A caminho do Web Summit? Há um novo serviço de partilha de viagens

Para celebrar a terceira edição lisboeta do Web Summit, a myTaxi, em parceria com a Carris, vai lançar uma nova funcionalidade de partilha de viagens.

Chegar ao Web Summit de metro, na terça-feira, pode não ser opção (por causa da greve), mas alternativas certamente não vão faltar. Uma delas acaba de ser lançada pela myTaxi e vai permitir, durante toda a duração da maior feira de tecnologia do mundo, partilhar viagens (e tarifas) com outros passageiros.

Esta nova funcionalidade — batizada de “myTaxi Carris” — permitirá dividir os custos da viagem por até dois passageiros, de acordo com a distância percorrida por cada um deles.

Como funciona? O cliente introduz o seu destino na aplicação móvel da myTaxi e seleciona a opção match (apenas disponível para viagens que tenham como origem ou fim o Parque das Nações). Será, depois, recolhido por um taxista, podendo levar consigo, no máximo, um acompanhante.

Uma vez iniciada, a viagem poderá ser interrompida para que se junte um novo passageiro (que fica obrigado à mesma regra quanto ao acompanhante). Caso ninguém se junte ao primeiro utilizador, o preço máximo a pagar por esse passageiro é de cinco euros. Isto dentro do Município de Lisboa.

“Este projeto é muito importante porque permite-nos testar e disponibilizar o transporte flexível em táxis, uma funcionalidade que é uma mais-valia para o descongestionamento do trânsito e para uma maior mobilidade dentro da cidade”, explica ao diretor-geral da empresa, em comunicado.

A propósito, ao ECO, fonte da myTaxi explica que é a chancela da Carris que permitirá aos táxis desta plataforma experimentarem o “transporte flexível”, isto é, a partilha de viagens e tarifas. No regime atualmente em vigor, não é permitido ao taxista parar a viagem para acomodar um novo cliente, estando o percurso do primeiro ainda por terminar. Por isso, a “myTaxi Carris” só será possível sob a alçada da empresa pública referida e com autorização do Instituto de Mobilidade e Transportes.

“A existência de soluções alternativas ao transporte individual, mas também menos rígidas que o transporte regular de passageiros, é cada vez mais relevante para garantir alternativas de qualidade para os cidadãos”, sublinha a empresa.

Esta não é a primeira vez que a myTaxi se aventura na partilha de viagens, em Lisboa. O projeto foi inicialmente apresentado na altura do Rock in Rio e seguiu os mesmos moldes agora referidos.

Fundada em 2009, a myTaxi foi uma aplicação pioneira na ligação entre taxistas e passageiros. Chegou em 2017 a Lisboa e este ano ao Porto.

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Fundos Europeus: Ministério do Planeamento diz que problemas com pagamentos estão “ultrapassados”

Depois de uma notícia do JN, de que as mudanças nos sistemas informáticos levaram a problemas com pagamentos de fundos europeus, o ministério esclarece que os problemas "encontram-se ultrapassados".

O ministério do Planeamento e das Infraestruturas nega problemas com pagamentos resultantes das deficiências do sistema de informação, e garante que estes estão ultrapassados. Em causa está uma notícia do Jornal de Notícias, publicada esta sexta-feira, que dava conta de linhas de financiamento ainda por abrir depois do lançamento do Portugal 2020, como consequência das mudanças no sistema informático feitas na transição entre quadros comunitários.

Numa nota enviada às redações, o ministério refere que os pagamentos do Fundo Social Europeu (FSE) – especificamente visados pela notícia do JN – atingiram 508 milhões de euros nos primeiros 9 meses deste ano, contra os 359 milhões de euros no mesmo período do ano anterior (2017), ou seja, um crescimento de 42%”. Os problemas informáticos afetaram apenas o início do quadro (2014-2016), explicam.

A publicação indicava que ainda há mais de 3.500 candidaturas ao Fundo Social Europeu por aprovar, e 2.400 pedidos de reembolso por liquidar. Já o ministério reforça que “no Portugal 2020 estão aprovados mais de 31 mil projetos com um investimento de 22,2 mil milhões de euros e um apoio de 14,9 mil milhões de euros, do qual 6,1 mil milhões de euros foram pagos aos beneficiários, entre os quais 2,7 mil milhões do FSE“.

