Sismo no México. Número de mortos sobe para 324

  • Lusa
  • 25 Setembro 2017

Abalo que ocorreu, a semana passada, no México atingiu os 7,1 na escala de Ritcher. À medida que os trabalhos de remoção dos escombros vão sendo concluídos há novas atualizações das vítimas mortais.

As autoridades elevaram para 324 o número de mortos causados pelo sismo de magnitude de 7,1 que abalou o centro do México na semana passada.

O responsável da Proteção Civil, Luis Felipe Puente, anunciou, através da rede social Twitter, que 186 pessoas morreram na capital, Cidade do México.

Outras 73 mortes foram registadas no estado de Morelos, 45 em Puebla, 13 no Estado do México, seis em Guerrero e uma em Oaxaca.

O epicentro do abalo ocorreu no estado de Puebla, sudeste da capital.

Este é o segundo sismo que afeta o país em menos de um mês. Pelo menos 96 pessoas morreram no sismo de magnitude de 8,2 na escala de Richter que atingiu a costa sul do México a 7 de setembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo aprova até ao fim deste ano novo programa para internacionalizar economia

  • Lusa
  • 25 Setembro 2017

O Governo quer aumentar a exportações nacionais e captar investimento direto estrangeiro. O programa inclui medidas em áreas como a qualificação de recursos humanos ou apoios para acesso aos mercados.

O Governo vai aprovar, até ao final deste ano, um programa para a internacionalização da economia portuguesa, documento que em outubro recolherá contributos das associações empresariais e que se pretende pôr em prática no início de 2018.

Este calendário foi apresentado aos jornalistas pelo secretário de Estado Eurico Brilhante Dias, no final de mais uma reunião do Conselho Estratégico para a Internacionalização da Economia Portuguesa, que se realizou em São Bento e que foi presidida pelo primeiro-ministro, António Costa.

De acordo com Eurico Brilhante Dias, durante a reunião, que durou cerca de duas horas e meia, o Governo apresentou às associações empresariais um documento de trabalho sobre o “Programa Internacionalizar”, com o qual se pretende articular os setores privado e público numa estratégia para aumentar as exportações nacionais e a captação de investimento direto estrangeiro.

“O documento base apresentado teve um acolhimento muito favorável por parte das associações empresariais. Entramos agora numa segunda fase em que, durante o mês de outubro, as associações empresariais darão os seus contributos para enriquecer o documento”, referiu o secretário de Estado para a Internacionalização.

Concluída a fase de recolha de contributos por parte do setor empresarial, segundo Eurico Brilhante Dias, será então levada a Conselho de Ministros, até ao final deste ano, a versão final do “Programa Internacionalizar”.

"Esperamos iniciar 2018 com um novo instrumento, tendo em vista proporcionar um salto qualitativo importante no que respeita à forma como o país é percebido no exterior e como se organiza ao nível da captação de investimento.”

Eurico Brilhante Dias

Secretário de Estado para a Internacionalização

“Esperamos iniciar 2018 com um novo instrumento, tendo em vista proporcionar um salto qualitativo importante no que respeita à forma como o país é percebido no exterior e como se organiza ao nível da captação de investimento”, declarou o secretário de Estado.

Eurico Brilhante Dias detalhou ainda que foram apresentadas 56 medidas concretas aos parceiros sociais e às associações empresariais.

“Apresentámos um conjunto de medidas em áreas como a inteligência competitiva, promoção da marca Portugal, captação de informação, qualificação de recursos humanos e do território, financiamento para a internacionalização e apoios para acesso aos mercados. Nesta reunião, o Governo avançou ainda com medidas para a eliminação de custos de contexto, em particular no que respeita ao objetivo de acabar com determinadas barreiras tarifárias”, apontou o dirigente socialista, referindo-se aqui a alguns entraves que se verificam às exportações de medicamentos e de bens agrícolas.

“Portugal partilha a sua pauta aduaneira no quadro da União Europeia, mas hoje há igualmente um conjunto de barreiras não tarifárias para esses dois setores em particular. No âmbito bilateral, o Governo português está fortemente empenhado em reduzi-las“, frisou o membro do executivo.

