Abono, subsídios e RSI mudam em 2018 com o IAS. Saiba quanto

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 14 Dezembro 2017

O Indexante dos Apoios Sociais (IAS) vai aumentar 1,8% em 2018, arrastando um conjunto de prestações sociais. Confira alguns exemplos.

Dos valores mínimo e máximo do subsídio de desemprego ao subsídio por morte. São vários os apoios influenciados pelo Indexante dos Apoios Sociais (IAS) e que, por isso, são afetados pelo aumento em 1,8% deste referencial em 2018.

O aumento do IAS depende do PIB e da inflação média dos últimos 12 meses, sem habitação. Com o dado divulgado esta quinta-feira, é possível antecipar a dimensão da subida: em 2018, o IAS cresce 1,8%, para 428,90 euros. Que prestações são afetadas?

  • Subsídio de desemprego: os valores mínimos e máximos desta prestação dependem do IAS. Atualmente, o valor mínimo do subsídio corresponde, em regra, a 421,32 euros (1 IAS) mas o limiar vai subir para 428,9 euros. Já o limite máximo, que corresponde a 2,5 IAS, passa de 1.053,3 para 1.072,25 euros.
  • Subsídio social de desemprego: este apoio social é atribuído a desempregados que já esgotaram o subsídio de desemprego ou que não têm descontos suficientes para aceder à prestação e que, ao mesmo tempo, estão inseridos em famílias de rendimentos reduzidos. Em regra, o apoio corresponde a 100% ou 80% do IAS, consoante estejam em causa beneficiários com ou sem agregado familiar. Subindo o IAS, o valor do subsídio social de desemprego passa a ser 428,9 euros (100% do IAS) ou 343,12 euros (80% do IAS). O valor pode ser mais baixo nos casos em que a remuneração de referência é menor.
  • Subsídio de doença: o montante mínimo do subsídio de doença corresponde a 30% do IAS. Atualmente, este valor fixa-se nos 126,4 euros mas aumentará para 128,67 euros. O valor pode ser mais baixo caso a remuneração de referência seja inferior.
  • Rendimento Social de Inserção: o valor de referência do RSI corresponde atualmente a 46,634% do IAS mas o montante que depois é atribuído a cada família depende do tamanho do agregado e dos seus rendimentos. Atualmente, este valor de referência corresponde a 183,84 euros. Em 2018, o Governo já prometeu repor mais 25% do corte operado pelo anterior Governo, o que significa que a percentagem de indexação ao IAS poderá aumentar.
  • Subsídio por morte: este subsídio corresponde a 3 IAS, o que significa que vai aumentar de 1.263,96 euros para 1.286,7 euros.
  • Abono de família: neste caso, o IAS tem influência nos escalões de rendimentos que são tidos em conta para calcular quem tem direito ao apoio. Mas para quem pedir o abono em 2018, o que conta são os rendimentos de 2017 e, por isso, o IAS deste ano. O IAS de 2018 só é determinante para quem já recebe abono e venha a pedir reavaliação dos rendimentos.
  • Pensões: aqui, o IAS serve para determinar os escalões de pensões que são tidos em conta quando chega a hora de atualizar as reformas. As pensões mais baixas têm aumentos maiores. Em causa estão pensões até dois IAS — 857,8 euros em 2018 — que sobem 1,8% em 2018. Também estão previstos outros aumentos para montantes mais altos.

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Pharol cai 10%. Bolsa de Lisboa perde o Norte

O PSI-20 encerrou com perdas em torno de 0,5%, condicionado pelo recuo dos títulos da Jerónimo Martins e da EDP, mas com Pharol a liderar as perdas.

A bolsa nacional encerrou em queda, acompanhando as pares europeias, condicionada pelo deslize dos títulos dos pesos pesados Jerónimo Martins e EDP, mas com o foco no tombo da Pharol. As ações da holding recuaram 10%, penalizadas pelo novo plano de reestruturação da Oi.

O PSI deslizou 0,51%, para os 5.356,12 pontos, com 11 títulos em queda, seis em alta e um inalterado a Novabase, nos 3,02 euros por ação. Tratou-se da segunda sessão consecutiva em que o índice de referência da bolsa nacional fechou em queda, acompanhando as perdas registadas pelos pares europeus, num dia marcado pela reunião do BCE que reiterou a sua política de estímulos monetários.

