Depois da Apple, Amazon também já vale um bilião de dólares

A Amazon tornou-se esta terça-feira a segunda empresa em Wall Street a ultrapassar a barreira do bilião de dólares em capitalização bolsista.

A Amazon também já cruzou a meta e tornou-se a segunda empresa em Wall Street a ultrapassar o valor de mercado de um bilião de dólares, ou seja, 1.000.000.000.000 dólares. Este feito surge pouco mais de um mês depois de a Apple se ter sagrado a primeira cotada norte-americana a valer um bilião de dólares (ou one trillion dollars, no original em inglês). A notícia foi avançada pelo The Guardian.

Este é um marco histórico e muito relevante para a gigante fundada pelo norte-americano Jeff Bezos em 1994. A Amazon começou por comercializar livros e, agora, tem ramificações por setores como a tecnologia, o retalho, os conteúdos de entretenimento e os videojogos. Bezos acumula atualmente uma das maiores fortunas pessoais em todo o mundo.

Evolução das ações da Amazon em Wall Street

Os títulos da Amazon estão a valorizar esta terça-feira, numa sessão em que as bolsas norte-americanas estão em queda. Os títulos da empresa tocaram um máximo próximo dos 2.049,91 dólares por ação esta terça-feira, levando a capitalização bolsista a subir acima do bilião de dólares. Entretanto, os títulos corrigiram e estão a avançar 1,19% para 2.036,31 dólares, com a Amazon a valer 993,39 mil milhões de dólares.

A 2 de agosto deste ano, a Apple sagrou-se vencedora desta corrida ao bilião. A fabricante do iPhone sagrou-se a primeira empresa norte-americana e cotada em Nova Iorque a passar a meta do bilião de dólares de valor de mercado. Agora, existem várias empresas bem posicionadas para ocupar o terceiro lugar no pódio: a Alphabet (Google), a Microsoft e o Facebook são alguns exemplos, como escreveu o ECO no final de julho.

(Notícia atualizada às 17h10 com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Primeira loja sem funcionários correu bem. Amazon abre a segunda

A nova loja é mais pequena do que a primeira, mas localiza-se na mesma cidade. A oferta baseia-se em produtos alimentares confecionados localmente, quer nas cozinhas da empresa como pastelarias.

Chegou a segunda loja física da Amazon, que funciona de uma forma automatizada, sem funcionários. É novamente em Seattle, mas mais pequena do que a original, e continua a disponibilizar produtos alimentares locais.

Através de uma aplicação para o telemóvel, câmaras e sensores de peso nas prateleiras, o cliente entra e sai da loja sem passar por caixas registadoras. Ao passar as portas, é feito o scan da aplicação, que contabiliza o que o utilizador leva, e cobra depois de sair. A experiência é mais rápida do que a tradicional, principalmente se comparada com supermercados que costumam ter filas.

A oferta alimentar é assegurada por cozinheiros da Amazon e profissionais locais, mas como a dimensão é mais reduzida do que a primeira loja, esta não tem uma cozinha, avança o TechCrunch (acesso livre/conteúdo em inglês). Os produtos vão chegar a partir de cozinhas da empresa na cidade.

Funciona das sete horas da manhã até às sete da tarde nos dias de semana, com o objetivo de apelar mais a trabalhadores da zona. Os clientes podem comprar comida pronta a comer, refeições leves para várias alturas do dia, e ainda “Meal Kits“, que juntam ingredientes para uma refeição caseira para dois, que demora cerca de meia hora a confecionar.

Não é conhecido o plano da Amazon para expandir as lojas, mas algumas vagas de emprego colocadas no site da empresa parecem apontar para espaços em Chicago e São Francisco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alphabet, Amazon ou Apple. Qual vai ser a primeira a valer um bilião na bolsa?

É uma autêntica maratona rumo ao bilião de dólares de valor de mercado. E várias tecnológicas já estão a um pequeno passo da meta. Falta saber quem cruza a linha primeiro.

Há uma corrida em Wall Street. Uma corrida de gigantes que se esforçam por chegar ao bilião de dólares de valor de mercado. De três em três meses, essa corrida ganha fôlego com as apresentações de resultados das empresas. Foi o que aconteceu esta semana. A Alphabet apresentou receitas que surpreenderam os analistas. E as ações da dona da Google avançaram mais umas casas no tabuleiro de jogo da bolsa de Nova Iorque.

Quem chega primeiro à meta do bilião?

Por extenso, o número é este: $1.000.000.000.000. A meta poderá ser alcançada esta quarta-feira pela Alphabet, se a companhia mantiver a tendência de valorização que regista desde que apresentou contas esta segunda-feira à noite. Está já perto dos 875 mil milhões de dólares, ou $875.000.000.000. Mas a Alphabet é só mais uma das várias multinacionais que estão muito perto de valer o tão esperado bilião.

