Empresa de Pais do Amaral consegue acordo com credores

A Ahs Investimentos conseguiu chegar a um acordo com os seus credores para o pagamento da dívida superior a 165 milhões de euros. O Novo Banco é o maior credor, com um crédito de quase 20 milhões.

A empresa de Miguel Pais do Amaral tem uma dívida superior a 165 milhões de euros, maioritariamente devido a instituições bancárias. A Ahs Investimentos conseguiu um acordo com os seus credores para renegociar esses empréstimos.

O empresário Miguel Pais do Amaral conseguiu chegar a um acordo com os credores da sua empresa Ahs Investimentos, que mantém uma dívida superior a 165 milhões de euros, onde o maior credor é o Novo Banco, seguido do Banco Comercial Português. Estes dois bancos aprovaram o plano de recuperação interposto no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) pela Ahs Investimentos, segundo avançou o Jornal de Negócios (acesso pago).

A 20 de outubro, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa proferiu “o despacho de homologação relativo ao acordo entre a empresa e os credores” e, pouco tempo depois de ter sido pedido o PER, o Negócios conseguiu apurar que o objetivo desse pedido era um alongamento dos prazos dos empréstimos, mas sem que houvesse qualquer perdão de dívida.

O Novo Banco reclama 19,7 milhões de euros da dívida e o Montepio, Crédito Agrícola, BIC e Caixa Geral de Depósitos reclamam quantias superior a dez milhões de euros, cada um. No total são 55 credores com dívidas reclamadas. A Ahs Investimentos pertence ao The Quifel Group, fundado por Miguel Pais do Amaral. Nos últimos dois anos a Ahs registou vendas de zero euros, obtendo resultados negativos.

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Mario Draghi anuncia nova era no BCE com início do fim dos estímulos

BCE prepara-se para iniciar a retirada dos estímulos. Mercado já descontou decisão e espera que o presidente Mario Draghi anuncie mais medidas para acabar com a era do "dinheiro fácil" na Zona Euro.

Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu.Flickr BCE

É muito pouco provável que as medidas que Mario Draghi anunciará esta quinta-feira representem uma novidade para os investidores. Há muito que o Banco Central Europeu (BCE) deixou crescer a expectativa de que deverá reduzir os estímulos para metade no início do próximo ano. Isto significa que a autoridade monetária vai baixar o ritmo de compra de dívida pública na Zona Euro dos 60 mil milhões para os 30 mil milhões de euros por mês, estendendo o programa até setembro do próximo ano e marcando uma nova era na Zona Euro após a violenta crise que se abateu sobre a região nos últimos anos.

A estratégia do banco central passa sempre por esvaziar qualquer impacto das suas medidas nos mercados financeiros mesmo antes de as anunciar. Vai alimentando uma expectativa através dos discursos oficiais dos seus responsáveis, deixando o mercado absorver os efeitos das sua ação política de forma gradual.

Assim, quando o BCE divulgar as decisões resultantes da reunião do conselho de governadores cerca das 12h45 (hora de Lisboa), nenhum investidor sairá surpreendido com o resultado.

Mas isso não retira importância àquela que será a reunião mais importante dos últimos tempos para os lados de Frankfurt. O banco central decide hoje que caminho vai tomar depois de ter engordado o balanço com mais de dois biliões de euros em ativos públicos na região, numa altura em que as condições económicas são muito mais favoráveis do que quando iniciou o plano há três anos.

“O BCE está consciente que o tapering [redução dos estímulos] é uma questão extremamente sensível para os mercados e é por isso provável que enfatiza que as reduções no seu programa de compra de obrigações venham a ser mais circunstanciais do que automáticas”, referia Franck Dixmier, diretor da Allianz Global Investors. “Este tom mais conciliador vai permitir ao banco central manter flexibilidade máxima enquanto abandona a sua política monetária não convencional”, frisava este responsável.

Uma nota do Commerzbank, publicada esta semana com o título “BCE: quanto mais lento mais perigoso”, sublinhava que Mario Draghi terá de ir mais longe do que apenas anunciar uma redução dos estímulos monetários menos convencionais.

“Reduzir o volume de compras mensais dos 60 mil milhões para 30 mil milhões de euros… esse não é nem o início de uma saída de uma política de dinheiro fácil, uma vez que o BCE vai continuar a preencher a sua carteira com obrigações dos governos no próximo ano. Em vez disso, o BCE precisa de um plano de saída que também incorpore uma taxa de juro mais elevada“, notava Jörg Krämer, economista do Commerzbank.