Grande parte da responsabilidade pela queda do PSI-20 recai sobre a Jerónimo Martins e a EDP. As ações da retalhista recuaram 2,01%, para os 15,85 euros, enquanto as da elétrica perderam 1,13%, para os 2,90 euros.

Contudo, o principal destaque negativo da sessão recai sobre a Pharol. As ações a empresa liderada por Palha da Silva tombaram 10,1%, para os 25,8 cêntimos, depois de na quarta-feira ter sido divulgado o novo plano de reestruturação da sua participada brasileira Oi. Este novo plano surge 18 meses depois de a telecom brasileira ter entrado num processo de recuperação judicial devido à elevada dívida, sendo que os investidores continuam a não ver com bons olhos a proposta, que inclui a conversão de dívida em ações e uma consequente diluição da posição da Pharol na Oi.

A segunda maior queda do índice coube aos CTT, que recuaram após seis sessões de ganhos. As ações da empresa liderada por Francisco Lacerda desvalorizaram 3,76%, para os 3,33 euros, voltando a reaproximar-se dos mínimos históricos recentemente traçados.

Em terreno ligeiramente negativo terminou o BCP, com os títulos do banco liderado por Nuno Amado a recuarem 0,12%, para os 26 cêntimos, no dia em que se soube que o Santander ultrapassou o BCP ao ter conseguido ficar com o negócio do Deutsche Bank na Polónia.

Em alta, destaqu e para a EDP Renováveis e para a Nos que ajudaram a travar a queda do PSI-20. As ações da energética liderada por Manso Neto valorizaram 0,97%, para os 6,686 euros, enquanto as da telecom somaram 1,06%, para os 5,64 euros.

(Notícia atualizada às 17h00 com mais informação)

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Ministro: Fundos da FCT aumentam para pagar novos contratos

  • Marta Santos Silva
  • 14 Dezembro 2017

Após o Conselho de Ministros desta quinta-feira, Manuel Heitor afirmou que já ficou acordada a subida do financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia para a contratação de doutorados.

O ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel Heitor, anunciou esta quinta-feira, após a reunião do Conselho de Ministros, que estão reunidas as condições, nomeadamente de financiamento, para que as instituições de Ensino Superior possam abrir concursos para a contratação de bolseiros doutorados, uma das medidas de redução da precariedade que tem sido desenvolvido pelo Ministério em negociação com os sindicatos.

“Ficou concluído todo o processo regulamentar para fixação dos níveis remuneratórios”, afirmou o ministro aos jornalistas no final da reunião. “Passa agora para as instituições” a obrigação de “abrirem concursos para estimular o emprego científico”.

O diploma aprovado no Parlamento, e posteriormente sujeito a alterações, estipula que as instituições devam abrir vagas para contratar sem termo os bolseiros doutorados, com os primeiros anos dos contratos a serem pagos pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) cujo financiamento será aumentado.

“O processo incluiu uma negociação sindical complexa e aberta”, continuou o ministro, “tendo envolvido oito sindicatos”. Nos próximos dois anos, vai ser possível concretizar cinco mil novos contratos com investigadores doutorados, o que possibilita assim a redução de um dos aspetos da precariedade no Ensino Superior.

Também terá ficado resolvida a querela com as Finanças sobre o desbloqueamento de financiamento para medidas como a atualização do salário mínimo nacional, a revisão do subsídio de refeição e o aumento salarial dos professores que fizeram provas de agregação.

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Ferro Rodrigues na tomada de posse da ERC: “Órgãos externos da AR devem estar em pleno funcionamento”

Ferro Rodrigues disse, na cerimónia de tomada de posse dos novos membros da ERC, que "todas as divergências políticas são legítimas, mas toda a lealdade institucional é devida".

O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, disse esta quinta-feira que “todas as divergências políticas são legítimas” mas alertou que “toda a lealdade institucional é devida”. Declarações proferidas na tomada de posse do novo conselho regulador da ERC, que surge mais de um ano depois do fim do anterior mandato.

