Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 13 Novembro 2017

A PSA abre uma fábrica na Argélia, a General Electric concentra a sua atividade em três setores, cada vez mais espanhóis pretendem eleições antecipadas e outros destaques da imprensa internacional.

Os espanhóis inclinam-se cada vez mais para a antecipação das eleições gerais. A General Electric, empresa com 125 anos, deverá reduzir a sua atividade para os seus três ramos principais. Já no Brasil, o Governo pretende aliviar o seu Orçamento, concedendo uma maior autonomia a instituições públicas como universidades. Conheça estes e outros destaques que marcam a atualidade internacional nesta segunda-feira.

Les Echos

PSA vai produzir carros na Argélia no próximo ano

Após dois anos de negociação, a PSA assinou um acordo para criar uma fábrica na Argélia que tem por meta construir 75 mil veículos por ano, das marcas Peugeot e Citröen, dentro de cinco anos. O grupo liderado pelo português Carlos Tavares esperava há vários meses pela decisão das autoridades argelinas. O acordo acabou por ser assinado este domingo. A fábrica vai ser instalada nos arredores de Oran, a 400 quilómetros a oeste de Argel, a capital, e será detida em 49% pela PSA e 51% por três sociedade argelinas (Condor Electronics, Palpa Prop e a Empresa Nacional de Produção de Maquinaria), uma repartição exigida por lei. O investimento global ronda os 100 mil milhões de euros Leia a notícia completa aqui (Acesso condicionado / conteúdo em francês).

El País

Mais de metade dos espanhóis quer eleições antecipadas. Sondagem dá vitória ao PP.

Se as eleições gerais espanholas se realizassem no passado domingo, o PP continuaria a conseguir a vitória nas urnas, com 26,1%, um valor abaixo dos 333,01% alcançados a 26 de junho do ano passado. Em segundo lugar ficariam o PSOE e o Ciudadanos, ambos com 22,7%. Quando questionados se Mariano Rajoy deveria convocar eleições antecipadas o quanto antes, as opiniões enviesaram para o “sim”, quando comparadas com as do mês passado. Avaliando a atuação política nos últimos quatro meses, Pablo Iglesias é o líder partidário com menor percentagem de aprovação entre os votantes, com 49%. Já Albert Rivera, do Ciudadanos, apresenta 90% de aprovação. Leia a notícia completa aqui (Acesso livre / conteúdo em espanhol).

The Guardian

UE prepara-se para cenário de colapso nas conversações com o Reino Unido

O negociador europeu para o Brexit, Michel Barnier, refere que a União Europeia está a preparar um plano de contingência, caso as conversações para a saída do Reino Unido do bloco não alcancem um acordo. O representante europeu referiu ao jornal Le Dimanche, na semana passada, que esse não seria o cenário ideal para a UE, “mas é uma possibilidade”, cita o The Guardian. “Todos precisamos de um plano para isso, tanto Estados membros como empresas”, adianta Barnier. Leia a notícia completa aqui (Acesso livre / conteúdo em inglês).

Reuters

General Electric concentra-se em três dos seus mercados

John Flannery, chefe executivo da General Electronic, prevê estreitar a atividade da multinacional para as suas três linhas de negócio mais fortes: aviação, energia e saúde, avança fonte próxima. A empresa de 125 anos deverá desistir das restantes atividades, mas junto da Reuters não teceu quaisquer comentários. Leia a notícia completa aqui (Acesso livre / conteúdo em inglês).

Valor Económico

Governo brasileiro concede maior autonomia financeira a universidades

Instituições como universidades e agências terão a partir de agora mais autonomia na captação de recursos financeiros, de forma a permitir alguma folga no Orçamento do Estado para os próximos anos. Neste sentido, o Governo brasileiro pretende dar mais capacidade a estas instituições para gerir as suas contas e projetos, num contexto em que o Executivo tem vindo a proceder a privatizações e ao encerramento de empresas públicas. Leia a notícia completa aqui (Acesso livre / conteúdo em português).

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Portagens vão ficar mais caras. Preços podem subir 1,4%

Com a taxa de inflação a subir, prepare-se para pagar mais pelas portagens. Com base nos dados do INE, há margem para aumentos de 1,4% a partir de 1 de janeiro.

