Maduro diz que Donald Trump é o “novo Hitler” da política internacional

  • Lusa
  • 20 Setembro 2017

Maduro reagiu assim às alusões de Trump à Venezuela no seu discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, classificando o país como estando "à beira do colapso total".

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, classificou o seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, como o “novo Hitler” da política internacional.

Nicolás Maduro reagiu assim às alusões de Trump à Venezuela no seu discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, classificando o país como estando “à beira do colapso total”, com o presidente norte-americano a referir que estão prontos a dar mais passos se Maduro “persistir no seu caminho de impor um regime autoritário”.

O Presidente venezuelano, no final de uma marcha anti-imperialista em Caracas, pediu ao norte-americano que “engula as suas palavras de ódio e de guerra”, acrescentando que Trump “vai passar à história” e que a “revolução bolivariana sempre permanecerá” e que ele “continuará a comandar”.

Maduro considerou que as declarações de Trump, segundo a sua interpretação, significam uma ameaça de morte à sua pessoa.

“A ameaça que foi feita hoje e ontem [terça-feira] por Donald Trump, posso interpretá-la correta e exatamente e quero dizer às pessoas: Donald Trump ameaçou matar o Presidente da República Bolivariana da Venezuela”, disse.

Por outro lado, Nicolás Maduro descreveu como o “jantar Judas” a reunião realizada em Nova Iorque pelos presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, do Panamá, Juan Carlos Varela, do Brasil, Michel Temer, e a vice-presidente argentina, Gabriela Michetti, com Trump.

Para Maduro, esses líderes encontraram-se para “receber as ordens do diabo”.

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Theresa May quer pagar 20 mil milhões de euros para saldar saída da UE

  • Lusa
  • 20 Setembro 2017

Vários dirigentes europeus dizem que a fatura a pagar pelos britânicos deve situar-se entre 60 mil milhões e 100 mil milhões de euros. May quer pagar apenas 20 mil milhões.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, vai propor pagar 20 mil milhões de euros para saldar a separação entre o Reino Unido e a União Europeia, segundo fontes conhecedoras do tema citadas pelo jornal Financial Times (FT).

Olly Robbins, conselheiro de May para a União Europeia (UE), informou os seus homólogos nas diversas capitais europeias desta oferta, revelou o jornal na terça-feira, na sua edição digital, citando fontes que se exprimiram sob anonimato.

Este anúncio vai ser feito formalmente por May, na sexta-feira, em Florença, Itália, no quadro do discurso que vai proferir sobre a UE, avançou o mesmo título.

O Reino Unido ainda não tinha dado a menor indicação quanto à soma que pretende pagar para saldar a sua saída da UE, prevista para 29 de março de 2019.

Se Bruxelas também ainda não avançou qualquer número específico, vários dirigentes europeus disseram à AFP que a fatura a pagar pelos britânicos deve situar-se entre 60 mil milhões e 100 mil milhões de euros.

A contribuição líquida de Londres para o orçamento da UE em 2015, último ano com valores disponíveis, foi de 10,75 mil milhões de euros, segundo documentos da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu.

O montante de 20 mil milhões de euros seria portanto a soma devido pelos britânicos para saldar o seu compromisso com o orçamento da UE, orçamento votado para sete anos e que corre até 2020.

“Mas este pagamento não apaga o quadro” dos diversos compromissos financeiros dos britânicos para com a UE, segundo um diplomata europeu ouvido pelo FT.

Os conselheiros de May não comentaram a notícia do FT. Até agora, a posição de Londres tem sido a de esperar que Bruxelas avance com um montante, para depois responder.

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Quatro em cada dez empresas portuguesas preveem contratar em 2018

  • Lusa
  • 20 Setembro 2017

A Mercer|Jason Associates revela que 40% das empresas prevê contratar trabalhadores em 2018, uma redução de 1%, face ao ano anterior.

A consultora Mercer|Jason Associates divulgou o estudo ‘Total Compensation Portugal 2017’, que revela que 40% das empresas prevê contratar trabalhadores em 2018, uma redução de 1%, face ao ano anterior.

Já 51% das empresas inquiridas manifestam a intenção de manter o número atual de colaboradores, mais 4% do que em 2017, e 9% prevê reduzir o número de funcionários, o que equivale a um recuo de 3%.

