Juiz concorda com Ministério Público e não envia processo de Vicente para Angola

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2018

O processo do antigo presidente não vai ser enviado pois as autoridades angolanas assumem não haver qualquer possibilidade de cumprimento de eventual carta rogatória.

O juiz titular do caso ‘Operação Fizz’ concordou com a posição do Ministério Público (MP) em recusar a transferência do processo do antigo vice-Presidente angolano Manuel Vicente para Angola, decisão que foi objeto de recurso para a Relação.

Em resposta à agência Lusa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) refere que, “no essencial, o juiz titular do processo concordou com a posição do Ministério Público, indeferindo a transmissão requerida pelo suspeito”, mas esta decisão judicial “foi objeto de recurso para o Tribunal da Relação de Lisboa” pela defesa de Manuel Vicente, acusado de corrupção.

A PGR explicou à Lusa que a decisão de rejeitar a transmissão do processo para Angola fundamentou-se no facto de as autoridades angolanas terem dito “não haver qualquer possibilidade de cumprimento de eventual carta rogatória que, porventura, lhes fosse endereçada para audição e constituição como arguido de Manuel Vicente, por considerar que o mesmo é detentor de imunidade”.

Baseou-se também na comunicação de que factos de que Manuel Vicente é acusado estariam abrangidos, em Angola, pela Lei da Amnistia.

A PGR revela ainda que as autoridades angolanas comunicaram que “não era possível saber, com antecedência, se se aplicaria esta ou aquela lei da ordem jurídica angolana, quando questionada genérica e teoricamente se a Lei da Amnistia seria aplicável ao caso concreto”.

Na resposta à Lusa, a PGR adianta que o MP concluiu “não existir qualquer garantia de que os factos, em caso de transmissão do processo, fossem objeto de apreciação judicial”. O MP entendeu não se verificar o requisito da “boa administração da justiça” e as condições para transmissão do processo.

O Presidente angolano, João Lourenço, afirmou na segunda-feira que as relações entre Portugal e Angola vão “depender muito” da resolução do processo de Manuel Vicente e classificou a atitude da Justiça portuguesa como “uma ofensa” para o seu país. “Lamentavelmente [Portugal] não satisfez o nosso pedido, alegando que não confia na Justiça angolana. Nós consideramos isso uma ofensa, não aceitamos esse tipo de tratamento e por essa razão mantemos a nossa posição”, enfatizou João Lourenço.

Para a defesa do ex-governante angolano, as questões relacionadas com Manuel Vicente deviam ser analisadas pela justiça angolana, apontando mecanismos previstos no Direito Internacional e nos Direitos internos em matéria de cooperação judiciária.

A defesa colocou a questão no processo, tendo esta sido rejeitada pelo juiz do processo, o que motivou um recurso para a Relação. O procedimento de transmissão de processos penais está regulado pelo artigo 79º e seguintes da Lei 144/99 de 31 de agosto e pela Convenção de Extradição entre os Estados Membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Na “Operação Fizz”, Manuel Vicente é acusado de ter pago 760 mil euros a Orlando Figueira, quando este era procurador no Departamento Central de Investigação e Ação Penal para obter decisões favoráveis.

O início do julgamento está marcado para 22 de janeiro, em Lisboa, estando Manuel Vicente pronunciado por corrupção ativa em coautoria com Paulo Blanco e Armindo Pires, branqueamento de capitais, em coautoria com Paulo Blanco, Armindo Pires e Orlando Figueira e falsificação de documento, com os mesmos arguidos.

O procurador Orlando Figueira, que chegou a estar preso preventivamente, está pronunciado por corrupção passiva, branqueamento de capitais, violação de segredo de justiça e falsificação de documentos, o advogado Paulo Blanco por corrupção ativa em coautoria, branqueamento também em coautoria, violação de segredo de justiça e falsificação documento em coautoria.

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Portugal avança para emissão de dívida a dez anos através de sindicato bancário

IGCP mandatou o Barclays, Citigroup, Crédit Agricole, Goldman Sachs, JPMorgan e Novo Banco para o lançamento de uma nova linha de referência de obrigações do Tesouro a dez anos.

O rumor já corria na semana passada e, embora ainda não tenha sido oficializado, a agência Bloomberg adianta que Portugal vai avançar para uma emissão sindicada de obrigações do Tesouro a dez anos. A operação será lançada em breve, sujeita às condições do mercado, frisa a agência de informação económica.

