Paulo Valério explica “PER para singulares”

O sócio da VFA, Paulo Valério, será orador no XX Encontro Nacional da Associação Portuguesa dos Administradores Judiciais (APAJ), que terá lugar nos dias 26 e 27 de janeiro, em Coimbra.

O sócio da VFA, Paulo Valério, será orador no XX Encontro Nacional da Associação Portuguesa dos Administradores Judiciais (APAJ), que terá lugar nos dias 26 e 27 de janeiro, em Coimbra.

A iniciativa contará com a Secretária de Estado Adjunta e da Justiça, na sessão de abertura e será encerrada pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

A intervenção de Paulo Valério focará a “Recuperação de singulares no âmbito do PEAP”, instrumento criado na última revisão ao Código de Insolvência e Recuperação de Empresas, mas que o advogado classifica como uma espécie de “PER para singulares”, já que “o regime é uma reprodução do anterior regime do PER, sendo que este, com algumas alterações, se encontra agora reservado a empresas”.

No seu entender, “em termos substantivos, dizer que o PER deixou de se aplicar a singulares não é rigoroso e pode levar as pessoas singulares em dificuldades financeiras a abdicar de uma solução apta a resolver o seu excesso de endividamento”.

Sob o mote “Os novos desafios do Administrador Judicial”, este encontro terá ainda como oradores Fátima Reis Silva (Adjunta da Ministra da Justiça) e David Sequeira Dinis (Uría Menéndez – Proença de Carvalho).

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Governo garante que lei será cumprida na exploração de petróleo no Alentejo

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2018

O ministro do Ambiente garantiu que a lei e as "condições ambientais" serão cumpridas no prolongamento da exploração de petróleo na costa vicentina.

O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, afirmou que “a lei e as condições ambientais” vão ser cumpridas no processo de prolongamento por mais um ano da autorização de exploração de petróleo na costa do Alentejo. “Relativamente ao prolongamento e à proposta de prolongamento, ela vem do Ministério da Economia, que é quem gere este contrato. O processo chegou na sexta-feira ao Ministério do Ambiente, […] estamos a apreciá-lo”, disse o ministro, em Ourique, no distrito de Beja.

Em resposta aos jornalistas, que o questionaram sobre este assunto, numa cerimónia na Estação de Tratamento de Água do Monte da Rocha, João Matos Fernandes revelou que o processo foi enviado, na terça-feira, para a Agência Portuguesa do Ambiente (APA). E, segundo o governante, será a APA que “decidirá quais são as regras que têm de ser agora cumpridas, com a certeza de que a lei e as condições ambientais vão ser cumpridas neste caso”.

O jornal Expresso noticiou no sábado passado que o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, autorizou por mais um ano o prolongamento dos direitos de prospeção das concessões “Lavagante”, “Santola” e “Gamba”, localizadas ao largo da costa vicentina e atribuídas ao consórcio petrolífero Eni/Galp. De acordo com o semanário, o secretário de Estado da Energia justificou a decisão, assinada a 8 de janeiro, com o argumento de que “o pedido estava suportado nas exigências administrativas e legais (referindo-se à consulta feita aos municípios e à aprovação de programas de monitorização dos ecossistemas marinho vulneráveis e de cetáceos exigida)”.

Jorge Seguro Sanches disse também, segundo o jornal, que “agiu na prossecução do interesse público, tendo em conta que três providências cautelares (uma da Comunidade Intermunicipal do Algarve e duas da Câmara de Odemira) foram indeferidas pelos tribunais” e que, nos últimos dez anos, a concessão realizou investimentos superiores a 76 milhões de euros.

A prospeção e a exploração de hidrocarbonetos têm sido contestadas por associações ambientalistas e de defesa do património, pela Comunidade Intermunicipal do Algarve, por cidadãos individuais e por outras entidades, tendo já levado à criação de movimentos coletivos contra esta atividade na região e à apresentação de várias providências cautelares contra os contratos assinados pelo Estado e consórcios privados.

