Direto Os três novos trunfos da Apple: iPhone 7, Apple Watch e AirPods

Esta quarta-feira, a Apple apresentou novos telemóveis, atualizou a gama de relógios e lançou uns auscultadores sem fios. Mas houve de tudo na conferência. Até Super Mario, Pokémon GO e... Sia.

Um iPhone com dupla câmara traseira, um Apple Watch à prova de água e um par de auscultadores sem fios. Foram estas as três grandes novidades que a Apple apresentou esta quarta-feira, na já habitual conferência de setembro, em São Francisco, no estado norte-americano da Califórnia. É o evento anual mais importante para a marca, sempre envolto em grande mistério, mas cujos rumores quase sempre se confirmam. Claro que esta vez não foi exceção.

1. Apple Watch Series 1 e 2

Seria fácil começar pelo novo iPhone 7, mas deixemo-lo para mais adiante. Antes, falemos do Apple Watch Series 2, o primeiro sucessor do relógio inteligente introduzido pela marca em abril do ano passado. Além do público mais generalista, este relógio foi feito a pensar nos nadadores e mergulhadores: pode ser submerso a uma profundidade de até 50 metros e a marca garante ter feito tudo para conseguir um cálculo bastante preciso das calorias queimadas nessas atividades. Foi também criado um mecanismo para expelir a água que se infiltrar no altifalante do relógio.

O Watch Series 2 tem o dobro da performance do modelo anterior, um ecrã mais brilhante e antena GPS integrada. A Apple introduziu ainda um modelo em cerâmica, material que a empresa garante ser mais resistente que o aço inoxidável usado noutras versões. Há outro modelo especial desenvolvido em conjunto com a Nike — chamado Apple Watch Nike Plus, disponível no final de outubro — e novas braceletes premium da Hermès. A Apple só não falou da duração da bateria, uma das principais queixas dos utilizadores até aqui e algo que permanecerá incógnito até o relógio começar a ser vendido.

O Series 2 virá já com o novo WatchOS 3 e estará disponível a 16 de setembro, com as pré-encomendas a começarem já esta sexta-feira. Custará 360 dólares e, surpresa, o relógio original também vai ser remodelado. Vai passar a chamar-se Apple Watch Series 1 e terá o mesmo processador dual-core incluído no Watch Series 2, mas será, obviamente, mais barato: vai custar 270 dólares.

2. iPhone 7 e 7 Plus

O iPhone 7 é o novo telemóvel da Apple e o elemento central dos rumores que surgiram ao longo dos últimos meses. A verdade é que praticamente tudo se confirmou: a entrada para ascultadores desapareceu de vez, tem colunas stereo, é à prova de salpicos e de pó e a versão maior, o iPhone 7 Plus, tem mesmo duas câmaras traseiras, à semelhança do que já acontece noutros telemóveis Android.

Tudo isto para quê? Para transformar o iPhone 7 Plus numa autêntica máquina fotográfica profissional. Duvida? Cada câmara traseira tem um sensor de 12 MP, mas desempenha funções muito diferentes: uma tem uma lente grande-angular, a outra tem uma tele-objetiva. Ou seja, com o iPhone 7 Plus será possível fazer zoom de até dez vezes, além de produzir imagens com cores mais naturais e grande detalhe. Será também possível capturar imagens em formato RAW, o que significa todo um novo mundo no momento da edição — quem gosta de fotografia sabe bem do que estamos a falar. Já a câmara das selfies, a que a Apple chama de “FaceTime HD Camera”, tem um sensor de 7 MP.

Mas as novidades não se ficam por aqui. Conte com um iPhone 7 significativamente mais rápido (processador A10) do que os modelos antecessores, com bateria para 12 horas de navegação em dados móveis no caso da versão normal, ou 13 horas no caso do 7 Plus. Depois, o auscultador também serve de coluna para, em conjunto com o outro altifalante inferior, oferecer uma experiência de áudio stereo. O botão Home foi remodelado e, agora, além do sensor de impressões digitais, é também sensível à pressão. Quanto à ausência de entrada jack para auscultadores comuns, não se preocupe: a ligação continuará a ser possível através da porta que habitualmente usa para carregar o aparelho e a Apple vai incluir um adaptador em todas as caixas. Phill Schiller, diretor de marketing da Apple, justificou a decisão de remover esta entrada com uma só palavra: foi… “coragem”.

A duração das baterias dos iPhone 7 e 7 Plus, de acordo com os testes da AppleApple

Quanto ao software, os iPhones terão o iOS 10, que chegará ao público a 10 de setembro. Entre as novas funcionalidades está o ecrã de bloqueio remodelado e com widgets (e a substituição do mítico Slide to Unlock por Press Home to Unlock), a opção de despertar o ecrã ao agarrar no telemóvel, várias aplicações com um look diferente e novas funções para controlo de casas inteligentes.

