Fusão chinesa cria a maior energética do mundo

  • Lusa
  • 28 Agosto 2017

O Guodian Group, o principal grupo mineiro chinês, e o Shenhua Group, uma das maiores elétricas, vão juntar-se para criar a maior empresa mundial do setor energético.

A China vai criar a maior empresa mundial do setor energético, com a fusão do principal grupo mineiro e uma das maiores elétricas do país, informou hoje o organismo encarregue de supervisionar os conglomerados do Estado chinês. A SASAC (State-owned Assets Supervision and Administration Commission) aprovou a fusão entre o Guodian Group e o Shenhua Group, mas não avançou com mais detalhes sobre a operação.

Pequim está a encetar um processo de fusões entre os grupos estatais que controlam indústrias como o carvão, energia, aço e químicos, visando torná-los mais eficientes. O país asiático, segunda maior economia mundial, adota o que designa como economia de mercado socialista, estando os setores chaves da economia nas mãos das firmas estatais.

Pequim reconhece, no entanto, que muitas destas empresas são ineficientes e deficitárias. O setor secundário chinês sofre ainda de excesso de capacidade de produção, sobretudo nos setores do aço e do carvão. Há um mês, Pequim fixou um prazo para liberalizar as principais empresas estatais, face à pressão internacional para que acelere aquele processo, incluindo de organismos como o Fundo Monetário Internacional e grupos empresarias que operam no país.

Em 2012, duas empresas estatais diretamente tuteladas pelo governo central chinês compraram posições em Portugal: a China Three Gorges tornou-se o maior acionista da EDP (Energias de Portugal) e a China State Grid comprou 25% da REN (Redes Energéticas Nacionais).

Em 2015, uma subsidiária da Haitong Securities, empresa financeira estatal com sede em Xangai, concluiu a compra da totalidade do capital do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI), ao Novo Banco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Japão e EUA puxam pelo crescimento económico da OCDE

O PIB japonês acelerou, tal como o dos Estados Unidos, ajudando a economia da OCDE a fechar o segundo trimestre com um crescimento de 0,7%. PIB alemão desacelerou.

O crescimento económico dos países da OCDE acelerou e fixou-se em 0,7% entre abril e junho, de acordo com as estimativas provisórias publicadas esta segunda-feira. O valor compara com os 0,5% registados no trimestre anterior. A contribuir para a aceleração, estiveram sobretudo países como o Japão e os Estados Unidos.

O Produto Interno Bruto (PIB) japonês cresceu 1% neste trimestre, enquanto, entre janeiro e março, tinha evoluído apenas 0,4%. Quanto ao crescimento económico dos Estados Unidos, também acelerou, de 0,3% no primeiro trimestre para 0,6% no segundo trimestre deste ano.

O PIB britânico também acelerou, ainda que ligeiramente, de 0,2% para 0,3% no trimestre em análise. Já os crescimentos económicos de França e Itália mantiveram-se estáveis.

A completar o pacote das sete maiores economias da OCDE está a Alemanha, que se destaca pela negativa. O PIB alemão desacelerou no segundo trimestre comparativamente com os primeiros três meses do ano: 0,6% entre abril e junho contra 0,7% entre janeiro e março, informa a OCDE num comunicado.

“Em termos homólogos, o crescimento do PIB na OCDE acelerou para 2,4% no segundo trimestre de 2017, comparativamente com 2,1% no trimestre anterior. Entre as sete maiores economias, Alemanha, Japão e Estados Unidos registaram o maior crescimento anual (2,1%), enquanto a Itália registou o menor (1,5%)”, acrescenta a nota enviada às redações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Crédito Agrícola quase duplica lucro. Ganha quota no crédito

  • ECO
  • 28 Agosto 2017

O Grupo Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido consolidado de 46,9 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.

O Crédito Agrícola ganhou 46,9 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. Praticamente duplicou o resultado líquido, numa altura em que conseguiu aumentar a carteira de crédito, conquistando mercado aos concorrentes e mantendo um rácio de transformação abaixo da média do setor. O rácio de capital está bem acima do exigido.

“No primeiro semestre de 2017, o Grupo Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido consolidado de 46,9 milhões de euros para o qual o negócio bancário (SICAM) contribuiu com 43,6 milhões de euros (mais 90% face ao período homólogo)”, refere a instituição liderada por Licínio Pina.