Aliás, nem sequer está à frente na corrida. É a Apple a maior gigante da bolsa e, neste momento, a empresa mais bem posicionada para valer uma grande “pipa de massa”. A fabricante do iPhone tem um valor de mercado de 948,5 mil milhões de dólares, tendo vendido mais de 200 milhões de telemóveis no ano passado. Vai apresentar resultados a 31 de julho e, dependendo dos números, poderá afastar-se da meta da corrida ou ultrapassá-la pela primeira vez.

Há ainda uma terceira gigante tecnológica perto do bilião. E é um nome conhecido: chama-se… Amazon. A empresa fundada por Jeff Bezos já vale perto de 891 mil milhões de dólares e vai apresentar contas esta quinta-feira. Segundo um inquérito a diversos investidores institucionais, citado pela CNBC, a maioria aposta que vai ser esta a primeira companhia a chegar à meta nesta corrida.

Por fim, outra tecnológica de peso no pelotão da frente é a Microsoft, que vale cerca de 832,6 mil milhões de dólares e tem vindo a registar ganhos em Wall Street, à boleia do sentimento positivo que paira sobre o setor.

Talvez ainda não tivesse noção destes números. Para se ter uma real noção da escala — e sem qualquer desprimor — a Galp Energia é a empresa mais valiosa da bolsa de Lisboa e vale “apenas” 14,1 mil milhões de euros, cerca de 16,5 mil milhões de dólares. Mas extrapolando para a realidade norte-americana, o Facebook vale 625,3 mil milhões de dólares, o JPMorgan Chase vale 384,77 mil milhões de dólares e a Berkshire Hathaway, do multimilionário Warren Buffett, está a valer quase 270 mil milhões de dólares no mercado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

JPMorgan põe Alexa a dar conselhos aos investidores

  • Juliana Nogueira Santos
  • 26 Março 2018

Os investidores que utilizam o research do banco podem agora perguntar à assistente social preços-alvo, recomendações e cotações.

A Alexa é a assistente virtual da Amazon e vem integrada no Amazon Echo.Luke MacGregor/Bloomberg

Depois de ter aprendido a rir sozinha, a Alexa foi aos pisos de negociação aprender cotações e recomendações de analistas. A partir de agora, os utilizadores institucionais da Alexa vão poder perguntar à assistente qual o preço-alvo de determinadas ações e as recomendações de analistas, tudo graças a uma parceria com o JPMorgan.

“Os assistentes de voz são algo que está, claramente, a tornar-se num hábito na vida das pessoas”, apontou David Hudson, responsável pela seção de mercados do banco, em declarações à Bloomberg. “É colocar informação que poderá ser difícil e pouco rápida de procurar e pô-la noutro canal.”

Esta nova capacidade da assistente vai começar a ser utilizada pelos 12 mil agentes de seguro da seguradora norte-americana New York Life para que estes estejam mais preparados para as suas reuniões ou mesmo para avaliações. À Bloomberg, Mark Madgett, responsável pelas equipas de agentes, afirma que vai ser uma forma de facilitar o trabalho, com recurso à tecnologia.

Ainda assim, a JPMorgan não é a primeira instituição bancária a servir-se da voz de Alexa para estar mais perto dos seus clientes. O banco Capital One foi o primeiro banco a disponibilizar um canal próprio, que permite gerir contas de débito e crédito. O JPMorgan estará também a testar estas funcionalidades para clientes particulares.

A skill — como lhe chama a Amazon — da JPMorgan já está disponível para download na página da Amazon, sendo que é necessário um nome de utilizador e uma palavra-passe para ter acesso aos conteúdos do banco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Amazon em negociações para criar… um banco digital

A empresa estará a ouvir grandes bancos mundiais, à procura de um parceiro para lançar um novo serviço de contas bancárias digitais. O projeto ainda está em fase muito inicial, diz o WSJ.

A Amazon estará em conversações com grandes bancos internacionais e poderá avançar para a criação de um produto semelhante a uma conta bancária, de acordo com informações apuradas pelo The Wall Street Journal (acesso pago). Segundo o jornal, o projeto ainda estará numa fase muito inicial, mas começa a ser difícil encontrar um setor onde a Amazon não tenha trunfos na manga.

A empresa estará a ouvir propostas de instituições como o JPMorgan Chase, à procura de um parceiro para avançar com a ideia. O primeiro produto de cariz financeiro com carimbo da Amazon deverá focar-se nas camadas mais jovens e outras pessoas sem contas bancárias ditas mais tradicionais. Mas ainda não é certo que permita pagar faturas ou aceder à rede de caixas automáticas, como acontece na generalidade das contas.

A aposta da empresa liderada por Jeff Bezos tem, obviamente, enquadramento estratégico dentro da empresa. Contas bancárias numa rede controlada pela própria Amazon permitiriam à empresa reduzir as despesas com comissões pagas a entidades financeiras no processamento de pagamentos, ao mesmo tempo que lhe daria acesso a um vasto conjunto de dados que permitiriam à companhia conhecer (ainda) melhor os clientes.

