BE quer “travar bolha imobiliária” com nova taxa sobre especuladores

O Bloco de Esquerda quer aplicar uma nova taxa de IRS sobre aqueles que pratiquem especulação imobiliária. Sobre o mandato da PGR, Catarina Martins diz que "não é ocupado por campanhas dos partidos".

O Bloco de Esquerda quer “penalizar” os especuladores do setor imobiliário com uma nova “taxa de IRS”. Em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP 3, Catarina Martins explicou que esta medida faz parte do pacote de propostas para o Orçamento do Estado para 2019 que os bloquistas estão atualmente a negociar com o Executivo de António Costa.

“Um dos maiores problemas do país sobre o seu custo de vida é o preço da habitação”, sublinhou a deputada. Face à “bolha especulativa” que está a pressionar o setor em causa, o Bloco de Esquerda sugere que — à semelhança do que já acontece no mercado de ações — quem compre e venda “num curto período de tempo e com muito lucro” pague uma “taxa de IRS particular e penalizadora”.

A medida, explicou Catarina Martins, está a ser negociada desde maio. Não está, contudo, ainda fechado o prazo da operação sobre a qual se aplicará a taxa, nem o valor desse “penalização”. “É um passo que não vai resolver tudo, mas que é importante para travar a especulação”, salientou a parlamentar.

Os bloquistas exigem ainda que esta medida não seja “apenas simbólica”, isto é, que o seu valor e prazo sejam efetivos e tenham, assim, um “impacto real”. Segundo o partido, a concretizar-se, esta taxa trará três vantagens: travará a bolha imobiliária, angariará receitas para o Estado e ajudará a controlar os preços da habitação.

“É preciso mesmo penalizar quem compra imobiliário para vender depois com muito lucro, num curto espaço de tempo, porque essa é a única forma de travar a bolha“, assinalou Martins, este domingo.

Novo PGR? Tem havido “partidarização” da matéria

Recondução de Joana Marques Vidal é uma das matérias que está a marcar atualidade.Paula Nunes / Eco

Questionada sobre a posição do Bloco de Esquerda no que diz respeito à recondução ou não de Joana Marques Vidal no cargo de Procuradora-Geral da República (PGR), Catarina Martins recusou comentar a matéria.

“Tenho assistido a uma tentativa de partidarização [do processo]. O cargo de PGR não é ocupado por campanhas dos partidos”, sublinhou a bloquista.

Na sexta-feira, também António Costa disse que esta não é uma “matéria de luta partidária”, tendo adiantado somente que a ministra da Justiça irá ouvir todos os partidos antes de fechar a proposta que levará a Belém.

À direita, Rui Rio também tem recusado revelar a posição do PSD. Já o CDS-PP adiantou que é a favor da manutenção de Joana Marques Vidal no cargo em causa. “No curto prazo, continuaremos a pugnar pela recondução da atual Procuradora-Geral da República”, reforçou Assunção Cristas, na reentré centrista.

O mandato de Joana Marques Vidal termina em outubro. A Constituição dita que seja agora o Governo a propor um novo nome para ocupar o cargo em questão, cabendo ao Chefe de Estado aceitar ou não essa sugestão.

Apesar de estar claro que não há qualquer impedimento legal à renovação do mandato da atual Procuradora-Geral, ainda não é certo o destino de Joana Marques Vidal. É sabido, no entanto, que o Governo não está inclinado para uma renovação.

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No meio de tantas mudanças, onde passa a bola?

Com a entrada da Eleven Sports em Portugal, o mercado dos conteúdos ficou ainda mais fragmentado. O ECO diz-lhe em que canal pode ver cada liga de futebol profissional.

O mercado dos conteúdos desportivos em Portugal está mais fragmentado do que nunca. Este ano, a entrada de um novo player trocou as voltas ao negócio e os fãs de desporto passaram a ter de subscrever mais um serviço, caso queiram continuar a ter acesso a todos os conteúdos premium disponíveis.

De um lado, a britânica Eleven Sports, que arrebatou os direitos desportivos de uma das maiores competições internacionais, a Liga dos Campeões. Do outro, a Sport TV, que mantém os direitos de ligas nacionais relevantes, mas também internacionais. É o caso da liga italiana, onde joga o craque português Cristiano Ronaldo.

Pelo meio estão outras empresas de media bem conhecidas do público. Por exemplo, a Impresa, dona da SIC, ainda é a detentora dos direitos da Liga Europa. Já a estação pública, a RTP, mantém-se como detentora dos direitos da Taça de Portugal, da Taça da Liga e da Supertaça Cândido de Oliveira e, tradicionalmente, passa os jogos disputados pela Seleção Nacional de futebol.

Tantas mudanças este ano deixam baralhado qualquer fã. Há jogos transmitidos na Sport TV, outros em sinal aberto, mais o canal oficial do Benfica que reserva o direito de emitir os jogos em casa. Por isso, o ECO elaborou uma lista que lhe permite saber o que passa ou pode passar em cada canal. Saiba onde ver o quê.

RTP 1

O principal canal público de televisão, em sinal aberto, permite acompanhar algumas competições e os jogos da Seleção Nacional. Na RTP 1 pode acompanhar a maioria dos jogos da Taça de Portugal, da Taça da Liga e da Supertaça Cândido de Oliveira.

A RTP também transmitiu este ano os jogos do Mundial a partir da Rússia.EPA/PAULO NOVAIS

SIC

A estação de Carnaxide também passa alguns jogos de futebol. Tradicionalmente, a SIC é conhecida por transmitir as partidas da Liga Europa, direitos que voltou a adquirir em março deste ano, por mais três épocas, até 2021.

