Votação final global do OE2018 antecipada para 27 de novembro

  • Lusa
  • 17 Outubro 2017

A conferência de líderes parlamentares decidiu antecipar em um dia a votação final global da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2018.

A votação final global da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) na Assembleia da República foi hoje antecipada de 28 para 27 de novembro, decidiu a conferência de líderes parlamentares.

Segundo o secretário da mesa, o deputado do CDS-PP António Carlos Monteiro, a mudança, que antecipa também o debate do documento na especialidade (de 23, 24 e 27 de novembro para 22, 23 e 24 de novembro), deve-se à participação do chefe do executivo socialista, António Costa, numa cimeira internacional.

A proposta de lei de OE2018 foi entregue na Assembleia da República na sexta-feira à noite e vai ser discutida e votada na generalidade em 2 e 3 de novembro, seguindo-se os trâmites normais de apreciação em sede de comissões parlamentares entre 06 e 17 de novembro, último dia para a apresentação de propostas de alteração.

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Mesmo que o Governo não fizesse nada, o peso da carga fiscal seria o mesmo em 2018

  • Margarida Peixoto
  • 17 Outubro 2017

No Projeto de Plano Orçamental apresentado à Comissão Europeia, o Executivo confronta as suas metas para as receitas e despesas públicas, com o que aconteceria se não se fizesse nada.

Mário Centeno, ministro das Finanças, apresentou a proposta de Orçamento do Estado para 2018 na sexta-feira, dois dias antes de enviar o Projeto de Plano Orçamental para Bruxelas.Paula Nunes 14 Outubro, 2017

Mesmo que o Governo de António Costa não tivesse tomado quaisquer medidas este ano, nem fizesse nada em 2018, o peso da carga fiscal no PIB seria precisamente o mesmo. A conclusão resulta dos quadros enviados para a Comissão Europeia, no Projeto de Plano Orçamental, disponibilizado esta terça-feira.

Para além de entregar a proposta de Orçamento do Estado na Assembleia da República, o Governo tem de enviar também, até 15 de outubro, um Projeto de Plano Orçamental para Bruxelas. O documento foi enviado ontem, dentro do prazo, confirmou o ECO junto de fonte oficial, tanto da Comissão como do Ministério das Finanças. Mas só ficou disponível para acesso esta terça-feira.

No documento, o Executivo tem de respeitar um modelo de apresentação das suas políticas ligeiramente diferente do que vigora para a Assembleia da República. Para a Comissão Europeia, Mário Centeno, ministro das Finanças, tem de enviar não só as metas com que se compromete para as receitas, despesas e saldos das administrações públicas, como também o que aconteceria num cenário de políticas invariantes — isto é, se não fizesse nada.

Ora, neste quadro verifica-se que se o Governo não tivesse tomado quaisquer medidas de política orçamental, em 2017 a carga fiscal teria tido um peso maior na economia: 34,5%, contra os 34,4% que se projetam agora. Contudo, também fica visível que com, ou sem, medidas a carga fiscal pesará o mesmo em 2018: 34,3% do PIB.

Como é que isto é possível, se o IRS vai descer?

A conclusão parece contraditória com a ideia de que os impostos vão, em termos globais, descer. Tal como o Executivo tem sublinhado, estão previstos 230 milhões de euros de alívio no IRS só por via do desdobramento de escalões, e outros 260 milhões de euros através da eliminação da sobretaxa. Somadas, estas medidas valem 490 milhões de euros a menos na receita fiscal.

É verdade que, em contrapartida, o Executivo antecipa uma subida de 180 milhões de euros na coleta dos impostos indiretos, só por via das suas medidas. Esta coleta a mais anula parte do efeito do alívio do IRS, mas o Governo diz que não será todo. Os 310 milhões de euros que persistem de alívio fiscal representam 0,16% do PIB esperado pelo Governo.

Mas as medidas de política do Governo não têm apenas um impacto direito na receita (ou na despesa, se estivéssemos a falar, por exemplo, no aumento extraordinário das pensões). Têm também efeitos de segunda ordem na economia: fazem com que o PIB avance mais depressa, ou mais devagar.