Ao The Wall Street Journal, uma fonte conhecedora do processo garantiu, ainda assim, que esta ideia não prevê que a Amazon se transforme num banco. A empresa será mais uma parceira do que uma concorrente, embora o setor financeiro há muito tema a disrupção que uma gigante de 700 mil milhões de dólares, como a Amazon, possa vir a trazer.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ups! A Amazon vai ter um serviço próprio de entrega de encomendas ?

Robôs a operar num armazém da Amazon na Califórnia.David Paul Morris/Bloomberg

A Amazon prepara-se para lançar um novo serviço de transporte de encomendas, uma decisão que poderá pôr a gigante tecnológica em concorrência direta com transportadoras como a FedEx e a UPS. O novo serviço chamar-se-á Shipping with Amazon (SWA), através do qual a empresa recolhe encomendas junto das empresas e transporta-as diretamente até aos consumidores, avançou o The Wall Street Journal [acesso pago], citando “fontes familiarizadas com o assunto”.

O novo serviço deverá ser anunciado nas próximas semanas e, para já, estará disponível em Los Angeles, nos Estados Unidos, depois de ter sido testado em Londres, Reino Unido. Os alvos iniciais serão os comerciantes que vendem bens através da plataforma da Amazon, mas estará na calha uma expansão a outras empresas. Até ao final do ano, a empresa deverá também alargar o serviço a mais cidades no país, aponta o mesmo jornal. As mesmas fontes referem que os preços praticados pela Amazon serão mais baixos do que os praticados pela FedEx e pela UPS mas ainda não há mais dados em concreto.

Embora numa primeira fase o serviço ainda conte com a rede destas empresas para funcionar, a Amazon passará, desde logo, a ter o controlo sobre o método das entregas. Desta forma, poderá passar a operar em concorrência direta com estas conhecidas companhias de transporte de encomendas, numa altura em que Jeff Bezos tem vindo a expandir os serviços fornecidos pela multinacional às mais distintas áreas.

Não só a empresa comprou recentemente a cadeia de hipermercados Whole Foods, entrando diretamente no setor do retalho e comércio de alimentos em geral, como concorre diretamente com grandes tecnológicas como a Apple e a Google, através da venda das colunas inteligentes Echo, equipadas com a assistente virtual Alexa. Porém, são apenas alguns exemplos.

Com o serviço SWA, Jeff Bezos pretende que a Amazon seja também uma transportadora. Num cenário mais extremo, a empresa poderia passar a transportar as próprias encomendas aos clientes, deixando de estar dependente de transportadoras que geram receitas significativas através das parcerias com a multinacional. Ainda assim, este lançamento acaba por não ser surpresa: a Amazon já faz uma pequena parte das suas entregas em pelo menos 37 cidades norte-americanas, escreve o The Wall Street Journal.

Ganhar uma escala mais global será um desafio para a Amazon, na medida em que a UPS e a FedEx precisaram de vários anos e milhares de milhões de dólares de investimento para construir as redes de entregas globais com que contam nos dias de hoje.

No mês passado, foi notícia que a Amazon estará a preparar uma entrada em Portugal, encontrando-se a negociar um espaço numa zona nobre da cidade do Porto. A intenção deverá ser a de trazer para o país alguns dos serviços de computação na cloud, outro dos principais negócios da companhia. A notícia chegou depois de também a Google ter anunciado um investimento em Oeiras, onde vai passar a ter mais de 500 funcionários num espaço no Lagoas Park.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Amazon negoceia entrada em Portugal. Quer ir para o Porto

  • ECO
  • 26 Janeiro 2018

A gigante Amazon poderá entrar no mercado português já neste primeiro trimestre, segundo o Jornal de Negócios. Estará a negociar um espaço numa zona nobre do Porto.

Vinda da Amazon para Portugal estará a ser negociada e poderá ser oficializada ainda neste trimestre.DR

A Amazon estará a preparar um investimento em Portugal, passando a operar também no mercado português. A notícia é avançada esta sexta-feira pelo Jornal de Negócios (acesso pago), que cita “fonte próxima do processo”. Segundo o jornal, a gigante norte-americana das compras online estará já a negociar um espaço no Porto, na zona nobre da Boavista. A empresa não comenta, mas a mesma fonte indica que a entrada no país poderá ser oficializada ainda no primeiro trimestre deste ano.

Atualmente, como lembra o Negócios, os portugueses podem fazer compras na versão espanhola, mas não existe uma oferta direcionada ao mercado nacional. Mas, em dezembro de 2017, a empresa passou a disponibilizar também em Portugal um dos seus principais produtos tecnológicos: as colunas inteligentes Echo, Echo Dot e Echo Plus, equipadas com a assistente virtual Alexa. Desde essa altura, confirmou o ECO, o sistema passou a permitir o registo destes aparelhos em moradas portuguesas, algo que não era possível até então.

Ao final da tarde, porém, o Expresso já escrevia que o negócio que a Amazon procuraria no Porto seria não de retalho nem de distribuição mas sim para a Amazon Web Services, o maior operador mundial de serviços de cloud (ou nuvem), fornecendo plataformas de acolhimento e gestão de servidores para empresas.

