Bancos sobem comissões no verão. Deco estranha coincidência

  • Rita Atalaia
  • 28 Agosto 2017

A associação para a defesa dos consumidores aconselha os clientes a estarem atentos aos preços das comissões. E, caso seja necessário, que procurem outras alternativas no mercado.

A Deco está a estranhar o aumento das comissões dos bancos durante o verão. A associação para a defesa dos consumidores realça a coincidência das alterações dos preçários durante o mês de agosto, quando muitas pessoas estão de férias. Isto depois de o ECO ter dado conta de que o Novo Banco reviu as condições de isenção, exigindo agora um saldo sete vezes superior para não ter de pagar nada nas contas à ordem normais.

Nuno Rico, da Deco, afirma “que houve aqui um conjunto de alterações no mês de agosto em diversas instituições bancárias. Nós destacamos pelo menos quatro: Novo Banco, BPI, Caixa Geral de Depósitos e o agora designado EuroBic“, segundo o que foi avançado pela Antena 1 e confirmado pelo ECO. Considerando este aumento neste período, a Deco aconselha os clientes a estarem atentos aos preços das comissões. E, caso seja necessário, que procurem outras alternativas no mercado.

De acordo com a TSF, a Associação de Defesa dos Clientes Bancários (ABESD) também acusou o Novo Banco de falta de transparência. “O Novo Banco parece ter utilizado as férias para procurar que o aumento nas comissões não fosse do conhecimento público”, salienta a entidade. A ABESD considera estes aumentos inaceitáveis, afirma o presidente da associação, Luís Janeiro, que lamenta que tenha sido o banco público a dar o mau exemplo.

Em maio, o BPI publicou um documento com as alterações do respetivo preçário para vigorarem a partir do início de agosto, onde estava prevista a subida de diversas comissões, sobretudo relacionadas com cartões de crédito e débito, bem como com cheques. Já na semana passada, o Novo Banco reviu as condições de isenção das contas, exigindo agora um saldo sete vezes superior para não ter de pagar nada nas contas à ordem normais. Se até agora bastava ter 5.000 euros para estar isento de qualquer comissão de manutenção, neste momento os clientes do banco liderado por António Ramalho precisam de ter 35 mil euros na conta.

Agora é a vez de a Caixa Geral de Depósitos mudar as condições de milhares de contas até agora isentas de alguns custos. A partir de setembro, só os clientes com mais de 65 anos e pensão ou reforma inferior a 835,50 euros continuarão isentos. Em causa estão 700 mil contas, que, segundo disse Paulo Macedo num evento no mês passado, “pagam zero” pelos serviços bancários. Na altura, o presidente executivo do banco público fez saber que haveria alterações a este cenário. Na prática, vários clientes deixariam de ter uma conta base e seriam integrados nos serviços mínimos bancários, desde que cumprissem uma série de critérios preestabelecidos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Balcão da CGD de Almeida reabre “brevemente”

  • Lusa
  • 28 Agosto 2017

O encerramento do balcão da CGD da vila de Almeida, no distrito da Guarda, foi anunciado em abril e concretizado em maio. Este mês é anunciada a sua reabertura para breve.

O balcão de Almeida da Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai reabrir em breve com um colaborador e, mais tarde, passará para as instalações da autarquia, disse esta segunda-feira, à agência Lusa, o vice-presidente da autarquia. Segundo Alberto Morgado, vice-presidente da Câmara Municipal de Almeida, a reabertura das instalações será efetuada “brevemente”, sem adiantar datas.

O autarca explicou que o município assinou um protocolo com a CGD, na terça-feira, que “permite alargar as respostas dos serviços bancários às instituições públicas, aos privados e às empresas, ainda que mantendo-se a extinção do código 0057 [correspondente] à ex-agência de Almeida“. “Conseguimos, também, com esse protocolo, manter presença humana diária e permanentemente” nas instalações da CGD que atualmente apenas possuem atendimento automático, apoiado por uma funcionária, acrescentou.

O vice-presidente da autarquia disse que por parte do banco foi também garantido “que a colaboradora em funções passará a exercer a sua atividade nas atuais instalações da CGD, ainda que provisoriamente, uma vez que o protocolo contempla uma solução acordada entre as partes e as [futuras] instalações da Caixa serem concebidas nas instalações da Câmara Municipal de Almeida“. “Os clientes da ex-agência [de Almeida] serão informados do alargamento e das condições na prestação dos serviços bancários”, rematou.

