Os louros que BE e PCP reclamam para si do Orçamento

As negociações bilaterais fazem com que o Governo negoceie a duas velocidades: uma com os comunistas e outra com os bloquistas. Qual dos dois partidos teve mais conquistas? O ECO foi fazer as contas.

A reposição dos rendimentos, conquista de direitos e a valorização do trabalho são as expressões mais utilizadas pelos partidos que suportam o Governo na Assembleia da República. Bloquistas e comunistas gladiaram-se para reivindicar conquistas nos temas quentes deste Orçamento do Estado para 2018: as pensões, o IRS e as progressões.

Antes da apresentação oficial da proposta do OE2018, os dois partidos alegaram para si vários acordos com o Governo. O BE, por exemplo, anunciou que no próximo ano vão ser vinculados mais 3.500 professores e que iriam ser criados dois novos escalões no IRS. Já o PCP, por exemplo, anunciou o aumento extraordinário das pensões em agosto, o aumento do mínimo de existência e uma nova forma de descongelar as progressões na função pública.

Ao longo da negociação do documento, ambos os partidos tentaram reclamar para si os louros das medidas de reversão da austeridade. No final, quem alcançou mais conquistas? O ECO fez o apanhado das medidas reivindicadas por cada um, mas nem sempre é clara a divisão entre as medidas conquistas por PCP ou BE. Isto porque há bandeiras que foram erguidas em simultâneo por Catarina Martins e Jerónimo de Sousa.

O que reivindicou o PCP?

“Este Orçamento tem a marca do PCP”após os resultados autárquicos dececionantes para os comunistas, foi esta a mensagem passada pelo Partido Comunista do dia 2 ao dia 14 de outubro. “Trata-se de uma proposta [de OE2018] que acolhe elementos que se valorizam e que são inseparáveis da contribuição decisiva do PCP e que se traduzem em novos passos dados no sentido da defesa, reposição e conquista de direitos”, afirmou Jerónimo de Sousa logo no dia seguinte à apresentação feita por Mário Centeno.

  1. A subida do mínimo de existência. “Pode significar uma redução do imposto até 480 euros”, dizia o líder do PCP. Além disso, os comunistas realçaram as alterações nos escalões do IRS;
  2. “A eliminação em 2018 da restrição de direitos dos trabalhadores da Administração Pública: horas extraordinárias, trabalho noturno, horas de qualidade”, dizia Jerónimo de Sousa, referindo também a revisão da tabela remuneratória dos assistentes operacionais;
  3. Descongelamento das progressões das carreiras da função pública;
  4. O aumento geral das pensões e o novo aumento extraordinário das pensões de reforma que “dão um novo passo na recuperação do poder de compra dos reformados”, argumentava o líder comunista;
  5. Abertura de vagas para vinculação de professores ao fim de três contratos;
  6. A redução do IVA dos instrumentos musicais, uma proposta feita pelo PCP ao Governo;

O que reivindicou o BE?

Após a entrega do Orçamento, a mesa nacional do Bloco de Esquerda reuniu e assinalou na sua resolução quais as medidas que reivindica para si. Nesse mesmo dia, Mariana Mortágua, a cara bloquista para os assuntos orçamentais, afirmava que “o documento que agora conhecemos reflete as negociações que o Bloco manteve com o Governo ao longo dos últimos meses”, argumentando que isso se traduzia “em medidas muito concretas que já estão presentes neste Orçamento”.

  1. A reestruturação do IRS, com o aumento do mínimo de existência e introdução de dois novos escalões. “A medida permite aumentar a justiça e progressividade fiscais, reduzindo impostos para os contribuintes até 40.000 euros brutos”, lia-se na resolução;
  2. A vinculação de 3.500 professores contratados, através da alteração da norma travão e da realização de uma nova vinculação extraordinária;
  3. O descongelamento das carreiras da Função Pública e respetiva atualização salarial em dois anos, ou seja, no âmbito da presente legislatura;
  4. O aumento de todas as pensões e, em particular, das pensões mais baixas, que crescem acima da inflação, fruto do descongelamento legal efetuado em 2015;
  5. Aumento extraordinário das pensões, por forma a complementar o diferencial entre a atualização legal e os 10€ (ou 6€ no caso daquelas pensões mínimas aumentadas no passado);

Além destas reivindicações, o documento final poderá conter mais medidas. Os partidos à esquerda do PS pretendem ir ainda mais longe na especialidade. Ambos asseguram que o Governo tem o compromisso de aprovar, através do grupo parlamentar socialista, o aumento da derrama estadual para o terceiro escalão (empresas com lucros superiores a 35 milhões de euros) e ainda o fim do corte de 10% no subsídio de desemprego.

Pode consultar todas as propostas que se conhecem até agora para o Orçamento do Estado para 2018. A versão final que entrará em vigor no início do próximo ano deverá ser aprovada no dia 27 de novembro.

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Enviou uma mensagem por engano? WhatsApp deixa apagar

  • ECO
  • 28 Outubro 2017

Sete minutos. Agora, é esse o tempo que tem para apagar qualquer mensagem enviada por engano para um contacto ou para um grupo no WhatsApp.

O fim das mensagens enviadas por engano está próximo, pelo menos para os milhares de milhões de utilizadores do WhatsApp. A aplicação vai deixar que apague as mensagens enviadas erradamente para contactos ou grupos.

A nova funcionalidade ainda está em fase de testes e só poderá ser utilizada até sete minutos depois do envio. “Depois de sete minutos, não será possível apagar a mensagem para todos”, lê-se no site da aplicação. O destinatário será, por outro lado, avisado de que uma mensagem foi apagada, mas não poderá ver o seu conteúdo.

Para que as mensagens sejam efetivamente apagadas para todos os envolvidos, remetente e destinatário deverão ter a versão mais recente do WhatsApp para iOS ou Android. Até agora, a aplicação apenas oferecia a possibilidade de apagar mensagens no telemóvel do próprio utilizador.

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As provisões tramaram o BES? Os argumentos de Ricardo Salgado

É uma versão alternativa dos factos. Na visão de Salgado sobre o que teria acontecido se o regulador tivesse sido menos exigente, o BES cumpria os rácios de solvabilidade e estaria hoje em atividade.

Ricardo Salgado foi tido pelo Banco de Portugal como o grande culpado pela derrocada do Banco Espírito Santo (BES). O regulador considerou que o antigo banqueiro fez uma “gestão ruinosa” do banco e condenou-o a pagar uma multa de quatro milhões de euros. Salgado contestou de imediato a decisão do Banco de Portugal, conhecida em junho do ano passado, e está desde então a lutar em tribunal pela anulação desta condenação.