Segundo o Jornal de Notícias, a falta de recursos humanos e a contratação de pessoas sem experiência também ajudaram a que a situação atingisse níveis preocupantes. O ministério rebate que “eventuais ações ou medidas que não revelaram dinâmica suficiente ou não foram iniciadas por falta de adequação às necessidades, foram reformuladas, ou no limite anuladas”.

A entidade destaca também que Portugal é “o país com o maior nível de execução de fundos estruturais da União Europeia em termos percentuais, considerando os países com maiores envelopes financeiros”, e classifica como sendo falso que os “Fundos Europeus [estão] fechados na gaveta há cinco anos”.

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Tréguas na guerra comercial animam Wall Street

  • ECO
  • 2 Novembro 2018

As bolsas norte-americanas abriram o dia em alta, animadas com a possibilidade de Xi Jinping e Donald Trump colocarem um ponto final na guerra comercial.

Depois de uma “boa e longa” conversa com Xi Jinping, Donald Trump parece estar preparado para pôr termo à guerra comercial com a China. De acordo com a Bloomberg, o Presidente norte-americano quer fechar um acordo com o seu homólogo chinês ainda este mês, na reunião do G-20, na Argentina.

Neste sentido, Trump já pediu à sua equipa que prepare os termos desse acordo. Isto segundo quatro fontes próximas do dossiê citadas pela agência, que indicam a chamada telefónica como o Presidente chinês como gatilho desse entendimento iminente.

Esta notícia ajudou a desanuviar o ambiente nos mercados financeiros. O Dow Jones segue a ganhar 0,7% para os 25.562,06 pontos, e o S&P 500 soma 0,19% para os 2.745,45 pontos. Já o índice tecnológico Nasdaq está a resvalar 0,14% para os 7.042991 pontos, pressionado pela ações da Apple.

Apesar de ter anunciado um aumento das receitas em 20%, a empresa anunciou que vendeu menos iPhones do que o esperado. Além disso, fez um anúncio inesperado: No próximo trimestre, a marca já não irá divulgar os números das vendas dos iPhones, iPads e Macs. Esta decisão deixa os analistas com menos um indicador para determinar o quadro financeiro da empresa.

As ações da Apple seguem a cair quase 5% para os 212,65 dólares.

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Governo responde à UTAO. Diferença de 540 milhões no OE é explicada com “ajustamento”

  • Lusa
  • 2 Novembro 2018

Os valores no Orçamento do Estado para 2019 referem-se a “tetos máximos de despesa”, explica o secretário de Estado do Orçamento. Para João Leão, a UTAO “não percebeu e achou estranho” o ajustamento.

O Governo disse esta sexta-feira que a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) “não percebeu e achou estranho” o procedimento usado no Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), justificando que os valores se referem a “tetos máximos de despesa”.

“Este ajustamento é feito todos os anos em todos países” da União Europeia e “só porque foi feito este ajustamento a UTAO não percebeu [o procedimento usado no OE2019] e achou estranho”, disse o secretário de Estado do Orçamento, João Leão, que falava na Conferência Anual da Ordem dos Economistas, em Lisboa.

Em causa está o parecer divulgado no final de outubro, no qual a UTAO divulgou ter encontrado uma diferença de 590 milhões de euros nas contas do Ministério das Finanças. Na sua apreciação final ao OE2019, a UTAO considerou também que o Governo levou a cabo um procedimento “tecnicamente incoerente” no OE2019 e apontou reservas, incluindo nos valores apresentados a Bruxelas.

O governante explicou que esta diferença “tem a ver com o que o Governo autoriza”, pelo que “o que está no orçamento são tetos máximos legais”, que nunca são atingidos. Em causa está, assim, “um exercício legal de controlo orçamental”, adiantou.

Para a UTAO, “o documento em apreciação na Assembleia da República não reflete nem especifica as poupanças que o Governo pretende realizar em sede de execução e este facto inibirá a avaliação precisa da evolução da execução orçamental”. “O indício de sobre orçamentação contraria o princípio da transparência”, adiantou a unidade.