Em termos de metas económicas a médio prazo, o secretário de Estado para a Internacionalização afirmou que o Governo espera que a execução do programa “Internacionalizar” permita um aumento do peso das exportações no Produto Interno Bruto (PIB).

Queremos principalmente que as exportações cresçam acima dos valores do aumento do PIB, que haja uma forte diversificação de mercados e que se registe progressivamente uma mudança da estrutura do investimento direto estrangeiro captado pelo país, que continua a ter um peso muito significativo ao nível dos serviços financeiros e dos seguros”, observou.

Nesta área do investimento direto estrangeiro, Eurico Brilhante Dias referiu que a estratégia pressupõe sobretudo um aumento da aposta na captação de capital externo dirigido à indústria transformadora.

“O Governo dá ainda um especial ênfase ao aumento do valor acrescentado nacional no conjunto das exportações do país. Temos de aumentar a componente nacional por cada euro que exportamos”, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Autocarro do Brexit” agora é pró-europeu

  • ECO
  • 25 Setembro 2017

Campanha pelo Brexit prometia 350 milhões de libras semanais para o Sistema de Saúde britânico. Monese tapou (literalmente) essa promessa com a de transferências sem taxas até 350 milhões de euros.

Um autocarro, duas caras. O veículo que andou pelo Reino Unido a fazer campanha pela saída da União Europeia será agora utilizado para promover a expansão europeia de uma empresa de fintech, a Monese.

A startup sedeada em Londres vai cobrir o autocarro com a promessa de que os utilizadores dos seus serviços – trata-se de um serviço que permite a criação de contas à ordem a partir do telemóvel – poderão transferir até 350 milhões de euros entre a zona euro e o Reino Unido, sem qualquer taxa adicional.

Durante a campanha pelo Brexit, tinha sido o compromisso de que a saída da UE significaria a transferência semanal de até 350 milhões de libras (quase 400 milhões de euros) para o Sistema Nacional de Saúde britânico a decorar o veículo.

“As pessoas devem ser capazes de viver, viajar e trabalhar sem encargos administrativos e sem limitações dos sistemas financeiros”, sublinhou Norris Kopel, fundador e líder executivo do banco criado em 2015 e que está apenas disponível nos dispositivos móveis, num comunicado citado pela Bloomberg.

O autocarro do Brexit convertido em autocarro pró-europeu começará a sua jornada em Westminster, em Londres, e custará à Monese 35 mil euros (aluguer, design e impressão do anúncio).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo estima encaixe de 15 milhões de euro com cópia privada

  • Lusa
  • 25 Setembro 2017

Em 2017, a cópia privada irá gerar cerca de 15 milhões de euros, afirma o Ministério da Cultura. As receitas de editores de imprensa e jornalistas aumentaram "substancialmente".

O Governo estima que a cópia privada venha a gerar cerca de 15 milhões de euros em 2017, indicou esta segunda-feira o Ministério da Cultura, destacando ter aumentado “substancialmente” a parte das receitas de editores de imprensa e jornalistas. “Em 2016, a verba global gerada pela cópia privada foi de 11 milhões de euros, dos quais cerca de dois milhões de euros foram destinados aos autores e editores de obras escritas”, revela o ministério em comunicado, avançando estimar “que em 2017 a verba global possa atingir cerca de 15 milhões de euros”.

"Em 2016, a verba global gerada pela cópia privada foi de 11 milhões de euros, dos quais cerca de dois milhões de euros foram destinados aos autores e editores de obras escritas.estimar [Estima-se] que em 2017 a verba global possa atingir cerca de 15 milhões de euros.”

Ministério da Cultura

A tutela dá conta de ter aumentando “substancialmente a parte das receitas de que beneficiam editores de imprensa e jornalistas”, no âmbito da Lei da Cópia Privada, que possibilita a cobrança de uma taxa que se aplica sobre aparelhos e suportes, que permitam a reprodução ou o armazenamento de obras, tais como DVD, cartões de memória, discos rígidos integrados em computadores ou ‘smartphones’, entre outros.