"Reduzir o volume de compras mensais dos 60 mil milhões para 30 mil milhões de euros… esse não é nem o início de uma saída de uma política de dinheiro fácil, uma vez que o BCE vai continuar a preencher a sua carteira com obrigações dos governos no próximo ano. Em vez disso, o BCE precisa de um plano de saída que também incorpore uma taxa de juro mais elevada.”

Jörg Krämer

Economista do Commerzbank

Os economistas sondados pela Bloomberg esperam que uma promoção dos juros face aos níveis mínimos em que se encontram só aconteça em 2019. Mas há outros pontos de interrogação relacionados com a política monetária menos convencional que podem ser dissipados por Draghi, que fala aos jornalistas pelas 13h30 — pode acompanhar a conferência em direto aqui no ECO.

Por exemplo, saber se Draghi vai estabelecer alguma data para o fim definitivo do programa de estímulos — o economista-chefe do BCE, Peter Praet, defendeu que se deve dar mais clareza ao mercado em relação à normalização da política do banco central. Ou saber se o banco central pretende reinvestir o dinheiro das obrigações que entretanto venceram como meio de amparar o mercado assim que o programa terminar, tal como alguns oficiais já sinalizaram publicamente.

“Penso que vamos ter um compromisso, com o BCE a indicar que pretende colocar um ponto final no programa em setembro de 2018. Mas se o rumo dos acontecimentos registar alguma viragem dramática para pior na frente económica ou na frente dos preços entretanto, vai prolongar a sua estratégia até tudo estar estabilizado”, antevê Alan McQuaid, economista da Merrion Capital.

"Penso que vamos ter um compromisso, com o BCE a indicar que pretende colocar um ponto final no programa em setembro de 2018. Mas se o rumo dos acontecimentos tiver alguma viragem dramática para pior na frente económica ou dos preços entretanto, vai prolongar a sua estratégia até tudo estar estabilizado.”

Alan McQuaid

Economista da Merrion Capital

Draghi está confiante de que a economia vai acabar por ajudar a cumprir o objetivo dos preços antes de o seu mandato terminar em outubro de 2019. Isto apesar de a inflação se ter fixado nos 1,5% em setembro e de as projeções oficiais apontarem para uma taxa mais perto dos 2% nunca antes do final de 2019.

Enquanto o cenário de adversidade não está no horizonte do italiano, muitos investidores estão preocupados com os problemas que o programa poderá ter deixado na sombra e que poderão conhecer a luz do dia assim que o BCE deixar de apoiar artificialmente a economia. Estes problemas incluem potenciais bolhas nos preços dos ativos (com especial atenção para as obrigações, como já sublinhou Alan Greenspan) e a existência de empresas zombie que sobreviveram apenas por causa do juros baixos na região.

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Deutsche Bank duplica lucros, contra expectativas

  • Marta Santos Silva
  • 26 Outubro 2017

As reduções de custos que o banco tem realizado ajudaram a duplicar os lucros no trimestre até setembro, apesar dos problemas legais que o banco tem enfrentado nos últimos anos.

Surpreendendo as expectativas dos analistas, o gigante alemão Deutsche Bank registou lucros de mais do que o dobro do que era esperado, devido em parte à sua redução drástica de custos. Embora as receitas tenham decrescido em comparação com o trimestre anterior, o Deutsche Bank fechou setembro com lucros de 649 milhões de euros, contra os 281 milhões que eram esperados pela Thomson Reuters, por exemplo.

A ligeira queda nas receitas no terceiro trimestre, para 6,8 mil milhões de euros, explica-se pela baixa volatilidade no mercado e um ambiente de baixas taxas de inflação que tem demorado a passar. A queda é de 9,6% em relação ao trimestre anterior. O valor das receitas corresponde com bastante segurança ao que era previsto.

Numa declaração citada pela CNBC, o CEO do banco, John Cryan, explicou que “embora o ambiente para as receitas se tenha mantido desafiante, temos feito progressos nas nossas iniciativas”. E acrescentou: “Estamos convencidos de que, passo a passo, os resultados dos nossos esforços se vão tornar mais aparentes nos próximos trimestres e anos”.

O Deutsche Bank tem estado a passar por um período de crise e contenção de custos numa altura em que enfrenta vários processos judiciais. Ainda esta quarta-feira teve de pagar 186 milhões de euros nos Estados Unidos para não ter de continuar num processo sobre a manipulação da taxa Libor.

O analista Piers Brown, da Macquarie Research em Londres, que falou à CNBC explicou que o Deutsche Bank se mantém “significativamente mais fraco do que os seus pares”, e que a divisão institucional e empresarial do banco tinha tido uma performance “fraca”.

