Novabase: lucro baixa para metade mas mantém dividendo de 15 cêntimos

Em 2017, a Novabase registou um lucro inferior ao do ano anterior mas, ainda assim, vai pagar dividendos de 15 cêntimos aos seus acionistas.

Os lucros líquidos da Novabase ficaram nos 4,8 milhões de euros em 2017, uma queda de exatamente 50% face ao ano anterior. De acordo com a informação avançada pela Comissão do Mercados de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa pretende ainda distribuir 4,7 milhões de euros aos seus acionistas, um valor que representa um dividendo de 15 cêntimos por ação.

A tecnológica portuguesa registou lucros líquidos de 4,8 milhões de euros no ano passado, um valor que compara com os 9,6 milhões do ano anterior. Em comunicado, o presidente executivo Luís Salvado explica que “os resultados de 2017 refletem o cumprimento dos objetivos traçados para o ano e as transformações” que estão a “operar no negócio”. Ainda no mesmo período, a marca registou um volume de negócios de 139,7 milhões de euros, superior aos 135,7 milhões do ano anterior.

“Por um lado, estamos a substituir atividade nas geografias com maior volatilidade e dificuldades cambiais por uma maior presença na Europa, a qual já representa cerca de 70% das operações internacionais. Por outro, intensificámos a nossa aposta na especialização das ofertas, de forma a serem uma forte alavanca à digitalização do negócio dos clientes”, lê-se no comunicado.

Em termos de EBITDA, a Novabase registou o dobro — 10,9 milhões em 2017, comparativamente aos 5,9 milhões em 2016. Um valor que a empresa justifica com “as situações atípicas ocorridas no exercício de 2016: custo extraordinário ocorrido num projeto e mais-valia com a alienação do negócio de Infrastructures & Managed Services“. No mesmo comunicado, a empresa adiantou ainda que o guidance para este ano é um volume de negócios de 140 milhões e um EBITDA de oito milhões.

O ano foi ainda marcado pelo regresso da Novabase ao PSI20, possibilitando uma maior visibilidade do título. Em 2017, a Novabase quase triplicou o volume de transações, valorizando-se 48%”, indicou o presidente da tecnológica. A Novabase regressou ao índice de referência em março.

A empresa revelou ainda que, “dado o forte balanço”, vai propor na assembleia geral de 2018 “a distribuição de 4,7 milhões de euros aos acionistas, através do “pagamento de um dividendo de 15 cêntimos por ação, que corresponde a um payout de praticamente 100% e a uma yield em torno dos 5%”.

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Mexia não é o único. Metade do PSI-20 também tem gestão em fim de mandato

Mexia não é o único gestor em Lisboa que está em fim de mandato. Metade das cotadas da bolsa de Lisboa também terá de eleger novos membros no próximo ano. Chineses vão ter palavra decisiva.

São oito os CEO cujos mandatos terminam no final do ano (por ordem, da esquerda para a direita): Luís Paulo Salvado (Novabase), Moura Martins (Mota-Engil), Cláudia Azevedo (Sonae Capital), Manso Neto (EDP Renováveis), António Mexia (EDP), Nuno Amado (BCP), Palha da Silva (Pharol) e Rodrigo Costa (REN).

António Mexia não é o único gestor cujo mandato caminha para o fim em 2017. Quase metade das cotadas que compõem o PSI-20 também vai ter de eleger novos presidentes e equipas de gestão assim que os mandatos atuais terminarem no final deste ano, segundo o levantamento realizado pelo ECO. Em muitas destas decisões os chineses vão ter uma palavra importante a dizer. Tal como acontece na EDP.

Além da EDP, onde António Mexia verá o seu lugar de CEO ser discutido em Pequim no próximo dia 22 de outubro, também EDP Renováveis, BCP, REN, Novabase, Sonae Capital, Pharol e Mota-Engil vão ter de levar às próximas assembleias gerais de acionistas os nomes dos membros que vão compor os diferentes órgãos de governo das sociedades para os próximos anos.

Estas oito cotadas são de peso. Em conjunto, apresentam-se com um valor de mercado superior a 24 mil milhões de euros, respondendo por aproximadamente de 40% da capitalização bolsista de 60 mil milhões de um o índice de referência nacional composto, atualmente, apenas por 18 empresas.

Se há incerteza em relação à permanência de alguns dos gestores, há outros casos em que a aposta dos acionistas deverá passar pela continuidade face ao trabalhado apresentado até aqui. Esse deverá ser a situação de Nuno Amado. Foi ele que nos últimos anos empreendeu uma reviravolta no BCP, sobretudo com a libertação da intervenção do Estado depois anos de turbulência na instituição que culminou com o último aumento de capital de 1.300 milhões de euros, realizado em fevereiro.

Foi esta ampliação de capital que trouxe os chineses da Fosun para o primeiro plano no seio do banco — atualmente, o grupo chinês detém 25% do banco, à frente dos angolanos da Sonangol (com 15%). Juntos, estes dois acionistas terão voto de relevância na próxima equipa de gestão.