A falta de acordo entre PS e PSD ditou que só agora possam tomar posse os cinco novos membros que vão encabeçar o regulador dos media nos próximos anos. Por isso, Ferro Rodrigues foi perentório: “Os órgãos externos da Assembleia da República devem estar em pleno funcionamento.” Note-se que a ERC esteve reduzida a três membros durante a maior parte deste ano, numa altura em que teve de se pronunciar sobre a compra da TVI, um negócio de peso no setor.

“A democracia pressupõe um regime de separação de poderes, de respeito pelas minorias e pluralismo e transparência na comunicação social. São condições de credibilidade na missão de informar”, sublinhou Ferro Rodrigues. E acrescentou: “Vivemos tempos desafiantes para a comunicação social, para a profissão de jornalista e para a imprensa em geral. A informação online e as redes sociais parecem estar a ganhar terreno e isso muda toda a lógica de produção da notícia, do exercício da profissão e do mercado da publicidade.”

Posto isto, o líder do Parlamento reiterou: “Não está escrito em lado nenhum que o jornalismo não tenha futuro.” Concluiu, reconhecendo o problema das fake news como um desafio para o setor dos media, mas afirmando não gostar do termo porque, “se são falsas, não são notícias”. O novo conselho regulador da ERC passará a ser presidido por Sebastião Póvoas e contará ainda com os nomes de Francisco de Azevedo e Silva, João Pedro Figueiredo, Maria Lima e Mário Mesquita.

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Governo dá tolerância de ponto aos funcionários públicos a 26 de dezembro

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2017

As exceções, de acordo com o Executivo, são "os serviços e organismos que, por razões de interesse público, devam manter-se em funcionamento naquele período".

O Governo vai conceder tolerância de ponto em 26 de dezembro “aos trabalhadores que exercem funções públicas nos serviços da administração direta do Estado, sejam eles centrais ou desconcentrados, e institutos públicos”, de acordo com um despacho hoje assinado.

No despacho, assinado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, em substituição do primeiro-ministro, António Costa, que está em Bruxelas, é referido que esta é uma “prática que tem sido seguida ao longo dos anos” e uma “tradição existente no sentido da concessão de tolerância de ponto nos serviços públicos não essenciais na época do Natal”.

“É concedida tolerância de ponto aos trabalhadores que exercem funções públicas nos serviços da administração direta do Estado, sejam eles centrais ou desconcentrados, e nos institutos públicos no próximo dia 26 de dezembro de 2017”, lê-se no despacho, a agência Lusa teve acesso.

As exceções, de acordo com o executivo, são “os serviços e organismos que, por razões de interesse público, devam manter-se em funcionamento naquele período, em termos a definir pelo membro do Governo competente”.

“Sem prejuízo da continuidade e da qualidade do serviço a prestar, os dirigentes máximos dos serviços e organismos referidos no número anterior devem promover a equivalente dispensa do dever de assiduidade dos respetivos trabalhadores, em dia a fixar oportunamente”, é referido no despacho.

O Governo justifica ainda esta decisão com o facto de ser “tradicional a deslocação de muitas pessoas para fora dos seus locais de residência no período natalício tendo em vista a realização de reuniões familiares”.

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Pedro Tânger: “O gosto é um radar inato de competência”

  • Juliana Nogueira Santos
  • 14 Dezembro 2017

Pedro Tânger exerceu advocacia durante três anos, mas a paixão pelas artes marciais levou-o por outro caminho. O de utilizar o seu gosto para potenciar os outros.

“Não há cá pausas que isto não é para meninos”, exclama Pedro Tânger à sua turma de Krav Maga, totalmente composta por adultos. A aula decorre dentro do espaço da STAT, a primeira academia profissional de artes marcais do país, mas a força dos golpes e a garra dos pontapés que ali se treinam é percetível mesmo antes de passar as portas do espaço. “Sim senhor”, respondem, a uma só voz, os alunos.

A STAT abriu em 2008 pelas mãos de Pedro Tânger, um advogado feito mestre que contava já com mais de três anos de experiência numa das maiores sociedades do país, a Abreu Advogados. No entanto, o entusiasmo e realização que sentia ao pisar os tapetes, em nada se comparavam àquilo que sentia quando estava sentado à secretária.