Foram já mandatos os bancos Barclays, Citigroup, Crédit Agricole, Goldman Sachs, JPMorgan Chase e Novo Banco para o lançamento desta nova linha de referência de obrigações do Tesouro a dez anos. Estes novos títulos de dívida da República portuguesa terão a maturidade em 17 de outubro de 2028 e chegarão ao mercado com um rating de Ba1/BBB-/BBB.

O montante a levantar pelo IGCP será anunciado em breve, diz a Bloomberg. Os analistas do Commerzbank, que tinham antecipado a realização desta emissão sindicada para esta quarta-feira, apontavam para um montante entre os 3.000 milhões de euros e os 3.500 milhões de euros, o que se encontra em linha com uma operação semelhante realizada há um ano.

A 11 de janeiro de 2017, o Tesouro português levantou 3.000 milhões de euros em títulos com maturidade a dez anos e pelos quais pagou um juro de 4,227%. Desta vez, a taxa de juro deverá ficar bem abaixo devido ao comportamento das yields o em mercado secundário e que reflete o bom momento de Portugal quanto à confiança que consegue transmitir junto dos investidores, sobretudo depois de duas agências de rating terem colocado a dívida nacional num patamar de investimento de qualidade.

Atualmente, a taxa de juro implícita nas obrigações a dez anos segue nos 1,859%.

Falta apenas a oficialização da operação pelo IGCP, a agência do Estado que faz a gestão da dívida pública que ainda esta segunda-feira apresentou o programa de financiamento da República para 2018. A entidade liderada por Cristina Casalinho prevê a emissão de 15 mil milhões de euros em obrigações do Tesouro ao longo deste ano. Isto para fazer face a necessidades de financiamento que se situam em cerca de 10,9 mil milhões de euros.

Em termos de leilões de títulos de curto prazo, já há datas para as operações a realizar no primeiro trimestre. Na próxima semana conta levantar até 1.750 milhões em bilhetes do Tesouro a a seis e 12 meses. Estão ainda previstos leilões de bilhetes a 21 de fevereiro e a 21 de março, com os montantes indicativos a superarem os 1.000 milhões de euros

(Notícia atualizada às 15h09)

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Wall Street volta aos ganhos. Fixa novos máximos

Os investidores aguardam por novos dados económicos, desta vez relativos ao mercado de trabalho. Esperam também pela apresentação de resultados de várias grandes empresas.

As bolsas norte-americanas abriram em alta ligeira e renovaram máximos históricos, depois de terem arrancado a semana em terreno misto. Esta terça-feira, os investidores aguardam por novos dados sobre a evolução da economia norte-americana, desta vez relativos ao mercado de trabalho.

O índice de referência S&P 500 abriu a subir 0,15%, para os 2.751,90 pontos. Já o industrial Dow Jones soma 0,17%, para os 25.326,81 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq avança 0,21%, para os 7.712,18 pontos.

A retalhista Target destaca-se entre as cotadas que negoceiam no verde, ao valorizar mais de 3% e a aproximar-se dos 70 dólares por ação. Isto depois de, esta manhã, ter revelado um aumento significativo das vendas em novembro e dezembro, além de ter aumentado as perspetivas de lucros no conjunto do ano passado.

Os investidores esperam também por outras apresentações de resultados trimestrais de grandes empresas. Na banca, o JPMorgan, o BlackRock e o Wells Fargo prestam contas na sexta-feira.

Do lado das matérias-primas, o petróleo continua a somar ganhos expressivos, numa altura em que o mercado antecipa uma redução dos stocks norte-americanos e depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter anunciado mais cortes de produção.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, avançar 0,35% e já ultrapassou a fasquia dos 62 dólares por barril, enquanto o Brent, negociado em Londres, avança mais de 0,2% e já vale mais de 68 dólares por barril. Ambos estão a negociar no valor mais elevado desde maio de 2015.

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José Maria Aznar deixa a DLA Piper

O ex-presidente espanhol - maio de 1996 e abril de 2004, pelo Partido Popular - deixa agora o cargo de senior advisor da firma de advogados norte-americana DLA Piper.

O ex-presidente do Governo espanhol José María Aznar acaba de anunciar a sua saída como ‘senior advisor’ do escritório de advogados DLA Piper. Este anúncio, segundo o jornal espanho El Confidencial, é feito depois de Juan Picón – que foi durante mais de uma década o presidente da DLA Piper a nível mundial – ter anunciado a sua saída para o escritório em Espanha da Latham & Watkins.

