Unita contesta o anúncio da vitória do MPLA

  • Lusa
  • 24 Agosto 2017

Após o anúncio do MPLA de que a vitória nas eleições à presidência de Angola estaria assegurada, a oposição exige que a CNE divulgue os "resultados provisórios reais".

O vice-presidente da UNITA, Raúl Danda, contestou hoje o anúncio de vitória do MPLA nas eleições gerais angolanas, exortando a Comissão Nacional Eleitoral “a ter a coragem de divulgar os resultados provisórios reais” que vão chegando aos partidos.

Não sei de onde o MPLA está a tirar este resultado. Nós estamos a falar daquele que é o resultado real, e que estamos à espera que a CNE tenha coragem de divulgar. Não sabemos porque não o fez até agora”, disse à agência Lusa Raúl Danda.

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) anunciou esta quinta-feira que, com cinco milhões de votos escrutinados em todo o país, tem a “maioria qualificada assegurada” e a eleição de João Lourenço para Presidente da República.

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Insolvências em Portugal triplicam em dez anos

  • Lusa
  • 24 Agosto 2017

Este ano o aumento do número de insolvências deve abrandar, assim como no próximo. Contudo, nos últimos dez anos tem sido sempre a somar: até atingir o triplo dos números de 2007.

As insolvências em Portugal triplicaram em 10 anos, mas deverão abrandar este e no próximo ano, de acordo com um relatório elaborado pela especialista em seguros de crédito Crédito y Caución.

O relatório sinaliza que o número atual de insolvências em Portugal continua a ser o triplo do registado em 2007, mas prevê um sólido decréscimo de 10% e 6% em 2017 e 2018, “o que poderia reduzi-lo para cerca de 270% dos valores anteriores à crise”.

A Crédito y Caución prevê uma redução das insolvências a nível global de 3% este ano e de 2% em 2018, devido à recuperação “cada vez mais robusta na zona euro”. “Assistimos a uma recuperação generalizada da atividade económica global, com forte apoio da produção industrial, do comércio internacional e do investimento“, refere o documento.

Entre os fatores improváveis que poderiam comprometer estas previsões, o relatório cita “um ajustamento monetário desordenado, correções no mercado de valores ou uma acentuada desaceleração na China que diminua a procura global de importações”.

A incerteza política “é também um risco persistente, enquanto decorrerem as negociações do Brexit e as renegociações de acordos comerciais dos Estados Unidos”, refere. Na Grã Bretanha, as previsões apontam para um crescimento das insolvências de 2% em 2017 e de 4% em 2018.

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Murdoch quer comprar TV australiana. Autoridades dão “luz verde”

  • ECO
  • 24 Agosto 2017

Após a aquisição do total das ações da britânica Sky News, os Murdoch querem estender o seu império dos media a mais um meio de comunicação australiano.

Rupert Murdoch, o dono da 21st Century Fox e mais recentemente da Sky News, possui um império na indústria dos media que alcança milhões de espetadores espalhados pelos EUA e vários países da Europa. Agora, o filho Lachlan Murdoch associa-se a um magnata australiano para comprar a também australiana Ten Network e já obteve o “sim” da autoridade da concorrência australiana.

As Comissão Australiana para a Concorrência e Consumo (ACCC) afirma que esta aquisição conduz a uma “redução na diversidade” nos media australianos, contudo, não vetam a negociação pois não vai “reduzir substancialmente a concorrência”, avança o Financial Times.

Lachlan Murdoch junta-se a Bruce Gordon nesta proposta de aquisição da Ten Network. Bruce Gordon já o o dono das cadeias televisivas Win e Nine Entertainment, as redes que competem atualmente com a almejada Ten Network.

