E-toupeira: Paulo Gonçalves fica em liberdade. Técnico de informática em preventiva

  • ECO
  • 7 Março 2018

Paulo Gonçalves, o assessor jurídico do Benfica, vai ficar em liberdade. A juíza de instrução criminal impediu-o apenas de contactar com outros arguidos no processo e-toupeira.

Paulo Gonçalves, o assessor jurídico do Benfica, vai ficar em liberdade. Ao contrário de José Silva, que fica em prisão preventiva, Gonçalves apenas ficou proibido de contactar com outros quatro arguidos no processo e-toupeira em que estão em investigação crimes de corrupção ativa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal.

As medidas de coação decididas pela juíza de instrução criminal, Cláudia Pina, foram mais gravosas para o técnico de informática do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça. Por ser funcionário judicial, ficou sujeito à medida de coação mais pesada, a prisão preventiva, tal como tinha sido pedido pelo Ministério Público.

Já Paulo Gonçalves pode continuar a exercer funções no clube liderado por Luís Filipe Vieira, isto apesar de o Ministério Público ter pedido para que o assessor jurídico da SAD fosse proibido de entrar no estádio da Luz.

Os outros três arguidos no processo e-toupeira, em que estão em investigação crimes de corrupção ativa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal, não foram detidos, ao contrário deste dois.

Este caso resulta de uma investigação que, de acordo com uma nota da Polícia Judiciária, teve início “há quase meio ano” e nela estão em causa “o acesso ilegítimo a informação relativa a processos que correm termos nos tribunais ou departamentos do Ministério Público, a troco de eventuais contrapartidas ilícitas a funcionários”.

(Notícia atualizada às 23h00 com mais informação)

 

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Guerra comercial volta a fazer tremer bolsas norte-americanas

Os investidores não gostaram da demissão do conselheiro económico de Trump que se opunha às taxas sobre as importações. Wall Street voltou às quedas.

As bolsas norte-americanas voltaram esta quarta-feira às quedas, depois de três sessões consecutivas em que tinham registado ganhos. A pesar sobre os mercados está a expectativa em torno da guerra comercial lançada por Donald Trump, que começa a ganhar força depois de o conselheiro económico do presidente norte-americano, que defende o comércio livre, ter abandonado a Casa Branca.

O índice de referência S&P 500 ficou abaixo da linha de água, a cair 0,05%, para os 2.726,80 pontos, enquanto o industrial Dow Jones perdeu 0,33%, para os 24.801,36 pontos. A exceção foi o Nasdaq, que subiu 0,33%, para os 7.396,65 pontos, e manteve a tendência de ganhos registada desde sexta-feira passada.

Estes movimentos acontecem depois de Gary Cohn, da equipa de conselheiros de Donald Trump, ter apresentado a sua demissão, naquilo que os analistas consideram ser uma batalha perdida por Cohn, que se opõe à imposição de taxas sobre as importações de aço e de alumínio.

A pesar sobre as contas de Wall Street esteve também o Livro Bege da Reserva Federal norte-americana, que deu conta de que a economia do país continua a crescer, mas a um ritmo “modesto a moderado”.

Por outro lado, indicou a Fed, os preços aumentaram em todas as regiões dos Estados Unidos. Este é outro dos fatores que tem penalizado as bolsas nas últimas semanas. A evolução da inflação será decisiva para as decisões do banco central norte-americano relativamente ao aumento dos juros, o que poderá impactar negativamente as contas das maiores empresas.

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Instagram está a mudar. Vai fazer chamadas e muito mais

A rede social dos amantes da fotografia está a preparar novas opções que a tornarão cada vez mais semelhante à casa-mãe, o Facebook. Conheça algumas.

O Instagram está cada vez mais parecido com o próprio Facebook. Saiba algumas das funcionalidades que estarão na calha.

As ambições do Instagram parecem não ter fim. A rede social estará a testar uma série de funcionalidades novas para concentrar ainda mais na app algumas das opções mais usadas pelos utilizadores. Uma dessas novidades poderá ser um serviço de chamadas e videochamadas diretamente através do Instagram, embora ainda não se saiba se a funcionalidade irá mesmo chegar ao público.

De acordo com o TechCrunch, um utilizador esteve a vasculhar nos ficheiros que servem de base ao funcionamento do Instagram e encontrou vários ícones que parecem simbolizar essas funcionalidades. Como explica o site especializado, isso pode significar que a rede social se prepara para testar esta opção com um grupo restrito de utilizadores, ou que a mesma se encontra a ser desenvolvida e testada internamente na empresa.

