Costa: “O ministro das Finanças não mentiu” na CGD

O primeiro-ministro vai à Assembleia da República no dia em que se ficou a saber que António Domingues tinha um acordo com Centeno para não entregar a declaração de rendimentos no Constitucional.

O Governo vai hoje ao Parlamento para responder às questões dos deputados. O tema do debate, escolhido pelo Governo, foi o Plano Nacional de Reformas, nomeadamente a execução da estratégia de médio prazo. O PNR, apresentado em abril do ano passado, prevê absorver 25 mil milhões de euros até 2020, sendo cerca de metade em fundos comunitários e 6,7 mil milhões de comparticipação nacional. António Costa dará o ponto de partida às 15h.

Esta quarta-feira, o ECO revelou a troca de correspondência entre António Domingues, Mário Centeno e Mourinho Félix, onde o Ministério das Finanças se compromete a criar uma exceção para que nova administração da Caixa Geral de Depósitos não tivesse de entregar a declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional. Foi este acordo que permitiu a entrada do gestor no banco público, depois de o Governo ter retirado as instituições financeiras públicas do Estatuto Gestor Público.

Este é o terceiro debate quinzenal de 2017. O primeiro foi a 17 de janeiro com a discussão a ser essencialmente sobre a concertação social e a Taxa Social Única. O segundo foi a 27 de janeiro, já com a redução do Pagamento Especial por Conta aprovada em Conselho de Ministros, altura em que António Costa falou do défice, da execução orçamental e do relatório sobre a precariedade no Estado.

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Marcelo: “Tudo o que seja embaratecer a dívida mais longa é bom”

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2017

Portugal pagou mais para emitir dívida a cinco e sete anos. As taxas subiram em ambas as maturidades, mas o Presidente da República considera positiva a operação.

O Presidente da República manifestou-se hoje a favor da estratégia de Portugal de colocar dívida a cinco e sete anos porque “tudo o que seja embaratecer a dívida mais longa nos mercados secundários é bom”.

Portugal colocou hoje 1.180 milhões de euros em Obrigações do Tesouro (OT) a cinco e sete anos a taxas de juro superiores em ambos os prazos em relação aos anteriores leilões comparáveis, foi anunciado na página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na Bloomberg.

“Eu diria que sendo essa a estratégia definida — vamos ver, os mercados estão abertos — até agora tem dado resultado. É uma boa estratégia porque tudo o que seja embaratecer a dívida mais longa nos mercados secundários é bom porque naturalmente quanto mais longa for a dívida melhor para o país”, respondeu aos jornalistas Marcelo Rebelo de Sousa à entrada para um almoço com refugiados na Cozinha Popular da Mouraria, em Lisboa.

O Presidente da República começou por explicar que “além da elevação que está a haver nas emissões em toda a Europa houve uma estratégia, com algum sucesso” que foi colocar dívida a cinco anos e a sete anos que “são prazos razoavelmente longos”.

“E sobretudo a sete anos com um objetivo que é fazer baixar os juros da dívida a 10 anos. Como? Colocando logo à partida com um valor mais elevado, um preço mais elevado e emitindo menos do que se esperava. Houve uma procura que foi mais do dobro do que aquilo que foi emitido”, referiu.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, “isso teve um efeito imediato” que “foi a queda dos juros a 10 anos no mercado secundário”. A taxa a dez anos estava a cair cinco pontos antes da emissão, tendência que entretanto se acentuou: cai 14 pontos para 4,1%, sendo esse também o sentido dos juros dos restantes países do euro.

“O facto de se ter emitido menos do que o mercado queria – houve muito mais sobretudo investidores estrangeiros a quererem comprar do que foi emitido – e ser emitido a um valor mais elevado teve um efeito carambola que foi baixar os juros imediatamente na sessão da dívida a 10 anos, que baixaram substancialmente”, justificou, de forma detalhada.

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Rui Horta e Costa abandona os CTT. É arguido da Operação Marquês

Comunicado dos CTT anuncia que Rui Horta e Costa renunciou ao cargo de administrador não executivo, no mesmo dia em que se sabe que é arguido da Operação Marquês.

Rui Horta e Costa é arguido na Operação Marquês, cujo elemento central é o ex-primeiro-ministro José Sócrates.D.R.

