Ricciardi e Teixeira dos Santos vão ser ouvidos pelos eurodeputados

O ex-CEO do BES Investimento e o ex-ministro das Finanças vão ser ouvidos pelos eurodeputados da comissão de inquérito aos Panama Papers. Nome de Portas está nas sugestões, mas não na agenda final.

Os eurodeputados vêm a Portugal para investigar o ‘apagão informático’ das transferências para offshores nos próximos dias 22 e 23 de junho. A missão da comissão de inquérito aos Panama Papers (PANA) do Parlamento Europeu a Lisboa vai encontrar-se uma longa lista de pessoas onde se inclui o ex-ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, e o ex-presidente executivo do BES Investimento (atual Haitong), José Maria Ricciardi, segundo o programa final a que o ECO teve acesso. A comitiva europeia conta com a participação dos eurodeputados portugueses José Manuel Fernandes (PSD), Miguel Viegas (PCP), Nuno Melo (CDS) e Ana Gomes (PS).

Desde que a comissão PANA decidiu vir a Portugal investigar o caso das offshores que os eurodeputados têm feito sugestões e críticas à lista de audições a realizar. Esta visita a Portugal soma-se a várias viagens de recolha de factos (fact finding mission) que têm feito a outros países. A um mês da visita, a comissão já fechou a lista, sendo que o caso de José Sócrates e Armando Vara ainda requer confirmação por estarem sob investigação criminal. O nome de Paulo Portas — sugerido por Ana Gomes — não se encontra na agenda final, estando apenas na lista de sugestões. Na semana passada, o ECO revelou que Nuno Melo não queria Portas na lista de audições.

Esta viagem a Lisboa vai para lá dos dez mil milhões de euros em transferências para paraísos fiscais entre 2012 e 2014 que não foram fiscalizadas pela Autoridade Tributária, uma vez que o âmbito desta comissão do Parlamento Europeu é mais lato, incluindo todos os aspetos relacionados com as offshores.

Parte da agenda dos eurodeputados para a missão a Portugal.

No dia 22 de junho, os eurodeputados planeiam ouvir os deputados envolvidos na comissão de inquérito ao BES: Fernando Negrão (PSD), José Magalhães (ex-deputado do PS), Mariana Mortágua (BE), Cecília Meireles (CDS) e Miguel Tiago (PCP). De seguida, José Maria Ricciardi — ex-CEO do Haitong — é ouvido. Ao final da tarde, a comissão PANA ouvirá vários nomes de seguida: Paulo Núncio (ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais PSD/CDS), Sérgio Vasques (ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais PS), José Sócrates (ex-primeiro-ministro), Armando Vara (ex-ministro do PS e ex-administrador da CGD e do BCP), Fernando Teixeira dos Santos (ex-ministro das Finanças) e Maria Luís Albuquerque (ex-ministra das Finanças PSD/CDS).

No dia seguinte, os eurodeputados seguem para o Ministério das Finanças onde se vão encontrar com o atual ministro das Finanças, Mário Centeno, e a diretora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, Helena Borges. Depois serão ouvidos o governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, e o diretor do Departamento de Supervisão Prudencial do BdP, Luís Costa Ferreira. Segue-se ainda um encontro com Carlos Alexandre, o magistrado à frente da investigação Operação Marquês, Mariana Raimundo, diretora da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, e Joana Marques Vidal, Procuradora-Geral da República. Depois há ainda um encontro com jornalistas e o diretor executivo da associação TIAC, João Paulo Batalha.

No final do documento existe uma lista de outras sugestões onde aparece o nome do ex-vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e ainda os nomes de Zeinal Bava, ex-CEO da PT, Henrique Granadeiro, ex-CEO da PT SGPS, Paulo Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, e o jornalista Frederico Pinheiro. Relativamente à Madeira, o secretário Regional das Finanças da Madeira, Rui Gonçalves, já foi ouvido no âmbito da comissão PANA, em Bruxelas. Na lista de sugestões que incidem sobre a ilha, aparece ainda o nome da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM), dos economistas João Abel de Freitas e João Pedro Martins e do professor José Eduardo Gonçalves.

Rocha Andrade é ouvido dia 30 em Bruxelas

O atual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais não vai ser ouvido nesta viagem. Isto acontece porque Rocha Andrade vai a Bruxelas no dia 30 de maio para ser ouvido na mesma comissão de inquérito. Segundo a agenda da comissão PANA, o atual responsável pelos Assunto Fiscais vai falar sobre a estratégia do Governo português para lutar contra a lavagem de dinheiro e a evasão fiscal. Além disso, Rocha Andrade terá de responder sobe as medidas adotadas por Portugal depois da divulgação dos Panama Papers, em abril do ano passado, e sobre o atual estado dos escândalos de corrupção no país.