Resta agora saber se o destino de Aznar será o mesmo de Picon ao transitar para a firma Latham & Watkins.

Aznar entrou na DLA Piper em 2013 depois de meses de negociações com Picón e outros altos membros do escritório mundial, com presença em Portugal. A contratação de Aznar surge com a intenção clara por parte da sociedade de advogados de reforçar a sua presença no mercado sul americano. Um objetivo que foi cumprido, tendo em conta o número de abertura de firmas nesse mesmo mercado: Colômbia em Junho de 2016, Porto Rico em Julho de 2016, Chile em dezembro de 2016 e Brasil em Junho de 2017.

A atuar em Portugal desde 2017, a DLA Piper opera em mais de 40 países, no continente Americano, Europa, Médio Oriente, África e Ásia. Segundo comunicado do escritório enviado à Advocatus, “a DLA Piper e o Presidente José Maria Aznar acordaram mutuamente que o Presidente Aznar deixará o cargo de senior advisor do Global Board da sociedade. Estamos agradecidos pelo trabalho desenvolvido e a nossa amizade permanecerá. Desejamos-lhe as maiores felicidades”.

A DLA Piper foi considerada a sociedade de advogados líder no mercado global pelo número de operações de fusões e aquisições assessoradas, o que sucede pelo oitavo ano consecutivo, mantendo igualmente a posição de líder no mercado europeu pelo número de operações de fusões e aquisições assessoradas, pelo sexto ano consecutivo. A nível global a DLA Piper assessorou 552 transações, com um valor que ultrapassou os 102 mil milhões de dólares e a nível europeu a DLA Piper assessorou 351 operações, com um valor que ultrapassou os 70 mil milhões de dólares.

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Caldeira Cabral: Exportações vão ter peso recorde no PIB em 2017

  • ECO
  • 9 Janeiro 2018

O ministro da Economia considera que 2017 vai ser um ano recorde em vários indicadores comerciais, o que mostra a vitalidade da economia nacional.

O ano de 2017 terá sido de recordes para vários indicadores comerciais, incluindo o peso das exportações no PIB. Quem o afirma é Manuel Caldeira Cabral, utilizando como prova os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística, que apontam para um avanço de mais de 10% das exportações no mês de novembro.

“Os dados do INE que saíram hoje sobre as exportações de mercadorias garantem já que 2017 vai ser o ano com maiores exportações de sempre em Portugal. Não só com maior volume, mas também com o maior peso das exportações no PIB”, afirmou o ministro da Economia em Frankfurt. As declarações, divulgadas pelo Jornal de Negócios, foram prestadas na maior feira têxtil do mundo, a Heimtextil.

“As empresas estão a conseguir aumentar as exportações e conquistar mercados externos. E a par do crescimento da procura interna, o que significa que o crescimento da procura interna e o crescimento do rendimento dos portugueses é perfeitamente compatível com o reforço da competitividade”, acrescentou ainda. Estes dois avanços farão de 2017 “um ano muito positivo para a economia portuguesa e para os portugueses”.

Ainda que Caldeira Cabral tenha aplaudido os números divulgados esta terça-feira, nem tudo são boas notícias. Até novembro, o saldo comercial piorou 2.632 milhões de euros face ao mesmo período de 2016. Na maior parte do ano, as importações — que têm uma base superior — foram aumentando a um ritmo superior das exportações, justificando este agravamento do défice comercial de bens.

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Após a habitação, crédito ao consumo já superou total de 2016

Nos primeiros 11 meses de 2017, os bancos disponibilizaram um total de 3.823 milhões de euros em crédito ao consumo, superando toda a concessão registada no ano anterior.

A concessão de crédito às famílias não para de acelerar, para novos níveis recorde. Depois de os novos empréstimos para a compra de casa terem batido, em 2017, a totalidade da concessão registada no ano anterior, chega a vez do crédito ao consumo ter o mesmo desempenho.

De acordo com dados do Banco de Portugal, divulgados esta terça-feira, os bancos disponibilizaram um total de 3.823 milhões de euros em crédito ao consumo nos primeiros 11 meses de 2017. Este valor supera assim a totalidade dos empréstimos com esse fim disponibilizados na totalidade de 2016: ascenderam naquele ano a um total de 3.807 milhões de euros.

