Lucros da Novabase disparam 428% após venda da Neotalent. Paga dividendo até 1,79 euros

Venda do negócio de recrutamento em tecnologias de informação impulsiona resultados da empresa portuguesa, que viu a faturação aumentar 10% e propõe dividendo de até 1,79 euros por ação.

Os resultados líquidos da Novabase ascenderam a 47 milhões de euros no ano passado, uma subida de 428% em termos homólogos que foi “catapultada” pela mais-valia de 40 milhões resultante da alienação da Neotalent. O negócio de recrutamento em tecnologias de informação (TI) foi vendido no último trimestre de 2023 à Conclusion Group, sociedade-veículo detida pela private equity neerlandesa NPM Capital.

Em comunicado, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a tecnológica portuguesa liderada por Luís Paulo Salvado, que viu o volume de negócios aumentar 10% e o EBITDA 19%, anuncia ainda a intenção do conselho de administração de propor à Assembleia Geral o pagamento de um dividendo até 1,79 euros por ação, correspondente à distribuição de 46,3 milhões aos acionistas, com “possibilidade ainda em análise” de remuneração em espécie, por opção do beneficiário.

Além de permitir uma remuneração adicional aos acionistas da Novabase, a venda do negócio de IT Staffing permitiu “concentrar todos os recursos no negócio Next-Gen”, a empresa de serviços de TI, que viu o EBITDA subir 39%, beneficiando da estabilização das operações no Médio Oriente. A atividade internacional representa agora 69% das vendas neste segmento, sendo o Reino Unido e a Alemanha os principais mercados.

Já a venda da participação de 95% na Neotalent, subsidiária que no ano anterior à venda tinha faturado 47 milhões de euros e empregava perto de 800 pessoas, foi concluída no final de novembro, com o comprador a pagar 51,1 milhões. A Novabase, que soma 1.317 colaboradores, registou uma mais-valia pela alienação deste negócio no valor de 39,8 milhões, acima do intervalo de 26 a 33 milhões que tinha estimado na comunicação ao mercado, mas “ainda sujeita a ajustamentos”.

A Novabase alcançou em 2023 progressos importantes na execução da sua estratégia, espelhados nos resultados que agora apresentamos. (…) Para 2024, e apesar da incerteza que continua a ser a variável dominante, acreditamos na capacidade da nossa equipa para executarmos a estratégia definida.

Luís Paulo Salvado

Presidente e CEO da Novabase

O presidente e CEO, Luís Paulo Salvado, indica que a empresa alcançou em 2023 “progressos importantes na execução da sua estratégia, espelhados nos resultados” agora apresentados. Na mesma nota, sublinha que o retorno acionista total foi de 42%, “refletindo o bom desempenho estratégico e operacional”, e destaca a OPA lançada sobre ações próprias, “criando uma oportunidade adicional de remuneração acionista”, na qual adquiriu 3.558.550 ações ao preço unitário de 4,85 euros. A 31 de dezembro detinha 2,48% do capital.

A HNB é a maior acionista da Novabase, com 43,12%. Como anunciado esta semana, o fundo Isatis Investment Classic Blue, sediado no Luxemburgo, adquiriu uma participação qualificada de 5% no capital da empresa de tecnologias. A Isatis Capital é uma gestora de ativos francesa especializada no investimento em PME.

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Lucros da Novabase quase triplicam para 4,8 milhões de euros no semestre

  • Lusa
  • 30 Julho 2020

Nos primeiros seis meses do ano, a Novabase lucrou 4,8 milhões de euros, o que representa um crescimento de 193% em relação a igual período do ano, anunciou a tecnológica.

A Novabase registou lucros de 4,8 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 193% em relação a igual período do ano, anunciou a tecnológica, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O volume de negócios do grupo, por sua vez, aumentou 14% no mesmo período, para 63,7 milhões de euros, de acordo com a empresa, que registou um EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) de 5,5 milhões de euros, uma subida de 47% face ao período homólogo.

O grupo recordou que, apesar da pandemia, concluiu “duas vendas importantes” e comprou a “remanescente participação na Celfocus”.

Numa mensagem no comunicado, o presidente da Novabase, João Nuno Bento, referiu que “embora a Covid-19 não tenha tido efeitos assinaláveis na performance” do semestre, a empresa permanece cautelosa “em relação aos desafios que as atuais restrições a viagens levantam à conquista de novos clientes”.