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As (contra) propostas da “Geringonça” para o IRS

  • Marta Santos Silva e Raquel Sá Martins
  • 18 Maio 2017

O PCP quer duplicar o número de escalões do IRS, o Bloco quer 1,2 mil milhões em dois anos para o baixar, e o Governo, abre a porta a quê? O Orçamento de 2018 já se joga no acordo das esquerdas.

As reuniões para começar a planificar as medidas orientadoras do Orçamento do Estado para 2018 já estão a decorrer entre os partidos do acordo parlamentar de esquerda, e um dos temas a gerar mais desacordo é fiscal: o IRS. Enquanto o Partido Comunista Português (PCP) já disse que pretende uma duplicação do número de escalões, de cinco para dez, o Bloco de Esquerda faz reivindicações em euros: 600 milhões em 2018 e “outro tanto” em 2019. O Governo é… mais modesto.

Jerónimo de Sousa (PCP), Catarina Martins (BE) e António Costa (primeiro-ministro), têm propostas diferentes para o IRS.Fotomontagem: Raquel Sá Martins

Governo abre a porta a um novo escalão

O Orçamento de Estado para 2018 poderá incluir uma revisão de escalões de IRS que inclua um novo escalão entre o segundo e o terceiro atuais, de acordo com o Correio da Manhã, o que poderia favorecer cerca de um milhão de portugueses de classe média baixa. O novo escalão seria criado para as famílias cujos rendimentos anuais se situem entre os 13.500 e 27.500 euros. Os agregados familiares que fossem colocados nesta taxa intermédia poderiam passar a pagar menos imposto.

Escalões atuais do IRS

Os escalões do IRS são atualmente cinco.Infografia: Raquel Martins.

O Programa de Estabilidade inscreve 200 milhões de euros em impactos para o IRS, que seriam utilizados para “uma medida sobre os escalões”, disse ao Público uma fonte próxima. Descartada estará a ideia inicial do Governo de usar essa verba para um crédito fiscal para as famílias mais carenciadas, uma proposta de campanha do Partido Socialista.

Falta saber quão aberto para negociar estará o Governo e até onde terá de ceder, porque os partidos da apelidada “Geringonça” pedem mudanças mais profundas. O Executivo está aberto a reverter progressivamente até 2019 as alterações feitas por Vítor Gaspar em 2013, ao reduzir os escalões de IRS de oito para cinco, no que o próprio chamou um “enorme aumento de impostos”, mas isso pode não ser suficiente em relação ao que pedem o Bloco de Esquerda e o PCP.

Bloco pede 1,2 mil milhões em dois anos

Catarina Martins, porta-voz do Bloco de Esquerda, manifestou-se desde logo satisfeita pelo abandono, pelo Governo, da proposta de um crédito fiscal às famílias carenciadas, já que o partido esquerdista pretende “mais escalões de IRS”. Em Braga, a líder partidária afirmou: “Nós precisamos de justiça fiscal e não de medidas simbólicas”.

A líder bloquista não faz exigências em termos de número de escalões na revisão do IRS.PAULA NUNES / ECO

Qual a forma de atingir o que considera ser justiça Fiscal? À SIC Notícias, Catarina Martins disse que pretende 600 milhões em 2018 e “outro tanto” em 2019 para baixar o IRS. A quantia, afirmou, é necessária para “despesa em criação de escalões”, de forma a “desfazer aquilo que foi a enorme injustiça criada por Vítor Gaspar”. Mais de mil milhões de euros, assim, em dois Orçamentos de Estado, o que ultrapassa em muito a verba de 200 milhões apontada inicialmente do Programa de Estabilidade.

Para Catarina Martins, a progressividade precisa de aumentar, e a sua prioridade está num sítio diferente daquele que o Governo indicia entender mudar, entre o primeiro e o segundo escalão. Quantos deverão ser criados, porém, já “depende da forma como são feitos esses escalões, onde é que eles ficam”.

PCP quer duplicar os escalões

João Oliveira, porta-voz parlamentar do Partido Comunista Português, já discorda do Bloco de Esquerda. Para o líder parlamentar, não se deve falar da reforma do IRS em termos de quantias em euros, mas sim em número de escalões — a estratégia oposta. E, à SIC Notícias esta manhã, revelou que o PCP não é reservado no número de escalões que pretende: devem ser o dobro dos atuais, afirmou.

“A questão é mais global”, afirmou João Oliveira, que já reuniu com o Governo para apresentar as suas propostas para o Orçamento do Estado do próximo ano. A “proposta de partida” prevê dez escalões, mais ainda do que aqueles que existiam antes das alterações feitas por Vítor Gaspar há cinco anos. O PCP tem outras propostas: pretendem taxas liberatórias sobre as mais-valias em ações englobadas no IRS. O que ainda não se conhece é a reação do Governo a estas ideias.