Em comunicado, um dos responsáveis da Mercer|Jason Associates Tiago Borges indica que “em 2017, as estimativas apontam para um crescimento mais acentuado [do PIB], prevendo-se para 2018 uma estabilização do crescimento económico em Portugal”, o que contribui para as melhorias verificadas na intenção de contratação de colaboradores por parte das organizações, o que tende a refletir-se na descida da taxa de desemprego”.

Cerca de 87% das empresas inquiridas realizam a revisão salarial uma vez por ano, e entre os fatores que influenciam o valor disponibilizado para esse fim surgem os resultados individuais do colaborador (86%) e os resultados da organização (66%).

Em 2017, os incrementos comerciais rondam os 2% em quase todas as áreas, destacando-se as funções comerciais/vendas, que registam um aumento de 2,37%.

As perspetivas apontadas para 2018 mantêm-se, na generalidade, nos 2%, exceto para as funções de topo (2,27%) e para os operários (1,50%).

No que se refere aos benefícios atribuídos pelas empresas portuguesas em 2017, cerca de 47% das instituições participantes concede subsídio de doença, 93% um plano médico, 50% atribui seguro de acidentes pessoais e 73% seguro de vida, 44% concede um plano de pensões e 53% das empresas atribui dias de férias extra aos seus colaboradores.

o valor médio de subsídio de refeição atribuído a cada trabalhador, fixou-se em 178 euros por mês.

O estudo ‘Total Compensation Portugal 2017’ analisou 154.826 postos de trabalho em 333 empresas no mercado português, sendo a amostra constituído por empresas multinacionais (63%) e empresas nacionais (37%).

No que se refere ao número de colaboradores, amostra é, maioritariamente, constituída por empresas de pequena e média dimensão, com menos de 100 funcionários (50%), registando-se uma prevalência do sexo masculino (54%).

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EDP volta ao mercado de dívida este ano se BCE subir juros

Nuno Alves, administrador financeiro da EDP, diz que elétrica deverá voltar a emitir dívida este ano caso do BCE sinalize no próximo mês uma subida das taxas de juro de referência.

Nuno Alves, administrador financeiro da EDP, ganhou o prémio de melhor CFO.Paula Nunes / ECO

A EDP EDP 0,45% deverá voltar ao mercado de dívida ainda este ano caso o Banco Central Europeu (BCE) dê sinais de que vai começar a subir a taxa de juro de referência no próximo ano, disse ao ECO o administrador financeiro da elétrica portuguesa, Nuno Alves. Isto apesar da folga de liquidez conferida pela venda do negócio do gás natural em Espanha.

“Uma nova emissão de dívida não está planeada, mas também não está excluída. Ainda não decidimos. Vendemos o negócio do gás natural em Espanha e temos o acordo para vender o gás em Portugal… É mais uma questão de saber como deverão evoluir as taxas de juro no próximo ano”, sublinhou Nuno Alves.

Vamos “antecipar a emissão se acharmos que daqui a um mês o BCE começa a subir as taxas”, referiu ainda o responsável financeiro da EDP ao ECO à margem dos prémios IRGA da Deloitte. Nuno Alves foi distinguido com prémio de melhor CFO.

A venda do negócio de gás natural em Espanha por 2,6 mil milhões de euros veio reforçar o balanço da empresa portuguesa, considerou Nuno Alves. “Ganhamos uma flexibilidade que não tínhamos até hoje. O balanço está muito mais forte”, frisou.

Cerca de 800 milhões de euros desta transação serviriam para financiar a oferta pública de aquisição sobre a EDP Renováveis, mas EDP só gastou 280 milhões na operação. De acordo com Nuno Alves, os restantes 520 milhões “serviram imediatamente para pagar a dívida”. Ainda assim, sobrou dinheiro.

"Uma nova emissão de dívida não está planeada, mas também não está excluída. Ainda não decidimos. Vendemos o negócio do gás natural em Espanha e temos o acordo para vender o gás em Portugal… É mais uma questão de saber como deverão evoluir as taxas de juro no próximo ano.”

Nuno Alves

Administrador financeiro da EDP

“O conselho de administração e os acionistas irão decidir o que fazer com esse excesso de dinheiro. Atingimos os rácios de dívida mais cedo do que era esperado o que não quer dizer que não se possa fazer alguma coisa. Baixar o rácio para um nível três vezes o EBITDA era para ser feito mais lentamente, até 2020. O que aconteceu é que metade do caminho ficou feito já. Agora o caminho é mais fácil até chegar a esse objetivo”, disse.

