Pharol perde recurso contra multa de 12,15 milhões da Comissão Europeia

Num acórdão datado desta quarta-feira, o Tribunal Geral nega o recurso da antiga holding da PT no caso da cláusula de não concorrência que assinou com a Telefónica em 2010 no âmbito da venda da Vivo.

A Pharol, antiga holding da Portugal Telecom, perdeu no tribunal europeu o recurso contra uma coima de 12,146 milhões de euros da Comissão Europeia que lhe tinha sido inicialmente aplicada em 2013. O acórdão data desta quarta-feira.

Em causa está um acordo de não concorrência nos respetivos mercados celebrado entre a antiga PT e a Telefónica quando, em 2010, a PT aceitou vender à telecom espanhola a sua parte da operadora móvel brasileira Vivo.

Na altura, Bruxelas considerou que a cláusula, incluída no acordo de compra de ações pela Telefónica, tinha por objeto limitar a concorrência no mercado interno, em violação do direito europeu da concorrência. Assim, multou a Pharol em 12,29 milhões de euros e a Telefónica em 66,894 milhões.

Em 2016, o Tribunal Geral confirmou a ilegalidade do acordo entre os dois operadores ibéricos, mas ordenou um recálculo das coimas. Mais recentemente, em janeiro de 2022, a Comissão adotou uma nova decisão que manteve o valor da multa à Telefónica, mas reduziu ligeiramente a coima aplicada à Pharol, para os já referidos 12,146 milhões.

Mesmo assim, a Pharol recorreu da coima da Comissão, só que não conseguiu convencer o Tribunal Geral, que assinalou no acórdão desta quarta-feira que a ex-holding da PT “não demonstrou que a Comissão cometeu erros” na sua última decisão nem “apresentou nenhum fundamento ou argumento” para justificar o pedido de redução do montante da coima.

A Pharol ainda pode recorrer do acórdão do Tribunal Geral para o Tribunal de Justiça. Entretanto, as ações da empresa estão a cair 1,35% na bolsa de Lisboa, valendo 0,044 euros.

Oi já pagou coima. Decisão com “impacto nulo” nas contas

Entretanto, em comunicado enviado à CMVM, a Pharol esclareceu que a Oi, a quem incumbe a responsabilidade pelo processo, já pagou em 2016 uma coima no valor de 13,1 milhões de euros, pelo que “o impacto financeiro desta decisão sobre a Pharol é nulo”.

“Em 2022, esse valor foi revisto em baixa, conforme comunicado ao mercado de dia 25 de janeiro desse ano. A Pharol, com o acordo da Oi, apresentou recurso por não se aceitar o montante corrigido em 2022. A decisão de não provimento do TGE que agora saiu é relativa a este recurso”, sublinha a empresa, acrescentando que irá “avaliar a necessidade de adotar novos procedimentos”.

(Notícia atualizada às 13h35 com comunicado da Pharol)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pharol consegue baixar fatura com impostos em 205 milhões em dois dias

Ex-holding da Portugal Telecom venceu dois processos contra o Fisco e vê, assim, reduzidas as responsabilidades tributárias em mais de 205 milhões de euros em apenas dois dias.

A Pharol PHR 0,00% conseguiu uma redução da fatura com impostos de mais de 205 milhões de euros em apenas dois dias. Em causa estão dois processos que dizem respeito aos resultados de 2006 e 2007, altura em que a empresa ainda era a holding da Portugal Telecom.

Na quinta-feira, a cotada liderada por Luís Palha da Silva informou os mercados de que venceu um processo contra o Fisco relativo ao exercício fiscal de 2006, tendo conseguido uma descida da “responsabilidade tributária” de 147 milhões de euros, ficando a pagar apenas 22 milhões.

Já esta sexta-feira, a empresa voltou à carga, dando conta de que venceu outro processo contra o Fisco. Este diz respeito ao ano de 2007 e, no caso, a fatura de 35,3 milhões de euros em impostos “foi extinta”, de acordo com a empresa.

“Em termos globais, o valor de potenciais contingências fiscais para a Pharol, já considerando o processo de 2006, volta assim a reduzir-se, passando de cerca de 390 milhões de euros a 31 de dezembro de 2022 para cerca de 206 milhões de euros à data de hoje [12 de maio de 2023] (considerando já eventuais juros de mora nos processos)”, remata a Pharol.