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Portugal justifica quebra dos resultados do Bankinter. Lucros descem 6%

  • Lusa
  • 26 Outubro 2017

O banco justificou a queda dos lucros com o facto de ter "contabilizado resultados extraordinários pela operação de compra da rede de retalho do Barclays em Portugal".

O grupo espanhol Bankinter teve lucros de 376 milhões de euros entre janeiro e setembro, menos 6% do que nos primeiros nove meses do ano passado, divulgou esta quinta-feira o banco.

Em informação enviada ao regulador dos mercados financeiros espanhol, a entidade justificou a queda dos lucros com o facto de, no segundo trimestre de 2016, ter “contabilizado resultados extraordinários pela operação de compra da rede de retalho do Barclays em Portugal”, pelo que a comparação leva à queda de lucros.

Para efeitos comparativos, o Bankinter faz as contas aos seus resultados excluindo a filial portuguesa, dizendo que em Espanha os lucros líquidos teriam crescido 14,8% para 358 milhões de euros. Os lucros antes de impostos do espanhol Bankinter entre janeiro e setembro foram de 517,6 milhões de euros.

Sobre o Bankinter Portugal, os resultados hoje divulgados indicam que esta filial teve resultados antes de impostos de 24,8 milhões de euros. Como os custos de integração do negócio do Barclays ascenderam a 13,1 milhões de euros e os impostos pagos foram de 41,6 milhões de euros, o resultado líquido deste período foi de 96,3 milhões de euros.

Em setembro de 2015, o Bankinter anunciou a compra do negócio bancário do Barclays em Portugal por 100 milhões de euros, um valor que viria a ser ajustado para a verba final de 86 milhões de euros. O Bankinter Portugal tinha, no início deste ano, cerca de 80 agências e 900 trabalhadores.

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Proteção Civil aponta erros no relatório independente de Pedrógão

  • Lusa
  • 26 Outubro 2017

Após analisar as conclusões do relatório da comissão independente, a Proteção Civil afirma haverem erros e omissões, nomeadamente no que diz respeito à fita do tempo de Pedrógão.

A Proteção Civil recusa as críticas do relatório elaborado pela comissão independente criada pelo parlamento para analisar o que se passou no incêndio de Pedrógão Grande e aponta-lhe omissões graves, erros e contradições.

Segundo um documento da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), a que tanto a rádio TSF como o jornal i tiveram acesso e que terá sido enviado para o Ministério da Administração Interna, ninguém de topo do comando nacional da ANPC foi ouvido ou contactado pelos peritos da comissão.

De acordo com a TSF, o documento contesta quase 30 pontos do relatório da comissão técnica independente e diz que “as falhas apontadas, na prática, ou não existiram ou se traduzem em situações decorrentes da complexidade” do fogo de Pedrógão, que fez 64 mortos e mais de 250 feridos. O documento acusa ainda a comissão independente de não ter chamado a prestar depoimento nem o comandante operacional nacional, que entretanto se demitiu, bem como outros “elementos absolutamente cruciais” naquele fogo.

"[Partes do relatório] o propósito claro de levar o leitor, cidadão comum, desconhecedor dos meandros da resposta operacional, a formular o juízo de que houve inépcia e inoperância do Comando Nacional de Operações de Socorro.”

Proteção Civil

A ANPC diz que o relatório da comissão tem “erros e omissões na análise dos factos que geram inclusivamente contradições de referência, confundindo as conclusões a reter” e considera que há partes do relatório que têm “o propósito claro de levar o leitor, cidadão comum, desconhecedor dos meandros da resposta operacional, a formular o juízo de que houve inépcia e inoperância do Comando Nacional de Operações de Socorro”.

Neste documento, a ANPC pede que este desmentido seja tornado público, “por respeito às vítimas e ao bom nome da instituição e dos seus operacionais”. Segundo o jornal i, junto com o documento, a ANPC enviou à tutela vários documentos que “comprovam os argumentos” apresentados. “No total, são 98 páginas que arrasam de forma detalhada, parágrafo a parágrafo, várias conclusões dos peritos”, escreve o i.

O jornal acrescenta ainda que o facto de o documento não ter sido tornado público pela tutela faz com que alguns comandantes da ANPC questionem a isenção e as intenções dos peritos sobre as conclusões do relatório. “Ao i, alguns comandantes da ANPC salientam ainda que um dos membros da comissão de peritos é José Manuel Moura, que foi comandante nacional da proteção civil até final de dezembro de 2016”, acrescenta o jornal.

