CGD: PSD e CDS querem conhecer negociações

A direita une-se esta sexta-feira numa conferência de imprensa para explicar sobre o que vai incidir a nova comissão parlamentar de inquérito sobre a nomeação e demissão da ex-administração da CGD.

Uma semana depois de terem anunciado que iam requerer uma nova comissão, PSD e CDS explicaram esta sexta-feira em que vai consistir o novo inquérito. O âmbito incidirá sobre o período entre as negociações para a nomeação da ex-administração da Caixa Geral de Depósitos até à demissão de António Domingues. Falta saber, no entanto, que documentos é que a direita vai pedir assim que audições irá solicitar. Luís Montenegro diz que o requerimento já foi formalizado junto do Presidente da Assembleia da República.

Eis o objeto da nova comissão:

a) Apreciar as negociações, direta ou indiretamente conduzidas pelo Governo, as condições e os termos de contratação da administração do Dr. António Domingues para a CGD;

b) Apreciar a intervenção e responsabilidade do XXI Governo pela gestão da administração liderada pelo Dr. António Domingues;

c) Apreciar os factos que conduziram à demissão do Dr. António Domingues e à saída efetiva da administração por si liderada.

No preâmbulo deste requerimento para se constituir a “comissão eventual de inquérito parlamento à atuação do XXI Governo Constitucional no que se relaciona com a nomeação e a demissão da Administração do Dr. António Domingues“, PSD e CDS atacam a esquerda que se uniu para impedir que a comissão em vigor tivesse estas questões no seu âmbito. Esta comissão assume também um “caráter potestativo”.

Sobre a comissão já existente que incide sobre a gestão da CGD, a direita escreve que “a esmagadora maioria da informação que se considerava essencial acabaria por não chegar aos deputados, alegando as instituições remetentes o dever de segredo bancários e/ou profissional”. O líder parlamentar do PSD avisa que esta é “uma boa oportunidade para salvarmos as comissões parlamentares de inquérito”, referindo que este tipo de documentos têm de ser conhecidos.

Luís Montenegro continuou as suas duras críticas a Ferro Rodrigues, reforçando que existe “prepotência” na atitude do Presidente da Assembleia da República, algo que o deputado social-democrata “há 15 anos” nunca tinha visto, disse. “Todos falam dos SMS. Menos os deputados que são inibidos” por outros deputados, afirmou Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS, reforçando que esta “não é uma comissão sobre a Caixa Geral de Depósitos”. “Não vamos ultrapassar os limites da lei nem da Constituição”, garante Montenegro.

“No entanto, mesmo tendo um membro do Governo [ministro das Finanças] admitido a existência desses factos [o acordo com Domingues], a maioria de esquerda impediu a referida comissão de os fiscalizar”, acusa a direita no documento que distribuiu aos jornalistas. “É verdade ou não que o ministro negociou a dispensa da apresentação da declaração de rendimentos?”, questionam, reforçando novamente “tudo foi feito para impedir a descoberta da verdade”.

PSD e CDS não dizem quais vão ser as “diligências necessárias para se encontrar a verdade”, mas não excluem a hipótese de chamar António Costa. “Era bom que não fosse preciso interpelar o primeiro-ministro para responder às questões da comissão, mas se houver falta de esclarecimento, isso pode acontecer”, admite Luís Montenegro. Quanto à admissão e constituição da próxima comissão de inquérito, o líder parlamentar nem admite “a hipótese” de haver problema, referindo que não há “nenhum tipo de cobertura legal ou constitucional” para Ferro Rodrigues impedir a CPI.

O CDS admite que a questão do acesso aos SMS pode ser remetida para a auditora jurídica da Assembleia da República algo que, diz Nuno Magalhães, a esquerda nem sequer deixou. “Não se trata de matéria privada”, refere, dizendo que na sua opinião “é constitucional”. No entanto, reconhece que possam haver dúvidas. Nuno Magalhães brincou até: “Onde há 3 juristas há pelo menos 4 opiniões”. Confrontado sobre se entregaria as SMS sobre o período em que esteve como secretário de Estado, Magalhães respondeu que “qualquer SMS que possa ter trocado sobre contratação pública e funções públicas, não tinha nenhum problema em revelar”.