A avançar, não será uma razão para grande surpresa. O Instagram é detido pelo Facebook FB 0,00% e tem vindo a procurar formas de reter, durante mais tempo, os utilizadores dentro da aplicação. Com o Messenger e também o WhatsApp, a empresa liderada por Mark Zuckerberg não quer ser apenas uma aplicação no seu telemóvel — quer ser o motor do telemóvel.

Entre outras novidades que poderão estar a ser preparadas pelo Instagram está uma opção para permitir agendar publicações, uma novidade que deverá agradar bastante às marcas que apostam na plataforma como um dos principais canais de divulgação e promoção. A rede social terá ainda na calha opções para descarregar as fotografias publicadas, um novo modo de beauty shots para selfies (basicamente, um algoritmo para tornar as pessoas “mais bonitas”), entre outras.

É caso para dizer que, a bem ou a mal, o Instagram vai mudar. Mas é também ocasião para sublinhar que a esmagadora maioria destas novas funcionalidades não são propriamente novas: algumas já existem na rede social rival Snapchat, outras já existem no próprio Facebook. E já há quem note que o Instagram se confunde cada vez mais com o próprio Facebook, o que poderá não ser uma boa notícia para muitos utilizadores.

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CTT dá dobro dos lucros em dividendos, mas Francisco Lacerda diz que isso vai acabar

Lacerda reiterou o compromisso de pagar 57 milhões de euros em dividendos relativos a um ano em que teve 27,3 milhões de lucro. Mas a estratégia de pagar acima do resultado é para acabar.

Os CTT vão dar o dobro do lucro em dividendos este ano. Face a um resultado líquido positivo de 27,3 milhões de euros em 2017, que caiu 56,1% em relação a 2016, o dividendo proposto corresponde a um pagamento total de 57 milhões de euros, isto é, um payout de 208,8%. Mas se, atualmente, os CTT são uma das empresas mais atrativas da bolsa a este nível, poderá deixar de o ser já no próximo ano. É que a estratégia de pagar mais aos acionistas do que o lucro obtido tem os dias contados, alertou Francisco de Lacerda.

“O pagar acima do resultado do exercício era a política que estava em vigor [em termos de dividendos]. Daqui em diante, a política voltará a ser pagar dividendos limitados aos resultados que tivermos no exercício”, reiterou o presidente executivo dos CTT na conferência de imprensa de resultados, esta quarta-feira. E a avaliar pelo guidance dos Correios, a trajetória de queda do volume do correio é para manter, numa faixa entre os 5% e os 6% — em 2017, cifrou-se em 5,6%, acima do previsto no profit warning emitido em outubro. Ou seja, os resultados vão continuar sob pressão.

Foi precisamente nessa altura que surgiu o corte nos dividendos, de 48 para 38 cêntimos por ação, uma decisão que fez afundar a cotação dos títulos dos Correios. Desde então, apenas recuperaram ligeiramente, cotando nos 3,15 euros. O valor compara com o mínimo de 3,043 euros atingido depois do alerta dos CTT em outubro.

O rombo nas ações dos CTT provocado pelo profit warning de outubro

Fonte: Bloomberg

Plano de reestruturação a bom ritmo, mas indemnizações pesam nas contas

Os CTT apresentaram um plano de reestruturação para fazer frente à queda no tráfego do correio. Essa estratégia inclui um plano para fechar 22 balcões de norte a sul do país e eliminar 1.000 postos de trabalho até 2020, através de rescisões por mútuo acordo.

Da lista de lojas a fechar, Francisco Lacerda fala em “20 lojas a menos e 23 postos a mais”. Ou seja, a empresa fechou duas dezenas de balcões, passando-os a postos do correio, estabelecimentos que são geridos por terceiros. O fecho das lojas, explicou Lacerda, permitiram à companhia reduzir os custos fixos.

Quanto aos trabalhadores, o gestor avançou que a empresa já rescindiu com mais de 200 trabalhadores. Desse número, 161 pessoas saíram no quarto trimestre do ano passado, o que levou o presidente executivo dos CTT a dar nota do bom ritmo do programa em curso: “Há uma aceitação das pessoas em relação às propostas que são feitas”, afirmou. As saídas permitem poupar nas despesas, mas não no imediato. No curto prazo, o efeito foi precisamente o oposto: os CTT tiveram de pagar “quase 12 milhões de euros” em indemnizações aos trabalhadores que saíram.

