Défice fica em 1,2%: Costa confirma mas Centeno ainda não

  • Marta Santos Silva
  • 8 Janeiro 2018

Centeno disse que o valor de 1,2% para o défice era "um número que foi dito ontem no contexto de um comentário televisivo", rejeitando confirmar o valor que o primeiro-ministro acabara de anunciar.

Mário Centeno não quis confirmar para já o valor de 1,2% para o défice da economia portuguesa em 2017, entrevistado poucos minutos depois de o primeiro-ministro António Costa o ter anunciado oficialmente.

Questionado pelos jornalistas após a reunião do Eurogrupo desta segunda-feira, na qual participou na qualidade de presidente eleito, Centeno disse que o valor de 1,2%, abaixo da meta de 1,4% do Governo, era “um número que foi dito ontem no contexto de um comentário televisivo, não vou tecer comentários em cima desse comentário”, referindo-se às afirmações de Marques Mendes este domingo à noite.

“Não falámos sobre a situação portuguesa” na reunião do Eurogrupo, que se focou na convergência da Zona Euro, afirmou o ministro das Finanças português, acrescentando sobre o défice que foram cumpridas “as metas propostas, num contexto de grande recuperação da economia”. Em Bruxelas, Mário Centeno afirmou que “a economia portuguesa começa o ano com uma pujança e um ritmo de crescimento bastante interessante”, mas afastou-se de confirmar o valor de 1,2% como o défice do final do ano de 2017.

Num almoço com a presença de 50 empresários da região norte, organizado pela Fundação AEP, no Porto, o primeiro-ministro anunciou poucos minutos antes da entrevista de Centeno que o défice em 2017 deverá cifrar-se em 1,2% do PIB e a dívida em 126,2%. O valor confirmado por António Costa fica assim abaixo da meta do Governo. Para Costa “a nossa economia tem agora um novo paradigma” isto “num contexto em que prosseguiu com a trajetória de redução do défice e da dívida pública que deverá atingir os 126,2% do nosso PIB em dezembro, e com um défice abaixo de 1,5% e que rondará o 1,2%”.

Mário Centeno preferiu falar aos jornalistas sobre a reunião do Eurogrupo, na qual enquanto presidente eleito pôde acompanhar “uma discussão sobre o Orçamento da União, um dos mais importantes instrumentos da política europeia”, naquela que foi “uma visita muito produtiva a Bruxelas”. Para o novo presidente do órgão informal que junta os ministros das Finanças da Zona Euro, este pode ser “um momento muito importante para a Europa”.

Existe “a felicidade de termos um enquadramento político de início de ciclos políticos em muitos países da UE, como a Alemanha, França e Itália”, disse, defendendo a possibilidade de que “isto possa também trazer uma vontade de estabelecer novas metas e instituições na Europa que promovam essa convergência e crescimento que felizmente a Europa hoje está a viver”.

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Wall Street interrompe ganhos depois do melhor arranque da década

Os investidores estiveram animados com os dados económicos positivos apresentados na semana passada. Agora, esperam pelos resultados da banca norte-americana.

As bolsas norte-americanas começaram a semana em baixa ligeira, depois de, na semana passada, terem registado o melhor arranque de ano em mais de uma década. Os investidores têm estado animados com os indicadores económicos positivos, mas a falta de eventos está a deixar os mercados praticamente inalterados. Os investidores aguardam por discursos de representantes da Fed, isto numa semana de resultados da banca.

O índice de referência S&P 500 está a recuar 0,06%, para os 2.741,37 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cai 0,16%, para os 25.252,43 pontos. Já o tecnológico Nasdaq contraria esta tendência e mantém ganhos ligeiros, a subir 0,05%, para os 7.139,38 pontos.

A penalizar as bolsas está, sobretudo, o setor financeiro, numa altura em que os investidores aguardam pela apresentação de resultados de vários grandes bancos. O JPMorgan, o BlackRock e o Wells Fargo reportam os resultados do quarto trimestre do ano passado na sexta-feira.