"Enquanto que a transação vai resultar em alguma redução na diversidade dos media australianos, concluímos que não irá reduzir substancialmente a competição, este que é o teste para o qual é pedido à ACCC que avalie as aquisições”

Rod Sims, presidente da Comissão Australiana para a Competição e Consumo (ACCC)

Apesar desta aprovação, a aquisição terá ainda de passar o escrutínio do parlamento australiano, que irá a votação nas próximas semanas. Ainda de acordo com o Financial Times, o governo tem pressionado os senadores independentes a concordarem com o pedido. A oposição já se manifestou contra.

A lei australiana dita que um grupo de media só pode deter dois dos três tipos de meios de comunicação, rádio, televisão ou jornais. A News Corp de Murdoch já possui dois terços dos jornais em circulação na Austrália, algumas estações de rádio e aumentou recentemente a participação na televisão Foxtel.

Esta aprovação surge numa altura em que a 21st Century Fox está a ser investigada no Reino Unido para avaliar se não terá excesso de poder sobre o panorama dos media britânicos. Com a compra da rede Sky News, os media de Murdoch alcançam atualmente os 22 milhões de pessoas no Reino Unido, Irlanda, Alemanha, Áustria e Itália.

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Contagem ainda decorre, mas MPLA diz ter “maioria qualificada assegurada”

O partido de João Lourenço diz ter já a "maioria qualificada assegurada". A contagem de votos ainda decorre e a Comissão Nacional Eleitoral de Angola não divulga resultados provisórios.

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) declarou, esta quinta-feira, que, com cinco milhões de votos escrutinados em todo o país, tem a “maioria qualificada assegurada”, garantindo a eleição de João Lourenço para Presidente da República. O anúncio foi feito por João Martins, secretário do MPLA para assuntos políticos e eleitorais. Mas o escrutínio ainda decorre e não há resultados provisórios oficiais.

“Temos vindo a fazer a compilação dos dados que os nossos delegados de lista nos têm remetido, das atas síntese que obtiveram das assembleias de voto a nível de todo o país. Numa altura em que temos escrutinado acima de cinco milhões de eleitores, o MPLA pode garantir que tem a maioria qualificada assegurada. Por isso, é com tranquilidade que podemos assegurar que o futuro Presidente da República será o camarada João Manuel Gonçalves Lourenço e o futuro vice-Presidente da República será o camarada Bornito de Sousa Baltazar Diogo“, disse o responsável do MPLA, na sede nacional do partido, citado pela Lusa.

Há que ressalvar, contudo, que as contagens ainda decorrem e que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola, responsável pela divulgação dos resultados, não fez qualquer divulgação de resultados provisórios. Além disso, há 15 assembleias de voto, de três províncias angolanas, que vão votar apenas no sábado. Júlia Ferreira, porta-voz da CNE, explicou que “situações de força maior”, como o mau tempo, impediram a entrega de material logístico nestas assembleias de voto, afetando 1310 eleitores, que não puderam votar.

Contrariando este anúncio, o Maka Angola, projeto liderado pelo jornalista e ativista Rafael Marques, dá conta de que a maioria do MPLA poderá estar em risco. “Mais de um milhão e cem mil votos contabilizados dão ao MPLA 51 por cento dos votos, seguindo-se a UNITA com 36 por cento e a CASA-CE, em terceiro lugar, com 11 por cento. Estes resultados refletem a contagem paralela efetuada pela UNITA, com base nas atas-síntese em sua posse”, indica o Maka Angola.

Já João Lourenço, na sua conta oficial de Twitter, diz aguardar os resultados com confiança e tranquilidade. “Confiança na escolha do povo pelas nossas propostas e visão de país. Tranquilidade por saber que somos capazes de levar Angola a patamares cada vez mais altos de desenvolvimento”, escreve o candidato.

Os resultados provisórios das eleições gerais em Angola serão divulgados esta sexta-feira, dia 25 de agosto. Os resultados definitivos só serão conhecidos a 6 de setembro e a tomada de posse do novo Presidente da República de Angola decorrerá a 21 de setembro.

Notícia atualizada às 12h49 com mais informação.