“A evolução positiva nas variáveis-chave de atividade bancária esteve associada a uma dinâmica muito positiva do Crédito Agrícola em todas as áreas de negócio”, diz o banco, sublinhando que a carteira de crédito (bruto) a clientes ascendeu a 9,017 mil milhões de euros”, permitindo um “reforço de quota de mercado do Grupo Crédito Agrícola”.

Este crescimento do crédito acontece na mesma altura em que “os recursos de clientes sob a forma de depósitos bancários totalizaram 11,9 mil milhões de euros, evidenciando um crescimento, em termos homólogos, de 7,3% correspondente a 815 milhões de euros”. Ainda assim, o rácio de transformação está nos 70%, abaixo do limiar máximo de transformação recomendado (120%).

Imparidades de 647 milhões

“Em termos de qualidade da carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola, o rácio de crédito vencido há mais de 90 dias em junho de 2017 situou-se nos 5,9% e o rácio de crédito em risco (segundo instrução 24/2012 do Banco de Portugal) fixou-se em 9,1%”, diz a instituição em comunicado.

“O Grupo tem vindo a dar continuidade a uma gestão sã e prudente, refletida num total de imparidades acumuladas a junho de 2017 de 674 milhões de euros, valor que confere um folgado nível de cobertura do crédito vencido de 122,5%”, conclui.

Apesar das imparidades, os resultados positivos permitem ao banco manter a solidez. “De acordo com as regras de Basileia numa implementação faseada, o Grupo Crédito Agrícola apresenta um confortável nível de solvabilidade consubstanciado pelo rácio Tier 1 de 13,06%, valor francamente superior aos níveis mínimos recomendados”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de Imprensa Internacional

A Uber tem novo CEO e o herdeiro da Samsung recorreu da sentença de cinco anos de prisão. Em Bruxelas volta a discutir-se o Brexit. Nos EUA lida-se com o furacão.

O furacão Harvey faz estragos nos EUA enquanto na Europa se retomam as negociações para controlar o impacto do Brexit. Nas empresas, os abalos são ao nível da direção: a Uber tem novo CEO e o herdeiro da Samsung tenta fazer frente à justiça após ser sentenciado a cinco anos de prisão por corrupção. Na China, o CEO do Wanda Group é atingido por rumores que se refletem nas cotações em bolsa.

Financial Times

Uber com novo CEO ao volante

Dana Khosrowshahi vai saltar da frente da companhia aérea Expedia para o volante da Uber, sucedendo ao polémico Travis Kalanic. É pelo menos o nome apontado por várias fontes após reuniões que também consideravam nomes como Meg Whitman, CEO da HP, e Jeff Immelt, o CEO demissionário da General Eletric.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

BBC

Brexit: depois de Mayweather e McGregor, os milhões disputam-se no ringue europeu

Esta segunda-feira retomam-se as negociações do Brexit em Bruxelas. A União Europeia quer acordar a “conta do divórcio” e definir os direitos dos cidadãos e a fronteira Irlandesa. Contudo, nenhuma das partes da negociação está confiante num desfecho decisivo nesta fase após acusações de ambas as partes.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Bloomberg

CEO do Wanda Group parado no aeroporto. Ações caem a pique

Os media chineses noticiaram que o homem mais rico da china, o CEO do Wanda Group, terá sido detido no aeroporto quando se preparava para abandonar a China com destino a Inglaterra, para novos investimentos. O grupo refere-se às notícias como “rumores maliciosos” mas o facto é que já foram suficientes para a queda de cerca de 11% na subsidiária Wanda Hotel Development.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

New York Times

Herdeiro da Samsung recorre da sentença de cinco anos de prisão

O herdeiro do grupo Samsung, Lee Jae-yong, recorreu da sentença que o condenou a cinco anos de cadeia. O tribunal considerou provado que foram entregues subornos à então Presidente Park Geun-hye com a expetativa de obter favores do Governo no quadro da sua consolidação como chefe do grupo Samsung.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Huffington Post

Harvey: furacão despede-se dos EUA mas ainda faz estragos

O Centro Nacional de Furacões americano previu na noite de domingo que esta segunda-feira o furacão abandonasse a costa americana. Esta manhã, milhares de pessoas aguardavam auxílio. Os EUA enfrentam a maior tempestade desde 2005 com o furacão Harvey a causar pelo menos cinco mortos e dezenas de feridos no estado do Texas.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CMVM nomeia auditor para definir preço da OPA à Media Capital

Regulador dos mercados nomeou auditor independente para fixar a contrapartida mínima que a Meo/Altice terá de oferecer pelas ações da Media Capital.