Do lado das matérias-primas, o petróleo está perto de alcançar máximos de 2015, depois de os Estados Unidos terem anunciado uma redução do número de perfurações a fazer e de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter cortado as estimativas de produção.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a valorizar 0,3%, para os 61,62 dólares, enquanto o Brent, negociado em Londres, sobre 0,16%, para os 67,73 dólares por barril.

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António Costa anuncia que défice de 2017 ficou em 1,2%, abaixo dos 1,4% previstos pelo Governo

O primeiro-ministro anunciou, esta segunda-feira, que o défice de 2017 deverá ser de 1,2% do PIB. É a primeira vez que Costa atira com um valor, depois de ter dito que este ficaria abaixo dos 1,3%.

O primeiro-ministro anunciou, esta segunda-feira, que o défice em 2017, deverá cifrar-se em 1,2% do PIB e a dívida em 126,2%. Costa falava num almoço com a presença de 50 empresários da região norte, organizado pela Fundação AEP, no Porto.

Esta é a primeira vez que António Costa fala de 1,2% para o défice orçamental, depois de no final de dezembro ter feito saber que este deveria situar-se abaixo do 1,3%, já abaixo da previsão inicial do Governo e que apontava para 1,4% do PIB.

Já este domingo, Marques Mendes no comentário habitual na SIC, avançava que o défice a e a dívida deveriam ficar nos 1,2% do PIB e nos 126,2%, respetivamente.

António Costa, que chegou com mais de meia hora de atraso ao almoço, começou por fazer um pequeno discurso onde entre outras coisas voltou a afirmar que 2017 foi um ano com boas notícias ao nível económico.

“2017 foi um ano económico com boas notícias, em que se verificou o maior crescimento da economia desde o início do século, forte com forte redução do desemprego, como hoje foi anunciado, com a taxa a atingir em outubro os 8,4% e podendo chegar a dezembro com uma taxa de 8,2%”, referiu o primeiro-ministro.

Continuando a olhar para a macroeconomia referiu que o forte crescimento da economia se fica a dever sobretudo ao investimento privado e ao aumento das exportações. Para Costa “a nossa economia tem agora um novo paradigma” isto “num contexto em que prosseguiu com a trajetória de redução do défice e da dívida pública que deverá atingir os 126,2% do nosso PIB, em dezembro, e com um défice abaixo de 1,5% e que rondará o 1,2% do produto”.

Agora, diz Costa é preciso “olhar para 2018 com outro olhar por forma a vermos como podemos sustentar este crescimento”.

Durante o almoço que é fechado aos jornalistas, Costa deverá ser questionado pelos empresários presentes sobre quais as perspetivas que o Governo tem para 2018.

 

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Saiba quais as profissões mais procuradas pelas empresas

Profissionais das tecnologias de informação foram os mais procurados pelas empresas em 2017. Programadores, responsáveis de manutenção e engenheiros de processos lideraram o ranking.

Programadores, responsáveis de manutenção e engenheiros de processos foram os profissionais mais procurados em 2017. Quem o diz é a Spring Professional, uma empresa especializada em recrutamento, com base nos critérios de procura dos seus clientes. Funções associadas às tecnologias de informação ocupam lugares de topo.

Das 3.000 partilhas de ofertas diárias registadas na empresa de recrutamento, os profissionais ligados às tecnologias de informação conseguiram destacar-se. Logo depois vem a procura pelas “áreas dos recursos humanos, especialmente pelos perfis de Business Partners, e a de atenção ao cliente”, pode ler-se no comunicado enviado pela Spring Professional.

A procura gradual pelo setor tecnológico deve-se, em parte, à evolução do mercado de trabalho. As empresas, sejam de média ou grande dimensão, sentem necessidade de acompanhar a digitalização, numa tentativa de competição para com as restantes. “Percebemos claramente que as funções associadas às tecnologias de informação se encontram no topo. Tem sido uma tendência registada não apenas no ano anterior, como já há algum tempo“, diz Catarina Carvalho, diretora da Spring Professional.