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Brasil: Privatizações vão render 40 mil milhões de reais

  • Juliana Nogueira Santos
  • 24 Agosto 2017

Serão 57 as infraestruturas que deverão passar da mão do Estado para privados. Prevê-se que o negócio renda 40 mil milhões de reais, mais 45 mil milhões em investimentos ao longo do tempo.

O Governo Federal brasileiro anunciou que quer privatizar 57 infraestruturas, entre as quais 14 aeroportos, vários portos e até áreas de exploração de petróleo. Em contagem decrescente para fechar as contas públicas, o objetivo de estimular a economia e obter mais receitas poderá ser alcançado, visto que o Governo prevê arrecadar 40 mil milhões de reais entre 2017 e 2018.

A Casa da Moeda, responsável pela emissão de moeda, e a raspadinha LOTEX, também fazem parte do pacote. Foi também anunciada a privatização da energética estatal brasileira, a Eletrobras, que vai ser feita através da emissão de novas ações. Os títulos da empresa dispararam 35,5% quando a notícia foi conhecida, tendo esta valorizado nove mil milhões de reais em apenas uma manhã.

O Governo prevê também que a concessão ainda gere mais 44,5 mil milhões de reais em investimentos ao longo dos contratos. O mercado reagiu positivamente às propostas de privatização, com a Ibovespa a renovar máximos de seis anos. Para além disso, a bolsa de São Paulo ultrapassou a barreira 70 mil pontos.

Lista completa de infraestruturas a privatizar

  • Aeroporto de Maceió (AL)
  • Aeroporto de João Pessoa (PB)
  • Aeroporto de Aracaju (SE)
  • Aeroporto de Juazeiro do Norte (CE)
  • Aeroporto de Campina Grande (PB)
  • Aeroporto de Recife (PE)
  • Aeroporto de Várzea Grande (MT)
  • Aeroporto de Rondonópolis (MT)
  • Aeroporto de Sinop (MT)
  • Aeroporto de Alta-Floresta (MT)
  • Aeroporto de Barra do Garças (MT)
  • Aeroporto de Vitória (ES)
  • Aeroporto de Macaé (RJ)
  • Aeroporto de Congonhas (SP)
  • Alienação da participação acionária da Infraero do Aeroporto de Brasília
  • Alienação da participação acionária da Infraero do Aeroporto de Confins
  • Alienação da participação acionária da Infraero do Aeroporto do Galeão
  • Alienação da participação acionária da Infraero do Aeroporto de Guarulhos
  • Rodovia BR-153 (GO/TO)
  • Rodovia BR-364 (RO/MT)
  • Cedência onerosa do terminal de Miramar no Porto de Belém (PA) MIR 01
  • Cedência onerosa do terminal de Miramar no Porto de Belém (PA) BEL 05
  • Cedência onerosa terminal de Miramar no Porto de Belém (PA) BEL 06
  • Terminal de Granéis Líquidos no Porto de Belém (PA) BEL 02A
  • Terminal de Granéis Líquidos no Porto de Belém (PA) BEL 02B
  • Terminal de Granéis Líquidos no Porto de Belém (PA) BEL 04
  • Terminal de Granéis Líquidos no Porto de Belém (PA) BEL 08
  • Terminal de Granéis Líquidos no Porto de Belém (PA) BEL 09
  • Terminal de Granéis Líquidos em Vila do Conde (PA) VDC 12
  • Terminal de Grãos em Paranaguá PAR07
  • Terminal de Grãos em Paranaguá PAR08
  • Terminal de Grãos em Paranaguá PARXX
  • Terminal de Granéis Líquidos em Vitória (ES)
  • Renovação antecipada do Terminal de Fertilizantes no Porto de Itaqui (MA)
  • Autorização de investimentos no Terminal Agrovia do Nordeste no Porto Suape (PE)
  • CODESA – Companhia Docas de ES
  • Central Hidroelétrica de Jaguara (MG)
  • 11 lotes de Instalações de Linhas de Transmissão de Energia
  • 3ª rodada sob Regime de Partilha de Produção na Área do Pré-Sal
  • 15ª rodada de Blocos para Exploração e Produção
  • 5ª rodada de Licitações de campos terrestres maduros
  • 4ª Rodada de blocos sob o Regime de Partilha de Produção
  • Privatização da CASEMG
  • Privatização da CESAMINAS
  • PPP da Rede de Telecomunicações Integrada do COMAER
  • Privatização da Casa da Moeda
  • Concessão da LOTEX, mais conhecida como ‘Raspadinha’.