Há muito que é esperada a entrada da Amazon em Portugal, quer pelos consumidores, quer pelos analistas. A empresa liderada pelo multimilionário Jeff Bezos conta já com operações em Espanha e tem vindo a expandir-se a grande velocidade. Com uma capitalização bolsista na ordem dos 664 mil milhões de dólares, já tinha lançado em 2016 uma ferramenta para permitir a pequenas e médias empresas a disponibilização dos seus produtos na plataforma de compras na internet. Nem o Governo nem a Câmara Municipal do Porto se pronunciaram sobre este assunto.

A notícia da eventual vinda da Amazon para o Porto surge na mesma semana em que o primeiro-ministro, António Costa, deu conta da criação de um “centro de serviços” e um hub tecnológico da Google em Oeiras, no Lagoas Park, um investimento que deverá criar mais de 500 postos de trabalho. A informação foi confirmada pela Google.

Também esta semana, Eurico Brilhante Dias, secretário de Estado da Internacionalização, confirmou que existem negociações em curso com outras multinacionais com vista à instalação de centros em Portugal. Uma hipótese que também já tinha sido levantada por Paddy Cosgrave, líder do Web Summit, numa publicação no Twitter. Cosgrave falou de “rumores” de que outras conhecidas empresas tecnológicas estariam a preparar-se para entrar em Portugal.

Notícia atualizada às 20.00 com a informação avançada pelo Expresso.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Oito coisas que a Amazon pode ensinar aos empresários

Um investidor decidiu ler todas as cartas que Jeff Bezos enviou aos acionistas da Amazon ao longo dos últimos 20 anos. Eis as oito conclusões de Li Jiang depois da experiência.

A Amazon foi fundada em 1994 com o nome original “Cadabra”. Entrou na bolsa em 1997 e hoje vale mais de 467 mil milhões de dólares no mercado.DR

Fundada em 1994, a Amazon é das empresas de maior culto nos dias que correm. Com um valor de mercado superior a 467 mil milhões de dólares, é ainda uma gigante tecnológica focada em inovação e, ao mesmo tempo, uma das maiores empresas de retalho em todo o mundo. O seu fundador, Jeff Bezos, figura como a terceira pessoa mais rica do mundo, atrás de Bill Gates e Warren Buffet, graças à sua fortuna de 72,8 mil milhões de dólares.

Todos os anos, desde 1997, Bezos assina uma carta dedicada aos acionistas da Amazon. O arquivo traça uma linha histórica daquilo que a empresa começou por ser, depois foi, agora é e, no futuro, quer vir a ser. Ora, Li Jiang, da capital de risco GSV Capital, que terá no portefólio empresas como a Dropbox e o Spotify, leu essas cartas todas, na expectativa de aprender melhor sobre “construir uma carreira e um negócio”. No fim, partilhou no blogue Noteworthy as oito principais conclusões que retirou da experiência.

1. Defina princípios e foque-se neles

É a primeira conclusão de Li Jiang: apesar do que nos diz o senso comum, os princípios e valores da Amazon praticamente não se alteraram desde que a empresa entrou em bolsa há 20 anos. Segundo o investidor, logo na primeira carta enviada aos acionistas, Jeff Bezos admitia que a Amazon tencionava ser uma empresa focada no consumidor. Em 2014, aliás, escreveu o seguinte, acerca do conceito por detrás da companhia: “Os clientes adoram, pode crescer para um tamanho muito grande, tem fortes retornos em capital e dura no tempo.” Sobre este ponto, a recomendação de Li Jiang é clara: “Defina um conjunto de princípios basilares para a sua vida e para a sua empresa e comprometa-se a eles ao longo do tempo.”

2. Pense com a cabeça virada para o futuro

É algo que também faz parte da visão do fundador da Amazon quanto ao mundo dos negócios: entre ter bons resultados no presente ou ter ainda melhores resultados no futuro, Jeff Bezos escolhe esta última opção. Li Jiang cita a missiva original aos acionistas, assinada pelo fundador da Amazon: “Quando forçados a escolher entre otimizar a aparência da nossa contabilidade ou maximizar o valor atual dos nossos cash flows futuros, nós escolhemos os cash flows.”

Por outras palavras, explica o investidor, quando a Amazon baixa os preços, sabe perfeitamente que isso vai ter um impacto negativo nas suas contas no presente em termos de receitas e margens. Isto no curto prazo — a longo prazo, o que a Amazon esta a fazer é, na verdade, criar valor para os seus consumidores. Isso atrai novos clientes, que passam a comprar mais na Amazon e, a prazo, isso também aumenta o valor da empresa. Para Li Jiang, a conclusão é básica: “Fazer a coisa certa é melhor do que fazer bem as coisas.”