Vêm aí preços mais altos… Também nas autoestradas. A subida da inflação poderá levar a aumentos de 1,4% no preço das portagens a partir do primeiro dia do próximo ano. As concessionárias têm até dia 15 para fazer chegar ao Governo e ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMTT) as propostas de atualização de preços.

A taxa de inflação foi de 1,4% em outubro, de acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Contudo, para a atualização dos preços das portagens, o que é considerado é a taxa de inflação excluindo a habitação que, ao contrário da taxa global que se manteve estável face a setembro, subiu para 1,42%.

É esta taxa que vai levar a que, a partir de 1 de janeiro de 2018, haja preços mais elevados de portagem. Cabe agora à Brisa e à Infraestruturas de Portugal apresentarem ao Governo e ao IMTT a proposta de atualização de preços para o próximo ano. Têm até dia 15 de novembro, ou seja, quarta-feira, para o fazerem.

A aumentarem, será o segundo ano consecutivo de subida dos preços das portagens após três em que os valores ficaram estáveis fruto da subida muito ligeira da inflação. No caso das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, será o segundo ano consecutivo após dois sem alteração. Neste caso, a Lusoponte utiliza a taxa de inflação homóloga de setembro que, este ano, foi de 1,40%.

O aumento das portagens é feito por troço, sendo realizado sempre em múltiplos de cinco cêntimos, facto que faz com que muitas vezes se assista a subidas bem mais expressivas nos valores das portagens do que aqueles que poderiam resultar da aplicação da taxa de inflação simples. A manutenção dos preços, ou o aumento de cinco cêntimos, depende se o resultado for inferior ou superior a 2,5 cêntimos.

(Notícia atualizada às 12h42 corrigindo a variação dos preços das portagens. Ao contrário do que estava referido, a taxa não é de 1,24% que se refere à taxa de variação média dos últimos 12 meses, excluindo a habitação, mas de 1,42%, que é a taxa de inflação no mês de outubro sem o efeito da habitação)

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Hospitais vão receber 1,4 mil milhões para regularizar dívidas

  • Lusa
  • 13 Novembro 2017

No terceiro trimestre deste ano, os hospitais totalizavam 2.072 milhões de euros em pagamentos em atraso. O ministro afirma que vai começar um novo ciclo nas contas da Saúde.

O ministro da Saúde anunciou esta segunda-feira que irão ser transferidos, até ao final do ano, 1,4 mil milhões de euros para a regularização das dívidas aos fornecedores do setor. Adalberto Campos Fernandes falava nas comissões parlamentares de Saúde e Finanças no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado.

Segundo o ministro, com a transferência deste valor, dá-se início a um novo ciclo nas contas da Saúde, mais aproximado da estabilidade. No terceiro trimestre deste ano, os pagamentos em atraso ascendiam a 2.072 milhões de euros. Para a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), é um “importante passo para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e para melhorar o acesso de todos os portugueses aos melhores cuidados de Saúde”.

A primeira verba deste montante será transferida até 31 de dezembro de 2017 e através de um reforço de 400 milhões de euros para os hospitais. Até à mesma data, irá ocorrer um aumento do capital social dos hospitais EPE — com estatuto de Entidades Públicas Empresariais — de 500 milhões de euros e, no início de 2018, ocorrerá um novo aumento de capital social dos hospitais, também de 500 milhões de euros.

Em comparação com o Orçamento do Estado para 2018, o orçamento do Serviço Nacional da Saúde (SNS) beneficiará de um aumento com origem nas transferências do Orçamento do Estado de 500 milhões de euros.

De acordo com o Expresso, Adalberto Campos Fernandes também afirmou esta manhã, no Parlamento, que o Governo vai estar “empenhadíssimo em consensos e em fechar acordos”, mas que não vai reduzir a lista de utentes. Os sindicatos médicos pedem uma redução do número de utentes inscritos por médico de família de 1.900 para 1.500.

(Notícia atualizada às 13h00 com a posição da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica)

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Centeno diz que Orçamento do Estado traz alívio de 2,8 mil milhões às famílias

  • Margarida Peixoto
  • 13 Novembro 2017

O ministro das Finanças sublinhou a descida da carga fiscal prevista no Orçamento do Estado para 2018 e argumenta que é uma "medida estrutural da maior importância" para os jovens.