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Quer rescindir mas a operadora não lhe atende? Anacom sugere outras vias

O regulador das telecomunicações emitiu um comunicado onde alerta que as rescisões de contratos com as operadoras podem ser feitas também por escrito e em loja.

O aumento dos preços das telecomunicações efetuado pelas principais operadoras no final do ano passado que a Anacom considerou irregular continua na ordem do dia. O regulador considerou que as operadoras não notificaram os clientes da opção de poderem rescindir os contratos fidelizados sem custos e obrigou-as a darem um novo prazo aos clientes que o queiram fazer. No entanto, surgiram queixas de muitos clientes que afirmaram não estar a conseguir rescindir, pelo que a Anacom vem agora propor “alternativas”.

Como noticiou o ECO na semana passada, têm surgido queixas de clientes que garantem que não estão a conseguir rescindir os contratos com as operadoras, devido aos alegados infindáveis tempos de espera nas linhas. A Anacom “tomou conhecimento da existência de dificuldades nas rescisões de contratos, por parte de clientes que receberam as comunicações enviadas pelos operadores”. E lembra de que há várias formas de romper o vínculo a uma empresa.

“Os clientes que pretendam exercer o direito de rescisão podem fazê-lo, não só pessoalmente em qualquer loja ou por telefone, mas também por escrito, através de qualquer um dos contactos indicados nos respetivos contratos ou divulgados ao público (morada, fax, endereço de email, etc.) ou ainda através da área de cliente da página do operador na Internet, se esta possibilidade estiver disponível”, aponta o regulador das comunicações.

Mais. A Anacom garante que “o pedido de rescisão não depende da apresentação de quaisquer documentos, para além dos que forem estritamente necessários para a confirmação da identificação do assinante”. A entidade conclui, alertando que os clientes dispõem de “três meses para solicitar o uso dos números no mesmo operador ou pedir a respetiva portabilidade” caso “pretendam manter os seus números de telefone”.

A associação de defesa do consumidor Deco tem exercido pressão junto da Anacom para que prolongue os prazos de rescisão face às dificuldades reportadas. No entanto, segundo a rádio TSF, o regulador alega não ter competência para isso. Em contrapartida, Vodafone e Nowo, questionadas pelo ECO sobre a possibilidade de estenderem os prazos, responderam que acatariam qualquer ordem da Anacom nesse sentido. Meo e Nos não responderam a esta e a outras questões colocadas pelo ECO sobre as medidas corretivas impostas pela Anacom.

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Espanha bate recordes com o maior crescimento desde 2015. Supera o de Portugal

  • Lusa e Bloomberg
  • 24 Agosto 2017

Consumo interno impulsionou os bons resultados da economia espanhola, que cresceu 0,9%. Pelo contrário, o Reino Unido tem a maior quebra no consumo desde 2014 e o crescimento mais fraco desde 2012.