Como notou o Jornal de Negócios na quinta-feira, o relatório e contas da Pharol relativo ao ano passado refere que as responsabilidades resultantes das contingências fiscais até 5 de maio de 2014 cabem à operadora brasileira Oi, onde a Pharol ainda mantém uma posição. Todavia, a Pharol é “solidariamente responsável” pelas mesmas.

Esta sexta-feira, as ações da Pharol caíram 1,63%, para 0,048 euros. Desde o ano passado que a empresa já não figura na primeira liga da bolsa de Lisboa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pharol acredita ser “possível e desejável” vir a investir noutras empresas

Gestão da ex-holding da Portugal Telecom explora opções para o futuro, incluindo voltar a ser uma verdadeira holding financeira, investindo "em atividades diversificadas". Telecomunicações na mira.

A administração da Pharol PHR 0,00% entende que existe um futuro possível para a empresa: voltar a ser uma verdadeira holding financeira, diversificando o negócio. O desafio é a escassez de recursos e o facto de existirem outras prioridades de momento, lê-se no relatório e contas consolidadas divulgado esta semana através da CMVM.

O ano passado voltou a ser de perdas para a Pharol, que é cotada na bolsa de Lisboa, mas foi despromovida à segunda liga da praça portuguesa. Os prejuízos atingiram 2,5 milhões de euros, sem geração de receitas. Além disso, ao longo de 2022, a empresa vendeu ações da Oi, o seu principal ativo, mantendo apenas 2,2% da companhia (posição avaliada em quatro milhões de euros a preços do final do ano), depois de ter iniciado o ano com 5,38% do capital social da operadora brasileira. Cada ação da Pharol vale agora menos do que uma pastilha elástica, apesar de os títulos terem transacionado perto de 30 cêntimos em 2018.

A Pharol, antiga holding da Portugal Telecom (PT), limita-se a gerir a posição na Oi, bem como a tentar recuperar o máximo possível do investimento ruinoso de 897 milhões de euros da PT em dívida da Rioforte, uma sociedade que pertencia ao Grupo Espírito Santo.

No relatório e contas, na parte sobre a estratégia e as perspetivas futuras, a Pharol assume “três claras orientações estratégicas para a sua atividade: otimização do valor dos ativos, redução de contingências e diminuição dos custos da sua operação”.

Dito isto, confirma a hipótese de, no futuro, explorar a hipótese de um portefólio diversificado de negócios: “Apesar de encarar como possível e até desejável o investimento em atividades diversificadas, afinal em linha com a vocação de uma holding financeira, têm constituído travões a desenvolvimentos em novos negócios uma certa exiguidade de recursos e a consciência clara da gestão de que, com elevada probabilidade, as duas primeiras orientações estratégias acima referidas ainda terão um calendário dilatado.”

“De facto, contando com recursos suficientes para executar as tarefas prioritárias durante alguns anos e não podendo contar com receitas nos mais próximos, tem sido considerado imprescindível manter um nível de liquidez aceitável para um horizonte de médio e de longo prazo”, refere o relatório. No final de 2022, a Pharol tinha 20,96 milhões de euros em saldo de caixa e equivalentes e fonte familiarizada com o assunto disse ao ECO que um dos setores para os quais a Pharol poderia diversificar é o das telecomunicações. Não haverá, de momento, nenhuma operação em curso.

O ECO também sabe que a ideia de diversificar para outras áreas de negócio já tinha sido ponderada no ano passado. Entre as opções estaria a venda total ou parcial da posição na Oi ou mesmo da dívida da Rioforte, da qual a Pharol só espera reaver 51,9 milhões de euros.

O assunto tinha sido discutido na assembleia geral de 25 de março de 2022, em que a equipa liderada por Luís Palha da Silva disse aos acionistas que em cima da mesa estavam todas as hipóteses, apurou o ECO na altura junto de fonte familiarizada com o teor da reunião, informação corroborada por uma segunda fonte.

Cotação das ações da Pharol em Lisboa

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Administração da Pharol abdica de até 20% do salário após despromoção na bolsa

Conselho de Administração liderado por Luís Palha da Silva decidiu reduzir em até 20% o seu próprio salário, depois de a Pharol ter sido despromovida do principal índice bolsista português.

