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Lisboa dá luz verde à suspensão de alojamento local nos bairros de Madragoa, Castelo, Alfama, Mouraria e Bairro Alto

Com o aval da Assembleia Municipal, a restrição aos novos alojamentos locais deverá entrar em vigor assim que estiver publicada em Boletim Municipal, o que poderá acontecer ainda esta semana.

Depois de a Câmara Municipal de Lisboa (CML) ter aprovado uma proposta para suspender a autorização de novos registos de estabelecimentos de alojamento local em algumas zonas da cidade, a proposta foi agora aprovada pela Assembleia Municipal de Lisboa. A restrição a novos alojamentos locais nos bairros de Madragoa, Castelo, Alfama, Mouraria e Bairro Alto poderá, assim, entrar em vigor ainda esta semana.

A proposta foi aprovada com os votos favoráveis do PS, Bloco de Esquerda e PCP, tendo sido rejeitada pelo PSD, o CDS-PP, o MPT e o PPM. Com o aval da Assembleia Municipal, a medida deverá entrar em vigor assim que estiver publicada em Boletim Municipal, o que poderá acontecer ainda esta semana.

Uma vez em vigor, a medida permitirá que as juntas de freguesia possam suspender os novos registos de alojamento local nos bairros em causa, até que a Câmara aprove o novo regulamento do alojamento local para a cidade de Lisboa. O objetivo do executivo de Fernando Medina é aprovar este regulamento até março do próximo ano. Para que haja uma suspensão — que terá um período máximo de um ano — é necessário que haja uma proposta fundamentada, aprovada em Assembleia Municipal.

Para além desta suspensão, foi ainda aprovada a medida de “acompanhamento e monitorização” de outras zonas da cidade onde se considera que a pressão do alojamento local é elevada. Em causa estão as zonas da Baixa, Avenida da Liberdade, Avenida da República, Avenida Almirante Reis, Graça, Colina de Santana, Lapa e Estrela.

Apesar dos votos favoráveis, bloquistas e comunistas criticaram o atraso desta medida, bem como o facto de algumas áreas já muito pressionadas, como a Baixa, não serem abrangidas. Essa discussão deverá, assim, ser tida durante os próximos meses, e o próprio executivo da Câmara admite que as áreas de contenção que vierem a ser definidas no novo regulamento poderão não coincidir com estas áreas iniciais.

“A proposta que a Câmara está a apresentar é para a delimitação de áreas para a suspensão do registo de alojamento local. Essa suspensão é para vigorar até o regulamento estar aprovado, e isso não significa que as áreas de contenção sejam coincidentes com as áreas de suspensão. Durante o trabalho de definição do novo regulamento, poderá haver ajustes”, adiantou Manuel Salgado, vereador do Urbanismo e Reabilitação Urbana.

Notícia atualizada pela última vez às 17h30 com mais informação.

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Co-fundador da Blockchain deu 100 mil dólares em criptomoedas no Web Summit. Mas código deu erro

O cofundador da Blockchain, uma das maiores carteiras de criptomoedas, anunciou um donativo de 25 dólares em criptomoedas (XLM) aos participantes do Web Summit. Mas deu erro e a confusão instalou-se.

Tim Draper e Peter Smith, no palco principal do Web Summit.Web Summit

Previa-se chuva de criptomoedas em Lisboa, mas os 25 dólares em moeda digital (Stellar Lummens) que foram prometidos esta terça-feira por Peter Smith a cada participante do Web Summit teimaram em cair do céu. Os participantes receberam o email da organização com o código para reclamar o montante — mas, inicialmente, ninguém conseguia reclamar a prenda generosa da empresa. Só foi resolvido quase meia hora depois do anúncio.

No centro do palco principal, na Altice Arena, Peter Smith, cofundador da Blockchain, anunciou uma parceria com a Stellar Development Foundation para doar 25 dólares a todos os participantes da conferência Web Summit. A criptomoeda em causa é a Stellar Lummen, que vale atualmente 26,10 cêntimos de dólar, está a valorizar 6,77% esta terça-feira e tem um valor total de mercado de quase cinco mil milhões de dólares, de acordo com o portal Coin Market Cap.