Rui Horta e Costa renunciou ao cargo de administrador não executivo dos CTT, informou a empresa num comunicado publicado esta quarta-feira no site da Comissão do Mercados de Valores Mobiliários (CMVM). A notícia surge no mesmo dia em que o jornal Correio da Manhã avançou que Rui Horta e Costa é arguido da Operação Marquês.

Os CTT informaram que Rui Horta e Costa “comunicou” esta quarta-feira “a sua renúncia ao cargo de administrador não executivo”, bem como “a sua indisponibilidade para o exercício de idênticas funções no mandato 2017-2019”. Horta e Costa justifica a decisão com “motivos pessoais supervenientes à divulgação ontem efetuada das recomendações” da comissão de governo societário da empresa, indica o comunicado.

“Atento o referido e no exercício das suas competências, a Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações diligenciará a necessária alteração às respetivas Recomendações quanto à composição dos órgãos sociais dos CTT para o mandato 2017-2019, mantendo os Acionistas da Sociedade e o mercado prontamente informados”, lê-se na mesma nota.

Esta quarta-feira, o jornal Correio da Manhã (acesso pago) noticiou que Rui Horta e Costa, que também foi administrador do resort Vale do Lobo, é o 21º arguido da Operação Marquês. De acordo com o jornal, Horta e Costa é suspeito de ter “promovido o pagamento ilícito de dois milhões de euros a Armando Vara e Carlos Santos Silva”.

O jornal garante que a investigação ao negócio de Vale do Lobo está “praticamente concluída” e que a entrada por parte da Caixa Geral de Depósitos “serviu também para a obtenção de ganhos por parte de Armando Vara e José Sócrates”. O Ministério Público, refere o jornal, acredita que ex-primeiro-ministro é o destinatário do dinheiro que circulou por contas das quais Carlos Santos Silva era o titular.

O ECO contactou a Procuradoria-Geral da República, que confirmou que Rui Horta e Costa “foi constituído arguido no âmbito da designada Operação Marquês”: “O arguido, que é suspeito da prática de factos suscetíveis de integrarem os crimes de corrupção ativa, fraude fiscal, branqueamento e abuso de confiança, ficou sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência”, avançou fonte oficial.

Novo board dos CTT apresentado na terça-feira

O mandato do atual conselho de administração dos CTT CTT 0,00% terminou no final de 2016. Ora, ainda esta terça-feira foi tornada pública a lista recomendada pela comissão de governo societário para ocupar o board da empresa postal. Nela, Horta e Costa surge recomendado para o cargo de administrador não executivo.

Recorde-se que a lista, para o mandato de 2017 a 2019, vai separar o cargo de chairman do de presidente executivo, até aqui acumulados por Francisco de Lacerda. António Gomes Mota, anterior vice-presidente do conselho de administração, será o novo chairman e Lacerda continuará como vice-presidente, mantendo-se ainda o CEO da companhia.

Notícia atualizada às 16h46 com declarações da Procuradoria-Geral da República.

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Twitter aperta o cerco aos trolls

"Internet trolls", como são conhecidos os utilizadores que adotam posturas tóxicas nas redes sociais, vão ter uma vida difícil no Twitter. Empresa tem novas regras para acabar com o assédio na rede.

Quando o Twitter esteve para ser vendido, no ano passado, o negócio caiu por terra e não chegou a lado nenhum. Um dos problemas foi a onda de abuso e de assédio que afeta a rede social e na qual a empresa não tem conseguido meter um travão. No entanto, esta terça-feira, a empresa de Jack Dorsey apresentou novos planos para limpar a rede social dos 140 carateres.

O plano passa por esconder comentários abusivos dos chamados internet trolls — como são conhecidos os utilizadores que adotam posturas tóxicas nas redes socais — e impedir que utilizadores expulsos da rede possam criar novas contas para contornar o bloqueio. A informação está na Bloomberg, que explica que, como usar o nome real é facultativo, existem mais condições para a propagação deste fenómeno negativo e gerador de mal-estar naquela plataforma.

A política do Twitter é caracterizada por permitir a liberdade de expressão e dar voz a toda a gente, pelo que a rede social não deverá apagar os conteúdos, salvo situações mais graves. Em contrapartida, os comentários de ódio ou meramente depreciativos com o objetivo de assediar outro utilizador ficarão menos visíveis ao público.