Evolução do crédito ao consumo em 2017

Fonte: Banco de Portugal

Estes dados sinalizam que a concessão de crédito ao consumo mantém a tendência de crescimento, algo que foi percetível em novembro. No mês que antecedeu o Natal, os bancos disponibilizaram um total de 418 milhões de euros em novo crédito com esse fim. Trata-se do montante de concessão mensal mais elevado em mais de 17 anos. Seria necessário recuar até junho de 2006, para ver um valor mais elevado.

O crescimento da concessão de crédito ao consumo coincide com um período de melhoria das perspetivas económicas do país que levam muitos portugueses a mostrarem-se mais confiantes em assumir compromissos financeiros desta natureza. Mas também de algum “assédio” por parte das instituições financeiras. Numa altura em que uma das suas principais prioridades é a disponibilização de crédito, têm apostado em forte em campanhas promocionais de concessão de crédito pessoal. Basta consultar os sites dos bancos para perceber essa aposta.

O mesmo cenário é percetível no que respeita à concessão de empréstimos para a compra de casa que aceleram a um ritmo ainda mais acentuado. Em novembro, os bancos nacionais disponibilizaram um total de 783 milhões de euros em novo crédito à habitação.

Este é o montante mensal mais elevado desde dezembro de 2010, e permite estender para 7.441 milhões de euros a concessão total registada em 2017. Este valor supera ainda em mais de 1.600 milhões o montante total dos empréstimos para a compra de casa disponibilizados em 2016.

As famílias têm sido, aliás, uma importante fonte de absorção da liquidez injetada pelos bancos nacionais na economia. No acumulado do ano passado, até novembro, as instituições financeiras nacionais disponibilizaram um total de 13.047 milhões de euros em crédito aos particulares. Ou seja, 34% do total de crédito disponibilizado pelos bancos no ano passado.

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Bitcoin é uma fraude? CEO do JPMorgan arrepende-se de o ter dito

  • ECO
  • 9 Janeiro 2018

Em setembro, presidente executivo do JPMorgan considerou a bitcoin uma "fraude", mas agora diz-se arrependido. Ainda assim, Jamie Dimon diz que não tem interesse no assunto.

Jamie Dimon pagou pela língua. Três meses depois de ter considerado a bitcoin uma fraude, o presidente executivo do JPMorgan voltou atrás e declarou-se “arrependido” de ter feito tais declarações. Ainda assim, o norte-americano continua a afirmar “não ter qualquer interesse no assunto”.

Numa entrevista ao canal de televisão FOX Business Network, Dimon revelou a mudança de opinião e garantiu que o blockchain — o sistema subjacente às criptomedas — é “real”. “É possível ter cripodólares em ienes. ICOs [ofertas iniciais de moedas]… Temos de analisá-las individualmente. A bitcoin foi sempre para mim o que vai ser para os governos quando se tornar realmente importante“, avisou o executivo, segundo cita a CNBC.

Em setembro, a comunidade criada em torno das criptomoedas tinha recebido as declarações de Dimon com fúria, mas o o líder da sociedade gestora de participações sociais não é o único a não confiar totalmente nesse sistema monetário. A Comissão de Segurança e Câmbio também já se mostrou preocupada com a liquidez e validade dos contratos baseados neste ativo digital, reporta a Reuters.

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Nuno Alves: Saída da EDP é “decisão bem ponderada e há muito equacionada”

António Mexia vai continuar à frente da elétrica, mas perde o seu braço direito. Nuno Alves, o CFO da EDP, vai sair. A decisão já estava tomada. Vai "dedicar-se a projetos pessoais".

António Mexia vai manter-se na liderança executiva da elétrica portuguesa. Mexia foi o nome proposto pela China Three Gorges, mas Nuno Alves já não vai continuar ao seu lado. O administrador financeiro vai sair da EDP, uma decisão “bem ponderada e há muito equacionada”, refere em declarações escritas ao ECO. Sai ao fim de 12 anos na empresa.

 

“É com extremo orgulho e sensação de dever cumprido que me despeço ao fim de 12 anos do conselho de administração executivo da EDP. Ao longo deste tempo, acredito que atingimos os objetivos que fomos traçando, contribuindo para o crescimento e solidez do grupo”, refere Nuno Alves.

"Esta é uma decisão bem ponderada e há muito equacionada.”