Ora, por falar em despesas, a rubrica dos gastos operacionais cresceu 6,5%, com a empresa de Francisco de Lacerda a registar despesas na ordem dos 633,1 milhões de euros. Confrontado com este número, o gestor apontou para os preços dos combustíveis: “2017 foi um ano em que os custos da gasolina subiram e somos sensíveis a isso”, apontou.

Banco CTT também pesa, mas é semear para colher mais tarde

O grande projeto dos CTT para o futuro é a aposta numa nova área, diferente do negócio do correio, que está em queda face à digitalização das comunicações. Trata-se do Banco CTT, que fechou o ano com depósitos superiores a 619 milhões de euros, num total de 285 mil clientes. Além do mais, tem já uma carteira de crédito à habitação de 66 milhões de euros.

No entanto, esta aposta da companhia ainda pesa nas contas. Francisco de Lacerda explicou que há um compromisso de realização de uma injeção anual de capital e, esta quarta-feira, o banco acabou por receber novo fôlego para operar: “Hoje mesmo houve um aumento de capital, o deste ano, que foi de 25 milhões de euros”, avançou o presidente executivo dos CTT aos jornalistas.

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BCE não se opõe a De Guindos para lugar de Constâncio

  • Lusa
  • 7 Março 2018

O ministro das Finanças espanhol é considerado "uma pessoa com reconhecida experiência profissional sobre questões monetárias e bancárias", e tem já a aprovação do Eurogrupo e do Parlamento Europeu.

O Banco Central Europeu disse hoje que não coloca objeções à escolha de Luis De Guindos para a vice-presidência da instituição, classificando-o como um reconhecido profissional.

“O conselho do Banco Central Europeu adotou hoje um parecer sobre a recomendação do conselho da União Europeia para a nomeação do vice-presidente do BCE. O conselho não teve qualquer objeção ao candidato proposto, Luis de Guindos, que é uma pessoa com reconhecida experiência profissional sobre questões monetárias e bancárias”, refere a instituição financeira, em comunicado.

Na sequência do parecer do Conselho do BCE e da posição do Parlamento Europeu, o novo vice-presidente da instituição será nomeado pelo Conselho Europeu. “O parecer do Conselho do BCE será disponibilizado na página oficial em todas as línguas da União Europeia”, esclareceu o Banco Central Europeu.

O ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, conhecido como um tecnocrata independente, mas próximo do Partido Popular, substitui a partir de 1 de junho próximo o português Vítor Constâncio como vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE).

A nomeação, pelo fórum dos ministros das finanças da Zona Euro (Eurogrupo) de De Guindos para substituir o português Vítor Constâncio na vice-presidência do BCE, foi aprovada na Comissão de Assuntos Económicos e Monetários (Econ) por 27 votos a favor, 14 contra e 13 abstenções.

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 7 Março 2018

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Os CTT anunciaram esta quarta-feira uma quebra histórica nos resultados: -56% para 27 milhões de euros. E o ECO sabe que a empresa vai mudar a chefia de topo na área core de tratamento e distribuição de correio. Grandes fundos como a Pimco e BlackRock voltam à carga contra Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, por causa da retransferência de obrigações do Novo Banco para o BES mau em 2015.

É uma mudança sensível que ocorre bem no coração de um negócio em plena crise nos correios. O diretor nacional de operações dos CTT está de saída para dar início a um novo ciclo de gestão dentro da empresa. Para substituir Hernâni Lopes, responsável pela área de distribuição e tratamento de correio, que responde por 70% da força de trabalho da empresa, está em curso um processo de recrutamento externo.

O grupo de grandes investidores internacionais, que inclui a Pimco e a BlackRock, enviou uma carta aos deputados pedindo uma audição parlamentar com o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, por causa do impacto nos bolsos dos contribuintes portugueses com a retransferência de obrigações do Novo Banco para o BES mau em dezembro de 2015.

A SIC conseguiu comprar os direitos de transmissão dos jogos da Liga Europa por mais três épocas, apurou o ECO junto de fonte conhecedora do processo. A estação de Carnaxide emite os jogos desta competição desde 2012 e assegura assim a continuidade deste conteúdo na sua programação até à temporada que termina em 2021.

A Efacec, liderada por Ângelo Ramalho, vai contratar 700 profissionais até 2020. Para cumprir esse objetivo a empresa lançou, esta quarta-feira, o programa 700 Recruta +, um programa que visa o recrutamento de profissionais para os diferentes negócios da empresa, sobretudo em áreas como a mobilidade elétrica e a automação.