Desmotivar os utilizadores a propagar comentários deste tipo é, agora, a prioridade do Twitter. O outro aspeto do novo plano prende-se com impedir a recorrência. Por outras palavras, utilizadores banidos terão mais dificuldade em criar uma nova conta e voltar ao ativo na rede social.

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Caixa: a carta secreta de Domingues para Centeno analisada à lupa

  • Margarida Peixoto
  • 8 Fevereiro 2017

Na carta que enviou ao ministro das Finanças, António Domingues frisa, preto no branco, que a não entrega das declarações foi "uma das condições acordadas" para liderar a gestão da Caixa.

A 15 de novembro de 2016, António Domingues, então presidente da Caixa Geral de Depósitos, escreveu ao ministro das Finanças, Mário Centeno. Domingues queria dar-lhe conta do ponto de situação de dois dossiês: primeiro, do avanço da recapitalização. Segundo, da polémica em torno da entrega das declarações de rendimentos e património ao Tribunal Constitucional — e das consequências que essa exigência teria para a equipa de gestão.

É neste documento que revela, preto no branco, o entendimento que tinha sido fechado com o Governo sobre esta matéria. É nesta carta que frisa que esta foi uma condição prévia à aceitação do convite para liderar o banco público. O ECO conta-lhe o que vem na missiva, ponto por ponto.

1 – A recapitalização

"Na frente da recapitalização, encerrou-se na passada semana o essencial os trabalhos necessários para a notificação formal à Direção-geral da Concorrência (DG Comp) do investimento do Estado preliminarmente aprovado em agosto deste ano e para a concretização de todas as operações previstas. ”

António Domingues

Carta enviada a Mário Centeno

O presidente da Caixa dá conta do bom andamento do processo de recapitalização do banco público e sumariza os documentos enviados para o gabinete do ministro das Finanças. Diz que enviou a notificação propriamente dita que foi feita à DG Comp, o Plano Industrial — que era uma versão interna, desenvolvida pelas equipas da CGD desde setembro — os Planos Operacionais para a gestão do malparado e do underwriting e o acordo de objetivos fixados com as autoridades europeias. Neste ponto do documento, Domingues frisa que os planos operacionais em causa “preveem alterações substanciais nos processos de gestão de risco de crédito da CGD”.

António Domingues

António Domingues

  • Ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos
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"Todos estes documentos foram objeto de discussão em detalhe com as equipas da DG Comp, estando já essencialmente validados (incluindo as métricas definidas no pré-acordo de agosto de 2016).”

António Domingues

Carta enviada a Mário Centeno

Domingues mostra agora a Centeno que o processo corre sobre rodas com as autoridades europeias. Estava já tudo pré-validado, faltando apenas fechar as contas de 2016. O presidente da Caixa diz mesmo contar que “as únicas alterações pendentes sejam as resultantes do tratamento das imparidades em 2016” e o “apuramento final do reforço de imparidades”.

"Os próximos passos deste processo passam por executar as primeiras etapas de um conjunto reconhecidamente complexo de operações.”

António Domingues

Carta enviada a Mário Centeno

O presidente da Caixa enumera os passos que se seguem:

  1. troca da participação da Parpública e dos CoCos por ações da CGD;
  2. redução de capital para a amortização de resultados acumulados negativos e geração e “distributable assets“;
  3. injeção de capital em cash pelo Estado (que pode ir até 2,7 mil milhões de euros);
  4. preparação da emissão do instrumentos híbridos em mercado;
  5. revisão do valor da carteira de ativos da CGD;
  6. decisão sobre o reforço de imparidades a realizar em 2016.

Domingues dá conta de que os timings destas operações já foram discutidos, tanto com o BCE como com a DG Comp. E clarifica que a necessidade de adiar para o primeiro trimestre de 2017 a injeção de capital e a emissão dos instrumentos híbridos foi aceite. “Ambos os reguladores demonstraram compreensão pelas motivações subjacentes e acordo para as soluções e calendário propostos”, lê-se na carta.

"Em paralelo, na frente do Plano Estratégico, um número alargado de equipas da CGD tem estado ativamente envolvido na elaboração de planos operacionais par cada um dos “pilares” integrantes do Plano.”

