Governo aprova incentivo de 468 milhões a empresas no PT2020

Governo garante que está a trabalhar para concluir o exercício técnico de reprogramação e anuncia que até ao final do mês vai aprovar mais mil milhões de euros às empresas.

São 308 as empresas que vão ver aprovados os seus investimentos com o apoio do atual quadro comunitário de apoio. Em causa estão mil milhões de euros que vão receber um incentivo de 468 milhões de euros que será comunicado aos promotores a partir da próxima semana, anunciou no Parlamento esta quinta-feira o ministro do Planeamento.

Pedro Marques, que está numa interpelação do PS sobre o novo quadro, sublinhou que “50% deste investimento é de grande intensidade tecnológica e multiplica por dez a tendência nacional”. Numa nota enviada às redações, logo após o anúncio do ministro, é detalhado que “cerca de metade (49%) do investimento das novas empresas insere-se em atividades intensivas em conhecimento. Em termos globais do concurso, 29% do investimento apoiado (291 milhões de euros) encontra-se neste tipo de atividades, comparando favoravelmente com a média nacional: 5% VAB nacional”.

Por outro lado, entre estes mil milhões de euros de investimento apoiado, “41% destina-se ao apoio de 75 empresas novas (ou nascentes, que têm até três anos), produzindo um impacte acrescido na alteração do perfil de especialização produtiva”, sublinha a mesma nota. Estas empresas têm 82% das suas vendas orientadas para a exportação. Já em relação às empresas existentes há a expectativa de que o apoio aumente as exportações em oito pontos percentuais para 73%. Finalmente, as empresas preveem criar “4.822 postos de trabalho, dos quais 1.356 (28%) são para trabalhadores qualificados (pelo menos licenciatura)”.

Mas os anúncios não se ficaram por aqui. Pedro Marques levou para o debate mais uma novidade: “34% dos investimentos aprovados destina-se a territórios de baixa densidade”, uma prova de como o Governo está a “trabalhar para corrigir as assimetrias territoriais”. Ao destinar 161 milhões de euros em apoios para a baixa densidade o Executivo está a “multiplicar por 2,7 a dotação do concurso lançado em 2015”. Na nota enviada pelo Ministério é especificado que “está prevista a criação de 1.659 postos de trabalho, dos quais 398 são para trabalhadores qualificados”. Estes 300 milhões de euros de investimento apoiado são maioritariamente (56%) destinados a empresas novas (32).

Governo usa o BEI para libertar verbas do PT2020 para a reprogramação

O ministro do Planeamento anunciou ainda que está a ser ultimado um acordo entre o Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) para libertar verbas do atual quadro comunitário de apoio.

Pedro Marques explicou que haverá operações ao nível da eficiência energética que vão passar a ser financiadas pelo BEI, ou seja, através de um crédito e não de fundos comunitários que são de natureza parcialmente reembolsável (parte é a fundo perdido e outra reembolsável, mas se os objetivos definidos forem ultrapassados é possível aumentar a componente a fundo perdido).

Por outro lado, a substituição dos contadores inteligentes também vai deixar de ser financiada pelas verbas do PT2020, para passar a ser assegurada por privados, o que “vai libertar essas verbas para a economia”, sublinhou o ministro. Estes são dois exemplos, explicou, “do movimento que o Governo está a fazer para concluir do ponto de vista técnico o exercício de reprogramação”.

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Nuno Artur Silva e Cristina Tomé saem da administração da RTP

  • ECO
  • 25 Janeiro 2018

Nuno Artur Silva vai abandonar o seu lugar na administração da RTP dada a "irresolução do conflito de interesses". Cristina Tomé, a CFO, também está de saída. Gonçalo Reis é reconduzido.

Nuno Artur Silva vai sair o seu lugar na administração da RTP dada a “irresolução do conflito de interesses entre a sua posição na empresa e os seus interesses patrimoniais privados”, avança o Conselho Geral Independente (CGI) em comunicado. Já a saída de Cristina Tomé, a administradora financeira, não foi justificada. Gonçalo Reis poderá ser reconduzido até 2020.

A fonte de conflito era, de acordo com um comunicado da comissão de trabalhadores da RTP, o facto de Nuno Artur Silva ser também administrador e proprietário da empresa Produções Fictícias. Agora, Nuno Artur Silva sai, de acordo com o CGI, por não ter sido resolvido este conflito de interesses. Apesar disso, o conselho ressalva que não verificou “que isso tenha sido lesivo da empresa, no decurso do seu mandato”.

Este não era, contudo, o único visado no comunicado da comissão. Os representantes dos trabalhadores também referenciaram Daniel Deusdado, diretor de programação que, à data da nomeação, era dono da empresa Farol de Ideias. Outro dos visados é o ator Virgílio Castelo, consultor da RTP para a ficção, que dá pareceres sobre projetos em que participa como ator.

O Governo português já tinha sido questionado pelo PSD sobre alegados conflitos de interesse na televisão pública, com base nesse comunicado da Comissão de Trabalhadores da televisão estatal. O partido ainda liderado por Passos Coelho considerava que, caso as acusações da Comissão de Trabalhadores se revelassem verdadeiras, esta seria “uma violação ao princípio de isenção e de transparência” da administração de uma empresa pública.