Um dos pontos que é negado pela ANPC diz respeito à paragem da fita do tempo apontada pelos peritos da comissão, que concluíram que o atual comandante operacional nacional, Albino Tavares, deu ordens para que, a partir das 04:56 do dia 18 de junho, não fossem registadas informações na fita do tempo sem autorização prévia.

“Todos os alertas deveriam ser comunicados ao posto de comando por telefone, e só após validação do mesmo seriam ou não inseridos na fita do tempo”, lê-se no relatório dos peritos da comissão independente. Em resposta, a ANPC nega tal conclusão e diz que a decisão de Albino Tavares foi “transferir para o posto de comando todas as informações inseridas na fita do tempo, deixando de ser registadas a partir de Leiria, onde é o comando distrital, devido às dificuldades de comunicações”, escreve o i.

“Isto porque, caso as decisões fossem introduzidas na fita do tempo a partir de Leiria, ‘eram suscetíveis de originar erros ou omissões de localização/missão e/ou constituição das forças efetivamente empenhadas no terreno’”, acrescenta o jornal, citando a o documento de resposta da ANPC.

"A resposta inicial não foi lenta, nem rápida, mas a possível e aconselhável no momento em que a mesma foi desencadeada.”

Proteção Civil

Ainda de acordo com esta resposta da ANPC, “esta terá sido a explicação que Albino Tavares deu aos peritos, não sendo a justificação de ‘excesso de informação’ que se lê no documento dos peritos”.

A ANPC diz que naquela tarde de 17 de junho era “impossível ao Comando percecionar a evolução extrema do incêndio”, algo que, defende, também é assumido noutras partes do relatório da comissão independente. “A resposta inicial não foi lenta, nem rápida, mas a possível e aconselhável no momento em que a mesma foi desencadeada”, defende a Proteção Civil.

Comissão independente diz que ouviu cargos de topo da Proteção Civil

O presidente da comissão independente que analisou o que se passou no incêndio de Pedrógão Grande garante que foram ouvidos os cargos de topo da Proteção Civil e que tudo o que está no relatório “está bem documentado”.

Em declarações à agência Lusa em resposta às críticas da ANPC sobre o relatório da comissão técnica independente, João Guerreiro afirma: “O relatório (…) foi baseado nos depoimentos e na documentação, na própria documentação da ANPC fornecida à Comissão Técnica Independente durante o processo de elaboração do relatório”.

“Tudo o que está escrito no relatório está suportado por declarações e documentos que analisámos, debatemos e sintetizámos no relatório”, afirmou João Guerreiro, sublinhando que não conhece ainda o documento elaborado pela proteção civil com as críticas. Questionado pela Lusa, João Guerreiro garante que todos foram ouvidos: “Todos os comandantes de operações de socorro (COS) foram ouvidos e o próprio topo da ANPC foi ouvido também, o presidente e o comandante Rui Esteves, que esteve na minha presença também na Assembleia da República e, portanto, o que está escrito no relatório resulta da análise detalhada das entrevistas que tivemos com a totalidade dos responsáveis pela operação”.

Notícia atualizada com reação de João Guerreiro

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 26 Outubro 2017

Período de tensão e violência no Quénia. Taxa de desemprego espanhol cai para mínimos de nove anos. George H. W. Bush acusado de assédio. Catástrofes dos EUA prejudicam seguradoras.

Em Espanha, a Catalunha conseguiu passar ao lado e não influenciou o país no que toca à taxa de desemprego, que reduziu mais de 15%. Emmanuel Macron chegou há pouco ao poder e já começa a fazer mudanças, nomeadamente no programa de criação de universidades europeias. No Quénia vive-se atualmente um clima de tensão e violência, com a repetição das eleições presidenciais de 8 de agosto. Nos Estados Unidos, as catástrofes naturais prejudicaram algumas seguradoras e o antigo Presidente dos Estados Unidos, George Bush (pai) foi acusado de assédio. Na saúde, há quem diga que o aumento de diabéticos tem de parar, para o bem dos serviços de saúde.