“Para este ano, perspetivamos um crescimento superior a 20% para a procura de profissões orientadas para as novas tecnologias“, acrescenta a responsável. Relativamente às faixas etárias, os mais jovens viram-se rodeados de mais oportunidades, nomeadamente os recém-licenciados, um cenário que, no entanto, não tem ainda reflexo numa melhoria dos dados do desemprego jovem. Portugal foi o quarto país da UE onde o desemprego jovem mais cresceu, entre setembro e outubro, apesar da retoma económica. Passou de 24,6% para 25,6%. A formação desadequada e as novas regras de estágio explicam a subida, avança o Público esta segunda-feira.

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Fusões e aquisições nacionais atingem 11 mil milhões em 2017

  • Juliana Nogueira Santos
  • 8 Janeiro 2018

As operações de fusão e aquisição em Portugal movimentaram mais 13% de capital que em 2016, atingindo máximos de 2014. O imobiliário foi o setor que mais pesou.

O ano de 2017 foi de recordes no que diz respeito às fusões e aquisições em território nacional. A atividade de compra e venda de participações das empresas portuguesas atingiu, no ano passado, os 11,4 mil milhões de euros, através da realização de 327 operações.

Os dados, recolhidos pela Transactional Track Record, apontam para o valor mais alto desde 2014, em que se registou um volume de negócios de 13,1 mil milhões. Em termos homólogos é um crescimento de 13,5%. A ter maior impacto nestes números esteve o segmento do imobiliário que, ao registar 66 transações, avançou 32% relativamente a 2016. No polo oposto ficou o setor financeiro e dos seguros, onde foram feitas menos 6% das operações que no ano passado.

A maior operação do ano foi protagonizada pela ANP, que vendeu a área norte de Carcará ao consórcio composto pela Petrogal Brasil, pela Exxon Mobil Exploração Brasil e pela Statoil Brasil. O negócio atingiu os 801,1 milhões de euros.

Já no cenário dos venture capitalists, o ano de 2017 não foi muito expressivo. Foram realizadas 29 operações, que totalizaram os 92 milhões de euros, uma queda de 3% face a 2016. As tecnológicas e as empresas do setor da internet foram os mais atrativos para os investidores, com 16 e seis operações, respetivamente.

A maior operação de venture capital envolveu a tecnológica Feedzai, que recebeu 42,59 milhões de euros tanto da Sapphire Ventures, como de acionistas particulares. O fundo que mais investiu no ecossistema empreendedor nacional foi a Portugal Ventures, com sete operações realizadas.

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Lufthansa espera contratar oito mil pessoas em 2018

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2018

A maioria dos tripulantes que a Lufthansa pretende contratar serão pessoal de cabine, incluindo alguns vindos da falida Air Berlin que foi adquirida pela maior transportadora aérea alemã.

A Lufthansa vai contratar mais 8.000 trabalhadores até ao final deste ano, metade dos quais são pessoal de cabine, informou hoje a companhia aérea alemã.

Entre as novas admissões previstas para este ano estão 900 pilotos, muitos dos quais formados na própria companhia de aviação germânica, refere a Lufthansa em comunicado.

A companhia aérea, a maior em número de passageiros transportados, ao mesmo nível da empresa de aviação de baixo custo Ryanair, explicou que só nas ligações das cidades alemãs de Frankfurt e Munique, o grupo prevê contratar cerca de 2.500 tripulantes de cabine. Além disso, só para a sua filial de baixo custo Eurowings, está previsto criar 2.700 novos postos de trabalho.

Uma parte destas vagas serão ocupadas com pessoal oriundo da Air Berlin, companhia aérea que entrou em processo de insolvência e cuja maioria do capital foi adquirido pela Lufthansa.