3. Chega de atrito! Ponha óleo nas engrenagens

Jeff Bezos crê que as máquinas que fazem as empresas ganham atrito com o tempo: à medida que uma companhia cresce, a tendência é caminhar em direção à entropia. Por isso, na Amazon, cada dia é como se fosse o primeiro. Segundo escreve Li Jiang no blogue Noteworthy, Jeff Bezos envia uma cópia da primeira carta de 1997 anexada a cada nova carta que envia, anualmente, aos investidores — isto porque “ainda é Dia 1”. Se fosse Dia 2, a empresa estaria em declínio, crê o líder e fundador da Amazon.

Como explica o investidor no artigo, se uma equipa apresenta a Bezos uma ideia com a qual ele não concorda, ele irá continuar a discordar mas assumindo um compromisso de apoio à equipa. Assim, ao invés de os trabalhadores perderem tempo a convencer Bezos, a equipa rapidamente avança para o passo seguinte: moldar a ideia até que haja um acordo. A conclusão? “Combate a entropia nas empresas como se a vida da sua empresa dependesse disso — porque depende mesmo”, escreve Li Jiang.

4. Escale a empresa, mas também a equipa

É outro dos ensinamentos retirados das cartas de Jeff Bezos aos investidores: uma empresa cada vez maior tem cada vez mais dificuldades em crescer. Mas não tem de ser sempre assim. Segundo Li Jiang, a tendência da Amazon ao longo dos anos é a de aperfeiçoar a sua equipa à medida que vai crescendo. E porquê? Porque são as pessoas que fazem as empresas. Quando a Amazon recruta alguém, coloca questões a si própria: esta pessoa vai surpreender? Vai aumentar a eficácia da equipa na qual vai entrar? É por isso que o investidor Li Jiang conclui: “Melhore a qualidade da sua equipa e dos seus processos de decisão. Ao nível pessoal, comprometa-se a fazer um trabalho cada vez melhor à medida que vai conquistando sucesso.”

5. Esqueça a concorrência: foque-se no cliente

Jeff Bezos é um paranoico, mas não com a concorrência. A paranoia do líder da Amazon tem a ver com os hábitos dos consumidores, que tendem a mudar a grande velocidade. Através da leitura das cartas da Amazon, Li Jiang concluiu que a Amazon, conhecida por esmagar a concorrência nos segmentos em que entra, é capaz disso por se focar exclusivamente no consumidor e na inovação. Lembra-se do primeiro ponto deste artigo? Lá está: é algo que a Amazon faz desde que foi criada. Quanto a este quinto ponto, a recomendação é direta: “Procure, constantemente, melhorar as suas competências, mesmo que não tenha de o fazer. Porque no momento em que for necessário, poderá ser tarde demais”, escreve Li Jiang.

6. Olhe para os dados, mas julgue-os por si

Oh, os dados! São (quase) tudo nos tempos que correm, mas estão longe de ser novidade para a Amazon. Li Jiang nota que, em 2005, Jeff Bezos escreveu que “as decisões devem ser tomadas com base em julgamento e em dados”. Por isso, mesmo que os dados indicam que é má ideia baixar os preços para os clientes, fazê-lo é, visto doutro prisma, uma ideia genial para atrair mais e mais clientes — lembra-se do segundo ponto? A conclusão retirada por Li Jiang é esta: “Fazer o seu negócio crescer começa no final da sua zona de conforto.”

Jeff Bezos, fundador e líder da Amazon. Tem uma fortuna avaliada em 72,8 mil milhões de dólares.DR

7. Aproveite as oportunidades

“Se lhe oferecerem um lugar numa nave espacial, não pergunte qual lugar. Apenas entre na nave.” É o título do sétimo ponto do artigo de Li Jiang. O investidor refere-se a uma das grandes vantagens da Amazon. Enquanto a generalidade das empresas tem de escolher entre ter uma oferta premium ou apostar nos preços baixos, a Amazon vive com o melhor dos dois mundos. O negócio da gigante norte-americana é como um triângulo. Uma “trindade”. A empresa foi capaz de tornar fixas as despesas com o serviço ao consumidor e assenta hoje em três serviços: a loja, as entregas e o Prime.

A loja é o mercado onde os consumidores podem comprar bens. As entregas é um dos serviços prestados pelo grupo, pelo qual os pequenos comerciantes podem deixar que a Amazon trate da distribuição das encomendas. O Prime é um serviço por subscrição com várias regalias e, ao mesmo tempo, uma plataforma de streaming de conteúdo. Todos estes fatores geram valor uns para os outros e permitem à Amazon escalar ainda mais o negócio. Reparou que tudo isto assenta em grandes tendências do mundo atual, como o comércio eletrónico e o conteúdo por subscrição? Li Jiang recomenda, com base nisto, que encontre um conjunto de tendências que consiga acompanhar e que lhe permitam gerar valor.