António Domingues

Carta enviada a Mário Centeno

O presidente da Caixa frisa que, “de modo geral”, tem havido “uma grande adesão da organização às prioridades identificadas” e garante que “as equipas da CGD estão já focadas na planificação” das próximas ações.

2 – A polémica das declarações

"É nesta circunstância de rápida progressão em todas as frentes que surge o debate relativamente à declaração de rendimentos e património dos membros do Conselho de Administração. Foi, desde logo, com grande surpresa que vimos serem suscitadas dúvidas sobre as implicações da exclusão dos membros do Conselho de Administração da CGD do estatuto do Gestor Público, concretamente sobre a possível necessidade de envio de tais declarações ao Tribunal Constitucional.”

António Domingues

Carta enviada a Mário Centeno

O presidente da Caixa admite ter ficado surpreendido pela polémica gerada em torno do assunto e faz questão de frisar que a retirada da administração da CGD do estatuto do Gestor Público tinha como consequência, precisamente, a não necessidade de enviar documentação ao Tribunal Constitucional.

"A não sujeição a este estatuto (…) tem, para além do mais, como consequência a não submissão ao dever de entregar no Tribunal Constitucional a declaração de património e consistia, desde o início, uma premissa essencial para o projeto de recapitalização da CGD na ótica do investidor privado, na medida em que permitia — como permitiu — atrair para o projeto uma equipa internacional de profissionais, suscetível de dar as garantias necessárias ao êxito do empreendimento.”

António Domingues

Carta enviada a Mário Centeno

António Domingues expõe as razões que levaram ao compromisso fechado com o Governo para a não entrega das declarações. Frisa que só assim a Caixa poderia ter uma equipa de gestão “internacional” e sublinha que esta era uma das condições acordadas.

"E foi uma das condições acordadas para aceitar o desafio de liderar a gestão da CGD e do mandato para convidar os restantes membros dos órgãos sociais, como de resto o Ministério das Finanças publicamente confirmou.”

António Domingues

Carta enviada a Mário Centeno

Da equipa executiva de António Domingues faziam parte Emídio Pinheiro, ex-presidente do BFA, Henrique Cabral Menezes, vindo do Banco Caixa Geral Brasil, Tiago Ravara Marques, vindo do BPI, Pedro Leitão, que foi administrador da antiga PT, Paulo Rodrigues da Silva, consultor com carreira na Vodafone, e João Tudela Martins, que era diretor de risco do BPI.

É então que Domingues dá conta da notificação que recebeu do Tribunal Constitucional, pedindo as referidas declarações. Garante que cumprirá a lei e que seguirá “a decisão soberana daquele tribunal”, mas avisa que se a obrigação de entregar a informação se mantiver, a equipa de gestão vai desintegrar-se.

"(…) Caso o Tribunal Constitucional decida pela aplicação aos atuais membros do Conselho de Administração da CGD da Lei nº 4/83, obrigando-os em consequência a entregar as respetivas declarações de património, com as atuais regras de divulgação, alguns daqueles membros manifestaram-se a sua intenção de renunciar às suas funções, por considerarem que se encontra alterado um dos principais pressupostos que, na sua avaliação pessoal, era central ao convite que lhes formulei a pedido e em nome de V. Ex.ª.”

António Domingues

Carta enviada a Mário Centeno

Ou seja, Mário Centeno recebeu por escrito, preto no branco, o aviso de que caso o acordo fechado sobre a não entrega da declaração de rendimentos e património fosse furado, a gestão da Caixa cairia. Domingues diz a Centeno que “foi decidido preparar com urgência a documentação necessária” para contestar o pedido do Tribunal e garante que a resposta será enviada aos juízes “no mais breve prazo”, para “encurtar o mais possível o período de incerteza”.

No final, o presidente da CGD assegura que todos os deveres de informação ao Banco de Portugal, Banco Central Europeu e à Inspeção Geral de Finanças foram cumpridos. Do mesmo modo, a informação sobre rendimento e património foi entregue “à guarda do Secretário Geral da Sociedade”, no mesmo formato utilizado para o Tribunal Constitucional. Estes documentos estão “à disposição dos órgãos de fiscalização da sociedade ou outros que nelas tenham legal e legítimo interesse”.