O presidente da Lufthansa, Carsten Spohr, declarou recentemente a um órgão de comunicação social alemão que a companhia espera alcançar um lucro recorde em 2017, bem como um grande resultado em termos de passageiros transportados. A Lufthansa emprega a nível mundial cerca de 130.000 trabalhadores e vai divulgar resultados de 2017 em 15 de março.

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A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 8 Janeiro 2018

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Esta manhã, o Presidente angolano mostrou-se ofendido com a decisão de Portugal de não transferir o processo de Manuel Vicente para o território africano. O Instituto Nacional de Estatística divulgou dados relativos ao desemprego: voltou a descer em outubro de 2017, para 8,4%, o valor mais baixo desde fevereiro de 2005.

Numa conferência de imprensa que marca os primeiros 100 dias de João Lourenço no poder, o Presidente angolano mostra-se ofendido com a decisão de Portugal de não transferir o processo de Manuel Vicente para o território africano: “Portugal, lamentavelmente, não satisfez o pedido”.

A taxa de desemprego voltou a descer em outubro de 2017, para 8,4%, o valor mais baixo desde fevereiro de 2005. Esta foi uma revisão em baixa face à primeira projeção, que apontava para uma estabilização. Os dados foram avançados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.

Os ratings dos bancos portugueses vão continuar a melhorar ao longo deste ano. A conclusão é da Fitch. A agência de notação afirma que as instituições financeiras vão assistir a uma melhoria da notação graças à recuperação da economia portuguesa.

Sem conhecer os cantos à casa, lançámo-nos numa incursão pelo mundo das criptomoedas: durante 20 dias, andámos na montanha-russa. No início, parecia uma escalada. Depois, deu um trambolhão. Investimos em criptomoedas. Ganhámos numa, perdemos com a bitcoin.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) vai voltar a inspecionar os contadores da eletricidade dos consumidores seis anos depois da última auditoria. O regulador diz querer garantir a “supervisão adequada ao bom funcionamento dos contadores”.

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Mercedes vende mais. E o A deu lugar ao C, o GLC

A fabricante germânica continua a crescer no mercado português. As vendas aumentaram em 6,2%, ligeiramente aquém do crescimento médio do mercado, mas com mais rentabilidade.

A Mercedes conseguiu um ano recorde. As vendas aceleraram, menos que a média do mercado, mas atingiram um nível nunca vistos no mercado nacional. O Classe A continua a puxar, mas foi a C que se destacou. Especialmente o GLC, que custa o dobro do pequeno familiar.

A marca registou um crescimento de 6,3% nas suas vendas, com Lisboa e Porto a arrebatarem 70% do total: Lisboa comprou 40% e o Porto 30% dos 16.273 veículos comercializados durante 2017. Foi um aumento de 900 viaturas, permitindo a Mercedes atingir um novo recorde em Portugal.

O Classe A desceu de 32% para 29%, sendo substituído pelos C. Na Classe C foram vendidos 4.740 automóveis, beneficiando do crescimento verificado nos GLC. As “Vendas aumentaram exponencialmente”, refere Nuno Mendonça, diretor-geral de Marketing e Vendas de Veículos da marca em Portugal. A faturação refletiu-se pela positiva. O preço é praticamente o dobro do Classe A e a rentabilidade também o é, especialmente numa marca em que 52% das vendas são para o canal frota. 37% são para clientes particulares.

O diesel domina as vendas da fabricante alemã, mas o mercado elétrico está a crescer. Em 2017, a Mercedes vendeu 572 unidades com motores plug-in. Foi quase mais 90% que no ano anterior. Não foi mais porque houve limitações de produto. E “vamos ter também uma versão plug-in a diesel“, diz a marca.

A eletrificação dos modelos está a acontecer e vai acelerar — até vai ter marca própria, a EQ. Há três anos, 99% era diesel. Este ano vendemos 572 plug-in. Teremos 5% a 6% de vendas de automóveis a gasolina. Para o ano, com o novo motor, o 1.4 a gasolina, haverá maior apetência por este combustível. E com o plug-in, as vendas dos diesel começarão a descer.

