-se por ter sido uma marca ousada e pioneira. Com o Ariya, o novo crossover 100% elétrico, a Nissan assume um design assente na ideia de uma identidade clara e simples, de inspiração japonesa. E dá um grande passo em frente com uma plataforma VE totalmente nova e com a conceção e criação do e-4ORCE, um sistema de controlo das quatro rodas com motores elétricos duplos que oferecem mais binário máximo, estabilidade e agilidade em praticamente qualquer superfície. Mas é o novo nível de controlo que desperta verdadeiramente uma sensação única de quem o conduz. O e-4ORCE oferece total confiança no controlo das quatro rodas: a capacidade de mudar 100% de potência das rodas dianteiras para as rodas traseiras oferece manobras precisas, ao mesmo tempo que o controlo de binário de roda independente contrabalança a sobreviragem ou a subviragem. O sistema também controla o movimento do veículo quando os travões são aplicados, garantindo uma condução suave, precisa e estável.

"Queremos que a alma de cada Nissan tenha um ADN japonês distinto, transmitido de uma forma simples, mas bastante moderna — algo que chamamos “Futurismo Intemporal Japonês”.”

Alfonso Albaisa, Vice-presidente Sénior para o Design Global

O interior do Nissan crossover Ariya, de traços simples e cativantes, dá-nos as boas-vindas de forma envolvente e conferindo uma sensação de bem-estar num lounge muito espaçoso e agradável.

 

"Queríamos criar uma arquitetura espacial de VEs… O piso plano, o espaço aberto. É quase como se estivesse sentado no palco de um teatro.”

Giovanny Arroba, Diretor de Design Sénior

Com uma autonomia até 533 km, o crossover Ariya prolonga o prazer de condução e a experiência vivida neste novo Nissan 100% elétrico onde a pressa não é inimiga do bom, já que o carregamento rápido oferece até 300 km em aproximadamente 35 minutos.

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Greve ao trabalho suplementar dos inspetores da PJ com adesão “bastante elevada”

  • Lusa
  • 13 Abril 2023

A greve ao trabalho suplementar dos inspetores da Polícia Judiciária que começou a 1 de abril está a ter uma adesão "bastante elevada", ultrapassando os 75%.

A greve ao trabalho suplementar dos inspetores da Polícia Judiciária que começou a 1 de abril está a ter uma adesão “bastante elevada”, ultrapassando os 75%, disse à Lusa a presidente do sindicato que representa aqueles trabalhadores.

“A greve está a ser bastante elevada e assim se manterá porque o que reivindicamos é mais do que justo. Todo o trabalho que fazemos além das 35 horas semanais, durante a noite e fim de semana, deve ser pago de acordo com a lei e não a um valor irrisório de 3,61 euros“, precisou Carla Pinto.

A presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária (ASFIC/PJ) avançou que a adesão à greve “ultrapassa os 75%” e que a paralisação às horas extraordinárias vai prolongar-se por tempo indeterminado até que o problema seja resolvido.

Um dos principais motivos da greve, que começou a 1 de abril e afeta o trabalho das unidades de prevenção e todo o trabalho prestado fora do horário normal, ou seja, entre as 12h30 e as 14h00 e entre as 17h30 e as 09h00, é a não atualização pela tutela do referencial dos valores dos suplementos de piquete e prevenção.

Segundo a ASFIC/PJ, em alguns casos um inspetor acaba por receber num serviço de piquete ao fim de semana um valor abaixo da remuneração mínima garantida, traduzindo-se num “valor ilíquido e indigno de 3,61 euros” por hora de trabalho.

A falta de regulamentação do estatuto das carreiras especiais e a estagnação das negociações com a direção e o Ministério da Justiça são outros motivos da greve ao trabalho suplementar.

No pré-aviso de greve, a ASFIC/PJ invocava também a recusa de autorização da passagem à disponibilidade quando um trabalhador atinja os 55 anos de idade e os 36 anos de serviço.

Este ponto que ficou entretanto resolvido com a publicação, na terça-feira em Diário da República, do despacho do Governo que autoriza o contingente de 95 elementos da carreira de investigação criminal da PJ para passagem à situação de disponibilidade.

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Governo apela à denúncia de casos de “açambarcamento” de vagas para vistos

  • Lusa
  • 13 Abril 2023

Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas diz estar a "preconizar algumas experiências no sentido de minimizar que haja este açambarcamento", inclusive com soluções informáticas.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, apelou na quarta-feira, em Cabo Verde, à denúncia de casos de “açambarcamento” de vagas para pedidos de vistos, admitindo o recurso a meios alternativos para minimizar o impacto destas ações ilegais.

“Temos uma preocupação grande, nomeadamente, com a captura de vagas ou açambarcamento de vagas [para pedidos de visto], que é um problema que não é de agora, é um problema que não é só aqui em Cabo Verde, nem só um problema na rede consular portuguesa, porque outros países também se queixam dessa captura de vagas em sistemas parecidos com esta plataforma de agendamento que nós temos. Mas isso não significa que nós não encaremos isto com muita determinação e muita responsabilidade e com o compromisso de tentar minimizar este impacto”, afirmou Cafôfo.