Quem termina mandato este ano

Chineses decidem

De resto, também o futuro das gestões de EDP e EDP Renováveis vai ser discutido sobretudo em mandarim. O caso de António Mexia na EDP é o mais mediático. A China Three Gorges detém 22,5%, procura alternativas a António Mexia e até já marcou um encontro para o dia 22 deste mês para decidir o futuro CEO, como adiantou em primeira mão o ECO.

Ainda que Mexia, que lidera a elétrica nacional desde 2007, tenha manifestado disponibilidade para continuar, os chineses estarão à procura de caras novas. A investigação judicial à empresa no caso dos CMEC terá pesado nesta decisão de mudança na administração da empresa. Francisco de Lacerda, cujo mandato nos CTT apenas termina em 2019, é um dos nomes falados para suceder ao antigo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações na EDP. A acontecer, isto obrigaria a mudanças também na liderança da empresa de correio postal. Mais uma. Lacerda Machado também foi apontado, mas disse ao ECO que “não tem perfil para ser CEO da EDP“.

Por outro lado, a permanência de Manso Neto à frente da EDP Renováveis também poderá ser uma incógnita. Ele é o braço-direito de Mexia e o mandato também termina dentro de três meses. E mais de dois terços da empresa de energias limpas é detida pela casa-mãe… onde os chineses mandam. Importa também lembrar que Manso Neto é outro dos arguidos no caso dos CMEC, uma das razões para os chineses pretenderem mudanças na EDP.

Na REN, também há chineses a assumirem papel relevante: a companhia estatal chinesa State Grid assume 25% da gestora de rede elétrica. O mandato de Rodrigo Costa expira igualmente no último mês do ano e acontece numa altura particularmente importante para a empresa: está em vias de diversificar o seu portefólio em Portugal com a aquisição de ativos de gás à EDP, numa operação avaliada em 530 milhões de euros.

Nova dança para o ano

Este ano pode haver mudanças em oito cotadas, numa lista que inclui ainda os nomes de Luís Paulo Salvado (Novabase), Cláudia de Azevedo (Sonae Capital), Luís Palha da Silva (Pharol) e Gonçalo Moura Martins (Mota-Engil). Estas empresas também vão ter eleger brevemente as novas administrações para o próximo ciclo. No caso de Luís Paulo Salvado, a tecnológica indicou esta segunda-feira que os acionistas propuseram o nome de João Bento para liderar a comissão executiva no triénio 2018-2020, enquanto Salvado assumirá apenas o cargo de chairman.

Em 2018, perspetiva-se uma nova dança de cadeiras. Estão na calha mudanças em mais seis empresas da bolsa de Lisboa, valendo 31 mil milhões de euros em valor de mercado (metade do PSI-20), com destaques para petrolífera Galp Energia, as retalhistas Jerónimo Martins e Sonae e a operadora de telecomunicações Nos.

Carlos Gomes da Silva lidera os destinos da Galp desde 2015 e o seu mandato de quatro anos à frente da petrolífera termina no final de 2018. Também Pedro Soares dos Santos (Jerónimo Martins), Paulo Azevedo/Ângelo Paupério (co-CEO na Sonae) e Miguel Almeida (Nos) se encontrarão em fim de ciclo nas respetivas empresas no próximo ano.

Quem termina mandato em 2018

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Acionistas propõem João Bento para CEO da Novabase

Luís Paulo Salvado vai continuar a ser o presidente do Conselho de Administração da Novabase, mas abandona cargo de presidente executivo. João Bento é o nome proposto pelos acionistas da tecnológica.

João Bento é o nome proposto para liderar a comissão executiva da Novabase, segundo a proposta dos acionistas para o mandato 2018-2021. Luís Paulo Salvado, que até agora acumulava as funções de CEO e de chairman, deverá continuar a ser o presidente do conselho de Administração.

De acordo com o comunicado da empresa ao mercado, os acionistas José Afonso Oom, Ferreira de Sousa, Luís Paulo Cardoso Salvado, Álvaro José da Silva Ferreira, Pedro Miguel Quinteiro Marques de Carvalho e João Nuno da Silva Bento vão propor uma alteração na estrutura e composição do órgão de administração da cotada.

Em concreto, a Novabase passa a 1) adotar um órgão de administração composto por um conselho de Administração integrado por membros executivos e por membros não executivos; e 2) delega poderes de gestão corrente da Novabase numa Comissão Executiva.

Se o conselho de administração continuará a ser liderado por Luís Paulo Salvado, já a comissão executiva será presidida por João Bento, até agora administrador da Novabase, de acordo com a proposta a levar à assembleia geral e eletiva que decorrerá no primeiro semestre de 2018.

As ações da Novabase acumulam uma valorização de 44% desde o início do ano. Apresenta uma capitalização bolsista de 113,4 milhões de euros.

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Novabase propõe dividendo extra de 50 cêntimos por ação

  • Marta Santos Silva
  • 27 Setembro 2017

A proposta vai ser votada no fim do mês. Tecnológica tenciona distribuir reservas e resultados acumulados no valor de 15 milhões de euros.