De acordo com uma recente alteração à Lei das Entidades de Gestão Coletiva (decreto-lei nº 100/2017), passa a ser possível aos editores de imprensa e aos jornalistas beneficiarem da taxa aplicada a um maior número de aparelhos de armazenamento de dados de obras áudio, audiovisuais e escritas. Desta forma, autores e editores de obras escritas passam a ter garantido o acesso às verbas dos pagamentos referentes a suportes e dispositivos de armazenamento, tais como ‘tablets’ e ‘smartphones’, que anteriormente não lhes eram atribuídas.

“Esta alteração aumenta substancialmente a parte que cabe aos editores de imprensa nas receitas globais a distribuir no âmbito da cópia privada”, afirma a tutela, sublinhando que, deste modo, “ao reconhecimento inequívoco dos direitos de autor dos editores de imprensa”, através da criação de um novo direito conexo, “acresce a possibilidade de aumentar a monetização do reconhecimento desses direitos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

É oficial: o Japão terá eleições antecipadas

  • Lusa
  • 25 Setembro 2017

As eleições ocorrerão no próximo mês, e trata-se de uma forma de Shinzo Abe reforçar o seu poder junto do parlamento nipónico, aproveitando o contexto de caos na oposição.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou esta segunda-feira a dissolução da Câmara Baixa do Parlamento, o que implica a convocação de eleições antecipadas em outubro, com o objetivo de avançar com reformas económicas.

“Há cinco anos, conseguimos mudar o Governo com o apoio do povo e prometemos levar a cabo uma reforma económica”, afirmou Abe em conferência de imprensa, acrescentando: “Agora é o momento para ir mais longe e aplicar as últimas fases [da reforma] para garantir o crescimento”.

Abe chegou ao poder no final de 2012 e, se seu partido, o Democrata Liberal (PLD), ganhar novamente nas eleições (que provavelmente decorrerão em 22 de outubro), enfrentará o terceiro mandato consecutivo até 2021 e ganhará tempo para culminar a aplicação da sua estratégia económica, conhecida como “Abenómica”.

Entretanto, a governadora de Tóquio decidiu lançar um novo partido político para desafiar o partido no poder do primeiro-ministro nas eleições que se esperam no próximo mês.

Yuriko Koike revelou hoje que está à frente do Hope Party (Partido da Esperança) e planeia enviar candidatos para disputar alguns dos 475 lugares na câmara baixa.

Antes da conferência de imprensa em que anunciou a dissolução do Parlamento, o primeiro-ministro nipónico anunciou um plano de estímulo económico de dois mil milhões de ienes (14.972 milhões de euros), que porá em marcha se for reeleito nas eleições antecipadas de outubro.

A Bolsa de Valores de Tóquio subiu hoje, beneficiando da desvalorização do iene em relação ao dólar e das expectativas nas medidas a anunciadas por Shinzo Abe.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Modernização dos F-16 custa 8,7 milhões de euros ao Estado

Os trinta caças de Portugal vão ser modernizados nos próximos anos. Ao todo vão ser encomendados trinta novos sistemas que permitem aos F-16 comunicar com outros aviões.

Os caças F-16 portugueses vão ser remodelados. A decisão do Governo, assinada pelo ministro da Defesa, foi publicada em Diário da República esta segunda-feira. A remodelação vai custar, ao todo, 8,7 milhões de euros ao Estado entre 2017 e 2020.

Em causa está a atualização dos sistemas utilizados pelos caças que são “cruciais para a interoperabilidade das aeronaves em todos os teatros de operações atuais”. Segundo o despacho, a ideia é substituir o atual MIDS Block Upgrade I pelo Multifunction Information Distribution System – Joint Tactical Radio System (MIDS JTRS). O contrato é firmado com as autoridades norte-americanas.

O Estado deverá gastar um milhão de euros este ano, dois milhões no próximo, quatro milhões em 2019 e 1,7 milhões em 2020. O despacho é assinado pelo ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes.