O secretário de Estado iniciou na quarta-feira uma visita a Cabo Verde e inaugurou ao final da tarde as novas instalações do Centro Comum de Vistos (CCV) da Praia, gerido por Portugal e que desde 2010 emite vistos de curta duração para o espaço Schengen em representação de 19 países europeus.

Além disso, através da estrutura consular própria em Cabo Verde, Portugal emite vistos para o território nacional, nomeadamente de trabalho, mas em ambos os casos o agendamento dos pedidos é feito apenas por plataformas na Internet, vagas que acabam por ser capturadas por terceiros, com relatos da sua comercialização, ilegal.

Estamos já a preconizar algumas experiências no sentido de, com questões operacionais internas, minimizar que haja este açambarcamento, mas também com soluções técnicas do ponto de vista informático que possam limitar este abuso, ilegítimo. Porque estes atos são gratuitos e é como gratuitos que devem ser prestados e não que se aproveite das pessoas e dos cidadãos para poder ganhar dinheiro, às vezes numa situação mesmo ilegítima ou ilegal”, afirmou.

“E aí também é necessário dizer que nós precisamos de denunciar, porque há questões que podem ser de foro criminal e se assim for devem ser investigadas pelas autoridades com competências para tal”, acrescentou.

O governante reconheceu também a “necessidade de melhorar os serviços que são prestados” e que o “motivo principal” é o agendamento dos pedidos: “Essa plataforma digital, com todas as críticas que possam vir a ser feitas, é verdade, veio ordenar e veio também dar dignidade no acesso aos serviços consulares e aos vistos, porque como uma marcação, obviamente as pessoas não têm que esperar nem vir à sorte à espera de uma vaga para poderem ser atendidas”.

Ainda assim, Paulo Cafôfo garantiu que o Governo português está “comprometido” em “reforçar a capacidade instalada, reforçar equipamentos, recursos humanos” na Praia. “Segundo, continuar e fortalecer o diálogo com as autoridades, nomeadamente com o Governo de Cabo Verde, porque esse envolvimento é fundamental para juntos podermos resolver os problemas que ainda existem”, apontou, reconhecendo que uma “comunicação eficaz” será a terceira medida a implementar.

“Para que as pessoas possam estar informadas daquilo que são os serviços prestados ou da documentação que é necessária (…) Estes são três fatores essenciais para responder a uma realidade: Há uma maior procura de vistos”, disse.

Essa maior procura dos vistos é algo que nós queremos do ponto de vista político. Aliás, há um acordo de mobilidade no âmbito da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], há uma nova lei de estrangeiros em Portugal e posso dizer que neste momento, nos vistos da CPLP, os vistos de procura de trabalho já atingem dois terços da procura de vistos nacionais”, avançou.

Números que segundo Paulo Cafôfo demonstram “interesse”, mas enfatizou que “Portugal tem também todo o respeito para cidadãos”. “Queremos que possam, se assim o desejarem, ir para Portugal, mas de uma forma que seja uma forma segura e digna para a pessoa humana e é nesse aspeto que nós estamos absolutamente comprometidos”, apontou.

As novas instalações do CCV na Praia, que desde o final de março concentram esta operação, representaram um investimento, em obras de remodelação e adaptação, de 600 mil euros, passando a ter 10 funcionários, contra os oito anteriores.

“Hoje, com esta inauguração oficial do novo espaço, nós entramos numa nova fase em que queremos mais eficiência e melhor e maior qualidade. Não só porque temos um espaço muito mais agradável, muito mais funcional, como temos mais funcionários”, destacou o secretário de Estado, esperando que represente uma “maior celeridade na atribuição dos vistos”.

“Portugal assume aqui a função de ser também este elo de ligação entre Cabo Verde e o espaço Schengen, mais do que um espaço do território português, porque acabamos por ser o principal destino da diáspora cabo-verdiana, mas também somos a principal porta de entrada desta diáspora na Europa. E, portanto, isto também significa que Cabo Verde tem uma importância para a Europa”, enfatizou Paulo Cafôfo, durante a inauguração do espaço.

“Quero aqui realçar esse facto, desta proximidade cultural, histórica, mas também de uma relação que se constrói, está-se a construir hoje, porque a questão dos vistos é fundamental para que esta proximidade e esta atratividade que Portugal tem, seja como destino, seja como porta de entrada no espaço Schengen, possa servir para fortalecer as ligações entre os dois países”, disse ainda.

Residem em Cabo Verde mais de 20.000 portugueses, incluindo com dupla nacionalidade, segundo informação do Governo português. De acordo com o Governo de Cabo Verde, em Portugal reside a maior comunidade de cabo-verdianos na Europa, com 360 mil pessoas, em várias gerações.