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Açoreana e Tranquilidade avançam com saída de trabalhadores até 2018

  • Lusa
  • 18 Maio 2017

Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins acusou a Apollo de querer despedir “de forma ilegal” 380 trabalhadores da Seguradoras Unidas após ter integrado a Açoreana na Tranquilidade.

O grupo Seguradoras Unidas confirmou esta quinta-feira ter em curso até final de 2018 um “programa de redimensionamento” dos quadros da Tranquilidade e da Açoreana, que se fundiram, escusando-se a antecipar “o número exato” de trabalhadores a dispensar.

Numa declaração escrita enviada à agência Lusa, a Seguradoras Unidas – nova designação assumida pela Tranquilidade após a fusão com a Açoreana – diz estar “a dar continuidade ao programa de redimensionamento que tem vindo a implementar”, adiantando que este “será feito de forma planeada”, com vista à “adequação dos postos de trabalho às reais necessidades da empresa”.

“Estima-se que o programa termine no final de 2018 e não estamos em condições de antecipar o número exato que resultará do redimensionamento”, referiu, salientando que o processo decorrerá “por via do diálogo com os seus colaboradores, assegurando-lhes condições financeiras e sociais que permitam um entendimento entre as partes”.

"Estima-se que o programa termine no final de 2018 e não estamos em condições de antecipar o número exato que resultará do redimensionamento. [O processo decorrerá] por via do diálogo com os seus colaboradores, assegurando-lhes condições financeiras e sociais que permitam um entendimento entre as partes.

Comunicado do grupo Seguradoras Unidas

O Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins (SINAPSA) acusou esta quinta-feira a Apollo de querer despedir “de forma ilegal” 380 trabalhadores da Seguradoras Unidas após ter integrado a Açoreana na Tranquilidade.

“O acionista Apollo, que adquiriu a Tranquilidade e posteriormente a Açoreana, fez no ano passado rescisões amigáveis, portanto, despediu 100 trabalhadores, e agora, após a integração da Açoreana na Tranquilidade, pediu uma autorização ao Ministério do Trabalho para despedir mais 380 trabalhadores”, afirmou à Lusa José Manuel Jorge, porta-voz do SINAPSA.

"O acionista Apollo, que adquiriu a Tranquilidade e posteriormente a Açoreana, fez no ano passado rescisões amigáveis, portanto, despediu 100 trabalhadores, e agora, após a integração da Açoreana na Tranquilidade, pediu uma autorização ao Ministério do Trabalho para despedir mais 380 trabalhadores.”

José Manuel Jorge

Porta-voz do Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins

Com este pedido [a Apollo] quer que seja o dinheiro do Estado, através das contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social, a sustentar o despedimento“, salientou.

Como os representantes dos trabalhadores não foram consultados, como é obrigatório, e não existe projeto de reestruturação porque, segundo a mesma fonte, “a empresa não está com dificuldades económicas”, o SINAPSA considera que se está perante “mais uma ilegalidade”.

E reforçou: “A Apollo fica com os lucros e os nossos descontos ajudam a despedir“.

O porta-voz do SINAPSA referiu que a entidade vai enviar o seu parecer negativo ao Conselho de Concertação Social e divulgá-lo pelos trabalhadores, que devem “manter-se unidos na defesa dos seus postos de trabalho”.

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Tenista Andy Murray investe em três startups

  • Juliana Nogueira Santos
  • 18 Maio 2017

O tenista junta mais três startups ao seu portefólio de financiadas. Foi a vez da Den, da Morpher e da Landbay.

Já não é a primeira vez que Andy Murray troca a raquete e o campo de ténis pela pasta e os negócios. O campeão de ténis recorreu à Seedrs para investir em três startups britânicas, a Den, a Morpher e a Landbay. Com estes três investimentos, e tendo em conta que Murray já estava presente no capital da Landbay, o portefólio do tenista passa a contar com mais de 20 startups financiadas através da plataforma de equity crowdfunding.

Os valores do investimento não são conhecidos, mas, segundo o próprio jogador de ténis, “investir nestas startups que apresentam tecnologias e produtos inovadores que vão marcar o futuro permite-me continuar a construir e a diversificar o meu portefólio”.

A Den tem como produto principal um sistema revolucionário de Smart Home, que permite desligar os equipamentos elétricos através do smartphone. Por sua vez, a Morpher inventou um capacete desdobrável para ciclistas. Já a Landbay é uma plataforma que permite financiar o setor privado britânico de arrendamento.

Além de ter uma participação forte em várias empresas britânicas, Andy Murray também faz parte do Advisory Board da Seedrs, posição que ocupou em junho de 2015.

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Reportagem expõe más condições em fábrica da Tesla

Stress, baixos salários e um número anormal de acidentes. O 'The Guardian' publicou uma reportagem onde expõe as más condições numa fábrica da Tesla na Califórnia. Elon Musk está a par da situação.