Esta opção já era esperada. Segundo um relatório de execução da Lei de Programação Militar (LPM) de 2016, divulgado pelo Diário de Notícias, considerava que modernizar os F-16 custaria dez vezes menos ao Estado do que comprar caças novos. Ao decidir não adquirir os aviões de quinta geração, a alternativa de Portugal passa pela sua remodelação.

De acordo com o mesmo jornal, a modernização dos trinta F-16 portugueses deverá custar 500 milhões de euros, o que corresponde a 16,6 milhões de euros cada. A vida útil dos F-16 deverá terminar em 2030.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Deloitte alvo de ciberataque. Informação confidencial de grandes clientes em risco

A consultora Deloitte, uma das maiores empresas privadas nos EUA, terá sido alvo de um sofisticado ciberataque que comprometeu planos de alguns dos maiores clientes da empresa, avançou o The Guardian.

A Deloitte, uma das maiores empresas privadas nos EUA, foi alvo de um sofisticado ataque informático que terá comprometido correspondência eletrónica confidencial e os planos de alguns dos seus maiores clientes, avançou o The Guardian esta segunda-feira. O jornal britânico garante que a Deloitte deu conta da ocorrência do ataque informático em março, mas acredita-se que os atacantes teriam acesso aos sistemas da consultora desde outubro ou novembro do ano passado.

A ocorrência do ataque foi entretanto confirmada pela empresa, segundo a Reuters, salientando que o ataque terá afetado um número limitado de clientes.

A Deloitte faturou 37 mil milhões de dólares em 2016, um valor recorde. A empresa é uma das quatro grandes consultoras mundiais que, segundo o jornal britânico, conta com alguns dos maiores bancos do mundo, multinacionais, empresas de media, agências governamentais e empresas farmacêuticas no portefólio de clientes. Pelo menos seis clientes da Deloitte já confirmaram ao diário britânico que o ataque teve “impacto” nos seus planos.

O vetor do ataque terá sido o servidor de email da empresa através de uma conta de administrador. Este tipo de permissão dá acesso e controlo total sobre a infraestrutura, pelo menos em teoria. Segundo fontes conhecedoras da situação, essa conta de administrador necessitaria apenas de uma password para o acesso.

Segundo o jornal, decorre uma investigação interna na Deloitte na sequência do ataque, do qual se desconhece o ou os responsáveis. O ataque é um embaraço para a Deloitte que, à semelhança das demais grandes consultoras, fornece serviços de aconselhamento na área da cibersegurança. Em 2012, foi mesmo considerada pela Gartner a melhor consultora na área da cibersegurança em todo o mundo.

“Poucos clientes foram afetados”

Numa resposta enviada ao ECO, a Deloitte explica que “implementou um extenso protocolo de segurança e iniciou uma análise intensiva e minuciosa que incluiu a mobilização de uma equipa de especialistas em cibersegurança e confidencialidade, dentro e fora” da empresa.

A companhia contactou ainda “as autoridades governamentais imediatamente após ter-se tomado conhecimento do incidente” e “contactou cada um dos poucos clientes afetados”. “O ataque foi realizado através de uma plataforma de email. A revisão dessa plataforma está concluída. Adicionalmente, esta análise permitiu-nos compreender, de forma detalhada, qual a informação que estava em risco, o que de facto aconteceu e verificar que poucos clientes foram afetados”, acrescenta.

“Não houve disrupção no negócio dos clientes e dos seus consumidores, nem foi comprometida a capacidade da Deloitte de prestar serviços. A Deloitte permanece extremamente comprometida em assegurar que a sua defesa de cibersegurança é das mais avançadas, em investir profundamente na proteção da informação confidencial e em continuar a rever e melhorar a cibersegurança”, conclui.

(Notícia atualizada terça-feira, 26 de setembro, às 10h15, com resposta da Deloitte)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Merkel não exclui Schulz das conversações para o Governo

A chanceler alemã reeleita fez questão de não excluir o SPD das negociações iniciais para formar Governo, ainda que o Martin Schulz tenha rompido relações com a CDU.