8. Ponha as mãos na massa

Li Jiang, da GSV Capital, conta como era o próprio Jeff Bezos quem, nos primórdios da Amazon, conduzia todos os dias ao final da tarde até ao posto dos correios, transportando no seu Chevrolet Blazer as encomendas a entregar naquele dia. Segundo o investidor, vinte anos depois, a atitude da Amazon continua a ser a mesma: pôr as mãos na massa sempre que é necessário. Nota ainda que, depois de ler as cinte cartas que Jeff Bezos enviou aos investidores ao longo destas duas décadas, lhe pareceu que todas foram escritas de uma só vez. Há coerência. Como se, em vez de duas dezenas, fossem uma e uma só carta. Por isso, a conclusão final não podia deixar de ser esta: “Regra número um: ponha as mãos na massa todos dias. Regra número dois: Não se esqueça da regra número um”, escreve Li Jiang.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tecnológicas batem expectativas nas contas e recordes em bolsa

  • Juliana Nogueira Santos
  • 27 Outubro 2017

Esta quinta-feira foi um dia de surpresas no setor tecnológico. Cinco das maiores empresas bateram as previsões do analistas em termos de vendas e escalaram na negociação após fecho dos mercados.

Na guerra dos resultados deste trimestre são as tecnológicas que ocupam, sem concorrência direta, a liderança. Esta quinta-feira, cinco das maiores tecnológicas do planeta apresentaram números que deixaram os analistas de queixo caído e os mercados com sede de ganhos.

A Alphabet, a Amazon, a Intel, a Microsoft e a Twitter divulgaram aos resultados relativos ao primeiro trimestre de ano, num dia que foi apelidado pelos analistas de “Super quinta-feira”. E não ficou aquém do nome. Com todas as empresas a ultrapassarem as expectativas dos analistas, os títulos acumularam ganhos na negociação após fecho que foram de 3% a 18%.

A dona da Google, a Alphabet, registou receitas de 27,77 mil milhões de dólares e lucros de 9,57 dólares por ação. Os analistas apontavam para 22 mil milhões e 8,34 dólares por ação. O impulso foi dado pela publicidade nos dispositivos móveis e pela plataforma de vídeo YouTube, que registou mais 70% das visualizações que no ano passado. Na negociação após fecho dos mercados, as ações avançaram mais de 4%, ultrapassando a fasquia dos 1.000 euros.

A retalhista Amazon continua a dar alegrias a Jeff Bezos, tendo sido a grande vencedora do dia. Após comprar a cadeia Whole Foods e aplicar o seu modelo de negócio fundado no online, esta terminou o trimestre com vendas de 43,7 mil milhões de dólares, traduzindo-se numa escalada de 34%. As ações avançaram cerca de 8% para os 1.055 dólares.

Computadores e chips não dão tristezas

No campo do hardware e do software, a Microsoft e a Intel não desiludiram. A empresa liderada por Bill Gates registou vendas de 24,5 mil milhões de euros, mais 12% que no trimestre anterior. Os analistas não esperavam valores tão altos e os mercados revelaram-se animados com esta notícia, sendo que as ações avançaram mais de 4,3% para os 82,15 dólares.

O aumento da procura em torno do Azure, a plataforma de armazenamento em nuvem da Microsoft, bem como as vendas do novo portátil Surface impulsionaram os números da tecnológica. Esta conta agora com um valor de capitalização de mercado de 630 mil milhões de euros, um recorde próprio.

Nos chips, a Intel também atravessa um dos melhores momentos da história, tendo registado vendas de 16,3 mil milhões de euros. Na negociação após fecho, as ações avançaram mais de 3% para 42,74 euros.

Mesmo com números alterados, a Twitter levanta voo

A grande surpresa veio dos lados de São Francisco, com a Twitter a conseguir quebrar o ciclo de maus resultados. No terceiro trimestre do ano, a tecnológica conseguiu chegar aos 330 milhões de utilizadores mensais ativos, um aumento de 4% relativamente ao trimestre anterior. Ainda assim, o mundo ficou a saber que a empresa se tem enganado a fazer as contas dos utilizadores desde 2014, acrescentando-lhe utilizadores que não são seus.

O “engano” pareceu não ser muito significativo para os mercados, com as ações a escalarem cerca de 20% durante o dia de quinta-feira. “Têm surgido algumas preocupações em torno da possibilidade de estas ações continuarem a superar os ganhos ou se os mercados estavam a sobrevalorizá-las, mesmo aos preços atuais”, afirmou ao Financial Times Paul Christopher do Wells Fargo. “Se temos estas empresas a superar os ganhos é um bom sinal”, concluiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Já pode receber as encomendas da Amazon mesmo sem estar em casa

O serviço Amazon Key vai permitir que uma encomenda seja deixada dentro de sua casa mesmo que não esteja lá. Através da aplicação o distribuidor vai conseguir entrar, ao mesmo tempo que vê tudo.

A Amazon volta a revolucionar o mercado do comércio eletrónico, desta vez também do correio tradicional. Sempre que encomendar algo na gigante norte-americana, não se preocupe se não estiver em casa: a encomenda vai lá estar quando chegar. Como? Através do novo serviço Amazon Key.