Existem, neste momento, dúvidas sobre se os SMS trocados entre Mário Centeno e António Domingues possam ser admitidos na nova comissão de inquérito. A esquerda já alertou para eventuais problemas de constitucionalidade e legalidade e mesmo os especialistas na área têm dúvidas sobre essa possibilidade. O líder parlamentar do PSD já admitiu que poderá chamar o primeiro-ministro, mas exclui a hipótese de Marcelo Rebelo de Sousa ser chamado.

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PS: “Portugal vai este ano, 2017, sair do Procedimento por Défice Excessivo”

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 24 Fevereiro 2017

É a mensagem que o PS reteve da visita de Valdis Dombrovskis: "Estamos no bom caminho e Portugal vai este ano, 2017, sair do Procedimento por Défice Excessivo", afrmou Eurico Brilhante Dias.

O vice-presidente da Comissão Europeia já foi recebido pelos deputados e, para o PS, há duas mensagens a retirar: o Governo português ultrapassou os objetivos do défice e Portugal poderá sair do Procedimento por Défices Excessivos.

“Hoje é um dia importante para Portugal”, disse Eurico Brilhante Dias, apontando depois para as ideias deixadas por Valdis Dombrovskis: o “primeiro, que o Governo português não só cumpriu os objetivos de défice orçamental, como chegou a ultrapassar os objetivos definidos com a Comissão Europeia; e segundo, naturalmente se tudo se confirmar pela entidade estatística europeia, pelo Eurostat, Portugal este ano, 2017, sairá do Procedimento por Défice Excessivo”. Mais tarde, esta possibilidade foi igualmente frisada pelo Primeiro-Ministro, António Costa.

De acordo com Eurico Brilhante Dias, que falava aos jornalistas no Parlamento, em declarações emitidas pela SIC Notícias, este é um momento “muito importante” para os portugueses “porque vai permitir que em futuros orçamentos, Portugal venha a ter mais flexibilidade no quadro do Pacto de Estabilidade e Crescimento”.

Fica ainda patente a convicção por parte da Comissão Europeia de que Portugal vai cumprir os objetivos do défice também “em 2017 e 2018, ficando claramente abaixo dos 3%”, continuou Eurico Brilhante Dias, e “que a tendência do rácio de dívida pública no PIB vai decrescer” de “forma consistente”.

“Estamos no bom caminho e Portugal vai este ano, 2017, sair do Procedimento por Défice Excessivo”, rematou o deputado, acrescentando que isso significa que o país pode usar “essa margem” para manter as políticas de reforço de rendimentos “mas também para continuar na Administração Pública a fazer as reformas que se impõem” para atingir “uma dívida pública e uma despesa pública sustentável”.

Questionado sobre o pedido de mais reformas por parte da Comissão Europeia, Eurico Brilhante Dias indicou ainda que o Plano Nacional de Reformas apresentado em 2016 foi acolhido “muito favoravelmente”, e portanto, a expectativa do PS “é que também acolha favoravelmente em 2017”.

(notícia atualizada)

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Caixa: “A verdade não é um problema de bisbilhotice”

PSD e CDS vão clarificar o objetivo da nova comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) numa conferência de imprensa conjunta no Parlamento. O ECO acompanha-a em direto.

Como já tinham anunciado, os partidos da ala direita, PSD e CDS, vão avançar para a abertura de uma nova comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD), na sequência da polémica dos SMS que terão sido trocados entre o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o anterior gestor, António Domingues. O ECO acompanha a conferência de imprensa em direto.

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PSD propõe reversão da operação da Carris e STCP

Tal como o ECO avançou, o PSD vai propor na apreciação parlamentar que a municipalização da Carris seja revogada. O mesmo aplica-se ao diploma sobre a gestão da STCP.

O PSD vai avançar com os pedidos de cessação de vigência dos decretos-lei relativos à municipalização da Carris e à gestão da STCP pela Área Metropolitana do Porto. Isto significa que, se aprovados, os diplomas são, na prática, revogados. Contudo, o partido que pediu a apreciação parlamentar, o PCP, já anunciou que irá apresentar propostas de alteração, não apoiando a cessação de vigência.

Ao ECO, o deputado social-democrata Luís Leite Ramos justifica a posição do PSD argumentando que do ponto de vista financeiro a solução através de uma concessão a privados é a melhor. “Este modelo [do Governo] é um modelo que não isenta os contribuintes seja a nível local seja a nível nacional“, garante, afirmando que os portugueses vão continuar a compensar as dívidas e o défice de exploração dos serviços públicos de transporte. “Do ponto de vista da eficiência do serviço, temos visto uma perda de qualidade e há problemas de gestão cada vez maiores”, acrescentou.