Se o Governo mantivesse em 2018 a mesma estrutura dos impostos que vigora este ano, as receitas fiscais seria 2,8 mil milhões de euros mais elevadas. “Esta é a medida da redução da carga fiscal sobre as famílias, que deverão tomar decisões de poupança e de consumo”, sublinhou o ministro das Finanças, Mário Centeno, na abertura da Conferência Anual da Ordem dos Economistas, esta segunda-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

O ministro das Finanças argumentou que a redução do IRS prevista no Orçamento do Estado para 2018 — nomeadamente através do desdobramento dos escalões, da eliminação completa da sobretaxa e da alteração do mínimo de existência — é uma reforma estrutural e que vai beneficiar sobretudo os mais jovens. “O esforço de redução do IRS em 2018 é uma reforma estrutural da maior importância para os mais jovens e para os que enfrentam taxas de imposto não compatíveis com o seu rendimento”, defendeu o ministro das Finanças, garantindo que o peso dos impostos sobre o PIB cai para 25%, quatro décimas a menos.

Ainda assim, numa semana em que decorrem as negociações de especialidade do Orçamento do Estado, Mário Centeno aproveitou para sublinhar que “mais do que tirar partido de como utilizar supostas folgas orçamentais”, é necessário entender a importância da sustentabilidade das finanças públicas. E que o Governo não prescindirá de recorrer “a todos os instrumentos para cumprir os compromisso com os portugueses e internacionalmente.”

O ministro sublinhou ainda que a proposta de Orçamento do Executivo já “liberta as progressões para mais de 550 mil trabalhadores” da Administração Pública e que esta política de devolução de rendimentos acontece ao mesmo tempo que o défice se reduz para 1% e a dívida cai para 123% do PIB. “Sem cortes transversais, daqueles que fazem boas manchetes nos jornais, mas que a prática demonstrou que não passaram disso mesmo”, criticou o ministro, referindo-se à política do anterior Governo PSD/CDS-PP.

Ciclo dos juros baixos está a acabar

Mário Centeno assinalou ainda “desenvolvimentos positivos” conseguidos durante o mandato do atual Governo. Frisou a saída do Procedimento por Défice Excessivo, a melhoria do rating da República, com o consequente alargamento da base de investidores e a redução dos custos de financiamento para a economia, as empresas e as famílias. E, uma vez mais, sublinhou que esta alteração é uma melhoria estrutural. “Que maior alteração estrutural na nossa economia poderíamos querer?”, questionou Centeno.

Ainda assim, e apesar do otimismo, o ministro das Finanças avisou que o ciclo de juros baixos está a terminar. E que, por isso, Portugal tem de se preparar. “Vêm aí tempos melhores para a economia europeia, mas os melhores tempos virão associados a um ciclo de taxas de juro mais elevadas. Não podemos chegar a esse momento sem ter a percentagem da dívida no PIB a cair,” alertou Mário Centeno, justificando assim o motivo de evitar subidas mais expressivas da despesa pública.

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Sobe para cinco número de mortos por legionella

  • ECO
  • 13 Novembro 2017

A Direção-Geral de Saúde (DGS) confirmou, esta segunda-feira, a quinta vítima mortal resultante do surto de legionella. O surto está a abrandar e perto de ser resolvido, diz a mesma entidade.

O surto de legionella já fez cinco vítimas mortais, confirmou, esta segunda-feira, a Direção-Geral de Saúde (DGS). A quinta vítima mortal é uma mulher de 76 anos, que estava internada no Hospital São Francisco Xavier.

Apesar da confirmação de uma nova vítima mortal, a DGS refere que o surto desta bactéria está a abrandar. “A Direção-Geral de Saúde sublinha que as indicações epidemiológicas apontam para um abrandamento e resolução do surto. Até ao momento salienta-se que nove doentes tiveram já alta clínica”, pode ler-se no comunicado emitido esta segunda-feira, assinado por Graça Feitas, diretora geral da Saúde.

O comunicado não dá mais detalhes sobre o número de infetados. Na sua última atualização, feita esta segunda-feira, a DGS dava conta de 48 casos confirmados de infeção de legionella em Lisboa. Há ainda 28 infetados (58% do total de infetados) que estão internados em enfermarias, enquanto 34 (71%) já tiveram alta clínica, adianta a DGS num comunicado publicado no seu site.