Domingues termina a carta defendendo que a polémica das declarações deve ser mantida “num plano estritamente separado das prioridades de gestão da CGD”, não devendo ser alterada “em nenhuma medida os planos em curso para a implementação do Plano Estratégico e do Plano de Recapitalização.” Garante que o Conselho de Administração, e ele próprio, continuam “profundamente empenhados” no exercício das suas funções, bem como em assegurar “no mais breve espaço de tempo” o aumento do capital social.

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Governo investe 259 milhões para modernizar Estado

São já 216 os projetos de modernização administrativa que o Estado lançou. Receberam um incentivo dos fundos comunitários de 162 milhões de euros.

O Governo português já investiu 256,35 milhões de euros em modernização administrativa, com o apoio dos fundos comunitários. De acordo com a listagem de projetos publicada pelo Compete, no âmbito deste quadro comunitário foi atribuído um incentivo de 162,48 milhões de euros a um total de 216 projetos.

A mais recente atualização desta lista revela que houve 49 novos projetos que receberam luz verde para obter apoio comunitário. Um apoio que no Portugal 2020 é dado através do Compete, o programa operacional das empresas, porque se entende que a modernização administrativa é uma forma de redução dos custos de contexto que beneficia as empresas. A melhoria de funcionamento da Administração Pública é também vista como um aumento de eficácia e uma forma de agir sobre a competitividade do país ao nível da Administração Central.

Estes novos 49 projetos são o reflexo do último concurso dirigido à modernização administrativa, têm todos a data de aprovação de 2 de janeiro e representam no seu conjunto um investimento de 57,59 milhões de euros, com um incentivo de 32,71 milhões. O Centro Hospitalar de S. João é o projeto mais avultado, com um investimento de 3,19 milhões, com um apoio de 2,86 milhões. Contudo, este Centro Hospitalar já beneficiou no âmbito do Portugal 2020 de 2,47 milhões, por três projetos relacionados com segurança da informação e mecanismos de controlo de interoperabilidade entre aplicações; repositório clínico digital e racionalização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Estes três projetos representam um investimento de 2,51 milhões de euros.

No computo geral das 216 operações financiadas pelo Compete, a Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública é a responsável pelo investimento mais avultado — 25,88 milhões de euros, que obteve um incentivo de 14,71 milhões. Esta é também a entidade que tem o projeto maior — de serviços partilhados ao nível da gestão financeira, de recursos humanos e veículos do Estado (um investimento de 17,34 milhões de euros, que recebe um apoio de 9,88 milhões).

Genericamente todos estes projetos representam um “reforço das aplicações nas TIC na Administração em linha, aprendizagem em linha, infoinclusão, cultura em linha e saúde em linha”, mas também “investimentos nas capacidades institucionais e na eficiência das administrações e dos serviços públicos a fim de realizar reformas, legislar melhor e governar bem”.

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Dois edifícios do ano são portugueses. Sabe quais são?

  • Telmo Fonseca
  • 8 Fevereiro 2017

Os votos de 75.000 pessoas de todo o Mundo destacaram dois exemplos da arquitetura nacional entre os 16 melhores projetos do mundo.

O Arch Daily, o site de arquitetura mais visitado do mundo, divulgou os resultados do seu concurso anual para 2017 e, entre três mil projetos de arquitetura a concurso, Portugal entrou para o ranking dos 16 melhores trabalhos a nível global com dois edifícios: o novo Terminal de Cruzeiros de Leixões e a Casa Cabo de Vila, em Paredes. Esta última foi projetada pelo ateliê Spaceworkers, que já tinha ganho o mesmo prémio da Arch Daily em 2015.

Veja aqui os mais votados:

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Depois das séries, vem aí a linha de brinquedos da Netflix

  • ECO
  • 8 Fevereiro 2017

Já lá vai o tempo em que a Netflix apenas disponibilizava filmes e séries. Agora quer lançar uma linha de produtos baseada nos seus principais êxitos.

Começou como um serviço de streaming de filmes e séries pago. Depois, partiu para a produção dos seus próprios conteúdos, mas agora quer passar ao próximo nível. E esse é o do mercado dos brinquedos, alusivos aos programas que transmite. A empresa está à procura de um supervisor para garantir que a licença para lançar livros, BDs e outros brinquedos relacionados com as séries que exibe, como “Stranger Things”.