Na segunda-feira, o Movimento Algarve Livre de Petróleo “repudiou” o prolongamento pelo Governo do prazo da autorização de exploração de petróleo na costa litoral do Algarve e pediu a intervenção do Presidente do República, Marcelo Rebelo de Sousa. Em declarações à agência Lusa, João Eduardo Martins, do movimento, defendeu que o Ministério do Ambiente deve agora fazer “o que lhe compete e pôr a defesa do ambiente à frente dos interesses do poder do dinheiro e das petrolíferas”.

A petrolífera italiana Eni detém uma participação maioritária de 70% na parceria com a Galp (30%) para a prospeção de petróleo na costa alentejana, onde detém as concessões “Lavagante”, “Santola” e “Gamba”, que abrangem uma área total de aproximadamente 9.100 quilómetros quadrados.

Governo investe 3,5 milhões para aumentar capacidade de oito albufeiras

O ministro anunciou também que o Governo vai investir 3,5 milhões de euros num programa de intervenções, a maioria de limpeza, para aumentar a capacidade de armazenamento e melhorar a qualidade da água de oito albufeiras. São intervenções “da maior importância” para garantir que “temos condições de chegar ao próximo verão” com “maior capacidade de encaixe” e “melhor qualidade” de água nas albufeiras que, atualmente, têm menor volume de água e servem sobretudo para abastecimento público, mas também rega, disse João Pedro Matos Fernandes.

Trata-se sobretudo de intervenções de limpeza para remover sedimentos das albufeiras, nomeadamente “muitos nutrientes e muita matéria orgânica, que são os responsáveis pela degradação natural da qualidade da água”, e, desta forma, “aproveitar ao máximo todo o volume de água que existe nas albufeiras”, explicou o ministro.

Segundo o calendário previsto, as intervenções de limpeza vão decorrer entre março e outubro e a de alteamento da albufeira de Pretarouca entre julho e outubro deste ano. A menor intervenção vai custar 50 mil euros e a maior 1,4 milhões de euros, precisou o ministro, referindo que “uma parcela significativa” do investimento total vai ser financiada através do Fundo Ambiental.

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Resultados das cotadas puxam por Wall Street. Dow Jones em máximos

As cotadas norte-americanas continuam a mostrar resultados que superam as expectativas. A confiança dos investidores levou o Dow Jones a registar um máximo no início da sessão.

A época de resultados continua a marcar a tendência positiva dos mercados norte-americanos. Wall Street abriu em terreno positivo depois da gigante General Electric ter revelados os resultados trimestrais. Apesar de ter prejuízos de dez mil milhões de dólares, os resultados negativos foram melhores face ao que tinha sido anunciado previamente.

O Dow Jones abriu a sessão desta quarta-feira a valorizar 0,4% para os 26.316,16 pontos — atingindo um máximo –, seguido pelo Nasdaq com uma subida de 0,25% para os 7.479,31 pontos e o S&P 500 com uma valorização de 0,22% para os 2.839,13 pontos.

A General Electric revelou os resultados que, apesar de negativos, ficaram acima das expectativas dos mercados. “Os resultados foram ligeiramente melhores face ao que [os investidores] Wall Street estava a recear“, afirmou Robert Pavlik, o analista da SlateStone Wealth, à Reuters. Na negociação anterior à abertura dos mercados as ações da empresa estavam a subir.

Além disso, segundo a CNBC, cotadas como a Abbott Laboratories, United Technologies, Baker Hughes e a irmã da NBC Universal, a Comcast, divulgados resultados trimestrais que superaram as estimativas dos analistas. Até ao momento, 77% das empresas da S&P 500 revelaram resultados melhores face ao esperado.

Contudo, há uma cotada a desvalorizar face à decisão da Comissão Europeia de a multar em 997 milhões de euros. É o caso da Qualcoom cujas ações estão a cair 0,61% para os 67,94 dólares por título. A decisão europeia foi comunicada esta quarta-feira pela comissária europeia para a Concorrência: “A Qualcomm bloqueou ilegalmente os rivais do mercado dos LTE baseband chipsets por cinco anos, consolidando, consequentemente, a sua posição dominante“, disse Margrethe Vestager. Em causa estão pagamentos ilegais à Apple — também ela multada pela Comissão recentemente — cujas ações estão a cair 1,22%.