O Sporting já garantiu entrada direta na Liga Europa. O Braga também já está apurado.Octavio Passos/Getty Images

TVI

Este ano, a TVI tem um trunfo. Chegou a acordo com a Eleven Sports e com a operadora Nowo para transmitir, em sinal aberto, alguns jogos da Liga dos Campeões da UEFA. Na estação de Queluz de Baixo, conte com um jogo das equipas portuguesas por jornada durante a fase de grupos, mas também com a transmissão da final.

Por ter vencido o campeonato na época passada, o Porto garantiu o apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões. O Benfica também conseguiu apurar-se no play-off.EPA/Peter Powell

Sport TV

É nos canais da Sport TV que passam a esmagadora maioria dos jogos da Liga Nos, a principal competição de futebol nacional. Para além desta liga, a Sport TV também transmite algumas partidas da Taça de Portugal e da Taça da Liga.

A outra aposta forte são as ligas internacionais. Nos canais da Sport TV passam jogos da Lega Nazional de Itália, onde joga o craque Cristiano Ronaldo, pela Juventus. A inglesa Premier League, onde joga o Manchester United, do técnico português José Mourinho, também é da Sport TV durante os próximos quatro anos. Na Sport TV, conte ainda com os jogos da Eredivisie, a principal liga holandesa de futebol profissional. A Sport TV está disponível nas plataformas das quatro principais operadoras.

Cristiano Ronaldo com a camisola da Juventus. Os jogos da liga italiana de futebol profissional vão passar nos canais da Sport TV.Filippo Venezia / EPA

Benfica TV

A Benfica TV, que é o canal oficial das “águias”, reserva os direitos de transmitir todas as partidas do Benfica disputadas em casa, no Estádio da Luz, a contar para a Liga Nos. Se o jogo é na Luz, passa na Benfica TV.

Os jogos do Benfica no Estádio da Luz passam na Benfica TV.OCTAVIO PASSOS/LUSA

Eleven Sports

A Eleven Sports conta com vários canais disponíveis na plataforma da Nowo, mas não há cobertura em todo o país. De qualquer forma, a empresa britânica também tem uma plataforma de streaming online por subscrição e a própria Nowo lançou recentemente uma nova box que funciona em todo o território, através da internet.

Os clientes da Eleven Sports, com acesso aos canais ou à plataforma, têm acesso à generalidade das partidas da Liga dos Campeões, assim como de múltiplas competições estrangeiras: a Bundesliga (liga alemã), Ligue 1 (liga francesa), La Liga (liga espanhola), Liga Pro (liga belga) e Premiership (liga escocesa). Todos estes direitos foram comprados pela Eleven Sports este ano.

A Eleven Sports entrou em Portugal ao comprar os direitos da Liga dos Campeões, os quais partilha com a TVI.EPA/ARMANDO BABANI

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Líderes europeus do turismo debatem futuro do setor esta terça

  • Lusa
  • 9 Setembro 2018

Na terça-feira, Lisboa vai receber pela primeira vez o Europe Leaders Forum da WTTC. A secretária de Estado diz que a escolha do país para o evento mostra o interesse crescente dos investidores.

Portugal irá receber pela primeira vez o Europe Leaders Forum do WTTC (World Travel & Tourism Council), que na próxima terça-feira, em Lisboa, debate as tendências do setor.

A secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, adiantou à Lusa que a escolha do país para este evento mostra “o interesse crescente da indústria do turismo e dos investidores, por Portugal”.

“Desde logo pelo facto de termos aqui 170 participantes, na maioria estrangeiros, representantes de grupos hoteleiros internacionais, de companhias aéreas, de empresas financeiras e de investidores internacionais, que estarão aqui no Europe Leaders Forum do WTTC, no fundo para discutir um bocadinho as tendências do turismo em todo o mundo”, referiu a governante.

Para Ana Mendes Godinho, “o grande foco aqui é mostrar, por um lado, a estratégia que Portugal tem em termos de sustentabilidade do turismo e que somos um líder hoje em dia. Temos recebido muitos prémios internacionais, também fruto dessa preocupação que temos em inovação e na sustentabilidade. E em novos territórios, destinos e produtos turísticos, aqui com uma grande aposta em alargar o turismo a todo o território, a todo o país”.

O encontro conta com altos responsáveis de grandes grupos ligados ao turismo ou com interesse nesta atividade, como por exemplo, Peter Fankhauser, presidente executivo da Thomas Cook Group; Pierfrancesco Vago, presidente executivo da MSC Cruises; Kike Sarasola, presidente e fundador da Room Mate Hotels & BeMate.com; Robert Swade, presidente da Grace Hotels; Andrea Grisdale, presidente executivo do IC Bellagio; Mário Ferreira, presidente executivo da Mystic Invest e Miguel Frasquilho, residente do Conselho de Administração da TAP, segundo a secretaria de Estado numa nota de agenda.

O fórum é “uma plataforma de encontro entre investidores internacionais para partilhar as tendências do turismo a nível mundial e perceber quais são as exigências de procura e antecipações do futuro”, garantiu Ana Mendes Godinho.

A secretária de Estado do Turismo falou ainda na busca de “soluções de sustentabilidade, como devem ser os novos negócios, novos hotéis, novos cruzeiros, como é que se gerem os destinos e partilha de experiências de novos destinos para investir”, como temas transversais que irão marcar o WTTC.

A governante irá ainda aproveitar para ter acesso a “um palco, em termos de evolução do turismo em Portugal. Também destacaria que vamos estar presentes em um dos painéis da WTTC para mostrar as vantagens competitivas” do país.