A CMVM nomeou um auditor independente para fixar a “contrapartida mínima a oferecer” pela Meo na oferta pública de aquisição que lançou sobre a Media Capital, a dona da TVI. Isto depois de a Altice ter chegado a acordo com a Prisa para a compra de cerca e 95% do grupo de media português”, tendo oferecido 2,5546 euros por cada título na bolsa.

Num comunicado, o regulador indica que “a deliberação assenta na impossibilidade de determinar a contrapartida por recurso aos critérios referidos” na lei. Mais especificamente a baixa liquidez dos restantes 5% de capital dispersos na bolsa de Lisboa, o que “faz presumir, por si só, a falta de equidade da contrapartida fixada com base nesses valores”.

A Altice, dona da PT e da Meo, ofereceu 440 milhões de euros pelo grupo, numa operação de consolidação que tem sido uma tendência lá fora. Nos termos da lei nacional, foi obrigada a lançar uma oferta sobre o restante capital da empresa. Desta forma, o regulador pretende que seja determinado um preço equilibrado entre o negociado pelas empresas e o que será oferecido aos restantes acionistas.

Este é um dos negócios do ano em Portugal. O processo está, neste momento, a tramitar entre os vários reguladores. A Autoridade da Concorrência está responsável pelo dossier e já pediu um parecer à Entidade Reguladora para a Comunicação Social, que terá um parecer vinculativo se optar por chumbar a compra.

(Notícia atualizada às 10h28 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Altice dá sinal de força. Vai recomprar mil milhões em ações

  • Rita Atalaia
  • 28 Agosto 2017

A empresa liderada pelo multimilionário Patrick Drahi vai comprar ações A e B na bolsa de Amesterdão. Este é um sinal de que a Altice está confiante de que vai alcançar as metas financeiras.

A Altice quer convencer o mercado de que vai cumprir as suas metas financeiras. Para isso, anunciou que vai recomprar mil milhões de euros em ações durante o próximo ano. Um passo que é dado numa altura em que a empresa continua à procura de oportunidades de negócio.

A empresa liderada pelo multimilionário Patrick Drahi vai comprar ações A e B na bolsa de Amesterdão, de acordo com um comunicado da Altice. “No futuro, a Altice vai continuar a avaliar a aplicação deste dinheiro extra para aproveitar oportunidades de relevo de fusão e aquisição ou devolver retornos aos acionistas”, refere. Esta operação reflete, segundo a empresa, a confiança de que vai alcançar os alvos financeiros no curto prazo, reiterando todos os objetivos para este ano.

"No futuro, a Altice vai continuar a avaliar a aplicação deste dinheiro extra para aproveitar oportunidades de relevo de fusão e aquisição ou devolver retornos aos acionistas.”

Altice

Esta recompra de títulos acontece numa altura em que a subsidiária norte-americana da Altice, a Altice USA, quer expandir o negócio através da compra da Charter Communications. Mas, para tal, precisará de parceiros. Segundo avançou a Bloomberg, a telecom estará à procura de investidores privados para se juntarem ao negócio, que poderá estar avaliado em 200 mil milhões de dólares.

Em julho, a Altice também avançou para a compra da parte do grupo Prisa na Media Capital por 440 milhões de euros. A aquisição é feita através da Meo, que enviou um comunicado ao regulador, onde disse ter lançado uma oferta pública geral e obrigatória sobre o capital do grupo proprietário da TVI.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Autoeuropa vai mesmo parar. “Vai ser uma grande greve”, diz o sindicato

Plenário foi de "afirmação e solidariedade dos funcionários", diz o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, revelando que a greve na Autoeuropa vai ser uma "grande greve".

A Autoeuropa vai mesmo parar. Após o plenário dos trabalhadores da fábrica de Palmela, Rogério Silva, responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, revelou que é grande a solidariedade entre os funcionários, reiterando que a greve vai mesmo acontecer. “Vai ser uma grande greve”, diz.