Será este efeito que justifica que, mesmo baixando através de políticas discricionárias a receita fiscal prevista, a carga fiscal possa não cair. O Governo deverá estar a incorporar no próprio andamento do PIB — e portanto, na coleta projetada — o impacto das suas políticas.

Aliás, verifica-se que sem as medidas de ação do Governo a receita obtida através dos impostos sobre o rendimento e património (onde se insere o IRS) pesariam 10% do PIB. Mas com o impacto da ação do Governo a meta é mais baixa: 9,8% do PIB. Em contrapartida, o peso dos impostos sobre a produção e a importação (onde estão os impostos indiretos que o Governo decidiu atualizar, subir ou criar, mas também o IVA) sobe de 15% para 15,1%.

O ECO contactou o Ministério das Finanças no sentido de confirmar se é este o efeito que justifica que a carga fiscal mantenha o seu peso inalterado. Fonte oficial sublinhou que “o Governo projeta uma recuperação dos rendimentos, tanto do setor privado como do setor público, através do desagravamento fiscal” e garantiu que se vai operar “um claro alívio fiscal para todos os trabalhadores, repercutindo-se assim favoravelmente nos orçamentos familiares.”

Operar-se-á um claro alívio fiscal para todos os trabalhadores, repercutindo-se assim favoravelmente nos orçamentos familiares.

Ministério das Finanças

Fonte oficial

Sendo as projeções do Governo feitas numa base conservadora e prudente, e tendo presente que o aumento da receita do IVA em 2017 foi causado pelo aumento da atividade económica, em particular graças ao aumento do investimento e das exportações de bens e serviços – ou seja que nem sempre afetam as famílias portuguesas -, estima-se que, em 2018, o IVA mantenha um comportamento semelhante, o que fará com que a carga fiscal geral se deva manter inalterada,” adiantou ainda.

E o que fazem as medidas do Governo ao andamento da despesa?

Por causa da ação do Governo, a despesa vai pesar mais no PIB: em vez de 44,1%, o Executivo assume uma meta de 44,5%. A justificar esta subida do peso estão os gastos com prestações sociais (que passam de 18,5% do PIB para 18,6%), o investimento (formação bruta de capital fixo) e as transferências de capital.

A subida do peso das prestações sociais poderá estar relacionada com o aumento extraordinário de pensões, com a decisão de descongelar o indexante dos apoios sociais (que faz subir o subsídio de desemprego máximo e mínimo), com a reposição de mais 25% do corte do Rendimento Social de Inserção, as alterações nas reformas antecipadas, ou o aumento do abono de família para crianças entre os 12 e os 36 meses.

Já no investimento o Governo compromete-se a subir o seu peso para 2,3% do PIB, em vez dos 1,8% que pesaria num cenário de políticas invariantes.

Mas também há despesas que o Executivo se compromete a baixar: por exemplo, o peso o consumo intermédio deverá cair 0,2 pontos percentuais face ao que aconteceria caso o ministro das Finanças não tomasse medidas; e o peso dos juros, para o qual o Governo se compromete com um peso de 3,6% do PIB (menos uma décima).

(Notícia atualizada às 18h43 com a resposta do Ministério das Finanças)

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Taxa de emprego na OCDE sobe para 67,6%. Portugal tem das subidas mais elevadas

  • Lusa
  • 17 Outubro 2017

Portugal teve a terceira subida mais alta no segundo trimestre entre os países-membros da OCDE, depois da Grécia e Espanha. A taxa de emprego foi de 67,3% em Portugal.

A taxa de emprego na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) aumentou 0,2 pontos percentuais no segundo trimestre, face ao anterior, para 67,6%, com Portugal a apresentar uma das subidas mais elevadas (seis décimas).

De acordo com os dados hoje divulgados pela OCDE, a taxa de emprego em Portugal no segundo trimestre foi de 67,3%, acima do valor observado um ano antes (64,9%) e no trimestre anterior (66,7%).

Portugal apresentou assim a terceira subida mais alta no segundo trimestre entre os países-membros da OCDE, depois da Grécia (oito décimas, para 53,6%) e Espanha (seis décimas, para 61%).

Em termos homólogos, no conjunto dos países, a taxa de emprego (percentagem de pessoas com emprego entre a população com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos) tinha sido 66,4% no segundo trimestre do ano passado.