Ao mesmo tempo que Nuno Artur Silva sai, também Cristina Tomé, a administradora financeira da RTP, vai abandonar o cargo na administração da empresa, segundo a própria estação de televisão. O Conselho Geral Independente (CGI) decidiu, ao mesmo tempo, avançar com a recondução de Gonçalo Reis na presidência.

Gonçalo Reis, que já ocupa o cargo desde 2015, foi convidado a apresentar um Projeto Estratégico para a RTP, para os próximos três anos. O mandato do atual presidente terminava em fevereiro, mas, desta forma, o CGI abre a porta a que seja reconduzido até 2020.

(Notícia atualizada às 18h28 com mais informação)

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Incêndios: BEI e BCP juntam-se para financiar empresas afetadas

  • ECO
  • 25 Janeiro 2018

O montante de 150 milhões de euros junta-se aos 500 mil entregues pelo banco europeu ao fundo Revita e aos 440 mil doados pelo BCP.

Román Escolano, vice-presidente do BEI, e João Nuno Palma, vice-presidente executivo do Millennium bcp.DR

O Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Millennium BCP assinaram esta quinta-feira um acordo para o financiamento de 150 milhões de euros para as empresas afetadas pelos incêndios no norte e centro do país em 2017. Este montante junta-se aos 500 mil euros entregues pelo banco europeu ao fundo REVITA, uma doação que foi em parte angariada pelo staff do banco, e aos 440 mil doados pelo BCP.

Em comunicado enviado às redações, o BEI anunciou que vai concedeu um empréstimo de 75 milhões de euros ao banco liderado por Nuno Amado, para que este possa garantir financiamento às empresas com condições mais vantajosas. O BCP comprometeu-se a igualar o valor do empréstimo.

“Como banco da União Europeia, é com satisfação que concluímos este acordo que demonstra um forte compromisso em apoiar os cidadãos portugueses após as tragédias que abalaram o país. Estamos confiantes que este empréstimo vai contribuir para uma recuperação mais rápida da economia nas áreas afetadas, promovendo o crescimento e o emprego”, considerou Román Escolano, o vice-presidente do BEI, na cerimónia.

Da parte do BCP, e pela voz de João Nuno Palma, vice-presidente executivo do BCP, fica dada a garantia que uma solução “para a aquisição de equipamento, reconstrução de instalações ou para contração de mão-de-obra, permitindo acelerar a recuperação da atividade das companhias afetadas pelos incêndios que devastaram o país em 2017”.

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Sonae ilumina bolsa de Lisboa com subida de mais de 5%

Sonae surpreendeu com o crescimento das vendas preliminares de 2017. E os investidores responderam com uma subida expressiva em bolsa: mais de 5%. Lisboa conseguiu, assim, destacar-se na Europa.

Depois de apresentar resultados positivos das vendas preliminares, as ações da Sonae destacam-se na bolsa portuguesa com uma valorização de mais de 5%, e permitiram que Lisboa terminasse a sessão a brilhar num dia de quedas entre as pares europeias. O BCP continua a suportar o otimismo, mantendo-se consistente nos ganhos.

A praça lisboeta terminou o dia com o principal índice, o PSI-20, a subir 0,18% para os 5.762,39 pontos, tornando-se a estrela da Europa. O Stoxx 600 caiu 0,60%, ilustrando a tendência negativa na Europa: o CAC, referência em França, perdeu 0,32%, o Ibex-35 espanhol caiu 0,28% e o alemão DAX afundou 1%.

A bolsa portuguesa foi assim das poucas que se deixou contagiar pelo otimismo de Draghi, presidente do Banco Central Europeu, relativamente ao estado da economia do Velho Continente. Draghi afirmou esta quinta-feira que “a informação [recolhida pelo Banco Central Europeu] confirma uma expansão económica a um ritmo robusto, que acelerou mais do que o esperado na segunda metade de 2017”.

A Sonae emprestou luz ao índice com uma valorização de 5,38% para os 1,29 euros por título. A retalhista volta assim a máximos de 2015, na sequência dos bons resultados divulgados esta quinta-feira relativamente às vendas preliminares do ano passado, que cresceram 7%.

O BCP, que ditou um final menos feliz para a bolsa portuguesa na sessão anterior, volta à trajetória ascendente e apresentou um ganho de 0,83%, colocando o valor do título nos 32,65 cêntimos. Também a EDP Renováveis terminou o dia com nota positiva, a subir 0,57% para os 7,10 euros por ação.

A travar maiores ganhos estiveram a Jerónimo Martins, que fechou com uma desvalorização de 0,03% para os 17,37 por título e também os CTT, que, com uma greve marcada por parte dos seus trabalhadores, caíram 0,11% para os 3,50 euros por ação.

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Governo fecha 2017 com corte no défice três vezes maior do que no ano anterior

  • Margarida Peixoto
  • 25 Janeiro 2018

O primeiro-ministro, António Costa, já tinha anunciado que o défice orçamental de 2017 seria melhor do que a meta fixada pelo Governo. Ministério das Finanças reafirma o cumprimento dos objetivos.

O Governo fechou o ano de 2017 com um défice em contabilidade pública de 2.574 milhões de euros, o que representa um corte de 1.607 milhões de euros face ao ano anterior — três vezes mais do que no ano passado. Os dados foram antecipados esta quinta-feira pelo Ministério das Finanças e detalhados depois no boletim da Direção-Geral do Orçamento.