Bloomberg

Taxa de desemprego em Espanha cai para o mínimo dos últimos nove anos

A taxa de desemprego espanhol caiu para o mínimo dos últimos nove anos neste terceiro trimestre, representando boas notícias para o Governo, numa altura em que tenta controlar a crise política que se vive na Catalunha. A taxa caiu para 16,4%, comparativamente aos três meses anteriores em que se fixou nos 17,2%. Este valor é o mais baixo desde o final de 2008 e supera a estimativa de 16,6% calculada pela Bloomberg. Na semana passada, o Governo espanhol reduziu a sua previsão de crescimento, para 2018, para 2,3%, citando os riscos políticos da Catalunha que representam cerca de 20% do PIB de Espanha, mais do que qualquer outra região. Leia a notícia completa na Bloomberg (conteúdo em inglês, acesso condicionado)

Le Monde

Emmanuel Macron avança com projeto para criar um polo de faculdades de excelência

O Presidente francês visitou esta quarta-feira Saclay, em Essonne, onde pôs fim ao projeto iniciado no mandato de Nicolas Sarkozy, que sugeria a criação de uma universidade franco-alemã, anunciado que iria avançar com uma proposta de criação de universidades europeias em todo o continente, através de redes de universidades nacionais voluntárias. Até 2024, Emmanuel Macron espera que sejam criadas mais de 24 universidades assim, inseridas no ranking mundial. O projeto vai incluir 76 mil alunos e cerca de 11 mil professores de investigação e vai ser apoiado financeiro pelo Estado francês. Leia a notícia completa no Le Monde (conteúdo em francês, acesso livre)

The Guardian

Quénia repete eleições presidenciais depois de contestadas pela oposição

Os quenianos voltam esta quinta-feira às urnas para repetir as eleições presidenciais realizadas a 8 de agosto, mas contestadas pela oposição que as acusou de ser uma “farsa”. Raila Odinga, líder da oposição, tem vindo a apelar aos seus apoiantes que boicotem a repetição das eleições, numa altura em que aumentam as tensões políticas e o receio de atos de violência. Espalhadas pelo país, várias estações de voto não conseguiram abrir e a polícia disparou gás lacrimogéneo para dispersar grupos de homens que lançavam pedras contra as forças policiais. Para estas eleições estão inscritos mais de 20 milhões de quenianos e o Presidente cessante, Uhuru Kenyatta, vencedor das eleições anuladas, já afirmou que esta segunda ronda vai ocorrer na data prevista, com ou sem Raila Odinga. Leia a notícia completa no The Guardian (conteúdo em inglês, acesso livre)

Cinco Días

Número de catástrofes naturais prejudica seguradora Mapfre

As catástrofes naturais na América do Norte e no Caribe tiveram grande impacto nos resultados do quarto trimestre da Mapfre. A seguradora viu os seus lucros reduzirem 22,3% para 445 milhões de euros, depois de um impacto líquido de 176 milhões de euros para furacões e terramotos. Se retirarmos os efeitos dessas catástrofes, o lucro teria aumentado 8,6%. A atividade da Mapfre na América do Norte e no Caribe tem um forte peso no negócio do grupo, que no terceiro trimestre levou a um declínio nos lucros devido às catástrofes naturais que atingiram a região. Leia a notícia completa no Cinco Días (conteúdo em espanhol, acesso livre)

Business Insider

George Bush acusado de assédio

O antigo Presidente dos Estados Unidos (pai de George W. Bush), com 93 anos, foi acusado de assédio pela atriz Heather Lind, de 34. Lind fez uma publicação no seu Instagram onde acusa Bush de lhe ter tocado “por trás” duas vezes. “Quando tive a oportunidade de conhecer George H. W. Bush, há quatro anos, para promover uma série de televisão histórica em que eu estava a trabalhar, ele assediou-me sexualmente enquanto estávamos a posar para uma fotografia”, recorda. A atriz acrescenta ainda que o antigo Presidente lhe disse uma piada “porca” e que lhe tocou novamente quando estavam a ser fotografados, por detrás da sua cadeira de rodas. Um porta-voz de Bush já veio pedir desculpa em seu nome, dizendo que este nunca teve a intenção de causar desconforto a alguém. Leia a notícia completa no Business Insider (conteúdo em inglês, acesso livre)

Financial Times

Fabricante líder mundial de insulina diz que número de diabéticos é demasiado alto

A Novo Nordisk, empresa líder no tratamento da diabetes alertou que é necessário e urgente reduzir o aumento da diabetes a nível mundial, alegando que os sistemas de saúde estão a ficar sobrecarregados e incapazes de suportar as despesas da doença. O presidente-executivo da Novo Nordisk disse que um em cada 11 pacientes atualmente sofre de diabetes e, se a tendência fosse reduzida para um em nove, ou 725 milhões em todo o mundo, os sistemas de saúde conseguiriam sustentar o número de doentes até 2045. Acrescentou ainda que as despesas anuais na saúde relacionadas com a diabetes vão aumentar mais de um milhão de dólares (849 mil euros) em 2045, o que representa um aumento de quase 40% face aos dias de hoje. Leia a notícia completa no Financial Times (conteúdo em inglês, acesso condicionado)

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“Banca portuguesa é muito simpática para as empresas”

O ECO e o Banco Popular realizaram esta quinta-feira mais um Conversas Soltas, desta vez para discutir a gestão financeira nas empresas.