Na Zona Euro, a taxa de emprego subiu dos 65,9% observados no primeiro trimestre para os 66,2% (dos 65,3% registados um ano antes).

Este valor está 3,2 pontos percentuais acima do mínimo registado em 2009, mas ainda um ponto abaixo do nível alcançado em 2008, antes de se fazerem sentir os efeitos da crise económica, sinaliza a OCDE em comunicado.

Foram também registadas subidas de duas décimas no Japão (para 75,2%) e nos EUA (para 70%).

Do lado das descidas, a OCDE destaca o México (três décimas para 61,1%) e a Nova Zelândia (de duas décimas para 76,2%).

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Tribunal de Contas acusa Saúde de “falsear indicadores de desempenho”

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 17 Outubro 2017

Auditoria do Tribunal de Contas incide sobre o triénio 2014-2016. Aumentou o número de utentes em lista de espera cirúrgica e os tempos de resposta.

O Tribunal de Contas fez uma auditoria ao acesso aos cuidados de saúde no SNS no período 2014-2016 e concluiu que a “qualidade da informação disponibilizada publicamente” pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) sobre listas de espera “não é fiável”. E diz que há indicadores de desempenho falseados.

Os resultados da auditoria, conhecidos esta terça-feira, revelam que a “qualidade da informação disponibilizada publicamente” pela ACSS sobre listas de espera “não é fiável, devido a falhas recorrentes na integração da informação das unidades hospitalares nos sistemas centralizados de gestão do acesso a consultas hospitalares e cirurgias, bem como devido às iniciativas centralizadas”.

O Tribunal acrescenta que as iniciativas centralizadas desenvolvidas em 2016 pela ACSS, relativas a “validação e limpeza das listas de espera para primeiras consultas de especialidade hospitalar do universo das unidades hospitalares do SNS, incluíram a eliminação administrativa de pedidos com elevada antiguidade, falseando os indicadores de desempenho reportados”.

Tempos de espera aumentam

O Tribunal de Contas aponta para uma “degradação do acesso dos utentes a consultas de especialidade hospitalar e à cirurgia programada”. Quais as conclusões?

  • Aumento do tempo médio de espera para a realização de uma primeira consulta de especialidade hospitalar, de 115 para 121 dias, e do incumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos, de 25% em 2014 para 29% em 2016;
  • Aumento do número de utentes em lista de espera cirúrgica, em 27 mil utentes (mais 15%); do tempo médio de espera até à cirurgia, em 11 dias (mais 13%), e do incumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos, de 7,4% em 2014 para 10,9% em 2016.

É preciso emitir vales cirurgia automaticamente

O Tribunal presidido por Vítor Caldeira conclui que a “não emissão atempada e regular de vales cirurgia e notas de transferência aos utentes em lista de espera” veio aumentar os tempos de espera. E recomenda ao Ministério da Saúde “a criação de mecanismos de emissão automática de vales cirurgia nos prazos regulamentares” quando não é possível cumprir os tempos máximos de resposta garantida nos hospitais, “de forma a que o processo de internalização da produção cirúrgica no SNS não ponha em causa o direito dos utentes à prestação de cuidados de saúde em tempo considerado clinicamente aceitável”.

Além disso, entende que a qualidade dos indicadores de acesso relativos à primeira consulta hospitalar e cirurgia programada devem ser sujeitos a “verificações regulares”, por uma entidade externa à ACSS.

Ao Conselho Diretivo da ACSS, o Tribunal recomenda que “não adote procedimentos administrativos que resultem na diminuição artificial das listas e dos tempos de espera” e que “produza relatórios que explicitem os critérios adotados, métodos e resultados obtidos, sempre que sejam modificadas as bases de dados dos sistemas de informação – quer da consulta a tempo e horas (CTH), quer da gestão integrada de inscritos para cirurgia (SIGIC) – a nível central, para correção de erros”.

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Mexia não é o único. Metade do PSI-20 também tem gestão em fim de mandato

Mexia não é o único gestor em Lisboa que está em fim de mandato. Metade das cotadas da bolsa de Lisboa também terá de eleger novos membros no próximo ano. Chineses vão ter palavra decisiva.