Agora, faz-se valer de um “parecer técnico contabilístico-financeiro” que atribui culpas ao Banco de Portugal pelo colapso do BES. O argumento do parecer, avançado em primeira mão pelo Jornal de Negócios e a que o ECO também teve acesso, é só um: não tivesse o Banco de Portugal exigido a constituição de provisões consideradas demasiado elevadas e os rácios de solvabilidade do BES não teriam caído abaixo dos mínimos requeridos pela regulação bancária. Desta forma, o banco poderia ter mantido a atividade, em vez de ser alvo de uma resolução, como aconteceu a 3 de agosto de 2014.

É esta tese que é defendida, ao longo de mais de 100 páginas, no parecer pedido por Ricardo Salgado a João Carvalho das Neves, professor do ISEG e membro do conselho geral e de supervisão da EDP. A defesa de Salgado quer que este parecer seja admitido no processo de impugnação contra a decisão do Banco de Portugal, que está a decorrer no Tribunal de Concorrência, Regulação e Supervisão, em Santarém. No fundo, Salgado quer que aquilo que já por várias vezes disse publicamente — que o colapso BES foi provocado pelo Banco de Portugal — seja considerado em tribunal como prova contra a atuação do regulador.

O argumento é questionável, responde o Banco de Portugal. O objetivo de Salgado é anular uma decisão do Banco de Portugal que tem por base três acusações ao antigo banqueiro: gestão ruinosa, em detrimento dos depositantes, investidores e credores; prestação de informações falsas e violação das normas de conflito de interesses. Ora, em nenhuma parte do parecer apresentado por Ricardo Salgado é negada a prática de qualquer um destes atos. Apenas é alegado que, se o BES não tivesse sido obrigado a constituir provisões tão elevadas, não teria colapsado.

É isso mesmo que argumenta o Banco de Portugal: segundo o Jornal de Negócios, o regulador apresentou o seu próprio parecer, que conclui que os argumentos apresentados no parecer de Salgado “exorbitam inequivocamente do objeto do recurso de impugnação judicial”.

Questionável ou não, sobra a visão de Ricardo Salgado sobre o que teria acontecido ao BES se o regulador não tivesse regulado tanto.

Provisões, imparidades e passivos contingentes

O parecer começa por distinguir os conceitos de provisão, imparidade e passivo contingente, já que a tese assenta na ideia de que, se aquilo que o Banco de Portugal obrigou que fosse considerado provisão pudesse ter sido contabilizado como passivo contingente, o destino do BES teria sido outro.

  • Provisão: “É fundamental que se perceba que uma provisão constitui uma dívida com data de vencimento incerto ou de montante incerto, que vai exigir um pagamento por parte da entidade, cujo montante e data de vencimento devem ser estimadas de forma fiável e que esse montante estimado é registado no balanço da entidade”;
  • Imparidade: “Uma imparidade é uma estimativa de perda de valor de um ativo, que também é estimado, mas não exige a saída de dinheiro da entidade, consubstanciando-se numa perda de valor do bem ou com uma certa probabilidade vir a encaixar um valor inferior ao registado na contabilidade”;
  • Passivo contingente: “Não é uma dívida no presente, mas é uma potencial dívida, que se tornará efetivamente dívida no futuro se ocorrer o facto que desencadeia a sua efetividade”.

O que João Carvalho das Neves defende é que, não se tratando de uma dívida, mas de uma potencial dívida, o passivo contingente não seria registado no balanço do BES, devendo apenas ser explicado nos anexos às demonstrações financeiras. Assim, o banco não teria entrado em incumprimento dos rácios de solvabilidade exigidos pela supervisão bancária, como aconteceu no primeiro semestre de 2014. Nessa altura, reportou prejuízos históricos de 3.755 milhões de euros e um rácio de solvabilidade de 6,5%, quando os supervisores exigiam um mínimo de 10%.

As exigências do Banco de Portugal

As provisões exigidas pelo Banco de Portugal ao BES são o foco do parecer. Há três grandes questões em análise: o papel comercial, a exposição do BES às empresas do Grupo Espírito Santo e a garantia estatal angolana.

O papel comercial

A 30 de junho de 2014, o BES tinha constituídas provisões de 757,8 milhões de euros para cobrir eventuais perdas com três linhas de obrigações emitidas por entidades do Grupo Espírito Santo. As perdas poderiam surgir caso os detentores das obrigações fizessem resgates antecipados.

O argumento é que “as potenciais perdas de 320,4 milhões de emissões de cupão zero e 360,4 milhões de outras emissões de muito longo prazo, que o BES pudesse vir a incorrer no futuro, em consequência da solicitação por parte dos clientes de retalho em liquidar os títulos em sua posse, não cumprem com os critérios para que sejam apuradas provisões”.

“A incerteza quanto às decisões que os mesmos poderiam vir a tomar de solicitar a recompra por parte do BES, o facto de ser um acontecimento contingencial fora do controlo do banco e não se conhecer o volume potencial dessa ocorrência, leva a que os mesmos devam ser classificados como passivos contingentes”, conclui-se, ao mesmo tempo que se defende que a constituição destas provisões não era “uma obrigação legal”, mas uma “obrigação construtiva”. Ou seja: se houvesse resgates antecipados, então o banco teria de constituir provisões; mas só depois disso, e nunca antes.

A exposição ao GES

No final do primeiro semestre de 2104, a exposição direta e indireta do BES ao GES ultrapassava os 2.825 milhões de euros. Numa carta dirigida nesse ano ao BES, o Banco de Portugal exigiu à instituição que constituísse “uma provisão prudentemente avaliada para acomodar os riscos assumidos” com esta exposição, “no valor mínimo de dois mil milhões de euros”.

Assim, a 30 de junho de 2014, o BES tinha constituídas provisões de 2.045 milhões de euros para cobrir os riscos associados à exposição ao GES.

Mais uma vez, o autor do parecer questiona o respeito pelas normas contabilísticas, argumentando que nem tudo o que é provisão deveria sê-lo. A exposição indireta ao GES — 641 milhões de euros ao papel comercial emitido pela Espírito Santo International e pela Rioforte, 420 milhões de euros à dívida de entidades do GES colocada no retalho e 267 milhões em cartas de conforto a entidades venezuelanas — também deveria ser considerada um passivo contingente, sem qualquer obrigação legal, mas com obrigação construtiva, argumenta o parecer.

Já em relação à exposição direta às empresas do GES — 1.497 milhões de créditos concedidos à Rioforte, à Espírito Santo Financial Group e ao grupo Escom — nem tudo deveria considerar-se provisões. Os créditos, a não serem cumpridos, deveriam ser considerados como imparidades; as garantias prestadas, em caso de incumprimento por parte do devedor, deveriam ser tidas como passivo contingente.