Melhoria de rating é boa para o país

Para Nuno Alves, a EDP não deverá beneficiar da melhoria do rating da República pela Standard & Poor’s para um nível fora de “lixo” porque a dívida da elétrica nacional já é considerada um investimento de qualidade pelas agências de notação financeira. Ainda assim, o administrador financeiro não deixa de sublinhar que se trata de uma decisão importante para as empresas nacionais.

“A melhoria do rating da República é sempre importante, nem que seja pela confiança dos investidores internacionais. Em termos de taxa de juro, não vai afetar muito a EDP porque já tinha esse rating, já beneficia do grau de investimento”, disse Nuno Alves.

“Mas é sempre melhor termos uma série de investidores que não olharia para Portugal e passam a olhar. E é sempre bom para as empresas nacionais”, revelou ainda.

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Novo sismo no México. Número de mortos já vai em 248

  • ECO e Lusa
  • 20 Setembro 2017

O México foi abalado por um sismo com intensidade de 7.1 na escala de Richter nesta terça-feira ao início da tarde. As autoridades mexicanas estimam que haja 248 vítimas mortais.

O México foi abalado por um novo sismo de elevada intensidade. O terramoto que atingiu o país em vários estados com uma magnitude de 7.1 na escala de Richter, já fez 248 vítimas mortais, avança a Reuters. Vários edifícios colapsaram, incluindo na capital, densamente povoada, forçando milhares de pessoas a ficar na rua. O pânico espalhou-se. O Presidente do México ativou o estado de emergência do país.

O balanço das autoridades estatais ao princípio desta manhã de quarta-feira dava conta de 248 mortos, entre os quais 72 mortes ocorreram no estado de Morelos, 43 em Puebla, 117 na cidade do México. Estes números já foram várias vezes revistos em alta, à medida que as equipas de socorro fazem buscas nos escombros de vários edifícios que ruíram devido ao sismo.

Pessoas removem escombros de um edifício que ruiu na sequência do sismo no bairro de Condesa, na Cidade do México. Alejandro Cegarra/Bloomberg

Na rede social Twitter, Enrique Peña Nieto disse ainda que convocou o Comité Nacional de Emergências, para coordenar todas as ações de ajuda, e que todos os hospitais que ficaram danificados com o sismo estão a ser evacuados. O “PlanMX” permite que as autoridades acelerem a resposta de emergência em situações de maior gravidade.

O presidente da câmara da Cidade do México, Miguel Angel Mancera, disse que pelo menos morreram 30 pessoas na capital, na sequência do violento abalo que fez ruir 44 edifícios. Várias pessoas ficaram presas no interior dos edifícios que colapsaram. Entretanto, está a ser organizado um mapa interativo com a distribuição dos edifícios que ruíram.

A cidade do México é uma das mais populosas do mundo, com mais de 20 milhões de habitantes, se for tida em conta a área circundante.

O Presidente mexicano informou ainda nas redes sociais que, à partida, parecem não ter havido danos estruturais significativos e apela a todos cujas casas resistiram ao sismo para lá permanecerem, evitando as ruas para facilitar os trabalhos de salvamento.

O pesadelo regressa 32 anos depois

Este abalo que teve o seu epicentro a 12 quilómetros a sudeste de Axochiapan, no estado central de Morelos, a uma profundidade de 57 quilómetros foi, segundo o Serviço Nacional de Sismologia (SSN), registado às 13h14 locais.

O coordenador da proteção civil do México, Luis Felipe Puente, escreveu na rede social Twitter que milhares de pessoas fugiram de edifícios de escritórios ao longo da avenida central Reforma à medida que os alarmes disparavam e o trânsito parou junto monumento do Anjo da Independência.

O fenómeno provocou danos graves em edifícios que ficaram com as fachadas destruídas e as ruas preenchidas com destroços, segundo agências internacionais. Segundo a EFE, o sismo provocou também cortes na eletricidade e nos serviços telefónicos, não tendo sido registadas vítimas até ao momento.

No estado central de Puebla foi registada a queda das torres da Igreja de Cholula. Em Morelos também há registo de danos e o governador, Graco Ramirez, anunciou a ativação de serviços de emergência. Este sismo acontece no dia em que se completam 32 anos desde que um poderoso terramoto deixou milhares de mortes na Cidade do México.

Os cidadãos saíram à rua, duas horas antes do sismo de hoje para um simulacro que marcava esse terramoto de 1985.