A Novabase propõe-se a distribuir pelos seus acionistas cerca de 15 milhões de euros em reservas e resultados acumulados, o que resulta num dividendo extraordinário de 50 cêntimos por ação, segundo um comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A proposta, que será votada no dia 26 de outubro, define que “sejam pagos aos acionistas 15.699.697,00 (…) euros, da rubrica de reservas e resultados acumulados, correspondente a um total de €0,50 (…) por ação, relativamente ao número total de ações emitidas”.

A Novabase, tecnológica que foi das entradas mais recentes para o PSI-20, fechou a sessão desta quarta-feira nos 3,20 euros por ação, inalterada relativamente ao dia anterior. Contas feitas, representa uma dividend yield de 15,6%.

A empresa optou por pagar estes dividendos, explica, porque tem liquidez suficiente para se manter em funcionamento a curto e médio prazo com bastante conforto, tendo assim “todo o interesse em promover medidas de remuneração acionista”, como contraponto às alternativas que existem no mercado no campo das aplicações financeiras.

Este ano, a Novabase já pagou um dividendo de 0,15 euros relativos ao exercício do ano anterior.

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Bolsa está em bull market. Olé!

PSI-20 já avança mais de 20% face ao mínimo de novembro, entrando em bull market. O ataque do touro na bolsa portuguesa está para ficar? Analistas acreditam que sim. Olé, touro lindo!

Touro chegou à bolsa portuguesa.Fotomontagem: Raquel Sá Martins

O touro está de volta à arena da bolsa nacional. O PSI-20 já avança mais de 20% desde que tocou mínimos de seis meses em novembro do ano passado, correspondendo à definição clássica do bull market. Há vários fatores que têm alimentado o movimento ascendente do mercado — o mesmo movimento com que aquele animal ataca através dos seus cornos. A vitória de Macron neste domingo reforçou o ambiente de otimismo nas bolsas. Lisboa será capaz de aguentar o ataque do touro? Os analistas acreditam que sim.

Desde o dia 14 de novembro, em que atingiu o nível mais baixo do último semestre, o benchmark nacional protagoniza uma rally imparável superior a 20%. Isto compara com o avanço de 16,6% do índice de referência europeu Stoxx 600 e de 10% do índice que funciona como um farol para investidores em todo o mundo, o S&P 500. Melhor só mesmo a bolsa de nuestros hermanos: o Ibex-35 ganha mais de 28% no mesmo período.

O facto de o PSI-20 partir de um nível mais baixo que os pares ajuda a explicar o bom momento da praça lisboeta. Mas há mais motivos. A começar pelo desempenho da economia e por fatores específicos das cotadas portuguesas, até ao maior otimismo no cenário internacional, criando o habitat perfeito para a convivência com o touro.

Madrid alcança melhor desempenho desde novembro

Fonte: Bloomberg (valores em %)

“O desempenho positivo do PSI-20 decorre do desempenho positivo do mercado europeu, com o ‘ponto de partida’ mais deprimido do PSI-20 face às congéneres a justificar a outperformance recente face a este, da resolução de algumas ‘histórias’ que estavam a pressionar o índice, de um período de M&A mais ativo no mercado português (conclusão da OPA sobre o BPI, lançamento da OPA da EDP sobre a EDP Renováveis), e da conjuntura económica ‘mais forte’ em Portugal, que consequentemente reflete-se num melhor desempenho operacional pelas cotadas com maior exposição à economia nacional”, diz a equipa de research do Banco BiG.

É um facto. Portugal apresenta níveis de confiança reforçados. As últimas notícias em relação ao défice, ao Produto Interno Bruto (PIB) e ao desemprego são positivas. A perceção de risco do país junto dos investidores internacionais está em queda livre — razão pela qual o IGCP já arrisca a ir ao mercado com leilões de dívida a dez anos. Da Europa sopram também ventos favoráveis e que saíram reforçados com a vitória de Emmanuel Macron nas eleições presidenciais francesas deste fim de semana, afastando Marine Le Pen do poder.

“Há um sentimento geral dos investidores, sobretudo ativos de risco como as ações, de diminuição da aversão ao risco e aumento da complacência perante a incerteza. Este fenómeno ficou mais visível desde o resultado da primeira volta das eleições francesas, com as sondagens a afastarem Marine Le Pen do Eliseu”, comenta João Queiroz, diretor de banca online do Banco Carregosa.

“A perceção do risco soberano dos países da periferia também melhorou. Mas não foi só isso: o calendário de apresentação de resultados nos EUA, em média, surpreendeu pela positiva com estimativas de crescimento de dois dígitos nos lucros”, reforça Queiroz.

"Há um sentimento geral dos investidores, sobretudo ativos de risco como as ações, de diminuição da aversão ao risco e aumento da complacência perante a incerteza. A perceção do risco soberano dos países da periferia também melhorou. Mas não foi só isso: o calendário de apresentação de resultados nos EUA, em média, surpreendeu pela positiva.”

João Queiroz

Banco Carregosa

Winners e laggers

No plano empresarial, também há motivos para pegar o touro pelos cornos. Algum do otimismo dos investidores em relação às cotadas está de regresso. Ou, pelo menos, a reputação do mercado nacional parece ter superado o trauma que foram as falências em catadupa do império Espírito Santo e Banif e ainda o caso da Portugal Telecom.