O Conselho de Administração da Pharol decidiu abdicar de até 20% do seu próprio vencimento, depois de a empresa ter sido despromovida da primeira liga da bolsa de Lisboa, apurou o ECO junto de duas fontes familiarizadas com o assunto. A antiga holding da PT vai ainda mudar-se do edifício Amoreiras Square, em Lisboa, para uma localização financeiramente mais acessível, de forma a reduzir as despesas.

Estas informações foram comunicadas pelo presidente executivo da Pharol, Luís Palha da Silva, na última assembleia geral de acionistas da companhia, que decorreu em 25 de março, apurou o ECO. Duas semanas antes, a Euronext Lisbon confirmava que a Pharol era uma das quatro empresas que iriam deixar o PSI-20, a par da Ibersol, Ramada e Novabase. A saída efetivou-se em 21 de março, com a mudança de nome do índice para PSI, quatro dias antes da referida reunião de acionistas da Pharol.

Ora, nessa reunião, Palha da Silva informou os acionistas da decisão do Conselho de Administração de levar a cabo uma redução do próprio vencimento, no limite de 20%, de forma temporária. A administração entende que, apesar de os custos terem vindo a encolher nos últimos anos, ainda existe alguma margem de “compressibilidade”. A opção terá sido acompanhada pelos restantes órgãos sociais da Pharol, sendo que a empresa também tem vindo a reduzir o número de efetivos.

Contactada pelo ECO, fonte oficial da Pharol respondeu que “é a convicção de todos os órgãos sociais de que é preciso um claro alinhamento com os interesses dos acionistas”. No ano passado, as ações da empresa desvalorizaram quase 40%, enquanto o índice de referência nacional subiu 13,7% no mesmo período.

Em 2021, Luís Palha da Silva recebeu 324.660 euros como CEO da Pharol em remuneração fixa e 64.729 euros em remuneração variável, de acordo com o último relatório de governo da sociedade. Os restantes administradores receberam 35 mil euros em remuneração fixa cada um, à exceção de Jorge Cardoso, que recebeu 8.750 euros, e da administradora que representa o Novobanco, Ana Ferreira Dias, pela qual a Pharol pagou 28.700 euros diretamente ao banco.

A Pharol resultou da queda da antiga Portugal Telecom, por causa da exposição ao Grupo Espírito Santo (GES). Já foi a maior acionista da Oi, a operadora brasileira que ficou com os ativos da Meo, vendidos em 2015 à Altice de Patrick Drahi. A posição da Pharol na Oi foi entretanto diluída para 5,28%.

Atualmente, além de gerir esta participação, a Pharol tenta recuperar o dinheiro investido pela PT em dívida da Rioforte, uma subsidiária do GES, no valor de 897 milhões de euros. Com mais de 16,5 milhões de euros em caixa no final de 2021, fechou o ano com um resultado líquido negativo de quase 2,4 milhões de euros. Gastou pouco mais de 1,3 milhões de euros em salários, uma redução de cerca de 10% face aos 1,45 milhões gastos em 2020.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prejuízos da operadora brasileira Oi crescem para 1,55 mil milhões em 2020

  • Lusa
  • 29 Março 2021

No ano passado, as receitas caíram 6,8% para 18.776 milhões de reais (2.764 milhões de euros) "em função da expressiva redução das receitas de serviços legados", refere a operadora brasileira Oi.

A operadora brasileira Oi, participada da portuguesa Pharol, viu os prejuízos aumentarem em 2020, face ao ano anterior, para 10.530 milhões de reais (1.550 milhões de euros), de acordo com informação divulgada esta segunda-feira.

Em 2019, os prejuízos da Oi tinham sido de 9.000 milhões de reais (cerca de 1.325 milhões de euros, à taxa de câmbio atual).

Mesmo impactada pela pandemia, a Oi conseguiu inverter a tendência no quarto trimestre ao registar lucros de 1.798 milhões de reais (264 milhões de euros).

No ano passado, as receitas caíram 6,8% para 18.776 milhões de reais (2.764 milhões de euros) “em função da expressiva redução das receitas de serviços legados”, refere a empresa, no comunicado dos resultados do quarto trimestre.