Merkel conseguiu 33%, o que corresponde a 246 deputados no Bundestag. Venceu, mas foi uma vitória agridoce: este é o pior resultado da CDU. A chanceler alemã vai agora começar as negociações com os Liberais (FDP) e Os Verdes para formar uma coligação. Apesar de Schulz ter batido com a porta, Merkel disse esta segunda-feira, em conferência de imprensa, que quer conversar com o SPD, a segunda força do parlamento alemão (20,5%).

A chanceler alemã disse não querer antecipar o resultado das negociações. As conversas vão iniciar com os Verdes e o Partido Democrático Liberal, mas também com o SPD. Merkel fez questão de dizer que a abertura ao diálogo com Martin Schulz é uma posição sua e dos principais responsáveis do partido. No entanto, o líder dos sociais-democratas já disse que não irá fazer coligação com a CDU.

“É importante que a Alemanha tenha um Governo estável”, considerou Merkel. “Há partidos que são opções viáveis para uma coligação e para termos um Governo estável”, garantiu, referindo também é preciso “ter uma União Europeia com uma posição forte” numa altura em que parte do Parlamento alemão é eurocético.

Angela Merkel está confiante de que o desempenho do AfD não irá afetar as políticas alemãs. “Os partidos que são capazes de formar coligações entre si vão estar à procura de uma solução — claro que existem diferenças, mas o AfD não terá qualquer influência [nesse processo]“, argumentou esta segunda-feira, em Berlim, em declarações transmitidas pela RTP. Contudo, admitiu que o seu partido tem de recuperar os eleitores perdidos.

Em causa estão cerca de um milhão de eleitores que deixaram de votar na CDU para votar no AfD. Para isso Merkel quer adotar políticas que resolvam os problemas do eleitorado. A renovação não será feita pelas pessoas, mas sim pelos conteúdos, acrescentou, referindo temas como a imigração ilegal e os refugiados. “Há uma série de questões onde as pessoas têm a sensação que não são ouvidas“, afirmou.

Além de ter perdido um milhão de eleitores para a AfD, a CDU também perdeu cerca de 1,4 milhões de eleitores para a FDP.

A CDU deverá eleger o líder parlamentar esta terça-feira. Mais tarde, nas próximas semanas, o partido tem um congresso marcado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pimco aceita oferta. Desbloqueia o processo de venda do Novo Banco

A Pimco aceitou as condições da oferta de recompra de obrigações do Novo Banco, desbloqueando assim o processo de venda. A luz verde vai ser dada na assembleia geral da próxima sexta-feira.

A Pimco aceitou as condições da oferta de recompra de obrigações do Novo Banco, desbloqueando assim o processo de venda. A decisão da gestora foi avançada pelo Dinheiro Vivo e confirmada pelo ECO. A luz verde vai ser dada na assembleia geral de credores do banco liderado por António Ramalho, a decorrer esta sexta-feira. O prazo de aceitação da oferta termina no dia 2 de outubro.

O Novo Banco apresentou aos obrigacionistas seniores uma proposta de troca de dívida para que este conseguisse juntar uma almofada adicional de capital de 500 milhões de euros. Em troca das obrigações detidas, os credores iriam receber dinheiro, com cada uma a ser avaliada ao preço de mercado. Semanas mais tarde, o ECO avançou que um grupo de grandes investidores do Novo Banco, entre os quais a Pimco, tinha expresso o seu desagrado em relação a esta oferta através de uma carta.

No princípio deste mês, o Novo Banco conseguiu garantir em AG 28% da dívida alvo da oferta, mas a falta de quórum necessário para a totalidade das linhas de dívida obrigou a instituição bancária a realizar uma segunda assembleia, a decorrer nesta sexta-feira, dia 29 de setembro. Ainda que não seja conhecida a percentagem exata de obrigações que a Pimco vai concordar em trocar, é certo que a gestora tem um papel determinante.

O ok da Pimco permite atingir a almofada de, pelo menos, 500 milhões de euros, necessária para preencher as condições para a concretização da compra por parte do Lone Star. Com os norte-americanos a comprometerem-se a injetar mil milhões de euros para reforçar os capitais, o Novo Banco tem de reforçar a solidez através desta operação de recompra de obrigações.