Este novo motor terá a sua estreia no Classe A, modelo que será totalmente renovado este ano. O lançamento está previsto para 3 de maio com este motor a gasolina, mas também um outro a gasóleo. Será um 1.5 litros diesel de 116 cv, só com caixa automática. O motor 1.4 a gasolina (denominado de A200) com 163 cv e terá uma versão plug-in em 2019.

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Governo nega ajuda na isenção de IMI a filho de Vieira

  • Margarida Peixoto
  • 8 Janeiro 2018

O Ministério das Finanças recusa ter interferido na atribuição de isenção de IMI a um prédio da família do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira.

O Ministério das Finanças recusou esta segunda-feira, em comunicado, ter tido qualquer intervenção na atribuição de uma isenção de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para um prédio da família de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica.

“O Ministério não tem qualquer intervenção na atribuição das isenções de IMI previstas no artigo 71, n.º 7, do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF)”, lê-se no comunicado, enviado às redações, que recorda que “os prédios urbanos objeto de ações de reabilitação são passíveis de isenção de imposto municipal sobre imóveis por um período de cinco anos, a contar do ano, inclusive, da conclusão da mesma reabilitação, podendo ser renovada por um período adicional de cinco anos.”

A reação surge como resposta a uma notícia avançada pelo Correio da Manhã [conteúdo pago] que dá conta de uma investigação da Polícia Judiciária à atribuição da referida isenção, uma semana depois de o ministro das Finanças, Mário Centeno, ter pedido ao presidente do Benfica para assistir a um jogo na tribuna presidencial.

Segundo o jornal, foi uma semana depois do pedido de Centeno à direção do Benfica para ir ao estádio, que Vieira recebeu um email do filho, Tiago, a agradecer a sua influência no processo de isenção de IMI para um prédio da família. O filho de Luís Filipe Vieira tinha-se queixado da dificuldade de aceder à isenção, depois de concluídas as obras de reabilitação.

No comunicado enviado esta manhã, o ministério esclarece que as isenções em causa “são atribuídas mediante deliberação do município”. E que “com base nesta deliberação — que é genérica — os serviços camarários comunicam as situações concretas aos Serviços de Finanças do local de situação dos imóveis que, por sua vez, procedem ao averbamento das isenções em execução da referida comunicação,” continua.

E reafirma: “Neste, como noutros processos da mesma natureza, não houve – como não teria de haver – qualquer intervenção do Governo.” Além disso, Mário Centeno “assegura que em momento algum teve qualquer contacto com o Presidente do Sport Lisboa e Benfica, ou qualquer outra pessoa, a propósito de temas que se relacionem com interesses patrimoniais do Benfica ou da família do seu presidente.”

(Notícia em atualização)

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Esta criptomoeda portuguesa já é uma das mais valiosas do mundo

A moeda virtual lançada pela empresa portuguesa Aptoide começou a ser transacionada na sexta-feira. Em 24 horas, ganhou um valor de mercado de 800 milhões de dólares. É uma das mais valiosas do mundo.

A moeda virtual AppCoins, lançada pela startup portuguesa Aptoide, chegou ao mercado na última sexta-feira e, em apenas 24 horas de negociação, tornou-se numa das 50 criptomoedas mais valiosas. A divisa chegou a registar um valor de mercado superior a 800 milhões de dólares e a valer 3,80 dólares cada moeda, dois meses depois de os primeiros tokens terem sido vendidos a dez cêntimos de dólar durante o Web Summit. Os ganhos potenciais dos investidores iniciais poderão ter chegado aos 3.700%.