A rede privada de bicicletas partilhadas oBike promete voltar ao ativo na cidade de Lisboa. Numa mensagem publicada no Facebook, a startup explica que os serviços “não estão disponíveis” de momento, mas reitera o compromisso de regressar: “Estamos a melhorar o serviço em Lisboa e, em breve, estaremos de volta.”

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Se preço das casas continuar a subir, Bruxelas pede “monitorização”

  • Lusa
  • 7 Março 2018

Na perspetiva da Comissão Europeia, o preço real das casas ainda se encontra “subvalorizado”. Mas caso o ritmo de crescimento se mantiver, recomenda-se uma monitorização mais próxima deste indicador.

A Comissão Europeia considerou que a recuperação dos preços das casas em Portugal registado em 2016 e 2017 corresponde a “uma correção de valores anteriormente baixos”, o que, no entanto, poderá afetar a procura interna.

No relatório sobre Portugal, divulgado no âmbito do “pacote de inverno do semestre europeu”, o executivo comunitário conclui que “os riscos ligados ao dinamismo renovado no setor habitacional parecem estar controlados atualmente”. Se o atual ritmo acelerado do crescimento do preço real das casas for mantido a médio prazo em Portugal, recomenda-se uma monitorização mais próxima deste indicador, lê-se no relatório, apurando que o rápido aumento de preços já está a afetar a procura interna e “pode agravar a questão da acessibilidade da habitação”.

Para a Comissão Europeia, o aumento de preços das casas foi, “principalmente, restrito às áreas turísticas”, já que, no geral, os valores no setor da habitação “ainda estão a recuperar da queda da crise”. “A concentração de aumento de preços nas áreas turísticas, incluindo projetos de transformação de propriedades residenciais em instalações de alojamento, sugere que o mercado imobiliário é atualmente impulsionado, principalmente, por procura externa e investimentos relacionados com o turismo”, referiu o executivo comunitário, acrescentando que “os fatores domésticos parecem muito mais fracos, já que o stock de empréstimos hipotecários ainda está em declínio”.

De acordo com o relatório, o aumento de preços em 2016 e 2017 “ocorre após um longo período de declínio e é visto até agora como uma correção da desvalorização passada em vez de uma acumulação de novos desequilíbrios”. Na perspetiva da Comissão Europeia, o preço real das casas ainda se encontra “subvalorizado”. Em relação ao setor da construção, o executivo comunitário recomenda uma avaliação das restrições existentes para “entender se são uma barreira para o aumento da oferta de habitação”.

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CDS quer ouvir Centeno e Carlos Costa após relatório arrasador de Bruxelas sobre o Novo Banco

  • Marta Santos Silva
  • 7 Março 2018

O CDS-PP pretende que o ministro das Finanças e o Governador do Banco de Portugal prestem esclarecimentos após o parecer da Comissão Europeia sobre a venda do Novo Banco.

O CDS-PP pediu, com caráter de urgência, a audição do ministro das Finanças e do Governador do Banco de Portugal na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), para que prestem explicações acerca do recém-divulgado parecer da Comissão Europeia sobre a venda do Novo Banco.

“Sabemos agora que o Estado pode ser chamado a entrar ainda com mais capital para o Novo Banco”, lê-se no pedido. “É obviamente fundamental perceber exatamente quais as responsabilidades assumidas pelo país nesta matéria, até que montante pode o Estado português ser chamado a contribuir, e quais as razões que motivaram este desenho das medidas autorizadas”.

O documento da Comissão Europeia, datado de outubro e divulgado ontem pela comunicação social, descreve uma terceira via para garantir a solidez do Novo Banco para além dos dois mecanismos existentes, e essa terceira via implica uma nova injeção de fundos estatais ou subscrição de títulos de dívida nesse sentido. A Comissão Europeia aprovou a venda do Novo Banco ao Lone Star e assinalou que, se for necessário recorrer a este mecanismo recém-divulgado, “Portugal comprometeu-se a reduzir mais o perímetro do banco, em 800 a 1.100 trabalhadores e 90 a 120 agências, num novo plano de reestruturação”.

Além disto, o CDS-PP também mostra preocupação pelas palavras da Comissão Europeia ao assinalar que “continua a haver deficiências em matérias bastante relevantes da gestão do Novo Banco sob a gestão do Fundo de Resolução”, lê-se no pedido de audição. Para o CDS, “este assunto, como é óbvio, necessita de esclarecimentos adicionais”.