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Há seis anos que não se produzia tão pouco vinho em Portugal

A primavera chuvosa, o calor de agosto e o granizo recente comprometeram a produção vitivinícola. A campanha deste ano deverá ser, assim, a mais baixa dos últimos seis anos, adianta o IVV ao ECO.

O ano tem sido difícil para as vinhas portuguesas. Ao ECO, o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) adianta que esta será mesmo a “campanha mais baixa dos últimos seis anos” devido às condições meteorológicas “atípicas” verificadas nos últimos meses. Isso em quantidade. Já quanto à qualidade dos bagos, os produtores estão confiantes, sublinha fonte da entidade.

Quantidade de vinho produzida deverá ser pouca, viticultores estão confiantes quanto à sua qualidade.Pixabay

“Este tem sido um ano um bocadinho atípico”, explica Francisco Rico. Segundo o responsável do Instituto do Vinho e da Vinha (IVV), a primavera “húmida e chuvosa”, a “onda de calor” de agosto e as “quedas de granizo” das últimas semanas comprometeram a produção vitivinícola deste ano.

Apesar de todo o território nacional ter sido afetado, Rico salienta que se registaram algumas variações regionais. No que diz respeito às perdas provocadas por escaldão, o “maior impacto foi registado em Lisboa, Alentejo e Setúbal”. No norte, os efeitos da onda de calor foram “um pouco menores”, mas a proliferação de doenças como o míldio fazem desta zona uma das que se encontra atualmente num estado mais debilitado.

“Não é devido ao escaldão que irá haver grande diminuição da produção deste ano”, corrobora o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP). Em declarações ao ECO, o Conselho Diretivo dessa entidade reforça que “existem outros fatores que poderão afetar a produção, nomeadamente a persistência e resistência de míldio”. “O certo é que haverá diminuição face à anunciada nascença que prometia boas produções”, garante o IVDP.

Algarve sai ileso?

Algarve beneficiou de um clima mais ameno.Pixabay

Ao contrário das regiões centro e norte do país, o Algarve não deverá registar “qualquer quebra na sua produção vitivinícola” deste ano, perspetiva o IVV. Esta zona desfruta de um clima mais ameno, fruto da sua proximidade do mar e, portanto, esteve menos sujeita às agravantes referidas, o que protegeu as suas vinhas.

A Comissão Vitivinícola do Algarve já tinha adiantado que a vaga de calor de agosto “não se fez sentir de forma significativa” na região, mantendo-se a perspetiva de um novo aumento de produção.

Por outro lado, no Alentejo, “há produtores que perderam quase tudo”, nota o vice-presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, Francisco Rico. Mesmo nesta zona, verificam-se, no entanto, disparidades, sobretudo relacionadas com as variações do stress hídrico.

À Lusa, a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) tinha explicado que o escaldão comprometeu o objetivo de aumentar em 15% a produção de vinho, depois de três anos consecutivos de perdas.

Chuvas não trouxeram só desvantagens

Chuvas permitiram reforçar expansão vegetativa, o que evitou o agravamento dos danos provocados pelo sol.27 Junho, 2018

De acordo com o Instituto do Vinha e do Vinho, estas condições meteorológicas “atípicas” afetaram sobretudo as “vinhas novas ou que tinham sido desfolhadas”, bem como aquelas que estão orientadas a sul ou a poente por estarem mais expostas aos elementos.

Nesse sentido, o IVDP acrescenta que a “boa expansão vegetativa” das vinhas, resultante das chuvas do início do ano, teve uma “ação protetora para os cachos” e acabou por diminuir “o efeito da forte incidência do sol”.

Os principais fatores de risco foram assim “a localização, a exposição, a idade da vinha e a própria casta”, determina o vice-presidente do IVV. Por exemplo, nas castas brancas, a Casta Arinto e a Casta Fernão-Pires foram as mais afetadas.

Prejuízos? Não necessariamente

Uma fatia significativa dos viticultores estão protegidos por seguro de colheitas.

É certo que a este ano haverá menos uvas para transformar em vinho, mas nem tudo são más notícias para os agricultores. O vice-presidente do IVV sublinha que essa situação “não é sinónimo de prejuízo”, já que se deverá registar uma tendência do preço pago pelos cachos. A exceção são, pois, os portugueses que perderam a maior parte das suas produções, uma vez que nesses casos, mesmo com preços mais elevados, será difícil compensar a diferença.

O IVDP adianta, deste modo, que “por efeito da perda de produção”, deverá “existir uma redução de rendimento para alguns viticultores”. Na mesma região, as adegas cooperativas já demonstraram a sua preocupação com os possíveis “preços especulativos”.

Por outro lado, Francisco Rico salienta que 33% dos viticultores nacionais estão protegidos por seguro de colheitas, o que equivale a 40% da vinha lusitana. “Consideramos que este é o melhor instrumento para proteger os investimentos”, diz o vice-presidente do IVV. Destes 33%, 25% têm cobertura especificamente para o caso de escaldão, o que equivale a 60% da área de vinha.

Por último, o responsável do instituto público sublinha que, apesar da vindima ainda estar muito no início, os produtores estão confiantes quanto à qualidade dos bagos. Sim, a colheita deste ano terá de ser “mais seletiva”, isto é, terá de se ter o cuidado de separar os cachos afetados dos que resistiram às intempéries, mas perspetiva-se “muito boa qualidade”.

Em fevereiro, em declarações ao ECO, o presidente do IVDP já explicara que a vinha “é uma planta que precisa de fazer esforço”. Portanto, acrescenta agora o líder do IVV, a quantidade desta campanha deverá ser “pouca”, mas a qualidade, essa, estará nos seus níveis “mais interessantes”.