Segundo Alberto Morgado, “aquilo que inicialmente estava previsto, que era transitoriamente existir presença humana e atendimento em área automática, passou a ser [em breve] atendimento presencial permanente, indo ao encontro das necessidades das repartições públicas, dos particulares e das empresas, uma vez que se trata de uma sede de concelho”.

O autarca explicou que o antigo balcão da CGD de Almeida, onde estão serviços automáticos, “não operacionaliza todas as opções, mas passará a operacionalizar, no mais curto espaço possível de tempo”. Indicou que ali vão passar a “ser feitos todos os atos bancários, exceto o serviço de caixa/tesouraria presencial”.

O encerramento do balcão da CGD da vila de Almeida, no distrito da Guarda, foi anunciado em abril. Logo nessa altura, os habitantes e os autarcas do concelho de Almeida manifestaram-se contra essa possibilidade e chegaram a ocupar as instalações.

Após o encerramento da agência, em maio, as ações de protesto foram realizadas em Vilar Formoso – onde funciona a única agência da CGD do concelho de Almeida – e os ânimos só acalmaram após o presidente da Câmara Municipal, António Baptista Ribeiro, ter reunido, no dia 16 de maio, com o Presidente da República.

O fecho da agência de Almeida faz parte do plano da CGD para encerrar 61 agências por todo o país e consta da reestruturação do banco público acordada com a Comissão Europeia, na sequência da recapitalização de cerca de 5.000 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Um terço dos depósitos já está colocado à ordem

Portugueses têm cada vez mais dinheiro parado no banco. Depósitos à ordem engordaram quase 2.000 milhões em julho. Já representam um terço do total dos depósitos nos bancos nacionais.

Os portugueses têm cada vez mais dinheiro parado no banco. Isto é, há cada vez mais dinheiro aplicado em contas à ordem. Em julho, estes depósitos viram o saldo engordar em mais quase 2.000 milhões de euros para um total de aproximadamente 48 mil milhões. Já valem um terço do total que as famílias têm depositado nos bancos.

De acordo com os dados do Banco Central Europeu (BCE), o saldo aplicado em depósitos aumentou quase 1% para 143.514 milhões de euros, o nível mais elevado do último ano. Um terço deste dinheiro está aplicado em depósitos à ordem, que aumentaram 1.960 milhões de euros para 47.935 milhões, compensando a quebra nos restantes depósitos.

O saldo dos depósitos até dois anos caiu 0,13% (90 milhões de euros) para 66.029 milhões de euros. Já o montante aplicado em depósitos com prazo superior a dois anos cedeu 2,2% (666 milhões de euros) para 29.210 milhões de euros.

Este cenário decorre de um contexto pouco ou nada favorável para manter o dinheiro aplicado num depósito a prazo no banco. Em junho, a taxa média do saldo dos depósitos a prazo fixou-se no patamar mais baixo de sempre, ficando pela primeira vez aquém dos 0,5%. Essa quebra da remuneração reflete o rumo descendente dos juros oferecidos pelos bancos nas novas aplicações em depósitos a prazo, mas também o vencimento de aplicações que pagavam taxas mais elevadas.

Isto acontece mesmo depois de o Banco de Portugal ter retirado em abril o travão que impedia os bancos de oferecer remunerações mais atrativas nos produtos dos depósitos. Retirado esse travão, as instituições podem agora voltar a oferecer taxas mais elevadas, como aconteceu com os superdepósitos no passado recente.

Ainda assim, a ação ultra expansionista do Banco Central Europeu (BCE) continua a deprimir a atividade bancária. O banco central tem mantido a taxa de juro de referência em mínimos históricos no sentido de dar força à economia da Zona Euro depois da crise da dívida.

Seja como for, os depósitos continuaram a aumentar no mês passada, numa tendência para a qual terá contribuído o regresso dos emigrantes para o período de férias em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Harvey ainda não chegou a Wall Street. Bolsas no verde

A tempestade tropical já afetou as refinarias no estado do Texas, mas o setor energético continua firme em Wall Street. As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo esta segunda-feira.

Mais de 10% da capacidade de produção de barris de petróleo foi fechada esta segunda-feira na costa do Texas, segundo a Bloomberg, mas as ações aguentaram o impacto. Wall Street abriu em terreno positivo. Apesar de os analistas preverem que as bolsas não sejam afetadas, o impacto pode chegar às cotadas do setor energético que já tiveram de fechar partes da sua produção e, em último caso, ao preço do barril.