Autoridades portuguesas enviam condolências

Tanto o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, como o Governo português já enviaram condolências ao Presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, pela ocorrência de mais um sismo.

“Já apresentámos as nossas condolências ao povo mexicano e ao Presidente da República Federativa do México por mais esta catástrofe natural. Estamos perante uma catástrofe natural que entristece todos”, declarou António Costa, no final de uma reunião de chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Nova Iorque, na sede da missão do Brasil nas Nações Unidas, citado pela Lusa.

“Os meus pensamentos estão com as vítimas, os seus familiares e todos aqueles que foram afetados por este sismo”, afirma Marcelo Rebelo de Sousa na mensagem enviada a Enrique Peña Nieto e disponibilizada no site da Presidência da República Portuguesa.

O embaixador português no México disse à Lusa que não há, “até agora”, notícia de portugueses entre as vítimas do sismo de magnitude 7,1 registado naquele país, que causou “imensos estragos”. O abalo provocou “imensos estragos, mas até agora não há notícia de vítimas portuguesas”, adiantou à Lusa, por mensagem, o embaixador Jorge Roza de Oliveira.

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Faria de Oliveira: Banca poderá precisar de capital a médio prazo. Rating ajuda

O presidente da APB diz que a banca vai precisar de fazer aumentos de capital. Reforços que vão ajudar a acelerar o processo de redução do malparado. Sobre a plataforma, diz estar "para muito breve".

A banca portuguesa vai necessitar de novos aumentos de capital. Não a curto, mas a médio prazo, diz Faria de Oliveira ao ECO na entrega dos prémios IRGA, da Deloitte. Reforços que, salienta o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), vão servir para acelerar a redução do crédito malparado, que ainda pesa na rentabilidade dos bancos, mas também para responder a requisitos de capital impostos pelos reguladores. Em relação à plataforma criada para resolver o problema do malparado, o representante das instituições financeiras nacionais afirma que o anúncio da solução está “para muito breve”.

“O sistema bancário vai necessitar, de tempos a tempos, de realizar aumentos de capital. Não a curto, mas a médio prazo“, nota Faria de Oliveira. “Aumentos de capital que vão permitir que os bancos acelerem a resolução dos NPL [crédito malparado]”. Isto apesar de o presidente da APB reconhecer que os resultados dos esforços dos bancos para diminuir este peso estão à vista. Segundo dados do Banco de Portugal, o montante do malparado detido pela banca nacional caiu para um mínimo de quase cinco anos. Ainda assim, estes créditos ascendem a 15.392 milhões de euros.

O sistema bancário vai necessitar, de tempos a tempos, de realizar aumentos de capital. Não a curto, mas a médio prazo.

Fernando Faria de Oliveira

Presidente da Associação Portuguesa de Bancos

Estes reforços de capital vão também ajudar as instituições a “responder a outros requisitos que a supervisão e a regulação vão impondo”, acrescenta. É o caso dos requisitos MREL, o sistema de requisito mínimo de fundos próprios e passivos elegíveis, dos quais os detalhes ainda “não são devidamente conhecidos”. Para responder a estas exigências, é “preciso realizar emissões de obrigações e o facto de o rating estar melhor vai seguramente ajudar nesse sentido”, defende.

Para Faria de Oliveira, a subida do rating da República portuguesa por parte da Standard & Poor’s — que tirou o país de “lixo” — vai “seguramente” ajudar neste processo de atração de capital. Esta melhoria da notação “é, indiscutivelmente, extremamente positiva para o país, para o sistema bancário e para a economia em geral. Era essencial que esta revisão ocorresse o mais rapidamente possível”, defende, mas também salienta que esta subida “peca pela demora”.

Anúncio da plataforma para o malparado? “Muito em breve”

Faria de Oliveira não dá muitos detalhes sobre a plataforma para solucionar o crédito malparado que está no balanço dos bancos. O presidente da APB diz apenas que não deve demorar muito. “Sabemos que o anúncio da solução está para muito breve”, refere ao ECO.

“Há uma certa expectativa de que esta plataforma possa acelerar, por um lado, a viabilização de empresas muito endividadas”, refere, mas também “permitir que os créditos possam ser resolvidos mais rapidamente”. O Governo já disse que espera que a plataforma de gestão comum de créditos malparados, que será constituída pelas três maiores instituições financeiras, esteja em funcionamento “no início do próximo ano”.

O secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, esclareceu que “são os bancos que estão a tratar” de operacionalizar esta solução e que “o Governo acompanha de perto, tal como o Banco de Portugal”.

Venda do Novo Banco? “É importante que seja” bem-sucedida

Sobre a venda do Novo Banco, Faria de Oliveira está otimista. “Tenho esperança que a venda seja bem-sucedida e é importante que o seja”, salienta. Isto depois de Mourinho Félix ter dito que acredita no sucesso da operação de recompra de obrigações, uma condição essencial para que a alienação do banco de transição ao fundo norte-americano Lone Star se concretize.

Na primeira assembleia-geral de obrigacionistas, foi aprovada a resolução de reembolso antecipado de 2,34 mil milhões de euros de valor nominal de obrigações, correspondendo a 37% do objetivo global definido para o sucesso da operação. Agora, na segunda convocatória, os detentores de dívida terão outra oportunidade para aceitar a oferta ou então até 2 de outubro, quando acaba o prazo.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Portugal realiza a primeira incursão no mercado de dívida após a S&P ter retirado o país do nível "lixo". O INE atualiza o mercado imobiliário nacional. Lá fora, as atenções estão viradas para a Fed.

Será um dos principais momentos que vão marcar esta quarta-feira. O IGCP vai ao mercado para tentar levantar até 1.750 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses. Entretanto, o INE atualiza os números do mercado imobiliário no país. Lá por fora, além das novas previsões económicas da OCDE, os investidores vão estar atentos às decisões da Reserva Federal norte-americana. Vêm aí a reversão dos estímulos?

Portugal volta ao mercado depois de sair de lixo

É a primeira ida ao mercado depois de a agência Standard & Poor’s ter retirado a dívida portuguesa do nível “lixo”. O IGCP pretende levantar esta manhã até 1.750 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses. Isto num ambiente de forte redução dos juros em mercado secundário.

INE divulga vendas de casas em Portugal

O INE divulga o número de casas vendidas em Portugal no primeiro semestre do ano, assim como os preços cobrados e os montantes investidos. Ao mesmo tempo, a autoridade de estatística nacional atualiza a evolução das taxas de juro implícitas no crédito à habitação relativa a agosto de 2017.

Fed termina reunião. E agora?

Os investidores já aguardam pela reversão dos estímulos monetários nos EUA e a Fed poderá confirmar isso esta quarta-feira. O banco central norte-americano detém um balanço de 4,2 biliões de dólares em títulos de dívida que deverá começar a reduzir nos próximos meses. Serão ainda divulgadas previsões económicas.

OCDE atualiza previsões económicas

Quanto deverão crescer as principais economias mundiais este ano e no próximo? A OCDE atualiza as suas previsões económicas para as grandes economias em todo o mundo. Portugal ficará de fora da análise, embora a instituição revele novos números para a atividade económica na zona euro.

EUA contam número de barris de petróleo

É um indicador importante para o mercado energético: a Administração de Informação de Energia dos EUA atualiza a evolução do stock de barris de petróleo na maior economia do mundo. Isto numa altura em que a OPEP continua a avaliar a possibilidade reforçar os cortes na produção de petróleo no cartel com vista à subida dos preços do ouro negro que continuam à volta dos 50 dólares.

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Esta notícia é sobre nós. O ECO ganhou o prémio Lançamento do Ano da Meios & Publicidade

  • ECO
  • 20 Setembro 2017

O ECO foi um dos vencedores da noite de prémios da Meios & Publicidade. Escolhido pelos leitores da revista especializada e de um júri na categoria Lançamento do Ano.

Na 15º edição dos prémios da Meios & Publicidade, o ECO ganhou a categoria de Lançamento do Ano, em concorrência com O Jornal Económico, a Sport TV + e o site Motor 24. Num evento que juntou na terça-feira à noite, na antiga FIL, na Junqueira, em Lisboa, centenas de convidados, os prémios foram atribuídos a 27 empresas e personalidades das áreas de media, publicidade, marketing e comunicação.

Os prémios da Meios & Publicidade contaram com 96 projetos, empresas e personalidades nomeados, repartidos por 27 categorias. A pontuação resultou de uma média ponderada na qual o voto dos jurados teve um peso de 45%, tal como o voto dos assinantes (papel + conteúdos M&P Plus). O voto dos subscritores da newsletter diária da revista especializada representou 10%.