O próprio índice registou alguns ajustamentos nos últimos meses. Saiu o BPI depois da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank, entraram dois novos sócios para o PSI-20: Novabase e Ibersol.

Albino Oliveira, gestor de ativos da Patris Investimentos, nota que há um “regresso da confiança por parte dos investidores a algumas cotadas do PSI-20”. De facto, empresas como Mota-Engil, Navigator, Corticeira Amorim e Pharol têm estado em plena evidência na principal montra do mercado português: desde meados de novembro as ações acumulam ganhos entre 40% e 50%. Em relação à Novabase, a tecnológica liderada por Luís Paulo Salvado só chegou ao PSI-20 em março e o primeiro mês foi pautado por alguma ausência do mercado.

Winners da bolsa

Fonte: Bloomberg (valores em %)

Em sentido contrário, Nos Montepio e CTT não conseguiram aproveitar o sentimento mais favorável que o mercado português tem evidenciado desde novembro e são as exceções na bolsa nacional, enquanto REN e BCP têm estado aquém do desempenho do PSI-20, ainda assim mantendo-se em terreno positivo.

Importa salientar, porém, que o banco liderado por Nuno Amado valoriza aproximadamente 25% desde o início do ano. “Está a beneficiar do comportamento do setor na Europa, mas o desempenho traduz também uma maior confiança dos investidores relativamente ao balanço da instituição após a realização do aumento de capital”, argumenta Albino Oliveira. O BCP apresenta contas trimestrais esta segunda-feira após o fecho da bolsa.

Laggers da bolsa

Fonte: Bloomberg (valores em %)

Os riscos

O apetite no mercado nacional existe e pode durar, admitem os especialistas consultados pelo ECO. Mas este sentimento pode mudar de forma brusca a qualquer momento. E o touro vai embora.

“Por exemplo, uma deterioração no enquadramento económico, tendo em conta as atuais elevadas expectativas. Os indicadores de sentimento e atividade registaram nos últimos meses uma forte subida. Por outro lado, o movimento nas yields portuguesas foi também já bastante significativo…”, lembra Albino Oliveira. “Uma inversão no movimento (mesmo que temporária) em ambos os casos poderia ter um impacto negativo”, frisa o responsável.

"Uma inversão no movimento (mesmo que temporária) económico ou dos juros poderia ter um impacto negativo na bolsa portuguesa.”

Albino Oliveira

Patris Investimentos

Para João Queiroz, as maiores preocupações que enfrenta a bolsa nacional neste momento são sobretudo exportadas. “No fundo, temos sempre receio de uma crise sistémica do setor bancário, de um resultado inesperado de processos eleitorais (dentro de um mês haverá três processos eleitorais), de um cisne negro ou de uma das dez bolhas dos EUA suscitar preocupações relevantes”, elenca o gestor do Banco Carregosa.

Seja como for, o touro chegou à bolsa portuguesa e parece estar bem alimentado. Olé, touro lindo!

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Euronext: Media Capital, Impresa e Novabase continuam na Tech 40

Existem três empresas portuguesas que continuam a figurar no top da Euronext com as tecnológicas promissoras. No total estas 40 empresas atingem uma valorização de 14,5 mil milhões de euros.

A lista da Euronext com as pequenas e médias empresas europeias mais inovadoras continua com a Media Capital, a Impresa e a Novabase. O top relativo a 2017 contou com 12 entradas, mas nenhuma delas tem origem portuguesa. A Tech 40 é uma iniciativa do grupo de bolsas de valores europeias para promover as empresas tecnológicas de menor dimensão.

A maior parte das empresas destacadas pela Euronext encontram-se a operar nas áreas de telecomunicações, media e tecnologias de informação (TMT), como é o caso da Media Capital, a Impresa e a Novabase. Esta última foi recentemente adicionada ao principal índice português, o PSI-20, mas tem sido alvo de poucas transações. As ações estão valorizadas em mais de três euros por título. Tanto a Media Capital como a Impresa estão no PSI Geral.

Entre as 12 empresas que integram a lista relativa a 2017 estão principalmente negócios franceses, como é o caso da Showroomprive, mas também belgas e holandeses. Além da área de telecomunicações, media e tecnologias de informação, as restantes empresas enquadram-se na inovação na área da biotecnologia e das cleantech.

Esta lista serve para dar exposição a empresas de tecnologias promissoras que esteja nos índices bolsistas da Euronext. No total, as empresas que constam deste top viram as suas ações valorizar mais de 25% na comparação homóloga. No total, tiveram um lucro de 10 mil milhões de euros, 45 mil empregados e uma avaliação de mercado na ordem dos 14,5 mil milhões de euros.

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Um mês no PSI-20? Ibersol e Novabase só negociaram um dia

Foram promovidas ao índice de referência português há um mês mas têm estado "fora da bolsa". Ibersol e Novabase só negociaram 5% do tempo, pouco mais do que uma sessão em 21 sessões.