A conta oficial do Web Summit no Twitter publicou inicialmente um tweet, após a intervenção de Peter Smith, a indicar que o donativo total era de 125 mil dólares. O tweet foi entretanto apagado, para dar lugar a um novo tweet, que indica que o donativo é, na verdade, de 100 mil dólares:

O email da organização do Web Summit chegou, pouco depois, aos participantes. “Enquanto participante do Web Summit, garantimos-lhe um código único e exclusivo para ser dos primeiros a reclamar 25 dólares em XLM grátis”, lê-se na mensagem.

Contudo, ao tentarem introduzir um endereço de email e o código cedido pela organização, cedo se percebeu que a plataforma não deixava ninguém reclamar as “criptomoedas grátis”. Ao tentar reclamar a “prenda”, os primeiros utilizadores recebiam uma mensagem que apontava para sarilhos: “Ocorreu um erro ao tentar adicionar o utilizador à lista de espera. Por favor, tente novamente!” No Twitter, começaram a surgir mensagens de participantes do Web Summit a queixarem-se do problema:

Entretanto, a conta oficial do Web Summit voltou a abordar o assunto. Num tweet, a organização indicava que, afinal, o donativo de 100 mil dólares era um concurso e o prémio para quem tirasse a crypto selfie que conquistasse mais “gostos” em 24 horas. O tweet também foi entretanto apagado… e republicado minutos depois, com o mesmo conteúdo, mas com ligeiras alterações na forma:

Só quase meia hora depois do anúncio é que os participantes tiveram a confirmação de que “o problema” estava, afinal, “resolvido”, segundo as indicações da Blockchain, sob a forma de um novo tweet:

O ECO contactou o Web Summit através do Twitter a pedir um comentário ao sucedido, mas não recebeu resposta a tempo de publicação deste artigo. A chuva de criptomoedas teimou em cair, mas caiu. A confusão, essa, fica registada na memória de muitos adeptos das novas divisas digitais, que vieram este ano ao Web Summit, o terceiro a acontecer em Lisboa.

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Fact Checking? Portugal vai ter o seu próprio Polígrafo de notícias

Novo meio de comunicação liderado pelo jornalista Fernando Esteves será uma ferramenta de fact checking sem ligação a qualquer grupo editorial.

Portugal vai ter um novo jornal online dedicado à ferramenta fact checking, metodologia celebrizada nas últimas eleições norte-americanas, chamado Polígrafo. O projeto foi apresentado esta terça-feira, no Web Summit, pelo diretor, o jornalista Fernando Esteves.

“Eu não posso garantir que posso dar apenas notícias verdadeiras porque as notícias são feitas por homens, e os homens erram”, explica Fernando Esteves, jornalista e diretor do Polígrafo.

Fernando Esteves, diretor do Polígrafo.D.R.

A ideia de criar o Polígrafo surgiu em maio de 2017, altura em que o jornalista Fernando Esteves deixou de ser editor de Internacional, na revista Sábado. A redação, que vai contar com uma equipa fixa de entre 10 a 12 pessoas, já está disponível online.

O Polígrafo vai publicar quatro conteúdos diários de “alta qualidade” que, espera Fernando Esteves, “que podem marcar o dia, a agenda, o debate político. A nossa guerra não é a das page views. Mas seremos uma marca sólida, vendável, para marcas que se queiram associar a um conceito”.

Quanto ao modelo de negócio, Fernando Esteves diz que este assenta numa lógica semelhante aos que já existem noutros: publicidade, conferências e uma outra área essencial: a “literacia mediática”, que vai basear-se, por exemplo, em workshops em escolas.

“Vamos apostar no Whatsapp como o meio preferencial de comunicação com os nossos leitores. (…) Isto faz com que os leitores se sintam parte da cobertura noticiosa, que vai diminuir o fosso entre os leitores e os media”, detalha o jornalista, afirmando que quer “que o Polígrafo seja o Google da verdade”.

O projeto será integrado na rede Sapo mas é independente de qualquer grupo de comunicação social. Os acionistas do projeto são o diretor, Fernando Esteves, a Big Creative media, empresa de produção de conteúdos audiovisuais e que vai estar presente no dia-a-dia da redação e, ainda, o Emerald Group, dedicado a negócios no imobiliário e com presença no Dubai. O orçamento anual do Polígrafo são algumas centenas de milhares de euros.

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Juristas de 68 celebram 50º aniversário do curso 68-73

Arons de Carvalho, Rebelo de Almeida, José Jorge Letria, Castro Mendes, MIguel Sousa Tavares, Teresa Beleza, João Caupers e Agostinho Pereira de Miranda celebram 50 anos de curso num jantar dia 16.