A inevitabilidade do sucesso desta oferta foi também sublinhada por Ricardo Mourinho Félix. Em entrevista ao ECO, o secretário de Estado-adjunto das Finanças e braço direito do ministro Mário Centeno afirmou que os investidores “conhecem a sua importância no processo” e “sabem que uma não-participação põe em causa que se conclua o processo de venda à Lone Star”. Tendo em conta que “um fracasso da venda tem consequências gravosas”, o secretário de Estado-adjunto mostrou confiança em como estes “não vão pôr em causa o processo de venda”.

(Notícia atualizada às 14h00 com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Finanças pedem a Carlos Costa para se retratar

  • Margarida Peixoto
  • 25 Setembro 2017

Declarações do governador do Banco de Portugal sobre tentações de reduzir a independência dos bancos centrais levam as Finanças a pedir que Carlos Costa "se retrate" para manter as relações saudáveis.

Mário Centeno, ministro das FinançasPaula Nunes / ECO

O governador do Banco de Portugal (BdP) disse esta segunda-feira que há tentativas de pôr em causa a independência dos bancos centrais, mas que isso não é exclusivo de alguns países. É antes uma tentação comum face às entidades que guardam o “tesouro”. A reação do Ministério das Finanças não se fez esperar.

“É lamentável”, disse ao ECO fonte oficial das Finanças. “Nunca foi essa a postura nem a forma como o Ministério das Finanças se relacionou com o Banco de Portugal. Esperamos que o senhor governador se retrate das declarações que fez em nome de um relacionamento institucional saudável”, acrescentou a mesma fonte.

É lamentável. Nunca foi essa a postura nem a forma como o Ministério Finanças se relacionou com o Banco de Portugal. Esperamos que o senhor governador se retrate das declarações que fez em nome de um relacionamento institucional saudável.

Fonte oficial das Finanças

Em causa está uma declaração do governador Carlos Costa uma semana depois de ter sido apresentado o novo modelo de supervisão. “As tentações de reduzir a independência não são uma característica só dos países do Sul. (…) Não é só uma questão dos portugueses, coloquem dinheiro num lado qualquer e a tentação vai surgir (…) Onde está o tesouro, há sempre tentações de o tirar”, disse Carlos Costa, esta manhã numa conferência sobre gestão de risco nos bancos centrais.

No novo desenho de supervisão financeira, é o próprio Governo que vai nomear o responsável que ficará com a pasta de resolução bancária. O objetivo do Executivo foi eliminar o conflito de interesses que identificam nos atuais poderes do Banco de Portugal, no seguimento de um conjunto de recomendações feitas por um grupo de trabalho liderado por Carlos Tavares.

Na nova estrutura de supervisão, haverá um supervisor com poderes reforçados — o Conselho de Supervisão e Estabilidade Financeira — que substitui o atual Conselho Nacional de Supervisores financeiros, composto pelo BdP, Comissão de Mercado de Valores Mobiliários e Autoridade de Supervisão de Seguros.

Este novo supervisor ficará não só com o poder de supervisão macroprudencial, como também com o poder de resolução bancária (ambos pertencem neste momento ao BdP). O poder de dissolver bancos será atribuído a uma entidade autónoma dentro deste novo supervisor, liderada por um dos dois administradores executivos escolhidos pelo ministro das Finanças. Ou seja, será Mário Centeno a nomear quem decide o futuro dos bancos em grandes dificuldades, a exemplo do que aconteceu no passado com o BES (2014) e Banif (2015).

Em maio, ainda antes de esta proposta de reformulação da supervisão ter sido apresentada, o governador do Banco de Portugal já tinha admitido prescindir das competências de resolução bancária (participaria mas sem ter o ónus da decisão). Mas tinha manifestado vontade em manter nas suas mãos o poder de supervisão macroprudencial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A Yupido deve-nos uma explicação, mas não é a única

  • ECO + TheNetwork
  • 25 Setembro 2017

Já toda a gente ouviu falar da Yupido, certo? Aliás, já toda a gente está farta de ouvir falar da Yupido. Foi o tema do último mês em todo o lado.