Ibersol e Novabase completam esta quinta-feira um mês na principal montra do mercado bolsista português. Mas, apesar da maior visibilidade com a pertença ao exclusivo índice PSI-20, tanto uma como outra têm faltado à chamada. Contas feitas aos minutos em que houve pelo menos uma transação destes títulos, as duas cotadas apenas negociaram pouco mais do que uma sessão desde o dia 20 de março. São dois zombies à solta em Lisboa.

O cenário é constrangedor para um índice de ações que funciona como principal chamariz internacional da bolsa portuguesa. A Ibersol IBS 0,00% e a Novabase NBA 0,00% chegaram ao PSI-20 há um mês, depois de o BPI ter deixado o benchmark português reduzido a 17 membros, mas têm ambas estado praticamente ausentes. Passaram-se 21 sessões desde a promoção. Porém, contabilizando os minutos em que houve efetivamente troca destes títulos, é como se tivesse passado apenas um dia de expediente na bolsa para as duas empresas. Porquê?

“São duas micro caps, pequenas empresas, de uma bolsa periférica”, diz Rui Bárbara, gestor de ativos do Banco Carregosa.

"São duas micro caps, pequenas empresas, de uma bolsa periférica.”

Rui Bárbara

Gestor de ativos do Banco Carregosa

Steven Santos, do Banco BiG, complementa: “A Ibersol e a Novabase têm um free float diminuto e uma baixa capitalização bolsista, o que, por si só, afastam investidores institucionais. Ao mesmo tempo, o PSI-20 tem tido um desempenho inferior ao de muitos índices acionistas europeus desde o início do ano”.

No caso da tecnológica liderada por Luís Paulo Salvado, é mesmo a cotada que apresenta a capitalização bolsista mais baixa do PSI-20, avaliada em menos de 100 milhões de euros. Já a empresa de restauração, que explora marcas como o Burger King ou Pizza Hut, tem um valor de mercado de 365 milhões de euros — vale mais, ainda assim, do que a Pharol, Sonae Capital e Montepio.

Fora do radar

Apesar a reduzida liquidez, as duas cotadas apresentam-se com ganhos bastante acima dos seus pares desde o início do ano. A Ibersol ganha 22% desde o início do ano e a Novabase avança mais de 24%, situando-as entre os melhores desempenhos do PSI-20. O rally delas aconteceu sobretudo quando ainda estavam na “segunda liga”, o que ajuda a explicar que desde o dia 20, em que passaram ao escalão principal, assumem valorizações menos expressivas face ao índice.

Fonte: Bloomberg (valores em %)

Apesar de surgirem destacadas, o fator novidade não tem despertado o interesse de muitos investidores, sobretudo institucionais. Com a promoção ao PSI-20, era expectável que Ibersol e Novabase entrassem no radar de muitos fundos de investimento, que estão direcionados sobretudo aos índices de referência. Só que neste caso isso não tem acontecido. Para Steven Santos, isto sucede por causa das forças de (des)equilíbrio dentro do próprio índice, numa estrutura bolsista que retira preponderância às pequenas cotadas em favor das grandes empresas.

“Há instrumentos passivos como os ETFs que não replicam integralmente a composição do PSI-20, devido ao baixo peso no índice de algumas empresas constituintes“, nota Steven Santos. No PSI-20, os seis principais membros — BCP, EDP, Jerónimo Martins, Galp, EDP Renováveis e Nos — têm um peso dominante de quase 70% sobre o índice. E “alguns cabazes de ações preferem deixar de fora ações com uma ponderação residual no índice”, remata o gestor do BiG. Ou seja, Ibersol e Novabase ficam na sombra.

"Há instrumentos passivos como os ETFs que não replicam integralmente a composição do PSI 20, devido ao baixo peso no índice de algumas empresas constituintes. Alguns cabazes de ações preferem deixar de fora ações com uma ponderação residual no índice.”

Steven Santos

Gestor do Banco BiG

Rui Bárbara acredita, ainda assim, que a entrada das duas cotadas no PSI-20 tenha aumentado o número de ordens dadas sobre estas ações, “quanto mais não seja por força dos volumes passivos, isto é das compras de instrumentos que replicam os índices, como os ETF”. “Mesmo assim, não deixam de ser títulos de baixa liquidez”, diz.

Luzes desligadas mas em máximos

A Ibersol pouco negoceia mas encontra-se num bull market que tem deixado o título em máximos históricos. Está a transacionar atualmente nos 15,03 euros. Para Steven Santos, a empresa liderada por António Teixeira tem ganho brilho especial com aumento da atividade turística em Portugal e Espanha, mercados onde está presente.

Ainda assim, as ações têm passado um pouco indiferentes, com pouca expressão no que toca à troca de títulos no mercado e nem os pequenos investidores tem demonstrado especial interesse na única empresa de restauração que negoceia em Lisboa. “Possivelmente, o elevado preço nominal, em torno dos 15 euros, é um fator dissuasor”, diz.