“Comecei a praticar artes marciais aos 16 anos”, conta o mestre e empresário à Advocatus. “Rapidamente assumi responsabilidades e aos 18 anos comecei a dar aulas”. Fazer das artes marciais a sua vida parecia, já aí, a decisão certa a tomar, mas não para os que o rodeavam. “Os meus pais não achavam muita graça quando eu dizia que queria viver disto, diziam que era impossível”, explica. Em alternativa, ingressou pelo direito.

A sua carreira começou na PACSA, que mais tarde se viria a fundir com a Abreu. “Gostei do ambiente da sociedade, achei que era menos quadrado do que habitual”, considera Pedro. Ainda assim, diz nunca se ter identificado com “a austeridade e o exagero português das regras e da instituição”.

“Não estava ali bem. Fazia tudo o que tinha a fazer e fazia bem, mas comecei a sentir que a minha vida estava no fim”, recorda Pedro. “Não porque me ia matar, mas porque ia chegar aos 60 anos e tinha seguido aquela historiazeca toda igual. Ia olhar para trás e sentir que a minha vida não tinha sido minha.”

O ponto de viragem dá-se, ironicamente, com a ajuda da sua sociedade. Após se ter qualificado para o campeonato mundial, a Abreu Advogados garantiu-lhe apoio para participar. Aí, viu centenas de profissionais que tinham escolas próprias, um pouco por todo o mundo, e pensou: “se eles conseguem, eu também consigo.”

E viria a conseguir. O sonho começou com a abertura de um espaço em Campo de Ourique, onde dava aulas e formava instrutores. “O primeiro ano foi dificílimo. Fantástico, mas dificílimo”, relembra o empresário. “Estava a inventar a roda, não havia nada como isto em Portugal. Era receber o dinheiro e pagar as contas, mês após mês.”

O modelo foi-se adaptando, entre épocas mais fracas e viragens inesperadas. Hoje, a STAT conta com mais de 600 alunos entre as duas academias (em Campo de Ourique e no Restelo) e os colégios onde os instrutores dão aulas, sendo que “o modelo está pronto para duplicar”. “No fundo, foi a Abreu Advogados que me tirou da advocacia”, resume, entre risos, o empresário.

Mesmo tendo abandonado a área, Pedro Tânger não consegue negar que foi também na advocacia que se constituiu tal como é hoje. “A parte ética, humanística e dos valores veio comigo”, enumera. “Aqui na academia ensinamos com base em valores, ensinamos os alunos a estabelecerem objetivos, metas, a serem exigentes com eles próprios, sem perderem a satisfação de verem reconhecido o seu próprio valor.”

É também por isso que, como afirma o mestre, muitos advogados procuram a sua academia para treinar ou para inscrever os seus filhos. “É muito interessante para um advogado potenciar uma educação ética para os seus filhos”, conclui.

Para além da formação na sua academia, Pedro tenta também devolver ao mundo empresarial algo que afirma estar em falta: a autoestima. “O tecido empresarial português gosta e precisa de autoestima, por isso utilizo as artes marciais como forma de criar aberturas nas pessoas, de as potenciar”.

O gosto e a motivação são, assim, os guias da vida Pedro Tânger, luzes que, segundo o próprio não devem ser ignoradas. “As pessoas subestimam o gosto. Acham que se estão a gostar de uma coisa que ela não tem valor. O gosto é um radar inato de competência que diz que é por ali.” O dele não falhou.

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Adjudicação de contratos públicos está “mais simples”

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2017

Já estão disponíveis os formulários e procedimentos necessários para a adjudicação de contratos públicos no ano de 2018. As alterações pretendem "“simplificar, desburocratizar e flexibilizar".

Os formulários e procedimentos necessários para publicação de anúncios e apresentação de candidaturas no processo de adjudicação de contratos públicos foram publicados em Diário da República.

Os documentos surgem no âmbito do novo Código dos Contratos Públicos, publicado em agosto deste ano e em vigor a partir de 1 de janeiro, que estabelece como “regra” para adjudicações o critério da proposta “economicamente mais vantajosa” e avalia um preço como “anormalmente baixo” com base na média das propostas apresentadas.

Segundo o Governo, o diploma pretende “simplificar, desburocratizar e flexibilizar os procedimentos de formação de contratos públicos”, “aumentar a eficiência da despesa pública” e “facilitar o acesso aos contratos públicos”.