O curso de direito 1968/1973 da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa celebra este ano 50 anos de início da licenciatura que serão comemorados num jantar a realizar dia 16 de novembro, num hotel em Paço de Arcos.

O deputado Alberto Arons de Carvalho, o empresário e dono da cadeia Vila Galé Jorge Rebelo de Almeida, o escritor José Jorge Letria, o ex-ministro da Cultura Luís Castro Mendes,o jornalista e escritor Miguel Sousa Tavares, Teresa Beleza, João Caupers, ambos professores universitários e o advogado Agostinho Pereira de Miranda fazem parte da lista de convidados.

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Retalho passa a perna a Lisboa. BCP trava perdas

A bolsa nacional encerrou em queda, em sintonia com as pares europeias, num dia em que os investidores estão de olhos postos nas intercalares nos EUA. Em Lisboa, o retalho ditou o rumo do PSI-20.

A bolsa nacional provou as primeiras perdas da semana, num dia em que os investidores mostraram os seus receios face aos resultados das eleições intercalares que decorrem nesta terça-feira nos EUA. Acompanhou o sentimento negativo das pares europeias, num dia em que as retalhistas foram as principais responsáveis pela queda do PSI-20. Ainda assim, o BCP ajudou a travar perdas mais acentuadas.

O PSI-20 encerrou a sessão a perder 0,2%, para os 4.977,68 pontos, com a maioria dos seus títulos com perdas. Mas foram sobretudo as retalhistas a determinar o desfecho da sessão bolsista nacional. As ações da Jerónimo Martins recuaram 1,16%, para os 10,675 euros, enquanto as da Sonae perderam 1,38%, para os 86,05 cêntimos.

Entre os maiores deslizes do índice bolsista nacional destaque também para a EDP Renováveis. As ações da empresa liderada por Manso Neto recuaram 0,89%, para os 7,82 euros, um dia antes de a cotada apresentar o balanço das suas contas relativas ao terceiro trimestre do ano.

A pesar negativamente sobre o desempenho do PSI-20 esteve ainda a Mota-Engil, que viu as suas ações desvalorizaram 1,16%, para os 1,708 euros. Tal aconteceu no mesmo dia em que a construtora divulgou as condições de uma nova oferta de obrigações para o retalho. A cotada liderada por Gonçalo Moura Martins vai pagar uma taxa de juro de 4,5% numa emissão de pelo menos 65 milhões de euros num empréstimo obrigacionista dirigido ao público em geral.

Nota positiva para o BCP que, depois de ter chegado a estar a perder perto de 3%, deu a volta terminando a sessão a ganhar 0,53%, para os 24,46 cêntimos por ação. Esse desempenho acontece depois de na segunda-feira, o banco liderado por Miguel Maya ter realizado uma assembleia geral em que os acionistas aprovaram medidas que “abrem a porta” à distribuição de dividendos pelo BCP. De salientar que o banco divulga as suas contas na próxima quinta-feira, já após o fecho do mercado.

Também a EDP encerrou em terreno positivo, com as suas ações a somarem ganhos de 0,61%, para os 4,15 euros.

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Concurso de abertura de dois novos canais na TDT lançado até ao final do ano

  • Lusa
  • 6 Novembro 2018

Ministra da Cultura, Graça Fonseca, deixou a garantia de que o concurso público para abertura de dois novos canais privados na TDT avança até ao final do ano

O concurso público para a abertura de dois novos canais privados na televisão digital terrestre (TDT) deverá ser lançado até ao final do ano, afirmou hoje a ministra da Cultura, Graça Fonseca.

“Esperamos até ao final do ano ter isto resolvido, da abertura de concurso”, disse a ministra na audição de apreciação parlamentar, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2019, e que dura há cinco horas.

Na audição, Graça Fonseca recordou que o governo está a “incorporar no caderno de encargos as sugestões da ERC [Entidade Reguladora para a Comunicação Social] para depois prosseguir e abrir concurso”.

Em 23 de junho de 2016, o Conselho de Ministros aprovou o alargamento da oferta da TDT em Portugal, o que previa dois canais da RTP sem publicidade e outros dois reservados para os privados, estes últimos atribuídos mediante concurso.

As emissões da RTP3 e da RTP Memória na TDT arrancaram em 01 de dezembro de 2016, passando a oferta de televisão em sinal aberto (gratuita) a ser composta pela RTP1, RTP2, SIC, TVI, RTP3, RTP Memória e ainda o canal parlamento (AR TV).