A exigência do regulador neste campo não pode ser considerada de prudente, “na medida em que ajudou a colocar o BES em situação de incumprimento dos rácios prudenciais“, argumenta o parecer. “Assim, em nossa opinião, a situação foi imprudentemente avaliada com implicações sobre todo o sistema bancário”, conclui, sobre este assunto, o parecer.

A garantia estatal de Angola

Em 2013, a República de Angola emitiu uma garantia soberana, até ao valor de 5,7 mil milhões de dólares, relativa a créditos concedidos pelo Banco Espírito Santo Angola (BESA) a um conjunto de empresas angolanas. A validade desta garantia foi reconhecida pelo Banco de Portugal.

Contudo, o regulador português não aceitou esta garantia como “meio de proteção pessoal de crédito e, dessa forma, um meio de redução do risco de crédito para efeito de apuramento dos rácios de capital”. Como o regulador não quis reconhecer esta garantia nos rácios prudenciais do BES — e apesar de nunca ter sido exigida a constituição de provisões para cobrir o eventual incumprimentos dos créditos concedidos em Angola –, o banco viu estes rácios caírem para os tais valores abaixo do mínimo exigido pela supervisão bancária.

Uma versão alternativa da história

Se o Banco de Portugal tivesse permitido a constituição de passivos contingentes em vez de provisões, e se tivesse reconhecido a garantia estatal de Angola, como ficariam, então, as contas do BES?

Em relação a Angola, o parecer conclui que “o não reconhecimento por parte do Banco de Portugal da garantia soberana de Angola para efeitos prudenciais afetou significativamente, de forma negativa, os rácios prudenciais de capital do BES”. Quanto à exposição direta e indireta ao GES, conclusão quase idêntica: “estas provisões afetaram, negativamente, o capital próprio e o rácio prudencial do BES”.

O parecer ressalva que não tem condições para “apurar o real impacto quantitativo desta política contabilística”, uma vez que o Banco de Portugal não apresentou os critérios em que se baseou para exigir provisões de dois mil milhões para cobrir os riscos associados à exposição ao GES.

Mas “conclusão geral” é que, tivessem os riscos sido registados como passivos contingentes ou imparidades, em vez de provisões, e tivesse a garantia estatal de Angola sido aceite pelo Banco de Portugal, todos os rácios prudenciais do BES ficariam acima dos mínimos exigidos:

  • Rácio core tier 1 ficaria em 9,4% (o mínimo era 4,5%);
  • Rácio tier 2 em 9,4% (o mínimo era 6%);
  • Rácio de solvabilidade ficaria em 11% (o mínimo era 10%).

“Não teria sido esta uma prática contabilística de bom senso?”, questiona o parecer.

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Já foi criado o primeiro fundo de fundos de moedas digitais

  • Bloomberg
  • 28 Outubro 2017

O investimento no setor cresceu o suficiente para possibilitar a criação do primeiro fundo de fundos. A entidade, chamada Protocol Ventures, foi aberta neste mês com um milhão de dólares.

Há apenas um ano, praticamente não havia fundos dedicados a moedas digitais. Agora, o investimento no setor cresceu o suficiente para possibilitar a criação do primeiro fundo de fundos.

O empreendedor e capitalista de risco Rick Marini quer captar 100 milhões de dólares para investir em dez hedge funds focados nas criptomoedas. O fundo, chamado Protocol Ventures, foi aberto este mês com um milhão de dólares de capital próprio de Marini.

A criação do fundo é mais um sinal do interesse crescente no setor após a abertura de 84 hedge funds focados nas moedas digitais este ano. Um salto em relação aos 11 do ano passado, segundo a Autonomous Next. A maioria dos investidores institucionais não tem aderido, mas as empresas estão a fazer várias apostas para tentar atraí-los.

“O objetivo é oferecer diversificação aos investidores”, disse Marini. “Com esta volatilidade, há o desejo de investir o suficiente para um ganho potencial significativo, mas não ao ponto de de afetar o portfólio em caso de prejuízo.”

Entre os fundos nos quais o Protocol Ventures investiu estão o MetaStable Capital, um dos primeiros e maiores fundos dedicados a criptomoedas, e o fundo mais pequeno Neural Capital, cuja aposta na Ethereum ajudou a multiplicar os ganhos por 60 nos últimos 12 meses, disse Marini, que trabalhou como chefe de inovação digital da Hearst e fundou três startups de tecnologia.

A capitalização de mercado das moedas digitais disparou para mais de 170 mil milhões de dólares, contra 13 mil milhões de dólares no início do ano. A bitcoin, a maior entre os ativos digitais, subiu 500% neste período.

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Ministro das Infraestruturas diz que investimento ferroviário vai triplicar em 2018

  • Lusa
  • 28 Outubro 2017

Pedro Marques afirmou que já está em andamento o plano de requalificação da Rede Ferroviária Nacional, com um orçamento de 2.000 milhões de euros.

O investimento em infraestruturas ferroviárias vai triplicar em 2018 face a este ano, atingindo 270 milhões de euros, anunciou este sábado, na Mealhada, o ministro do Planeamento e da Infraestruturas, durante uma visita às obras da Linha da Beira Alta.

“O investimento ferroviário de grande escala está de regresso ao nosso país”, garantiu o ministro Pedro Marques, no dia em que passam 161 anos sobre a entrada em funcionamento do caminho-de-ferro em Portugal.

O governante afirmou que já está em andamento o plano de requalificação da Rede Ferroviária Nacional (Ferrovia 2020), com um orçamento de 2.000 milhões de euros, suportado em dois terços por fundos comunitário, realçando que “o investimento ferroviário vai acelerar de forma significativa” em 2018, mantendo-se numa rota de crescimento nos anos seguintes.

“Há muito tempo que não havia um investimento desta dimensão nas ferrovias”, assegurou Pedro Marques, acrescentando que para além da requalificação da rede ferroviária atual serão criadas novas linhas, como a ligação Évora-Elvas, um investimento a rondar os 400 milhões de euros.

Pedro Marques afirmou que, desde a tomada de posse do Governo, têm sido feitos os estudos e lançados os concursos públicos que permitirão requalificar toda a rede ferroviária, pondo fim a um período de cinco anos sem investimentos significativos no setor.

O ministro anunciou ainda um investimento específico de 126,5 milhões de euros na manutenção e reabilitação de 2.600 quilómetros da rede ferroviária nos próximos cinco anos.

Até 2022 serão feitas intervenções de manutenção de via ferroviária, de catenária, em estruturas geotécnicas, entre outros.