Dow Jones está a subir 0,08% para os 21.829,27 pontos. O S&P 500 começou a sessão a valorizar 0,17% para os 2.443,05 pontos e o Nasdaq sobe 0,21% para os 6.278,85 pontos. Neste momento, tanto o Brent, em Londres, como o WTI, nos EUA, estão a desvalorizar.

O impacto da tempestade tropical na economia norte-americana, ainda que incerto, está a preocupar os investidores. Em causa estão as reservas das refinarias e todo o negócio à volta do petróleo que está a ser afetado pelo furacão Harvey. A tempestade já atingiu cerca de um terço da produção, segundo a Reuters, o que poderá colocar em causa os baixos preços do barril.

A atenção dos investidores estará, por isso, na evolução das ações das cotadas do setor energético. Segundo a Market Watch, a Exxon Mobil já fechou a refinaria de Baytown, a segunda maior do país, num subúrbio da cidade de Houston. Já a Royal Dutch Shell parou a produção em Deer Park, uma planta no Texas. Para já, as ações do setor estão a valorizar dado que os ‘futuros’ da gasolina nos EUA subiram mais de 6%.

Ainda é muito difícil de determinar o impacto económico do furacão Harvey“, explica Matt Maley, um analista da Miller Tabak, à Bloomberg. O especialista espera até que, apesar da parte negativa da destruição, a reconstrução daqueles espaços pode ter um impacto positivo na economia “de alguma forma”.

Entre os dados económicos revelados esta segunda-feira esteve o défice comercial. O Departamento do Comércio revelou que o saldo do comércio de bens — sem contar com os serviços — baixou 1,8% para os 65,1 mil milhões de dólares em julho. As exportações caíram a um passo mais acelerado do que as importações. Para trás fica o encontro de Jackson Hole onde Yellen deixou avisos.

Internamente, Donald Trump viu mais conselheiros abandonarem o seu cargo. “Atenção insuficiente às crescentes ameaças” e sistemas de defesa “pré-11 de setembro” levaram oito conselheiros a abandonar o Conselho de Infraestruturas. Em causa estará a abordagem da Administração Trump a assuntos tão sensíveis como a cibersegurança, os protestos de Charlottesville e o Acordo de Paris. Já Kim Jong-un ameaçou “afundar todo o território” dos EUA.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alugar uma ilha nas Caraíbas? É possível e… “barato”

  • ECO + BONS RAPAZES
  • 28 Agosto 2017

É uma ilha. É nas Caraíbas. É privada. É paradisíaca. É possível alugá-la. E, a melhor parte: não é assim tão cara quanto isso (tendo em conta a descrição que acabámos de fazer).

A “Bird Island” fica a apenas 20 minutos (de barco) da costa do Belize, sendo que a viagem já está incluída no preço da estadia. Na ilha, existe uma casa que acomoda até seis pessoas.

Não é a casa mais linda do mundo, é certo. Mas está toda equipada, tem camas de rede, uma “piscina” de água quente chamada Mar do Caribe e, caso já tenha esquecido, está numa ilha privada.

Agora… como é que se sobrevive numa ilha privada? Bom, quanto à água, podem ficar descansados, que é coletada e filtrada no próprio local. Quanto ao resto, mar não falta para uma ida à pesca.

Fizemos as contas e, se conseguir reunir um grupo de seis amigos (vocês incluídos), e passarem três noites na “Bird Island”, vai sar um total de 3,145€, o que, por cabeça, fica à volta dos 522€. Compensa bastante, tendo em conta que uma noite para duas pessoas custa 520€. Organize-se e divirtam-se!

520€/noite | Reservar aqui

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP não para de cair. Mercado passa fatura de 500 milhões

  • Rita Atalaia
  • 28 Agosto 2017

O banco liderado por Nuno Amado caiu durante sete sessões, para depois recuperar... e voltar a cair. Correção, mas também receios quanto a uma "aventura" na Polónia, passam fatura ao valor do BCP.

O BCP não para de cair. O banco liderado por Nuno Amado recuou durante sete sessões, o ciclo de quedas mais longo num ano, para depois recuperar… e voltar a cair. Descidas expressivas que já “custaram” mais de 500 milhões de euros ao valor de mercado de instituição num movimento de correção, mas também de receios dos investidores quanto ao impacto financeiro que a eventual compra da unidade polaca do Deutsche Bank possa ter nas contas.