Nuno Alves

CFO da EDP

“Foi um privilégio ter feito parte de uma equipa de enorme profissionalismo e dedicação liderada por António Mexia, a quem deixo uma especial palavra de agradecimento e amizade”, estendendo o cumprimento aos restantes. “Agradeço também a todos os acionistas e colaboradores da EDP, que comigo estiveram ao longo destes anos”, remata.

“Esta é uma decisão bem ponderada e há muito equacionada”, diz Nuno Alves, que deixa o desejo das “maiores felicidades à nova equipa de gestão que vai liderar o Grupo a partir de abril”. “Considero que é o momento certo para me dedicar a projetos pessoais“, remata o ainda administrador financeiro da elétrica.

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Aston Martin será a próxima a acelerar para a bolsa

  • Lusa e ECO
  • 9 Janeiro 2018

A marca dos icónicos carros de James Bond quer entrar em bolsa numa operação quer poderá ascender aos 5,7 mil milhões de euros.

O fabricante britânico de automóveis Aston Martin está a equacionar entrar em bolsa, mediante uma operação de 5,67 mil milhões de euros (cinco mil milhões de libras), segundo a agência Bloomberg, que cita fontes conhecedoras do processo.

A Aston Martin iniciou conversações preliminares com conselheiros para uma Oferta Pública Inicial (IPO) incluindo a dívida, equiparando-se à Ferrari, acrescentaram fontes, que solicitaram anonimato. O interesse dos investidores num IPO este ano pode ser reforçado pela expansão programada, para 2019, para o segmento dos veículos desportivo-utilitários (SUV).

A marca tem previsto, neste novo ano, consolidar o seu regresso e bem como efetuar um teste ao interesse dos investidores em empresas britânicas antes da saída do Reino Unido da União Europeia.

Associada aos filmes protagonizados pelo espião James Bond, a marca ultrapassou as cinco mil entregas no ano passado, um feito inédito desde 2008 e espera-se que ultrapasse as expectativas de 840 milhões de libras de lucro (953 milhões de euros).

A avaliação é estimada provisoriamente e nenhuma decisão tem de ser tomada com base nos conselheiros até porque outras hipóteses estão a ser consideradas, notaram as fontes, enquanto a empresa, oficialmente, escusa-se a comentar “especulações sobre a futura propriedade ou reestruturação de capital”.

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A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 9 Janeiro 2018

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

A manhã desta terça-feira está a ser marcada pela notícia de que Luís Amado e António Mexia vão liderar a EDP e de que a ministra da Justiça não vai renovar o mandato da Procuradora Geral da República (PGR), Joana Marques Vidal.

É oficial. Luís Amado e António Mexia vão ser os nomes propostos para chairman e para presidente executivo no próximo mandato da EDP, para o período 2018/2020, segundo um comunicado divulgado na CMVM.

A ministra da Justiça, em entrevista à TSF, assume que o mandato da Procuradora Geral da República (PGR), Joana Marques Vidal, estará a chegar ao fim e não será renovado, pois este deve ser “longo e único”.

Há clientes da Açoreana que estão a ser surpreendidos com a não renovação dos respetivos seguros de vida pela Tranquilidade, a atual “dona” da companhia de seguros que pertencia ao Banif. A situação leva a que, neste momento, haja famílias cujos créditos à habitação não estão protegidos por um seguro de vida.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, desvalorizou a polémica sobre o pedido à direção do Benfica para ver um jogo na tribuna presidencial e garantiu o cumprimento “escrupuloso” do Código. O ECO fez a prova dos 9.

Não é preciso ser um “mineiro” para ter bitcoins. Pode, simplesmente, comprá-las numa qualquer plataforma de negociação, mas há já quem as receba como remuneração. E é mesmo aqui ao lado. Em Espanha, a Repara tu Deuda, que procura soluções para as dívidas das famílias, aderiu à euforia da criptomoeda.

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Governo admite aumentar impostos para empresas que gastem mais água

  • Juliana Nogueira Santos
  • 9 Janeiro 2018

A medida foi admitida pelo ministro do Ambiente à saída da reunião com os parceiros sociais. Na mesma, o representante dos agricultores afirmou que os apoios ainda não chegaram aos que precisam.

As empresas que consumam mais água, ou que façam descargas de resíduos em afluentes, podem vir a pagar mais impostos, admitiu esta terça-feira o ministro do Ambiente. À saída da primeira reunião do ano com os parceiros sociais, que teve como tema principal a seca, João Matos Fernandos afirmou que “temos de fazer tudo para garantir a qualidade das massas de água na origem”.