A legionella é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

Segundo a Direção-Geral da Saúde, a maioria dos infetados (28) são mulheres e 34 têm idade igual ou superior a 70 anos, sendo que todos têm “história de doença crónica e/ou fatores de risco”.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

Notícia atualizada às 13h39 com mais informação.

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Puigdemont diz que é possível uma solução diferente da independência

  • Lusa
  • 13 Novembro 2017

Carles Puigdemont afirmou, em entrevista, que está disposto a aceitar “a realidade de uma outra relação com Espanha”, sem especificar.

O presidente destituído da região autónoma da Catalunha, Carles Puigdemont, disse ao jornal belga Le Soir que uma solução diferente da independência é “sempre possível”.

“É sempre possível! Trabalhei durante 30 anos para conseguir outra ligação da Catalunha a Espanha! Trabalhamos muito nessa questão mas a chegada de Aznar (ex-primeiro-ministro do PP) ao poder deteve esse desejo”, disse Puigdemont na entrevista publicada hoje no jornal francófono belga.

Carles Puigdemont acrescentou que está disposto a aceitar “a realidade de uma outra relação com Espanha”, sem especificar.

O ex-presidente da Generalitat que se encontra em Bruxelas desde que proclamou a independência unilateral da “República da Catalunha” sublinhou que a origem da crise atual começou em 2010 quando o Tribunal Constitucional espanhol declarou inconstitucionais vários artigos do Estatuto de Autonomia da Catalunha.

“A origem de tudo isto está na anulação do Estatuto de Autonomia, em 2010, que tinha sido adotado pelos parlamentos catalão (regional) e espanhol. Sabe quantos deputados independentistas estavam no parlamento catalão? Catorze entre 135 deputados. Agora são 72. O responsável pelo aumento do número de independentistas é, sobretudo, o Partido Popular”, afirma o ex-presidente da autonomia.

Carles Puigdemont e outros quatro ex-membros do governo autónomo da Catalunha que também se encontram em Bruxelas devem comparecer na próxima sexta-feira perante um tribunal de primeira instância belga que vai depois decidir se executa a ordem de entrega a Espanha, pedida pela Audiência Nacional, em Madrid.

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União Europeia aprova sanções à Venezuela

  • Lusa
  • 13 Novembro 2017

As medidas, que incluem embargo de armas, serão aplicadas de forma gradual e poderão ainda ser alargadas.

A União Europeia decidiu, esta segunda-feira, por unanimidade, aplicar sanções à Venezuela, incluindo um embargo de armas e outro material “que possa ser usado para a repressão interna”, e adotou o quadro legal para impor medidas contra os responsáveis.

“Complementarmente aos seus esforços políticos e diplomáticos com vista a uma solução pacífica negociada para a crise política, o Conselho decidiu por unanimidade adotar medidas restritivas, sublinhando a sua preocupação com a situação no país”, lê-se nas conclusões sobre a situação na Venezuela, adotadas esta segunda-feira pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, reunidos em Bruxelas.

Sublinhando que as medidas foram concebidas de modo a não lesar a população venezuelana, cuja situação a UE diz querer aliviar, os chefes de diplomacia da UE esclarecem que as medidas agora formalmente acordadas “consistem num embargo de armas e material relacionado que possa ser usado para a repressão interna, bem como o quadro legal para proibição de viagens e congelamento de bens”.

Estas medidas serão usadas de uma forma gradual e flexível e podem ser alargadas, visando aqueles envolvidos no desrespeito pelos princípios democráticos ou Estado de direito e na violação de direitos humanos. As medidas podem ser revertidas, dependendo da evolução da situação no país, em particular na realização de negociações credíveis, respeito pelas instituições democráticas, adoção de um calendário eleitoral completo e libertação de todos os prisioneiros políticos”, lê-se nas conclusões adotadas pelo Conselho.

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Juros a três anos também já estão abaixo de zero

Há mais uma linha de dívida a negociar com taxas negativas em mercado secundário. Juros das obrigações a três anos caíram para terreno negativo, refletindo confiança dos investidores com Portugal.

A descompressão dos juros portugueses continua e agora foi a vez de a taxa associada às obrigações a três anos a cair para terreno negativo pela primeira vez.