A oferta de emprego, que pode ser vista no site da companhia, anuncia que quer contratar um supervisor para as licenças dos produtos e para gerir as parcerias com os lojistas que irão vendê-los nos seus espaços. Pede alguém com dez ou mais anos de experiência na área do licenciamento de produtos, que tenha trabalhado para outras grandes companhias, estúdios ou agências de publicidade.

O merchandising vai ajudar a que os filmes e séries cheguem a uma audiência mais vasta. E, claro, vai gerar mais receitas para a companhia. A Netflix já testou esta teoria em parceria com a cadeia de lojas Hot Topic Inc., que vendeu t-shirts, camisolas, chapéus e acessórios da série “Stranger Things”. Vai seguir o exemplo da Disney que gerou 1,5 mil milhões de dólares em lucros só no último trimestre com merchandising.

“Estamos a avançar para uma linha de produtos e a publicidade associada a ela porque acreditamos que elas vão chamar ainda mais atenção para os nossos programas/serviços. Vão ser formas mais eficazes de o público interagir com os nossos conteúdos”, diz a Netflix. “Queremos merchandising licenciado para ajudar a promover os nossos programas, para que estes se mantenham mais tempo no centro das atenções das pessoas”. Estão a falar, além de roupa e acessórios, de jogos de tabuleiro, mochilas e outros produtos escolares, parques de diversões temáticos, etc.

Além disso, a Netflix também já pediu a outros parceiros que partilhem uma parcela do lucro que têm com os produtos que vendem relativos a programas que a Netflix transmite, mas que são originalmente de outras emissoras e produtoras, avança a Bloomberg.

Muito mais que um serviço de streaming

A Netflix já conta com mais de 93 milhões de subscritores em 190 países — só no último trimestre adicionou mais de sete milhões de utilizadores. E deixou de ser apenas um veículo para os produtos de outras empresas e estúdios. Ao princípio, séries como “House of Cards” ou “Orange Is the New Black”, produzidas fora da Netflix, eram os produtos mais consumidos no serviço. Mas desde “Stranger Things”, já uma criação interna, a companhia atingiu um outro patamar.

Agora já tem vários programas produzidos sem ajudas externas e até um novo estúdio de som e produção nas novas instalações em Hollywood, além da sede em Los Gatos, Califórnia. De entre os originais da empresa, contam-se “The Crown”, “Bloodline”, “Black Mirror”, “Unbreakable Kimmy Schmidt” ou “The Killing”, algumas delas já bastante elogiadas pela crítica e já vencedoras de diversos prémios.

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Cobranças de dívidas levam 40 meses a ser julgadas

  • ECO
  • 8 Fevereiro 2017

Em 2016, existiam 842 mil ações executivas pendentes. Banco de Portugal fala em entupimento "muito elevado e moroso" nos tribunais.

Mais de três anos, é quanto pode demorar a concluir um processo de cobrança de dívidas nos tribunais portugueses. São, por isso, centenas os processos que estão pendentes. Números que levam o Banco de Portugal (BdP) a alertar para o “nível de congestão muito elevado” do sistema judicial português, num balanço divulgado na Revista de Estudos Económicos do Banco de Portugal de janeiro, citado pelo Diário de Notícias (acesso gratuito).

Com o título “Produtividade da justiça cível em Portugal: uma questão incontornável num sistema congestionado”, um artigo da revista do Banco de Portugal faz a análise de duas décadas (de 1993 a 2013) e faz pontaria especificamente às ações executivas, que se destinam a exigir o pagamento de uma dívida confirmada em tribunal.

Em média, os tribunais portugueses demoram cerca de 30 meses a concluir um processo, um prazo que se pode estender até 40 meses caso se tratem de cobrança de dívidas. “No contexto dos processos cíveis destaca-se o aumento do peso das execuções face às ações declarativas”, pode ler-se no estudo divulgado pelo BdP, da autoria de Manuel Coutinho Pereira e Lara Wemans, citado pelo Diário de Notícias.

No ano passado, entre julho e setembro, estavam pendentes 842 mil ações executivas nos tribunais portugueses. Mesmo sem a entrada de novas ações, o que é improvável, seriam necessários dois anos e três meses para resolver os processos de cobrança de dívidas, o que leva o regulador do sistema financeiro a lançar o alerta.