Segundo a Reuters, o dólar continua em queda esta quarta-feira e atingiu um mínimo de três anos depois do secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, ter revelado que os EUA estão agradados com a desvalorização da moeda. A tarifa imposta por Donald Trump nas importações de máquinas de lavar roupa e nos painéis solares esta segunda-feira contribuiu também para esse efeito.

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Governo e autarquias alinham para captar investimento estrangeiro

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2018

O Governo vai celebrar com os municípios um acordo para melhorar o acolhimento de investimento estrangeiro.

O Governo deverá fechar ainda no primeiro trimestre deste ano um documento com os municípios para melhorar o acolhimento do investimento estrangeiro, anunciou esta quarta-feira o secretário de Estado da Internacionalização. O protocolo prevê uma aproximação dos municípios “enquanto parceiros fundamentais no acolhimento do investimento”, prevendo a sinalização de oferta de áreas de acolhimento empresarial e da qualificação dessas áreas, bem como da preparação de dossiês de investimento, afirmou Eurico Brilhante Dias, que falou à Lusa após uma reunião na sede da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), em Coimbra.

“Nós temos de trabalhar o acolhimento do investimento estrangeiro a partir do nosso território. O investimento vem para locais concretos onde são necessários um conjunto de atributos de utilização, desde as utilities, como a água e eletricidade, até às questões de licenciamento da própria edificação”, explanou o governante.

Nós temos de trabalhar o acolhimento do investimento estrangeiro a partir do nosso território.

Eurico Brilhante Dias

Secretário de Estado da Internacionalização

Nesse sentido, os municípios “são parceiros fundamentais”, estando o Governo a trabalhar “o conhecimento de oferta de localizações empresariais dos municípios” e a qualificação desses territórios e desses mesmos parques. “É muito importante quando falamos com um investidor estrangeiro podermos dar-lhe as opções de localização que são opções de localização qualificadas”, vincou o secretário de Estado. De acordo com Eurico Brilhante Dias, o protocolo entre a ANMP, a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) Portugal Global e AICEP Global Parques foi lançado esta quarta-feira e o documento deverá estar finalizado ainda durante o primeiro trimestre.

Face ao flagelo dos incêndios que afetou fortemente esta região em 2017, Eurico Brilhante Dias considera que a internacionalização das empresas “pode ser útil” para um renascer dos territórios. “Queremos ter uma aproximação que permita captar emprego, que permita captar investimento gerador de emprego para um futuro mais risonho”, sublinhou, considerando que, nesse sentido, o investimento direto estrangeiro poderá ter “um papel muito importante”.

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Garrigues está a assessorar o BBVA Portugal

A Garrigues está a assessorar o BBVA Portugal, S.A. no seu processo de fusão transfronteiriça com a entidade espanhola BBVA, S.A.

A Garrigues está a assessorar o BBVA Portugal, S.A. no seu processo de fusão transfronteiriça com a entidade espanhola BBVA, S.A.

Na sequência da fusão, a atividade da atual filial passará a ser desenvolvida através de uma sucursal em Portugal do BBVA, S.A. A assessoria à operação está a ser efetuada por uma equipa ibérica liderada em Portugal pela sócia do Departamento de Direito Comercial e Financeiro da Garrigues Portugal, Marta Graça Rodrigues, e em Espanha pelo sócio Arnau Tapias Monné, sócio do Departamento Mercantil da Garrigues em Espanha.

A equipa da Garrigues, liderada pela Marta Graça Rodrigues, foi também responsável pelo acompanhamento do Banco Sabadell no processo de abertura de uma sucursal em Portugal, marcando assim o regresso daquela instituição de crédito ao nosso país depois de ter vendido a sua participação no capital social do BCP no ano passado.

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Mário Centeno: Exportações atingiram 42% do PIB em 2017

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2018

O ministro revelou esta quarta-feira que as exportações valeram 42% do PIB em 2017. Transmitiu este número no final de um encontro com António Costa e Christine Lagarde.

O ministro das Finanças revelou que as exportações portuguesas atingiram 42% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, indicador que considerou um sinal da resiliência da economia nacional face a uma evolução na política monetária europeia. Mário Centeno transmitiu este dado económico no final de um encontro entre o primeiro-ministro, António Costa, e a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, no âmbito do Fórum Económico Mundial, que decorre em Davos, na Suíça.