O ECO e o Banco Popular realizaram esta quinta-feira mais um Conversas Soltas, desta vez para discutir o futuro da gestão financeira nas empresas. André Gorjão Costa (CFO dos CTT), Duarte Faria (CFO da Frulact) e Filipe Neves (CFO da Feedzai) participaram neste debate. Sobre o papel dos administradores financeiros e as exigências que se colocam hoje na gestão.

Pode recuperar as Conversas Soltas, aqui no site do ECO ou na nossa página de Facebook.

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Ascenso Simões: Medidas de fogos vão ser difíceis de aplicar

  • ECO
  • 26 Outubro 2017

O ex-secretário de Estado de António Costa admitiu que as medidas agora assumidas vão ter uma aplicabilidade difícil, e assumiu os erros cometidos no passado.

Ascenso Simões, deputado do PS e antigo secretário de Estado de António Costa quando o agora primeiro-ministro era ministro da Administração Interna, explicou ao Público a dificuldade das medidas que vão ser aplicadas na área do combate e prevenção de incêndios, no âmbito da reformulação anunciada no Conselho de Ministros extraordinário do fim de semana passado.

“Ou somos capazes de fazer uma leitura interpartidária e introduzindo todos os elementos para uma ação concreta, ou então daqui por cinco anos estamos a voltar a pensar se o que fizemos foi bem feito”, afirmou o deputado ao jornal numa entrevista publicada esta quinta-feira (acesso condicionado), em conjunto com a Renascença.

Confrontado com a sua admissão de ter cometido um “erro grave” quando foi secretário de Estado no Governo de há dez anos, Ascenso Simões disse que as reformas devem ter um “comando claro” para as administrações Públicas continuarem a segui-las após a mudança dos governos, criticando a forma como foi feita a transição para o executivo PSD e CDS.

“Quando constatamos que a coordenação interministerial, no sentido da preparação das diretivas operacionais, quando constatamos que os bombeiros não tinham uma relação com os gabinetes de técnicos florestais, que deixaram de ter uma leitura daquilo que eram os planos operacionais municipais, até dos planos de defesa contra incêndios, verificamos que essa reforma que fizemos conseguiu responder a um problema, mas não se estruturou para perdurar ao longo do tempo”, afirmou Ascenso Simões.

Implementar as reformas decididas agora vai ser difícil, acrescentou. “Se me disser: vai ser fácil transportar para o Ministério da Defesa e para a Força Aérea a contratação e gestão dos meios? Não, não vai ser fácil – há ainda um caminho muito complexo a seguir para que isso se verifique”, começou. “Vai ser fácil consagrarmos uma nova visão sobre o mundo rural e ter um Ministério da Agricultura capaz de resolver muitos dos problemas que se colocam? Não, não vai, porque o Ministério da Agricultura é o ministério mais arcaico e mais de Bloco Central que temos em toda a nossa democracia”.

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Nokia perdeu mais de mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano

  • Lusa
  • 26 Outubro 2017

A Nokia teve uma perda líquida de mais de mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma queda de 23% em relação aos números registados em igual período de 2016.

A Nokia teve uma perda líquida de 1.088 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma queda de 23% em relação aos números registados em igual período de 2016, adiantou esta quinta-feira a empresa.

O lucro bruto da empresa finlandesa de telecomunicações Nokia entre janeiro e setembro foi de 6.546 milhões de euros, um aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que permitiu reduzir a perda operacional em 72% para 403 milhões de euros. Os resultados financeiros do grupo foram ponderados por itens extraordinários relacionados com a aquisição da rival Alcatel-Lucent e os custos de reestruturação decorrentes da fusão.

Excluindo as despesas e as receitas extraordinárias, o lucro líquido atribuído entre janeiro e setembro ascendeu aos 1.160 milhões de euros, 92% mais que no mesmo período de 2016. Nos primeiros nove meses deste ano, a Nokia faturou 16.496 milhões de euros, uma queda de 3%, principalmente devido à queda nas vendas da sua divisão de rede de telecomunicações, que foi ligeiramente compensada pelo crescimento de licenças e patentes.