Segundo o Governo, a redução do défice explica-se “pelo crescimento da receita de 3,8%, acima do crescimento de 1,6% da despesa”. A receita cresceu acima do previsto no Orçamento do Estado (que era um aumento de 1,4%), mas fonte oficial do ministério de Mário Centeno reconhece que a despesa também furou as expectativas (a subida deveria ter sido da ordem dos 0,5%).

Comparando com a estimativa para o défice de caixa apresentada em outubro, no âmbito do Orçamento do Estado para 2018, verifica-se, ainda assim, que o resultado final foi 104 milhões de euros pior do que o previsto nesta ótica de contabilidade.

Os dados da DGO mostram que tanto a despesa como a receita ficaram aquém, em termos absolutos, face ao que era esperado em outubro. A razão dos 104 milhões de euros de défice a mais estará por isso do lado da receita. No detalhe, verifica-se que a rubrica da receita que ficou mais longe do objetivo foi a de “outra receita corrente” (registou menos 1.093 milhões de euros). Também a receita de capital ficou aquém do esperado, em 556 milhões de euros. Já a receita fiscal e as contribuições de segurança social superaram os objetivos.

Seja como for, os resultados permitiram engordar em 1.677 milhões de euros o saldo primário, para os 5.725 milhões de euros.

Os dados revelados esta tarde são apurados de acordo com a ótica de caixa e não segundo a contabilidade nacional, a que importa para a avaliação do cumprimento das metas orçamentais assumidas perante a Assembleia da República e a Comissão Europeia.

Pelo segundo ano consecutivo, o Governo garante o cumprimento dos objetivos orçamentais estabelecidos no Orçamento do Estado.

Ministério das Finanças

Fonte oficial

Ainda assim, os números permitem já dizer que os objetivos serão cumpridos. “Pelo segundo ano consecutivo, o Governo garante o cumprimento dos objetivos orçamentais estabelecidos no Orçamento do Estado”, lê-se no comunicado do Ministério das Finanças, enviado às redações. O primeiro-ministro, António Costa, já disse que o défice de 2017 será de 1,2% do PIB, na ótica que interessa a Bruxelas. No âmbito do Orçamento do Estado para 2018, o Executivo tinha revisto a meta para 1,4% do PIB, mas o objetivo inicial com que partiu para 2017 tinha sido de 1,6% do PIB.

Receita cresce com a economia, despesa com o SNS

De acordo com o Governo, o aumento da receita explica-se sobretudo pela “evolução favorável da atividade económica e do emprego”. O Executivo adianta que a receita fiscal do Estado subiu “cerca de 5%”, que a coleta líquida de IVA aumentou 6% e que o IRC subiu 10%.

Ao mesmo tempo, do lado da Segurança Social a melhoria do mercado de trabalho — com a diminuição da taxa de desemprego — implicou menos subsídios e mais contribuições sociais. A subida das contribuições foi de 6,3%.

Do lado da despesa, o Governo justifica o aumento acima do esperado com a “aposta no investimento público e no Serviço Nacional de Saúde”. O comunicado das Finanças diz que o investimento cresceu 20%, mesmo excluindo os gastos com parcerias público-privadas. Além disso, argumenta o Executivo, “a aposta continuada no setor da Saúde traduziu-se num forte crescimento da despesa no SNS”.

E garante que metade da subida dos gastos com pessoal da administração central se justifica pelo setor da saúde, onde estas despesas cresceram 5,4%, à boleia das contratações: face ao final de 2015, há hoje mais 1.830 médicos e mais 2.720 enfermeiros, o correspondente a subidas de 7,3% e 7,1%, respetivamente.

Pagamentos em atraso aumentam

Apesar do esforço de regularização dos pagamento em atraso realizado no final do ano passado — com um aumento de capital dos hospitais empresa de 500 milhões de euros — as administrações públicas fecharam 2017 com mais dívidas aos fornecedores do que tinham em 2016. Os pagamentos em atraso subiram 221 milhões de euros quando comparados com dezembro de 2016, apesar de se terem reduzido em 280 milhões de euros face a novembro.

Já a dívida não financeira total das administrações públicas (que inclui os pagamentos em atraso, mas também todos as outras dívidas cujos pagamentos periódicos estão a ser respeitados) baixou 270 milhões de euros face a 2016.

(Notícia com última atualização às 18h24)

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Nas grandes empresas, os filhos dos trabalhadores têm kits bebé, creches e subsídios

Depois da polémica das creches para a Autoeuropa, o ECO foi falar com as grandes empresas - BCP, Santander, EDP, Altice, Sonae e Jerónimo - para perceber o que fazem pelos filhos dos trabalhadores.

Fotomontagem: Ana Raquel Moreira / ECOFotomontagem/Ana Raquel Moreira

A polémica surgiu quando o Governo admitiu apoiar o alargamento de horário das creches das IPSS, passando a abranger os sábados, para os trabalhadores da Autoeuropa que agora discutem novos horários de trabalho, através do chamado “complemento de horário em creche”. Atualmente, já existem 935 creches no país que beneficiam deste apoio, mas apenas com alargamento do horário durante os dias úteis de semana.