No último trimestre de 2020, as receitas totalizaram 4.777 milhões de euros (703 milhões de euros), menos 2,8% que em igual período de 2019, mas uma subida de 1,5% em relação aos três meses anteriores.

“No quarto trimestre, a receita líquida das operações brasileiras [Brasil] totalizou 4.720 milhões de reais [695 milhões de euros], mais 1,5% em comparação com o terceiro trimestre e menos 2,9% em relação” ao período homólogo de 2019, lê-se no comunicado.

A receita líquida das operações internacionais [África e Timor-Leste] somou 58 milhões de reais (8,5 milhões de euros), ficando estável (0,1%) face ao terceiro trimestre, mas com uma queda de 13% em termos homólogos.

“No acumulado, no ano de 2020, a receita líquida das operações brasileiras foi 7,0% inferior ao ano de 2019, enquanto a receita líquida das operações internacionais cresceu 17,2%”, adianta a Oi.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 2,8% no ano passado, face a 2019, para 5.845 milhões de reais (860,6 milhões de euros).

Os investimentos (capex) da Oi, incluindo as operações internacionais, somaram 1.736 milhões de reais (255,6 milhões de euros) no quarto trimestre, uma redução homóloga de 12,8% e de 13,7% face ao terceiro trimestre.

Já o capex total de 2020 atingiu os 7.299 milhões de reais (cerca de 1.074 milhões de euros), uma diminuição de 6,9% face a 2019.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pharol e Oi colidem por causa da blindagem dos estatutos

  • ECO
  • 24 Março 2021

A administração liderada por Palha da Silva quer desblindar os estatutos da Pharol, mas a Oi é contra e apresentou uma proposta inversa, para manter esse limite.

O Conselho de Administração da Pharol quer alterar os estatutos da empresa para remover o limite que impede os acionistas de votarem com mais de 10% dos direitos de voto, mesmo que tenham mais ações. Porém, a proposta está a gerar celeuma. A Telemar Norte Leste, que pertence ao grupo Oi e tem 10% das ações da Pharol, colocou em cima da mesa uma proposta no exato sentido oposto, para manter a “blindagem” nos estatutos.

A notícia foi avançada pelo Jornal de Negócios (acesso pago). A operadora brasileira “não entende ser oportuno, no atual contexto pandémico”, alterar “disposições estruturais de governo societário” da Pharol. Em contrapartida, a administração liderada por Luís Palha da Silva acredita que “a blindagem estatutária afigura-se mais prejudicial do que benéfica à sociedade”.

A desblindagem deixaria a empresa portuguesa mais exposta a eventuais ofertas de aquisição, pois a compra da Pharol daria ao seu comprador o controlo de uma posição de 5,3% na Oi, da qual a Pharol é o segundo maior acionista, explica o jornal. A Pharol, ex-holding da Portugal Telecom, está cotada no PSI-20.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Oi passa de lucros a prejuízos. Perde mil milhões no trimestre

A Oi registou um prejuízo de 6.284 milhões de reais entre janeiro e março, ou mais de 1.000 milhões de euros. Empresa justifica o resultado com a desvalorização do real.

A operadora brasileira Oi perdeu 6.284 milhões de reais (1.056 milhões de euros) entre janeiro e março, um resultado negativo que compara com os lucros de 679 milhões de reais (114 milhões de euros) obtidos no mesmo trimestre de 2019.

A empresa de telecomunicações explica que os resultados foram “fortemente afetados pelos impactos da variação cambial”. Mais concretamente a desvalorização do real face ao dólar.

No mesmo período, os lucros antes de juros e impostos (EBIT) fixaram-se em 188 milhões de reais (31,6 milhões de euros), uma queda expressiva face aos 925 milhões de reais (155,5 milhões de euros) registados no primeiro trimestre de 2019.

As receitas da Oi caíram 7,4% no primeiro trimestre comparativamente com o período homólogo, tendo-se fixado em 7.749 milhões de reais (1.302 milhões de euros). É também uma queda de 3,4% na análise em cadeia.