Os modelos, a informação que deve constar do anúncio, os formatos a adotar, os campos de preenchimento obrigatório consoante o tipo de procedimento e a sequência e opções do preenchimento foram hoje publicadas para serem utilizadas a partir de 1 de janeiro.

Numa outra portaria, o Governo define “as regras e os termos de apresentação dos documentos de habilitação do adjudicatário no âmbito de procedimentos de formação de contratos públicos”.

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Costa mantém “total confiança política” em Vieira da Silva

O primeiro-ministro diz que a participação de Vieira da Silva na Raríssimas não mancha a sua atividade enquanto governante. E garante que o Estado vai continuar a financiar a associação.

O primeiro-ministro mantém “total confiança política” em Vieira da Silva, ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que vai ser ouvido no Parlamento no âmbito do caso Raríssimas, a pedido do PSD. Ao mesmo tempo, assegura que o Estado vai continuar a financiar a associação de apoio a pessoas com doenças raras.

Em declarações aos jornalistas esta quinta-feira, em Bruxelas, António Costa sublinhou que Vieira da Silva é um “ministro com muita experiência e grande capacidade em todos os domínios” e que, “em todos os momentos em que exerceu a sua atividade governativa, demonstrou sempre ser um excelente governante”. Assim, “não é o facto de, enquanto vice-presidente da Assembleia Geral, há anos atrás, ter participado [na Raríssimas], que vê de alguma forma maculada a sua atividade”, considerou o primeiro-ministro, em declarações transmitidas pela RTP 3.

Em declarações posteriores às televisões, o ministro Vieira da Silva garantiu que foi o próprio a propor ao Partido Socialista a sessão de esclarecimento que decorrerá no Parlamento, na próxima segunda-feira, a propósito do caso Raríssimas. “Estou absolutamente tranquilo” repetiu o ministro várias vezes, referindo-se tanto ao comportamento do ministério que tutela em relação a esta polémica, como à sua própria atuação. “Todas as afirmações que posso fazer e quero fazer serão por mim prestadas na próxima segunda-feira“, terminou o ministro.

O ministro do Trabalho foi vice-presidente da assembleia geral da Raríssimas entre 2013 e 2015, período durante garante não ter tido conhecimento das contas da associação. “Tinha conhecimento [das contas], mas nunca tive conhecimento, nunca foi identificado, nem apresentado por ninguém nessas assembleias gerais qualquer dúvida sobre essas mesmas contas”, afirmou Vieira da Silva esta quarta-feira, acrescentando estar de consciência tranquila.

Sobre a investigação à Raríssimas, na sequência da reportagem da TVI sobre a gestão feita pela ex-presidente da associação, Paula Brito e Costa, o primeiro-ministro destaca ainda que não se deve confundir a gestão feita pela direção como trabalho da Raríssimas. “Não podemos confundir erros cometidos por alguém que assumia a sua gestão com aquilo que é a importância desta associação“, disse.

Por isso, garante, o Estado vai continuar a financiar a Raríssimas. “Este é um trabalho que tem de ser continuado, por isso, o Estado, com os limites que a lei lhe dá para intervir numa instituição privada, tudo fará para que esta missão não seja descontinuada e que o apoio a quem dele necessita continuará a ser concedido”.

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Meios aéreos para combater fogos vão estar disponíveis todo o ano

  • ECO e Lusa
  • 14 Dezembro 2017

Eduardo Cabrita anunciou reforço dos meios aéreos e estuda a possibilidade de transferir para a Força Aérea a gestão.

O Governo anunciou que os meios aéreos de combate aos incêndios vão passar a estar disponíveis todo o ano e autorizou um concurso público internacional para contratação de mais meios aéreos de combate aos incêndios, para 2018 e 2019, num montante máximo de 60 milhões de euros, anunciou o ministro da Administração Interna no final da reunião de Conselho de Ministros.

Eduardo Cabrita revelou que vai subir o número de meios disponíveis de 41 para 50, uma decisão que visa responder ao aumento de disponibilidade dos meios que passam a estar disponíveis não só no período crítico, mas antes durante todo o ano, com um maior número de horas de voo diárias, “enquanto a luminosidade o permitir”, frisou. Cabrita anunciou ainda que a coordenação da operação dos vários meios aéreos envolvidos num combate a incêndio de grande dimensão, passa a ser feita por dois aviões ligeiros.