E do lado das próprias empresas, que apoios são oferecidos aos trabalhadores com filhos? O ECO foi falar com algumas das maiores empresas do país, para perceber que há muito mais para lá de creches com apoios do Estado. Desde subsídios de estudo até dispensa de assiduidade para acompanhar os filhos, o BCP, o Santander Totta, a EDP, a Altice, a Sonae e a Jerónimo Martins apresentam várias soluções.

Subsídios de estudo

É uma solução comum a várias grandes empresas. É o caso, por exemplo, do BCP, que atribui aos trabalhadores um subsídio mensal para cada criança desde o nascimento até ao início do ensino básico e, a partir daí e até ao fim dos estudos (até ao limite dos 25 anos), um subsídio trimestral. Ainda na banca, o Santander Totta também tem um pacote de regalias para os filhos dos seus funcionários, nomeadamente “comparticipação nos livros escolares, subsidio infantil e ticket de infância, ou ainda comparticipação das despesas com as propinas dos filhos de colaboradores que estudam no ensino superior”.

É também o caso da Altice, grupo francês que detém a Portugal Telecom, que oferece subsídios de estudo e de necessidades educativas especiais, calculados consoante o rendimento do agregado familiar e atribuídos desde o pré-escolar e até à conclusão do Superior, ou da EDP, que também atribui subsídios destinados à educação. E os filhos de colaboradores da elétrica que se destaquem na vida académica e social podem ainda ser premiados com os Prémios EDP Júnior.

No retalho, também há apoios à educação, ainda que não para todos os colaboradores. A Sonae oferece bolsas de estudo aos filhos dos colaboradores que tenham melhores notas, além de ter protocolos com escolas privadas, onde são oferecidos descontos (é o caso da Efanor, da Fundação Belmiro de Azevedo).

A Jerónimo Martins também tem um programa de bolsas de estudo, destinado a colaboradores e filhos que, não tendo condições financeiras, pretendem ingressar ou reingressar no ensino superior. A dona do Pingo Doce oferece ainda kits escolares, onde se incluem mochilas com o material escolar pedido pelas escolas, aos filhos dos colaboradores que iniciam o primeiro ano do ensino básico. Nos casos de colaboradores em situação de dificuldade financeira, o grupo retalhista apoia na compra dos livros escolares dos seus filhos.

Creches e ocupação dos tempos livres

A Jerónimo Martins é a única empresa, entre aquelas com quem o ECO falou, que oferece creches aos filhos dos colaboradores de logística. São duas creches no centro de distribuição da Azambuja e no de Alfena (Valongo), que são totalmente gratuitas e estão preparadas para receber crianças dos 0 aos 6 anos. Funcionam de segunda a sábado e feriados, no caso da Azambuja, e de segunda a sexta e feriados, no caso de Valongo, ambas com um horário alargado. Para além das creches, a Jerónimo Martins oferece campos de férias residenciais e não residenciais, na Páscoa e no verão, aos filhos dos colaboradores entre os 6 e os 17 anos.

A Altice, embora não tenha creches, promove colónias de férias em todos os períodos escolares (carnaval, Páscoa, verão e Natal), que podem ser internas ou externas, em vários pontos do país, com um sistema de comparticipação associado.

A EDP também promove estas iniciativas de apoio à vida familiar, com campos e colónias de férias e as “Noites EDP”, realizados em infraestruturas próprias da organização. Tal como o Santander Totta que tem “programas de ocupação de férias (Natal e Páscoa) para os filhos” dos bancários.

Apoio aos bebés

Esta é uma solução que também é comum a várias empresas, com moldes diferentes. O BCP oferece um voucher para constituição da poupança Bebé Millennium, oferecido no momento do nascimento ou adoção de um filho. Desde 2017 que este voucher tem o valor de 500 euros.

A EDP também celebra cada nascimento ou adoção com “uma lembrança oferecida ao novo pai ou nova mãe”, sendo ainda oferecido, caso seja solicitado, um “primeiro pé-de-meia”.

Já a Altice e a Jerónimo Martins oferecem ambas um “kit bebé”, com produtos adequados aos primeiros meses de vida da criança. O Santander Totta também tem este conceito de “kit de nascimento” para entregar aos pais por cada novo filho.

Dispensa de assiduidade

Entre as empresas com quem o ECO falou, o BCP e o Santander Totta foram os únicos a apresentar esta solução. O banco liderado por Nuno Amado oferece dispensa de assiduidade aos trabalhadores, para que acompanhem os filhos no início do ano escolar do ensino básico, e ainda na tarde de aniversário dos filhos, até aos 12 anos. Neste capítulo, o Santander Totta permite aos seus trabalhadores “não trabalhar na tarde do aniversário dos filhos até aos 12 anos” e “não trabalhar no primeiro dia de escola dos filhos”.

Apoio na saúde

O apoio na área da saúde também é oferecido por várias empresas. A EDP oferece “proteção no âmbito da saúde”, enquanto a Altice procura promover a “saúde preventiva” e “reforçar o bem-estar”, através de rastreios, caminhadas e corridas, sessões de sensibilização na área da saúde, sessões de ginástica e outras atividades desportivas, entre outras atividades.