Em 04 de setembro passado, o Governo tinha enviado para a ERC os regulamentos e cadernos de encargos dos concursos para a atribuição de duas novas licenças aos operadores privados na TDT, um temático na área da informação e outro desportivo.

Agora, depois da ERC se ter pronunciado prévia e obrigatoriamente sobre o objeto do concurso, respetivo regulamento e caderno de encargos, o projeto de regulamento é submetido, por um período de 30 dias, a apreciação pública, após publicação em Diário da República.

Só após a consulta pública é que o concurso público é aberto através de portaria elaborada pelo ministério da Cultura.

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PCP identifica-se com Presidente da República “prolixo” no caso Tancos

  • Lusa
  • 6 Novembro 2018

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, diz que “Presidente da República é muito prolixo”, mas está de acordo com as intervenções a reclamar o apuramento da verdade.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, comentou hoje em Bruxelas que “o Presidente da República é muito prolixo”, mas dá razão às diversas intervenções de Marcelo Rebelo de Sousa a reclamar o apuramento da verdade no caso de Tancos.

Em declarações à imprensa à margem de um encontro do Grupo de Esquerda Unitária no Parlamento Europeu, Jerónimo de Sousa, questionado sobre as insistentes intervenções do chefe de Estado em torno do furto e reaparecimento de material militar em Tancos, disse que “o Presidente da República é muito prolixo”, mas sublinhou que o PCP se identifica com o sentido das suas declarações, pois há que esclarecer “um processo muito nebuloso”.

“O Presidente da República é muito prolixo. Enfim, se fala muito, se fala pouco, naturalmente é questionado e procurará responder, mas ainda não fiz nenhum juízo de valor sobre se fala muito ou se fala pouco, ele lá sabe. A sua posição de exigência de apuramento de verdade, de dar curso à investigação criminal, [ele] tem referido sempre essa questão, nós identificamo-nos com esse objetivo”, declarou.

Segundo Jerónimo de Sousa, a polémica atual em torno de um “conjunto de declarações” não altera a “posição de fundo” do PCP, “designadamente à necessidade de aprofundar a investigação criminal, particularmente em torno de saber quem roubou e por que é que roubou”, que considerou “dois elementos importantes”.

“Está também a decorrer o inquérito parlamentar na Assembleia da República, e creio que, com esta combinação – o apuramento da verdade por parte das forças de investigação criminal com o próprio debate na comissão de inquérito – é possível encontrar e dar visibilidade a todo um processo muito nebuloso, como todos estaremos de acordo”, declarou o líder do Partido Comunista.

Jerónimo de Sousa reforçou que o apuramento da verdade é absolutamente necessário para que o caso do roubo de material militar de Tancos “não se transforme num folhetim permanente sem respostas concretas”.

“Dê-se força à investigação criminal, faça-se o inquérito, apure-se as responsabilidades e tire-se daí todas as consequências”, concluiu.

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Banco de Portugal trava gestor executivo do Banif Investimento

Chineses do Banif BI já apresentaram dois nomes para gestores executivos. Mas regulador quer saber se um dos candidatos teve responsabilidade em factos que levaram à condenação do Banif Investimento.

Há meses que o Banif – Banco de Investimento (Banif BI) está sem equipa executiva. Os chineses da Bison Capital, donos do banco desde julho passado, já fizeram chegar dois nomes ao Banco de Portugal para aprovação prévia para o exercício de funções no final de julho, mas o processo ainda não está fechado. O ECO sabe que o regulador liderado por Carlos Costa insiste em saber se um dos candidatos, António Henriques, teve responsabilidades em factos que levaram o regulador a condenar o banco no passado, o que está a atrasar a conclusão deste dossiê.

As duas partes têm trocado correspondência nos últimos meses no sentido de que sejam autorizados dois membros executivos para o conselho de administração do Banif BI, cuja venda pela Oitante aos chineses da Bison Capital ficou fechada recentemente. Mas um dos dois nomes em cima da mesa está a atrasar todo o processo.

Ao que o ECO apurou, o Banco de Portugal pretende que sejam apuradas, de forma cabal, as responsabilidades, diretas ou indiretas, de António Henriques nos factos que constam no processo de contraordenação aplicado pelo regulador ao Banif BI e que terminou com uma condenação daquele banco em agosto deste ano. Havendo responsabilidade, o candidato deixará de cumprir o requisito de idoneidade que se exige para o exercício de funções numa instituição financeira.