Esta situação poderá influenciar as “perspetivas de crescimento para 2021” do grupo, adiantou, referindo que ainda “não é possível estimar os potenciais impactos”.

A Novabase vincou ainda que as suas ações cresceram 21% desde o início do ano. Na sessão de hoje, a empresa perdeu 1,25% para os 3,15 euros.

(Notícia atualizada às 19h14 com mais informações)

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Novabase paga 20 milhões à Vodafone para ficar com totalidade da Celfocus

A Novabase aceitou pagar 20 milhões de euros à Vodafone Portugal por 45% da Celfocus, uma empresa de tecnologia de comunicações. Valor do negócio poderá ascender a 27,5 milhões.

A Novabase NBA 4,42% anunciou esta sexta-feira que chegou a um acordo com a Vodafone Portugal para a compra de uma posição de 45% na Celfocus por 20 milhões de euros. Com esta aquisição, passará a deter a totalidade da empresa de tecnologia de comunicações. O valor do negócio poderá subir até aos 27,5 milhões em função dos serviços que foram contratados pela Vodafone Portugal nos próximos três anos.

“O preço inicial acordado para a totalidade das ações detidas pela Vodafone Portugal é de 20 milhões de euros, pago no prazo de cinco dias úteis”, informa a tecnológica liderada por João Nuno Bento em comunicado enviado ao mercado.

“No entanto, em virtude de eventuais ajustamentos anuais, até 2023, associados a garantias de contratação de serviços por parte da Vodafone Portugal de 10 milhões de euros anuais durante três anos, poderá existir um ajustamento de preço adicional de 7,5 milhões, pago em serviços, pelo que o preço total final poderá ascender a um máximo de 27,5 milhões”, acrescenta a Novabase.

Criada em 2000, a Celfocus, que resultou de uma joint-venture entre a Novabase e a Vodafone, conta com mais de 650 colaboradores, tendo gerado um volume de negócios de 65 milhões de euros e um EBITDA de 6,3 milhões em 2019. Apresenta ainda uma posição de caixa de 16,1 milhões, de acordo com a informação prestada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Estamos muito satisfeitos por ter alcançado este acordo com o nosso parceiro de longa data Vodafone Portugal, para a venda da sua participação na Celfocus”, referiu João Nuno Bento.

“Deter a propriedade da totalidade do capital é um elemento chave da nossa visão NextGen e no qual tínhamos interesse já há algum tempo. A partir de agora poderemos alocar recursos e explorar sinergias dentro do Grupo Novabase de uma forma mais eficiente”, acrescenta o CEO.

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Novabase dispara em bolsa com venda de negócio à Vinci

Tecnológica portuguesa vendeu a subsidiária Novabase Digital, responsável pelo negócio de Governo, Transportes e Energia, à Vinci por 33 milhões de euros. Dispara mais de 10% em Lisboa.

A Novabase está a ser a estrela numa sessão positiva na bolsa nacional. A tecnológica portuguesa regista uma valorização de mais de 10% depois de anunciar que vendeu a subsidiária Novabase Digital, responsável pelo negócio de Governo, Transportes e Energia, à Vinci por um valor de 33 milhões de euros.

Os títulos da tecnológica seguem a valorizar 11,55% para os 2,80 euros. É uma forte subida, que leva as ações para máximos do final de julho, suportada por um forte volume negociado. Trocaram de mãos mais de 27 mil títulos, gerando uma liquidez de mais de 73 mil euros que compara com a média diária de 33 mil euros nos últimos 12 meses.

Novabase brilha em Lisboa

Os investidores estão a reagir positivamente ao facto de a Novabase ter celebrado, “juntamente com a sua subsidiária indireta Novabase Consulting, um contrato de venda, à VINCI Energies Portugal, do seu negócio de “Application and Data Analytics” para os setores de Governo, Transportes e Energia”.

Esta operação, comunicada à CMVM, vai acontecer por 33 milhões de euros, valor que será pago na data de concretização da transação, refere o comunicado, mas que estará sujeito a ajustamentos. “A este valor pode acrescer um potencial earn-out de três milhões de euros, dependente da performance final do Negócio GTE que se vier a verificar no ano de 2019″.

Este negócio de Governo, Transportes e Energia emprega atualmente perto de 400 colaboradores e representou uma faturação de 35 milhões de euros no ano passado para a Novabase.