Aos jornalistas, a deputada centrista Cecília Meireles anunciou este pedido de audição de urgência, assinalando a importância de perceber como é que o Estado poderá ainda ajudar o Novo Banco vendido ao Lone Star, “perceber em que moldes é que pode ser essa ajuda e até que ponto é que ela pode ir”, afirmou.

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Rodrigo, Elias & Medrano assesora compra da La Positiva pela Fidelidade

A Fidelidade assinou um acordo para a compra de 51% da seguradora peruana La Positiva, numa operação que foi juridicamente assessorada pelo escritório local Rodrigo, Elias & Medrano Abogados.

A companhia de seguros Fidelidade já está no mercado da América Latina, ao assinar um acordo para a aquisição de uma participação de 51% na seguradora peruana La Positiva Seguros y Reaseguros.

Pertencente ao quarto maior grupo no setor dos seguros do Peru, a seguradora tem atualmente investimentos de 1,2 milhões de euros. Do lado jurídico, a assessoria foi feita pelo escritório peruano Rodrigo, Elías & Medrano Abogados. Escritório considerado como firma do ano pela sexta vez consecutiva, em 2017, pela Chambers & Partners.

O negócio é assim o primeiro passo de posicionamento da empresa no mercado latino-americano, estando a sua conclusão ainda pendente de “uma série de condições precedentes, incluindo a obtenção, pela Fidelidade, junto do regulador do Perú, da autorização para a aquisição da referida participação“. Conhecida também apenas como La Positiva, a seguradora está atualmente presente na Bolívia, Paraguai e Nicarágua e conta com mais de 4,3 milhões de segurados.

 

 

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CTT alerta que ritmo de quebra do tráfego do correio vai manter-se

Os CTT apresentam resultados relativos ao ano de 2017 numa conferência de imprensa em Lisboa. Acompanhe em liveblog.

Os CTT vão esta quarta-feira apresentar os resultados relativos ao ano de 2017. Foi um ano em que a empresa liderada por Francisco de Lacerda viu o tráfego do correio cair mais do que o inicialmente antecipado, tendo ainda emitido um profit warning que fez as ações da empresa caírem na bolsa. Acompanhe em direto a conferência de imprensa.

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CTT registam queda histórica dos lucros. Caem 56% para 27 milhões de euros

Lucro dos CTT afundou 56% em 2017 para os 27 milhões de euros. Menos negócio no correio postal e nos serviços financeiros penalizaram contas do operador postal.

Lucro ao fundo. Os CTT CTT 1,64% registaram uma queda de 56,1% do resultado líquido para os 27,3 milhões de euros em 2017, como consequência da deterioração do negócio postal que levou a empresa a uma profunda reestruturação nos próximos três anos. Este mau desempenho do operador liderado por Francisco Lacerda saiu pior do que o esperado pelos analistas.

A pressionar as contas estiveram sobretudo três fatores: a queda do tráfego de correio, os gastos com plano de saída de trabalhadores e ainda a entrada da empresa Transporta no Grupo CTT.

Em relação ao negócio core dos CTT, a distribuição de cartas, o operador dá conta de uma quebra de 11,5% do EBITDA — lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações — para os 75,4 milhões de euros. Isto acontece depois de o volume de correio endereçado ter caído quase 5,6% para um total de 736 milhões de objetos entregues pelos correios. Francisco Lacerda adiantou esta quarta-feira em conferência de imprensa que a queda no correio vai continuar.

Também o negócio dos Serviços Financeiros, que inclui a comercialização de certificados de poupança do Estado, viu o EBITDA afundar 19,6% para 30,4 milhões de euros.

Por outro lado, assumindo-se cada vez mais como uma alavanca de crescimento de resultados dos CTT, o negócio de Expresso e Encomendas cresceu 11,4% em 2017 com as receitas a ascenderem a 134,6 milhões de euros. Em relação ao Banco CTT, outra aposta da administração, o volume de negócio atingiu os 7,6 milhões de euros, um resultado ainda pouco expressivo face às receitas totais do grupo.

Saídas custam 12 milhões

Quando às saídas de trabalhadores da empresa, no âmbito do plano de reestruturação anunciado no final do ano passado, os encargos assumidos pelos CTT ascenderam a 11,9 milhões de euros, adicionando pressão sobre as contas. Foram 161 as saídas efetivadas no seio do Plano de Transformação Operacional em curso e que vai levar à saída de mais 800 funcionários nos próximos três anos.