A gigante do e-commerce não se cansa de “inventar” e, desta vez, trouxe uma revolução para as compras online e a solução para quem nunca está em casa na hora de receber a encomenda. O novo serviço da Amazon, o Amazon Key, foi anunciado esta quarta-feira e vai permitir aos distribuidores deixar a encomenda no interior da casa do destinatário, através de um equipamento especial que conseguirá abrir a porta.

Para usufruir do serviço tem de ser membro do Amazon Prime e possuir esse tal equipamento especial, composto por uma câmara de segurança diretamente projetada para o efeito e uma fechadura especial. E o modo de funcionamento é tão fácil que se vai perguntar como é que ninguém pensou nisto antes.

Como funciona?

Na hora de efetuar a sua compra online, selecione o modo de envio “normal” mas, no modo de entrega, “Amazon Key”. No dia da entrega irá receber uma mensagem de aviso, com uma estimativa da hora de chegada. Por fim, receberá uma notificação com o aviso “a chegar agora”. Mesmo antes de tentar pelo sistema, o distribuidor vai bater à porta para se certificar se está alguém em casa. É aqui que a tecnologia começa a fazer efeito.

O distribuidor vai destrancar a fechadura remotamente, através da aplicação, e abrir a porta, ativando de imediato a câmara para que o destinatário consiga controlar a entrega, mesmo que esteja longe. Não há códigos nem chaves de casa. A encomenda é colocada no interior de sua casa e o distribuidor volta a sair, trancando remotamente a porta.

Após este processo, o destinatário receberá uma notificação de que a entrega foi concluída. Terá ainda acesso a informações como a hora exata de abertura da porta, assim como a hora exata de fecho. Poderá ainda bloquear o acesso através de um botão na aplicação, a qualquer momento. A Amazon garante que todos os seus distribuidores passam por testes de segurança e confiança, de modo a garantir que não existem problemas na entrega. A empresa não recomenda que os destinatários tenham animais de estimação, para evitar problemas com os seus distribuidores na hora da entrega. O serviço não tem qualquer custo extra: o lançamento está marcado para 8 de novembro e vai estar disponível em 37 cidades.

Veja como funciona o processo:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quem dá mais pela nova sede da Amazon?

A Amazon tem 4,2 milhões de euros para investir na nova sede nos Estados Unidos. Várias cidades concorrem entre si, numa luta pela localização da futura HQ2. Conheça algumas das propostas.

A Amazon anunciou que tem cinco mil milhões de dólares para investir na construção da sua nova sede. A localização será algures nos Estados Unidos e, para isso, a empresa abriu uma espécie de concurso ao qual as cidades se candidatam para receber a nova sede. As candidaturas decorrem até dia 19 de outubro, mas algumas propostas já foram conhecidas.

Seattle é a cidade que abraça a atual sede da Amazon. No entanto, a empresa pretende construir uma nova sede, a HQ2, de forma a conseguir expandir-se facilmente para outras indústrias e ligar os seus negócios entre si. O gigante do comércio eletrónico tem disponíveis cinco mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros) para investir na construção dessa nova sede, que prevê empregar 50 mil novos funcionários nos próximos 15 a 17 anos.

O concurso decorre desde o passado mês de setembro, quando a empresa anunciou os planos para a nova sede. Desde então as várias cidades norte-americanas competem entre si para serem as escolhidas. Mas desengane-se se pensa que é um processo simples e só uma questão de vontade: a candidatura exige certos requisitos, tais como a cidade ter uma grande área metropolitana, com mais de um milhão de habitantes e ter vários profissionais tecnológicos especializados que possam ser contratados. O ECO reúne algumas das propostas que já foram enviadas:

Dallas, Texas

Investimento de 15 mil milhões de dólares numa linha ferroviária na zona da nova sede

As empresas Matthews Southwest e Texas Central Partners desenvolveram um projeto de mobilidade orientado para a zona do futuro campus HQ2 da Amazon. A proposta baseia-se no desenvolvimento de uma linha ferroviária onde circulará um bullet train, um comboio de alta velocidade, num investimento que deverá custar 15 mil milhões de dólares (12,7 mil milhões de euros), de acordo com o Dallas Business Journal. Se for aprovado pela cidade, a linha com quase 400 quilómetros vai ligar Houston a Dallas em apenas 90 minutos.

Prevê-se que a linha comece a ser construída no final do próximo ano.

Dallas, Texas

Aproveitamento da localização do antigo Valley View Mall

Mais uma proposta para a terceira maior cidade norte-americana. Desta vez, três developers propuseram que a nova sede se mudasse para a antiga localização do quase inexistente centro comercial Valley View Mall. A proposta para a sede da Amazon inclui a construção de um prédio de escritórios, num espaço de 500 mil metros quadrados.

Criado em 2000, começou a ser demolido em junho deste ano para dar lugar ao Dallas Midtown, um investimento de quatro mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros) que se transformará em 174 hectares de comércio, escritórios, um hotel e ainda um parque urbano quatro vezes maior do que o gigante e famoso Klyde Warren Park.