 

Só este mês, o BCP perdeu quase 300 milhões de euros, mas a fatura quase duplica quando se compara o atual valor de mercado do BCP com o registado em meados do mês passado, altura em que chegou a 28 cêntimos: encolheu em 571 milhões de euros para 3.362 milhões. Em pouco mais de um mês cai 14%, sendo que só em agosto lidera as quedas no PSI-20 ao recuar pouco mais de 8%. Os títulos estão a cair 1,77% para 22,18 cêntimos, encaminhando-se para o valor de fecho mais baixo em três meses.

A queda na cotação do BCP poderá refletir uma correção, após a forte subida desde os seus mínimos de fevereiro de 2017. Adicionalmente, esta descida na cotação ocorre num contexto mais difícil para os mercados de ações na área do euro.

Albino Oliveira

Patris Investimentos

Para Albino Oliveira, gestor da Patris Investimentos, a “queda na cotação do BCP poderá refletir uma correção, após a forte subida desde os seus mínimos de fevereiro de 2017”. Mas também por estar a ocorrer “num contexto mais difícil para os mercados de ações na área do euro (Euro Stoxx 50 cai 6,50% desde os máximos de maio), e no qual o setor bancário europeu também tem vindo a apresentar um padrão de consolidação desde máximos de maio”.

BCP desvaloriza quase 14% desde máximos de julho

Mas não só. Há ainda outro fator nesta equação: o BCP mostrou-se interessado na unidade polaca do Deutsche Bank, o que pode estar a “deixar os investidores receosos quanto ao impacto nas contas do banco”, uma vez que a instituição vai desembolsar dinheiro quando “ainda não terminou a fase de estabilização financeira”, explica Paulo Rosa, trader sénior do Banco Carregosa, ao ECO. Uma operação que pode ser “um constrangimento à distribuição de dividendos a partir de 2018/2019, tal como tinha sido sinalizado aquando da realização do aumento de capital”, nota Pedro Lino, da Dif Broker.

Regressar aos ganhos?

Uma recuperação está agora dependente de uma “redução do risco de Portugal e da subida de rating“. É já na sexta-feira que a Moody’s se poderá pronunciar sobre a notação da República, à qual atribui o nível Ba1, considerado lixo e que se mantém desde julho de 2014. O outlook, que mostra a tendência de evolução da notação nos próximos meses, continua estável, o que indica que a agência norte-americana não pondera alterações ao rating para breve.

Logo a seguir, o foco dos investidores vira para a próxima reunião do Banco Central Europeu. Os responsáveis do banco liderado por Mario Draghi reúnem-se no dia 7 de setembro, depois de ter sinalizado que pode começar a reduzir o balanço. “O BCE terá um papel importante na medida que o início da subida dos juros trará um aumento das margens do setor financeiro. Até lá o BCP terá de continuar a focar-se na redução do crédito malparado e no aumento da eficiência operacional para conseguir não desiludir os investidores“, remata o administrador da Dif Broker.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Kim Jong-un ameaça “afundar todo o território” dos EUA

  • Lusa
  • 28 Agosto 2017

O governante ameaça com "o punhal da destruição", caso a administração de Donald Trump tente invadir o país asiático.

A Coreia do Norte ameaçou “afundar todo o território” dos Estados Unidos, caso a administração de Donald Trump tente invadir o país asiático, no âmbito das tensões permanentes entre as duas partes. O regime de Kim Jong-un lançou a ameaça através dos meios oficiais, fazendo-a coincidir com o Dia Nacional do Exército Naval e depois de ter avançado, no sábado, com um mais um teste de mísseis balísticos de curto alcance.

"As invencíveis forças navais estão unidas na sua determinação de afundar a totalidade dos Estados Unidos, se esse país trouxer nuvens de guerra ou de agressão ao nosso território.”

Governo da Coreia do Norte

“As invencíveis forças navais (norte-coreanas) estão unidas na sua determinação de afundar a totalidade dos Estados Unidos, se esse país trouxer nuvens de guerra ou de agressão ao nosso território”, segundo um texto publicado no jornal Rodong Sinmun, por ocasião da celebração dos 68 anos do ramo naval do exército.