No Luso, Pedro Marques visitou as obras de renovação integral de um troço de sete quilómetros da Linha da Beira Alta, incluindo a intervenção de drenagem do Túnel do Trezói (frequentemente alagado durante o inverno) a cargo da Infraestruturas de Portugal (IP).

A obra representa um investimento global de 5,8 milhões de euros, repartidos entre os 3,7 milhões de euros correspondentes ao valor da empreitada e os 2,1 milhões de euros relativos ao custo dos materiais a aplicar.

“A intervenção desenvolve-se entre a bifurcação do Luso e a boca de saída do Túnel do Trezói, concelhos de Mealhada e Mortágua, tem como objetivo a renovação integral da superestrutura de via existente, com a colocação de novos carris, travessas, fixações e balastros, assegurando a integração destes equipamentos no âmbito do projeto de modernização da Linha da Beira Alta”, explicou Carlos Fernandes, vice-presidente da IP.

Este tipo de intervenções pontuais, que estão a ser feitas ao longo dos 200 quilómetros da linha, irão “permitir recuperar 22 minutos” de atrasos causados em cada viagem por diversos estrangulamentos de velocidade.

A modernização total da Linha da Beira Alta, que entrou em funcionamento há 135 anos, deverá arrancar em pleno em 2019, após a conclusão da modernização da Linha da Beira Baixa, e deverá custar perto de 700 milhões de euros.

A empreitada inclui a eliminação de todas as passagens de nível e a construção de uma nova “concordância” (ligação) entre a Linha do Norte e a Linha da Beira Alta, em Pampilhosa, que vai evitar que as composições vindas do Norte e com destino a Vilar Formoso façam um desvio de alguns quilómetros para sul, como agora acontece.

“Vai ser vital para o transporte de mercadorias dos portos de Leixões e Aveiro”, resumiu Pedro Marques, acrescentando que um dos objetivos do seu ministério é aumentar a taxa de transporte ferroviário de mercadorias, que agora se cifra em apenas 4% da carga total transportada em Portugal.

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“O Governo tem menos de dois anos para resolver o problema” dos incêndios, diz Marcelo

  • Lusa
  • 28 Outubro 2017

"O Governo e este parlamento só duram agora mais um ano e dez meses, têm de resolver o problema", afirmou o Presidente da República em conversa com um açoriano, no mercado em Ponta Delgada.

O Presidente da República prometeu este sábado, em conversa com um açoriano num mercado, que não largará as regiões afetadas pelos incêndios e referiu já ter avisado que “o Governo tem menos de dois anos para resolver o problema”.

“Eu agora vou lá daqui a uns dias outra vez, e depois volto lá no final de novembro. Depois vou passar o Natal, quer em Pedrógão, quer na zona agora ardida — aí provavelmente o fim do ano. Portanto, eu não largo. Eu já disse o seguinte: o Governo tem menos de dois anos para resolver o problema”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado teve esta conversa no mercado da Graça, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, onde andou quase uma hora, sempre rodeado de gente, a quem distribuiu beijos, abraços, apertos de mão e fotografias, numa visita acompanhada pelo presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro.

No final do percurso pelo mercado, o Presidente da República foi abordado por um homem que lhe fez um pedido: “O senhor não se canse de ir lá ter com aquela gente, os nossos amigos que têm sofrido com os fogos”.

“Não, estou lá sempre, sempre”, respondeu-lhe Marcelo Rebelo de Sousa. “Eu nem imagino. Deus o abençoe”, declarou o açoriano.

Depois, o Presidente da República referiu que já avisou que só há “dois anos para resolver o problema”, e acentuou que o tempo é pouco: “O Governo e este parlamento só duram agora mais um ano e dez meses, têm de resolver o problema”.

“Deus lhe dê saúde”, retorquiu o homem.

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Cláudia Goya: “não temos nenhum plano para implementar outras transferências” de trabalhadores

  • ECO
  • 28 Outubro 2017

CEO da Altice diz que a PT esteve "desde o primeiro momento" na "linha da frente a recuperar e a garantir as comunicações das populações" afetadas pelos incêndios.

Na primeira entrevista como CEO da Altice, Cláudia Goya garante que não há planos para implementar outras transferências de trabalhadores, um processo que já gerou críticas e originou até propostas de alteração legislativa no Parlamento.

“Neste momento não temos nenhum plano para implementar outras transferências, mas vou ser sincera: na nossa forma de olhar para esta análise de competência alargada, não descuramos todas as possibilidades que existem“, afirma, em entrevista ao Dinheiro Vivo. “O tema da mobilidade é importante, não só na PT, mas em todas as empresas que se pretendam transformar”, acrescenta ainda.

Já quanto aos incêndios que afetaram o país, a CEO da Altice diz que a PT esteve “desde o primeiro momento” na “linha da frente a recuperar e a garantir as comunicações das populações”. “Já temos 100% de recuperação na rede móvel, no SIRESP, na Televisão Digital Terrestre (TDT), estamos a cerca de 6 a 7% de uma recuperação total da rede fixa”, refere Cláudia Goya.

Deixando a ressalva de que não se pode substituir ao SIRESP, a líder da Altice garante que a PT tem cumprido com os Service Legal Agreements (SLA) definidos no contrato. E mostra-se disponível para trabalhar com o Governo, agora que o Estado assumiu 54% do SIRESP.

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Pague o seu Uber com o seu cartão de crédito… Uber

  • ECO
  • 28 Outubro 2017

Novo cartão de crédito está completamente adaptado ao estilo de vida dos clientes da Uber, com retorno de parte daquilo pago em voos, restaurantes e compras online.

Depois de ter dominado as estradas, mas também de ter mordido o negócio das entregas de refeições, a Uber vai lançar um cartão de crédito em parceria com a Barclays. A novidade apresentada durante a conferência Money 2020, em Las Vegas, é o mais recente passo da empresa no sentido da consolidação da sua marca no comércio online e offline.

“Estamos sempre à procura de formas únicas de surpreender e deleitar os nossos passageiros”, assinalou David Ritcher, líder global da divisão de negócios e desenvolvimento corporativo, segundo reporta a Forbes. O cartão de crédito, realça o responsável, será adaptado ao estilo de vida dos clientes da aplicação e completamente integrado na experiência que a Uber quer assegurar.

A partir de 2 de novembro, os clientes da empresa de transporte poderão obter o cartão em causa na própria aplicação móvel. Em alguns minutos, o candidato será avaliado e receberá o veredicto, explica o TechCrunch. Caso seja aprovado, o utilizador poderá começar a usar o cartão de imediato no Uber e no UberEATS. O cartão físico chegará à morada indicada pouco mais de uma semana depois.