Para o ECO, esta distinção ocorre num momento particularmente relevante. No próximo dia 2 de outubro, o ECO vai assumir a gestão editorial, comercial e marketing da revista especializada Advocatus, e já esta semana começa o novo programa semanal de economia na TVI24, à quarta-feira, o ECO24. E o primeiro convidado é o empresário Alexandre Soares dos Santos.

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IRGA: Nabeiro premiado pela carreira, Amado é o melhor CEO

  • ECO
  • 19 Setembro 2017

Rui Nabeiro venceu o grande prémio nos Investor Relations & Governace Awards (IRGA), da Deloitte. Nuno Amado, do BCP, foi distinguido como o melhor CEO. O melhor CFO é da EDP.

Rui Nabeiro venceu o grande prémio nos Investor Relations & Governace Awards (IRGA). O fundador da Delta foi distinguido com o prémio lifetime achievement, que reconhece uma carreira de trabalho à frente da empresa de cafés de Campo Maior. Os prémios da Deloitte para melhor CEO e CFO do ano foram atribuídos a Nuno Amado, do BCP, e a Nuno Alves, da Energias de Portugal.

“Nasci numa terra do interior. Mas também fui bafejado pela sorte por causa da fronteira com Espanha. Tive uma lição de trabalho e uma lição de amor. E é essa a mensagem que quero transmitir. A minha mensagem é de amor e carinho. O meu dia-a-dia é a pensar nos outros”, referiu Rui Nabeiro, emocionado. “[Esta distinção] fica ligada à minha alma e coração”.

Pelo 30.º ano consecutivo, a consultora Deloitte distinguiu empresas e profissionais por boas práticas de governo, com o objetivo de “promover a transparência e distinguir a excelência”. Enquanto Rui Nabeiro venceu o prémio de carreira, o presidente executivo do BCP foi distinguido pelo seu trabalho na liderança executiva do maior banco privado português.

“É com enorme prazer que recebo esta distinção, mas também com enorme responsabilidade de continuar este processo complexo e difícil de mantermos e desenvolvermos um banco privado de base portuguesa”, disse Amado. O CEO do BCP acrescentou: “quero agradecer a confiança dos clientes e o apoio dos acionistas, mas também o trabalho dos nossos colaboradores”.

No ano passado, Francisco Lacerda e André Gorjão Costa, ambos da comissão executiva dos CTT, foram os vencedores das categorias de melhor CEO em investor relations e melhor CFO em investor relations, respetivamente. Este ano, enquanto o BCP venceu na categoria de CEO, o prémio para melhor CFO foi para Nuno Alves, da EDP.

“Foi uma surpresa. Muito obrigado por mais uma vez me atribuírem este prémio. É um prémio que partilho com António Mexia e com a equipa de investor relations. É um prémio que reflete o trabalho do dia-a-dia”, referiu Nuno Alves numa cerimónia que aconteceu no Convento do Beato, em Lisboa. “A EDP tem orgulho de estar no top 10 nos investor relations entre as 500 maiores empresas do mundo”, acrescentou.

Conheça todos os vencedores:

Melhor CEO em investor relations:
Nuno Amado, BCP

Melhor CFO em investor relations:
Nuno Alves, EDP

Melhor investor relations officer:
Cláudia Falcão, Jerónimo Martins

Melhor relatório e contas do setor financeiro:
José Pena do Amaral, BPI e Nuno Amado, BCP

Melhor relatório e contas do setor não financeiro:
Rui Antunes, EDP Renováveis

Lifetime achievement:
Rui Nabeiro, Delta

Investidor do ano:
Continental Mabor

Golden Company (que reconhece as empresas que se destacam pela dimensão, performance, internacionalização e potencial de futuro):
Tecnimede

“Há muitas empresas que lutam pelas boas práticas”

“Independentemente de o nosso mercado não ser muito vasto, o que é certo é que há sempre empresas, muitas, que têm um bom desempenho, que lutam por impor boas práticas na sua forma de atuação e por serem bons exemplos. E há também pessoas que, pela forma como desempenham os seus cargos, são também merecedoras da nossa admiração e do nosso estímulo”, refere Manuel Alves Monteiro, presidente do júri dos IRGA, ao ECO.

"Há cada vez mais empresas de menor dimensão a quererem ser tão boas como as melhores empresas do mercado, a quererem ter uma gestão, uma governance e talento tão bons ou melhores do que os que se observam nas grandes empresas. Essa vontade e empenho terão, no futuro, um grande impacto. As empresas serão mais sustentáveis e mais competitivas internacionalmente, ficando mais propensas à inovação e ao sucesso.”