A economia espanhola cresceu 0,9% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior e aumentou 3,1% em termos homólogos, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol. O consumo interno foi a chave para o crescimento que, com os números recorde, supera o do PIB nacional, de 0,2% de abril a junho. No Reino Unido, o consumo interno abrandou e pesou no mais fraco crescimento da economia desde 2012.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) espanhol foi superior em uma décima ao registado nos três primeiros meses do ano, refere o INE em comunicado, salientando que se trata da taxa de crescimento trimestral mais elevada desde o terceiro trimestre de 2015. O PIB espanhol cresceu 3,1% no segundo trimestre deste ano em termos homólogos, quando nos dois trimestres anteriores registou um crescimento de 3%. A variação mensal do PIB espanhol no segundo trimestre foi impulsionada pelo consumo interno, apesar da desaceleração do investimento e das exportações.

No Reino Unido, o cenário foi inverso. A economia cresceu 0,3% no segundo trimestre, tornando-o o pior trimestre desde 2012. O aumento de apenas 0,1% no consumo interno foi o pior desde 2014, quebra que se fez notar no PIB. As vendas de carros diminuíram após um primeiro trimestre forte. O investimento estancou e as trocas comerciais também não foram um fator adjuvante para o segundo trimestre.

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Geringonça já pôs todas as cartas do IRS em cima da mesa

PCP quer dez escalões, PEV propõe regresso aos oito. O Bloco quer 1,2 mil milhões em dois anos para baixar o imposto. Governo só tem 200 milhões disponíveis e admite a criação de um novo escalão.

Os partidos que garantem a maioria parlamentar do Governo já puseram em cima da mesa as suas propostas para o IRS no próximo ano. PCP e Bloco de Esquerda já tinham feito conhecer as suas exigências e, esta quinta-feira, é a vez do Partido Ecologista Os Verdes (PEV), que propõe o regresso aos oito escalões de IRS.

O desagravamento do IRS é a principal medida dos acordos da esquerda que falta cumprir. Mário Centeno já fez saber que o Governo está a preparar alterações que podem passar pela criação de novos escalões. O ministro das Finanças promete uma “diminuição que permita progressividade no imposto adequada”. O Governo abre assim a porta à criação de um novo escalão e o foco deverá ser o segundo escalão, que compreende rendimentos até 20 mil euros.

Mas esta abertura do Governo fica muito aquém das pretensões dos parceiros da esquerda.

Bloco pede 1,2 mil milhões em dois anos

Em entrevista à SIC Notícias, em maio, Catarina Martins disse que pretende 600 milhões em 2018 e “outro tanto” em 2019 para baixar o IRS. A quantia, afirmou, é necessária para “despesa em criação de escalões”, de forma a “desfazer aquilo que foi a enorme injustiça criada por Vítor Gaspar”. Mais de mil milhões de euros, assim, em dois Orçamentos de Estado, o que ultrapassa em muito a verba de 200 milhões apontada inicialmente do Programa de Estabilidade.

O Bloco de Esquerda ainda não detalhou, contudo, quantos escalões deverão ser criados. “Depende da forma como são feitos esses escalões, onde é que eles ficam”, disse, na altura, Catarina Martins.

PCP quer duplicar escalões

Para o PCP, a reforma do IRS não deve ser discutida em termos de quantias em euros, mas em número de escalões. Os comunistas querem duplicar o número de escalões de IRS, atualmente cinco.

Este será um dos pontos de maior fricção nas negociações com o Governo. Ainda esta semana, o deputado comunista João Oliveira disse, em entrevista à agência Lusa, que a solução do desdobramento dos escalões do IRS não avançou em 2017 porque resultaria no desagravamento de impostos também para os rendimentos mais elevados.

“[O desdobramento de escalões do IRS] foi uma das soluções que se discutiu no Orçamento do Estado para 2017 que acabou por não ser concretizada porque se encontrou um problema que tinha que ver com o efeito que isso teria nos rendimentos mais elevados”, revelou João Oliveira, sublinhando que o objetivo “não é propriamente” o desagravamento de impostos nos rendimentos mais altos.