Ao nível operacional, a companhia destaca o ter alcançado a meta do milhão de clientes de fibra ótica, assim como o disparo de 701% nas receitas com os clientes desta tecnologia, que passaram de 26 milhões de reais (4,3 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2019 para 205 milhões de reais (34,5 milhões de euros) no primeiro trimestre deste ano.

Esta semana foi conhecido o plano da Oi para vender a rede móvel no Brasil ao maior lance, tendo estipulado um preço mínimo de 15 mil milhões de reais (2.500 milhões de euros). A empresa propôs também um aditamento ao plano de recuperação judicial que poderá facilitar a criação e alienação de unidades produtivas dentro da empresa.

A Oi é detida em 4,94% pela Bratel, uma empresa controlada na totalidade pela portuguesa Pharol PHR 0,00% . A Pharol é a antiga holding da Portugal Telecom e as respetivas são cotadas na bolsa de Lisboa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Oi propõe aditamento ao plano de recuperação. Quer facilitar venda de unidades de negócio

  • Lusa
  • 16 Junho 2020

A operadora brasileira Oi apresentou uma proposta de aditamento ao plano de recuperação judicial. Entre outras coisas, a proposta facilita a formação e venda de unidades de negócio.

A operadora brasileira Oi apresentou uma proposta de aditamento ao plano de recuperação judicial que tem em curso nos tribunais brasileiros, de acordo com um comunicado encaminhado pela acionista Pharol PHR 0,00% à CMVM. O objetivo é “assegurar maior flexibilidade e eficiência financeiras”.

“Estes ajustes facilitarão, ainda, o acesso da companhia ao mercado financeiro para a captação de novos recursos necessários ao equacionamento racional de sua dívida e à viabilização da execução não apenas do seu plano de recuperação judicial, mas também do seu plano estratégico, que visa ao reposicionamento da companhia”, bem como “à criação de valor para todos os seus stakeholders e à sustentabilidade de longo prazo”, diz a Oi.

Este plano será ainda submetido a votação pela Assembleia-Geral de credores do grupo, “podendo, portanto, sofrer ajustes nos seus termos e condições e nas medidas nele previstas”, lê-se no comunicado.

Os objetivos da Oi com este aditamento passam por “prever a possibilidade de formação de unidades produtivas isoladas (“UPIs”), mediante a segregação de determinados negócios e ativos do grupo Oi e a alienação dos mesmos”, garantindo “assim a maximização do seu valor e a geração dos recursos necessários para o pagamento de credores”, segundo a empresa.

A Oi pretende ainda “estabelecer melhorias nas condições de pagamento para parte substancial dos pequenos credores, como forma de redução da litigiosidade e de satisfação mais rápida deste tipo de credor”, bem como “permitir a contratação de financiamentos e outras formas de captação adicionais pelas ‘recuperandas’, para manutenção dos investimentos necessários e pagamento dos seus credores”.

Segundo a empresa, este aditamento irá também “permitir a segregação, a partir de sociedade integrante do grupo Oi, de alguns ativos de fibra e infraestrutura, visando criar uma estrutura societária mais flexível e eficiente para acelerar os investimentos na expansão da rede de fibra ótica”, podendo esta sociedade aceder ao mercado financeiro e de capitais e captar recursos adicionais com custos mais baixos, indicou a empresa.

Esta informação foi divulgada à CMVM pela Pharol, que em 31 de dezembro de 2019 detinha como principais ativos 326.259.859 ações ordinárias e 1.800.000 ações preferenciais da operadora brasileira, representativas de 5,5% do capital social total.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Após venda da Unitel, Oi deposita garantia de 34 milhões em benefício da Pharol

A Oi depositou mais de 34 milhões de euros numa conta em favor da Pharol. O objetivo é garantir a Pharol "em caso de eventual condenação em contingências tributárias".

A Oi depositou mais de 34 milhões de euros como garantia à Pharol PHR 0,00% no caso de “eventual condenação em contingências tributárias da responsabilidade” da operadora brasileira. A informação foi comunicada pela Pharol à CMVM.

“A Oi, através da PT Participações SGPS, efetuou um depósito em conta garantia no montante de 34.340.803,32 euros, destinados a garantir a Pharol em caso de eventual condenação em contingências tributárias da responsabilidade da Oi”, lê-se na nota enviada ao regulador.