A Jerónimo Martins promove um programa de apoio a crianças com necessidades especiais ao nível médico, que inclui o acesso a medicação, reabilitação, cirurgia, assistência psicológica para as famílias e a participação em campos de férias para reabilitação do autismo e da deficiência física. Oferece ainda o programa SOS Dentista Júnior, destinado aos filhos dos colaboradores com idades entre os 7 e os 17 anos.

(Notícia atualizada às 17h10 com informações relativas ao Santander Totta).

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PT reafirma que Lula é o candidato do partido à presidência

  • Lusa e ECO
  • 25 Janeiro 2018

Ainda que Lula da Silva tenha sido condenado a 12 anos e um mês de prisão na 2.ª instância, o Partido dos Trabalhadores reafirma a confiança no antigo governante. Lula aceitou oficialmente.

O Partido dos Trabalhadores (PT) confirmou a sua intenção de lançar o antigo chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva como seu candidato nas eleições presidenciais do Brasil previstas para outubro. A liderança nacional do partido reuniu-se em São Paulo no final da manhã desta quinta-feira para confirmar Lula da Silva como seu candidato, após este ter sido novamente condenado pela Justiça, agora em 2.ª instância, na quarta-feira.

“Estamos aqui para reafirmar a candidatura de Lula e ele será o nosso candidato”, disse a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. O encontro da liderança do PT realizou-se na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior união sindical do Brasil, na presença de Lula da Silva e da ex-Presidente Dilma Rousseff. À chegada ao local, Lula foi recebido por ativistas a cantar “Lula guerreiro do povo brasileiro!”.

A reunião acontece um dia depois de três magistrados de Porto Alegre confirmarem por unanimidade, num julgamento de 2.ª instância, que Lula a Silva é culpado da prática dos crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais por aceitar um apartamento de luxo de uma empresa de construção civil chamada OAS. Os magistrados também aumentaram a pena de prisão a que Lula tinha sido condenado na 1.ª instância, de nove anos e meio para doze anos e um mês.

Por enquanto, Lula da Silva está livre para fazer campanha e a decisão da Justiça não reduziu a zero as possibilidades de concorrer a um terceiro mandato na Presidência do Brasil porque os seus advogados dispõem de várias possibilidades de recurso. Só depois de todos esses recursos se esgotarem é que Lula da Silva pode ser declarado inelegível e possivelmente ser preso. “As próximas duas semanas serão cruciais”, disse o advogado Eugénio Aragão quando explicou a estratégia de defesa de Lula da Silva no início da reunião do PT.

“Agora eu quero ser Presidente da República”, reafirmou Lula da Silva ao falar sobre o julgamento, que foi descrito pelos seus apoiantes como uma “farsa judicial”, que também se tornou assunto de muitos comentários da imprensa brasileira. O PT anunciou a decisão de lançar Lula da Silva esta quinta-feira, mas apenas o poderá fazer oficialmente depois do dia 20 de julho, de acordo com a legislação eleitoral.

O jornal O Globo escreveu que “Lula sofreu a pior derrota de seu curso político” e que “está mais perto da prisão do que do Palácio de Planalto”, sede da Presidência da República, em Brasília. A sua “candidatura é quase uma miragem”, lê num editorial. Para o jornal O Estado de S. Paulo “o resultado de 3-0 (no julgamento em Porto Alegre) deve ser suficiente para convencer os simpatizantes do PT a finalmente pararem de ver [Lula da Silva] como um mártir da democracia brasileira”.

O encontro da liderança do PT também visa que o partido, uma das formações políticas mais representativas do Brasil durante os anos da Presidência de Lula da Silva (2003-2010), tente subir a autoestima dos seus militantes. Isto porque a destituição de Dilma Rousseff em 2016, a queda sofrida nas eleições regionais no mesmo ano e os casos de corrupção em torno do ex-Presidente abalaram a militância. Atualmente, o partido tem 57 deputados da câmara baixa, num total 513 assentos, sendo a segunda maior bancada.

Nas eleições deste ano todas as esperanças do PT assentam em Lula da Silva, a única figura emergente à esquerda e o único candidato no qual, de acordo com as sondagens, um terço dos eleitores brasileiros estaria disposto a votar. De acordo com alguns analistas, o PT está a pensar num Plano B, caso a candidatura presidencial de Lula, seja legalmente impedida, lançando o ex-ministro Jacques Wagner ou o ex-presidente da câmara de São Paulo Fernando Haddad.

Lula aceita candidatura

Lula da Silva aceitou oficialmente ser o pré-candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) nas próximas presidenciais do Brasil. “Aceito a indicação de ser o pré-candidato do Partido dos Trabalhadores (PT)”, disse Lula da Silva durante a mesma reunião. No entanto, Lula acrescentou que existem “outros candidatos e que vão tentar criar obstáculos”.

“Espero que a candidatura [do PT] não dependa de Lula, só faz sentido se vocês forem capazes de fazer [a campanha], mesmo que haja um facto indesejado”, salientou. Lula da Silva, de 72 anos, também enfatizou que a sua candidatura não foi lançada para se “proteger” da Justiça, mas para “governar e recuperar” o Brasil”. “Sem qualquer arrogância, digo que quero ser candidato para vencer as eleições”, reiterou.