PEV propõe regresso aos oito escalões

Esta quinta-feira, o PEV entra na discussão do IRS. Em entrevista à Lusa, José Luís Ferreira defende o regresso aos oito escalões de IRS. “Seria importante que este orçamento pudesse, pelo menos, colocar os escalões do IRS em oito, tal como estavam antes de o PSD/CDS terem estado no Governo, procurando aliviar a carga fiscal em sede de IRS para os rendimentos mais baixos”, defendeu.

José Luís Ferreira considerou que não é com os 200 milhões de euros que o Governo tem disponíveis que é possível aliviar a carga fiscal dos baixos rendimentos, mas disse estar “em crer que o Governo irá ponderar porque terá de negociar com os partidos de quem depende e que fazem parte deste apoio parlamentar”.

“Vamos ver se o Governo disponibiliza outro montante que não esse porque esse seria de todo insuficiente para dar resposta àquele que é o compromisso com as pessoas, que era acentuar a natureza progressiva do IRS”, apelou. O deputado do PEV diz ainda que, caso não seja possível criar os oito escalões, haverá de se “arranjar outras soluções que procurem reforçar essa natureza progressiva do IRS”.

“Não vou dizer aqui que se não forem oito escalões, Os Verdes votarão contra o Orçamento do Estado para 2018, porque não é isso que está em causa”, assegurou.

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Ela (só) quer comprar o Twitter. E depois expulsar Trump

Não é clickbait. É uma campanha de angariação de fundos que pede mil milhões de dólares para... comprar o Twitter. Foi criada por uma ex-agente secreta da CIA. E o objetivo? Expulsar Donald Trump.

É um caso insólito. Uma ex-agente da CIA está a pedir mil milhões de dólares para comprar o Twitter. O objetivo é expulsar o Presidente Donald Trump da rede social dos 140 carateres.

A protagonista é Valerie Plame Wilson, ex-agente secreta da CIA, que abandonou a entidade em 2005. Plame Wilson decidiu lançar a campanha de crowdfunding na plataforma GoFundMe, pedindo mil milhões de dólares para adquirir a empresa norte-americana. Numa mensagem na rede social, justificou: “Se os executivos do Twitter não calam a violência e o ódio de Trump, então teremos de ser nós. #BuyTwitter #BanTrump”, escreveu.

Os polémicos tweets do Presidente, que usa a rede social para se defender de ataques e atacar adversários, dão muitas vezes origem a escândalos e celeuma. Ao mesmo tempo, o Twitter tem vindo a apertar as medidas de combate ao discurso de ódio na rede social, havendo quem defenda que a atitude de Trump não se enquadra na política de utilização da plataforma. É o caso de Plame Wilson que, segundo a Associated Press, defende que os tweets de Trump “prejudicam o país e colocam pessoas em perigo”.

A campanha de angariação de fundos ainda só conseguiu 35.036 dólares dos mil milhões pedidos. Era o montante inscrito na página da plataforma à hora de publicação deste artigo, esta quinta-feira de manhã, proveniente de 1.070 pessoas que aceitaram fazer parte da campanha. Num comunicado citado pela agência, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, disse que o baixo montante angariado mostra que os norte-americanos gostam que o Presidente use o Twitter.

É provável que a verdadeira intenção de Plame Wilson seja apenas a de sensibilizar o público para o tema. E isso já conseguiu: a campanha foi viral. No entanto, ainda que a ex-agente da CIA conseguisse juntar os mil milhões e dólares, teria de juntar pelo menos mais cinco mil milhões de dólares só para que conseguisse garantir uma participação de controlo na empresa responsável pela rede social. Mil milhões dariam, ainda assim, uma posição confortável para exercer influência. Contactado pela agência, o Twitter preferiu não comentar o caso.

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CaixaBI: Venda das revistas da Impresa é “um passo necessário”

Banco indica que decisão da Impresa de alienar ativos no setor das revistas é "um passo necessário" no sentido de "uma maior desalavancagem" do grupo. Deadline da venda é até ao final do ano.