No caso de Lisboa está por provar que este modelo completamente gerido pela Câmara de Lisboa numa lógica metropolitana seja a melhor solução“, referiu Luís Leite Ramos. O PSD avança assim a revogação dos diplomas, excluindo fazer propostas de alteração, o que vai acontecer pela mão da bancada comunista. “O PCP começou por dizer que era contra a municipalização, mas depois recuou em toda a linha”, atacou o deputado do PSD, referindo que “não quer imaginar que se trate de mais [contrapartidas] a nível sindical”.

“A confirmar-se, a única coisa que o PCP conseguiu foi uma cláusula para impedir a privatização futura, mas uma cláusula destas num decreto-lei não tem valor absolutamente nenhum, uma vez que um Governo qualquer pode alterar isso“, afirma Luís Leite Ramos. A apreciação parlamentar vai estar em discussão esta sexta-feira de manhã no plenário, sendo que as votações dos pedidos de cessação de vigência ou das propostas de alteração acontecem às 12h.

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Dombrovskis: “Portugal superou metas definidas no ano passado”

O vice-presidente da União Europeia chegou ontem a Portugal e está esta sexta-feira no Parlamento para responder aos deputados. Na comissão dos Assuntos Europeus deixou elogios.

Valdis Dombrovskis felicitou Portugal por ter superado as metas definidas pela Comissão Europeia em 2016: “Portugal superou metas definidas no ano passado”, afirmou. Mas deixou avisos para os próximos anos: o défice tem de continuar a diminuir, assim como a dívida pública, sendo necessário mais reformas estruturais. Ainda assim, o défice de 2,1% a confirmar-se pelo INE e pelo Eurostat é o principal trunfo para que o país consiga sair do Procedimento por Défices Excessivos (PDE) em 2017.

Depois de lançar o Country Report (relatório por país) esta quarta-feira, o vice-presidente da Comissão Europeia veio a Portugal pela sétima vez no âmbito do Semestre Europeu, um mecanismo de acompanhamento orçamental e económico. Dombrovskis diz estar a aguardar os dados do Eurostat, que devem ser revelados em abril, e pelas previsões da primavera da Comissão, que já devem indicar se Portugal sairá do PDE e se escapará à ação corretiva para os países que continuam a ter desequilíbrios macroeconómicos excessivos. Ou seja, países onde as recomendações não estão a ser implementadas pelos Governos nacionais.

Em causa estão também os juros da dívida portuguesa que já ultrapassaram os 4% este ano. Valdis Dombrivskis alertou que a política monetária de quantatitive easing “não vai durar para sempre”, principalmente por causa da pressão da inflação que chegou aos 1,8% em janeiro na Zona Euro e também pela influência de outros bancos centrais como a Reserva Federal que está a aumentar a taxa de juro nos Estados Unidos.

No final do encontro, Dombrovskis não respondeu a perguntas dos jornalistas, o que fará só ao início da tarde na conferência de imprensa com o ministro das Finanças ao lado. Na sua declaração, o vice-presidente da Comissão explicou o âmbito da visita no contexto do Semestre Europeu, vincando a necessidade destes encontros não só com o Executivo mas também com parceiros sociais e deputados. “Existem sinais encorajadores na recuperação económica portuguesa“, afirmou, referindo a meta de 1,6% para o crescimento económico de 2017.

A diminuição gradual do défice também é positiva, mas só será confirmada pelo relatório da primavera que a Comissão Europeia vai apresentar tendo como base os resultados apurados pelo Eurostat. Contudo, Dombrovskis vincou que continuam a existir “desequilíbrios excessivos” em Portugal e, por isso, a CE espera que o Programa Nacional de Reformas seja “ambicioso” de forma a resolver esses problemas.

Esquerda reclama sucesso, direita quer avanços na UE

Os deputados tiveram a oportunidade de confrontar esta sexta-feira o vice-presidente da Comissão Europeia. A esquerda preferiu realçar os aspetos positivos, com o PS a pedir que Portugal saia definitivamente em 2017 do Procedimento por Défices Excessivos neste “momento de algum contentamento pelos resultados obtidos”, apelidou Eurico Brilhante Dias. O deputado socialista acentuou que este é “défice orçamental mais baixo da era democrática”, sendo por isso este o “momento de ver recompensado o esforço”.