A Nokia Networks, o principal negócio da empresa, faturou 14,696 milhões de euros até setembro, 7% menos, depois de ter registado vendas menores nas três áreas que atualmente compõem esta divisão: as redes ultra-wideband, serviços globais e redes IP e aplicações. Por sua vez, a Nokia Technologies, a divisão que gere o portfólio de patentes e o negócio de licenciamento, faturou 1.099 milhões de euros, um aumento de 48% e contribuiu com 736 milhões de euros para o grupo, mais 75% do que nos primeiros nove meses 2016.

Parte deste aumento foi devido ao acordo alcançado em maio passado entre a Nokia e a Apple para acabar com as disputas legais relacionadas o uso indevido da Apple nas patentes da empresa finlandesa. Este acordo significou a retirada de todos os processos judiciais movidos pela Nokia em troca do pagamento pela Apple de uma quantia que não foi tornada pública, como compensação por ter usado a propriedade intelectual da Nokia durante anos sem os direitos necessários. As receitas desta divisão também incluem regalias procedentes da venda dos novos aparelhos da marca Nokia, fabricados sob licença e exclusivamente pela empresa finlandesa HMD Global.

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Programa “Portugal Sou Eu” contribuiu para aumento das vendas em 82,6% das empresas que aderiram

  • Lusa
  • 26 Outubro 2017

O programa lançado pelo Governo apresenta hoje um estudo da responsabilidade do ISEG que revela que 82,6% das empresas inquiridas consideram que as suas vendas beneficiaram com a adesão à iniciativa.

O programa “Portugal Sou Eu” apresenta esta quinta-feira em Lisboa um estudo da responsabilidade do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) que revela que 82,6% das empresas inquiridas consideram que as suas vendas beneficiaram com a adesão à iniciativa.

A coordenadora do estudo, Helena Martins Gonçalves, disse à Lusa que o ISEG foi contactado pelo programa para fazer um balanço do mesmo e acrescentou que o trabalho foi desenvolvido, a partir de três vetores principais – negócios, emprego e maturidade do produto. No entanto, verifica-se que apenas 12,7% das instituições inquiridas conseguem quantificar o impacto que a adesão ao “Portugal Sou Eu” tem nas vendas.

Helena Martins Gonçalves acrescenta que, muitas vezes, as empresas não percebem o impacto direto que o programa tem nas vendas, mas reconhecem que existe um impacto indireto, uma vez que os consumidores passam a reconhecer os produtos que têm o selo da iniciativa. No que se refere aos motivos que levaram as instituições a aderir ao programa, 68% dos inquiridos considera que é “muito importante” no que diz respeito à melhoria da notoriedade das marcas e dos produtos, enquanto 48,4% classifica como “importante” para aumentar as vendas das empresas. Já 60,5% considera que é “muito importante” ser uma entidade externa a atestar que o produto é português.

De acordo com o estudo, verifica-se que 18,8% dos inquiridos coloca o selo do programa apenas em alguns produtos. Apesar de existirem vários cenários que podem justificar esta escolha, a coordenadora do estudo indica que existem entidades que se dedicam à exportação e, por isso, a aplicação do selo não se justifica, uma vez que o seu significado não é percetível para os estrangeiros.

Por outro lado, Helena Martins Gonçalves refere que a adesão ao programa implica um conjunto de requisitos, que nem todas as empresas e produtos cumprem. No que se refere à avaliação global e perspetivas futuras do “Portugal Sou Eu’” do total de empresas, mais de 80% demonstra interesse num eventual programa de qualificação para integrar redes de fornecedores de grandes empresas.

O estudo do impacto da adesão das empresas ao programa inquiriu 153 instituições, através de um questionário eletrónico, das quais, mais de 80% detinham cerca de 50 colaboradores. Lançado em 2012, pelo Governo, o programa “Portugal Sou Eu” tem como objetivos promover o equilíbrio da balança comercial, combater o desemprego, melhorar a competitividade e contribuir para o crescimento sustentado da economia.

A iniciativa é gerida por um órgão operacional, constituído pela Associação Empresarial de Portugal (AEP), Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI), Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e pela Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI).

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Lisboa cai com os olhos postos em Draghi. BCP pressiona

  • Juliana Nogueira Santos
  • 26 Outubro 2017

Os mercados europeus aguardam as conclusões do BCE com ansiedade. As praças seguem a registar perdas e Lisboa não é exceção.

No dia em que o futuro dos estímulos monetários do Banco Central Europeu será conhecido, a bolsa de Lisboa segue em terreno negativo, expectante do que poderá acontecer em Frankfurt. Com a maioria das suas cotadas pintadas de vermelho, o principal índice bolsista está a ser pressionado pelos desempenhos do BCP e da Jerónimo Martins.