A avaliação da entidade liderada por Carlos Costa, assinala que a morosidade do sistema é “um dos elementos que pode contribuir para uma ineficiente afetação dos recursos por parte dos agentes económicos, dificultando o crescimento económico”.

A análise divulgada pelo BdP revela ainda que cada juiz terá resolvido, em média, 550 processos por ano. Garante ainda que Portugal tem um número de magistrados e de funcionários judiciais inferior à média europeia mas que supera a dos países de matriz legal francesa.

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Acelerar startups de desporto? #aculpaedobenfica

Estádio vai servir de incubadora ao KickUp Sports Innovation, primeiro programa para ideias de negócio ligadas ao desporto. O projeto é liderado por João Cunha, ex-presidente da Acredita Portugal.

O Estádio do Benfica está prestes a transformar-se numa incubadora e aceleradora de ideias e negócios. Apresentado esta quarta-feira, acaba de o nascer o KickUp Sports Innovation, o primeiro programa de inovação e aceleração de ideias para o cluster do desporto existente na Europa e um dos únicos do mundo.

O programa de aceleração com duração de 12 semanas está em desenvolvimento há cerca de um ano e meio, altura em que João Cunha, ex-presidente da Acredita Portugal e mentor do projeto, saiu da associação de empreendedorismo. “Precisava de fazer algo ligado ao desporto, uma área de que gostava muito, e pareceu-me uma boa oportunidade o facto de ainda não existir nenhum programa de inovação nesta área na Europa”, conta Cunha, em entrevista ao ECO.

A ideia é que, além de contarem com um espaço, as equipas de empreendedores possam testar, de imediato, os seus produtos, serviços ou ideias no “mercado” especializado: o próprio clube. “Temos uma infraestrutura de elite para testar todo o tipo de soluções, desde wearables à bioética, passando pela alimentação ou o bem-estar. Podemos testar imediatamente as ideias, tanto com os atletas, como os treinadores, os sócios e os adeptos”, explica João Cunha.

Além do clube da Luz, entre os promotores do projeto estão a Universidade Nova, a Nos, a Luz Saúde, a Case (ex-TLC events) e a Sport Zone, como parceiros nas respetivas áreas. Os participantes no programa de aceleração terão ainda acesso a fazer parte de uma agenda semanal que inclui treinos desportivos, de mindfullness e acompanhamento com personal trainers, entre outros. “A ideia é que seja uma solução integrada para evitar situações de burnout e formar uma comunidade diretamente relacionada com o ADN do desporto”, esclarece o responsável.

As candidaturas ao KickUp Sports Innovation arrancam esta quarta-feira e terminam a 12 de março, altura em que serão escolhidos os 20 projetos finalistas que participarão no bootcamp de quatro dias, e que arranca a 26 de março. A 7 de abril serão anunciados os dez finalistas — que ganham 10.000 euros cada para financiarem os projetos em troca de uma posição no capital de 8%. As dez equipas ou ideias participarão no programa de aceleração, com data marcada de início para 24 de abril. O programa de aceleração termina a 11 de julho, com o anúncio das equipas vencedoras no demo day, em pleno relvado da Luz.

As candidaturas podem ser feitas aqui.

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Falta de capital? Nos EUA, banca tem em excesso

  • Juliana Nogueira Santos
  • 8 Fevereiro 2017

As regras apertadas dos reguladores permitiram aos bancos juntar uma almofada de capital bem forte para resistir a um novo choque. Agora, têm um excesso de dinheiro. Vão gastá-lo?

Enquanto no Velho Continente o setor financeiro luta contra a falta de capital, do outro lado do Atlântico o “problema” é outro. Os 18 maiores bancos norte-americanos contam com 127,3 mil milhões de dólares de capital em excesso, avança o Financial Times com base num estudo realizado por um… banco, o Morgan Stanley.

A crise financeira de 2008 levou os reguladores a apertarem o cerco aos bancos, tornando mais duros os testes de solidez para garantirem que o sistema financeiro conseguiria lidar com um outro embate intenso. A proteção dos consumidores também se assumiu como uma prioridade com a criação de leis que restringiam a venda de ativos de risco.