Lula da Silva, que lidera todas as sondagens de intenção de voto, voltou a dizer que o PT é “vítima de uma trama premeditada” e reiterou que o tribunal de 2.ª instância condenou um “inocente” que não cometeu “nenhum crime”.

(Notícia atualizada às 17h25 com a informação de que Lula aceitou a candidatura)

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BCE afasta subida dos juros em 2018. Draghi critica EUA por comentários sobre dólar

Draghi garantiu que ainda não prepara terreno para acabar com os estímulos. Subida de juros só em 2019, estimou o presidente do BCE que deixou críticas à Mnuchin por causa da queda do dólar.

Vítor Constâncio (vice-presidente) e Mario Draghi (presidente) marcaram presença na primeira conferência de imprensa do ano.Flickr BCE

O presidente do Banco Central Europeu (BCE) vê poucas hipóteses de uma subida das taxas de juro ainda este ano e afastou a ideia de inversão no discurso oficial que sinalizasse o fim dos estímulos monetários. “Ainda não podemos declarar vitória”, sublinhou Mario Draghi esta quinta-feira numa conferência de imprensa dominada pela excessiva valorização do euro e pelas críticas ao secretário de Estado do Tesouro americano.

Draghi começou logo por clarificar aquilo que os mercados vinham interpretar como o início do fim dos estímulos na Zona Euro, depois de as atas da última reunião ter revelado que dentro do Conselho de Governadores houvesse quem achasse necessário uma mudança no discurso do BCE.

“Vários membros ficaram surpreendidos com a reação dos mercados às atas. E pediram-me para clarificar: não há diferença entre as atas e a conferência de dezembro sobre o nosso guidance“, disse o italiano. Aliás, “discussões sobre o guidance não começaram na verdade”, assegurou. Mais tarde, questionado sobre se via o BCE a subir juros este ano, Draghi foi bem claro: “Com base na informação de hoje e na projeção atual, vejo muito poucas probabilidades de que as taxas de juro sejam aumentadas este ano”.

Isto apesar de ter adiantado que a economia cresceu a um ritmo “sólido” e que a expansão económica evidenciada na segunda metade de 2017 “foi acima do esperado”.

Ao mesmo tempo que Draghi manifestava otimismo quanto à economia, o euro acelerava e acelerava para superar os 1,25 dólares, renovando máximos de mais de três anos. E o tema da excessiva valorização da moeda única acabaria por ocupar grande parte do encontro com os jornalistas.

Draghi foi respondendo que não faz parte do mandato do BCE fixar um objetivo para a taxa de câmbio — porque o banco central está mandato para controlar a estabilidade dos preços com a meta de cerca de 2% para a inflação — mas não deixou de evidenciar que um euro mais forte é “uma fonte de incerteza”.

Mas as perguntas os jornalistas sobre o tema não se ficariam por aqui. Poucos minutos depois, o presidente do BCE foi chamado a comentar as declarações do secretário de Estado do Tesouro americano, Steve Mnuchin, que disse esta quarta-feira que os EUA recebiam com agrado uma desvalorização do dólar devido ao seu impacto nas exportações. Draghi não mencionou nomes e foi cuidadoso na linguagem, mas a crítica foi enviada para o outro lado do Atlântico.

“Nós vamos abster-nos de desvalorizações competitivas e não vamos direcionar as nossas taxas de câmbio para fins competitivos. Reafirmamos o nosso empenho em comunicar claramente as posições políticas, evitar políticas orientadas para o exterior e preservar a estabilidade financeira global”, disse Draghi, lembrando por duas ocasiões aquilo que foi acordado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em outubro sobre guerras cambiais.

Draghi lembrou que parte da valorização da moeda única é natural pois evidencia a recuperação da região. Mas outra parte da recente volatilidade do euro foi causada “por outra pessoa” que utilizou linguagem… que não reflete os termos de referência que tinha sido acordados”.

Estes comentários de Draghi pouco impacto tiveram nos mercados. Uma hora depois do fim da conferência, o euro valoriza 0,87% para 1,2512 dólares.

Euro impressiona Draghi

Fonte: Reuters

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Empresa para a qual foram transferidos trabalhadores da PT/Altice nega insolvência

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2018

Sudtel desmente notícias de que está insolvente e há risco de extinção de postos de trabalho, garantindo que irá pôr em curso meios legais para ser ressarcida pelos danos causados à sua credibilidade.

A Sudtel, para onde foram transferidos trabalhadores da PT/Altice no âmbito da transmissão de estabelecimento, não está insolvente, nem prevê despedimentos, garantiu, esta quinta-feira, à Lusa a diretora dos recursos humanos, Ana Moura.

O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom vai reunir-se na sexta-feira com a administração da Sudtel para esclarecer se há risco de extinção de postos de trabalho e de insolvência da empresa.

Em declarações à Lusa, a diretora dos recursos humanos da Sudtel acrescentou que a empresa tem “muito trabalho” e não prevê despedir ninguém. “Não sei onde foram buscar esta ideia, a empresa não está insolvente e também não vai despedir”, garantiu Ana Moura, que é também responsável pela área de formação na empresa que opera na área das telecomunicações.

Num comunicado, a administração da Sudtel refere que as notícias de que a empresa está em insolvência “são falsas e prejudiciais não só ao bom funcionamento” da entidade, “como ao bem-estar e tranquilidade dos seus colaboradores”.