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Novabase já registou as operações de redução e aumento de capital

  • Lusa
  • 25 Outubro 2019

A Novabase anunciou que já procedeu ao registo das operações de redução e aumento de capital, e que face a isso o capital social da tecnológica ascende a 54,6 milhões de euros.

A Novabase anunciou esta sexta-feira que já procedeu ao registo das operações de redução e aumento de capital, e que face a isso o capital social da tecnológica ascende a 54,6 milhões de euros.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Novabase adianta que, no âmbito das deliberações tomadas na assembleia-geral extraordinária em 26 de setembro, a tecnológica “submeteu a registo junto da conservatória do registo comercial”.

A operação, também conhecida por harmónio, consiste na redução do capital social da empresa, de 15.700.697 euros para 11.304.501,84 euros, com vista “à libertação de excesso de capital”, e no aumento do capital social para 54.638.425,56 euros por incorporação do montante de 43.333.923,72 euros da reserva de prémios de emissão, mediante o aumento do valor nominal da totalidade das ações representativas do capital social de 0,36 cêntimos para 1,74 cêntimos.

“Em resultado do registo de tais operações, o capital social da Novabase ascende a 54.638.425,56 euros e o valor nominal de todas as ações representativas do capital social da Novabase é de 1,74 euros”, adianta.

As operações estarão concluídas junto da Central de Valores Mobiliários nos termos e prazos legais que constarão de anúncio a divulgar.

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Investidores aplaudem nova estratégia da Novabase. Ações valorizam 12%

  • ECO
  • 26 Julho 2019

Novabase explicou que para o futuro quer aumentar o foco nos negócios de próxima geração, como a Internet of Things e Inteligência Artificial, além de ter decidido avançar com mudanças na gestão.

Os números e sobretudo as ideias dadas a conhecer pela Novabase esta quinta-feira estão a ser muito bem recebidos pelo mercado, com a ação da empresa a valorizar perto de 12% ao início da manhã, para 2,66 euros, tendo chegado mesmo a superar os 15% nos primeiros minutos de negociação.

A tecnológica aumentou os lucros para 1,6 milhões de euros no primeiro semestre do ano e não só deu a conhecer o seu plano estratégico, como a intenção de recomprar títulos e criar stock options. E os investidores gostaram do que viram.

A Novabase explicou que para o futuro quer aumentar o foco nos negócios de próxima geração, como a Internet of Things e Inteligência Artificial, além de ter decidido avançar com mudanças a nível da própria gestão, no capital social e na remuneração tanto dos administradores e colaboradores como dos acionistas.

A empresa vai convocar uma AG para colocar a votação o novo plano estratégico, incluindo a intenção de deixar de distribuir 30% dos lucros em dividendos, como até aqui. Com a presente alteração, pretende-se garantir flexibilidade para otimizar a alocação dos recursos financeiros disponíveis, ao serviço das iniciativas do Update Estratégico 2019+”, que dá especial destaque ao Next-Gen, negócio dos serviços e tecnologias da informação da empresa portuguesa.

A Novabase pretende ainda realizar uma redução de capital em 4.396.195,16 euros, com a atribuição aos acionistas de 0,14 euros por ação — equivalente a 50 cêntimos por cada ação — para depois aumentar o capital “por incorporação de prémios de emissão” no montante de 43.333.923,72 euros.

A empresa explica que “após estas operações, o capital social da Novabase será fixado em 54.638.425,56 euros“. As ações passam a ter um valor nominal de 1,74 euros, sendo que a parte do capital que está dispersa em bolsa está a cotar no PSI Geral a valer 2,37 euros.

Na AG, ainda será questionado aos acionistas se aprovam um programa de recompra de ações próprias no montante de dez milhões de euros. Em cima da mesa está, finalmente, também uma proposta de plano de stock options, dirigido a membros do Conselho de Administração da Novabase e colaboradores da Novabase ou de outras sociedades do Grupo Novabase, tendo por objeto até 10% do atual capital.

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Novabase está à procura de 150 jovens talentos para contratar em 2019

A tecnológica portuguesa vai recorrer à Novabase Academy, programa que faz a seleção de talentos à saída das universidades, para fazer crescer a equipa.

A Novabase quer expandir a equipa em 2019. A empresa portuguesa vai contratar 150 jovens neste ano, através do programa Novabase Academy, que se destina à seleção e desenvolvimento do talento que sai das universidades. O foco vai estar nas áreas de informática, mas também de gestão de empresas.