Já a Novabase, longe dos máximos de 14 euros que atingiu em 2000, em plena formação da bolha tecnológica em Wall Street, está a cotar nos 3,10 euros. É o valor mais elevado dos últimos três anos, com a empresa a beneficiar do encaixe de 44 milhões de euros resultante da venda da Infrastructures & Managed Services à Vinci, em janeiro.

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PSI-20? As campeãs da bolsa jogam na segunda liga

É como diz o outro: 15-0. Enquanto o PSI-20 desvaloriza desde o início do ano, as cotadas da segunda liga portuguesa avançam 15%. São os campeões da bolsa lisboeta.

Longe dos holofotes da primeira liga, há valores a brilhar de forma intensa no segundo escalão. Não, não estamos a falar de futebol. Falamos da bolsa. Se no PSI-20 moram as cotadas portuguesas de referência, são os outsiders do mercado nacional que marcam mais pontos este ano. Duas delas subiram esta segunda-feira à primeira divisão, a Novabase NBA 0,00% e Ibersol IBS 0,00% , e voltaram a impressionar.

Mas não se pode dizer que a presença na segunda liga, com as desvantagens de falta de visibilidade e reduzida liquidez que isso traz às cotadas, seja propriamente sinal de maus desempenhos. Pelo contrário. E vem ao encontro da tese do Nobel da Economia Robert C. Merton, que argumentou, em 1987, que as empresas com menor reconhecimento têm de oferecer retornos mais elevados para reparar a assimetria de informação entre os investidores.

Trinta anos depois, o desempenho da bolsa nacional valida a conclusão de Merton. Mais de dois meses e meio volvidos após o início do ano, enquanto o PSI-20 apresenta perdas para os investidores, a performance média das cotadas que “jogam” fora do benchmark bate não deixa de surpreender. É um 15-0.

Fonte: Bloomberg (valores em %) | Índice geral calculado com base na média de retorno desde o início do ano.

Para Albino Oliveira, é nos períodos de maior euforia bolsista que o apetite da parte dos investidores, sobretudo particulares, por títulos mais secundários, que não se encontram nas principais montras acionistas, é mais evidente. “O ambiente mais favorável aos mercados de ações é mais visível no resto da Europa/EUA do que em Portugal”, diz o gestor da Patris Investimentos.

Cientes do contributo que estas cotadas podem trazer às suas carteiras, os fundos nacionais também apostam nos bons valores que há na “segunda divisão”. Mas não é só isso.

Desde a falência do grupo Espírito Santo, em 2014, a gestora da bolsa portuguesa tem observado dificuldades em preencher por completo o seu índice de referência com as 20 cotadas. A Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI veio agravar a crise de identidade do PSI-20. A Bloomberg fez as contas (acesso livre / conteúdo em inglês) e o cenário até pode parecer um pouco embaraçoso: o PSI-20 apresenta-se com uma capitalização bolsista mais magra do que a do principal índice do Vietname.

Embora os portefólios sejam em grande medida compostos por títulos do índice de referência, há casos em que o peso destes títulos secundários chega aos 20% do valor total dos ativos em gestão, como acontecia no NB Portugal Ações, do Novo Banco, no final do ano passado. Ibersol, Novabase, Sonaecom, Impresa e Sonaecom estão entre as eleitas dos gestores portugueses.

Além de Ibersol e Novabase, que dão ganhos de 13% e 19% este ano, respetivamente, Albino Oliveira destaca ainda a Sonae Indústria, que estava bem posicionada para aceder ao PSI-20 após a saída do BPI.

“Tendo em conta a restruturação implementada pela gestão da empresa e o facto de se tratar de uma empresa cíclica, num momento em que o otimismo para a evolução da economia global tem vindo a aumentar”, explica o responsável. Para já, as ações da unidade industrial da Sonae vai com um avanço de 28% este ano.

Apenas Pharol e Corticeira se intrometem

Fonte: Bloomberg (valores em %)

Mas nem tudo são rosas. Se a falta de visibilidade pode resultar em oportunidades de negócio atrativas, também traz algumas consequências negativas. E o caso da Imobiliária Construtora Grão Pará serve muito bem de exemplo para os riscos associados ao investimento em títulos com visibilidade e liquidez muito, muito reduzida.

É certo que a Grão Pará é a campeã de inverno da bolsa portuguesa, com ganhos de 150% desde o início do ano. A variação extrema que é explicada com o valor da própria ação, de cinco cêntimos, que a faz disparar ou afundar de forma expressiva de um momento para outro quando na verdade pode estar a valorizar ou a desvalorizar um cêntimo.

Além disso, para quem detém ações da cotada o mais difícil é mesmo encontrar um comprador para elas: é rara a sessão em que negocia e, em média, foram trocados menos de dois títulos por dia nos últimos seis meses. No fundo, é um dos muitos zombies que deambulam no mercado nacional.

“O risco de liquidez é naturalmente importante, o que pode determinar e influenciar o preço ao qual o investidor consegue adquirir ou alienar uma participação na empresa”, explica Albino Oliveira.

"O risco de liquidez é naturalmente importante, o que pode determinar e influenciar o preço ao qual o investidor consegue adquirir ou alienar uma participação na empresa.”