O iPhone 7 é ainda um telemóvel elegante, com um desenho ligeiramente diferente do 6 e 6S, com um novo polimento, novas cores e linhas de antena pouco percetíveis. Importa referir que a Apple abandonou as versões com apenas 16 GB de armazenamento e, agora, o modelo menos musculado é o de 32 GB. Em relação a preços, serão os mesmos do iPhone 6S e 6S Plus quando foram lançados no ano passado. O iPhone 7 pode ser adquirido a partir de 640 dólares, enquanto o preço do 7 Plus começa nos 770 dólares. As pré-encomendas também começam a 9 de setembro e o aparelho estará disponível no dia 16.

O iPhone representa uma importante fatia das receitas da empresa liderada por Tim Cook. Já foram vendidos mais de mil milhões de dispositivos desde que o primeiro iPhone foi lançado por Steve Jobs em meados de 2007. Contudo, este ano, a Apple assistiu pela primeira vez a uma descida no número de telemóveis vendidos, na ordem dos 16%. Isso aconteceu no primeiro trimestre, em que a marca comercializou “apenas” 51,2 milhões de unidades, em comparação com as 61,2 milhões de unidades vendidas no mesmo período de 2015.

3. Auscultadores AirPods

Para a Apple, os auscultadores com fio são coisa do passado. Então, qual a alternativa? Auscultadores sem fio, pois claro. O novo produto da Apple é isso mesmo: um par de auriculares wireless que, teoricamente, se conectam ao iPhone a partir do momento em que os tira da caixa. Chamam-se AirPods e vão custar 160 dólares.

Apesar de virem em par, estes gadgets podem ser usados individualmente. Cada um tem sensores e microfones que filtram a voz do utilizador para a tornar o mais nítida possível. Têm ainda interligação com a Siri, a assistente do iOS, para que possa executar comandos de voz. Isso inclui fazer chamadas, tocar música, aumentar e diminuir o volume ou obter direções. A caixa dos AirPods serve de carregador e cada auscultador tem autonomia de cinco horas. Segundo a Apple, cada 15 minutos de carga correspondem a três horas de bateria.

As vendas deverão começar no final de outubro, mas já há quem tenha críticas a fazer. Muitos utilizadores receiam que, pelo facto de não terem fio, seja muito fácil de os perder. De facto, existem já outros acessórios semelhantes no mercado, mas muitos estão ligados por um pequeno cabo, para que seja possível pendurá-los ao pescoço. Não é o caso. Mas é importante lembrar que os AirPods ainda não estão à venda, pelo que, para já, estas críticas não passam de mera especulação.

E que mais?

A apresentação dos produtos foi, sem dúvida, o ponto alto da conferência desta quarta-feira. Mesmo assim, houve pelo menos quatro outros momentos em que a Apple conseguiu levar os fãs ao delírio.

O primeiro aconteceu ainda antes de o diretor executivo da Apple subir ao palco. É que o evento começou com Tim Cook e o ator norte-americano James Corden dentro de um carro, num episódio inédito do popular segmento televisivo Carpool Karaoke, um formato do canal CBS e parte integrante do programa The Late Late Show With James Corden. O vídeo, projetado no evento, contou com a participação especial do cantor Pharrel Williams e serviu para recordar que novos episódios da série chegarão ao serviço Apple Music nos primeiros meses do próximo ano. No final, viu-se Tim Cook a entrar no edifício pela porta traseira e a aparecer no palco em carne e osso, arrancando muitos aplausos da multidão. O formato foi adquirido pela marca em meados deste ano.

Logo após a introdução, veio outro momento digno de destaque. Tim Cook anunciou que “Mário”, a conhecida figura Nintendo, vai chegar à App Store em dezembro, antes do Natal. Trata-se do jogo Super Mario Run, que até mereceu a presença no palco do japonês Shigeru Miyamoto, criador da personagem. O público estava imparável e Miyamoto ficou tão nervoso que, a meio, precisou da ajuda de um tradutor de japonês-inglês.

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Shigeru Miyamoto criou a personagem “Mário” há mais de 35 anosApple

Mais tarde, antes de apresentar o novo Apple Watch, a marca lançou outra bomba: Pokémon GO, o jogo mobile que foi a grande tendência deste verão, poderá ser jogado no relógio da marca. John Hanke, o homem por detrás deste sucesso mundial, também esteve no palco e aproveitou para revelar algumas novidades relativas ao jogo. Os aplausos e as gargalhadas não paravam.

A cereja no topo do bolo? A atuação de Sia no final. A cantora australiana interpretou os temas “The Greatest” e “Chandelier” num momento musical que encerrou a conferência deste ano. Por agora, a Apple tem os trunfos em cima da mesa. Resta saber qual a reação do público e, acima de tudo, se as características do iPhone 7 são suficientes para bater o flagship da sua maior rival: o Galaxy Note 7, da sul-coreana Samsung.

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