A visita de Paulo Cafôfo a Cabo Verde insere-se no roteiro “Portugal no Mundo: Caminhos para a Valorização das Comunidades Portuguesas” e termina em 15 de abril, no Mindelo, ilha de São Vicente.

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PS pede documentos à TAP e à CMVM sobre saída de Alexandra Reis

  • Lusa
  • 13 Abril 2023

Os deputados do PS pedem uma "cópia da notificação", no seguimento de um comunicado da TAP à CMVM, aquando da saída de Alexandra Reis da empresa.

O Grupo Parlamentar do PS, em requerimento à comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP, pede à CMVM e TAP uma cópia da notificação do processo de contraordenação motivado pela comunicação sobre a saída de Alexandra Reis.

No requerimento, dirigido ao presidente da comissão, o deputado Jorge Seguro Sanches, os deputados do PS pedem uma “cópia da notificação”, no seguimento de um comunicado da TAP à CMVM, aquando da saída de Alexandra Reis da empresa, no qual informava que a administradora renunciava ao cargo para abraçar novos desafios, quando a saída foi forçada e valeu uma indemnização de 500.000 euros.

O pedido dos deputados, assinado na quarta-feira, surge após o presidente do Conselho de Administração da TAP, Manuel Beja, na terça-feira, no Parlamento, na comissão de inquérito à TAP, afirmar que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) abriu um processo contra a companhia aérea, devido à comunicação sobre a saída da ex-administradora Alexandra Reis.

A polémica começou no final de dezembro, quando o Correio da Manhã noticiou que a então secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, tinha recebido uma indemnização de cerca de 500.000 euros para sair dois anos antes do previsto da administração da TAP, caso que motivou uma remodelação no Governo, incluindo a saída do ex-ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.

Obtive informação cerca de uma hora antes desta audição que a CMVM terá aberto um processo contra a TAP“, respondeu Manuel Beja ao deputado do PSD Hugo Carneiro, na terça-feira.

O ainda chairman da companhia aérea disse não conhecer ainda o teor da notificação, porque a recebeu quando estava a caminho da Assembleia da República.

Após ser conhecida a indemnização de 500.000 euros recebida por Alexandra Reis, a ex-administradora explicou, em nota enviada à Lusa, que a saída tinha partido de uma iniciativa da TAP. Mais tarde, a empresa enviou nova comunicação à CMVM a confirmar que a saída tinha ocorrido por sua iniciativa.

Manuel Beja sublinhou ainda que o teor do primeiro comunicado foi negociado pelos advogados de ambas as partes.

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Só 4% das empresas com alta maturidade em people analytics. Falta talento qualificado e compreensão sobre potencial dos dados

Falta de profissionais e de compreensão sobre o valor e potencial dos dados aplicados à gestão de pessoas justificam a fase embrionária em que as organizações portuguesas se encontram.

Apesar da explosão da Inteligência Artificial — com muitos a vaticinar o fim de muitos empregos com o advento de produtos como o ChatGPT –, a grande maioria das empresas portuguesas não está a aproveitar o potencial da análise de dados aplicada à gestão de pessoas. Apenas 36% das empresas têm uma área dedicada à área de people analytics, e só 4% consideram ter um nível alto de maturidade, revela o estudo “The Power of Analytics in HR” da NTT Data. Falta de profissionais qualificados e de compreensão sobre o valor e potencial desta prática são as principais razões que justificam a fase muito embrionária em que as organizações portuguesas ainda se encontram, apontam especialistas.

“A área de people analytics tem ainda uma taxa de adoção relativamente baixa e existem diferentes motivos para que tal se verifique. Em primeiro lugar, a falta de consciência e compreensão sobre o valor e o potencial da utilização de métricas de people analytics pode limitar a adoção e o investimento na área. Segundo, a falta de profissionais com qualificações suficientes em análise e ciência de dados aplicada aos recursos humanos pode dificultar a implementação de práticas de people analytics. Finalmente, as preocupações com a privacidade dos dados e o cumprimento das regulamentações (RGPD) também podem ser barreiras para algumas organizações, em alguns casos específicos”, considera Duarte Fernandes, cofundador e COO da KWAN, especializada em recrutamento de perfis tecnológicos.

“Apesar da recente explosão da adoção de sistemas de Inteligência Artificial Generativos (exemplo do ChatGPT), e do facto de estes poderem ser utilizados de forma a acelerar a adoção de diversas outras tecnologias, é importante lembrar que essa adoção e práticas geralmente levam tempo e esforço, especialmente em áreas menos maduras como people analytics”, acrescenta ainda.

Rita Cadillon, head of people & culture Portugal & África Lusófona da Cegid, aponta também a falta de profissionais qualificados como um dos grandes entraves a um maior desenvolvimento desta prática nas empresas.

“O people analytics é um aliado-chave na gestão de pessoas. No entanto, a análise de dados é um mundo complexo e para garantir que uma prática de análise de pessoas tem sucesso é necessário alocar recursos com as competências certas para dar sentido aos dados”, considera. “Não basta somente implementar, as organizações têm de contar com uma equipa que possua uma cultura que priorize os dados e que seja capaz de criar estratégias, acompanhadas de um bom plano de ação.”