A Impresa IPR 0,99% quer vender a maioria das revistas do grupo até ao final do ano, ou então fechá-las. A notícia foi conhecida esta quarta-feira e surpreendeu o mercado, provocando uma pressão vendedora sobre as ações da companhia. Ao que o ECO apurou, no segmento de publishing, a Impresa só deverá ficar com o Expresso e a Caras. Para o CaixaBI, este “reposicionamento estratégico” é “um passo necessário”.

O banco de investimento da Caixa Geral de Depósitos emitiu uma nota de research esta quinta-feira onde faz referência às ações da Impresa. A analista Helena Barbosa começa por apontar para a queda homóloga de 6,6% nas receitas deste segmento, que inclui revistas como a Visão, e que se fixaram em 22,3 milhões de euros no primeiro semestre do ano. A dívida líquida do grupo era, no final deste período, de 189,1 milhões de euros.

Face a este cenário, a analista não tem dúvidas: “O reposicionamento estratégico ao nível do setor das revistas surge como um passo necessário tendo em vista uma maior desalavancagem da Impresa”, lê-se no relatório. Isto, somando a desistência de uma emissão de obrigações em julho, em que a dona da SIC pretendia angariar até 35 milhões de euros, alegando alterações no setor — ou seja, o anúncio da venda da concorrente TVI à Meo/Altice. O ECO soube, na altura, que o verdadeiro motivo foi a pouca procura por parte do mercado.

O reposicionamento estratégico ao nível do setor das revistas surge como um passo necessário tendo em vista uma maior desalavancagem da Impresa.

Helena Barbosa

Analista do CaixaBI

A Impresa confirmou esta quarta-feira as intenções de reduzir a sua “exposição ao setor das revistas”, passando a focar-se essencialmente nas “componentes do audiovisual e do digital”. Ao que o ECO apurou junto de fontes próximas da empresa, em causa está a venda de títulos como as revistas Visão ou a Blitz, entre outras. Cerca de 200 postos de trabalho estarão em risco, segundo números avançados pelo Sindicato dos Jornalistas.

As ações do grupo chegaram a cair 10,22% na sessão desta quinta-feira. A sangria na bolsa acalmou ligeiramente e, pelas 10h20, as ações desvalorizavam 8,36% para 29,6 cêntimos, com um volume de transações superior a 747.600, acima da média diária de 597.552 títulos. Apesar de tudo, o CaixaBI mantém a recomendação de “Buy” sobre os títulos do grupo de media português, com um preço alvo de 30 cêntimos.

Cotação das ações da Impresa na bolsa de Lisboa (PSI Geral)

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Revista de imprensa internacional

  • Juliana Nogueira Santos
  • 24 Agosto 2017

Kushner está no Egito para discutir a paz e Merkel deixa um aviso importante a Donald Trump. Na tecnologia, já se sabe como vão vestidos os próximos exploradores do espaço.

O cunhado de Donald Trump está no Egito para discutir a paz, enquanto Angela Merkel deixa um aviso importante ao próprio. No Brasil, o Governo poderá arrecadar 40 mil milhões de reais com privatizações e, na tecnologia aeroespacial, já se sabe como vão vestidos os próximos exploradores do espaço. Estes e outros assuntos que marcam as primeiras páginas dos meios de comunicação internacionais.

Politico

Merkel: “Para a América ser grande, não se pode preocupar apenas consigo”

Em ambiente de campanha, a atual chanceler alemã apontou armas para o outro lado do Atlântico. Angela Merkel afirmou que, ao ter em conta apenas os interesses internos, Donald Trump não vai conseguir ter sucesso. “A América não pode ser grande se não preocupa com o que acontece fora das suas fronteiras”, afirmou Merkel em entrevista a um jornal alemão. Esta admitiu também que, ainda que não concordem em muitos aspetos, tem respeito pelo presidente dos Estados Unidos visto que “ganhou a eleição democraticamente”.