Manuel Alves Monteiro, presidente do júri dos IRGA

“Há cada vez mais empresas de menor dimensão a quererem ser tão boas como as melhores empresas do mercado, a quererem ter uma gestão, uma governance e talento tão bons ou melhores do que os que se observam nas grandes empresas. Essa vontade e empenho terão, no futuro, um grande impacto. As empresas serão mais sustentáveis e mais competitivas internacionalmente, ficando mais propensas à inovação e ao sucesso”, refere Manuel Alves Monteiro.

Por outro lado, Luís Magalhães, managing partner da Deloitte Portugal, lamenta que Portugal continue “longe dos primeiros lugares, no que diz respeito à competitividade da economia” e defende que o mercado de capitais “deveria ter um papel mais relevante no financiamento da economia”. Luís Magalhães aponta o facto de as empresas continuarem a preferir financiar-se através do recurso ao crédito bancário, em detrimento do mercado de capitais. Uma opção que, na sua opinião, se justifica pela dimensão “familiar” da maior parte das empresas.

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Marcelo promulgou regime que termina com títulos ao portador em circulação

  • Lusa
  • 19 Setembro 2017

O fim do regime foi justificado pelo Governo com a opacidade que estes títulos criam e pela necessidade de combater a corrupção, branqueamento de capitais, a fraude e a evasão fiscal.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou hoje o regime de conversão dos títulos mobiliários ao portador, caso de ações, que pertencem a quem as tiver na mão, em títulos nominativos, ou seja, com titular identificado.

Embora reconheça que traduz uma interpretação por vezes restritiva da Lei 15/2017 e muito própria em matéria de alguns prazos, o Presidente da República promulgou o diploma do Governo que estabelece o regime de conversão dos valores mobiliários ao portador em valores mobiliários nominativos, em execução da Lei nº 15/2017, de 3 de maio”, lê-se na informação disponibilizada no site da Presidência da República.

O Governo aprovou o decreto-lei que estabelece o regime de conversão dos valores mobiliários ao portador em valores mobiliários nominativos em Conselho de Ministros realizado a 7 de setembro.

No início de maio, foi publicada a lei que proíbe a emissão de valores mobiliários ao portador, alterando os códigos das Sociedades Comerciais e dos Valores Mobiliários.

Quanto aos títulos ao portador em circulação – detidos por investidores particulares ou por empresas – foram dados seis meses para os transformar em títulos com titular identificado, ou seja, até novembro, ficando a faltar o Governo aprovar o regime de conversão.

A nota à imprensa do Conselho de Ministros de 7 de setembro diz ainda que esse regime simplifica os procedimentos associados a esse processo e ainda isenta de pagamentos “todos os atos de registo comercial praticados e as publicações efetuadas ao abrigo do presente diploma”.

O regime ainda terá de ser publicado, pelo que na prática os investidores têm agora dois meses para fazer a conversão.

Quando foi aprovada a proposta de lei que põe fim à existência de títulos ao portador, tal foi justificado pela opacidade que estes títulos criam e pela necessidade de combater a corrupção, o branqueamento de capitais, a fraude e evasão fiscal, contribuindo para uma maior transparência do mercado de capitais.

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Wall Street fecha em recordes. Setor financeiro e tecnológicas ajudam

Apesar dos máximos, os ganhos foram ligeiros, com os investidores a revelarem algumas cautelas face à reunião da Fed que termina esta quarta-feira.

Foi pouco, mas foi o suficiente. As ações norte-americanas fecharam a sessão com ganhos modestos, mas que anda assim resultaram em novos máximos históricos. O avanço dos títulos do setor financeiro, tecnológico e das telecoms suportaram a subida.

O S&P 500 fechou com um ganho de 0,11%, para os 2.506,65 pontos, somando a terceira sessão consecutiva de subidas e assinalando um novo máximo histórico. Seis dos 11 principais setores considerados no índice que agrega as 500 principais capitalizações bolsistas fecharam a sessão em alta, com o avanço de cerca de 1% do setor financeiro a suportar o seu rumo.

Por sua vez, o Dow Jones avançou 0,18%, para os 22.370,8 pontos, enquanto o Nasdaq ganhou 0,1%, para encerrar nos 6.461,32 pontos. Para qualquer destes dois índices também esteve em causa a fixação de novos máximos históricos.