O projeto da Aptoide, uma plataforma que permite criar lojas de aplicações para dispositivos Android, acabou por ter uma procura superior ao esperado, até pelos próprios responsáveis. “O facto de a AppCoins ter alcançado um valor de 800 milhões de dólares em 24 horas é um feito incrível”, reagiu o cofundador da empresa, Paulo Trezentos, numa série de mensagens publicadas no Twitter. “A nossa equipa está grata pela confiança dos investidores”, acrescentou.

Durante duas semanas, a contar a partir do Web Summit, a Aptoide vendeu os primeiros tokens de uma oferta total de 700 milhões de moedas a um preço geral de dez cêntimos de dólar. O câmbio fez-se em Ethereum, uma popular moeda virtual bem estabelecida no mercado. Com a pré-venda, a Aptoide angariou 1,8 milhões de dólares, como o ECO avançou em primeira mão.

A oferta pública inicial de moeda (ICO) arrancou pouco depois, a 13 de dezembro, a um preço inicial de 27 cêntimos de dólar, que variou consoante a valorização do Ethereum. Participaram cerca de 3.000 investidores. Na última sexta-feira, a moeda foi finalmente listada na corretora de criptomoedas Binance e as negociações passaram a ser permitidas. Para surpresa de alguns investidores, a divisa disparou para cerca de 3,80 dólares, alcançando o top 50 do WorldCoinIndex, um portal que se dedica a acompanhar o valor deste género de ativos. Ou seja, em 24 horas tornou-se uma das moedas virtuais mais valiosas do mundo em valor de mercado.

O pico de 3,80 dólares representou um ganho potencial de cerca de 3.700% para quem adquiriu tokens em novembro. Desde esta sexta-feira, porém, a moeda virtual tem vindo a corrigir o valor para um mínimo de 2,62 dólares, ainda assim uma valorização de 2.520% para quem investiu na pré-venda durante o Web Summit.

Especulação existe. Nesta e em todas as criptomoedas. Não é esse, na perspetiva da Aptoide, o objetivo fundamental de lançarmos esta moeda.

Álvaro Pinto

Cofundador da Aptoide

Esta segunda-feira de manhã, a AppCoins registava uma subida intradiária de 5,27%, para 2,85 dólares e um valor de mercado de 701,95 milhões de dólares. Estavam em circulação 246,2 milhões de moedas, com 117 milhões de moedas a trocarem de mãos na corretora Binance. Será uma das moedas com mais liquidez registadas na Binance. Os câmbios são feitos face à bitcoin e ao Ethereum e a Aptoide garante que está a trabalhar com outras corretoras para passarem a suportar a compra e venda desta moeda.

A AppCoins conta com um grupo no Telegram com mais de 8.000 pessoas e vários investidores têm demonstrado perplexidade com o disparo. Outros antecipam uma queda e afirmam que já trataram de vender as moedas na sua posse. Há ainda quem antecipe uma valorização até aos seis dólares por moeda antes de uma queda mais expressiva.

O objetivo da AppCoins, como o ECO explicou em novembro, é criar um protocolo de código aberto que permite remover os intermediários do processo de compra e venda de aplicações para smartphones. A moeda beneficia da vasta comunidade de utilizadores da Aptoide, que diz ser a terceira maior loja de aplicações do mundo, a seguir à App Store e à Play Store.

O facto de ser um projeto de código aberto permite que outras plataformas a utilizem como forma de transacionar valor. De qualquer forma, como todas as criptomoedas, as subidas e descidas da AppCoins estão sujeitas à especulação num mercado que, ainda para mais, não está sujeito a regulação. Apesar de sedeada em Portugal, a AppCoins foi lançada a partir da Singapura, um mercado já experiente neste tipo de operações.

“Correu muitíssimo bem”

Dos quase dois milhões de euros que a Aptoide levantou com a pré-venda de moedas, uma parte já foi convertida em dinheiro e a empresa já começou a investir para criar os produtos e serviços que servirão de base à AppCoins. Em conversa com o ECO, Álvaro Pinto, cofundador da Aptoide, reagiu a todo este processo: “O ICO e a nossa oferta destes tokens correu muitíssimo bem.”