A fábrica da Tesla em Fremont emprega 10.000 pessoas.Wikimedia Commons

As condições de trabalho numa fábrica da Tesla estão a ser postas em causa, após uma reportagem do jornal britânico The Guardian que pôs a descoberto as queixas de diversos trabalhadores sobre o stress, a dor e até os ferimentos que sofrem. A unidade em causa é a de Fremont, na Califórnia, outrora tradicional, mas que, depois de ser comprada pela fabricante elétrica, se transformou numa “fábrica do futuro”.

Em Fremont existem robôs gigantes e muita, muita tecnologia. Mas quem lá trabalha vê as coisas de outra forma: “Tudo parece ser o futuro, exceto nós”, disse ao jornal Richard Ortiz, um trabalhador da Tesla naquela unidade fabril. Outro trabalhador, Jonathan Galescu, afirmou: “Tenho visto pessoal a desmaiar, a cair no chão como uma panqueca e a partirem a cabeça. Eles dizem-nos para continuarmos a trabalhar enquanto ele ainda está no chão.”

A fábrica emprega 10.000 trabalhadores e, apurou o jornal, desde 2014 que já se deslocaram à unidade mais de uma centena de ambulâncias para assistirem trabalhadores que desmaiaram, que se sentiram mal, que tinham respiração anormal ou dores no peito.

Em fevereiro deste ano, Jose Moran, trabalhador da Tesla, escreveu um artigo na plataforma Medium, onde descreve o regime exigente da empresa. Entre os problemas, Moran fala de horas extraordinárias, altas taxas de ferimentos e baixos salários. Alguns trabalhadores têm ponderado juntar-se ao sindicato “United Auto Workers”.

"Tenho visto pessoal a desmaiar, a cair no chão como uma panqueca e a partirem a cabeça. Eles dizem-nos para continuarmos a trabalhar enquanto ele ainda está no chão.”

Jonathan Galescu

Trabalhador da Tesla

Musk: Não somos “capitalistas gananciosos”

O presidente executivo da Tesla, Elon Musk, é visto como um visionário. Confrontado com estas informações pelo The Guardian, reconheceu que os trabalhadores têm atravessado “tempos difíceis, a trabalhar durante longas horas e em tarefas duras”. No entanto, acrescentou que se “preocupa profundamente” com a segurança e bem-estar dos empregados, refere o jornal.

“Somos uma empresa que perde dinheiro. Isto não é um caso em que, por exemplo, sejamos capitalistas gananciosos que decidimos descorar a segurança para termos lucros e dividendos maiores, ou esse tipo de coisa. É tudo uma questão de quanto dinheiro perdemos. E como é que sobrevivemos? E como é que não morremos e toda a gente perde os seus empregos”, rematou Musk. Recorde-se que a Tesla registou 330 milhões de dólares de prejuízos nos primeiros três meses do ano.

"Somos uma empresa que perde dinheiro. Isto não é um caso em que, por exemplo, sejamos capitalistas gananciosos que decidimos descorar a segurança para termos lucros e dividendos maiores, ou esse tipo de coisa.”

Elon Musk

Presidente executivo da Tesla

Além disso, explicou que não se deve comparar a Tesla com outras fabricantes automóveis em termos de capitalização bolsista. A empresa superou recentemente o valor da Ford e, por breves instantes, o da General Motors. Sobre isso, Elon Musk disse: “Acredito que o nosso valor de mercado é mais alto do que merecemos.” E assume isso na medida em que a produção da Tesla é 1% da produção da General Motors.

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Esta é sua oportunidade de ter um carro do Seinfeld

Jerry Seinfeld é conhecido por ter vasta coleção de carros. No ano passado vendeu dezoito Porches e agora vai leiloar o conhecido Lotus verde de 257 cavalos.

Marque na sua agenda: dia 27 um dos carros da coleção de Jerry Seinfeld vai ser leiloado, segundo a Bloomberg. Quando o carro foi lançado em 2009, o preço base era 75 mil dólares. Atualmente é possível comprar este modelo usado no EBay por 60 mil dólares, mas a leiloeira responsável pela venda prevê que o carro esteja valorizado entre 65 e 75 mil dólares (entre 58 e 67 mil euros). Além disso, apenas o facto de ter estado nas mãos de Seinfeld valoriza o automóvel.

“A chave para conduzir é ter o carro certo na estrada certa no dia certo e estar com a disposição certa”, disse Jerry Seinfeld relativamente a este leilão. E o nome do carro certo é Lotus Exige S260, um automóvel lançado em 2009 que vai ser leiloado pela Dan Kruse Classics a 27 deste mês no Estado do Texas. A autoria é da marca britânica Lotus que foi criada em 1952.

A chave para conduzir é ter o carro certo na estrada certa no dia certo e estar com a disposição certa.