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Caldeira Cabral: Portugal tem “um grande potencial mineiro” por aproveitar

  • Lusa
  • 9 Setembro 2018

O ministro da Economia considera que Portugal tem "um grande potencial mineiro" que ainda não está a ser aproveitado. Caldeira Cabral avança que o Governo quer avançar com projetos neste setor.

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, disse este sábado, em Gouveia, que o país tem “um grande potencial mineiro” por aproveitar e o Governo pretende que os projetos nesse sentido avancem com o apoio das populações.

“Portugal tem um grande potencial mineiro ainda por aproveitar. Está a ter projetos mineiros e a despertar um interesse grande, outra vez, nas minas e nos recursos geológicos do país“, disse o governante no final de uma visita à antiga área mineira de Castelejo, em Gouveia, que foi reabilitada ambientalmente através da Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM).

Manuel Caldeira Cabral disse que o Governo pretende “que esses projetos avancem, mas avancem também com o apoio das populações”.

“Porque a mensagem clara que queremos deixar às populações é que o processo será levado até ao fim. O processo de exploração mineira, que cria emprego, que cria riqueza, que cria desenvolvimento, mas depois, também, quando se chega ao fim da vida de uma mina, no encerrar desse projeto, resolvendo os passivos ambientais” e garantindo que “isso faz parte de todo o projeto mineiro e os projetos têm de englobar também isso”, justificou.

O ministro adiantou que na reabilitação das antigas minas são utilizadas “algumas das ‘royalties’ que as próprias minas que estão em funcionamento pagam”, alavancando esses recursos “com os fundos estruturais”, o que permite “acelerar muito estes projetos”.

“De facto, nós estamos a conseguir fazer em dois anos e meio quase tanto como se fez nos últimos dez anos, em termos de recuperação de passivos ambientais nas minas”, disse o ministro da Economia.

Segundo Manuel Caldeira Cabral, o Governo pretende, no decorrer da atual legislatura “ainda acelerar mais” o processo, sendo que neste momento “estão já 40 milhões lançados em obras de melhoramento ambiental” no país.

“Continuamos a estudar os outros problemas que ainda existem para, progressivamente, resolver todos estes passivos ambientais”, anunciou.

O ministro referiu, ainda, que em cada um dos espaços recuperados haverá uma utilização diferente, com o envolvimento das autarquias e dos agentes locais.

No caso de Gouveia, o presidente da Câmara Municipal, Luís Tadeu, disse que a autarquia tenciona equacionar várias utilizações para o antigo espaço mineiro de Castelejo, nas áreas culturais, desportivas e de lazer.

Adiantou que as autarquias de Gouveia, Fornos de Algodres, Mangualde e Nelas tencionam criar uma “rede” das antigas explorações mineiras para atrair “mais turistas” para os territórios.

“Está tudo em aberto e, agora, tudo é possível, fruto desta intervenção”, rematou Luís Tadeu.

O ministro da Economia visitou hoje as obras de reabilitação ambiental da antiga área mineira de Castelejo, em Gouveia, e da Quinta do Bispo, no município de Mangualde, distrito de Viseu, onde foi lançada a primeira fase das obras de recuperação.

Os dois projetos representam um investimento total de 7,7 milhões de euros.

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Trump sugere à Apple que produza nos EUA e não na China

  • Lusa
  • 9 Setembro 2018

Donald Trump sugeriu à Apple que comece já a construir fábricas nos Estados Unidos, de modo a evitar as consequências negativas da guerra comercial em curso com Pequim.

O presidente norte-americano, Donald Trump, sugeriu, este sábado, ao grupo tecnológico Apple que produza nos Estados Unidos e não na China, a melhor forma de evitar as consequências da guerra comercial em curso com Pequim.

“Os preços [de produtos] da Apple podem aumentar por causa das enormes tarifas que podem ser impostas à China”, sublinhou Trump, na rede social Twitter, depois de ter ameaçado na sexta-feira taxar a totalidade das importações provenientes da China, que acusa de práticas comerciais “desleais”.

“Mas há uma solução fácil”, acrescentou, sugerindo: “Fabriquem os vossos produtos nos Estados Unidos e não na China. Comecem a construir já novas fábricas”.

A Apple está dependente do gigante asiático para o fabrico de muitos dos seus aparelhos, podendo vir a sofrer o impacto do conflito comercial entre os dois países.

O líder do grupo, Tim Cook, considerou recentemente que as tarifas impostas à China pela administração norte-americana parecem “taxas sobre o consumidor”.

Entre julho e agosto, 50 mil milhões de dólares de bens chineses já foram abrangidos por taxas impostas pelos Estados Unidos. Pequim respondeu com medidas idênticas e avisou que pode ainda taxar produtos provenientes dos Estados Unidos equivalentes a 60 mil milhões de dólares.

Donald Trump tem deixado pairar a ameaça de taxar 200 mil milhões suplementares de bens chineses. Esta nova medida “pode ser aplicada muito em breve, depende do que se passar com eles”, afirmou na sexta-feira.

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Frederico Varandas é o novo presidente do Sporting

Frederico Varadas é o novo presidente do Sporting com 42,32% dos votos. João Benedito ficou em segundo e José Maria Ricciardi em terceiro.

Frederico Varandas é o novo presidente do Sporting eleito com 42,32% dos votos. A lista D foi a vencedora das eleições, as mais concorridas na história do clube.