PCP e BE congratularam-se com os bons resultados da economia portuguesa, mas atacaram a Comissão Europeia pelos pedidos de reformas estruturais com que estão contra. “Estes resultados algo inesperados para Portugal e Comissão foram resultado não das políticas económicas do anterior Governo mas sim de uma rotura com essas políticas”, afirmou Isabel Pires, deputada bloquista, criticando a “visão ideológica e não económica” da CE. O Bloco de Esquerda vincou a “necessidade de um debate aprofundado sobre o problema das dívidas“, algo partilhado pelo PCP que, pela voz da deputada comunista Paula Santos diz ser “preciso libertar recursos mas existem constrangimentos a nível europeu”.

A direita focou-se na evolução da integração europeia, nomeadamente quanto à criação do Fundo Europeu Monetário (um FMI europeu), o mercado de capitais europeu e a concretização da União Bancária através do sistema de garantia única de depósitos. Duarte Marques, deputado do PSD, aproveitou a ocasião para criticar a Comissão por ter aberto o processo de sanções no verão passado, argumentando que “em 2015 o agravamento do saldo estrutural só se deveu a variações estatísticas alheias a Portugal”. Já o CDS, pela voz de Pedro Mota Soares, afirmou que “continua a faltar uma peça fundamental que é completar a arquitetura da UE”, reforçando que “as recomendações [da CE] são sempre muito importantes”.

(Atualizado às 11h21 com declarações dos partidos)

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Haitong Bank avança com plano de reestruturação

Plano de reestruturação começa a ser implementado a partir de março e surge depois de mudanças na liderança do banco de investimento com a saída de José Maria Ricciardi.

O Haitong Bank inicia já no próximo mês um plano de reestruturação global, tendo em vista centrar o negócio do antigo BESI na banca de investimento, mercados e investimentos alternativos, com uma clara aposta nos mercados emergentes e na sua estreita relação com a China.

O Haitong Bank é um banco de investimento com sede em Lisboa, sendo detido a 100% pela Haitong Securities, na sequência da compra do antigo BESI ao Novo Banco em setembro de 2014, por 379 milhões de euros.

O banco avança para o plano depois de mudanças na liderança executiva do banco no final do ano passado. Saiu José Maria Ricciardi depois de divergências com o presidente do Conselho de Administração, Hiroki Miyazato, que passou a acumular as funções de CEO.

O plano, denominado Haitong Bank 2025, “aposta claramente nos mercados emergentes e na sua estreita relação com a China, bem como no crescente reforço da capacidade de distribuição dos seus produtos financeiros através das suas principais plataformas, sendo estas, Londres, Nova Iorque e Xangai”, explica o banco de investimento em comunicado.

Na mesma informação, o banco diz que “tem vindo a construir uma estratégia de gestão que aposta fortemente nos seus laços com a China, sendo este um dos elementos diferenciadores da sua oferta de serviços”.

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Trump: Chineses são os “grandes campeões” da manipulação da moeda

Presidente norte-americano tem acusado chineses de manterem moeda artificialmente baixa, roubando postos de trabalho aos norte-americanos.

Donald Trump tem bem claro. Os chineses são “os grandes campeões” da manipulação da moeda que, ao manterem um yuan desvalorizado face ao dólar, conseguem tornar as suas exportações mais baratas e com isso “roubar” empregos aos norte-americanos.

A posição do Presidente norte-americano surge poucas horas depois de o seu secretário de Estado do Tesouro, Steven Mnuchin, ter dito que faria uma abordagem mais metódica para analisar as práticas cambiais do Governo chinês.

Em entrevista à Reuters (acesso gratuito/conteúdo em inglês), Trump não teve meias medidas em acusar as autoridades chinesas de manterem o yuan artificialmente baixo face à divisa americana. “Bem, eles são os grandes campeões da manipulação cambial”, disse.

Durante a sua campanha, o republicano acusou com frequência a China de alterar artificialmente o valor da sua moeda, de forma a ganhar competitividade internacional. No entanto, questionado sobre se o Tesouro norte-americano estava a planear declarar a China como manipulador cambial, Mnuchin referiu apenas que iria seguir os procedimentos habituais de análise quanto às práticas do maior parceiro comercial dos EUA.