A yield implícita na dívida a três anos cai para -0,004%. É um novo prazo da dívida nacional que negoceia em mercado secundário com valores negativos depois dos títulos a três, seis e 12 meses e ainda as obrigações a dois anos também já estarem a transacionar com juros abaixo de zero.

Na prática, isto quer dizer que alguns investidores estão mais confiantes em relação a Portugal e estão a manifestar esse otimismo com a aquisição de títulos de dívida por um valor superior àquele que o título vai dar no seu vencimento. Por exemplo, estão a adquirir um título a outro investidor por 101 euros quando no final da maturidade só vão receber 100 euros da entidade que o emitiu, neste caso Portugal. Daí a rentabilidade ser negativa.

Porém, apesar dos juros negativos, não é líquido que os investidores que comprem agora estes títulos vão perder dinheiro. Primeiro, porque podem apostar numa estratégia de valorização dos títulos portugueses (como tem acontecido ao longo deste ano) e vendê-los por 102 euros, por exemplo, antes de ela vencer. Na verdade, este é um cenário cada vez mais possível à medida que o país for apresentando indicadores económicos positivos e as agências de rating emitindo opiniões favoráveis em relação ao perfil de crédito de Portugal — depois da Standard & Poor’s, a agência Fitch pode ser a próxima agência a tirar o país do nível “lixo” já em dezembro.

Fonte: Bloomberg

Depois, acontece que as Obrigações do Tesouro a dois anos e três anos são títulos que dão direito um cupão pago pelo emitente (a República portuguesa), garantindo assim uma remuneração para quem os possui.

Em relação às outras maturidades que observam taxas negativas, os bilhetes a três meses, seis meses e a 12 meses transacionam com juros de -0,415%, -0,401% e -0,336%, respetivamente. A taxa implícita nas obrigações a dois anos perde terreno para -0,186%.

Além dos fatores internos, também a envolvente externa está a influenciar o comportamento dos mercados, com destaque para a ação decisiva do Banco Central Europeu (BCE) que, ao manter as taxas de juro dos depósitos dos bancos em -0,4%, está a “forçar” os grandes investidores institucionais a comprar títulos de dívida dos governos da zona euro mesmo que estes apresentem rentabilidades negativas.

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Lesados da PT preparam ação popular contra Haitong

  • ECO
  • 13 Novembro 2017

A Alope e a ATM vão juntar-se contra o Haitong pela "venda fraudulenta" de produtos estruturados, Antes de avançar para a ação popular, as associações vão tentar entrar em negociações.

As associações que representam os lesados da PT/Oi (Alope) e os pequenos investidores (ATM) poderão avançar em conjunto para uma ação popular contra o Haitong, antigo BESI, pela venda fraudulenta de produtos estruturados que aconteceu antes da queda do banco liderado por Ricardo Salgado. Querem assim defender os interesses dos investidores da antiga PT.

A união de esforços foi confirmada pelos responsáveis de ambas as associações ao Jornal de Negócios, com Francisco Mateus, da Alope, a afirmar que “existe interesse de ambas as partes em convergir interesses” e Octávio Viana, da ATM, a considerar que esta ação alarga o raio de intervenção, uma vez que a sua associação esteve “sempre mais direcionada para os obrigacionistas e acionistas”.

“Estamos a falar de CLN (Credit Link Notes), os quais, na prática, são um misto: têm características de CDS, tipo de seguros, e de uma obrigação”, explicou Francisco Mateus ao jornal. Haverá “um pressuposto de venda fraudulento” porque “o BES já tinha conhecimento à data dos problemas financeiros da ESI”, como a auditoria independente da PwC já tinha mostrado. Desta forma, “no fundo, o BES pegou nessas obrigações e empurrou para os clientes de retalho”, conclui o presidente da Alope.

Antes de avançar para a ação popular propriamente dita, os departamentos jurídicos de ambas as associações vão proceder ao envio de uma carta ao Haitong propondo uma negociação. Mas como esta hipótese está a ser considerada pelas mesmas como remota, a ação é já tida como muito provável. Não é ainda conhecida a data de entrada da ação, “por ser um processo que não pode ser avançado de ânimo leve”.