Esta garantia surge na sequência da venda pela Oi da sua participação de 25% na angolana Unitel à petrolífera estatal Sonangol. A venda vai render um total de mil milhões de dólares (cerca de 900 milhões de euros) à operadora brasileira.

O depósito estava previsto no Instrumento Particular de Transação e Outras Avenças. O documento foi “celebrado entre a Pharol e a Oi no dia 9 de janeiro de 2019”, recorda a antiga holding da Portugal Telecom. Através da Bratel, a Pharol controla 4,94% da Oi.

Evolução das ações da Pharol na bolsa de Lisboa

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sonangol diz que reforço na Unitel visa “permitir a estabilização” da empresa

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2020

A petrolífera angolana considera que a compra da participação de 25% da brasileira Oi na Unitel vai permitir a "estabilização e normalização" da operadora de telecomunicações angolanas.

A Sonangol, que comprou a participação de 25% que a brasileira Oi tinha na angolana Unitel, afirmou que esta operação tem “como objetivo principal permitir a estabilização e a normalização” da atividade daquela empresa.

A operadora brasileira Oi confirmou esta sexta-feira a venda dos 25% que detinha na angolana Unitel à petrolífera Sonangol por 1.000 milhões de dólares (903 milhões de euros, à taxa de câmbio atual), divulgou a sua acionista Pharol.

Esta aquisição pela Sonangol tem como objetivo principal permitir a estabilização e a normalização das atividades da Multitel e da Unitel, considerando, sobretudo, a importância estratégica desta última para Angola, na medida em que é a maior operadora de redes móveis no país, detendo uma quota de cerca de 80% do mercado de comunicações móveis e de dados, e é um dos maiores empregadores privados do país”, justifica a petrolífera angolana, em comunicado hoje divulgado.

"Esta aquisição pela Sonangol tem como objetivo principal permitir a estabilização e a normalização das atividades da Multitel e da Unitel, considerando, sobretudo, a importância estratégica desta última para Angola.”

Sonangol

Comunicado

“Nos últimos anos, a Unitel tem-se visto envolvida numa disputa acionista que tem impedido o investimento e desenvolvimento da empresa, conduzindo previsivelmente a uma deterioração da sua condição económica e financeira, caso não sejam criadas as condições que permitam alcançar um consenso acionista”, refere a Sonangol, que com esta compra passa a controlar a empresa, com 50%.

Com esta aquisição, “a Sonangol espera reunir condições para que a gestão da Unitel possa aprovar o plano de negócios da empresa, realizar os investimentos necessários e assegurar a estabilidade e a preservação dos postos de trabalho”, salienta a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola.

A Oi detinha 25% da Unitel através da PT Ventures.

Esta última era titular de participações sociais em duas empresas de direito angolano, nomeadamente a Multitel – Serviços de Telecomunicações (40%) e Unitel (25%), detendo também direitos de crédito de dividendos declarados pela Unitel e já vencidos.

“A Sonangol informa ainda que a aquisição envolveu o pagamento de um montante inicial de 699 milhões de dólares [631,2 milhões de euros, à taxa de câmbio atual] e um pagamento diferido de 240 milhões de dólares [216,7 milhões de euros]”, este último até final de julho.

“Trata-se de um investimento bastante atrativo da Sonangol, porquanto a PT Ventures, além do seu valor de mercado (‘equity value’), tem direito ao recebimento de aproximadamente 1.100 milhões de dólares [993 milhões de euros] de dividendos declarados pela Unitel e já vencidos e, bem assim, de um conjunto de direitos indemnizatórios decorrentes da decisão final proferida por um Tribunal Arbitral contra os demais acionistas da Unitel no valor aproximado de 350 milhões de dólares [316 milhões de euros]”, refere a Sonangol.

A Sonangol passa, assim, a consolidar 50% do capital social da empresa, “o que lhe confere, nos termos do acordo parassocial existente, o poder para nomear a maioria do Conselho de Administração e permitirá que um potencial desinvestimento, tal como previsto no programa de privatizações, seja efetuado em condições mais atrativas”, concluiu.