“Temos um processo no Tesouro em que analisamos a manipulação cambial entre nós. Vamos passar pelo processo. Vamos fazer aquilo que temos feito no passado”, frisou o secretário de Estado. “Não vamos fazer qualquer julgamento até que o processo esteja terminado”, referiu.

O Tesouro tem de apresentar um relatório sobre estas práticas nos dias 15 de abril e 15 de outubro de cada ano.

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Gosta de viajar? Candidate-se ao emprego dos seus sonhos

Se gosta de viajar e produzir conteúdo, há duas vagas de emprego que muito provavelmente lhe vão interessar. A rede Busabout está à procura de pessoas para correrem a Europa de uma ponta à outra.

Tem carisma, fala para uma câmara como se nada fosse, as redes sociais são a sua praia e escreve que nem Shakespeare. Ou tem uma obsessão por detalhes, criatividade aos magotes, boa capacidade para trabalhar sobre pressão e edita vídeo que nem George Lucas. Encaixa-se num dos perfis e adora viajar? Então, tem até às 23h59 de 5 de março para se candidatar ao emprego dos seus sonhos.

A rede Busabout está à procura de um embaixador de marca e de um produtor de vídeo para embarcarem numa aventura pelos mais recônditos cantos da Europa. A ideia é selecionar duas pessoas e enviá-las numa jornada por castelos na República Checa, passando pelos Alpes Suíços, festas em Ibiza e sunsets de cortar a respiração numa qualquer ilha na Grécia. São apenas exemplos, porque Porto, Lisboa e Lagos também estão no mapa.

O mapa da viagem, como consta na oferta de emprego.Busabout

Segundo a oferta de emprego, as duas pessoas escolhidas deverão ter disponibilidade para viajar continuamente entre abril e setembro deste ano… com todas as despesas pagas: voos, alimentação, alojamento por aí em diante. É esse o pagamento (a experiência deverá valer pelo resto), mas está prevista uma bonificação se tudo correr bem. A aventura deverá ficar documentada em vídeo.

Escusado será dizer que as candidaturas devem ser feitas em inglês — é um requisito mínimo obrigatório, como se entende, e os candidatos deverão ter mais de 18 anos. O candidato a embaixador tem de gravar um vídeo de até três minutos a falar de si e do seu sítio favorito e mostrar as suas capacidades de social media com recurso ao Instagram (pede-se criatividade). Ao candidato a produtor, é pedido um vídeo editado sobre o local onde vive até ao máximo de dois minutos e uma lista do software e equipamento que possa disponibilizar.

A Busabout aceita candidaturas conjuntas, desde que isso surja indicado nas mesmas. Os candidatos devem garantir que têm um passaporte válido e recomenda-se que se subscreva um seguro para viajantes. A jornada deverá durar até 180 dias e as candidaturas submetem-se aqui. Boa sorte!

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Revista de imprensa internacional

A Google está a processar a Uber por alegadamente ter roubados vários documentos sobre carros autónomos. Dos EUA chega também uma acusação de Trump para os chineses.

O Brexit foi em junho, mas o processo está longe de ser concluído. Os seus efeitos, no entanto, apesar de ainda não estar “no terreno”, já se fazem sentir: o Reino Unido cresceu menos e foi ultrapassado pela Alemanha como o país do grupo G7 que cresceu mais no ano passado. Já o Credit Suisse continua a recear a saída do mercado único europeu e está neste momento a estudar alternativas para ter mais receitas na Inglaterra.

The Wall Street Journal

Google processa Uber

A empresa-mãe da Google, a Alphabet, processou a sua rival Uber por alegadamente ter roubado segredos comerciais para começar o seu próprio programa de veículos autónomos. Em causa está Anthony Levandowski, um ex-profissional da Google que era responsável por gerir o projeto de carros autónomos que a empresa estava a criar. Levandowski é agora acusado de, sem ninguém saber, ter feito o download de 14 mil ficheiros relativos ao projetos antes de sair da Alphabet. Depois de sair da empresa-mãe da Google, Anthony Levandowski criou o projeto Otto, uma carrinha autónoma que foi depois adquirida pela Uber. Leia a notícia completa aqui. [Conteúdo em inglês / Acesso gratuito]