Questionado sobre o cenário de uma mudança a prazo na política monetária na zona euro, o presidente do Eurogrupo e titular da pasta das Finanças do Governo português defendeu que Portugal “está agora muitíssimo melhor preparado para aquilo que é o futuro da política monetária e económica europeia”. “O país mostra muita resiliência em diversos indicadores. Em 2017, Portugal atingirá 42% das exportações no peso do PIB e um crescimento histórico da quota de mercado”, disse.

Mário Centeno acentuou que as exportações portuguesas, ao longo do último ano, “cresceram muito mais do que o comércio internacional, o que significa que há uma base de sustentabilidade forte da evolução económico-financeira nacional”. “Isso permitirá enfrentar melhor os desafios futuros, incluindo os da política monetária”, sustentou o ministro das Finanças.

A 9 de fevereiro, o Instituto Nacional de Estatística revelará os dados do comércio internacional de bens relativo a dezembro do ano passado.

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Maços de cigarros antigos podem continuar à venda se imposto não aumentar

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2018

Os maços de cigarros com estampilha do ano anterior podem continuar a ser comercializados desde que não haja aumento do imposto aplicável ao tabaco.

Os maços de cigarros com estampilha do ano anterior podem continuar a ser comercializados desde que não haja aumento do imposto aplicável ao tabaco, segundo uma portaria publicada em Diário da República.

Nos termos da portaria n.º 33/2018, quando houver um aumento fiscal, os maços de cigarros com estampilha (selo em papel) do ano anterior podem manter-se à venda até final de março do ano seguinte a que corresponde a estampilha aposta.

Até agora, houvesse ou não agravamento em sede fiscal, os maços com o selo antigo que ficassem por vender até ao final do mês de fevereiro do ano seguinte tinham de ser retirados do mercado.

Quanto aos restantes produtos de tabaco, mantém-se a possibilidade de venda ao público até ao final do ano seguinte ao que corresponde a estampilha aposta.

Segundo se lê no texto da portaria – assinada no passado dia 16 pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes – esta alteração aos prazos limite de comercialização do tabaco resulta da “mais recente jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia”.

Em causa está um acórdão proferido em junho do ano passado pelo Tribunal de Justiça da União Europeia, que aceitou parcialmente uma ação da Comissão Europeia contra Portugal a propósito da legislação fiscal sobre o tabaco.

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Estes foram os três momentos em que Marcelo teve de se impor

No dia em que Marcelo comemora dois anos da sua eleição para a Presidência da República, o PR enumerou os três momentos em que teve de assumir uma postura mais autoritária.

Esta quarta-feira, no dia em que completa dois anos desde que foi eleito como chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa relembrou os momentos que teve de adotar uma postura com “mais autoridade”. A polémica dos SMS da Caixa Geral de Depósitos (CGD), a tragédia em Pedrógão Grande e o veto à lei do financiamento dos partidos foram os momentos que, segundo o Presidente, mais marcam, até agora, o seu mandato.

Durante uma visita à Escola Secundária de Camarate, o presidente da República foi questionado por um jornalista sobre os três momentos em que teve de se impor e assumir um perfil mais inflexível. O primeiro caso, começou por responder, está relacionado com o “problema que houve com a Caixa Geral de Depósitos”, quando António Domingues se recusava a declarar ao Tribunal Constitucional os bens e rendimentos.

“Tive de dizer o que pensava sobre a matéria num determinado momento, porque senti que havia gente demais que estava a descolar dos que tinham de decidir. Não estavam a perceber o que se estava a passar”, começou por explicar Marcelo Rebelo de Sousa. “Eu senti que tinha de dizer em voz alta aquilo que as pessoas pensavam em voz baixa”.

O segundo momento diz respeito aos incêndios que devastaram Pedrógão Grande: “Depois das tragédias vividas, houve ali um momento em que eu senti que tinha que fazer exatamente o mesmo, que não era contra nada nem ninguém, mas que era só para ter a certeza de que não havia riscos de descolagem excessiva entre o que estava na cabeça das pessoas e a imagem que faziam sob o poder que, aliás, a meu ver, era injusta, mas muitas delas formulavam“, respondeu.