Phoenix, Arizona

Mais um aproveitamento de um centro comercial

De Phoenix chega mais uma proposta de reaproveitamento de um centro comercial. O Park Central foi o primeiro centro comercial da cidade, inaugurado na década de 1950. Alguns anos depois várias lojas foram fechando, restando hoje um Starbucks, alguns restaurantes e uns escritórios. O projeto passa pela implementação do HQ2 nas antigas instalações do shopping, que terá o nome de Park Central Mall.

Jersey City, Nova Jersey

Sete mil milhões de dólares em incentivos fiscais

No início deste mês, o governador de New Jersey disse que ofereceria alguns benefícios fiscais no valor de sete mil milhões de dólares (5,9 mil milhões de euros) se a Amazon elegesse a cidade para receber a nova sede, na próxima década. O plano inclui um programa de subsídios e alguns incentivos económicos para empresas que, tal como a Amazon, “lancem projetos inovadores”.

A proposta visa aumentar o valor de subsídios entre os cinco mil e os dez mil dólares (8,5 mil euros) por cada posto de trabalho que a Amazon crie e o governador prevê que a lei seja assinada em meados de janeiro do próximo ano.

Memphis, Tennessee

60 mil milhões de dólares em incentivos ficais

A cidade de Memphis elevou a fasquia e ofereceu 60 mil milhões de dólares em incentivos fiscais à Amazon, caso seja a escolhida para receber a nova sede. O Conselho da cidade aprovou a proposta monetária a 3 de outubro.

Esta segunda-feira, ficou confirmado que a Amazon está à procura de incentivos fiscais para implementar em Memphis o seu centro de atendimento, que empregará mais de 600 pessoas, de acordo com documentos enviados ao EDGE (Economic Development Growth Engine for Memphis & Shelby County). A empresa de comércio eletrónico disse que vai construir um edifício numa área de 33 hectares, num investimento de 72,5 milhões de dólares (61,4 milhões de euros).

Frisco, Texas

A promessa de construir uma cidade governada pela Amazon

A cidade de Frisco, no Texas, enviou à Amazon uma proposta que promete tornar a parte da cidade que está por construir, com uma população de cerca de 160 mil habitantes espalhados por 160,5 quilómetros quadrados, num conjunto de empresas dominadas pela gigante do comércio eletrónico.

“Apenas 60% da nossa cidade está construída, então temos uma grande quantidade de área disponível, onde podemos construir e adequar [à Amazon]”, disse o presidente de Frisco, Jeff Cheney ao New York Times.

Stonecrest, Georgia

Uma cidade que promete mudar de nome em homenagem à Amazon

A cidade de Stonecrest ofereceu uma proposta bastante aliciante e com uma vantagem sobre as restantes. Ficou no ar a promessa de que, caso a Amazon escolha Stonecrest para instalar a nova sede HQ2, a cidade vai alterar o seu nome para Cidade da Amazon. No início deste mês, o Conselho Municipal votou 4-2 a favor da mudança de nome. A cidade prometeu ainda dedicar cerca de 140 hectares ao novo campus.

“Existem várias grandes cidades dos EUA que querem a Amazon, mas nenhuma tem a oportunidade de marca que estamos a oferecer”, disse Jason Lary.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Amazon na Whole Foods celebra-se com promoções em… repolho bebé

  • Juliana Nogueira Santos
  • 25 Agosto 2017

A festa na Whole Foods vai ser feita com promoções nos produtos mais populares, incluindo o inusitado 'baby kale', o repolho bebé.

‘Baby kale’ é a aposta da Amazon para os primeiros dias de controlo da Whole Foods.Pixabay

O negócio de 13,7 mil milhões de dólares da Whole Foods foi aprovado há dois dias, mas a Amazon não quer perder tempo e quer já pôr as mãos na massa — ou melhor, no repolho bebé –, na próxima segunda-feira. A retalhista anunciou que vai baixar os preços dos produtos mais populares, como é o caso do repolho e da alface bebé, dos abacates e das bananas, todos orgânicos.

O supermercado, conhecido por ser especialista em produtos orgânicos e saudáveis, faz agora parte do portefólio de empresas de Jeff Bezos. A união das duas empresas vai permitir à Amazon integrar os produtos da Whole Foods através do Prime, acumulando também as promoções especiais do site.

“Ao trabalharmos com a Amazon em diversas áreas-chave, conseguimos baixar os preços e reiterar a nossa missão da atingir mais pessoas”, afirmou John Mackey, fundador do supermercado saudável. Da parte da Amazon, a promessa é de “manter os standards altos”, como afirma Jeff Wilke, CEO da Amazon Consumer.

Ainda que a Whole Foods passe para a mão da Amazon, a imagem e a equipa de administração vai ficar inalteradas. O que poderá sofrer algumas alterações será a força de trabalho: para aumentar a competitividade em relação ao WalMart e outros grandes retalhistas, a Amazon quer os postos de trabalho da cadeia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.