The New York Times

Samsung continua a luta contra a corrupção

A imagem externa da Samsung continua afetada pelo escândalo de corrupção dentro da empresa. Recentemente noticiado que um suborno de 38 milhões colocou o herdeiro da tecnológica atrás das grades. Na sequência desta situação, o conselho de administração da Samsung decidiu criar uma medida que regule as doações que podem ser dadas aos gestores da empresa. Além de este tipo de pagamentos passar a ter de ser aprovado pelo conselho de administração, consoante o valor este pode ser público. Este é mais um passo para que a empresa sul coreana passe a ser mais transporte. Leia a notícia completa aqui. [Conteúdo em inglês / Acesso gratuito]

The Guardian

Alemanha ultrapassa Reino Unido como economia do G7 em maior crescimento

Os britânicos perderam a liderança do país que mais crescia entre as sete maiores economias do mundo. A incerteza do Brexit levou a uma revisão em baixa na evolução do PIB para 1,8% — face à previsão inicial de 2% –, tendo assim sido ultrapassada pela Alemanha que cresceu 1,9% em 2016. Os alemães conseguiram um melhor registo graças à procura interna, mas essencialmente porque o Governo investiu e gastou mais durante o ano passado. Leia a notícia completa aqui. [Conteúdo em inglês / Acesso gratuito]

Bloomberg

Credit Suisse com receio do Brexit

750 milhões de dólares. É este o valor de receita que a instituição financeira suíça está em risco de perder anualmente nas subsidiárias no Reino Unido por causa do Brexit. O banco está assim a tentar encontrar novas formas de servir os clientes para gerar o mesmo montante. O CEO do Credit Suisse, David Matchers, revelou que perder o mercado único europeu significaria um corte de 10 a 15% nas receitas no Reino Unido. Neste momento, o Credit Suisse está a explorar as hipóteses para proteger o serviço que oferecem. Leia a notícia completa aqui. [Conteúdo em inglês / Acesso gratuito]

Reuters

Trump: Chineses são os “grandes campeões” da manipulação cambial

O Presidente norte-americano declarou que os chineses são “os grandes campeões” da manipulação da moeda. Em entrevista à Reuters, Donald Trump assumiu que não vai conter as suas declarações quanto às manobras da China para alterar artificialmente o valor do yuan. “Bem, penso que são os grandes campeões da manipulação cambial”, referiu o líder dos EUA. A posição de Trump contraria a visão do seu secretário de Estado do Tesouro. Stephen Mnuchin disse esta quinta-feira que não está preparado para fazer qualquer julgamento quanto às práticas chinesas no mercado cambial. Leia a notícia completa aqui. [Conteúdo em inglês / Acesso gratuito]

 

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Royal Bank of Scotland com prejuízos de oito mil milhões

Foi o nono ano consecutivo de perdas para o Royal Bank of Scotland, que anunciou um plano de contenção de custos no valor de 2,3 mil milhões de euros para voltar aos lucros.

O Royal Bank of Scotland BA97 0,00% registou prejuízos de 6,96 mil milhões de libras (cerca de 8,24 mil milhões de euros) em 2016, naquele que foi o nono consecutivo de perdas para o banco intervencionado.

Face aos prejuízos, o banco já anunciou um plano de reestruturação para cortar os custos em dois mil milhões de libras (2,3 mil milhões de euros) a implementar nos próximos quatro anos, no sentido de tornar a instituição novamente rentável.

Excluindo multas e custos de reestruturação, o Royal Bank of Scotland obteve um lucro operacional de 3,67 mil milhões de libras (4,34 mil milhões de euros), acima dos 3,1 mil milhões de libras esperados pelos analistas sondados pela Bloomberg.

“Os prejuízos que reportámos hoje foram desapontantes”, referiu Ross McEwan, CEO do Royal Bank of Scotland. “Estes custos são um forte lembrete do que acontece a um banco quando as coisas correm mal e tu perdes o foco no cliente”, justificou.

O banco foi alvo de uma intervenção pública no valor de 45,5 mil milhões de libras. Acumula prejuízos de 58 mil milhões de libras desde 2009.

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Requalificação do Hospital da Estrela aumenta vagas de cuidados continuados em Lisboa

  • ECO + SCML
  • 24 Fevereiro 2017

A Santa Casa adquiriu o antigo Hospital Militar da Estrela, para construir a maior unidade de cuidados continuados integrados em Lisboa. O equipamento terá vagas para adultos e crianças.