São oito os CEO cujos mandatos terminam no final do ano (por ordem, da esquerda para a direita): Luís Paulo Salvado (Novabase), Moura Martins (Mota-Engil), Cláudia Azevedo (Sonae Capital), Manso Neto (EDP Renováveis), António Mexia (EDP), Nuno Amado (BCP), Palha da Silva (Pharol) e Rodrigo Costa (REN).

António Mexia não é o único gestor cujo mandato caminha para o fim em 2017. Quase metade das cotadas que compõem o PSI-20 também vai ter de eleger novos presidentes e equipas de gestão assim que os mandatos atuais terminarem no final deste ano, segundo o levantamento realizado pelo ECO. Em muitas destas decisões os chineses vão ter uma palavra importante a dizer. Tal como acontece na EDP.

Além da EDP, onde António Mexia verá o seu lugar de CEO ser discutido em Pequim no próximo dia 22 de outubro, também EDP Renováveis, BCP, REN, Novabase, Sonae Capital, Pharol e Mota-Engil vão ter de levar às próximas assembleias gerais de acionistas os nomes dos membros que vão compor os diferentes órgãos de governo das sociedades para os próximos anos.

Estas oito cotadas são de peso. Em conjunto, apresentam-se com um valor de mercado superior a 24 mil milhões de euros, respondendo por aproximadamente de 40% da capitalização bolsista de 60 mil milhões de um o índice de referência nacional composto, atualmente, apenas por 18 empresas.

Se há incerteza em relação à permanência de alguns dos gestores, há outros casos em que a aposta dos acionistas deverá passar pela continuidade face ao trabalhado apresentado até aqui. Esse deverá ser a situação de Nuno Amado. Foi ele que nos últimos anos empreendeu uma reviravolta no BCP, sobretudo com a libertação da intervenção do Estado depois anos de turbulência na instituição que culminou com o último aumento de capital de 1.300 milhões de euros, realizado em fevereiro.

Foi esta ampliação de capital que trouxe os chineses da Fosun para o primeiro plano no seio do banco — atualmente, o grupo chinês detém 25% do banco, à frente dos angolanos da Sonangol (com 15%). Juntos, estes dois acionistas terão voto de relevância na próxima equipa de gestão.

Quem termina mandato este ano

Chineses decidem

De resto, também o futuro das gestões de EDP e EDP Renováveis vai ser discutido sobretudo em mandarim. O caso de António Mexia na EDP é o mais mediático. A China Three Gorges detém 22,5%, procura alternativas a António Mexia e até já marcou um encontro para o dia 22 deste mês para decidir o futuro CEO, como adiantou em primeira mão o ECO.

Ainda que Mexia, que lidera a elétrica nacional desde 2007, tenha manifestado disponibilidade para continuar, os chineses estarão à procura de caras novas. A investigação judicial à empresa no caso dos CMEC terá pesado nesta decisão de mudança na administração da empresa. Francisco de Lacerda, cujo mandato nos CTT apenas termina em 2019, é um dos nomes falados para suceder ao antigo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações na EDP. A acontecer, isto obrigaria a mudanças também na liderança da empresa de correio postal. Mais uma. Lacerda Machado também foi apontado, mas disse ao ECO que “não tem perfil para ser CEO da EDP“.

Por outro lado, a permanência de Manso Neto à frente da EDP Renováveis também poderá ser uma incógnita. Ele é o braço-direito de Mexia e o mandato também termina dentro de três meses. E mais de dois terços da empresa de energias limpas é detida pela casa-mãe… onde os chineses mandam. Importa também lembrar que Manso Neto é outro dos arguidos no caso dos CMEC, uma das razões para os chineses pretenderem mudanças na EDP.

Na REN, também há chineses a assumirem papel relevante: a companhia estatal chinesa State Grid assume 25% da gestora de rede elétrica. O mandato de Rodrigo Costa expira igualmente no último mês do ano e acontece numa altura particularmente importante para a empresa: está em vias de diversificar o seu portefólio em Portugal com a aquisição de ativos de gás à EDP, numa operação avaliada em 530 milhões de euros.