O cartão de crédito, que não terá taxas, oferece também um bónus de 100 dólares (quase 85 euros) se as compras realizadas nos primeiros 90 dias de utilização forem superiores a 500 dólares (424 euros). Além disto, os clientes receberão de volta 4% do montante gasto em restaurantes e bares, 3% das despesas com passagens aéreas, hotéis e alojamento de curta duração, 2% do investido em compras online e 1% de todas as restantes compras. O cartão Uber dará ainda acesso a eventos exclusivos para membros.

Este é um projeto-piloto que apenas estará disponível para o mercado norte-americano. Ainda não há previsões para a chegada a Portugal.

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Paulo Azevedo: “Lutaremos como leões” contra venda da TVI à Altice

  • ECO
  • 28 Outubro 2017

Paulo Azevedo mostra-se indignado com a ERC e também com a Assembleia da República. E diz que não estava em causa uma "reflexão sobre o caráter da Altice" quando falou na 'Operação Marquês'.

O líder da Sonae está “indignado” com a decisão da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que não se opôs à venda da Media Capital à Altice, e garante que vai lutar contra a operação. Em entrevista ao Expresso, Paulo Azevedo sublinha que quando fez referência à Operação Marquês, não estava em causa uma “reflexão sobre o caráter da Altice” [acesso pago].

A possibilidade de contestar judicialmente a decisão da ERC “está em aberto”, admite Paulo Azevedo, que deixa o aviso: “lutaremos como leões para que [este negócio] não aconteça”.

Em entrevista ao semanário Expresso, o presidente da Sonae começou por defender “que esta operação cria uma concentração grave de poder económico e controlo sobre os media”. “Se o operador que detém o acesso a cerca de metade dos portugueses (a MEO) comprar o maior grupo de comunicação social (a Media Capital), isso dá-lhe o controlo sobre essa informação e dá-lhe o poder de condicionar económica e estrategicamente os demais operadores”, avança ainda, acrescentado que é extremamente grave não só face ao tema da concorrência, mas também no plano do pluralismo da informação e da pluralidade do sistema político”.

E é por isto que Paulo Azevedo entende que “é um bocadinho bizarra” a reação da Altice — que já anunciou que vai avançar com uma queixa-crime depois de o líder da Sonae ter dito que a operação “criará condições” para haver indignação com a “descoberta de uma operação ‘Marquês’ dez vezes maior”. Esta “é uma opinião que temos, independentemente de quem possa vir a ter essa posição”, frisa, garantindo que “não é uma reflexão sobre o carácter da Altice”.

Aliás, Paulo Azevedo garante que não está a insinuar que é possível estar já, neste momento, perante os crimes da Operação Marquês. “O que estou a dizer é que se esta operação for para a frente, qualquer que seja a empresa que tenha o poder de controlar uma parte importante da informação que chega aos portugueses, cria condições para que possa surgir esse tipo de atividades ilegítimas”, explica, salientando que não acusou ninguém “de coisa nenhuma”. E recusa fazer considerações sobre o “comportamento ético da Altice”.

O presidente da Sonae fala em “indignação” com a decisão — “ou melhor, com a não decisão” — da ERC. Refere que os serviços técnicos daquela Entidade identificaram “riscos não controláveis e gravemente lesivos do pluralismo e do direito à informação”, mas, “por uma circunstância pontual de fraqueza institucional”, “uma só pessoa [Carlos Magno, o presidente] pôde bloquear tudo”.

Paulo Azevedo entende que “qualquer pessoa nessa posição” não devia assumir bloquear, sozinha e contra os pareceres dos serviços, “aquela que é talvez a decisão mais importante que a ERC alguma vez teve de tomar”. “Quanto muito demitia-se, porque esta situação só é possível porque a Assembleia da República (AR) não consegue há muito tempo criar o consenso para eleger os membros do conselho da ERC em falta”, critica. A indignação de Paulo Azevedo é com Carlos Magno mas, assim, também com o Parlamento: “Se a AR tivesse feito o seu trabalho e o seu dever, só com o voto da maioria dos cinco conselheiros da ERC é que seria possível impedir o veto desta operação”.

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Web Summit condiciona trânsito em Lisboa até meados de novembro

  • Lusa
  • 28 Outubro 2017

Câmara Municipal de Lisboa indica que o evento vai condicionar o trânsito em várias zonas da capital até meados do próximo mês.

A conferência global de tecnologia Web Summit, que decorre em Lisboa entre 06 e 09 de novembro, vai condicionar o trânsito em várias zonas da capital até meados do próximo mês, informou a Câmara Municipal.

O município de Lisboa explica, em comunicado, que o evento, que decorre no Altice Arena e na Feira Internacional de Lisboa (FIL), na zona do Parque das Nações, “provocará condicionamentos em diversas artérias” desta freguesia, mas também na Misericórdia, Santa Maria Maior e Alcântara.

Entre hoje e 13 de novembro “é encerrada a circulação na Avenida do Atlântico e na Alameda dos Oceanos, junto à FIL”, isto no Parque das Nações, segundo a autarquia.

Ainda nesta freguesia e também até meados do próximo mês, a circulação será invertida na Rua do Bojador, “exceto entre 05 e 09 de novembro, período em que estará encerrada à circulação no troço entre a Rotunda da Lágrima e a Alameda dos Oceanos”, indica a Câmara de Lisboa.

nos dias em que decorre o evento, “é encerrada a circulação em toda a Alameda dos Oceanos e na Avenida do Índico entre a Alameda dos Oceanos e a Avenida Dom João II, onde será garantido o acesso ao parque e a operações de cargas e descargas”, aponta.

Por seu lado, “a Rua do Bojador é encerrada à circulação no troço entre a Rotunda da Lágrima e a Alameda dos Oceanos”, enquanto “a Avenida da Boa Esperança estará condicionada à circulação entre a Rotunda dos Vice-Reis e a Torre Vasco da Gama, ficando apenas ‘circulável’ para viaturas autorizadas”.

De acordo com o município, a Avenida do Atlântico estará encerrada à circulação no lado norte entre as 07:00 e as 22:00 do dia 06 e entre as 07:00 e as 20:00 nos restantes dias da cimeira.

Ainda nos dias do evento, “poderão existir condicionamentos noutros locais da cidade”, alerta a autarquia, aludindo às zonas da Cais do Sodré e da baixa (na Misericórdia e em Santa Maria Maior) e à envolvente do Lx Factory (Alcântara).

A estas, acresce o Bairro Alto, onde, “em caso de necessidade face ao elevado número de pessoas, podem ser encerrados os arruamentos de acesso, exceto a moradores”, refere a Câmara de Lisboa.