Quando foi formalizada a aquisição do antigo Hospital Militar da Estrela, em 2015, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes, assumiu este projeto como “uma enorme responsabilidade e uma oportunidade de dar uma resposta às necessidades das pessoas”. Desde o primeiro momento, a vontade expressa pelos responsáveis da instituição foi de criar uma unidade para colmatar uma necessidade identificada a nível nacional e com especial enfoque na Grande Lisboa: a falta de vagas de cuidados continuados integrados, na rede nacional.

O projeto consiste na requalificação do antigo Hospital Militar da Estrela, constituído por três edifícios interligados, com uma área bruta de, sensivelmente, 17 mil m2. O objetivo é criar uma estrutura moderna e flexível, que permita a adaptação contínua à procura qualitativa e quantitativa de cuidados de saúde, fiável e humanizada, onde o desenvolvimento tecnológico desempenha um papel fulcral.

Tendo como ponto de partida um edifício já existente e todas as condicionantes inerentes, a estratégia utilizada procura compatibilizar os requisitos do novo programa funcional, com o edificado e toda a sua estrutura e organização interna. A intervenção assume um caráter de excelência em termos de prestação de cuidados de saúde, colocando o bem-estar do utente como prioridade de toda a organização hospitalar, garantido a qualidade do ambiente de trabalho a todos os profissionais de saúde.

De acordo com dados do portal da Administração Central do Sistema de Saúde de setembro de 2016, a lista de espera para entrar na Rede de Cuidados Continuados Integrados do Serviço Nacional de Saúde ultrapassava as 1850 pessoas, um número que reflete uma lacuna alarmante.

Atenta a esta realidade, a Misericórdia de Lisboa, em estreita colaboração com o Ministério da Saúde, está a criar soluções para esta área. Depois da Unidade Maria José Nogueira Pinto, na Aldeia de Juzo, em Cascais, onde foram criadas 12 camas de cuidados continuados, e da assinatura de um protocolo com o Centro Hospitalar Lisboa Norte para a disponibilização de 44 camas no Hospital Pulido Valente, o futuro Hospital da Estrela vai ter 79 camas para adultos, dez camas de internamento e dez postos de hospital de dia para a unidade de cuidados pediátricos integrados. Está ainda a ser ponderada a instalação de outra unidade para tratar de pessoas com problemas de demência.

Melhorar a oferta em cuidados de Saúde, adequando as respostas às necessidades reais da população, é um dos objetivos fundamentais da atual administração da Misericórdia de Lisboa, dando seguimento à atitude histórica e pioneira que a tornou uma referência em Portugal, em Reabilitação (com o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, inaugurado em 1966) e em Ortopedia (com o Hospital de Sant’Ana, que celebrou recentemente 112 anos).

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Reformas do Estado caem há seis anos

  • ECO
  • 24 Fevereiro 2017

O valor médio das novas pensões na função pública caiu mais de 350 euros entre 2011 e 2016. Há também menos reformados, mas o valor médio das pensões de sobrevivência no Estado aumentou.

Nos últimos anos, o valor médio das pensões dos funcionários públicos caiu a bom cair. Segundo dados da Caixa Geral de Aposentações (CGA), avançados jornal Correio da Manhã, o valor médio das reformas no Estado era, em 2011, de 1283,84 euros. Cinco anos depois, este valor era de 932,5 euros, menos 351,3 euros, indica o jornal, sublinhando que, só entre 2015 e 2016, a média do valor das pensões dos funcionários públicos caiu 179,9 euros.

O número de novos reformados também tem vindo a cair, com os dados da CGA a apontarem para uma redução de 14.890 no número de aposentações. O jornal Correio da Manhã refere que, enquanto em 2011 se reformaram 23.1617 pessoas, em 2016 apenas 8.727 o fizeram. Isto é, menos 14.890 pessoas, número explicado em parte pelo aumento da idade da reforma e pelas penalizações aplicadas sobre as reformas antecipadas.

Por fim, a tendência das pensões de sobrevivência do Estado contraria a das reformas por velhice. Enquanto a média em 2011 era de 521,48 euros, cinco anos depois o valor subiu 37,9 euros para 559,38 euros mensais, avança o matutino. O ministro Vieira da Silva estará a preparar nova legislação que criará regimes de exceção para as carreiras contributivas mais longas, permitindo que pessoas com 45 e 50 anos não tenham de esperar pelos 66 anos para se reformar.

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