Inês Casaca encontra ainda outro fator nesta equação: a resistência à mudança. “A metodologia de people analytics existe desde o primeiro momento. Contudo, a necessidade de a oficializar e utilizar na prática, não era assumida como prioridade. A expressão ‘sempre fizemos assim’ ou ‘as pessoas não são números’ eram entraves robustos à análise de dados no que às pessoas se refere”, comenta a rpo and randstad risesmart associate director da Randstad Portugal.

O people analytics é um aliado-chave na gestão de pessoas. No entanto, a análise de dados é um mundo complexo e para garantir que uma prática de análise de pessoas tem sucesso é necessário alocar recursos com as competências certas para dar sentido aos dados. Não basta somente implementar, as organizações têm de contar com uma equipa que possua uma cultura que priorize os dados e que seja capaz de criar estratégias, acompanhadas de um bom plano de ação.

Rita Cadillon

Head of people & culture Portugal & África Lusófona da Cegid

“Felizmente, este paradigma está a mudar. A urgência em responder a estes novos desafios coloca os dados na mesa de jogo, com um papel fundamental na previsão e antecipação do problema, encurtando e, se possível, extinguindo o gap existente entre perceção e factos.”

Ainda assim, as características das empresas também influenciam a utilização de dados nos departamentos de recursos humanos. Por um lado, “empresas de maior dimensão terão maior capacidade de investimento e de organização de informação e, consequentemente, maior facilidade de colocar em prática esta metodologia“; por outro, “empresas mais pequenas terão maior dificuldade em apostar nos dados ou em formalizar a sua utilidade de forma sistemática e oficial”, defende Inês Casaca.

Considerando o espetro de empresas presentes no nosso mercado atual, Sofia Santos, manager da Michael Page, afirma que, “apesar dos investimentos de empresas multinacionais no nosso mercado, a indústria e as PME continuam a ter maior representatividade”. “Assim, e porque o investimento em ferramentas de análise ou até mesmo em automação da gestão é tradicionalmente vista como um custo e não como otimização das funções e negócio, ainda temos um caminho longo a percorrer no que diz respeito à IA numa função como a de people analytics”, considera.

Maior satisfação das pessoas, capacidade de retenção e sucesso nas contratações

A KWAN é uma das empresas que contraria a tendência, com níveis de maturidade nesta área elevados. “Temos a convicção de que investir no desenvolvimento da nossa People First Culture é fundamental para o nosso sucesso continuado e para melhorar a experiência dos nossos colaboradores”, afirma Duarte Fernandes.

No que toca às métricas de People Analytics, a tecnológica portuguesa — que, até 2026, quer ter na sua estrutura 500 pessoas — já mede o tempo médio de contratação, taxa de aceitação de proposta, taxa de rotatividade, taxa de absentismo, índice de satisfação do colaborador, índice de diversidade na liderança, custo médio por colaborador, entre muitas outras. Mas, a empresa não se limita a medir estas métricas. “Integramo-las ativamente no nosso processo de tomada de decisão”, diz.

“Acreditamos que a nossa abordagem focada em People Analytics, orientada por dados, permite-nos tomar decisões mais informadas, o que resulta numa maior eficiência, satisfação dos funcionários e sucesso da organização. Estamos comprometidos em manter uma cultura organizacional que valorize e desenvolva o potencial de cada colaborador, garantindo ao mesmo tempo um desempenho e crescimento sustentáveis para o nosso negócio”, continua o cofundador e COO da KWAN.

Rita Cadillon afirma que na Cegid as decisões também são suportadas por dados. “Utilizamos indicadores-chave de análise para suportar o negócio e o processo de tomada de decisão, que nos ajudam a melhorar a atração e retenção de talento. Alguns deles são sobre a rotatividade dos colaboradores, análise dos motivos de saídas, as horas de formação e o índice de engagement. Procuramos ainda ter uma grande proximidade com os nossos colaboradores, analisando a sua satisfação durante o recrutamento e o processo onboarding na empresa.”

“Sabemos que colocar a prioridade nos colaboradores é essencial para que as organizações se alinhem com a era em que vivemos, em que o potencial humano assume o principal fator de diferenciação entre as organizações e a principal alavanca de crescimento económico. Práticas como o people analytics podem revelar-se decisivas para os gestores da atualidade e trazer ganhos poderosos para as organizações, na medida em que disponibiliza um conjunto de indicadores relevantes para antecipar problemas, aumentar a produtividade, a satisfação e o sentido de pertença dos colaboradores“, continua a head of people & culture Portugal & África Lusófona da Cegid.

Apesar dos investimentos de empresas multinacionais no nosso mercado, a indústria e as PME continuam a ter maior representatividade. Assim, e porque o investimento em ferramentas de análise ou até mesmo em automação da gestão é tradicionalmente vista como um custo e não como otimização das funções e negócio, ainda temos um caminho longo a percorrer no que diz respeito à IA numa função como a de people analytics.