Albino Oliveira

Gestor de ativos da Patris Investimentos

“Poderá também, por outro lado, impedir que a cotação possa refletir o valor justo de um determinado título. Ou seja, mesmo que um investidor consiga identificar uma oportunidade, a menor liquidez em mercado secundário poderá tornar mais difícil (ou prolongado) o ajuste da cotação para o valor justo”, diz o especialista.

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Ibersol com apetite no regresso ao PSI-20

A Ibersol teve uma sessão em cheio no regresso ao menu do PSI-20. As ações da cadeia de restaurantes aceleraram mais de 4% no dia em que foram novamente promovidas à principal montra nacional.

Acompanhando a Ibersol nesta promoção ao índice de referência, a Novabase acabou por assumir um papel secundário. Os títulos da tecnológica fecharam em alta de 0,3%.

O dia terminou com o PSI-20 em alta. Ganhou pouco menos de meio por cento naquela que foi a terceira sessão seguida no verde. Lisboa conseguiu mesmo contrariar o pessimismo que se observou um pouco por toda a Europa.

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Ibersol e Novabase estreiam-se no vermelho. PSI-20 recua

  • Rita Atalaia
  • 20 Março 2017

A praça portuguesa arranca a semana no vermelho, no dia em que passa de 17 para 19 cotadas. As duas novas empresas no PSI-20 -- Ibersol e Novabase -- também se estrearam em baixa.

A semana não arrancou da melhor maneira para a praça portuguesa. O PSI-20 arrancou em baixa, pressionado pelo setor energético, no dia em que passa de 17 para 19 cotadas. As duas novas empresas que integram agora o mercado de capitais português — Ibersol e Novabase — estrearam-se também no vermelho.

O principal índice da bolsa portuguesa, o PSI-20, abriu em baixa de 0,08% para 4.610,34 pontos. “Desde o início de fevereiro, o PSI20 tem oscilado entre os 4.571 e os 4.710 pontos, não apresentando assim uma tendência definida, ao contrário dos seus pares europeus. Este padrão demonstra a incapacidade do índice nacional em acompanhar a tendência geral dos mercados acionistas”, dizem os analistas do BPI no Diário de Bolsa.

Este desempenho negativo acontece no mesmo dia em que o índice de referência passa de 17 para 19 cotadas com a entrada da Ibersol e da Novabase. As duas empresas foram as escolhidas para integrar a montra do mercado de capitais português no âmbito da revisão anual que se realiza após a exclusão do BPI, que foi alvo de OPA do CaixaBank.

Mas a sua estreia também não foi a melhor. A Ibersol arrancou em queda de 0,1% para 14,48 euros, ao passo que a Novabase recuava 1,32% para 3 euros. No entanto, as perdas no setor energético é que estão a ditar a queda da bolsa nacional. A EDP cai 0,1% e a subsidiária EDP Renováveis cede 0,25%.

Mas a queda da Galp Energia é ainda mais pronunciada. A petrolífera recua 0,26% para os 13,55 euros, acompanhando as perdas das cotações do petróleo. Destaque ainda para a descida de 0,39% para 15,40 euros da Jerónimo Martins.

Na Europa, o cenário pinta-se igualmente de vermelho, com o Stoxx 60 a descer 0,24% para os 377,40 pontos. Isto depois de os investidores terem ficado apreensivos pelo facto de a declaração final da reunião de ministros das Finanças do G-20 ter excluído a tradicional condenação ao protecionismo económico e o apoio ao Acordo de Paris sobre o clima, refletindo a relutância do Governo norte-americano sobre os dois assuntos.

Hoje o foco vira-se para a reunião do Eurogrupo. “Depois da reunião do G20 na Alemanha, as atenções de hoje estarão focadas na reunião do Eurogrupo, cujo tema principal será a discussão dos desenvolvimentos relativos à segunda revisão do plano de ajustamento grego. Para hoje está também previsto um encontro entre a Chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe”, referem os analistas do BPI.

(Notícia atualizada às 08h23)

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Novabase dispara 5% com promoção ao PSI-20

Também a Ibersol regista um arranque de sessão positivo, depois de a Euronext ter decidido promovê-la juntamente com a Novabase ao principal índice acionista português.

As ações da Novabase estão em destaque esta terça-feira, depois de a revisão anual da Euronext ter colocado a tecnológica de novo na principal montra do mercado português, o PSI-20. Mas não vai sozinha. Também a Ibersol, que explora franchises na área da restauração, integra o índice de referência nacional a partir do dia 20 de março.

Com um disparo de 4,61%, a Novabase é mesmo a cotada nacional que mais brilha na sessão de hoje. Os títulos avançam para os 2,95 euros, a cotação mais elevada desde setembro de 2014, há cerca de dois anos e meio. No caso da Ibersol, que tem direitos de exploração das marcas KFC, Burguer King e Pizza Hut, as ações somam 1,05% para 14,5 euros.

A subida de divisão é encarada como positiva para ambas as cotadas, na medida em que a inclusão no PSI-20 traz mais visibilidade aos títulos, colocando-os no radar de fundos de investimento que seguem sobretudo índices de referência.