“As alterações à circulação e os respetivos desvios de trânsito serão devidamente coordenados no local por entidade policial”, adianta.

Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave e os cofundadores Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.

A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, vai manter-se em Lisboa até 2020 e poderá ficar por mais dois anos.

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Tudo o que já se sabe a uma semana da Web Summit

  • Lusa
  • 28 Outubro 2017

Depois do sucesso do ano passado, começou logo no início do ano a contagem decrescente para a edição de 2017 da conferência de tecnologia e empreendedorismo Web Summit. O que já se sabe?

Lisboa está a pouco mais de uma semana de voltar a receber a conferência de tecnologia e empreendedorismo Web Summit, numa segunda edição com novidades e garantias de que os problemas de 2016 não se repetirão.

A Web Summit chegou a Lisboa em 2016 e trouxe 53 mil pessoas vindas de 166 países, 15.000 empresas, 7.000 presidentes executivos, 700 investidores de topo e 2.000 jornalistas internacionais.

Depois do sucesso do ano passado, a contagem decrescente para a edição de 2017 começou logo no início deste ano, com o fundador da iniciativa, Paddy Cosgrave, a anunciar em fevereiro mais espaço disponível para o evento e um programa de voluntariado que vai colocar 500 jovens a acompanhar os mais importantes oradores do encontro.

Meses depois, em maio, chegaram mais pormenores com a divulgação da lista com os nomes dos primeiros 200 oradores, à qual se seguiu uma outra, em julho, com mais 50 personalidades.

Também em julho soube-se que há 150 ‘startups’ nacionais com bilhetes a metade do preço para Web Summit e acesso a campos de treino (‘bootcamps’) de preparação para a cimeira, no âmbito da iniciativa Road 2 Web Summit, que em 2016 garantiu a participação gratuita a 67 empresas.

Mas, além das novidades, a organização quer garantir que os problemas do ano passado não voltam a repetir-se.

Na edição de 2016, verificaram-se várias dificuldades nos acessos (rodoviários e por transportes públicos, como o metro) ao Parque das Nações, zona do evento, bem como problemas na entrada, com alguns participantes a não conseguirem assistir à cerimónia de abertura, por exemplo.

Há dias, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, disse que o Governo começou “há vários meses” a trabalhar na coordenação do evento para evitar problemas verificados no ano passado ao nível da logística e transportes.

Na ocasião, o governante frisou que áreas como a segurança, os transportes e a logística “estão a ser coordenadas por uma equipa de trabalho” do executivo.

Já Paddy Cosgrave, quando questionado pela agência Lusa sobre o assunto, desvalorizou os problemas ocorridos, justificando que “era tudo muito novo”.

Eis as principais informações que já se conhecem sobre a Web Summit:

Origem da Web Summit

Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave e os cofundadores Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.

A ‘cimeira’ tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, vai manter-se em Lisboa até 2020 e poderá ficar por mais dois anos.

Localização

À semelhança do ano passado, a Web Summit decorre entre 06 e 09 de novembro no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na Feira Internacional de Lisboa (FIL), em Lisboa.

A edição de 2017 em números

  • Perto de 60 mil participantes, dos quais seis mil são portugueses e metade são mulheres;
  • Oriundos de mais de 170 países;
  • Mais de 20.000 empresas;
  • 1.600 ‘startups’;
  • 1.500 investidores;
  • 1.000 oradores;
  • Mais de 2.500 jornalistas internacionais de 100 países;
  • 25 cimeiras temáticas sobre temas como código, dados, conteúdo, ‘design’, empresas, moda, tecnologia de saúde, ‘marketing’, dinheiro, música, sociedade, entre outros;
  • Uma competição de ‘pitch’ com 200 concorrentes;
  • Mais de 2.100 horas para encontros de trabalho entre investidores e ‘startups’ (Office Hours);
  • Mais de 1.100 horas para sessões entre mentores e ‘startups’ (Mentor hours);
  • Preços dos bilhetes estão a variar entre os 1.000 euros (base), os 5.000 euros (para diretores) e os 25 mil euros (para presidentes dos Conselhos de Administração);
  • Até ao início da semana, tinham sido vendidos cerca de 55 mil bilhetes;
  • A estes acrescem 10 mil bilhetes vendidos a 7,50 euros para jovens entre os 16 e os 23 anos.

Alguns dos oradores presentes

  • Mark Hurd, presidente executivo (CEO) da Oracle
  • Brian Krzanich, CEO da Intel
  • Al Gore, antigo vice-Presidente dos Estados Unidos
  • Francois Hollande, antigo Presidente de França
  • Gillian Tans, CEO da Booking.com
  • Margrethe Vestager, comissária europeia para a Concorrência
  • Brad Smith, presidente da Microsoft
  • Carlos Moedas, o comissário europeu português
  • Claudia Wilvonseder, chefe do departamento de ‘marketing’ do Ikea
  • Steve Huffman, CEO da rede social Reddit
  • Steve Case, fundador do portal AOL
  • Antonio Horta Osório, presidente do Lloyds Bank
  • Davide Grasso, CEO da Converse
  • Sean Rad, fundador do Tinder
  • António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas
  • Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia
  • Luís Figo, antigo futebolista e empresário
  • Tiago Pires, surfista
  • José Neves, presidente executivo da Farfetch
  • João Guerra, cofundador da Dream Factory Network
  • Sara Sampaio, modelo
  • Joe Sullivan, diretor de Segurança da Uber
  • Caitlyn Jenner, ex-atleta transexual e ativista norte americana

Principais parceiros do evento

  • KPMG
  • Booking.com
  • Portugal Telecom/Altice
  • Daimler (Mercedes)
  • IBM
  • Airbus
  • CISCO Systems
  • Atlassian
  • Siemens

Transportes

A CP, a Carris e o Metropolitano de Lisboa prepararam um passe especial para os participantes da segunda edição da Web Summit e avaliam a possibilidade de reforçar a sua oferta.

As transportadoras vão disponibilizar o passe para um dia (10 euros), três dias (20 euros) e cinco dias (25 euros) e informaram que vão estar presentes nos locais de acreditação, como o aeroporto e a FIL, para “prestar informação e encaminhamento dos visitantes para o transporte público e realizar venda de títulos de transporte”.

O Metropolitano de Lisboa disse prever o reforço da linha vermelha, que faz a ligação entre o Aeroporto e São Sebastião, “nas horas de ponta em função da procura”. “Está previsto o reforço no fim de semana e nas noites de semana do evento”, precisou fonte da empresa.

Por seu lado, a CP volta a disponibilizar uma tarifa especial de dois euros nos comboios urbanos em Lisboa durante os dias da conferência.