“Foi um plenário de afirmação e solidariedade dos funcionários da Autoeuropa”, afirmou o responsável em declarações à SIC. Neste plenário, os trabalhadores mantiveram “a rejeição dos horários de trabalho que a empresa pretende impor”. Neste sentido, a greve agendada para 30 de agosto vai mesmo acontecer.

Rogério Silva diz que os horários que a administração pretende aplicar “são horários de segunda a sábado. Prejudicam os trabalhadores e prejudicam a empresa”. A administração vai ter de interpretar que os trabalhadores estão contra estes horários. Desregula os trabalhadores… os trabalhadores querem ter direito a estar com a família, querem o seu tempo pessoal. Querem manter a produção, mas não a troco de intensificar os horários de trabalho, os ritmos…”, notou.

Os trabalhadores “recusam a intenção da administração de implementar horários de segunda a sábado com obrigação do sábado. Estes horários têm enorme rotatividade. Vão prejudicar a saúde dos trabalhadores”, diz. “Admitam mais trabalhadores”, pede o responsável.

“A empresa tem de encontrar soluções. E nós estamos disponíveis para encontrar soluções, mas a bola está do lado da administração. Estamos disponíveis para dialogar. A administração tem de tomar a iniciativa”, salienta, rejeitando que a administração esteja a ameaçar com a deslocalização de partes da produção do novo modelo, o T-Roc, que foi apresentado a 23 de agosto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Rumores maliciosos” atingem homem mais rico da China… e bolsa de Hong Kong

  • Lusa
  • 28 Agosto 2017

Wang Jianlin, o homem mais rico da China e dono do Wanda Group, terá sido detido quando se preparava para sair do país. O grupo diz que são só "rumores maliciosos", mas as ações já estão a cair.

As ações do Wanda Hotel Development, subsidiária do conglomerado chinês Wanda Group, caíram hoje 10%, na abertura da bolsa de Hong Kong, devido a rumores sobre o presidente do grupo, Wang Jianlin, que os media chineses acusam de ter sido detido quando tentava sair da China.

O portal de notícias Boxun, escrito em chinês, mas sediado nos Estados Unidos, assegurou que Wang foi temporariamente detido na semana passada e impedido de sair da China. Segundo o mesmo portal, que cita fontes não identificadas, Wang tentou transferir todos os seus familiares para o Reino Unido, num voo privado, mas as autoridades chinesas proibiram-lhes também a saída do país. Wang Jianlin é considerado o homem mais rico da China.

O grupo Wanda emitiu, entretanto, um comunicado a criticar os “rumores maliciosos” e “completamente infundados”, e assegurou que adotará ações legais contra o portal. As ações do Wanda Hotel Development caíram até 10%, nas primeiras transações do dia na bolsa de Hong Kong.

O grupo Wanda está sobre apertada vigilância das autoridades chinesas, devido ao aumento da sua dívida, suscetível de gerar riscos para o sistema financeiro do país. O Governo chinês pediu recentemente aos bancos estatais que limitem os empréstimos para projetos e aquisições além-fronteiras do grupo. No mês passado, o Wanda anunciou que saldou a maior parte das suas dívidas, que ascendiam a 200.000 milhões de yuan (25.688 milhões de euros), após a venda de hotéis e parques de diversão.

O Wanda Group começou por se impor no setor imobiliário, mas nos últimos anos passou a investir também no cinema e no turismo. Em 2012, mediatizou-se ao adquirir a empresa norte-americana AMC Entertainment, proprietária da segunda maior cadeia de cinemas dos EUA. No ano passado, anunciou a compra da Legendary Entertainment, produtora de filmes como “Jurassic World” e “Godzilla”, por 3.500 milhões de dólares (2.930 milhões de euros). O grupo detém ainda a cadeia de cinemas Odeon & UCI, presente em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cidades europeias apertam o cerco aos automóveis a diesel

  • ECO
  • 28 Agosto 2017

Face às novas regras de emissões diesel, vários carros enfrentam restrições para circular pelas cidades europeias. Em Portugal contam-se 1,4 milhões que poderão não ser bem-vindos no estrangeiro.

Os 1,4 milhões de carros a gasóleo comprados entre 2006 e 2014 em Portugal não cumprem as normas de emissões que estarão brevemente em vigor em cidades europeias como Madrid ou Paris.