A Unitel contava com quatro acionistas com partes iguais (25%): PT Ventures (Oi), Sonangol, Vidatel (controlada por Isabel dos Santos) e a Geni (do general Leopoldino Fragoso do Nascimento).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acionistas reduzem conselho de administração da Pharol e “despedem” dois administradores

À segunda e última tentativa, os acionistas da Pharol aprovaram as duas propostas da Real Vida Seguros numa AG ainda menos participada do que a anterior.

O tamanho do conselho de administração da Pharol PHR 0,00% foi reduzido, depois de os acionistas da empresa terem aprovado uma proposta nesse sentido. Foram ainda destituídos os administradores Jorge das Neves e Aristóteles Drummond.

Os acionistas estiveram reunidos esta quarta-feira em assembleia-geral extraordinária, numa segunda e última tentativa de votar duas propostas da Real Vida Seguros, que controla 4,34% da Pharol. Ao que o ECO apurou, a reunião teve ainda menos participação do que a primeira tentativa, a 18 de dezembro, adiada por falta de quórum.

As duas propostas foram aprovadas por “unanimidade”, disse ao ECO fonte próxima da empresa, o que ditou a redução dos números mínimo e máximo de membros do board da Pharol para três e sete, contra os nove e onze que estavam previstos anteriormente, e a destituição dos dois administradores mencionados.

A diminuição efetiva do tamanho do conselho de administração era uma medida necessária porque, na perspetiva da Real Vida Seguros, os limites anteriores foram fixados “num momento em que se antevia um vasto escopo para a atividade da sociedade”. Ora, atualmente, a Pharol limita-se “à gestão da participação social” que tem na operadora brasileira Oi.

Esta reunião, agendada em novembro, também tinha sido marcada para tentar destituir o empresário brasileiro Nelson Tanure, que acabou por abandonar a Pharol pelo próprio pé a 10 de dezembro. Na altura, Tanure, que chegou a controlar direta e indiretamente mais de 18% da empresa (apesar de os estatutos estarem blindados a 10%), disse ao ECO sair com “dezenas de milhões de euros de prejuízo”.

A Real Vida Seguros é controlada pela Patris, de Gonçalo Pereira Coutinho. A empresa tornou-se acionista qualificado da Pharol a 9 de outubro. A antiga holding da Portugal Telecom é ainda controlada em 10% pela Telemar Norte Leste, em 9,56% pelo Novo Banco, em 4,88% pela High Bridge (associada a Tanure mas que está sob controlo do BCP). A empresa é cotada na bolsa de Lisboa e faz parte do PSI-20.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sistel paga mais de 147 milhões de euros à Oi ao longo de 36 meses

Foi aprovado o pagamento de mais de 147 milhões de euros à operadora brasileira Oi em 36 parcelas mensais pela Sistel, referente a um excedente registado num plano de pensão.

A Oi vai receber um pagamento mensal de 18,58 milhões de reais (4,1 milhões de euros), durante 36 meses, que será pago pela Sistel relativo ao excedente de um fundo de pensão administrado por esta última. A informação foi divulgada pela operadora brasileira, num comunicado que também foi enviado à CMVM pela portuguesa Pharol.

“A Oi vem informar os seus acionistas e o mercado em geral que a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) aprovou a distribuição de superavit para o plano PBS-A, administrado pela Sistel”, lê-se na nota.

Em causa está um montante total superior a 669 milhões de reais (147,61 milhões de euros), pagos à Oi em 36 parcelas mensais, pagas à Oi e à subsidiária Telemar Norte Leste. Segundo a Oi, “o pagamento da primeira parcela, referente ao mês de dezembro de 2019, já foi efetuado pela Sistel”.

A Sistel, mais concretamente o PBS-A, é um fundo de pensão para o qual contribuem empresas de telecomunicações como a Oi, a Tim e a Vivo, dirigido aos colaboradores destas empresas. A 20 de maio deste ano, a Sistel anunciou num comunicado que tinha feito à Previc um “pedido de distribuição” do referido excedente, pedido que veio, assim, a ser aprovado.

Cotada na bolsa de Lisboa, a Pharol, antiga holding da Portugal Telecom, controla uma posição de 4,94% da brasileira Oi, através da subsidiária Bratel. Por sua vez, a Telemar Norte Leste detém 10% do capital da Pharol, num total de mais de 89,65 milhões de ações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.