Nova dança para o ano

Este ano pode haver mudanças em oito cotadas, numa lista que inclui ainda os nomes de Luís Paulo Salvado (Novabase), Cláudia de Azevedo (Sonae Capital), Luís Palha da Silva (Pharol) e Gonçalo Moura Martins (Mota-Engil). Estas empresas também vão ter eleger brevemente as novas administrações para o próximo ciclo. No caso de Luís Paulo Salvado, a tecnológica indicou esta segunda-feira que os acionistas propuseram o nome de João Bento para liderar a comissão executiva no triénio 2018-2020, enquanto Salvado assumirá apenas o cargo de chairman.

Em 2018, perspetiva-se uma nova dança de cadeiras. Estão na calha mudanças em mais seis empresas da bolsa de Lisboa, valendo 31 mil milhões de euros em valor de mercado (metade do PSI-20), com destaques para petrolífera Galp Energia, as retalhistas Jerónimo Martins e Sonae e a operadora de telecomunicações Nos.

Carlos Gomes da Silva lidera os destinos da Galp desde 2015 e o seu mandato de quatro anos à frente da petrolífera termina no final de 2018. Também Pedro Soares dos Santos (Jerónimo Martins), Paulo Azevedo/Ângelo Paupério (co-CEO na Sonae) e Miguel Almeida (Nos) se encontrarão em fim de ciclo nas respetivas empresas no próximo ano.

Quem termina mandato em 2018

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⏰ A proposta do Orçamento do Estado para 2018 em 2 minutos

O Governo já entregou a proposta do OE2018. São 276 páginas que descrevem o plano orçamental de Mário Centeno para o próximo ano. O ECO destaca os números essenciais em oito slides.

Na passada sexta-feira, o ministro das Finanças entregou a proposta de Orçamento do Estado para 2018. Aqui pode ler um resumo alargado, mas o ECO destacou as principais novidades do documento. Do cenário macroeconómico à conjuntura externa, passando pelas medidas de alívio fiscal mas também de algum agravamento: veja e leia em oito slides o essencial do OE2018.

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Acha que sabe tudo sobre o crédito à habitação?

  • ECO + BANCO CTT
  • 17 Outubro 2017

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Newcastle à venda. Mike Ashley abandona o clube pelo Natal

  • ECO
  • 17 Outubro 2017

Pela terceira vez nos últimos anos, Mike Ashley coloca o Newcastle à venda. O dono do clube da Premiere League aceita pagamentos faseados e pretende que a operação esteja concluída até ao Natal.

O dono do Newcastle United está a vender o seu clube de futebol. Mike Ashley, segundo o The Guardian, terá avaliado o clube em cerca de 380 milhões de libras, e aceita pagamentos em prestações. Em vez de criar parcerias com novos investidores, o dono do clube de St. James procura uma saída definitiva até ao próximo mês de dezembro.

“As nossas intenções passam por ver se o clube pode ser comprado por um novo proprietário, potencialmente até ao Natal”, avança Andrew Henderson, advogado de Mike Ashley. A urgência deve-se às possíveis dificuldades de logística da venda no final de dezembro.

O The Guardian refere que ao longo deste ano o Newcastle já assinou quatro acordos para uma potencial venda, mas que ainda não foi recebida nenhuma proposta de compra concreta. Esta não é a primeira vez que Ahsley tenta vender o clube, pelo que tentou fazê-lo, embora sem sucesso, em 2008 e 2009.

Entre os possíveis interessados encontram-se alguns chineses. É de salientar que esta semana, o presidente chinês Xi Jinping anunciou o levantamento de restrições na saída de capitais para o estrangeiro, facilitando o regresso dos investidores chineses aos clubes de futebol.

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Carlos Costa: Travão a dinheiros públicos na banca “pode exacerbar riscos sistémicos”

O governador do Banco de Portugal reconhece que o setor financeiro está mais forte. Mas alerta que "não está imune a riscos". E diz que a regulação pode acabar por "exacerbar riscos sistémicos".

A crise castigou fortemente o setor financeiro, levando ao resgate de vários bancos. Carlos Costa defende que haja flexibilidade na utilização de dinheiros públicos para resolver situações de emergência. E que ao limitar-se a utilização de dinheiro dos contribuintes para salvar bancos, os reguladores poderão “exacerbar riscos no caso de uma crise sistémica”.