São onze as cidades europeias que prometem proibir a circulação de veículos a gasóleo até 2025, conta o Diário de Notícias. Duas delas são Madrid e Paris. Mas ainda antes desse ano, as regras vão apertar e permitir apenas a entrada de veículos diesel mais amigos do ambiente, isto é, aqueles cuja matrícula exibe uma data de produção posterior a 2014.

Em Portugal, existem 1,4 milhões de veículos a diesel que datam de anos anteriores a 2014. Isto significa que estes carros deverão desvalorizar, para além de conhecerem novas fronteiras à sua circulação. A única hipótese para os condutores é trocá-los ou fazer alterações que os tornem mais “verdes”.

Portugal ainda é um dos países europeus com maior percentagem de carros a diesel. A situação não parece preocupar as associações automóveis nacionais. O presidente da ANECRA, representante dos concessionários, afirma que “Existe algum empolamento à volta desta questão”. Carlos Barbosa, presidente da ACP, acredita que “Os carros a gasóleo não vão desaparecer tão cedo”.

"Os carros a gasóleo não vão desaparecer tão cedo. Só os sonhadores é que pensam assim. Vamos ter carros a combustão durante muito tempo. As marcas estão a fazer motores cada vez mais pequenos e limpos. Daqui a cinco anos, um carro a gasóleo valerá mais do que um carro a gasolina”

Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP)

Um país que serve de ilustração a estas preocupações é a Alemanha, casa da marca Volkswagen e portanto palco dos recentes escândalos de carros a diesel que tinham um dispositivo que manipulava o registo das emissões poluentes. As grandes fabricantes automóveis alemãs — BMW, Mercedes, Opel e Volkswagen — reuniram recentemente com o governo e acordaram uma redução de emissões para os seus veículos de 25% a 30%, alterações que vão custar cerca de 500 milhões de euros, acrescenta o Diário de Notícias.

Perto de um terço dos alemães pretende trocar o seu carro a diesel. Contudo, o presidente da associação de comerciantes alemã assinala que “os clientes estão indecisos. Precisamos de sinais claros do governo para perceber em que condições os diesel vão ser afetados pelas restrições à circulação“.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Travão da OPEP vai encolher produção de petróleo de Angola

  • Lusa
  • 28 Agosto 2017

A produção do "ouro negro", a principal fonte de rendimento de Angola, vai continuar a cair este ano e no próximo. A previsão é da consultora BMI Research.

A consultora BMI Research estima que a produção de petróleo em Angola vai abrandar a curto prazo, bombeando em média 1,69 milhões de barris por dia este ano, abaixo dos 1,74 milhões do ano passado.

“Um desempenho fraco até agora e a nossa perceção de que Angola vai querer cumprir a redução acordada no âmbito da Organização dos Países Exportadores de Petróleo levou-nos a baixar a previsão de produção de petróleo para 2017 e 2018″, lê-se numa nota enviada aos investidores.

"Um desempenho fraco até agora e a nossa perceção de que Angola vai querer cumprir a redução acordada no âmbito da Organização dos Países Exportadores de Petróleo levou-nos a baixar a previsão de produção de petróleo para 2017 e 2018.”

BMI Research

Na nota de análise, a que a Lusa teve acesso, os peritos afirmam esperar “uma produção total média de 1,695 milhões de barris por dia em 2017, uma queda face aos níveis de 2016, quando Angola produziu em média 1,734 milhões de barris diários”.

Em 2018, a BMI Research antevê que a produção suba para os 1,813 milhões de barris por dia”, alicerçada no poço Kaombo, gerida pela francesa Total, mas afirma que, a médio e longo prazo, “uma séria falta de investimento devido a condições de mercado más e um ambiente operacional mau limitam o potencial [de Angola] a longo prazo”.

Sobre a Sonangol, a companhia nacional de petróleo, a BMI Research diz que, “apesar de ter [sido] apresentada uma visão impressionante para a empresa, tem havido pouca evidência de reformas no que diz respeito à própria companhia e à sua relação com as companhias internacionais de petróleo que operam nas águas do país”.