Sofia Santos

Manager da Michael Page

O people analytics pode ajudar os departamentos de RH a perceber qual a melhor forma de motivar os colaboradores, a direcioná-los para as formações mais indicadas e a aumentar a confiança e o sentido de pertença. Pode também ser útil no momento de selecionar profissionais que poderão dar resposta às expectativas de uma determinada função, considerando os objetivos pretendidos com a contratação e minimizando o risco de entrar no ciclo de sucessivas contratações para preencher uma vaga de forma satisfatória, dando origem a contratações mais acertadas.

Tendo em conta o atual contexto de escassez de talento, que afeta o mercado de trabalho de uma forma transversal, tomar decisões com bases em dados pode traduzir-se ainda numa maior capacidade de retenção. “Podemos afirmar que uma empresa que aplique esta metodologia alcançará a curto prazo maior vantagem competitiva, conseguindo maior controlo de variáveis que, de outra forma, poderiam impactar diretamente e sem aviso prévio nos resultados”, resume Inês Casaca, da Randstad, que conta com departamentos especializados em data analytics.

Da perceção à implementação

A utilização de dados deverá, assim, ser encarada como uma metodologia, um método de ação que suporta a decisão. “Para que tal ocorra com sucesso, acima de tudo, deverá haver investimento em coletar, organizar e interpretar a informação. Pior que não utilizar dados, será utilizá-los erradamente. As empresas deverão avançar pela experimentação deste método. Devem ser comparadas as novas ferramentas com as já utilizadas e perceber que tipo de investimento será necessário para obter melhores resultados. Aprofundar informação e tentar a substituição do que já é feito por novas formas de atuar, tendo como base dados organizados e bem interpretados, acima de tudo, consistentes”, aconselha a especialista da Randstad Portugal.

O relatório da NTT DATA apresenta também um guia para as organizações conseguirem tirar partido dos dados e da analítica na gestão de pessoas, constituído por três etapas:

  • Perceção da mais-valia

“O primeiro passo das organizações passa por entender de forma clara os motivos, benefícios e potenciais impactos da prática de People Analytics”, refere primeiramente a tecnológica.

Para as organizações inquiridas no estudo, o motivo mais relevante para a adoção desta prática é a capacitação dos líderes, com informação sobre as suas áreas e equipas (47%), seguido do suporte à tomada de decisões e investimentos, o que facilita o planeamento e a gestão de prioridades dos departamentos de RH (37%). Destaque também para as capacidades de caracterização da força de trabalho e de planeamento estratégico que a prática de people analytics oferece, assim como para otimização de processos de RH, apontada por 60% das organizações como o principal benefício da prática — algo limitativo face ao potencial impacto da atividade.

  • Conhecimento e ferramentas

A segunda etapa do guia consiste em garantir que estão reunidas as competências e as bases tecnológicas necessárias para se potenciar a análise de dados e a recolha de insights. É aqui que entram os profissionais qualificados. “As organizações devem ter equipas capazes de conjugar fortes conhecimentos estatísticos com um sólido background técnico, capaz de potenciar a utilização de soluções digitais (sistemas de informação de recursos humanos, apoiados em inteligência artificial e machine learning) de suporte à prática.”

Vale a pena destacar que 20% dos inquiridos do estudo confirmaram suportar-se ainda do Excel para realizar atividades de correlação de dados. Por sua vez, 32% dos inquiridos apontam como desafios da implementação de people analytics a existência de fontes de dados de integração difícil, sendo que 24% relatam a existência de informação duplicada ou de fraca qualidade. Estas conclusões podem justificar o facto de 52% dos inquiridos considerar que não tem um nível adequado de competências para a prática ou opte por não responder.

  • Disseminação da proposta de valor

A terceira e última etapa passa por assegurar que os benefícios da prática são compreendidos por toda a organização, de forma que os colaboradores sejam agentes da mudança.

O estudo demonstra que apenas 8% das organizações inquiridas disponibilizam o acesso pleno dos dados aos líderes, para análise e elaboração autónoma dos planos de ação. Ao invés disso, 52% reconhece disponibilizar apenas parte da informação, “o que revela que a prática de people analytics ainda poderá estar longe de estar disseminada pelas organizações e que há ainda um caminho a percorrer para se estabelecer uma cultura de dados nas instituições”.

O estudo “The Power of Analytics in HR” foi realizado em parceria com a Microsoft, entre janeiro e fevereiro de 2023, e resultou da análise de 70 inquéritos e entrevistas a dezenas de organizações em Portugal, que representam sete setores de atividade distintos: administração pública, banca, energia, indústria, saúde, seguros e telecomunicações.

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Primeiros reembolsos do IRS chegam esta quinta-feira às contas dos contribuintes

Primeiros reembolsos do imposto retido em 2022 começaram a chegar esta quinta-feira à conta dos contribuintes, anunciou o Ministério das Finanças. Mais de 1,7 milhões de declarações já submetidas.