Jerry Seinfeld

Comediante norte-americano

Apesar de ser expectável que o preço do automóvel suba por ter estado nas mãos do comediante norte-americano, isso não aconteceu no leilão que Jerry Seinfeld fez no ano passado. Em causa estavam dezoito dos vários Porsches que colecionou ao longo dos anos. No total, depois do leilão, Seinfeld conseguiu menos do que esperava: em vez dos 32 milhões de dólares estimados, os carros foram vendidos por um total de 22,2 milhões de dólares (aproximadamente 20 milhões de euros).

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Cenário de impeachment de Temer pressiona ações europeias

Brasil mergulhou numa nova crise política. O Presidente Temer terá subornado Eduardo Cunha, que desencadeou o impeachment de Dilma. Cotadas com exposição ao mercado brasileiro em queda.

Caso que envolve Temer está a arrasar confiança dos investidores.Fotomontagem: Raquel Sá Martins

O Brasil está mergulhado numa nova crise política, depois das notícias sobre o envolvimento do Presidente, Michel Temer, num esquema de corrupção que envolve Eduardo Cunha, o antigo presidente do Congresso brasileiro que desencadeou o processo de impeachment de Dilma Rousseff, no ano passado. Aumentam os protestos nas ruas contra o Presidente. E as ações europeias expostas ao mercado brasileiro, casos do banco espanhol Santander ou das energéticas portuguesas Galp e EDP, estão em forte queda.

De acordo com a imprensa brasileira, existe uma gravação secreta que mostra Michel Temer a aprovar um pagamento “para comprar o silêncio de Cunha” e que já chegou às mãos do Supremo Tribunal Federal. Esta gravação é comparada a “bomba atómica” com um poder de destruição maior do que as denúncias feitas pela construtora Odebrecht no caso Lava-Jato.

De acordo com o jornal O Globo (acesso livre / conteúdo em português), foram os donos de uma produtora de proteína animal, a JBS, quem entregou no tribunal uma gravação em que Michel Temer terá autorizado o pagamento de uma mesada a Eduardo Cunha para se manter calado na prisão. “Tem que manter isso, viu?”, terá dito Temer nas gravações, citado pel’O Globo.

O Presidente brasileiro já veio desmentir as informações, afirmando que “jamais” solicitou pagamentos para comprar o silêncio de Cunha, mas as revelações estão a provocar uma nova onda de protestos no Brasil e a arrasar confiança dos investidores. Os deputados da oposição já pediram a demissão de Temer.

Galp sob pressão

As ações de cotadas europeias com elevada exposição ao mercado brasileiro estão sob intensa pressão vendedora esta quinta-feira. O banco espanhol Santander está a cair 4,78% para 5,67 euros. As operadoras de telecomunicações Telefonica (dona da Vivo) e a Telecom Italia cedem mais de 2%. Em Portugal, Galp e EDP perdem 3% e 0,55%, respetivamente.

O real brasileiro está “sob o risco de mais penalizações” com a evolução do escândalo político durante o dia de hoje, referiu Jameel Ahmad, analista da FXTM. “O timing desta notícia não podia ser mais inapropriado, considerando a incerteza no mercado que vem dos EUA”, acrescentou.

“O enfraquecimento dramático do governo deverá, no mínimo, adiar as reformas no mercado de trabalho e no sistema de pensões”, comentava a consultora Arko Advice.

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Câmara do Porto nega ter ocultado informação sobre terrenos

  • Lusa
  • 18 Maio 2017

O município do Porto nega a notícia avançada esta quarta-feira que dizia que os terrenos onde a Selminho irá construir seriam propriedade da Câmara.

A Câmara do Porto negou hoje ter mantido “fechada nos gabinetes” informações relativas a uma parcela que alegadamente é municipal e que integra o terreno onde a Selminho, empresa da família do autarca Rui Moreira, pretende construir.

“Tal não é verdade”, refere a autarquia num curto comunicado, a propósito de uma informação dos serviços da Câmara que teria estado fechada nos gabinetes durante seis meses e que se reportava a terrenos associados à Selminho, da qual o presidente também é sócio.

Na sua edição de hoje, o Público escreve que um técnico superior da autarquia andou a estudar os direitos de propriedade dos terrenos onde a Selminho quer construir o empreendimento Calçada da Arrábida e chegou à conclusão que uma parcela de 1.621 metros quadrados que integra a área apresentada para construção é, afinal, municipal, informação que “durante os seis meses que passaram desde a produção deste documento, a Câmara do Porto manteve reservada ao gabinete da Presidência e aos serviços jurídicos”.

Segundo o Público, a informação dos serviços da Câmara do Porto assinala que “a inclusão destas áreas em operação urbanística carece de prévio procedimento de desafetação do domínio público para registo na Conservatória do Registo Predial e cedência de ambas”.