Os preços mais baixos e um aumento da cautela nos investimentos vão garantir que a competição continue a fazer-se sentir, com a qualidade dos recursos e o preço dos projetos a serem os aspetos mais importantes, mas o ambiente operacional também é um critério importante para os decisores, conclui a consultora.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Harvey faz disparar gasolina para máximo de dois anos

  • Rita Atalaia
  • 28 Agosto 2017

O furacão Harvey, já convertido em tempestade tropical, levou ao fecho de várias refinarias no estado do Texas. Uma redução da atividade que provocou o disparo do preço da gasolina nos mercados.

Harvey, a maior tempestade nos EUA desde 2005, fez disparar os preços da gasolina para máximos de dois anos. O furacão, já convertido em tempestade tropical, fez pelo menos cinco mortos e dezenas de feridos na passagem por Houston, no Estado do Texas, inundando cidades e encerrando refinarias com capacidade para produzir 2,26 milhões de barris por dia. Já os preços do petróleo continuaram a negociar sem grandes alterações, com o West Texas Intermediate (WTI) perto dos 48 dólares.

Os combustíveis subiram 6,8% nos mercados, depois de a tempestade ter obrigado ao encerramento de oleodutos, o que limitou a chegada do crude ao Texas e deixou o porto de Nova Iorque sem gasolina. “Os preços da gasolina vão continuar a subir esta semana, uma vez que são esperados mais três dias de chuva em Houston”, afirma Andy Lipow, presidente da consultora Lipow Oil Associates, à Bloomberg.

"Os preços da gasolina vão continuar a subir esta semana, uma vez que são esperados mais três dias de chuva em Houston.”

Andy Lipow, presidente da consultora Lipow Oil Associates

“Com os operadores dos oleodutos a começarem a encerrar, prevejo uma redução da atividade nas refinarias. Um disparo dos preços da gasolina e do diesel vai provocar o aumento dos preços do petróleo“, explica. “Vamos assistir a um aumento dos preços dos combustíveis, mas penso que os preços do petróleo vão continuar mais estáveis”, contraria o economista Mark Pervan.

Por agora as cotações do “ouro negro” não sofreram alterações significativas nos mercados internacionais. O WTI, negociado em Nova Iorque, está a cair 0,5% para 47,63 dólares, ao passo que o Brent, negociado em Londres, desce apenas 0,02% para 52,44 dólares.

O Harvey foi o furacão mais forte a atingir os Estados Unidos desde 2005 e o estado do Texas desde 1961, tendo chegado ao litoral norte-americano na sexta-feira. Segundo o autarca de Houston, Sylvester Turner, as autoridades já receberam mais de dois mil pedidos de ajuda por causa de inundações, de acordo com a Lusa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Julho é o novo dezembro: Compras de verão ultrapassam as do Natal

  • ECO
  • 28 Agosto 2017

As lojas portuguesas receberam mais de 4 mil milhões de euros em pagamentos multibanco no mês de julho: um valor superior ao habitualmente registado na época natalícia.

Os estabelecimentos comerciais, que vão desde lojas a restaurantes e hotéis, receberam 4.056 milhões em pagamentos multibanco no mês de julho: um recorde que supera os valores da época natalícia. As contas são do Banco de Portugal.

Os portugueses gastaram, em média, 130 milhões de euros por dia, calcula o Correio da Manhã (acesso pago) com base no relatório do banco central. Um valor que reflete um crescimento de 10% nas compras por multibanco relativamente ao ano anterior, o que permite uma poupança de 30 milhões, já que os pagamentos em dinheiro saem 2,4 vezes mais caros à sociedade.

Os cartões são cada vez mais utilizados para compras de valores mais baixos, com a média do valor por cada transação a cair dos 40 euros em 2012 para os 38,6 euros em 2016, revela a SIBS, a gestora da rede multibanco.

Já os levantamentos caíram oito milhões entre os portugueses e sete milhões entre os estrangeiros, demonstrando uma preferência pela utilização de cartão em detrimento de dinheiro vivo. Foram levantados 2.737 milhões euros no total. Os levantamentos que os portugueses fizeram no estrangeiro subiram ligeiramente, 3,6 milhões de euros para os 41,6 milhões.

Estes dados são revelados numa altura em que é sabido que os turistas gastam 33 milhões de euros por dia em Portugal. Os turistas gastaram em 2017 o dobro daquilo que tinham despendido em 2016 nas suas visitas ao país mais solarengo da Europa. O turismo contribui desta forma em 65% para o saldo da balança de serviços, contabilizando mais de seis mil milhões no primeiro semestre.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.