Os primeiros reembolsos de IRS começam a chegar esta quinta-feira às contas bancárias dos contribuintes, acaba de anunciar o Ministério das Finanças.

“A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) já liquidou as primeiras declarações de IRS entregues e processou os primeiros reembolsos, que começam a chegar hoje à conta dos contribuintes, na semana seguinte àquela em que teve início a campanha de IRS de 2022″, refere a nota do gabinete do ministro das Finanças, Fernando Medina.

Como habitual, a campanha iniciou-se a 1 de abril e, segundo o Ministério das Finanças, “está a decorrer com normalidade e sem constrangimentos”. Os contribuintes que tenham auferido rendimentos em 2022 e estejam obrigados a declarar para efeitos de imposto podem fazê-lo até dia 30 de junho.

Até às 18h00 de quarta-feira, os contribuintes tinham submetido mais de 1,7 milhões de declarações de IRS, segundo números avançados pelo Ministério das Finanças. “Destas, 46% foram submetidas através do IRS automático”, acrescenta a nota. Na terça-feira, foi ultrapassada a fasquia de 1,5 milhões de declarações submetidas, noticiou o ECO na altura.

“Os contribuintes que pretendam podem recorrer aos vários canais de atendimento da AT, nomeadamente o e-balcão ou o Centro de Atendimento Telefónico da AT (217 206 707). É também possível recorrer ao atendimento presencial nos Serviços de Finanças, devendo o agendamento prévio ser feito através do Portal das Finanças ou pelos canais telefónicos”, conclui o comunicado das Finanças.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h29)

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Prazo das concessões portuárias deverá aumentar para 75 anos

  • ECO
  • 13 Abril 2023

A decisão do Governo tem por objetivo alcançar "mais e melhor investimento e renovação das infraestruturas" e possibilitar que os portos nacionais concorram em condições de mercado.

O Governo prepara-se para aumentar de 30 para 75 anos o prazo máximo das concessões de terminais portuários de serviço público, avança o Jornal de Negócios. O objetivo é incentivar “mais e melhor investimento e renovação das infraestruturas” e possibilitar que os portos nacionais concorram em condições de mercado, segundo um projeto de diploma a que o jornal teve acesso.

No documento que o Governo colocou em consulta junto do setor, o Executivo defende que, “para alavancar e robustecer o sistema portuário nacional”, é “necessário garantir uma estruturação temporal dos contratos adequada ao investimento e à rentabilidade do mesmo”.

Reconhecendo uma “disparidade de regimes na ordem normativa interna”, o Governo sublinha que “o setor portuário nacional compete com regimes jurídicos externos cada vez mais concorrenciais que permitem prazos de concessão mais adequados à captação de mais e melhor investimento”, pelo que entende que a duração das concessões portuárias “tem um efeito direto no desenvolvimento e na atratividade da captação de investimento”.

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Metro do Porto atira concurso da Linha Rubi para maio e evita deserto de candidatos

  • Lusa
  • 13 Abril 2023

Empresa admite adiar lançamento do concurso por dois meses para evitar que faltem candidatos. Obra vai custar mais do que os 299 milhões de euros inicialmente previstos mas ainda não há valor fechado.

O presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, disse na quarta-feira que a empresa poderá lançar o concurso público da Linha Rubi em maio para evitar que fique deserto, enquanto ainda ultima os preparativos do procedimento e do projeto.

“Não temos o dia, será anunciado muito brevemente. Mas eu reafirmo que [será] no final de abril, início de maio… nós estamos a ultimar aquilo que já tive oportunidade de dizer. Estamos na fase de revisão do projeto”, disse à Lusa Tiago Braga, numa visita às obras da extensão da Linha Amarela, entre Santo Ovídio e Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia.

Segundo Tiago Braga, “um projeto da magnitude da Linha Rubi, que envolve uma ponte, dois viadutos muito significativos, três quilómetros de túnel, estações à superfície e enterradas” implica cuidados quanto ao procedimento concursal.

“Não queremos correr o risco de lançarmos o concurso e do concurso ficar deserto, como tem acontecido um pouco por todo o lado”, disse à Lusa o responsável da Metro do Porto.

Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música, estando prevista a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro.

Segundo o responsável, a revisão está “na fase final de preparação das peças do concurso”, mais concretamente no projeto de execução “quer da linha quer da ponte”, reconhecendo que “está a demorar um pouco mais” do que o inicialmente previsto (17 de março ou o final daquele mês).

“Provavelmente, se calhar, damos menos tempo, ou [podemos] manter o tempo e poder arrastar um bocadinho, um ou dois meses, o início da obra, mas com a certeza absoluta que não damos passos em falso, porque isso era o pior que nos podia acontecer”, disse hoje à Lusa Tiago Braga.

Quanto à componente de revisão do projeto em termos de preço, inicialmente calculado em 299 milhões de euros (financiados a fundo perdido pelo Plano de Recuperação e Resiliência) Tiago Braga não quis adiantar nenhum valor à Lusa.