O que se falou durante muito tempo acerca da Yupido resumiu-se na maioria dos casos à intrigante avaliação daquela empresa misteriosa.

29 mil milhões, certo? Um número capaz de fazer qualquer um perder a cabeça. Quem, como, porquê, ao invés de “como assim?”. Demorou mais tempo do que devia até alguém perguntar: “mas o que é que a Yupido faz?” E o facto de o site não responder a essa pergunta foi mais motivo de piada do que preocupação.

Talvez o domínio duvidoso da língua inglesa não tenha ajudado, mas o problema é outro e não só afeta a Yupido como muitas outras jovens empresas.

Mas quando o Oficial de Contas descreve a Yupido como algo entre um telefone e a internet, talvez um novo Facebook ou uma cópia do Google, nada disto surpreendeu ninguém.

Desde que montei a TheNetwork, tenho defendido que o Empreendedorismo tem muito a ensinar à Indústria tradicional portuguesa – mas que também tem muito a aprender. E uma coisa que tem de aprender é a ser mais transparente. A ser mais claro. A fazer-se compreender.

Uma fábrica de sapatos faz sapatos. Uma fábrica de tecidos faz tecidos. Uma corticeira produz cortiça. You got the point.

Duas voltas aos stands da Web Summit e a experiência é muito diferente. Como perguntou Sam Kriss, jornalista da Vice e The Atlantic, o ano passado “what do any of the companies exhibiting at Web Summit actually do?”. As startups descobrem, transformam, revolucionam ou automatizam a próxima geração de plataformas de conteúdos para B2C e B2B. Percebe-se alguma coisa? Não. Mas talvez a ideia seja mesmo essa, e não devia ser. Não pode ser, porque é a credibilidade destas empresas que está em causa.

Voltando à Yupido: “Yupido’s mission is to provide our clients the needed infrastructure so they can operate with less costs and better time efficiency with the quality and guarantee that only Yupido can offer.” Para quem está fora do mundo das startups a descrição é ridiculamente incompreensível e vaga. Para quem está no ecosistema, esta descrição é só um pouco comprida. “Yupido – providing B2C infrastructure” ou “Less costs, more efficiency” e teríamos aqui mais uma startup como outra qualquer. Mais bem cotada, é certo.

O Empreendedorismo nasceu em Portugal em plena crise. Nasceu em parte como resposta à crise. As primeiras entrevistas da Uniplaces e da Vertty, por exemplo, falavam de uma geração a lutar por ela própria e pelo país, a gerar novos empregos em Portugal, a tentar dar a volta à coisa. Hoje a conversa é outra, é sobre tornar Lisboa e/ou Portugal um foco global. E ambas as ambições são de louvar. Se o empreendedorismo merece a exposição mediática que tem tido, pela coragem dos jovens que se lançam para o negócio próprio, com todos os riscos e dificuldades que isso acarreta, deve algo muito importante a investidores, candidatos, e consumidores: a clareza. Tem de deixar de se tentar esconder por trás de descrições vagas e de modelos de negócio incompreensíveis. Tem de crescer no mundo da objetividade, cambiando a regra de “fake it until you make it” para “If you can’t explain it simply enough, you don’t understand it well enough.”

Espero que isso seja uma das coisas que os empreendedores presentes no TheNetwork 2017 (em São João da Madeira, dias 26 e 27 de Setembro) possam aprender com os grandes empresários com anos de indústria. Uma Indústria que se reinventou com tanto sucesso nesta década, mas sem ter recorrido a subterfúgios para apresentar a sua proposta de valor, que em alguns casos lidera setores de negócio a nível mundial

Mais: há lugar para mais de 10 startups no TheNetwork e uma das grandes ambições para um evento como este é que o Networking seja consequente, e não apenas beber uns copos e trocar cartões de visita. Para isso, é necessário que todos façamos um esforço melhor para explicar exactamente o que fazemos. E não é pouco. É, aliás, cada vez mais importante no caso dos empreendedores Portugueses.