“Tínhamos planeado um processo de ICO que duraria cerca de quatro semanas e atingimos o hard cap, o valor máximo que poderia ser levantado durante esse período, em uma semana. Portanto, correu em bom sinal do mercado de que havia interesse no nosso token e que ele faz sentido”, acrescentou. Neste momento, grande parte das subidas e descidas da moeda são fruto da especulação típica deste tipo de ativos, e que Álvaro Pinto também reconhece: “Especulação existe. Nesta e em todas as criptomoedas. Não é esse, na perspetiva da Aptoide, o objetivo fundamental de lançarmos esta moeda, como é óbvio. O potencial que vemos para a frente é muito mais interessante do que a especulação a curto prazo”, garantiu.

Com ou sem especulação, para Álvaro Pinto, a verdadeira criação de valor virá quando forem lançados os serviços e produtos que podem ser comprados com AppCoins, assim como quando o projeto for alargado a outras plataformas: “A valorização, verdadeiramente, virá com o lançamento de serviços e dependendo da qualidade desses serviços. Se conseguirmos levar as AppCoins a mais parceiros no mercado, obviamente que haverá necessariamente mais procura e mais valorização do token.”

"A valorização, verdadeiramente, virá com o lançamento de serviços e dependendo da qualidade desses serviços.”

Álvaro Pinto

Cofundador da Aptoide

Sobre a listagem da AppCoins noutras corretoras para além da Binance, Álvaro Pinto confirma as negociações, mas prefere não revelar nomes porque os acordos ainda não estão fechados. “Ainda não temos nenhum outro acordo fechado. Estamos em fase de negociações. Ainda não posso anunciar. Mas o que posso dizer é que o objetivo é tornar isto acessível a toda a gente.”

Álvaro Pinto escusa-se a perspetivar sobre o preço-alvo da moeda no curto, médio ou longo prazo, por ser mera “futurologia”. Mas frisa, por fim: “Espero que tenha uma boa valorização no futuro mas, mais do que isso, que tenha uma boa aceitação do ponto de vista dos serviços relacionados com as app stores [lojas de apps] e com a distribuição de aplicações.”

AppCoins (APPC) corrige após chegada ao mercado

Cotação da AppCoins na corretora Binance entre 7 e 8 de janeiro. Valor em dólares.WorldCoinIndex

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Estado perdeu 159,3 milhões com baixa do IVA na restauração no primeiro semestre de 2017

O Governo divulgou o segundo relatório sobre a redução do IVA de 23% para 13% na restauração. Durante o primeiro semestre de 2017, o Estado perdeu 159,3 milhões de euros de receita potencial.

Foi a 1 de julho de 2016 que o atual Governo reduziu o IVA para a restauração de 23% para 13%. Logo no segundo semestre de 2016, essa medida traduziu-se na perda de 161,7 milhões de euros de receita potencial. O novo relatório semestral, divulgado pelo Executivo esta segunda-feira, revela que no primeiro semestre de 2017 essa perda foi de 159,3 milhões de euros. Ou seja, uma queda na receita do IVA da restauração de 47,9% face ao primeiro semestre de 2016.

Já o emprego no setor aumentou significativamente, o que levou a um aumento de 13% das contribuições para a Segurança Social com origem no setor. “O crescimento homólogo do emprego com remunerações declaradas à Segurança Social no setor de restauração e similares foi de 8,7%, mais do dobro do crescimento global na economia (4%)“, refere o Ministério do Trabalho em comunicado enviado às redações. Esta é uma das conclusões do relatório do grupo de trabalho onde está presente a AHRESP — Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal.

As remunerações (4%) no setor também cresceram a um ritmo mais elevado do que o total da economia (1,7%). Esta subida é de notar dado que na restauração as remunerações (631,32 euros) ainda são 31% inferiores à media nacional (914,95 euros), segundo o mesmo relatório. O relatório aponta para a criação de 14,7 mil empregos — com remunerações declaradas — “no espaço de um ano”. No total, o emprego cresceu 9,4%, mais quase 20 mil postos de trabalho.