No diário oficial do Partido dos Trabalhadores também se lê que o país “é agora capaz de apunhalar as costas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos com o punhal da destruição quando o desejar”, graças à tecnologia de mísseis balísticos lançados a partir de submarinos, testada em abril do ano passado.

O último teste norte-coreano de mísseis aconteceu no sábado, quando Pyongyang lançou três projeteis balísticos de curto alcance no mar do Japão, depois de um mês de silêncio balístico e depois de uma escalada de tensão entre os dois países.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Está a chegar setembro, mês do novo iPhone. O que esperar?

A Apple deverá lançar um novo iPhone nas próximas semanas. São esperados três modelos do telemóvel que está há dez anos no mercado. E um deles será uma edição limitada cheia de novidades. Conheça-as.

Setembro está quase aí — e, com ele, um novo iPhone verá a luz do dia. Como é hábito, a Apple fecha-se em copas sobre o que esperar do telemóvel mais antecipado do mercado. Mas é também comum que se saiba de todas as novidades através de fugas de informação nas páginas dos jornais.

Este é um desses artigos. Como será o próximo iPhone? Primeiro, a data da apresentação. Ainda não está confirmada, mas os últimos rumores apontam para dia 12 de setembro, de acordo com o site TechRadar. A confirmação chegará quando a Apple enviar os convites aos jornalistas e parceiros, o que deverá estar para muito breve.

Não dois, mas três iPhones

É tido como certo que a empresa liderada por Tim Cook vai aproveitar a ocasião para assinalar os dez anos do lançamento do iPhone. O jornalista da Bloomberg Mark Gurman, conhecido pelas fontes que tem dentro da empresa, tem vindo a afirmar há já vários meses que a empresa lançará não um, nem dois, mas três modelos do iPhone. Um deles será premium, de edição limitada, com mais novidades do que o habitual — e, seguramente, mais caro.

Os três modelos terão melhorias a nível dos processadores e os dois modelos ditos “normais” deverão ser evoluções dos iPhones 7 e 7 Plus atualmente no mercado. Será, portanto, na versão premium que a Apple irá experimentar algumas das últimas tecnologias e tendências do setor.

Segundo Gurman, o novo iPhone premium deverá ter ecrã com tecnologia OLED, com mais contraste e cores mais naturais do que o habitual. A dimensão também deverá ser superior, devendo haver uma tentativa da Apple em reduzir ou eliminar as margens, à semelhança do que a Samsung fez com o Galaxy S8 e com o Note8.

Na parte superior, ao centro e à frente, deverá haver espaço para um conjunto de novos sensores, como um sensor de reconhecimento facial para desbloquear o telemóvel e validar pagamentos. O aparelho deverá ter ainda um sensor de infravermelhos para permitir usar essa funcionalidade mesmo num ambiente de escuridão.

Na parte inferior, segundo a Bloomberg, o novo iPhone deverá ter um botão Home virtual embutido no ecrã. Ainda não é certo se a Apple conseguiu, finalmente, embutir no vidro o sensor de impressões digitais. Deverá também ser possível ligar o ecrã dando-lhe um toque como já acontece com alguns telemóveis Android.

O rebordo do aparelho será em aço inoxidável num telemóvel com textura envidraçada também na parte traseira. Carregar a bateria via wireless (inductive chargind) passará a ser possível. Por fim, a Apple terá planos para tornar maior o botão de On/Off e melhorar as câmaras traseiras, de forma a permitir uma série de novidades ligadas à realidade aumentada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Oito conselheiros de cibersegurança abandonam Trump por “protesto moral”

  • Juliana Nogueira Santos
  • 28 Agosto 2017

"Atenção insuficiente às crescentes ameaças" e sistemas de defesa "pré 11 de setembro" levam oito conselheiros a abandonar o Conselho de Infraestruturas.

Oito membros do Conselho Nacional de Infraestruturas dos Estados Unidos (NIAC), que trata de temas tais como a cibersegurança, abandonaram o órgão consultivo por “protesto moral”. Em causa estará a abordagem da Administração Trump a assuntos tão sensíveis como a cibersegurança, os protestos de Charlottesville e o Acordo de Paris.

Nas cartas de demissão, divulgadas pelo site NextGov, os conselheiros consideraram, individualmente, que as ações do presidente “ameaçaram a segurança nacional que jurei proteger”, com principal ênfase no que diz respeito à cibersegurança. Segundo os mesmos, esta Administração não está “adequadamente atenta às matérias de segurança que, segundo a NIAC, mais pressionam”, e que o próprio presidente dedicou “atenção insuficiente às crescentes ameaças de cibersegurança”.