“Ao limitarem as opções de política em termos da utilização de dinheiros públicos, os reguladores podem acabar por exacerbar riscos no caso de uma crise sistémica”, afirma o governador do Banco de Portugal numa conferência sobre estabilidade financeira, que decorre no banco central. “Pôr em risco a estabilidade financeira vai resultar em perdas e terá consequências penalizadoras para a economia”, acrescenta Carlos Costa.

No rescaldo da crise, e para proteger os contribuintes de suportarem as perdas no setor privado, “houve um forte ímpeto contra envolver dinheiro público na criação de uma rede de segurança para o sistema financeiro. Os princípios de bail-in na resolução dos bancos prevaleceram, assim como uma aversão a provisões para bail-out. Embora isto deva ser a norma, a flexibilidade deve ser preservada para resolver situações de emergência”, refere o líder do banco central.

Apesar de o governador reconhecer que é “indiscutível” que o sistema financeiro na maioria dos países desenvolvidos está mais forte do que no início da crise financeira, em 2007, Carlos Costa alerta que o setor “não está imune a riscos e que os instrumentos de política existentes são incapazes de resolver totalmente o persistente legado da crise”.

Carlos Costa volta a alertar para a necessidade de se concluir a União Bancária. “O facto de a União Bancária estar incompleta na Europa e a implementação do regime de resolução é uma combinação perigosa”, remata o governador do Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 10h27 com mais detalhes)

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Taxa de inflação anual estável nos 1,5% em setembro na Zona Euro

  • Lusa
  • 17 Outubro 2017

De acordo com o Eurostat, na zona euro, a taxa de inflação anual de setembro estabilizou nos 1,5%, face a agosto, mas subiu na comparação com os 0,4% homólogos.

A taxa de inflação anual estabilizou nos 1,5%, em setembro, na zona euro e subiu para os 1,8% na União Europeia (UE), face a agosto, divulga hoje o Eurostat.

De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, na zona euro, a taxa de inflação anual de setembro estabilizou nos 1,5%, face a agosto, mas subiu na comparação com os 0,4% homólogos.

No conjunto dos 28 Estados-membros, a subida de preços acelerou, face a agosto, 0,1 pontos para os 1,8%, taxa que se compara com os 0,4% de setembro de 2016.

As taxas de inflação anuais mais baixas foram registadas em Chipre (0,1%), na Irlanda (0,2%) e na Finlândia (0,8%) e as mais altas na Lituânia (4,6%), na Estónia (3,9%) e na Letónia (3,0%).

Face a agosto, a inflação cresceu em 11 Estados-membros, manteve-se estável em sete e baixou noutros nove.

Em Portugal, a inflação anual foi de 1,6% em setembro, taxa que se compara com os 1,3% de agosto e os 0,7% de setembro de 2016.

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Revista de imprensa internacional

Novos voos para a HNA, Airbus e Bombardier. A Netflix dispara enquanto se prevê que o petróleo entre em queda livre. O Exane BNP quer cobrar 100 mil euros pelos research.

O petróleo vai atingir um pico nos próximos 13 anos — para depois cair abruptamente, à boleia dos carros elétricos, dizem os analistas. A propósito das análises de mercado, o acesso a dados para investimento terão de ser cobrados, e o Exane BNP Paribas propõe um valor mínimo de 100 mil euros pelos research. A HNA, grupo chinês acionista da TAP, vai investir cerca de oito milhões no turismo enquanto a Airbus e a Bombardier se associam em busca de melhores resultados. Quem já supera as expectativas é a Netflix: a adesão dos subscritores excedeu o esperado em cerca de um milhão.

Bloomberg

BNP: Por 100 mil euros, acesso a todos os research

O Exane BNP Paribas vai cobrar um mínimo de 100.000 euros a cada cliente pelos serviços research. O valor avançado pelo banco de investimento francês irá depender de cliente para cliente, sendo que na base da diferenciação dos valores a cobrar estará o facto de já serem ou não clientes antigos da instituição. Esta decisão de cobrar pelas notas de investimento vem na sequência das políticas europeias que visam impedir um aconselhamento gratuito aos clientes, de modo a prevenir conflitos de interesse.