“A informação técnica com data de 16 de dezembro de 2016 deixa claro que a análise dos registos prediais existentes não admite a atribuição de direitos de construção à Selminho. Porque, na sua conclusão, esses terrenos são do domínio público”.

A Câmara do Porto afirma, no comunicado de hoje, que decidiu entregar no Ministério Público uma queixa-crime contra o jornal Público e contra os autores que hoje assinam um conjunto de artigos jornalísticos e de opinião naquele diário.“O jornal Público foi, sobre a matéria em causa, informado por escrito pela Direção dos Serviços Jurídicos desta autarquia, pelo que não podia ter informado os seus leitores da forma que o fez, faltando à verdade”, afirma a Câmara do Porto.

Acrescenta que “entre um conjunto de importantes imprecisões contidas nas peças, é particularmente grave e difamatória a afirmação de que ‘a informação ficou fechada nos gabinetes’, estando o Público informado de que tal não é verdade”.

Contactada pela Lusa, a direção do jornal Público remeteu os esclarecimentos para um dos autores da notícia, o jornalista Manuel Carvalho, que se manifestou “completamente à vontade” em relação à decisão da Câmara de apresentar queixa-crime no Ministério Publico.

“O vereador do Urbanismo não sabia. Ninguém sabia, com exceção do departamento jurídico e da presidência. Desde dezembro que ninguém na Câmara, nenhum vereador, nenhum deputado municipal, soube da existência do parecer que tem evidentíssima importância do ponto de vista do interesse público. É um assunto absolutamente central na vida pública e política da cidade”, afirmou o jornalista.

Manuel Carvalho sublinha que o Público tem “o documento do serviço, onde se diz que o processo só avança se houver desanexação daquela propriedade do domínio público, tem todos os registos matriciais que impendem sobre aquela propriedade, tem todos os documentos e fez o contraditório. As posições da Câmara relativamente a este processo estão todas lá”.

“Que avancem para tribunal, estou completamente à vontade”, frisou Manuel Carvalho, que assina, com Margarida Gomes, a notícia com o título “Família de Rui Moreira quer construir em terrenos que serviços dizem ser propriedade da Câmara” que hoje faz a manchete do Público.

No âmbito do Plano Diretor Municipal (PDM), que se encontra em vigor desde 2006, o terreno em causa, localizado na Calçada da Arrábida, foi classificado como escarpa, o que levou a imobiliária Selminho a avançar para tribunal contra a Câmara. O processo judicial terminou, em 2014, já neste mandato de Rui Moreira com um acordo entre as partes, no qual a Câmara ou devolve a capacidade construtiva ao terreno, no âmbito da revisão do PDM, ou será criado um tribunal arbitral para definir um eventual direito a indemnização à empresa.

Recentemente, a Câmara do Porto e a Selminho adiaram por um ano o acordo que permite à empresa do presidente da autarquia recorrer a um tribunal arbitral para pedir uma indemnização ao município devido a um terreno na Arrábida.

A informação consta da “2.ª Adenda ao Compromisso Arbitral”, a que a Lusa teve acesso em 13 de março, e remete para “25 de março de 2018” — data em que “deverá estar concluída” a revisão do Plano Diretor Municipal — a hipótese de a empresa reivindicar uma compensação financeira relacionada com a capacidade construtiva do terreno.

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Mega fiscalização da ASAE: já existem sanções e apreensões

  • ECO
  • 18 Maio 2017

ASAE faz esta quinta-feira operação de fiscalização aos transportes de mercadorias de norte a sul. Durante a manhã já se registam cinco processos de contraordenação e 200 Kg de bivalves apreendidos.

Durante o dia desta quinta-feira, a ASAE está a fiscalizar os transportes de mercadorias um pouco por todo o país. O dia começou com cerca de cinco processos de contraordenação instaurados na área da Grande Lisboa e já conta com a apreensão de 200 quilos de bivalves.

A operação tem como objetivo “a proteção do consumidor numa fase antes de chegar ao retalho”, adianta um trabalhador da ASAE em entrevista à SIC Notícias.

Já foi apreendida alguma fruta mas o destaque recai sobre a quantidade de bivalves que foi retida: 200 quilos. Estes não se encontravam devidamente identificados pelo que a qualidade não está garantida para o mercado.

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Bancos já estão a dar lucros. A dúvida é a CGD

  • Rita Atalaia
  • 18 Maio 2017

BCP e Santander Totta aumentaram os lucros no primeiro trimestre. O BPI também, mas apenas excluindo o BFA. Hoje é a vez de a CGD apresentar resultados. Estará de regresso aos lucros?

Os lucros estão, pouco a pouco, a regressar aos bancos portugueses. BPI, BCP e Santander Totta estão a beneficiar da recuperação do setor. Perante o crescimento dos lucros, fruto da melhoria da atividade mas também do menor peso das imparidades, os rácios de capital estão cada vez mais fortes. Mas a grande dúvida é se a Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai conseguir apanhar esta boleia dos lucros. Uma questão que será respondida quando o banco estatal apresentar hoje os números para os primeiros três meses do ano.