Em segundo lugar ficou João Benedito com 36,84% dos votos e em terceiro lugar ficou José Maria Ricciardi com 14,55% dos votos, de acordo com os dados oficiais. Apesar de a lista A de João Benedito ter sido a que teve o maior número de sócios a votar nele (9.735) não foi a lista vencedora porque de acordo com as regras cada sócio não corresponde a um voto já que os sócios mais antigos correspondem a mais votos. a este nível a lista D surge em segundo lugar com 8.717 votantes. Já Ricciardi recebeu o voto de 2.594 sócios.

Isto significa que João Benedito teve uma percentagem de votos, mas Frederico Varandas convenceu o eleitorado mais velho e com maior peso na eleição.

Os dados oficiais revelam ainda que Dias Ferreira teve 2,35% dos votos, Fernando Tavares Pereira 0,9% e em último lugar surge Rui Jorge Rego com 0,51%.

Os restantes candidatos já deram os parabéns a Frederico Varandas e apelaram à união em torno do Sporting. “Será o meu presidente a partir de agora”, disse João Benedito numa primeira reação aos resultados, transmitida pelas televisões.

Frederico Varandas, o 43.º presidente do Sporting, em declarações à Sporting TV disse que a eleição foi “um momento histórico”. A tomada de posse está agendada para segunda-feira às 19h00 no estádio José de Alvalade.

Rogério Alves é o novo presidente da Mesa da Assembleia Geral que vai assim substituir Jaime Marta Soares que esta noite anunciou oficialmente os resultados e deu os parabéns aos vencedores.

No discurso de vitória, as primeiras palavras foram para João Benedito “um grande atleta” e que ficou em segundo lugar na eleição. “Espero que nunca de afaste do clube, faz sempre parte da história deste clube”, disse. Em segundo lugar destacou os níveis de participação históricos nos 120 anos do Clube — 22.510 eleitores.

A minha força está na força da minha equipa“, disse ainda Frederico Varanda, sublinhando que “esta vitória é muito importante” para o clube, já que se trata de “uma vitória simbólica” porque é “uma vitória da independência e da resistência, da resiliência e da superação e é assim que vai ser o Sporting Clube de Portugal”.

Para concluir o novo presidente disse que agora é necessário “passar das palavras aos atos” e unir o clube. “Unir o Sporting é pôr os interesses do Clube acima de todos”, disse lembrando que foi um “candidato independente” e promete ser um “presidente independente”, assim como que o clube venha a ganhar o campeonato nacional ao longo do seu mandato.

(Notícia atualizada às 3h10)

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Assunção Cristas defende recondução de Joana Marques Vidal

  • ECO
  • 8 Setembro 2018

Assunção Cristas vai aproveitar a reentré para deixar clara o apoio do CDS-PP à recondução de Joana Marques Vidal como Procuradora-Geral da República.

Na festa que marcará o recomeço do ano político dos centristas, Assunção Cristas vai defender a recondução de Joana Marques Vidal no cargo de Procuradora-Geral da República, avança o Diário de Notícias. No seu discurso, a líder do CDS sublinhará que a magistrada em causa “dá garantias de isenção e de independência”.

O mandato de Joana Marques Vidal termina em outubro. A Constituição dita que seja agora o Governo a propor um novo nome para ocupar o cargo em questão, cabendo ao Chefe de Estado aceitar ou não essa sugestão.

Apesar de estar claro que não há qualquer impedimento legal à renovação do mandato da atual Procuradora-Geral, ainda não é certo o destino de Joana Marques Vidal.

É sabido, no entanto, que o Governo não está inclinado para uma renovação. Em declarações aos jornalistas, António Costa recusou adiantar mais pormenores, referindo apenas que a ministra da Justiça ainda vai ouvir os partidos políticos.

Já à direita, Rui Rio tem recusado falar sobre o assunto, salientando que “quem é responsável por colocar o problema em cima da mesa é o primeiro-ministro e o Presidente da República”. No entanto, num encontro da Universidade de Verão do partido laranja, o secretário-geral do PSD, José Silvano, aproveitou para defender (a título pessoal) a recondução de Joana Marques Vidal. “Não vejo nenhum motivo para que não seja reconduzida”, disse.

O discurso deste sábado de Cristas deverá ser, assim, sinónimo da subida da pressão no que diz respeito a esta matéria. “No curto prazo, continuaremos a pugnar pela recondução da atual Procuradora-Geral da República”, reforçará a líder.

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Eleições “históricas” no Sporting. Votaram 22.510 sócios

  • ECO e Lusa
  • 8 Setembro 2018

Mais de 21 mil sócios do Sporting já votaram. As eleições deste sábado para os órgãos do Sporting tiveram a maior adesão de sempre num ato deste tipo. As urnas fecham às 19h00.

As eleições deste sábado para os órgãos sociais do Sporting registaram a maior adesão de sempre num ato eleitoral. Foram 22.510 os sócios que participaram este sábado nas eleições, dos quais 19.159 presencialmente.

As urnas fecharam poucos minutos depois das 19h00 — Jaime Marta Soares foi o último a votar — e os resultados deverão ser conhecidos entre as 23h00 ou 24h00 horas, uma demora justificada pela necessidade de contar os votos por correspondência.

“Foi um ato eleitoral inexcedível”, disse Jaime Marta Soares, após o fecho das urnas. “Não houve um único conflito“, sublinhou em declarações transmitidas pela Sic Notícias. “Foi uma lição de respeito pela democracia”, acrescentou, dizendo que esta foi “uma eleição histórica”. Uma classificação que pode também receber pelo facto de este ter sido o ato eleitoral com maior afluência de sempre.