Eu senti que tinha de dizer em voz alta aquilo que as pessoas pensavam em voz baixa

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República sobre a polémica das SMS da CGD

Por último, e mais recente, Marcelo sentiu que tinha de adotar uma postura mais autoritária aquando da lei do financiamento dos partidos. “Eu fui o mais comedido possível, porque não discuti soluções. Até porque a minha opinião é ultra minoritária, eu aceito que a maioria tenha opiniões diferentes. Apenas pedi o seguinte: ‘não se importam de dizer duas palavras, por escrito ou orais, a explicar o que se passou?’ Só! Porque já se estava a desfocar o debate para áreas em que já se debatia tudo e ninguém percebia nada do que estava a ser debatido“, referiu.

Estes foram os três momentos em Marcelo Rebelo de Sousa sentiu que era necessário impor-se e assumir uma atitude mais autoritária, deixando, assim, de lado, a proximidade com os assuntos e com as pessoas, que tanto o caracterizam. “Nestes momentos é preciso, entre aspas, exercer autoridade naquilo que se diz. Isso não é afetado por ter havido proximidade e continuar a haver a proximidade faz parte do feitio das pessoas“, rematou.

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Trabalhadores dos CTT vão fazer greve a 23 de fevereiro contra despedimentos e fecho de lojas

Os trabalhadores dos CTT vão manifestar-se a 23 de fevereiro contra o encerramento de lojas e o despedimento de 800 trabalhadores.

Os sindicatos dos CTT vão convocar uma greve geral para o dia 23 de fevereiro, avançou o Expresso. Eduardo Rito, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), confirmou ao ECO que os trabalhadores vão manifestar-se contra os despedimentos e encerramento das estações de correios.

Os trabalhadores dos CTT vão reunir-se no Marquês de Pombal, em Lisboa, às 14h30 do dia marcado, para dar início à manifestação. A greve geral foi convocada por três maiores sindicatos, o SNTCT, SINDETELCO e SINCOR, aos quais se junta o SINTTAV. Também a Comissão de Trabalhadores apoia a iniciativa de protesto.

Esta é a terceira greve num período de dois meses. Ao ECO, Eduardo Rito explicou que os trabalhadores irão protestar contra “a tentativa de despedir 800 trabalhadores“, quando defendem que deveria existir um reforço para colmatar a “fraca qualidade do serviço“. “A distribuição já não é diária”, critica o dirigente. Quanto ao encerramento de lojas, os manifestos são motivados também por potenciais perdas ao nível da proximidade.

Os CTT já manifestaram a intenção de despedir 1.000 trabalhadores até 2020 — 200 este ano e 800 nos próximos três. Neste âmbito, já 140 trabalhadores aderiram a processos de rescisão. Os balcões também já começaram a encerrar: fecharam já oito dos 22 previstos, um pouco por todo o país. Quanto à qualidade do serviço, as falhas têm sido denunciadas pelos utentes. O Movimento de Utentes de Serviços Públicos considerou que o serviço prestado pelos CTT demonstra uma “degradação como não há memória no país“.

(Notícia em atualizada com mais informação às 14h22)

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Governo espanhol vai unir esforços para Puigdemont não regressar

O ministro do Interior espanhol adiantou que o Governo está a tomar todas as medidas possíveis para evitar que Puigdemont regresse ao país. Uma das medidas é o controlo policial nas fronteiras.

O Governo espanhol não vai facilitar o possível regresso de Carles Puigdemont ao país. O ministro do Interior deixou bem clara a sua opinião quanto à entrada do ex-presidente da Catalunha em território espanhol, adiantando que está a unir esforços para evitar isso. Foram tomadas várias medidas para impedir esse regresso, inclusive o controlo nas fronteiras que já foi reforçado há cerca de um mês.