"As pessoas estão em modo esperar para ver. A expectativa é que as taxas de juro se mantenham inalteradas e que eles [Fed] comecem a reduzir o balanço. Mas claro que há sempre a possibilidade de surgirem surpresas. Penso que é por isso que os investidores estão cautelosos.”

Brad McMillan, Commonwealth Financial

Reuters

Apesar destes recordes, os ganhos da sessão foram modestos, com os investidores a colocarem-se em modo de espera, em antecipação do resultado da reunião de dois dias da Fed que só termina nesta quarta-feira.

“As pessoas estão em modo esperar para ver. A expectativa é que as taxas de juro se mantenham inalteradas e que eles [Fed] comecem a reduzir o balanço. Mas claro que há sempre a possibilidade de surgirem surpresas. Penso que é por isso que os investidores estão cautelosos“, afirmou Brad McMillan, responsável pela estratégia de investimentos da Commonwealth Financial, citado pela Reuters.

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Incêndios: Quase 210 mil hectares ardidos, 2017 foi o pior ano da última década

  • Lusa
  • 19 Setembro 2017

Em relação ao mesmo período de 2016, a área ardida aumentou cerca de 35% e as ocorrências de fogo subiram quase 21%.

Os incêndios florestais consumiram este ano quase 210 mil hectares, o valor mais elevado dos últimos dez anos, segundo dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) divulgados hoje.

Segundo o relatório provisório do ICNF de incêndios florestais, relativo ao período de 1 de janeiro e 15 de setembro, registaram-se um total de 13.346 ocorrências (2.827 incêndios florestais e 10.519 fogachos) que resultaram em 209.678 hectares de área florestal ardida.

“O ano de 2017 apresenta, até ao dia 15 de setembro, o quinto valor mais reduzido em número de ocorrências e o valor mais elevado de área ardida, desde 2007”, refere o mesmo documento, adiantando que se registaram este ano 1.058 reacendimentos, menos 19% do que a média anual do período 2007-2016.

Em relação ao mesmo período de 2016, este ano a área ardida aumentou cerca de 35% e as ocorrências de fogo subiram quase 21%.

O distrito com maior área ardida é Castelo Branco, com 38.093 hectares, cerca de 18% da área total ardida até à data em Portugal continental, seguido de Santarém, com 34.162 hectares, e de Coimbra, com 26.056 hectares.

Segundo o ICNF, o incêndio que provocou maior área ardida no distrito de Castelo Branco teve a origem na freguesia de Várzea dos Cavaleiros, concelho da Sertã, e consumiu 29.758 hectares de espaços florestais (78% do total ardido no distrito).

Já os distritos com maior número de ocorrências de fogo, até 15 de setembro, são o Porto (3.280), Braga (1.421) e Viseu (1.272), mas estas ocorrências foram “maioritariamente fogachos”, que não ultrapassam um hectare de área ardida.

Da análise do índice de severidade diário (DSR), acumulado desde 1 de janeiro, o INCF indica que 2017 é o segundo ano mais severo desde 2003, ultrapassado apenas por 2005.

“Face às condições meteorológicas adversas, favoráveis à propagação de incêndios florestais, a ANPC (Autoridade Nacional de Proteção Civil) decretou, até à data, 75 dias de alerta especial de nível amarelo ou superior do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), dos quais se destacam nove dias na primeira quinzena de setembro”, lê-se no relatório.

De acordo com os dados provisórios, o número de ocorrências registado mensalmente mostra que apenas os meses de janeiro, abril e junho de 2017 ficaram acima das respetivas médias mensais do decénio 2007-2016.

O mês de agosto lidera com a maior área ardida em Portugal continental (72.508 hectares) que representa cerca de 34,6% da área ardida total até à data, seguido de julho (60.734) e junho (52.070).

O INCF indica também que, até 15 de setembro, registaram-se 137 grandes incêndios (área total afetada igual ou superior a 100 hectares) que queimaram 187.060 hectares de espaços florestais, cerca de 89% do total da área ardida.

O relatório estima que arderam na Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP) 22.513 hectares de espaços florestais, destacando o Parque Natural do Douro Internacional, o Monumento Natural das Portas de Ródão e a paisagem protegida da Serra da Gardunha.

Os piores anos de sempre em área ardida registaram-se em 2003 (425.839 hectares) e 2005 (339.089).

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