Numa primeira resposta endereçada ao Departamento de Supervisão Prudencial do Banco de Portugal, o Banif BI informou que aquele processo de contraordenação em nada alterou aquilo que é a avaliação de idoneidade de António Henriques. Ainda assim, a resposta não satisfez o regulador, que insistiu em obter informação mais exaustiva em relação às funções que o candidato ocupou na altura dos factos bem como a sua eventual intervenção. Só depois dessa informação poderá dar luz verde ou não aos dois nomes.

António Henriques era diretor do Banif BI antes da medida de resolução aplicada ao Banif, em 2015. Com a resolução da instituição, o responsável foi promovido a administrador do banco de investimento, tendo sido nomeado também administrador da Oitante, o veículo criado para gerir os ativos que sobraram do Banif. O Banif BI acabou por ser vendido em julho passado aos chineses da Bison Capital, num processo que se iniciou em 2016.

Contactado pelo ECO, o Banif BI não faz qualquer comentário. Por sua vez, o Banco de Portugal diz que “não é possível, em face dos deveres de segredo e de supervisão, transmitir quaisquer informações relativamente a situações concretas de processos de avaliação da adequação de membros dos órgãos sociais“.

Na resposta ao ECO, o supervisor adianta ainda a seguinte informação: “Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 30.º-B do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, o Banco de Portugal concede a autorização para o exercício de funções a membros propostos para os órgãos sociais das instituições supervisionadas quando dispõe de toda a documentação e informação necessárias à completude do processo e se encontre verificado o cumprimento de todos os requisitos de adequação”.

Atualmente, o Banif BI está sem equipa de gestão, enquanto o conselho de administração, com quatro elementos, é presidido por Lijun Yang, que tem mandato até 2021. Fazem parte ainda da administração Evert Derks Drok (vice-presidente), Pedro Ortigão Correia e Francisco Valente de Oliveira.

Segundo o Jornal Económico (acesso pago), o Banif BI propôs Pedro Cardoso para presidente executivo, encontrando-se o nome do antigo líder do BNU de Macau também em processo de adequação e avaliação junto do Banco de Portugal.

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Wall Street mexe pouco em dia de eleições

As sondagens apontam para que os democratas ganhem a maioria na Câmara dos Representantes e os republicanos mantenham o controlo do Senado, uma previsão que está a ser bem recebida pelos mercados.

As bolsas norte-americanas abriram, esta terça-feira, com variações quase nulas em relação à última sessão, no dia em que os eleitores vão às urnas para decidir a distribuição de lugares no Congresso dos Estados Unidos. Os principais índices de Nova Iorque estão, ainda assim, a negociar com ganhos ligeiros.

O índice de referência S&P 500 está a valorizar 0,15%, para os 2,742,33 pontos. Já o industrial Dow Jones sobe 0,1%, para os 25,487,69 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq soma 0,38%, para os 7.359.,27 pontos.

Este movimento acontece no dia em que acontecem as eleições intercalares. A meio de cada mandato presidencial, os eleitores norte-americanos elegem todos os 435 lugares da Câmara dos Representantes e um terço dos 100 lugares do Senado. Para além disso, 36 dos 50 estados federais elegem os seus governadores, havendo ainda eleições a nível municipal e para cargos públicos, bem como uma série de iniciativas legislativas.

As sondagens apontam para que os democratas ganhem a maioria na Câmara dos Representantes e reforcem o número de governadores, enquanto os republicanos deverão manter o controlo do Senado. Para já, os mercados reagem bem a estas previsões, até porque este cenário não seria uma novidade no panorama político norte-americano.

Os resultados poderão, contudo, vir a influenciar várias políticas que mexem com os mercados financeiros, desde logo as relacionadas com impostos e com relações comerciais internacionais. Os analistas políticos antecipam que, vencendo uma maioria na Câmara dos Representantes, os democratas irão colocar uma série de entravas à governação de Donald Trump.

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OPA à EDP: CTG e reguladores “estão a fazer o que têm de fazer”

  • Lusa
  • 6 Novembro 2018

António Mexia, rejeita qualquer intervenção na OPA à EDP. Relativamente à China Three Gorges (CTG) e aos reguladores diz que “estão a fazer o que têm de fazer” no âmbito da oferta.