Enquanto na Europa os sinais de saúde da banca são escassos, com os principais bancos europeus a acumularem fragilidades no que toca ao crédito malparado, os maiores bancos norte-americanos conseguiram não só juntar o mínimo de capital pedido pela Reserva Federal, mas ultrapassar em largos milhares de milhões essa fasquia. O Citigroup é o banco que tem operado com mais excesso de capital, estabelecendo-se nos 29,1 mil milhões de dólares. Segue-se o Bank of America com 21,2 mil milhões e o JPMorgan Chase com 19,7 mil milhões.

Os bancos conseguiram então costurar uma forte almofada de capital desde 2009, com a Fed a afirmar que os maiores bancos acumularam mais de 700 mil milhões de dólares desde aí, trazendo o rácio de capital para 12% dos ativos ponderados pelo risco — comparativamente aos 5,5% que se registavam em 2009. Os próprios assumem que este valor depende em muito da regulação, com Lloyd Blankfein, chairman do Goldman Sachs a afirmar que “se tivéssemos sido deixados à nossa mercê, não teríamos acumulado tanto capital como acumulámos”.

Com tal informação, e à luz das propostas apresentadas pela administração Trump que visam diminuir a regulação, as associações da indústria começam a pressionar a Reserva Federal para que enfraqueça os testes de stress, visto que o que foi atingido já é mais que suficiente. Os parâmetros para 2017 já foram revelados pelo regulador, tendo-se registado sinais de alívio, nomeadamente o facto de as taxas negativas deixarem de estar em cima da mesa e a dispensa de execução da parte qualitativa do teste a 21 bancos.

E o que se segue? Os bancos deverão aumentar os dividendos, atribuindo os lucros aos seus acionistas, e começar programas de recompra. Blankfein é um dos subscritores desta ideia: “Se não se está a usar o capital no negócio, dá-se de volta aos acionistas, o que não é deitá-lo a uma fogueira.”

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Custo da dívida a sete anos quase duplica… oito meses depois

Portugal tem vindo a pagar mais para se financiar. E no primeiro leilão de longo prazo do ano, a tendência manteve-se. A taxa obtida no prazo a sete anos foi quase o dobro da registada há oito meses.

No financiamento de curto prazo, Portugal até ganha dinheiro com emissões feitas a juros negativos. Mas nas operações de longo prazo os custos estão cada vez mais elevados. Depois da taxa de mais de 4% por títulos a dez anos, o país pagou agora um juro de 3,668% por dívida a sete anos, praticamente o dobro do que tinha aceitado pagar há apenas oito meses.

O IGCP voltou ao mercado para o primeiro leilão de dívida do ano — a emissão a dez anos foi feita com recurso a um sindicato bancário. Colocou 1.180 milhões de euros, abaixo do máximo previsto de 1.250 milhões, com a maioria a ser emitida a cinco anos. A sete anos colocou 550 milhões de euros perante uma taxa de 3,668%.

Registou-se um agravamento expressivo face à última emissão comparável, realizada em novembro. Nessa altura, o IGCP aceitou pagar 2,817%, mas antes disso, em julho, a taxa foi de 2,355%. Um mês antes, neste mesmo prazo, o juro foi substancialmente inferior: 1,843%, ou seja, agora pagou praticamente o dobro.

Taxa na dívida a sete anos dispara

Fonte: IGCP

No caso dos títulos a cinco anos, a taxa também subiu. O IGCP colocou 630 milhões de euros no prazo mais curto, a cinco anos, em que a taxa ascendeu a 2,753%, de acordo com os dados citados pela Bloomberg — este juro compara com os 2,112% registados na operação idêntica realizada em novembro.

As taxas “ficaram em linha com o que está a ser feito no mercado secundário. Evidentemente subiram face às últimas emissões comparáveis. Tivemos uma procura muito razoável para um montante emitido que também ficou dentro das expectativas. As operações correram bem”, comenta Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa.

Tanto fruto dos receios dos investidores em torno do fim do programa de compras de dívida do Banco Central Europeu, como a indefinição política na Europa, mas também por problemas específicos de Portugal, os juros têm subido, tocando máximos de três anos. Os problemas na banca têm sido apontados pelos analistas como riscos para o país.

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