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Espanhola Colonial lança oferta para comprar rival Axiare em Espanha

A Colonial lançou uma oferta sobre a rival Axiare, onde já é maior acionista. Oferece 18,5 euros por ação, numa operação que vai criar um gigante no setor imobiliário em Espanha.

A empresa espanhola Colonial lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a rival Axiare, onde já é maior acionista. Oferece 18,5 euros por ação, numa operação que vai criar um gigante no setor imobiliário em Espanha. As ações de ambas as empresas já foram suspensas de negociação em bolsa.

A carteira de ativos da Colonial está avaliada em 8.253 milhões de euros, sendo apenas superada no mercado espanhol pelo portefólio da Merlin. Xabier Mikel Laburu/Bloomberg News

A Colonial converteu-se no principal acionista há um ano, depois de adquirir a participação à gestora americana Perry Partners. Em outubro de 2016, pagou 135,58 milhões de euros (12,5 euros por ação) por 15,09% da Axiare.

Agora, lança uma oferta para adquirir a totalidade do capital, cerca de 72% que ainda não controla. A Colonial paga 18,5 euros por cada título, o que representa um prémio de 11% face ao fecho de cotação da Axiare na passada sexta-feira, nos 16,36 euros.

A imobiliária assegura que dispõe de todos os fundos necessários para concretizar esta aquisição. A sua carteira de ativos está avaliada em 8.253 milhões de euros, sendo apenas superada no mercado espanhol pelo portefólio da Merlin (10.459 milhões). Porém, adquirindo a Axiare, que possui ativos no valor de 1.630 milhões de euros, a fusão das duas imobiliárias permitirá a formação de um gigante no setor com uma carteira de 10.000 milhões de euros.

O lançamento da OPA foi anunciado esta segunda-feira, dia em que a Colonial também prestou contas ao mercado. Nos primeiros nove meses do ano, a empresa obteve um lucro de 454 milhões de euros, mais 82% face ao mesmo período do ano passado.

Entretanto, encontra-se suspensa a negociação das ações da Colonial e da Axiare na bolsa espanhola.

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UE aprova sanções à Venezuela. Maduro considera-as “estúpidas”

  • Lusa
  • 13 Novembro 2017

As sanções incluem, para além do embargo ao armamento, a proibição de exportção de equipamentos que possam servir para escutar e intercetar as comunicações eletrónicas para a Venezuela.

A União Europeia deverá aprovar esta segunda-feira um embargo de armas à Venezuela, numa reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros à margem da qual cerca de 20 países assumirão o lançamento da cooperação estruturada permanente na área da Defesa.

O Conselho de Negócios Estrangeiros, que terá lugar hoje em Bruxelas, tem o chamado formato “Jumbo”, já que parte da sessão será uma reunião conjunta entre os chefes de diplomacia dos 28 e os ministros da Defesa, estando Portugal representado pelos ministros Augusto Santos Silva e José Alberto Azeredo Lopes.

Antes do encontro conjunto, no quadro do qual realizar-se-á um debate sobre a implementação da Estratégia Global da União Europeia na área da Segurança e Defesa, haverá, todavia, a reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros, que, além de um debate sobre as relações UE-África, no contexto da preparação da Cimeira União Europeia-União Africana, deverão então dar “luz verde” à imposição de sanções à Venezuela.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, referiu-se no domingo às possíveis sanções da União Europeia (UE) a Caracas, classificando-as como “estúpidas”.

“Todos os dias há declarações da União Europeia. Dizem-me que amanhã [esta segunda-feira] a UE fará umas declarações estúpidas sobre sanções contra a Venezuela. São estúpidas, eu classifico-as assim”, disse Nicolás Maduro no programa radiofónico e televisivo “Os Domingos com Maduro”, transmitido através das rádios e televisões estatais.

A posição de Caracas ocorre depois de a imprensa local dar conta de que a UE prepara a imposição de sanções contra o Governo venezuelano, que incluem um embargo de armamento.

Na semana passada, o ministro Santos Silva confirmou à Lusa que está em agenda um “projeto de decisão relativo ao quadro de eventuais futuras sanções à Venezuela”, devido à repressão no país, e garantiu que a proposta não motiva reticências a Portugal. “Portugal, como é seu timbre, participou para a formação do consenso da União Europeia. A decisão será aprovada, como é devida, por unanimidade e nós participaremos, como temos participado, nesse consenso”, declarou.