“Em 2013, a 23 de março, a eleição do dr. Bruno de Carvalho e de eu próprio, que também integrava a lista, tivemos 14.213 sócios a votar; em 2017 tivemos 15.439 votos presenciais aos quais acresceram 3.222 de votos por correspondência, o que somou 18.661; tivemos também a assembleia geral de 23 do junho, a assembleia destitutiva, realizada no Altice Arena onde estiveram 15.040 sócios. Tivemos também a assembleia geral de 17 de fevereiro de 2018, 5.401 associados presentes”, elencou o presidente da Mesa da Assembleia Geral.

“Hoje, só os sócios que votaram presencialmente foram 19.159 sócios e rececionámos 5.100 votos por correspondência, e já excluídos aqueles que não estão em condições, podemos somar mais 3.351. Dá 22.500 sócios”, acrescentou Jaime Marta Soares. Mas, na realidade foram 22.510 sócios.

Ao longo dos vários briefings que foi fazendo durante o dia, Marta Soares foi reiterado que o processo eleitoral decorria “de forma muito serena, sem registo de situações de conflito”. “Este é um dia memorável. É um número que nos agrada”, vincou Jaime Marta Soares.

Sousa Cintra sai com “sentimento de missão cumprida”

O presidente interino da SAD do Sporting, José Sousa Cintra, após o fecho das urnas disse que deixa a instituição com um “sentimento de missão cumprida”. Em declarações à Sporting TV, Sousa Cintra lembrou que o clube “estava partido aos bocados” quando assumiu funções, na sequência da destituição do anterior presidente, Bruno de Carvalho, em Assembleia Geral, em 23 de junho de 2018, lembrando o “sucesso” no esforço de unificação.

“O Sporting está em primeiro no campeonato e estava com obstáculos nessa frente: tinham saído nove jogadores. Termos conseguido voltar a construir uma equipa poderosa e preparada para chegar ao final do campeonato em primeiro deixa-me muito feliz. Entregamos um Sporting cheio de vitalidade e com um plantel forte e unido”, afirmou Sousa Cintra, que presidiu ao clube entre 1989 e 1995.

O líder interino da SAD destacou também a existência de um forte “compromisso” entre equipa e estrutura para conduzir o Sporting ao título de campeão nacional de futebol, que escapa aos ‘leões’ desde a época 2001/02. “Temos as alternativas dentro do nosso clube e a equipa está preparada. Deixamos uma equipa motivada, confiante e com vontade de dar alegrias aos sócios”, finalizou

Urnas abriram com fila de sócios para votar

As urnas para a eleição do 43.º presidente do Sporting abriram às 9h00, hora em que já estavam milhares de sócios do clube a aguardar na fila, que já circundava o Estádio José Alvalade.

A entrada dos sócios foi feita pela porta 1 do Estádio José Alvalade, passando por uma primeira zona de credenciação com 40 mesas. Uma vez devidamente credenciados, os sócios prosseguiam dessa área até ao Hall VIP do estádio, dividindo-se pelo número de votos a que tinham direito e que iam desde um a 21 votos. Já no Hall VIP estavam 50 mesas com voto eletrónico, num processo de votação certificado pela Universidade do Minho.

João Benedito (lista A), José Maria Ricciardi (B), Frederico Varandas (D), Rui Jorge Rego (E), José Dias Ferreira (F) e Fernando Tavares Pereira (G) são os seis pretendentes que se mantiveram até ao fim na corrida, após a desistência de Pedro Madeira Rodrigues (C), derrotado por Bruno de Carvalho em 2017, que se tornou apoiante de Ricciardi.

(Notícia atualizada às 20h12)

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UGT vai exigir aumento do salário mínimo para os 615 euros em 2019

  • Lusa
  • 8 Setembro 2018

O secretário-geral da UGT garante que vai propor o aumento do salário mínimo nacional para 615 euros mensais. "O salário mínimo em Portugal é miserável", disse.

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, reiterou, este sábado, que a central sindical vai propor que o salário mínimo nacional seja aumentado em 2019 dos atuais 580 euros para 615 euros mensais.

“Eu já disse que o salário mínimo em Portugal é miserável”, afirmou o dirigente sindical, no encerramento do Congresso Regional da UGT/Açores, realizado na Horta, acrescentando que a UGT vai propor, em sede de concertação social, que “o salário mínimo passe para os 615 euros no próximo ano”.

Para Carlos Silva, “é preciso que o país” faça este “esforço” de dar mais a quem menos recebe, recordando que só no setor público existem cerca de 200 mil funcionários a auferir o salário mínimo nacional, sem contar com os que estão no setor privado a receber o mesmo salário “miserável”.

“Basta olharmos para os salários dos restantes países europeus, para percebermos que o salário mínimo em Portugal é um dos mais miseráveis da Europa“, insistiu o secretário-geral da UGT, advertindo o Governo da República para a necessidade de encetar negociações com vista a aumentar salários no próximo ano.

Carlos Silva lamentou, por outro lado, que o Governo e os sindicatos de professores não tenham chegado a acordo em relação à contagem do tempo de serviço, que considerou ser uma reivindicação “justa” da classe docente, ou de qualquer outra classe trabalhadora.

“Não podemos dizer a um trabalhador que o tempo que ele andou a trabalhar não conta como tempo de serviço! Não contem com isso!”, disse o líder da UGT, lamentando que o próximo ano letivo arranque, não de forma “estável”, mas já com “problemas”.

Também Francisco Pimentel, coordenador da UGT/Açores, que foi reeleito no Congresso Regional para mais um mandato, insistiu na necessidade de serem aumentados os salários nos Açores em 2019, e em especial a remuneração complementar, destinada a suportar os encargos com a insularidade.