“Estamos a revisitar todos os títulos de utilização de recursos hídricos, todas as licenças que existem para captar e rejeitar resíduos no meio hídrico,” declarou o ministro, respondendo às perguntas dos jornalistas. Este processo estará concluído até maio, sendo que está em cima da mesa não só a subida da carga fiscal como também a diminuição de disponibilidade de recursos.

“Temos de fazer tudo para garantir a qualidade das massas de água na origem”, garantiu Matos Fernandes, considerando que não se trata de uma questão de preços, mas sim da “quantidade de água” que é gasta por estas empresas. O governante afirmou ainda que para o ano, o plano dos recursos hídricos tem de ir “mais além”, tanto nas áreas mais afetadas pela seca, como nas restantes.

Apoios aos agricultores estão atrasados

À saída de reunião, e em declarações aos jornalistas, tanto o ministro do Ambiente como o da Agricultura confirmaram que os apoios aos agricultores afetados pela seca severa já tinham sido entregues, mas da ótica dos agricultores não é possível fazer a mesma afirmação. Pouco mais de 10% do montante anunciado terá chegado aos agricultores

“Tínhamos um plano este ano e cumprimo-lo. Todas as iniciativas anunciadas estão no seu prazo certo”, afirmou o ministro do Ambiente. “Os agricultores foram compensados pelos fundos do ministério da Agricultura.”

"O apoio efetivo aos agricultores é apenas 20 mil euros dos 15 milhões potenciais que foram postos à disposição dos agricultores, alguma coisa correu mal.”

Eduardo Oliveira e Sousa

Presidente da Confederação de Agricultores de Portugal

A representar os agricultores, Eduardo Oliveira e Sousa, afirmou que, ainda que tenham alertado o Governo “há meses”, apenas 20 mil dos 15 milhões de euros anunciados chegaram, efetivamente, aos afetados.

“O apoio efetivo aos agricultores é apenas 20 mil euros dos 15 milhões potenciais que foram postos à disposição dos agricultores, alguma coisa correu mal”, apontou o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal. “Isto tem de ser analisado, tem de ser verificar porque é que não foi possível entregar o montante aos agricultores e porque é que demora tanto tempo numa situação de emergência”.

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PJ não está a investigar caso dos bilhetes do Benfica pedidos por Centeno

O ministro das Finanças pediu para assistir ao jogo de futebol entre o Benfica e o Porto na tribuna presidencial do Estádio, e levou o filho.

A Polícia Judiciária (PJ) não está a investigar o pedido do ministro das Finanças, feito à direção do Benfica, para ver um jogo do clube contra o FC Porto — encontro realizado em abril de 2017 — na tribuna presidencial do Estádio da Luz, apurou o ECO.

Tal como confirmou o Ministério das Finanças, em março o Governo pediu à direção do Benfica que convidasse o ministro das Finanças para assistir à partida do Benfica-Porto, de 1 de abril, a partir da tribuna presidencial. O ministro levou consigo o filho.

Esta segunda-feira, o Correio da Manhã lembrou que uma semana depois do pedido dos convites, a família de Luís Filipe Vieira viu aprovado um pedido de isenção de IMI para um prédio que tinha sido recuperado e associou os dois factos a uma interferência de Centeno — uma intervenção que foi negada no próprio dia pelo Ministério das Finanças. O jornal disse ainda que o caso dos pedidos de bilhetes e da isenção de IMI estaria já a ser investigado pela PJ.

Contudo, segundo apurou o ECO, a PJ não está a conduzir qualquer investigação. Também a Procuradoria-Geral da República adiantou ao Observador, esta segunda-feira à noite, que está a acompanhar o caso, mas que “até ao momento” ainda “não há qualquer inquérito relacionado com a matéria”. O Ministério Público está ainda “a decidir se há, ou não, qualquer procedimento a desencadear no âmbito das respetivas competências”, somou a mesma fonte, ao jornal. E só depois da eventual abertura de um inquérito, é a PJ poderá dar início a diligências no terreno. O que, até aqui, não aconteceu.

Na segunda-feira, o ministro das Finanças desvalorizou o caso, recusou qualquer polémica e garantiu o “cumprimento escrupuloso” do Código de Conduta do Governo. O ECO fez a prova dos 9 às declarações do ministro, que pode ler aqui.

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