As sanções propostas, já acordadas entre os 28 ao nível dos seus representantes permanentes em Bruxelas, consistem num embargo de armas e num veto às exportações de material que possam ser utilizados “para a repressão interna” ou para “vigiar comunicações eletrónicas”.

Além disso, preveem a “base legal” para que a UE decida sobre uma lista de pessoas que considere responsáveis da situação no país e as que sejam proibidas de viajar para território comunitário. O congelamento de bens que se encontrem na União, “caso a evolução da situação o justifique”, é outra medida contemplada.

De acordo com uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros, está prevista também para esta segunda-feira a cerimónia de assinatura, pelos Estados-membros, da notificação à Comissão Europeia e à Alta Representante da UE, Federica Mogherini, com vista ao lançamento da Cooperação Estruturada Permanente no âmbito da Política Comum de Segurança e Defesa, na qual Portugal decidiu participar.

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REN aumenta capital com novas ações a desconto de 25%

Gestora da rede vai aumentar o capital em 250 milhões de euros. Cada nova ação vai custar 1,877 euros, um desconto de 25% face ao fecho de sexta. Cerca de 30% do aumento garantido pelos acionista.

A REN RENE 0,17% vai aumentar o capital em 250 milhões de euros, tendo fixado cada nova ação ao preço de subscrição de 1,877 euros, o que representa um desconto de 25% face ao fecho da última sexta-feira. Cerca de 30% deste aumento está garantido pelos acionistas, informa a gestora da rede elétrica nacional. Operação vai financiar compra da EDP Gás.

“O preço de subscrição foi fixado em 1,877 euros por cada ação. O preço de subscrição representa um desconto de aproximadamente 25% face ao preço teórico ajustado ex-rights (theoretical ex-rights price) calculado com base no preço de fecho das ações REN na Euronext Lisbon em 10 de novembro de 2017″, adianta a empresa liderada por Rodrigo Costa em comunicado divulgado ao mercado.

A REN espera dar início a esta oferta “no mais breve prazo possível”, o que só acontecerá depois de a CMVM aprovar o respetivo prospeto e for publicado o aviso para o exercício dos direitos de subscrição.

A empresa diz ainda que já recebeu compromissos irrevogáveis de vários dos seus principais acionistas, representando “um total de aproximadamente 30% do atual capital, informando que irão exercer os seus direitos de preferência”. Entre os maiores acionistas da REN encontram-se companhia estatal chinesa State Grid (25%) e a Oman Oil (15%).

De resto, caso o aumento de capital não seja totalmente subscrito pelos acionistas, o sucesso da operação está assegurado pelo conjunto de bancos de investimento com os quais a REN celebrou um contrato de underwriting. São eles o Santander, CaixaBI e JPMorgan, que “acordaram efetuar declaração antecipada de subscrição, destinada à produção de efeitos no último dia do período de subscrição”.

Direitos custam 63 cêntimos

O banco Haitong calcula que o preço teórico das ações da REN após o aumento de capital seja de 2,5 euros e “por isso o preço da oferta tem um desconto de 25% e os direitos têm um valor teórico de 63 cêntimos por ação”. Considera que tem impacto neutro no título mas diz que o facto de 70% do aumento ainda não estar garantido junto dos acionistas “poderá colocar alguma sobrecarga de curto prazo nas ações”.

O dinheiro desta operação vai financiar a aquisição da EDP Gás, um negócio avaliado em 530 milhões de euros. Esta transação foi anunciada a 7 de abril deste ano e ficou concluída em setembro. A REN comprou a totalidade do capital social da EDP Gás e das suas subsidiárias, EDP Gás Distribuição e EDP Gás GPL. Já a comercialização de gás natural ficou de fora. A operação atribuiu à EDP Gás, que detém a concessão de distribuição de gás natural em 29 municípios do norte de Portugal, um enterprise value de 532,4 milhões de euros.

A EDP Gás detém a segunda maior rede de distribuição de gás em Portugal, com uma rede de 4.640 quilómetros, tendo atingido um EBITDA de 48,5 milhões de euros.

As ações da REN estão a deslizar 0,4% para 2,65 euros.

(Notícia atualizada às 9h54 com comentário do Haitong)

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