“Não é eticamente, nem moralmente aceitável, não haver aumentos em 2019”, realçou o dirigente açoriano, apelando ao Governo Regional de Vasco Cordeiro e ao grupo parlamentar do PS na Assembleia Regional, que tem maioria absoluta, para que dê um sinal nesse sentido.

Para Francisco Pimentel é também fundamental “repor a carga fiscal” nos Açores, para os valores praticados antes da entrada da ‘troika’ em Portugal, sobretudo sem sede de IRS e de IVA.

“É da mais elementar justiça repor a carga fiscal, repor rendimentos, porque o custo de vida nos Açores penaliza os trabalhadores da região”, em comparação com os do resto do país, justificou o dirigente sindical.

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Louis Vuitton é a marca de luxo mais valiosa do mundo. Conheça a lista completa

A indústria da moda de luxo cresce a um ritmo acelerado. Este ano é a Louis Vuitton que continua a liderar o topo das marcas mais valiosas do mundo, avaliada em mais de 35 milhões de euros.

As marcas de luxo crescem a um ritmo muito rápido. Do ano passado para 2018, o valor desta indústria multiplicou-se por sete, alcançando mais de 133 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 114 milhões de euros. No segmento de luxo, há uma marca que se destaca: a Louis Vuitton, que continua a ser a mais valiosa do mundo este ano.

A conclusão é de um estudo elaborado pela BrandZ, que analisou o desenvolvimento das empresas de diferentes setores e, no que toca à evolução das marcas de luxo, concluiu que estas cresceram 28% de um ano para o outro.

Do top 10 das marcas de luxo mais valiosas, seis são francesas e praticamente todas, apenas com exceção da Chanel e da Prada, registaram uma variação positiva do seu valor comparativamente ao ano passado.

Segundo o ranking da consultora, a Louis Vuitton é a marca de luxo mais valiosa do mundo, avaliada em 41.138 milhões de dólares (cerca de 35 milhões de euros). Na lista geral das marcas mais valiosas, incluindo outros setores, a empresa especializada na produção de bolsas e malas de viagens situa-se no 26.º lugar, depois de ter crescido 41% no último ano.

Louis Vuitton, em Paris

A Gucci e a Hermés foram as duas marcas de luxo que mais cresceram no período de tempo analisado, 66% e 20%, respetivamente. O valor da Gucci, de origem italiana e fundada por Guccio Gucci, ronda os 22.442 milhões de dólares (aproximadamente 19 milhões de euros) e a Hermés, empresa francesa fundada por Thierry Hermès está avaliada em 28.063 milhões de dólares (perto de 24 milhões de euros).

Com a sua sede em paris, a Yves Saint Laurent aparece pela primeira vez a ocupar o número 10 da lista, tendo sido avaliada em 3.316 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 2.837 milhões de euros.

Conheça a lista completa das 10 marcas de luxo mais valiosas do mundo, através desta fotogaleria.

Nas redes sociais quem lidera é a Chanel

O setor de luxo também já se rendeu ao uso das redes sociais, uma prática que chegou a desagradar algumas marcas, que temiam comprometer o seu prestígio e exclusividade.

Neste campo, a Chanel é a marca de luxo que conta com mais seguidores no Instagram, quase 30 milhões de pessoas seguem a conta oficial da marca francesa com mais de 100 anos de existência. Segue-se a Gucci, que junta mais de 27 milhões de seguidores no seu Instagram, e a Louis Vuitton, com um total que ultrapassa os 26 milhões.

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Tem uma empresa em crise? Estado já pode pagar advogado, defende o Constitucional

O país das startups tem cada vez mais empresas em crise: muitas já falidas, outras em insolvência. Todas elas impedidas de pedir apoio judiciário, mas só até maio passado.

A recusa de proteção jurídica a pessoas coletivas com fins lucrativos e em dificuldades foi, recentemente, considerada inconstitucional. Mas porquê e o que significa isto na prática? Feito um acórdão judicial e polémicas geradas à parte, a Advocatus foi saber o que dizem os advogados dos grandes escritórios.

Só em 2018, e até agora, para 22.038 novas empresas constituídas em Portugal, 19.826 foram dissolvidas e 4.637 estão em processo de insolvência. Números que assustam empreendedores e alarmam a massa do tecido empresarial no que toca ao acesso à justiça em situações de crise. Isto porque, uma vez em tribunal, estas empresas não tinham direito a apoio judiciário. Ou seja, não lhes era permitido pedir a dispensa do pagamento de taxa de justiça ou pedir um advogado pago pelo Estado.

Mas recentemente, a 8 de maio, o cenário mudou quando o Tribunal Constitucional (TC) decretou que a lei que recusava proteção jurídica a pessoas coletivas com fins lucrativos era, afinal, inconstitucional. Em causa estavam alterações à Lei de Acesso ao Direito e aos Tribunais (LADT), na altura do governo de José Sócrates, que violavam a Constituição, na qual está estipulado que “a todos é assegurado o acesso ao direito e aos tribunais para defesa dos seus direitos e interesses legalmente protegidos, não podendo a justiça ser denegada por insuficiência de meios económicos”.

O que muda?

Com o acórdão n.º 242/2018 fica então assente que as pessoas coletivas com fins lucrativos terão direito a advogado pago pelo Estado no acesso à justiça. Uma decisão que deixou de parte os estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada.

“É muito bem-vindo este acórdão”, diz Alexandra Valpaços à Advocatus. “Com esta declaração de inconstitucionalidade, as pessoas coletivas com fins lucrativos deixaram de ficar totalmente impedidas de recorrer à justiça por razões económicas, permitindo-se, e bem, a avaliação casuística da necessidade de apoio judiciário”, realça a advogada do departamento de contencioso e arbitragem da Sérvulo.