Depois de estimar ter transportado 10 mil passageiros nos cinco dias da primeira edição do evento em Lisboa, em novembro de 2017, a CP não prevê reforçar a capacidade de lugares disponíveis.

A Carris informou que a sua operação se mantém em “estreita ligação com a organização do evento e as autoridades locais, com vista a garantir que o nível de oferta de serviço de transporte público se encontra adequado à procura, nos diversos momentos programados para estes dias, e tendo em conta as alterações de circulação que poderão vir a ocorrer”.

No aeroporto de Lisboa, haverá ainda, como ano passado, um espaço para ‘check in’.

Telecomunicações

A Altice, dona da PT/Meo, vai dotar os espaços FIL e Meo Arena “com cobertura ‘wi-fi’ de alta densidade” durante a Web Summit.

Além do Parque das Nações, “as zonas onde decorrerão ações associadas ao evento, como a Night Summit, com palco no Cais do Sodré, Bairro Alto e LX Factory, terão reforçada a rede móvel” da Meo, “com vista a garantir a melhor experiência de comunicação de voz e dados, entre os milhares de pessoas esperadas nestes locais”, indicou a Altice.

No ano passado, a rede ‘wi-fi’ instalada “suportou, com elevados níveis de qualidade e desempenho, o acesso de cerca de 53 mil dispositivos ‘wireless’ que, em simultâneo, produziram débitos agregados de ‘download’ [transferência] superiores a 1,8 Gbps”, de acordo com a empresa.

A NOS e a Vodafone Portugal vão reforçar a cobertura da rede móvel.

“A NOS vai realizar um reforço da rede móvel nas tecnologias 2G, 3G e 4G em toda a envolvente do Parque das Nações, através da colocação de uma torre móvel temporária e ‘upgrade’ [melhoria] de rede nas estações que servem a zona”, adiantou fonte oficial da operadora liderada por Miguel Almeida.

“Adicionalmente, existirá um reforço específico nos locais de afluência dos visitantes durante o final da tarde e noite (Night Summit), como são o caso do Bairro Alto, Cais do Sodré e LX Factory”, acrescentou.

Já fonte oficial da Vodafone Portugal disse à Lusa que “sempre que é expectável uma maior concentração de pessoas, a Vodafone leva a cabo planos dedicados de reforço e capacidade da sua rede de comunicações móveis”.

Alojamento e restauração

Em meados deste mês, já havia alojamentos turísticos e restaurantes esgotados em Lisboa na altura do evento, segundo a Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

Em resposta escrita enviada à agência Lusa, o diretor-geral da Associação de Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), José Manuel Esteves, indicou ter conhecimento de “muitas unidades de alojamento turístico [hotéis e similares] e restaurantes já esgotados” em Lisboa para a edição deste ano da Web Summit.

O responsável assegurou que “Lisboa, bem como toda a área metropolitana da capital, está preparada e tem capacidade” para receber o evento.

Além da hotelaria, o impacto do evento também se estende ao alojamento local, com a Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) a falar em aumentos na taxa de ocupação durante o evento.

De acordo com a ALEP, os empreendedores ficam alojados em unidades de alojamento local um pouco por toda a cidade e não apenas no Parque das Nações, e tendem a escolher apartamentos maiores, que são partilhados por membros da mesma empresa.

Iniciativas paralelas

A organização da conferência volta a promover, este ano, iniciativas paralelas ao evento para os empreendedores conviverem e trocarem contactos, após um “absoluto sucesso”, que difundiu negócios, na edição de 2016.

Em declarações recentes à agência Lusa, o presidente executivo do evento, Paddy Cosgrave, explicou que atividades como o Surf Summit, o Pub Crawl, o Night Summit ou o Sunset Summit “foram um absoluto sucesso”, razão pela qual serão repetidas na edição deste ano.

A estes eventos sociais acrescem iniciativas integradas na conferência dirigidas às ‘startup’ (empresas com potencial de crescimento rápido), como as Mentor Hours, que facilitam a interação com os investidores e oradores, que darão conselhos aos jovens empreendedores, e as Office Hours, que são encontros entre empresários.

A ‘app’

Criada na edição de 2015 da Web Summit, a ‘app’ (aplicação) disponibilizada pela organização permite aos participantes encontrar as pessoas certas dentro do recinto.

Ao mesmo tempo, a aplicação funciona nos ‘smartphones’ com os sistemas operativos iOS e Android, serve como bilhete de entrada e atualiza em tempo real o programa do evento, mas mais do que tudo recomenda em que discussões deve estar presente e as pessoas indicadas para falar e conhecer, sejam eles investidores, ‘startups’ ou oradores.

Quanto mais dados foram compartilhados e mais ativo for o utilizador na aplicação, mais recomendações receberá, naquele que é caracterizado como um “esforço colaborativo”. Além disso, os participantes também poderão comunicar uns com os outros através da possibilidade de ‘chat’ (diálogo) da aplicação.

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Pitch, unicórnio, aceleradora? Veja o glossário dos termos essenciais dos empreendedores

  • Lusa
  • 28 Outubro 2017

A presença da Web Summit em Lisboa acelerou a criação de uma gíria tecnológica, que em muitos casos ainda precisa de ser descodificada. Veja aqui o glossário.

‘Pitch’, ‘Unicórnio’ ou ‘aceleradora’ são termos cada vez mais presentes no vocabulário português. A presença da Web Summit em Lisboa acelerou a criação de uma gíria tecnológica, que em muitos casos ainda precisa de ser descodificada.

O domínio desta nova linguagem de negócios, falada entre quem trabalha ou quer vir a criar uma ‘startup’ (empresa em início de atividade), investidores e os mais ligados ao empreendedorismo, poderá ser muito útil, agora que está para breve a segunda edição em Lisboa daquele que é considerado o maior evento de ‘startups’ e empreendedorismo do mundo.

Eis um curto glossário informal dos principais termos, feito com recuso a informação disponível no ‘site’ da sociedade de capital de risco pública Portugal Ventures e outras páginas de internet do setor das tecnologias:

Aceleradora

A aceleradora apoia as ‘startups’ na transição do arranque para o amadurecimento, através de programas que dão orientação, podendo ficar com uma participação no capital da ‘startup’, ajudando-a a crescer. Apoia normalmente empresas no ‘early-stage’, ou seja, quando aquelas se preparam para levantar financiamento de capital de risco.

Os programas de aceleração são normalmente mais prolongados que os de incubação (explicada abaixo).

Bootstrap

É um processo de autofinanciamento, em que o empreendedor cria o seu projeto, apenas com recursos próprios e sem investidores.