Reafirmando a sua “sustentabilidade e solidez financeira”, a administração da Sudtel sublinha que “irá pôr em curso todos os meios legais com vista a ser ressarcida pelos danos causados à imagem, credibilidade, prestígio e confiança da empresa”.

A Sudtel emprega cerca de 105 pessoas. Hoje decorreu um plenário de trabalhadores da PT/Meo/Altice de Torres Novas, que teve como questões centrais o futuro da Sudtel, empresa que faz reparações de avarias e existe desde setembro de 2015, para a qual foram transferidos oito trabalhadores do Centro de Certificação situado em Torres Noves, e a situação dos colaboradores sem funções atribuídas.

O secretário-geral da CGTP-Intersindical, Arménio Carlos, que participou no plenário, afirmou não haver, até ao momento, “nenhuma indicação formal de qualquer extinção de postos de trabalho ou de insolvência” da Sudtel, sublinhando que a reunião com a administração da empresa visa esclarecer essa situação e abordar a questão do direito dos trabalhadores de poderem regressar à Altice (dona da PT), se for essa a sua vontade.

Arménio Carlos afirmou que o plenário desta quinta-feira visou discutir com os oito trabalhadores do centro de Torres Novas que foram transferidos para a Sudtel o seu apoio às posições dos sindicatos de exigência da possibilidade de terem opção de regressarem à Altice e manifestar “grande solidariedade” com os trabalhadores que “continuam a ser assediados, a apresentarem-se para trabalhar e a verem recusada a sua prestação de trabalho”.

Os dois trabalhadores do centro de Torres Novas aos quais foram retiradas funções, um, especialista em energia, há 15 meses, e outro, técnico de transmissões em telecomunicações, há oito meses, disseram à Lusa que existe “má-fé” na atuação da empresa, pois “o trabalho continua a existir”.

Segundo os trabalhadores, um a trabalhar na empresa há 29 anos e o outro há 34, as ofertas de indemnização feitas pela Altice, para “aliciar” a sua saída, são “irrisórias”, tendo a ausência de funções o objetivo de provocar “mossa psicológica” e levá-los à saída.

Arménio Carlos afirmou que, além dos 155 trabalhadores transferidos para outras empresas do grupo, foram “enviados para casa” outros 60, havendo “à volta de 40 a 50 espalhados pelo país que se apresentam para trabalhar, estão nas instalações da Altice, cumprem o horário de trabalho, querem trabalhar e não lhes dão trabalho, quando toda a gente sabe que há trabalho para fazer”, o que, no seu entender, constitui “uma atitude de assédio, de intimidação, de desrespeito”.

O secretário-geral da CGTP afirmou que a Altice “já teve duas coimas elevadíssimas”, uma da ordem dos 4,8 milhões de euros e outra entre 50.000 e 168.000 euros.

Segundo Arménio Carlos, todos os trabalhadores que se apresentam para trabalhar e não lhes é dado trabalho foram várias vezes assediados pela Altice para rescindirem o contrato de trabalho.

Fontes sindicais afirmaram, durante o plenário, que os processos que foram colocados em tribunal se encontram em fase de audiência de partes, estando o primeiro julgamento, relativo à Winprovit, agendado para 15 de maio, no Tribunal do Trabalho de Lisboa.

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Dow Jones acelera apoiado nos resultados acima do esperado

Os resultados positivos da Caterpillar reforçam a confiança dos investidores no bom estado da economia. O Dow continua a tocar máximos.

O Dow Jones continua a valorizar, atingindo máximos históricos, suportado pelos resultados das empresas que continuam a surpreender pela positiva. O único abalo tem epicentro na Europa: a confiança expressa por Mario Draghi na economia europeia faz o dólar voltar a afundar.

É mais do mesmo, mais otimismo dos investidores relativamente à economia, tendo em conta os resultados” comenta Andre Bakhos, analista da New Vines Capital LLC consultado pela Reuters, para explicar o desempenho das bolsas norte-americanas. O Dow Jones avança 0,35% para os 26.344,68 pontos, atingindo um novo recorde. O Nasdaq também recupera da queda da última sessão, enquanto o S&P 500 recua ligeiramente.

Os destaques da sessão são a Caterpillar, cujas ações já valorizavam na ordem dos 3,51% antes da abertura, depois da marca revelar uma projeção de crescimento nos lucros pelo sétimo trimestre consecutivo. As vendas dos equipamentos de construção produzidos pela empresa dispararam 35%, dando uma boa indicação acerca do estado da economia. A Biogen também avança 3,32% depois de fechar um ciclo de ganhos de quatro trimestres, o último suportado pelo lançamento de um novo fármaco.

Deste lado do Atlântico, Draghi afirmou esta quinta-feira que “a informação [recolhida pelo Banco Central Europeu] confirma uma expansão económica a um ritmo robusto, que acelerou mais do que o esperado na segunda metade de 2017”. Desta forma, o euro segue a valorizar 0,71% em relação ao dólar, colocando-se nos 1,2494. Já a moeda norte-americana quebra na mesma medida.

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Microsoft Portugal dá boas-vindas à Google e deixa recado

  • ECO
  • 25 Janeiro 2018

Google vai instalar um dos seus centros em Oeiras, ainda este ano. Microsoft aproveita a ocasião para lembrar que já está instalada em Portugal há mais de duas década e meia e deixa recado.