Novabase em máximos de dois anos e meio

“Trata-se de notícia positiva para os títulos pois a inclusão no índice PSI-20 aumenta visibilidade e poderá ajudar a aumentar a liquidez” de ambas as empresas, referiam esta amanhã os analistas do CaixaBI. Para o Haitong, a decisão da Euronext não tem impacto na avaliação que fazem da empresa.

"Trata-se de notícia positiva para os títulos pois a inclusão no índice PSI-20 aumenta visibilidade e poderá ajudar a aumentar a liquidez” de ambas as empresas.”

CaixaBI

Nota de investimento

“Contudo, poderá ser positivo para os títulos com os índices que acompanham o PSI 20 devem adicionar a Ibersol aos seus portfólios”, diz a equipa de research do Haitong.

“Marco” para a Novabase. Traz “visibilidade” à Ibersol

Para a Novabase, o regresso ao PSI-20 “significa um duplo reconhecimento”. “Por um lado, do resultado do trabalho dos mais de dois mil colaboradores da Novabase, neste período tão exigente na economia nacional e, por outro, do próprio setor das tecnologias de informação”, disse Luís Paulo Salvado, presidente da Novabase, ao ECO.

“Este setor é cada vez mais importante para a economia, com impacto transversal em todos os outros e, com a entrada da Novabase, passa a estar também representado no principal índice português. Após integrarmos o Tech40 da Euronext, que distingue as 40 empresas europeias que mais se destacam na inovação, este é mais um importante marco para a Novabase”, acrescentou Luís Paulo Salvado.

Novabase acelera na bolsa

Na Ibersol, a subida à primeira divisão europeia representa uma forma de conquistar “mais visibilidade”. Estamos “no principal mercado [da bolsa de Lisboa]” e isso traz “maior liquidez à ação”, salienta António Pinto de Sousa, vice-presidente da empresa de restauração, em declarações escritas ao ECO. “Mas em termos de negócio não altera nada”, sublinha.

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PSI-20: Promoção é um “marco” para a Novabase. Traz “visibilidade” à Ibersol

O PSI-20 tinha 17 empresas desde a saída do BPI. Na revisão anual conquistou duas cotadas. Novabase e Ibersol foram as eleitas pela Euronext. Uma promoção que ambas recebem com satisfação.

A OPA ao BPI afastou o banco do índice de referência da bolsa portuguesa. Se já só tinha 18… ficou com 17, mas agora vai ganhar duas novas cotadas, a Novabase e a Ibersol, passando a PSI-19. Uma promoção que traz novos setores à principal montra do mercado de capitais nacional, representando “um marco” para a tecnológica, mas também sendo vista como uma garantia de mais liquidez — fruto da maior “visibilidade” — para a dona de cadeias de restaurantes.

"A entrada no PSI-20 dá-nos mais visibilidade, porque estamos no principal mercado [da bolsa de Lisboa], e maior liquidez à ação.”

António Pinto de Sousa

Vice-presidente da Ibersol

Não tem sido fácil para a Euronext Lisboa “encher” o PSI-20. Há muito tempo que o índice de referência não tem as 20 cotadas que lhe dão o nome, sendo que a saída do banco ainda liderado por Fernando Ulrich deixou a gestora com um problema em mãos. Sem cotadas que cumpram a totalidade dos requisitos, a bolsa tomou a decisão de apontar a Novabase e a Ibersol para integrarem o índice a partir de dia 20 de março. E ambas agradecem a promoção.

A Ibersol, que tinha sido excluída do índice em 2003, vê a entrada no PSI 20 como uma forma de conquistar “mais visibilidade”, porque estão “no principal mercado [da bolsa de Lisboa], e maior liquidez à ação”, diz António Pinto de Sousa, vice-presidente da empresa de restauração, em declarações ao ECO. “Mas em termos de negócio não altera nada”, sublinha.

“Penso que para os investidores, de uma forma geral, é positivo” que a Ibersol passe a estar presente no índice de referência, beneficiando dessa visibilidade adicional sobre um negócio que não tinha, até agora, qualquer representação no PSI-20. E o mesmo acontece com a promoção da Novabase, uma tecnológica que esteve afastada do mercado principal desde 2013.

Após integrarmos o Tech40 da Euronext, que distingue as 40 empresas europeias que mais se destacam na inovação, este é mais um importante marco para a Novabase.

Luís Paulo Salvado

Presidente da Novabase

O regresso ao PSI-20 “significa para nós um duplo reconhecimento. Por um lado, do resultado do trabalho dos mais de dois mil colaboradores da Novabase, neste período tão exigente na economia nacional e, por outro, do próprio setor das tecnologias de informação”, diz Luís Paulo Salvado, presidente da Novabase, ao ECO, em declarações por escrito.

“Este setor é cada vez mais importante para a economia, com impacto transversal em todos os outros e, com a entrada da Novabase, passa a estar também representado no principal índice português. Após integrarmos o Tech40 da Euronext, que distingue as 40 empresas europeias que mais se destacam na inovação, este é mais um importante marco para a Novabase”, acrescenta Luís Paulo Salvado.

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