Break-Even Point (Ponto de Equilíbrio)

É o momento a partir do qual o investimento passa a ser compensado, ou seja, quando a empresa começa a apresentar resultados de exploração positivos e os custos são iguais às suas receitas.

Burn Rate

É um método de medição temporal que indica a taxa com que uma ‘startup’ gasta o capital de exploração/capital próprio.

Business Plan

É um plano onde se descreve o modelo de negócio, contendo uma análise dos recursos e dos objetivos da empresa, as medidas adequadas e as etapas-chave para a evolução do mercado.

Business Angel (Investidor Anjo)

São investidores privados e individuais, financeiramente independentes, que decidem investir o seu próprio dinheiro em empresas em fase de arranque – ‘seed’ ou em ‘startups’, acompanhando e dando apoio estratégico aos empreendedores.

São normalmente empresários, empreendedores ou executivos que já tiveram uma carreira de sucesso e para quem uma possível perda total de seus investimentos enquanto ‘Business Angel’ não vai afetar significativamente a situação económica dos seus ativos.

Coworking

É um espaço de trabalho partilhado por diversas empresas ou empreendedores independentes, que permite a troca de ideias, experiências e conhecimentos e a partilha dos recursos e incentiva o desenvolvimento da dimensão social num ambiente mais informal.

Crowdfunding

Obtenção de capital através de financiamento coletivo, em que pequenas contribuições de um número grande de pessoas, a chamada “multidão”, financia uma empresa ou um produto, normalmente através da internet. Existem plataformas ‘online’ especializadas.

Crowdsourcing

É um meio para conseguir serviços ou ajuda de forma colaborativa para a criação de serviços, conteúdos ou soluções, a solução de problemas, o desenvolvimento de novas tecnologias e a geração de fluxo de informação. Normalmente, as contribuições surgem de um grande grupo de pessoas, normalmente espalhadas pela internet.

Early Stage

As empresas em ‘early stage’ (fase inicial) são as que têm até os três anos de existência.

Early Stage Financing

Trata-se do financiamento da fase inicial do ciclo de vida de uma empresa, quando esta geralmente ainda não tem os clientes nem os produtos disponíveis.

Empreendedor

É uma pessoa que cria um negócio e assume os potenciais riscos e os ganhos.

Exit (saída)

Ocorre quando um sócio, investidor ou empreendedor entrega a sua participação na empresa em troca de uma quantia de dinheiro, deixando a sociedade.

Incubadora

São instituições ou iniciativas que dão às ‘startups’ a oportunidade de desenvolverem as suas ideias de negócio, apoiando-as na prática em termos de infraestrutura e aconselhamento, por um determinado período de tempo, sobretudo nas primeiras etapas da sua vida. Como explica a Portugal Ventures, “é uma analogia com os nascimentos de bebés: os que nascem frágeis ficam dentro da incubadora até terem condições para seguir a vida fora delas”.

A oportunidade de residir dentro das incubadoras (ou aceleradores de empresa) é limitada no tempo.

Love Capital

Capital levantado por familiares e amigos para o arranque e ou desenvolvimento da empresa.

Meetup

Quando vários profissionais, desde empreendedores, presidentes de empresas, programadores e investidores, se juntam num encontro informal para a troca de ideias.

Muitas vezes, as pessoas conversam de pé para facilitar a circulação e o ‘networking’.

Mentor

Ter um bom mentor pode ser decisivo para o sucesso. O mentor é um conselheiro empresarial, normalmente são figuras muito conhecidas, com um papel muito importante no processo de validação, início ou desenvolvimento de uma ‘startup’. Apoia os empreendedores no desenvolvimento de ideias e do modelo de negócio.

Networking

Ter ou estabelecer uma rede de contactos. É uma boa forma de aumentar a qualidade dos relacionamentos, para benefício mútuo no meio profissional. O objetivo de qualquer empreendedor é aumentar a sua rede para dar a conhecer o seu projeto.

Pitch (Elevator Pitch)

É uma breve apresentação de uma empresa ou da sua ideia de negócio. Em apenas 3 a 5 minutos, é apresentada uma ideia de negócio com objetivo de conquistar o interesse da outra parte, um potencial investidor ou parceiro, pelo seu negócio. É considerada uma ferramenta essencial para os empreendedores conseguirem investimento.

Retorno sobre o Investimento – ROI

É o dinheiro que um investidor recebe de volta como percentagem do valor investido.

Rondas A, B e C

São as rondas de investimento ao longo da vida de uma ‘startup’. Após a fase ‘seed’, as empresas seguem para as rondas A, B e C, e assim por diante. Um IPO (Oferta Pública Inicial – entrada em bolsa) poderá também ser considerado como uma ronda, já que também corresponde a um levantamento de capital.

Série A – quando um investimento ‘seed’ levou a empresa até onde podia;

Série B – quando a empresa está perto de atingir rentabilidade, mas precisa de capital para satisfazer necessidades de recrutamento ou desenvolvimento;

Série C e D+ – conhecidas como rondas de ‘late stage’ já que acontecem geralmente quando a empresa já tem o modelo de negócio bem desenvolvido, gera receitas significativas e tem como objetivo a expansão em grande escala.

SaaS

Área de especialização em ‘software’, incluindo as tecnologias de informação. Sigla significa, «Software as a Service», ou seja, «’Software’ como serviço».

Seed Capital (Capital Semente)

É o capital que se capta quando o negócio está na sua fase inicial (primeira versão do plano financeiro e os primeiros esboços do produto), para dar os primeiros passos no mercado e antes de chegar à fase de ‘early stage’.

Seed Stage

Trata-se da fase anterior ao arranque formal de uma empresa e onde se concebe e desenvolve um conceito inicial de produto ou serviço.

Stage

A fase de desenvolvimento em que se está uma empresa. Normalmente, classificam-se como ‘early stage’ (fase inicial), ‘mid-stage’ (fase média) e ‘late stage’ (fase avançada).

Startup

É uma empresa em início de atividade com projetos que podem ser altamente escaláveis, ou seja, com um negócio que pode crescer muito rapidamente. Hoje, este termo está cada vez mais associado às empresas de base tecnológica, ou seja, que criam uma tecnologia para negócios. Uma das características das ‘startups” é o facto de envolver algum risco e incerteza no negócio.

Unicórnios

São as ‘startups’ com um valor de mercado superior a mil milhões de dólares (cerca de 900 milhões de euros).

Venture Capital (Capital de Risco)

É o termo usado para todas as classes de investidores de risco. Os mais comuns são fundos que investem nas empresas com forte potencial de crescimento e em que o retorno esperado é semelhante ao risco que os investidores estão decididos a correr. Além do contributo em capital, as sociedades de capital de risco ajudam na gestão e consultadoria.

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