Fonte: Relatório do grupo de trabalho do Governo com a AHRESP

A criação de emprego traduziu-se também numa redução dos beneficiários de prestações de desemprego de 1.500 desempregados. “O desemprego registado no IEFP com origem na atividade restauração e similares, apresentou, no 1º semestre de 2017, uma redução homóloga de 17,6%, a qual foi maior que a observada para o do setor alojamento, restauração e similares (-16,7%), mas inferior à registada para o total de desemprego registado no Continente (-18,5%)“, refere o relatório.

É ainda possível concluir que durante os primeiros seis meses de 2017 os preços da restauração aumentaram 1,6%. Ou seja, os preços subiram, em vez de diminuírem face ao corte no imposto, o que demonstra que os estabelecimentos não ajustaram os seus preços. Também já se tinha verificado esta tendência no segundo semestre de 2016.

Apesar da receita com IVA ter passado para, na prática, metade face ao que o Estado encaixava anteriormente, é de realçar que a receita do IRC das empresas de restauração aumentou 22 milhões de euros em 2016, face a 2015, já com um semestre de redução do IVA no setor.

A 1 de julho de 2016 foi implementada uma reposição parcial do IVA, incidindo apenas nos serviços de alimentação, cafetaria e água lisa. O IVA da restauração passou de 23% para os 13%. A redução desta taxa reverteu uma medida do anterior Governo (implementada no Orçamento do Estado para 2012). Os produtos como as bebidas alcoólicas, refrigerantes, sumos, néctares e águas com gás mantiveram o imposto a 23%, sendo que no OE2017 como no OE2018 há uma autorização legislativa que permite ao Governo reduzir o IVA nestes produtos.

(Notícia atualizada às 13h45)

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TAP transportou 14,2 milhões em 2017. Cresceu 21%

  • Juliana Nogueira Santos
  • 8 Janeiro 2018

2017 foi um ano de recordes para a companhia aérea nacional. O crescimento "nunca antes visto" de 21% poderá tirar o Grupo Tap dos prejuízos.

A TAP transportou mais de 14 milhões de passageiros em 2017, mais 2,55 milhões que no ano anterior. Os números da companhia aérea nacional indiciam um aumento de 21,7%, algo que já tinha sido apontado por Fernando Pinto como condição necessária para o Grupo TAP entrar em terreno positivo.

Para além do número de passageiros transportados, a taxa de ocupação de lugares também avançou 4,3 pontos percentuais no ano que passou, localizando-se nos 82,9%. O ano foi também de recordes para as rotas dos Açores e da Madeira, sendo que, em conjunto, atingiram um milhão de passageiros, traduzindo-se num aumento de 18,9%. O mesmo número foi atingido pelas rotas de ligação a África.

Foi através da Ponte Aérea que liga Lisboa a Porto que a TAP transportou mais passageiros em 2017, num total de 726 mil. Este valor implica um crescimento de 8% face ao ano de 2016. As várias rotas que ligam Portugal ao Brasil também recuperaram, com um volume de passageiros transportados de 1,6 milhões.

Só no mês de dezembro, e contribuindo para a consolidação destes números, a TAP atingiu os 1,169 milhões de passageiros. No princípio desse mês, Fernando Pinto, presidente executivo da companhia aérea nacional, tinha afirmado que o crescimento a dois dígitos do negócio da aviação ia ser suficiente para compensar os prejuízos da divisão de manutenção e engenharia.

“O resultado do grupo depende muito de um bom resultado da empresa aérea e de um resultado não tão mau da TAP Engenharia e Manutenção. A esperança existe, podemos ter boas notícias para dar, embora tudo seja possível até ao final do ano”, afirmou Fernando Pinto, apontando também que 20% seria “um crescimento nunca antes visto”.

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