De notar que na redação originária do número 3 do artigo 7.º da LADT as pessoas coletivas, com ou sem fins lucrativos, tinham efetivamente direito a apoio judiciário, se demonstrassem estar em situação de insuficiência económica. “Essa norma foi, contudo, substituída pela atual”, explica a advogada, “que vedava, de forma cega e absoluta, o acesso de pessoas coletivas com fins lucrativos aos tribunais, quando não tivessem condições para suportar os custos de um processo, e que violava, frontalmente, o direito e a garantia fundamentais de acesso aos tribunais, que a Constituição atribui e assegura a todos”.

As pessoas coletivas também têm o direito de fazer valer em juízo os seus direitos e interesses legítimos. Muitas são as situações em que uma empresa pode ter de recorrer aos tribunais para efetivar os seus direitos ou para deduzir a sua defesa.

Alexandra Valpaços

Associada da Sérvulo

Saliente-se ainda que as empresas, à semelhança das pessoas singulares, só têm agora direito à nomeação e pagamento da compensação de advogado pelo Estado, se demonstrarem estar em situação de insuficiência económica. “É, portanto, a falta de condições objetivas para suportar os custos de um processo que justifica a concessão de apoio judiciário”.

Segundo a Constituição, a falta de condições económicas não pode ser motivo para denegação de justiça. “Se retirássemos às empresas a possibilidade de acederem à justiça por razões económicas”, como fazia a norma declarada inconstitucional – introduzida no governo de Sócrates — “estaríamos, na verdade, a esvaziar o seu direito de acederem aos tribunais para defesa dos seus direitos e interesses legalmente protegidos, apenas por não terem meios para pagar as despesas inerentes a uma ação judicial”.

Para Alexandra Valpaços “faz todo o sentido” existir a intervenção do Estado de modo a evitar esse esvaziamento, precedida de uma análise do caso concreto.

Já sobre se será justo equiparar o mesmo tipo de apoio judiciário a pessoas coletivas sem fins lucrativos como a pessoas individuais — uma das causas que à altura do acórdão levantou questões — a advogada diz que “as pessoas coletivas também têm o direito de fazer valer em juízo os seus direitos e interesses legítimos”.

“Muitas são as situações em que uma empresa pode ter de recorrer aos tribunais para efetivar os seus direitos ou para deduzir a sua defesa (por exemplo, para cobrar créditos sobre clientes ou para se defender da aplicação de uma multa). Quer uma sucessão de clientes maus pagadores, quer a necessidade de pagamento de uma multa avultada, podem colocar uma empresa numa situação económica que não lhe permita suportar os custos de um litígio em tribunal. Seria justo negar-lhe o acesso à justiça? Entendo que não seria”, conclui.

Quanto ao universo abrangido por esta lei, David Sequeira Dinis, sócio da Uría Menéndez-Proença de Carvalho, realça ainda que “no caso das pessoas coletivas, maioritariamente as sociedades comerciais – há que frisar que dentro do seu universo encontra-se uma amálgama heterogénea de entidades e de círculos de interesses. Veja-se que tanto se inclui nesse universo uma empresa cotada no PSI 20, como a sociedade por quotas unipessoal do café do bairro”.

Em relação a futuros casos de crise, o advogado diz que esta é uma evolução, mas que a vir sozinha não basta. “A declaração de inconstitucionalidade parece apenas abrir uma porta, sem definir o caminho. Isto é, da mesma forma que a diversidade do espetro de pessoas coletivas com fins lucrativos impõe que não se limite, à partida, o apoio do Estado no acesso à justiça, também se verifica que será necessária regulamentação adicional e específica para essas entidades”.

Veja-se que tanto se inclui no universo das pessoas coletivas com fins lucrativos uma empresa cotada no PSI 20, como a sociedade por quotas unipessoal do café do bairro.

David Sequeira Dinis

Sócio da Uría Menéndez-Proença de Carvalho

Mas como? “Tal regulamentação poderá não ser feita através da extensão do regime de proteção jurídica aplicável às pessoas físicas, mas antes mediante a criação de mecanismo legal próprio”, defende o sócio, “o qual poderá deferir competência a entidade diversa da Segurança Social para as decisões de atribuição de proteção a pessoas coletivas”.

Em qualquer caso, defende, este regime deverá evitar quaisquer práticas ilícitas fraudulentas ou de má gestão empresarial, “para que a tónica seja colocada na proteção das pessoas físicas, ainda que enquadradas nos círculos de interesses de pessoas coletivas com fins lucrativos”, remata.

Como é feita a escolha do advogado pago pelo Estado?

Relativamente ao novo acórdão, o processo de seleção de advogado pago pelo Estado para as pessoas coletivas com fins lucrativos ainda não foi analisado. Porém, se o procedimento de seleção for semelhante ao já existente para pessoas singulares, os advogados serão nomeados pela Ordem a partir de uma lista de profissionais inscritos no Sistema de Acesso ao Direito.

A estes advogados nomeados para cada caso o Estado paga um valor por processo, mais as despesas com as deslocações e os atos praticados no processo, como por exemplo, recursos, e outras diligências.

Desde janeiro de 2012 que os honorários pelos serviços prestados pelos advogados só são válidos após a confirmação efetuada pela secretaria do tribunal ou serviço junto do qual correu o processo. Essa mesma confirmação está sujeita a um prazo, sendo que nos termos legais tem de ser feita quinzenalmente.

Antes disso bastava ao próprio advogado inserir a defesa oficiosa no sistema informático do acesso ao direito e o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça procedia ao pagamento. Atualmente, este organismo do Ministério da Justiça tem de esperar pela confirmação.

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