Entre os oito nomes, estão três que foram transpostos da Administração Obama e que confirmaram a saída através do Twitter. Para além disso, os nomes foram retirados da página oficial do NIAC. Seguem assim a decisão dos outros sete conselheiros que se afastaram do Conselho Industrial da Casa Branca e que levaram o presidente Trump a acabar com o mesmo.

O NIAC foi criado em 2001 por George W. Bush para servir como conselheiro nas decisões relativas à segurança das infraestruturas. Na passada semana, um relatório elaborado pelo mesmo órgão advertia para a necessidade de fortalecimento dos sistemas de defesa, que segundo este estavam num estado “pré 11 de setembro”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Silêncio de Draghi faz eco no euro. Moeda toca máximos

  • ECO
  • 28 Agosto 2017

Primeiro veio o alerta de que o euro estava forte, o que fez cair a divisa. Agora, em Jackson Hole, não disse nada. E o euro está cada vez mais perto dos 1,20 dólares.

O euro continua a brilhar. A moeda única está a negociar em máximos de dois anos relativamente ao dólar, aproximando-se da fasquia de 1,20 dólares. Esta escalada surge após o silêncio de Mario Draghi sobre o desempenho da divisa na reunião de bancos centrais em Jackson Hole, nos EUA.

A moeda europeia segue a valorizar 0,08% para 1,1934 dólares, tendo chegado a ganhar um máximo de 0,34% para os 1,1965 dólares, o valor mais elevado desde janeiro de 2015, segundo dados da Bloomberg. Mantém, assim, a tendência de subida do final da última semana, altura em que ganhou mais de 1% contra o dólar.

Em Jackson Hole, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, preferiu focar o seu discurso nos possíveis riscos do protecionismo. Evitando falar na valorização do euro, o comportamento de Draghi impulsionou a moeda no mercado cambial.

Lena Komileva, da G+ Economics, fala de um “silêncio coordenado” no BCE, na sequência de um fórum da entidade europeia em Sintra no passado mês de junho, sublinha o Financial Times.

A valorização do euro faz-se sentir nos mercados acionistas. O Stoxx 600 regista perdas de 0,39%, enquanto o DAX, o índice de referência da maior economia europeia, a Alemanha, seguia a descer 0,53%, com as empresas exportadoras a serem penalizadas pelos investidores que receiam menores encomendas. Em Portugal o PSI 20 começa a semana com uma queda de 0,49%.

A par com a subida do euro, o dólar regista uma nova descida relativamente ao iene pelo segundo dia consecutivo, após as palavras da presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Janet Yellen se terem concentrado na lentidão da retoma da economia norte-americana ao invés de apontar à continuação da inversão da politica monetária no encontro dos bancos centrais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Brexit: voltam a discutir-se milhões no ringue de Bruxelas

  • ECO
  • 28 Agosto 2017

Mayweather e McGregor disputaram milhões no ringue este fim de semana. Segunda-feira os milhões discutem-se em Bruxelas com o recomeçar das negociações do Brexit.

União Europeia e Reino Unido marcaram novo frente a frente para esta segunda-feira mas ambos continuam a jogar na defensiva. Em debate estão a “conta do divórcio”, os futuros direitos dos cidadãos britânicos e a fronteira Irlandesa. O Reino Unido quer colocar as trocas comerciais na agenda da discussão e as empresas apelam ao foco nas questões económicas.

Nenhuma das partes prevê grandes desenvolvimentos na sequência do terceiro round de conversações. A União Europeia não quer avançar nas negociações sem resolver os pontos que considera chave: a “conta do divórcio”, os futuros direitos dos cidadãos britânicos e a definição da fronteira irlandesa. O secretário de Estado britânico David Davis, representante do Reino Unido nas negociações, quer incluir a questão das trocas comerciais e apela a “flexibilidade e imaginação” da parte da UE.

As negociações arrancam num clima de acusações mútuas, com a UE a apelidar de “lógica fantasiosa (magical thinking)” a aplicada pelos britânicos na questão da fronteira entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda. Por sua vez, os ingleses criticam a UE pela insistência excessiva ao nível das exigências monetárias do pós-Brexit. Recentemente, o executivo de Teresa May mostrou-se disposto a pagar 40.000 milhões de euros, abaixo dos 60.000 a 100.000 milhões de euros estimados pela UE em março.