O presidente da EDP, António Mexia, disse esta terça-feira que a China ThreeGorges (CTG) e os reguladores “estão a fazer o que têm de fazer” relativamente à oferta pública de aquisição (OPA), rejeitando qualquer intervenção no processo.

“A OPA corresponde a quem a lançou e é quem a tem de trabalhar. O trabalho não é connosco, é entre o requerente e os reguladores”, disse o presidente da EDP, António Mexia, falando aos jornalistas na cimeira de tecnologia Web Summit, que decorre até quinta-feira em Lisboa.

Questionado pela Lusa sobre o processo da OPA, após notícias que dão conta de riscos que põem em causa o processo, o responsável assegurou: “Claro, as pessoas estão a fazer o que têm de fazer”.

No final da semana passada, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) advertiu que as OPA lançadas pela CTG à EDP e à EDP Renováveis devem ser lançadas “em simultâneo”, estando a operação sujeita “ao sucesso” na elétrica.

“Perante o anúncio público da intenção de adquirir as duas sociedades em causa, as ofertas devem – em conformidade com a prática seguida em operações anteriores – ser lançadas em simultâneo”, indica a CMVM num parecer divulgado na sexta-feira à noite.

Aquela entidade reguladora assinala, porém, que “o sucesso da OPA” sobre a sobre a EDP Renováveis fica, contudo, “sujeito ao sucesso da OPA sobre a EDP”, a sociedade dominante.

O esclarecimento surge depois de, no final de junho passado, a EDP Renováveis ter questionado a CMVM sobre este processo.

Em 11 de maio passado, a CTG anunciou a intenção de lançar uma OPA voluntária sobre o capital da EDP, oferecendo uma contrapartida de 3,26 euros por cada ação, cujo pedido foi registado junto do regulador, sem alterações ao preço oferecido inicialmente.

O preço oferecido pela CTG é a principal razão pela qual a administração da EDP tem recomendado aos acionistas que não aceitem esta oferta, por não refletir adequadamente o valor da elétrica, pois o prémio implícito é baixo, considerando a prática pelas empresas europeias do setor.

A administração da EDP realça ainda que o preço proposto está abaixo do oferecido em 2011, quando a CTG adquiriu 21,35% da elétrica.

Também o Conselho de Administração da EDP Renováveis, liderado por Manso Neto, recomendou aos acionistas “não aceitar o preço da oferta” da CTG, por não traduzir o valor da empresa, e considerou que “o calendário proposto subjacente à oferta poderá não corresponder aos melhores interesses dos acionistas da EDP Renováveis e deveria ser clarificado”.

A CTG, que já detém 23,27% do capital social da EDP, pretende manter a empresa com sede em Portugal e cotada na bolsa de Lisboa.

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Lloyds corta mais de 6.000 empregos e cria mais de 8.000 com reorganização digital

  • Lusa
  • 6 Novembro 2018

Plano de digitalização do banco liderado por António Horta Osório vai implicar a eliminação de cerca de 6.000 empregos e a criação de outros 8.000 novos postos de trabalho.

O Lloyds Banking Group, liderado pelo português António Horta Osório, confirmou esta terça-feira que vai eliminar 6.240 empregos no âmbito do plano de reorganização digital, que vai criar 8.240 novos postos de trabalho.

O grupo financeiro esclareceu que três em cada quatro novos empregos serão ocupados por pessoas que trabalham no grupo, mas outros trabalhadores mais especializados, como os especialistas em software, serão recrutados fora da instituição financeira.

“O Lloyds Banking Group anunciou hoje que vai criar cerca de 2.000 postos de trabalho adicionais para fortalecer a sua capacidade para oferecer aos clientes novos produtos e serviços digitais bancários de ponta”, informou a instituição.

Nesse sentido, o grupo está a investir para digitalizar o banco pelo qual vai “atualizar alguns postos de trabalho já existentes e criar novos postos de trabalho no seio da sua estrutura”, lê-se ainda na nota informativa divulgada. O anúncio destas medidas faz parte de um plano estratégico do Lloyds para atualizar a sua tecnologia.

Em setembro, o banco informou que o lucro nos primeiros nove meses do ano atingiu os 3.664 milhões de libras (4.140 milhões de euros), mais 18% na comparação com idêntico período do ano anterior.

As receitas totais ascenderam a 14.154 milhões de libras (15.994 milhões de euros) até setembro, um acréscimo de 2% face a igual período do ano passado.

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