Questionado sobre se o mesmo poderia rondar os 100 milhões de euros, o responsável da Metro respondeu que, com “o número dos 100 é fácil de fazer a conta, porque toda a gente fala que a revisão de preços são 30%”.

“Esse é um número que quando se fala aparece sempre. Não lhe quero dizer se são 100 milhões, se são 95 ou se são 105. Em termos de ordem de grandeza, não estamos a falar num projeto que, de repente, passa para os 500 ou 600 milhões. Não é nada disso”, assegurou o presidente da Metro do Porto.

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Hoje nas notícias: Portos, Adler e Função Pública

  • ECO
  • 13 Abril 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O prazo máximo das concessões portuárias vai aumentar para 75 anos. O grupo de imobiliário alemão Adler viu um tribunal britânico aprovar o respetivo plano de recuperação, evitando o colapso. O secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) admite a possibilidade de ainda haver aumentos extra na Função Pública este ano. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Novos registos de Alojamento Local mais que duplicam apesar dos travões

Desde que, a 16 de fevereiro, o Governo anunciou que se preparava para avançar com fortes restrições ao Alojamento Local, foram efetuados, em todo o país, 5.390 novos registos, mais do dobro face aos 2.090 contabilizados para o mesmo período de 2022 e superior também às 2.064 novas unidades registadas no período homólogo de 2019.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Concessões portuárias vão ter prazo até 75 anos

O Governo vai aumentar de 30 para 75 anos o prazo máximo das concessões dos terminais portuários de serviço público. O objetivo, segundo o projeto do diploma, é incentivar “mais e melhor investimento e renovação das infraestruturas” e possibilitar que os portos nacionais concorram em condições de mercado. Ao mesmo tempo, as concessionárias vão ter de assegurar “a existência de uma infraestrutura de abastecimento de combustíveis alternativos”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Alemães ligados a ex-donos da Matinha evitam falência

Apesar da oposição de alguns credores, um tribunal britânico aprovou, na quarta-feira, o plano de recuperação do gigante imobiliário alemão Adler, que se encontrava à beira do colapso. O grupo alemão tinha como maior acionista até fevereiro do ano passado a Aggregate, que entregou a Vic Properties — que tem os empreendimentos Prata Riverside e Matinha, em Lisboa, e a Herdade do Pinheirinho, em Melides — a um grupo de credores a troco de amortização de 670 milhões de dívida.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

“Desvio significativo” da inflação pode levar a novo aumento na Função Pública

José Abraão, secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), não coloca de parte a possibilidade de ainda haver aumentos extra na Função Pública este ano. Tudo “depende” da inflação. O dirigente sindical acredita que há, com o atual Executivo, “uma outra visão da política” e que, por haver “uma maioria absoluta, o Governo não tem espaço para dizer que não faz” o que promete.

Leia a entrevista completa no Público (acesso pago).

Ministério prepara pacote de incentivos para equipas de urgência, pediatria e medicina interna

A tutela está a trabalhar num modelo de incentivos remuneratórios e condições de trabalho para as equipas que aceitarem funcionar como Centros de Responsabilidade Integrada dentro dos hospitais. O objetivo é tornar o SNS mais eficiente. Por agora, há 40 equipas neste regime, mas ministério quer que sejam 100 até 2026.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

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O dia em direto nos mercados e na economia – 13 de abril

  • ECO
  • 13 Abril 2023

Ao longo desta quinta-feira, 13 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Futuro sistema de depósito de embalagens poderá devolver 213 milhões aos consumidores

Associação que irá gerir sistema de depósito e reembolso de embalagens em Portugal quer rede "totalmente operacional durante o ano de 2025". Consumidores poderão receber 213 milhões por ano.

Depois de ter falhado a meta de adoção a 1 de janeiro de 2022, o futuro Sistema de Depósito e Reembolso (SDR) de embalagens já tem data de implementação. Segundo a SDR Portugal, a rede deverá estar operacional já em 2025.

Após o secretário de Estado do Ambiente ter adiantando ao ECO/Capital Verde que o Unilex — legislação que enquadra o futuro Sistema de Depósito e Reembolso (SDR) de embalagens a instalar em Portugal — será publicado até ao final do primeiro semestre deste ano, a associação sem fins lucrativos que irá concorrer ao concurso para a gestão deste sistema garante estar “preparada para iniciar a sua operação em 24 meses após a emissão de licença”.

Tudo faremos para que o sistema de depósito e reembolso em Portugal esteja totalmente operacional durante o ano de 2025“, assegura o diretor-geral da SDR Portugal, Miguel Aranda da Silva, ao ECO/Capital Verde.

A associação prevê que possam ser depositados nos mais de 3.600 pontos de recolha a instalar nas grandes superfícies (retalho e grossista), no hotéis, restaurantes e cafés e noutras localizações estratégicas espalhados por todo o país, cerca de 43 mil toneladas de embalagens por ano, ou 2.123 milhões de unidades. Este valor traduz-se em cerca de 35 mil toneladas de plástico PET depositadas anualmente, bem como 8,5 mil toneladas de alumínio e aço.