A tecnológica quer encontrar jovens para desempenhar funções nas áreas de engenharia informática, engenharia eletrotécnica e de computadores, informática e gestão de empresas, de acordo com o Dinheiro Vivo (acesso livre). Há também vagas em gestão e economia, para analistas funcionais.

Já no ano passado a Novabase integrou 152 recém-graduados, para as áreas como telecomunicações, serviços financeiros, governo, transportes e energia, indica a empresa em comunicado. Foi em 2018 que mais jovens foram integrados na empresa, nos últimos cinco anos, e a maioria provinha do Instituto Superior Técnico.

A Novabase Academy dá aos jovens “a possibilidade de integrar equipas multidisciplinares e trabalhar em projetos e desafios inovadores e com dimensão internacional“, explica Ricardo Nunes, head of People & Organization da Novabase, citado em comunicado. O programa já se tem tornado conhecido dos jovens, e no ano passado recebeu mais de 2500 candidaturas.

“Vamos manter a aposta neste programa para que possamos continuar a contar com o talento necessário para responder às exigências do mercado, sobretudo num setor onde a competitividade é cada vez maior”, garante Ricardo Nunes. Desde o arranque do programa, em 2006, já foram integrados cerca de 1500 jovens.

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Novabase Capital compra 13% da startup de talento CBTalents

Numa altura em que as tecnológicas enfrentam problemas na retenção de profissionais, a Novabase Capital decidiu comprar 13% da CBTalents, uma startup portuguesa de recrutamento internacional.

A Novabase Capital comprou uma posição de 13% na CBTalents, uma startup portuguesa especializada no recrutamento internacional de profissionais da área das Tecnologias da Informação (TI). A aquisição foi feita através do Fundo de Capital de Risco Novabase Capital + Inovação, mas o montante da operação não foi revelado.

A CBTalents atua na área do talento aplicado à tecnologia, nomeadamente através do recrutamento de profissionais de áreas mais difíceis de encontrar no mercado. É o caso da engenharia e programação. Segundo a Novabase Capital, a startup fundada por Ricardo Nobre “atua no mercado europeu, onde tem clientes em 17 países”. Conta com 20 colaboradores diretos em Lisboa, Porto, Évora, Londres e Berlim e tem mais de uma centena de olheiros, considerados “colaboradores indiretos”.

“Fazemos este investimento com a convicção de que o mercado de trabalho está a mudar e é preciso reinventar a forma como chegamos ao talento e o conseguimos reter a longo prazo, sobretudo no setor das TI”, diz Maria Gil, administradora da Novabase Capital, num comunicado que a empresa se prepara para divulgar.

A aquisição desta participação na CBTalents acontece numa altura em que as empresa tecnológicas têm sentido dificuldades no recrutamento de profissionais das TI e na retenção dos mesmos, numa altura em que a oferta de talento é insuficiente para dar resposta às necessidades das companhias.

O problema foi assumido pelo próprio João Nuno Bento, presidente executivo da Novabase NBA 4,42% , numa entrevista ao ECO por ocasião do Web Summit: “Todas as empresas hoje têm um problema em reter talento, porque as propostas são múltiplas e não são apenas do mercado nacional. São propostas que vêm também de outros países onde o problema do talento ainda é maior do que aquele que existe em Portugal”, referiu o gestor.

No ano passado, o portefólio da Novabase Capital representou um volume de negócios de 45 milhões de euros, revela a empresa.

Evolução das ações da Novabase na bolsa de Lisboa

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Novabase volta a mudar de imagem em meados de 2019

A Novabase vai mudar de imagem em meados de 2019, nove anos depois de apresentar o logótipo vermelho e preto. Novo presidente executivo fala numa decisão estratégica de "arquitetura de marca".

Nove anos depois de ter trocado a cor azul pelo vermelho e preto, a Novabase vai voltar a mudar de imagem. A tecnológica portuguesa prepara-se para apresentar um novo rebranding em meados de 2019, numa tentativa de definir com mais clareza os vários negócios do grupo, apurou o ECO e confirmou o líder da tecnológica, numa entrevista à margem do Web Summit.

“Sim, estamos a preparar isso [o rebranding] para lançamento algures a meio do ano que vem”, disse João Nuno Bento, que assumiu a presidência executiva da Novabase no final de maio deste ano, quando confrontado pelo ECO com a informação. Na base da decisão está uma questão de “arquitetura de marca”.