Financial Times

Netflix surpreende ao atrair mais subscritores

A Netflix conseguiu atrair mais novos subscritores do que o esperado, de acordo com os resultados para o terceiro trimestre — exatamente mais um milhão acima da previsão. O número subiu 5,3 milhões para 109,3 milhões de subscritores, o que representa um aumento de 29% desde o início do ano. E este crescimento deve manter-se no quarto trimestre. A Netflix estima 6,3 milhões nesse período, mesmo depois de o preço ter aumentado em vários mercados.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

The Guardian

Procura por petróleo vai atingir pico até 2030. A culpa é dos carros elétricos

A procura pelo “ouro negro” vai alcançar um máximo nos próximos 13 anos. E a culpa é dos veículos elétricos. A Wood Mackenzie estima que o crescimento das vendas destes carros vai reduzir significativamente a procura por combustíveis, em particular a partir de 2025, à medida que os automóveis que não usam os motores de combustão tradicionais se tornam mais comuns. Reino Unido e França já disseram que vão começar a diminuir a venda de novos carros a gasolina e a diesel até 2040.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Reuters

HNA investe quase 8 mil milhões em turismo

O grupo chinês HNA, que detém indiretamente um quinto do capital da TAP, vai investir 7,6 mil milhões de dólares em tecnologia virada para o turismo. A empresa, que tem investimentos na aviação, hotelaria, retalho e até no sistema financeiro, não revelou mais detalhes sobre o plano de investimentos, mas o objetivo passará pela digitalização do negócio turístico.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Financial Times

Bombardier e Airbus descolam juntas na aviação comercial

A Bombardier vendeu à Airbus uma participação de 50,1% na linha C-Series, uma linha específica de aviões comerciais. Esta parceria permite à companhia francesa aumentar a competitividade com a rival Boeing em termos de vendas mundiais. Ambas esperam que esta iniciativa permita manter postos de trabalho no Canadá, Reino Unido e China ao mesmo tempo que cria novos empregos nos EUA.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

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Procura por petróleo vai atingir pico até 2030. E a culpa é dos carros elétricos

  • ECO
  • 17 Outubro 2017

O crescimento das vendas dos carros elétricos vai reduzir significativamente a procura por combustíveis, em particular a partir de 2025. A conclusão é de um estudo da consultora Wood Mackenzie.

A procura pelo “ouro negro” vai alcançar um máximo nos próximos 13 anos. E a culpa é dos veículos elétricos. À medida que a utilização destes carros se torna mais comum, a procura pela matéria-prima vai começar a diminuir, de acordo com um estudo da consultora Wood Mackenzie. Alguns países já alertaram que vão começar a reduzir a venda de automóveis que utilizam motores de combustão tradicionais, como é o caso de França e Reino Unido.

“Estamos a tornar-nos cada vez mais eficientes ao utilizarmos a nossa energia. Por isso, à medida que as economias crescem, tornam-se menos dependentes do petróleo, o que deve diminuir a importância da matéria-prima na economia global ao longo do tempo”, afirma o analista sénior da Wood Mackenzie Alan Gelder, de acordo com um estudo da consultora (conteúdo em inglês). A Wood Mackenzie refere que o crescimento das vendas dos carros elétricos vai reduzir significativamente a procura por combustíveis, em particular a partir de 2025.

"Estamos a tornar-nos cada vez mais eficientes ao utilizarmos a nossa energia. Por isso, à medida que as economias crescem, tornam-se menos dependentes do petróleo, o que deve diminuir a importância da matéria-prima na economia global ao longo do tempo.”

Alan Gelder

Analista sénior da Wood Mackenzie

Reino Unido e França já disseram que vão começar a diminuir a venda de novos carros a gasolina e a diesel até 2040. A China, o maior mercado automóvel do mundo, está a ponderar seguir o mesmo caminho, o que teria um impacto significativo na procura por petróleo. Dos 96 milhões de barris de petróleo consumidos todos os dias a nível global, 60 milhões são utilizados para transportes. A consultora estima que este número vai estagnar até 2030.

“Vamos assistir a um crescimento das vendas de carros elétricos a partir de 2025. Quanto mais olhamos para o futuro, vemos mais carros elétricos”, refere Gelder. O analista sénior prevê que os modelos elétricos vão corresponder a 10% das vendas globais de carros novos até 2030. “Se as cidades começarem a proibir carros com motores de combustão, isso vai acelerar rapidamente a mudança para os elétricos”, remata.

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