Com a economia da zona euro a mostrar sinais de vitalidade, o Banco Central Europeu tem sido pressionado para repensar a sua política de estímulos monetários, nomeadamente no que diz respeito ao programa de compra de dívida soberana. Os responsáveis da instituição quiseram guardar a decisão final para o outono, para evitar decisões apressadas. Assim, e à espera do que poderá ser decidido em Frankfurt, as bolsas europeias seguem a negociar em terreno negativo, com Lisboa a não ser exceção.

O PSI-20 perde 0,18% para 5.359,03 pontos, com o BCP e a Jerónimo Martins a pressionar. Enquanto o único banco cotado desvaloriza 0,88% para 24,75 cêntimos, sendo esta a quarta sessão em que regista perdas, a retalhista cai 0,41% para 15,72 cêntimos. Após o fecho da sessão anterior, a Jerónimo Martins informou os mercados que os seus lucros encolheram para 285 milhões de euros.

Em terreno positivo segue o setor energético, com todas as cotadas a registarem valorizações e, com mais destaque, a Navigator que avança 1,35% para 4,35 euros. Antes de os mercados abrirem, a empresa liderada por Diogo Rodrigues de Silveira divulgou uma expansão de lucros de mais de 8%, impulsionada pelo corte de custos e pelo aumento das vendas.

Na Europa, o cenário é de perdas, com o espanhol IBEX-35 a cair 0,30% — no dia em que também está em cheque a estabilidade política do país –, o alemão DAX desvaloriza 0,04% e o agregador Stoxx 600 perde 0,15%.

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Câmara de Lisboa toma hoje posse ainda sem acordos definidos para a maioria

  • Lusa
  • 26 Outubro 2017

Os eleitos da Câmara e da Assembleia de Lisboa irão hoje tomar posse, numa cerimónia aberta ao público. No entanto, ainda não estão definidos acordos para a governação da cidade.

Os eleitos da Câmara e da Assembleia Municipal de Lisboa irão esta quinta-feira tomar posse, numa cerimónia aberta ao público que decorrerá na Praça do Município, mas ainda sem definição quanto a acordos para a governação da cidade.

A presidente da Assembleia Municipal, Helena Roseta, dará posse ao presidente da Câmara, Fernando Medina (eleito pelo PS), e aos restantes 16 vereadores do executivo. Também serão empossados os 75 deputados municipais (51 eleitos diretamente e 24 presidentes das Juntas de Freguesia, deputados por inerência).

O PS ganhou as eleições autárquicas para a Câmara de Lisboa com 42,02% dos votos, mas não conseguiu manter a maioria absoluta obtida por António Costa, ficando com oito vereadores, menos três do que em 2013. Já o CDS-PP elegeu quatro vereadores (ganha três), o PSD obteve dois mandatos (perde um), a CDU mantém os dois eleitos e o Bloco de Esquerda conseguiu eleger um vereador.

O atual presidente da Câmara, Fernando Medina, foi o número dois de Costa na autarquia, tendo assumido a presidência quando o ex-presidente saiu do cargo para assumir funções de primeiro-ministro. Desde que se disputaram as autárquicas, a 1 de outubro, que o PS e o BE se mostraram disponíveis para chegarem a um acordo, tendo os bloquistas chegado a confirmar “conversações” com Fernando Medina.

Quanto ao PCP, apesar de o secretário-geral ter recusado qualquer acordo pós-eleitoral na autarquia de Lisboa, embora mantendo uma postura construtiva, a direção de Lisboa sublinhou hoje que esta força política se encontra disponível para “convergências pontuais” na Câmara Municipal, no sentido de contribuir para “resolver os problemas” da capital.

De acordo com o site da Assembleia Municipal, o executivo será composto por Fernando Medina (presidente), Duarte Cordeiro, Paula Marques, Manuel Salgado, João Paulo Saraiva, Catarina Vaz Pinto, José Sá Fernandes e Miguel Gaspar, mas ainda não são conhecidas as pastas que assumirão. Segundo a mesma fonte, os eleitos da Coligação Nossa Lisboa (CDS-PP/PPM/MPT) serão Assunção Cristas, João Gonçalves Pereira, Maria Zagalo e Antero Moreira da Silva. Pelo PSD, a equipa que tomará posse será composta por Teresa Leal Coelho, que é reconduzida, e pelo estreante João Pedro Costa. A CDU (coligação PCP/PEV) elegeu João Ferreira e Carlos Moura, enquanto o vereador do Bloco de Esquerda (BE) será Ricardo Robles.

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