É esperado que David Davis defenda um acordo mutuamente benéfico para os negócios que cruzam as fronteiras do Reino Unido. As empresas britânicas e alemãs, representadas pelas respetivas Câmaras de Comércio, entregaram um documento que apela aos negociadores que se concentrem nos interesses económicos comuns durante as conversações. Na sequência do Brexit, muitas empresas têm vindo a realocar-se em cidades como Amesterdão e a banca em Frankfurt, prejudicando a economia britânica.

A dificultar a posição de May está a renovada posição do partido trabalhista, que se coloca como defensor de um soft Brexit. O partido de Jeremy Corbyn quer que o Reino Unido se continue a reger pelas regras de comércio livre da UE e que fique sob a jurisdição do Tribunal Europeu da Justiça. O partido trabalhista considera ainda a hipótese de se manter como membro do mercado único após o período de transição.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal pagou mais 800 milhões ao FMI. Cheque do Santander Totta já chegou

Governo tinha anunciado que ia reembolsar o FMI em 2.600 milhões até agosto. Pagou este mês mais 800 milhões de euros depois de recebido cheque do Santander. Deve menos de 40% do empréstimo do Fundo.

Portugal voltou a fazer novo reembolso antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em agosto. O IGCP procedeu ao pagamento de cerca de 800 milhões de euros à instituição este mês, elevando para 2.600 milhões de euros o total saldado em dois meses — como tinha prometido –, numa operação que surge depois de ter recebido um empréstimo de 2.300 milhões de euros do Santander no âmbito do acordo por causa dos swaps. Já só fica a dever 37% do empréstimo concedido pelo Fundo no âmbito da assistência financeira acordada em 2011.

Em junho já havia 1.000 milhões de euros, tendo ficado prometido devolver ao FMI mais 2.600 milhões até final de agosto. Em julho, foram reembolsados cerca de 1.750 milhões de euros. E agora mais 800 milhões, anuncia a agência que gere a dívida pública no seu boletim mensal publicado esta segunda-feira.

Isto acontece depois de Lisboa ter recebido luz verde dos parceiros europeus no final de junho para acelerar os pagamentos do empréstimos do FMI mais cedo do que prevê o calendário. O objetivo é simples: aproveitar as condições mais vantajosas do mercado primário para abater a dívida mais onerosa contraída junto do Fundo em 2011.

“O IGCP concretizou em agosto um reembolso antecipado do empréstimo do FMI, no montante de SDR — direitos especiais de saque, o instrumento monetário internacional criado pelo FMI — 668 milhões, elevando a percentagem paga para 63% do empréstimo total inicial do FMI. Estes reembolsos correspondem a amortizações de capital que originalmente eram devidas em março e abril de 2020″, frisa a agência liderada por Cristina Casalinho no relatório.

"O IGCP concretizou em agosto um reembolso antecipado do empréstimo do FMI, no montante de SDR 668 milhões, elevando a percentagem paga para 63% do empréstimo total inicial do FMI. Estes reembolsos correspondem a amortizações de capital que originalmente eram devidas em março e abril de 2020.”

IGCP

Boletim Mensal

Poupar 660 milhões

Desde junho, Portugal já reembolsou 3.600 milhões de forma antecipada à instituição liderada por Christine Lagarde. Mas a ideia é alcançar os 10.000 milhões num prazo de 30 meses.

Segundo anunciou Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado Adjunto e das Finanças em julho, este plano vai permitir poupanças de 660 milhões de euros na fatura da dívida do FMI.

Na altura, o responsável explicou que o empréstimo de 2.300 milhões feito pelo Santander no âmbito do acordo com o Estado por causa dos swaps vendidos às empresas públicas iria ajudar neste reembolso antecipado. Esse empréstimo chegou este mês, segundo o boletim mensal do IGCP.

Portugal tem vindo a reembolsar mais rapidamente do que o previsto os empréstimos obtidos juntos do FMI na altura do resgate, numa estratégia que visa trocar os juros elevados cobrados pelo fundo liderado por Christine Lagarde pelas melhores condições de financiamento que tem encontrado nos mercados financeiros. Paga um juro superior a 4% ao FMI. No mercado, a República consegue financiar-se a 10 anos a uma taxa a rondar os 3%.

(Notícia atualizada às 12h31)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.