Quanto às embalagens de vidro, não está previsto que estas sejam consideradas no Unilex como embalagens a depositar nestes sistemas. No entanto, a SDR Portugal diz aguardar pelo enquadramento legal. Mas caso o sejam, estima-se que os consumidores depositem, por ano, 197 milhões de toneladas de vidro, o equivalente a 34 milhões de unidades.

Depois de depositadas as embalagens, estas serão recolhidas pelas entidades gestoras e reencaminhadas para os centros de reciclagem. Mas antes disso, os consumidores têm direito a reembolso.

Cada embalagem depositada resultará num retorno de 10 cêntimos, tal como indicou o secretário de Estado do Ambiente, Hugo Pires. Feitas as contas — e considerando apenas as embalagens até três litros — isso resultará num reembolso total anual de 213 milhões de euros aos consumidores. Caso as embalagens de vidro venham a ser consideradas no Unilex, esse valor ascende aos 300 milhões de euros por ano, estima a SDR Portugal.

“O pressuposto do SDR é que o cidadão-consumidor que participe de forma ativa no processo – contribuindo de forma direta para que Portugal cumpra os objetivos com que está comprometido e para uma melhor qualidade ambiental – receba, no ato de devolução das embalagens, o valor de depósito pago quando adquiriu a embalagem“, explica Aranda da Silva.

SDR permitirá concretizar metas europeias de reciclagem

Num estudo divulgado em 2022, onde é feita a avaliação do impacto desta rede de depósitos e reembolso no Sistema Integrado de Gestão de Resíduos (SIGRE), conduzido pela consultora 3Drivers, previa-se que o SDR Portugal investisse cerca de 100 milhões de euros, dos quais 70 milhões de euros seriam aplicados nos primeiros dois anos — prazo mínimo de implementação do sistema após a atribuição da licença no âmbito do Unilex.

Aranda da Silva revela ao ECO/Capital Verde que desde de que a SDR Portugal foi constituída, em 2021, já foi investido “um montante muito significativo na avaliação, estudo e análise a solução” que está a ser preparada e que já lhes permite ter “um desenho muito detalhado de como deverá funcionar o sistema em Portugal”, assegura o diretor-geral.

A rede de depósitos, assegura Miguel Aranda da Silva, permitirá que Portugal alcance as metas europeias de recolha e reciclagem de PET, alumínio e aço, tal como acontece nos 13 países europeus que já têm um SDR instalado.

Segundo os dados oficiais Reloop, consultora europeia que trabalha em proximidade com governos para o desenho de políticas publicas ambientais, a maioria dos países europeus com sistemas de depósito e reembolso registam taxas de retorno destes três materiais acima dos 90% — valor que deverá ser atingido por cá, no espaço de três anos, estima a SDR Portugal.

“Quando o sistema entrar em operação, permitirá a Portugal cumprir as metas europeias de reciclagem de embalagens de bebidas e simultaneamente contribuirá para uma maior qualidade ambiental, para menos littering [deitar o lixo no chão] nas ruas e para uma maior limpeza urbana”, assegura Miguel Aranda da Silva. Além de permitir reduzir até 40% do littering total, estima-se uma redução entre 20 e 40 milhões de euros nos respetivos custos de limpeza, por ano, em Portugal.

Até 2025, Portugal e os restantes Estados-membros, comprometeram-se a recolher 77% das embalagens PET e mais de 90% até 2029. Quanto à sua reutilização, as metas comunitárias preveem que a taxa de incorporação de plástico PET na produção de garrafas de bebidas seja de 25% até 2025 e superior a 30% até 2030.

Projetos-piloto já dão frutos

Além das estimativas, os vários projetos-piloto já permitem ter uma noção do impacto que pode resultar desta rede de depósitos.

Os dois projetos da APIAM (Águas Minerais e de Nascente de Portugal), da APED (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição) e da PROBEB (Associação Portuguesa de Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas) permitiram recolher, entre 2020 e 2022, mais de 22,6 milhões de embalagens, a que correspondem mais de 770 toneladas de materiais encaminhados para reciclagem. Ao todo, os consumidores foram reembolsados em 787.486 euros.

Já o projeto liderado pela Câmara Municipal de Mafra, em parceria com diversas entidades do setor, como a Eletrão e a Novo Verde, possibilitou a recolha de mais de 2,5 milhões de embalagens usadas de bebidas ao longo de 14 meses. No total, foram distribuídos 90 mil euros em incentivos aos consumidores.

Neste momento, estão envolvidas na SDR Portugal mais de 20 entidades entre parceiros e associados, como a Coca-Cola, Central de Cervejas, Sumol+Compal ou Auchan, Mercadona e SonaeMC. Além disso, a associação conta ainda com o apoio de “especialistas para áreas-chave” como logística, operações IT, financiamento e comunicação, indica o diretor-geral da associação.

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