“Temos vários negócios e, por vezes, os nossos clientes e os nossos acionistas têm a necessidade de perceber melhor esta diferença”, referiu. O gestor recusou revelar uma data, dizendo apenas que a empresa está a desenvolver esta nova arquitetura para tornar mais fácil a comunicação na empresa. “É uma surpresa, daqueles segredos de polichinelo”, desvalorizou João Nuno Bento.

O logótipo antigo da Novabase (à esquerda) e o atual logótipo (à direita). O slogan, a vermelho, tem variado.D.R.

Atualmente, o logótipo da Novabase NBA 4,42% inclui o vermelho, o preto e o branco, com um “N” estilizado. Esta foi a imagem apresentada pela empresa em meados de dezembro de 2010, altura em que a empresa ainda era liderada por Luís Paulo Salvado. A conceção da marca atual foi desenvolvida pela Albuquerque Designers. Antes, o logótipo da Novabase era composto exclusivamente pela palavra “Novabase” num tom claro de azul.

Fundada em 1989 e sedeada no Parque das Nações, em Lisboa, a Novabase é uma empresa de tecnologia com ramificações em vários setores, como o financeiro e o das telecomunicações. Para além de Portugal, tem presença em vários mercados no norte e leste da Europa, e no Médio Oriente. Conta, atualmente, com cerca de 2.100 trabalhadores, a maioria portugueses.

Cotação das ações da Novabase na bolsa de Lisboa

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Estas cinco empresas dão tudo o que lucraram aos acionistas. Incluindo a Sonae Capital, que teve prejuízos

Classificar estas cotadas de generosas talvez seja pouco: vão dar todos os lucros e mais alguns aos acionistas. Mesmo a Sonae Capital, cujo prejuízo não impede 15 milhões em dividendos.

Novabase, Sonae Capital, Nos, CTT e Jerónimo Martins: não há cotadas como estas.

Define-se payout como a parte dos lucros de uma empresa que vai para os acionistas. Mas quem teve prejuízos e mesmo assim vai distribuir dividendos pelos seus acionistas? Na bolsa de Lisboa, há uma empresa que apesar de ter fechado 2017 com as contas no vermelho vai remunerar os investidores. E também há aquelas vão dar o que lucraram e o que não lucraram para deixar os acionistas mais contentes. Classificar estas cotadas de generosas talvez seja pouco.

A Sonae Capital, empresa de capital de risco do grupo Sonae, registou prejuízos de 6,5 milhões de euros no ano passado. Mas isso não impediu a comissão executiva liderada por Cláudia Azevedo, filha de Belmiro de Azevedo, de manter o dividendo de seis cêntimos por ação. Ou seja, em cima da mesa estão 14,7 milhões de euros em remunerações aos acionistas, tornando mais difícil explicar o conceito por detrás de payout…

Os CTT e a Nos tão pouco ajudam a esclarecer o termo anglo-saxónico que define a parcela dos lucros que a empresa vai distribuir aos acionistas sob a forma de dividendo.

As cotadas mais generosas do PSI-20

Fonte: Reuters e CMVM

Por exemplo, o operador postal vai dar o dobro aos acionistas face ao resultado que obteve no ano passado: lucro 27 milhões de euros mas aos acionistas serão distribuídos 57 milhões de euros. Feitas as contas, o payout dos CTT supera mesmo os 200%, um cenário que não deverá voltar a repetir-se tão cedo, conforme já disse o presidente Francisco Lacerda.

Na Nos, cujo payout de 123,87% nos indica que também vai dar mais dividendos do que os lucros que obteve, o incrível é que nem mesmo assim os analistas pareçam ter ficado convencidos com a remuneração acionista: o BPI queria um dividendo maior do que os 30 cêntimos que a operadora liderada por Miguel Almeida propôs.

Mas por que razão as empresas estabelecem este tipo de políticas de remuneração acionista mais generosas? “Penso que traduz essencialmente a confiança das empresas relativamente ao futuro. Por outro lado, há empresas para as quais há diferenças mais significativas entre resultados e fluxos de caixa, sendo que a capacidade para pagar dividendos depende, em última instância, dos fluxos de caixa e não dos resultados“, explica Albino Oliveira, analista da Patris Investimentos, ao ECO.