Nuno Amado (BCP); Pablo Forero (BPI); António Vieira Monteiro (Santander Totta); Paulo Macedo (CGD).

Ao todo, Santander Totta, BCP e BPI (excluindo o impacto da venda do BFA) acumularam lucros de mais de 260 milhões de euros nos primeiros três meses do ano. Um aumento de quase 60 milhões em relação ao mesmo período do ano passado. O banco de António Vieira Monteiro foi o que mais contribuiu para esta melhoria. Mas o BCP também revelou um aumento dos lucros, contrariando as expectativas no mercado. Para este crescimento contribuiu, disse o banco, o bom desempenho da atividade em Portugal.

O caso do BPI é um pouco diferente. O banco agora liderado por Pablo Forero teria registado lucros de 90 milhões sem contar com a alienação dos 2% que tinha no BFA. Com este impacto, a instituição financeira teve prejuízos de 122,3 milhões. Mas também deixou uma garantia na apresentação dos resultados: o próximo trimestre já deve ser de lucros.

Mas há algo que os três bancos têm em comum: as imparidades estão a diminuir e os rácios de capital estão mais fortes. O dinheiro que as instituições têm de colocar de parte para fazer frente a problemas, como o crédito malparado — Portugal está no top 3 dos países da zona euro onde este indicador é mais elevado — é cada vez menos. Se, por um lado, o banco liderado por António Vieira Monteiro colocou apenas 3,7 milhões de lado, por outro, o BCP diminuiu as provisões para 148 milhões. Já, no BPI, as imparidades resultaram num impacto positivo no resultado de 6,3 milhões de euros.

Os rácios de capital? Estão mais fortes

No BPI, o aumento dos lucros e a diminuição das imparidades traduzem-se numa outra melhoria: os rácios de capital também estão mais fortes. O rácio CET1, com as regras aplicáveis em 2017, ficou nos 11,9%. Já o CET1, com as regras totalmente implementadas, situou-se nos 10,8%.

O mesmo no BCP. “A evolução positiva do rácio CET1 no primeiro trimestre de 2017 beneficiou maioritariamente da operação de aumento de capital realizada em fevereiro 2017 e dos resultados líquidos acumulados do primeiro trimestre de 2017″, destacou o banco liderado por Nuno Amado. O CET1 faseado e totalmente implementado é de 13% e de 11,2%, respetivamente.

Mas a instituição que realmente se destaca é o Santander Totta. O banco realçou, na apresentação dos resultados, que estes indicadores “continuam bastante acima” do que é exigido pelo Banco Central Europeu. E muito acima dos seus pares. O rácio CET1, totalmente implementado, situou-se nos 14,7%.

Será que a CGD vai apanhar boleia?

É neste cenário de aumento dos lucros, redução das imparidades e reforço dos rácios de capital que o banco liderado por Paulo Macedo vai apresentar as contas relativas aos primeiros três meses do ano. Mas pode ainda não ser dia de festa para o banco público.

Contactado pelo ECO, um especialista no setor relembra o que foi dito pelo presidente da CGD quando o banco apresentou os resultados para o total do ano passado: os lucros só devem regressar daqui a dois anos. Há resultados extraordinários negativos e isso fará com que — mesmo com resultados recorrentes positivos — haja no início resultados líquidos negativos até 2018“, explicou Paulo Macedo.

Isto numa base anual. Trimestralmente, é muito difícil fazer uma projeção, refere o analista. “Vai ser um trimestre totalmente atípico por força da recapitalização“, explica. E, por isso, é muito difícil prever se é desta que o banco estatal vai regressar aos lucros. No primeiro trimestre do ano passado, a CGD registou um prejuízo de 74,2 milhões de euros.

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Trump continua a arrasar bolsas, Lisboa cede mais de 1%

Pressão vendedora intensifica-se nos mercados acionistas europeus por causa da polémica em torno de Trump. Lisboa não escapa à maré vermelha e já cai mais de 1%. Galp e EDP pressionam.

Agravaram-se as perdas nas principais bolsas europeias e Lisboa também não escapa à maior pressão vendedora. O PSI-20 já perde mais de 1% depois de ter registado ontem uma das piores sessões do ano.

Isto acontece numa altura em que os investidores receiam que o avolumar de casos e polémicas em torno de Donald Trump. Primeiro foram as acusações de ter fornecido informação sensível ao Governo russo acerca do Estado Islâmico. Agora é a alegada interferência numa investigação federal. O Presidente norte-americana está sob fogo. E a sua agenda altamente expansionista, que atirou as bolsas norte-americanas para máximos históricos, pode estar comprometida.