Enquanto a Google faz as malas para vir abrir um novo hub tecnológico, em Oeiras — segundo adiantou o primeiro-ministro, esta quarta-feira, em Davos (ou um call center, de acordo com o guru das tecnologias, Mike Butcher) — a Microsoft aproveita para lembrar que já anda por terras lusitanas há 27 anos e manda um recado à multinacional liderada por Sundar Pichai: “Bem-vindos newcomers, se precisarem de dicas avisem”.

Num vídeo de dez segundos publicado na sua página do Facebook, a Microsoft declara o seu amor a Portugal e diz conhecer os melhores pontos de interesse do país.

A Microsoft abriu a sua subsidiária portuguesa em 1990. As operações nacionais concentram-se em várias áreas: Cloud, Soluções de Mobilidade, Produtividade e Segurança, Soluções de Negócio, Dispositivos e ainda o programa Ativar Portugal que foca os pilares da Inovação e Startups, Competências Digitais e Transformação Digital. Os segmentos que beneficiam destes serviços vão desde as grandes às médias empresas e passam ainda pelo setor público.

Dos últimos anos de atividade em Portugal, a multinacional destaca o investimento feito no Centro de Suporte Internacional — cerca de 33 milhões por ano, diz a empresa ao ECO. Este foi instalado há mais de 20 anos mas foi nos últimos quatro anos que cresceu 800% no número de colaboradores: passaram de 40 a 350. Lá, dedicam-se a fornecer suporte em engenharia de ponta para as tecnologias Microsoft. E chegam a vários cantos do mundo: Europa, Médio Oriente e África. Por isso, apesar de o inglês ser o idioma base, neste centro fala-se também espanhol, italiano, búlgaro, turco, alemão, russo, francês e claro, português.

Esta quarta-feira, na reunião do Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça, António Costa afirmou que “Portugal vai em breve acolher um investimento da Google” e que “havia vários países a disputar este investimento”. Ao ECO, a Google confirmou a vinda para Portugal, e adiantou apenas que “vai abrir um novo centro de operações de fornecedores em Lisboa”. Em reação ao anúncio do primeiro-ministro, Paddy Cosgrave — fundador do Web Summit, a maior feira de tecnologia do mundo — revelou ainda que “existem rumores” de que há outras gigantes tecnológicas a caminho da capital.

(Notícia atualizada às 16h15)

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Privados dominam projetos de reabilitação apresentado para financiamento do IFRRU

Desde 30 de outubro, há mais de 200 intenções de investimento em análise nos bancos selecionados, que correspondendo a cerca de 700 milhões de investimento. Privados respondem por 190 projetos.

O Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU) já tem mais de 200 projetos em análise para possível investimento sendo que a larga maioria é de privados e da zona norte. Contudo, é em Lisboa que se concentram os investimentos mais avultados, avançou ao ECO fonte oficial da Estrutura de Gestão do IFRRU 2020.

O IFRRU anunciou esta segunda-feira a atribuição do primeiro financiamento — um projeto de reabilitação urbana em Santa Maria Maior, no Funchal, e que vai custar 645 mil euros. A sua conclusão está prevista para o final do primeiro semestre deste ano.

Mas este é apenas um dos muitos projetos que os bancos selecionados (Santander Totta, BPI, Millennium BCP) para trabalhar com este Instrumento financeiro, criado no final do ano passado, têm em mãos. “Desde o dia 30 de outubro, dia da abertura dos balcões das entidades financeiras, foram formalizadas 15 candidaturas no valor de cerca de 65 milhões de euros de investimento, representando a região norte cerca de 50 milhões de euros”, detalhou a mesma fonte oficial, acrescentando que já foram “celebrados dois contratos de financiamento na Região Autónoma da Madeira”.

Os privados dominam as propostas apresentadas para eventual financiamento do IFRRU. “Desde 30 de outubro até 15 de janeiro, temos mais de 200 intenções de investimento em análise nos bancos selecionados, correspondendo a cerca de 700 milhões de euros de investimento“, avançou fonte oficial. Destas “intenções de investimento, cerca de 190 são referentes a privados“, acrescenta a mesma fonte.

Do ponto de vista regional é o norte que apresenta um maior número de intenções de investimento (100), seguido de Lisboa (57). Mas em termos de valor os 57 projetos de Lisboa ascendem a 342 milhões de euros, enquanto os 100 do norte representam um investimento de 338 milhões de euros.

Projetos em Lisboa são os mais avultados

Fonte: Estrutura de Gestão do IFRRU 2020

O IFRRU 2020 disponibiliza um total de 1,4 mil milhões de euros para intervenções que se destinem à reabilitação integral de edifícios com idade igual ou superior a 30 anos, de espaços e unidades industriais abandonadas ou ainda a intervenções em frações privadas inseridas em edifícios de habitação social, que sejam alvo de reabilitação integral.

O instrumento financeiro permite empréstimos em condições mais vantajosas do que as que são oferecidas no mercado (em termos de taxas de juro, maturidades e períodos de carência) e, do montante total, 700 milhões provêm de fundos públicos (nacionais e comunitários) e os restantes 700 milhões são disponibilizados por três bancos (Santander Totta, BPI, Millennium BCP).

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