Nos casos da retalhista Jerónimo Martins ou da tecnológica Novabase atingem-se pontos de equilíbrio entre lucros e dividendos. Se já compreendeu bem a definição de payout, então saberá que o payout nestas duas cotadas situa-se nos 100% (ou perto disso): tudo o que lucraram no ano passado vai para os bolsos dos investidores.

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Novabase sai. F. Ramada promovida ao PSI-20

O PSI-20 vai ter uma cara nova. No âmbito da revisão anual do índice de referência da bolsa nacional, a gestora decidiu promover F. Ramada.

O PSI-20 vai sofrer alterações. Continuará com apenas 18 cotadas, o mínimo exigido à luz das regras do índice, mas vai ter uma cara nova, a F. Ramada. A empresa foi escolhida pela gestora do mercado de capitais português para subir de divisão, passando para a primeira liga da bolsa de Lisboa. Vai substituir a Novabase.

No âmbito da revisão anual do índice, a Euronext Lisboa, liderada por Paulo Rodrigues da Silva, anunciou que a F. Ramada será incluída na principal montra do mercado de capitais português. A empresa liderada por João Borges de Oliveira será uma estreia no PSI-20. A cotada só entrou em bolsa em 2008, tendo-se mantido no índice geral.

Com a promoção da F. Ramada, Paulo Fernandes ficará com duas das suas três empresas cotadas no índice principal. A F. Ramada junta-se à Altri, sendo que a Cofina continua afastada da primeira liga da bolsa de Lisboa.

A F. Ramada vai entrar no índice a 19 de março, de acordo com a informação avançada pela Euronext. Antes, a Novabase será excluída, cerca de um ano depois de ter sido promovida ao índice principal. A empresa liderada por Luís Paulo Salvado abandona o índice principal devido à reduzida liquidez que os seus títulos apresentam.

Os cálculos realizados pelo ECO apontavam já no sentido da saída da Novabase, sendo que também a Ibersol poderia ser excluída tendo em conta o reduzido número de negócios que são realizados diariamente com as suas ações. A empresa de fast food que entrou no PSI-20 a par da Novabase acabou por ser poupada.

Em sua substituição, a Euronext escolheu a F. Ramada, sendo uma das três cotadas que estavam na “corrida” ao índice, de acordo com os cálculos do ECO. Os números davam primazia à Sonae Indústria, mas o Comité do PSI-20 optou por selecionar a empresa industrial de Paulo Fernandes

(Notícia atualizada às 20h06)

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Uma temporada depois, Ibersol e Novabase descem à segunda liga da bolsa

Foram as últimas a entrar no índice de referência. Um ano depois, vão ser despromovidas do PSI-20, dando lugar a outras duas cotadas. A decisão deve ser revelada hoje pela Euronext Lisboa.

Há muito tempo que o PSI-20 tem apenas 18 cotadas — chegou a ter menos com a saída do BPI. E vai continuar sem conseguir apresentar o número de títulos que o nome indica. É que da revisão anual do índice de referência do mercado português não deverá surgir nenhum nome novo para engordar a lista de cotadas. Mas isso não quer dizer que não haja novidades. Há. Duas empresas vão sair, dando lugar a outras duas. As que saem foram as últimas a ser promovidas à primeira liga da bolsa de Lisboa, há um ano.

Depois da saída do BPI do PSI-20, no seguimento da OPA do La Caixa, o principal índice acionista nacional ficou com 17 cotadas. Foi preciso esperar até março para que a gestora da bolsa nacional, a Euronext, apresentasse uma solução. As regras do índice impedem que este tenha menos de 18 títulos. Por isso, na revisão anual, mesmo sem empresas fora do índice principal capazes de cumprir com todos os requisitos, foram anunciadas duas entradas: a Novabase e a Ibersol, elevando o número para 19.

Agora, já com o PSI-20 de volta aos 18 títulos, depois da saída do Montepio, as duas cotadas voltam a descer à segunda liga, de acordo com os cálculos do ECO, com base nos dados da Reuters. A decisão deverá ser anunciada esta terça-feira pela Euronext Lisboa, no seguimento da reunião do Comité do PSI-20. A saída destes dois títulos do cabaz de referência nacional acontecerá mais para o final do mês. Deverão cumprir a última jornada no índice principal a 23 de março.