“Estamos a projetar um dispositivo para que isso não aconteça”, disse Juan Ignacio Zoido, após Carles Puigdemont ter referido a possibilidade de regressar a Espanha para ser empossado presidente da Catalunha a 31 de janeiro. A notícia foi avançada pelo El País (conteúdo em espanhol), onde consta que o Governo espanhol vai fazer os possíveis para se certificar que o ex-presidente não regresse ao país.

As forças de segurança já estão a trabalhar em conjunto com o Ministério Público, ao mesmo tempo que têm analisado todos os seus passos desde que fugiu para a Bélgica, a 30 de outubro. O objetivo é evitar que este “atravesse a fronteira de helicóptero, barco ou até mesmo na mala de um carro“, disse o ministro do Interior.

Zoido esclareceu que o seu departamento está “muito preocupado” com este possível acontecimento: “não se sabe o que poderá fazer uma pessoa com este tipo de conduta e, por isso, estamos a pensar em todas as possibilidades que temos para evitar isso”. Em declarações à espanhola Antena 3, o ministro do Interior referiu que “Puigdemont tem uma conduta de irresponsabilidade que está a chegar a limites inesperados”.

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A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 24 Janeiro 2018

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Mário Centeno disse esta manhã, em Davos, que a transição de política monetária por parte do BCE tem de ser feita “de uma forma sustentável”. Na reunião desta quarta-feira, o Governo vai voltar a discutir com os parceiros sociais a segmentação do mercado de trabalho.

O ministro das Finanças português, Mário Centeno, defendeu que o fim do programa de estímulos do BCE e a transição para uma nova política monetária devem ser feitos “de forma sustentável”.

A dívida de Portugal junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) é um bom exemplo de como a lógica dos mercados pode influenciar as contas da matemática. Senão vejamos: o Estado português devolveu dez mil milhões de euros do empréstimo do Fundo em 2017. Mas a dívida portuguesa junto deste credor caiu no ano passado mais de 11 mil milhões de euros.

O Governo volta a discutir com os parceiros sociais a segmentação do mercado de trabalho e para a reunião desta quarta-feira já leva um conjunto de dados atualizados sobre o tema. No documento, o Executivo nota que os contratos a prazo estão mais expostos ao desemprego e ao risco de pobreza, sendo os salários mais baixos.

A dívida pública recuou no terceiro trimestre de 2017 na zona euro (88,1%) e na UE (82,5%), com Portugal a manter a terceira maior entre os Estados-membros (130,8% do PIB), apesar de ter baixado, segundo o Eurostat.

Os números são impressionantes. Desde que tomou posse há dois anos, o Presidente da República foi o político com mais protagonismo na informação nos canais generalistas (RTP 1 e 2, SIC e TVI).

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Unidade de Grandes Contribuintes cobrou 19 mil milhões de euros em 2017

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 24 Janeiro 2018

Valor corresponde a cerca de 45% do total de receita, disse o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, apontando para dados ainda provisórios.

Em 2017, a Unidade de Grandes Contribuintes foi responsável pela arrecadação de 19 mil milhões de euros, o que corresponde a cerca de 45% do total de receita, afirmou esta quarta-feira o secretário de Estados dos Assuntos Fiscais, apontando para dados provisórios.

António Mendonça Mendes falava na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, no âmbito de um requerimento do Bloco de Esquerda sobre o processo que conduziu à anulação de dívida fiscal à Brisa e a eficácia da Unidade dos Grandes Contribuintes da Autoridade Tributária.

De acordo com o secretário de Estado, em 2016 a Unidade de Grandes Contribuintes foi responsável pela cobrança de 15,7 mil milhões de euros, de um universo de 40,2 mil milhões de euros de receita fiscal. Os dados para 2017 são provisórios mas indicam que a “Unidade de Grandes Contribuintes sobe o peso para o total da receita para cerca de 45%, e é responsável pela arrecadação de 19 mil milhões de euros de receita”.

António Mendonça Mendes salientou ainda que esta Unidade acompanhava, em 2017, 1.200 empresas e 758 particulares e vincou que “não existe nenhuma situação de prescrição”. O secretário de Estado admite que é necessário um reforço de meios humanos e indicou que está a ser pensada a hipótese de a Unidade de Grandes Contribuintes poder ter novas instalações, juntamente com a inspeção tributária.

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