Artigo desenvolvido por: Francisco Leite, Founder TheNetwork

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Uber vai passar a entregar refeições em Lisboa

Serviço UberEATS chega a Lisboa "até ao final do ano", avançou a Uber Portugal em comunicado. Permitirá aos utilizadores encomendar refeições numa nova aplicação.

Serviço UberEATS deverá funcionar numa nova aplicação e chegará a Lisboa até ao final do anoDR

O serviço UberEATS, através do qual os utilizadores da Uber podem encomendar uma refeição que é entregue num local a pedido, está a chegar a Portugal. Lisboa será a primeira cidade portuguesa a ter esta funcionalidade que já existe noutras 100 cidades lá fora. A empresa está neste momento a “estabelecer parcerias com os melhores restaurantes da cidade”, avançou a Uber Portugal em comunicado.

“O UberEATS vai chegar a Lisboa até ao final do ano. O serviço de entrega de refeições ao domicílio da Uber vai ligar os utilizadores de Lisboa aos melhores restaurantes da cidade”, indica a empresa numa nota enviada às redações. A empresa não se compromete com uma data específica e ainda está à procura de restaurantes parceiros e estafetas. Aos primeiros, a Uber promete “um impacto real” sobre o negócio. Aos estafetas, promete “flexibilidade total” nos horários e “maiores rendimentos”.

No comunicado, a empresa de transporte, que tem já 3.000 motoristas parceiros nas várias cidades em que opera em Portugal, garante ainda que o UberEATS vai “criar centenas de oportunidades económicas para residentes locais que queiram ser parceiros de entrega de refeições através da aplicação”. “Este produto irá contribuir para o crescimento das vendas dos restaurantes parceiros, e também oferecerá dados e análises personalizadas das suas entregas, serviço de apoio ao cliente e um novo canal direto para chegar a mais clientes de forma simples e eficiente”, escreve a Uber Portugal.

Segundo o comunicado, o serviço UberEATS funcionará numa “nova aplicação” e com uma “equipa dedicada”. Rui Bento, diretor-geral da empresa, avançou que a empresa está a “reforçar” a “aposta em Portugal”: “Para além de continuarmos a trazer uma opção de mobilidade mais simples, segura e económica às cidades portuguesas, queremos tornar a descoberta gastronómica e a entrega de refeições mais rápida e conveniente aos Lisboetas com o UberEATS.”

A notícia surge na mesma altura em que se sabe que este serviço está a registar um sucesso notório noutros mercados, de acordo com o The New York Times. O serviço sobressai nas contas da Uber por ser lucrativo em pelo menos 27 das 108 cidades onde existe atualmente (dados de julho), principalmente em mercados mais orientais. É um dado particularmente curioso na medida em que o principal negócio da empresa — o transporte privado — ainda não atingiu o break-even nove anos depois de ter surgido nos Estados Unidos. No final do segundo trimestre, a Uber faturou 1,75 mil milhões de dólares, registando um prejuízo de 645 milhões. Encontra-se avaliada em mais de 70 mil milhões de dólares.

Em risco de perder a licença em Londres, líder da Uber pede desculpa

A linha de vida da Uber está pontuada de polémicas e incidentes. Em Portugal, o setor ainda aguarda regulamentação e é ilegal aos olhos das autoridades, como avançou o ECO no início do ano. A empresa está ainda em risco de perder a licença para operar em Londres já no final deste mês, o que desencadeou uma petição contra a decisão das autoridades que conta já com mais de 670.000 assinaturas.

Esta segunda-feira, o jornal The Guardian cita o novo presidente executivo da empresa, Dara Khosrowshahi, que veio a público pedir desculpa pelos erros cometidos durante o seu percurso. Os reguladores queixam-se de que a empresa não tomou as medidas apropriadas para garantir a idoneidade dos motoristas. Face a isso, o gestor afirmou: “Ao mesmo tempo que a Uber revolucionou a forma como as pessoas se deslocam nas cidades em todo o mundo, também é verdade que cometemos erros ao longo desse percurso. Em nome de todos na Uber, peço desculpa pelos erros que cometemos.” A empresa recorreu da decisão da Transports of London de não renovar a licença e aguarda uma decisão final.

(Notícia atualizada às 12h47 com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.