Tanto a Novabase como a Ibersol eram já repetentes no campeonato principal da bolsa portuguesa. A tecnológica liderada por Luís Paulo Salvado tinha sido despromovida em 2013, enquanto a Ibersol tinha estado pela última vez no PSI-20 em 2003, tendo regressado no ano passado. Nem uma nem outra, contudo, conseguiu aproveitar a montra que é o PSI-20. Logo após o primeiro mês de permanência no PSI-20, já o ECO dava conta da fraca expressão das duas cotadas em termos de títulos trocados na bolsa — em muitas das sessões passavam horas e horas sem sequer negociar.

Regresso da Sonae Indústria. Quem será a outra?

Se saem duas, e se o PSI-20 não pode ter menos de 18 títulos, há vagas por preencher. E o ECO sabe que a Euronext Lisboa irá substituir estes dois títulos por outros dois que, espera, possam tornar o índice mais competitivo. São duas posições para três candidatas. Impresa, Sonae Indústria e F. Ramada, de acordo com os cálculos realizados pelo ECO com base em dados da Reuters, são as cotadas em melhor forma para tomarem a posição da tecnológica e da empresa de fast food no índice.

Das três alternativas, aquela que aparenta ter vaga garantida é a Sonae Indústria. A promoção da empresa de aglomerados de madeira, juntando-se à Sonae e Sonae Capital, deverá surgir depois de um ano de importantes alterações naquilo que é a presença da empresa no mercado de capitais português. Ficou mais pequena, mas mais robusta. Como?

A cotada reduziu o seu capital de 812 milhões de euros para 253,3 milhões de euros para “cobertura de prejuízos” de mais de 600 milhões de euros registados entre 2008 e 2015. Adicionalmente, a empresa liderada por Paulo Azevedo procedeu a um reverse stock split em julho, numa operação que reagrupou 250 ações a valer 0,89 cêntimos num só título que chegou ao mercado com o preço de 2,225 euros. Atualmente, negoceia nos 3,91 euros, traduzindo uma valorização de 75% em pouco mais de meio ano.

Já não é uma penny stock. E isso é um bom argumento para regressar agora ao PSI-20, apesar de continuar a ser uma empresa com um valor de mercado com base no free float que não chega para o standard da bolsa de Lisboa. Apesar de valer 177 milhões de euros em bolsa, com base no capital efetivamente disperso no mercado, a capitalização não vai além dos 55 milhões, pouco mais de metade dos 100 milhões definidos nas regras. O mesmo acontece, contudo, com a F. Ramada e a Impresa, sendo que esta última é a que está mais longe de cumprir este requisito (vale 14,8 milhões).

As regras do PSI-20, em resumo:

  • “As empresas que tenham um free float inferior a 15% não serão selecionadas na revisão anual”, diz a Euronext. Ou seja, é necessário que estejam disponíveis para negociação pelo menos 15% das ações de forma a garantir a liquidez dos títulos.
  • “As ações de uma empresa devem ter uma free float velocity de, pelo menos, 25%”, ou seja, o número total de ações transacionadas deve representar, no mínimo, 25% do número total de ações cotadas disponíveis para negociação (…) nos 12 meses relevantes para a revisão”.
  • As empresas que cumprirem as regras de liquidez, devem também ter um valor de mercado com base no capital em bolsa de mais de 100 milhões de euros. “Por princípio, [devem] ter” esta capitalização mínima, diz a Euronext. Mas no final caberá ao Comité do PSI-20 a decisão.

Ganhar visibilidade… junto dos fundos

A entrada e saída de empresas do PSI-20 tem sido uma constante nos últimos anos. Seja pelas revisões feitas pela gestora da bolsa nacional, seja porque muitas empresas acabaram por ser excluídas. Montepio, BPI e, mais para trás, Banif, Espírito Santo Financial Group (ESFG) e Banco Espírito Santo (BES), entre outros nomes menos sonantes, são alguns dos exemplos de cotadas que acabaram por empobrecer o mercado de referência da bolsa nacional. Um índice que quer ser a montra das grandes empresas portuguesas, especialmente para os fundos.

A promoção ao índice de referência tende a puxar pelas cotações das empresas. A integração de uma empresa no PSI 20 traz maior visibilidade e liquidez à ação, permitindo que um maior número de investidores, nacionais mas principalmente internacionais, procurem as ações. Estas ações são especialmente procuradas por fundos de investimento que procuram replicar o comportamento dos índices, aumentando a pressão compradora. Nem todas conseguem, contudo, aproveitar essa montra. A Teixeira Duarte, que várias vezes entrou e saiu do índice criado em 1993, raramente tirou partido.

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