O ministro anunciou ainda que o concurso tem previsto um helicóptero ligeiro para a ilha da Madeira.

Governo estuda transferência de gestão dos meios aéreos para Força Aérea

Por outro lado, o Governo criou um grupo de trabalho para estudar, num prazo de 60 dias, a transferência do controlo dos meios aéreos de combate a incêndios para a Força Aérea, segundo um despacho publicado esta quinta-feira. De acordo com o despacho conjunto dos ministérios da Defesa Nacional e da Administração Interna, com data de 5 de dezembro e hoje publicado em Diário da República, o grupo de trabalho irá “estudar, propor e desenvolver” as soluções para concretizar a transferência do comando e controlo daqueles meios para a Força Aérea, decidida a 27 de outubro.

O grupo de trabalho deverá “definir o modelo” de “gestão centralizada” daqueles meios pela Força Aérea, incluindo os que forem eventualmente adquiridos e os que sejam sazonal ou pontualmente necessários”. “Assegurar a transferência dos meios aéreos que integram o dispositivo permanente da ANPC [Autoridade Nacional de Proteção Civil) para a Força Aérea, apresentando, no prazo de 60 dias, o modelo, o cronograma, os custos e as eventuais opções associadas”, refere o despacho.

O Governo pretende que o modelo a criar garanta “o cumprimento das missões das Forças Armadas e da ANPC, nomeadamente as missões de âmbito estritamente militar” e as relacionadas com a prevenção, o combate a incêndios rurais e outras missões de interesse público. O modelo a criar deverá garantir a “interoperabilidade e a integração de todos os meios aéreos, conforme aplicável”, com o a admitir “o eventual futuro alargamento a outras Missões de Interesse Público”.

O grupo de trabalho será composto por três representantes de cada um dos ministérios da Defesa Nacional e da Administração Interna, que devem ser nomeados num prazo de dez dias, indica o despacho.

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Verde pinta Wall Street com Fox a puxar pela bolsa

  • ECO
  • 14 Dezembro 2017

Venda da 21st Century Fox à Disney animou a aberta da bolsa norte-americana, com os títulos de ambas as empresas a crescer. Principais índices também estão a valorizar.

O anúncio desta quinta-feira da compra da 21st Century Fox pela Disney por 52,4 mil milhões de dólares (pouco mais de 44, 5 mil milhões de euros) está a entusiasmar os investidores. Na abertura da bolsa norte-americana, os títulos da empresa de Rupert Murdoch abriram a ganhar 0,74% para 32, 51 dólares. Já as ações da gigante do entretenimento infantil subiram 0,58% para 108, 4 dólares.

A seguir este otimismo estão os principais índices de Wall Street, que esta tarde estão pintados de verde. O Dow Jones está a valorizar 0,3% para os 24.650 pontos e o Nasdaq a crescer 0,15% para os 6.866 pontos. Ao contrário da tendência registada na quarta-feira, também o S&P abriu acima da linha de água, a subir 0,11% para os 2665 pontos.

Estas valorizações acontecem depois dos avanços na reforma fiscal, que foi aprovada na semana passada no Senado norte-americano. Ainda não era claro como os republicanos no Senado iriam chegar a um acordo com os republicanos no Congresso, depois do impasse com o texto final do plano que vai reduzir os impostos das empresas. Mas, esta quarta-feira, ambos os lados alcançaram um entendimento quanto à redação final deste pacote legislativo, abrindo caminho para a concretização de uma das principais promessas de Donald Trump.

“Temos um ambiente muito positivo, os investidores estão focados no acordo sobre o plano fiscal que está próximo de ser acordado tanto no Senado como no Congresso”, referiu Scott Brown, economista chefe da Raymond James, citado pela agência Reuters. “Vai demorar algum tempo até chegarmos aos detalhes da proposta, nomeadamente no impacto que terá em determinadas empresas, mas estas notícias são consistentes com um tom geral positivo”, acrescentou o mesmo responsável.

Ainda no plano macroeconómico, a Reserva Federal norte-americana anunciou esta quarta-feira uma subida dos juros, a terceira deste ano, tendo ainda indicado que pretende promover mais três subidas das taxas diretores nos EUA no próximo ano.