Neste cenário, o principal índice português cede 1,15% para 5.058,73 pontos. Ontem caiu 1,5% na pior sessão desde janeiro. Entre os principais índices europeus, o londrino FTSE e o milanês FTSE-Mib perdem ambos mais de 1%. Com perdas menos acentuadas seguiam o CAC-40 francês e o DAX-30 alemão.

PSI-20 sob pressão

“A incerteza causada pelas recentes notícias sobre Donald Trump desencadearam renovadas preocupações com o comprometimento do Presidente relativamente à sua agenda, nomeadamente as medidas de crescimento tão aguardadas”, referem os analistas do BPI.

São 16 as cotadas nacionais que seguem abaixo da linha de água neste momento. Destaque para os pesos pesados em Lisboa como a Galp, que perde mais de 2% para 14,01 euros, e EDP, que recua 0,72% para 3,04 euros. O pior desempenho pertencia à Corticeira Amorim: cai 2,78% para 10,68 euros.

No dia em que apresenta contas, a Sonae cai 1,51% para 0,91 euros.

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Revista de imprensa internacional

Esta volta ao mundo começa em Espanha, onde o Popular pretende resolver a vida antes de 10 de junho. Passa pelo Japão e vai até aos EUA, onde já há um responsável para investigar caso Trump-Rússia.

Está em destaque na imprensa espanhola o futuro do Banco Popular, que pretende resolver a sua vida antes do dia 10 de junho. O próximo capítulo do problemático banco espanhol pode passar por uma fusão. Trump também está nas notícias e o Financial Times dá conta de que o antigo chefe do FBI Robert Mueller vai investigar a eventual interferência da Rússia nas eleições norte-americanas. De resto, a turbulência nos mercados por causa das polémicas em torno do Presidente norte-americano provocou uma perda de 35 mil milhões de dólares para os mais ricos. Nota ainda para a multa europeia ao Facebook. E, no Japão, a economia regista maior crescimento na última década.

Expansión

Popular decide futuro antes de 10 de junho

O Banco Popular quer decidir antes do dia 10 de junho uma eventual fusão com outra entidade, depois de ter recebido várias manifestações de interesse por parte dos seus rivais, entre os quais o Banco Santander, o BBVA e Bankia. O conselho de administração liderado por Emilio Saracho reúne-se esta quinta-feira. Também o CaixaBank, dono do BPI, pode estar na corrida. Leia a notícia completa no Expansión. [Acesso gratuito / Conteúdo em espanhol]

Reuters

Ex-chefe do FBI investiga ligações entre Trump e Rússia

Sob pressão do Capitólio, o Departamento de Justiça norte-americano nomeou o antigo chefe do FBI Robert Mueller para conselheiro especial para investigar a alegada interferência russa nas eleições presidenciais dos EUA em 2016 e uma possível ligação entre a campanha de Donald Trump, que viria a conquistar a Casa Branca, e Moscovo. Tanto democratas como alguns republicanos pediram uma investigação independente às ligações entre Trump e a Rússia. Leia a notícia completa na Reuters. [Acesso gratuito / Conteúdo em inglês]

Financial Times

Japão também regista maior crescimento da década

O Japão registou o maior crescimento em mais de uma década, tendo crescido 2,2% no primeiro trimestre do ano. Foi o quinto trimestre consecutivo em que o Produto Interno Bruto (PIB) nipónico se apresentou em expansão, impulsionado pelos estímulos monetários promovidos pelo Banco do Japão e ainda pelo crescimento económico global. Leia a notícia completa no Financial Times. [Acesso pago / Conteúdo em inglês]

Bloomberg

Mais ricos perdem 35 mil milhões com turbulência nos mercados

Os mais ricos perderam 35 mil milhões de dólares esta quarta-feira, num dia em que os mercados acionistas globais foram afetados pela polémica em torno de Donald Trump. As contas são da Bloomberg. Bill Gates, o homem mais risco do mundo com uma fortuna avaliada em 86,8 mil milhões de dólares, perdeu mil milhões, perante a queda das ações da Microsoft. O fundador da Amazon.com, Jeff Bezos, viu a sua fortuna emagrecer em 1,7 mil milhões. Leia a notícia completa na Bloomberg. [Acesso livre / Conteúdo em inglês]

CNBC

Facebook multada em 110 milhões por causa do WhatsApp

Os reguladores europeus multaram o Facebook em 110 milhões de euros por ter fornecido “informação errada” acerca da aquisição do serviço de mensagens WhatsApp. “A decisão de hoje representa um claro sinal às empresas de que devem cumprir com todas as regras de fusões e aquisições na União Europeia, incluindo a obrigação de fornecer informações corretas. E impõe uma multa proporcional e dissuasora ao Facebook”, referiu Margrethe Vestager, comissária europeia da Concorrência, em comunicado. Leia notícia completa na CNBC. [Acesso livre / Conteúdo em inglês]

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