O grupo tinha no final de 12.163 trabalhadores no final do ano passado, mais 14 face a 2016. Apesar da diminuição do número de efetivos, houve um amento do número de trabalhadores contratados a termo certo.

Payout de 200%

Face a este resultado e ao dividendo de 0,38 cêntimos, os CTT vão dar 200% do lucro que tiveram no ano passado. Isto é, apesar de lucros de 27,3 milhões de euros, a remuneração aos acionistas vai chegar os 57 milhões de euros, representando um payout de 208,8%.

Ainda assim, Francisco Lacerda voltou a dizer que esta situação não vai repetir-se no futuro. “Pagar acima do resultado do exercício era a política que estava em vigor. Daqui em diante, a política voltará a ser pagar dividendos limitados aos resultados que tivermos no exercício”, frisou o presidente dos CTT na conferência de resultados.

(Notícia atualizada às 18h32)

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Banco de investimento Natixis quer duplicar trabalhadores no Porto até 2019

  • Lusa
  • 7 Março 2018

O banco de investimento Natixis quer reforçar na cidade invicta. Estão a ser implementadas funções de suporte do banco a nível mundial, afirmou a responsável da Natixis para Portugal.

O banco de investimento Natixis pretende reforçar até final de 2019 dos atuais 300 para 640 o número de trabalhadores no centro tecnológico que inaugurou formalmente no Porto, mas “não tem planos” para abrir atividade comercial em Portugal.

Por agora só temos aqui o setor de IT [Information Technologies/tecnologias de informação]. O banco Natixis tem alguma atividade em Portugal, mas normalmente opera a partir dos escritórios de Madrid ou de Paris. O que estamos a implementar no Porto são funções de suporte do banco a nível mundial e não há planos para termos atividade comercial de banca de investimento em Portugal”, afirmou a responsável da Natixis para Portugal.

A Natixis é a divisão internacional de banca empresarial e de investimento, gestão de ativos, seguros e serviços financeiros do Groupe BPCE – Banque Populaire & Caisse d’Epargne, atualmente o segundo maior grupo bancário em França, com presença em 38 países.

Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia de inauguração do centro de competências do Porto – que está em operação há cerca de um ano e recebeu a visita do primeiro-ministro, António Costa – Nathalie Risacher assegurou, contudo, que a Natixis “continuará a fazer negócios em Portugal, como tem feito nos últimos anos”. Como exemplo apontou a conclusão, no passado mês de janeiro, do negócio de aquisição pelo fundo de investimento do grupo – o Mirova Core Infrastructure – de 35% da Vialitoral e 23% da Via Expresso, as duas concessionárias rodoviárias do arquipélago

"Portugal foi uma escolha óbvia para criar um centro de ‘expertise’ e tecnologias de informação.”

Laurent Mignon

Presidente do Conselho de Administração da Natixis

da Madeira.

Atualmente com “pouco mais de 300 trabalhadores” no centro tecnológico que abriu há cerca de um ano no Porto, “a maioria” dos quais portugueses e com uma idade média de 32 anos, a Natixis pretende chegar até final de 2019 com 640 funcionários naquele centro, que ocupa três pisos de escritórios no centro da cidade.

Neste sentido, o banco está à procura de diversos perfis na área das tecnologias de informação – “desde posições juniores até seniores, para muitas áreas e tecnologias” – essencialmente nas áreas de desenvolvimento, análise de negócio, ‘business intelligence’, controlo de qualidade/ teste de ‘software’, infraestrutura e segurança.

No seu discurso, o presidente do Conselho de Administração da empresa, Laurent Mignon, assegurou que “Portugal foi uma escolha óbvia para criar um centro de ‘expertise’ e tecnologias de informação” da Natixis, dado o “ambiente de inovação e empreendedorismo”, que “encaixa no DNA” da empresa. “Há aqui uma cultura óbvia de ajustamento [a diferentes culturas e nacionalidades], o que é importante para nós porque somos uma companhia verdadeiramente internacional”, salientou, destacando que outro fator de atratividade foi a elevada qualificação dos quadros do país.

Apresentada como um “centro de excelência em IT”, a unidade do Porto fornece “soluções inovadoras de suporte às operações da Natixis em todo o mundo” e, conforme Laurent Mignon, “resultou de uma estratégia da empresa para internalizar as suas competências tecnológicas”. A equipa de profissionais do Porto trabalha “de forma totalmente integrada com o negócio global da Natixis”, apoiando quatro unidades principais: banca empresarial e de investimento, banca de retalho, infraestrutura e segurança e funções de apoio.

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