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Draghi: PIB vai desacelerar e inflação ficará aquém dos 2%

O presidente do Banco Central Europeu apresentou as projeções até 2020: a economia vai crescer mais do que o esperado anteriormente, mas continuará a desacelerar. Inflação continuará abaixo dos 2%.

O Banco Central Europeu estima que a economia cresça 2,4% em 2017, mas abrande a sua recuperação até aos 1,7% em 2020. Já a inflação deverá ficar nos 1,5% este ano, acelerando até aos 1,7% em 2020, ainda que abaixo da meta estabelecida pelo banco central. As projeções foram atualizadas esta quinta-feira por Mario Draghi, presidente do BCE, após a reunião dos governadores onde decidiram manter a taxa de juro de referência em 0%.

Na reunião anterior, em outubro, o BCE tinha decidido prolongar os estímulos monetários até setembro de 2018, mas aplicando uma redução do ritmo de compras. Porém, esta decisão pode ser revertida caso as projeções não se concretizem. Ou seja, se a inflação desiludir. Draghi indicou que a taxa de juro deverá ficar inalterada bem depois das compras acabarem.

Fonte: Banco Central Europeu

Esta atualização das previsões mostra números mais otimistas para a economia da Zona Euro, apesar da desaceleração da recuperação económica. “Os últimos dados e os resultados dos inquéritos mostram um crescimento sólido e abrangente”, afirmou Mario Draghi, assinalando que o “consumo privado está a ser apoiado pelas atuais evoluções no emprego, que também estão a beneficiar das reformas do mercado de trabalho passadas, e pela subida da riqueza familiar”.

Ainda assim, Draghi voltou a dizer, segundo a Bloomberg, que a economia europeia não está forte o suficiente para aguentar o impacto da retirada imediata dos estímulos monetários. A Zona Euro continua a precisar de um “amplo grau” de estímulos, acrescentou. Apesar disso, Draghi sinalizou a possibilidade de haver surpresas positivas a curto prazo.

De acordo com o presidente do BCE, a discussão entre os governadores focou-se na inflação: existe uma “maior confiança de que a inflação está a convergir para um caminho sustentado a médio prazo”. Contudo, Draghi admitiu que as pressões nos preços continuam “silenciadas” dado que não existem “sinais convincentes” de que há uma tendência ascendente “sustentada”.

A decisão do Banco Central Europeu de manter os juros segue-se à decisão da Reserva Federal de aumentar pela terceira vez a taxa de juro diretora — uma subida de 25 pontos base que levou o intervalo para entre 1,25% a 1,5%. A Fed sinalizou ainda mais três subidas da taxa de juro para o próximo ano.

Para 2018, o BCE reduzirá o ritmo de compras de 60 mil milhões de euros para 30 mil milhões de euros mensais a começar já em janeiro, o que se prolongará pelo menos até setembro.

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A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 14 Dezembro 2017

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

A manhã desta quinta-feira ficou marcada pela notícia de que os recibos verdes com rendimentos muito reduzidos também vão ser chamados a descontar para a Segurança Social e de que as pensões, até 857,8 euros, afinal vão subir em janeiro.

Os recibos verdes com rendimentos muito reduzidos, que atualmente podem ficar ficar excluídos do enquadramento no regime dos trabalhadores independentes, também vão ser chamados a descontar para a Segurança Social, quando as novas regras entrarem em vigor.

Depois de se saber que a economia tinha avançado o suficiente para dar um empurrão maior às pensões, só faltava conhecer o dado relevante da inflação para saber quanto aumentam, ao certo, as reformas em janeiro. Com os números publicados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) já é possível fazer esse cálculo.

O PIB per capita português ficou na cauda da Europa em 2016, mostram os dados revelados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Também o consumo das famílias foi dos mais baixos do conjunto da moeda única.

O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, quer as exportações a pesar 50% do PIB. Em entrevista no ECO24, conta com o T-Roc para lá chegar. Mas é preciso acabar o impasse na Autoeuropa.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) não vê com bons olhos a comercialização de produtos financeiros complexos associados à Bitcoin e, além da fiscalização apertada junto dos intermediários financeiros, vai restringir a publicidade destes produtos junto dos investidores particulares, sabe o ECO.

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