(Acesso livre / Conteúdo em inglês)

The Telegraph

Reino Unido: 97% dos estudantes internacionais regressam a casa depois de acabar o curso

Os números relativos à balança migratória britânica foram conhecidos e apontam para uma desilusão maior que o esperado. As saídas do país foram mais elevadas do que se previa, principalmente entre os jovens estudantes. Segundo os dados do Ministério da Administração Interna britânico, no ano passado, 97% dos estudantes internacionais voltaram para os seus países depois de concluírem os estudos.

(Acesso condicionado / Conteúdo em inglês)

Estadão

Governo vai arrecadar 40 mil milhões de reais com a privatização de 57 projetos

O Governo Federal brasileiro anunciou que quer privatizar 57 infraestruturas, entre as quais aeroportos, portos e áreas de exploração de petróleo. A Casa da Moeda e a Eletrobras, as entidades responsáveis pela emissão de dinheiro e pela distribuição pública de energia, respetivamente, também fazem parte do pacote. Com estas concessões, o Governo pretende arrecadar 40 mil milhões de reais entre 2017 e 2018.

(Acesso livre / Conteúdo em português)

The Washington Post

Jared Kushner está no Egito para discutir paz no Médio Oriente

Jared Kushner, cunhado de Donald Trump, ficou encarregue de resolver a situação da paz no Médio Oriente e já está no terreno. A paz entre Israel e Palestina será um dos aspetos centrais da viagem. Para já, numa reunião com governantes egípcios, Kushner tentou suavizar as consequências da decisão de suspender o financiamento de milhões de dólares ao país africano por não cumprimento dos direitos humanos.

(Acesso condicionado / Conteúdo em inglês)

The Verge

Elon Musk divulgou a primeira fotografia do fato espacial da SpaceX

Musk tem posto milhões a sonhar com a ida ao espaço. Agora os sonhadores já podem imaginar como vão vestidos. Através da sua conta de Instagram, o presidente da SpaceX divulgou a primeira fotografia do fato espacial da empresa, a ser utilizado nas futuras viagens. É branco e futurista, sendo que já está completamente funcional.

(Acesso livre / Conteúdo em inglês)

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Amesterdão será a capital do investimento no pós-Brexit

  • Juliana Nogueira Santos
  • 24 Agosto 2017

As empresas de investimento estão a preferir Amesterdão para instalarem as atividades no pós-Brexit. A menor regulação é o fator mais atrativo.

Com a saída do Reino Unido da União Europeia, várias serão as cidades que vão alojar os principais negócios britânicos. Os bancos estão a escolher Frankfurt, a cultura está a mudar-se para Paris, mas as empresas de investimento preferem um destino bem menos regulado: Amesterdão.

A cidade holandesa já conta com muitas das empresas de investimento que têm a sede fora do Reino Unido, contudo Radix, a Hard Eight, a Tower Research, a Quantlab, a Trade Web e a MarketAxess já afirmaram que vão transferir os postos de trabalho para esta. O motivo da escolha prende-se com o facto de os reguladores holandês permitirem que os grandes fundos de pensões e as companhias de seguro façam negócio com as empresas, sem estas os terem de tratar como clientes, aliviando o fardo legal e regulatório.

"São muito pragmáticos e inteligentes e isso é um ponto a mais para Amesterdão. O principal fator para Amesterdão é a sua herança comercial dos últimos séculos”

Diederik Dorst

Flow Traders

“A crédito dos nossos reguladores, as empresas têm-se mantido a par com a inovação nos mercados financeiros”, afirmou à Bloomberg, responsável da Flow Traders, uma empresa de investimentos holandesa. “São muito pragmáticos e inteligentes e isso é um ponto a mais para Amesterdão. O principal fator para Amesterdão é a sua herança comercial dos últimos séculos.”

A cidade está em permanente diálogo com outras empresas do ramo financeiro, incluindo gestoras de ativos e plataformas de negociação, estando disposta a alargar a escala, à medida que mais empresas demonstrem interesse.

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