Também falando sobre esta questão, o economista Daniel Bessa, presente na ocasião, disse ter “pena que algumas instituições sejam menosprezadas”, numa alusão à UTAO. “Tenho pena que não haja a humildade de vir mais a terreiro, de forma mais honesta, tentar dialogar com estas entidades”, acrescentou, referindo-se à posição do Governo sobre os alertas feitos por aquela unidade.

Daniel Bessa classificou ainda a “celeuma criada” como “surreal”. Outra das questões abordadas por este economista foi a previsão de défice de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019, argumentando que o Governo poderia ter sido “um pouquinho mais exigente”.

Na proposta de OE2019, o Governo estimou também um crescimento do PIB de 2,2% no próximo ano, uma taxa de desemprego de 6,3% e uma redução da dívida pública para 118,5% do PIB. Quanto à previsão de crescimento, Daniel Bessa advertiu que “excede claramente a previsão de todas as organizações internacionais a esta data”, mas argumentou que só fará “prognósticos só no fim do jogo”.

Também presente no debate, o bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Mineiro Aires, considerou este “um orçamento para passar em ano eleitoral”, mas apontou que o documento “vai para além disso e preocupa-se com a sustentabilidade das contas públicas”.

A seu ver, a proposta não resolve, contudo, o “problema grave de habitação para jovens” e prevê uma “aposta na ferrovia que vem atrasada”.

Óscar Gaspar, da CIP – Confederação Empresarial De Portugal, afirmou que “a maior dúvida” do OE2019 é “se é ou não um fator de desenvolvimento”, mas considerou ser “demasiado exigente achar que um único instrumento de política resolve todos os problemas” do país.

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Web Summit vai plantar uma árvore por cada participante

Este ano, o Web Summit quer ser mais sustentável. Vai plantar uma árvore por cada participante, abolir a louça descartável e distribuir o excesso de comida do evento por quem precisa.

A semana do maior evento de empreendedorismo e inovação do mundo está prestes a começar e, entre as startups, a tecnologia e os pitchs, a sustentabilidade também vai dar nas vistas. O Web Summit tem como prioridade o desenvolvimento sustentável, através de medidas como utilizar mobiliário ecológico, promover a igualdade de género ou expor peças de arte criadas com plástico usado. Também garante que vai plantar uma árvore por cada participante.

Comprometido com os objetivos das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, Paddy Cosgrave, cofundador e CEO do Web Summit, afirma, em comunicado, que o evento “não pode estar apenas na vanguarda do desenvolvimento e das descobertas do mundo, precisa também de tomar a dianteira, encontrando soluções para os maiores desafios que o planeta enfrenta”.

Assim, este ano o Web Summit vai adotar um conjunto de iniciativas para promover a sustentabilidade. Garrafas reutilizáveis, catering sustentável (com talheres e louças biodegradáveis ou recicláveis), plantação de árvores (uma por cada participante) e mobiliário sustentável são algumas das medidas.

Além disso, o evento promete também combater o desperdício alimentar (através da distribuição do excesso de comida proveniente da conferência aos que precisam na cidade de Lisboa), apoiar as mulheres na comunidade tecnológica e promover a educação de qualidade na esfera da tecnologia.

650 quilos de plástico usado convertidos em obras de arte

Além de todas as medidas que este ano o Web Summit decidiu implementar, a arte vai assumir, também, o papel de consciencializar e sensibilizar para o impacto do plástico no meio ambiente. Reunindo artistas que retratam o tema, a Ceetrus Portugal — uma das principais empresas de imobiliário em centros comerciais — vai marcar a terceira edição em Lisboa da conferência tecnológica através do projeto artístico Plastic Age.

O projeto integra duas obras: O Adamastor, que ganhou forma pelas mãos de João Parrinha do coletivo Skeleton Sea e teve como inspiração as ondas surfadas por Hugo Vau, e Over Plastic Sea, da autoria de Kruella D’Enfer. Conscientes da importância da sensibilização para o impacto do plástico na biodiversidade marinha, estes artistas transformaram em arte mais de 650 quilos de plástico recolhidos nos centros comerciais Forum Sintra e Forum Montijo.

“Depois do Web Summit, as duas peças de arte serão colocadas nos dois centros comerciais, tornando-se acessíveis a um maior número de pessoas”, pode ler-se no comunicado. O Adamastor passará a estar no Forum Sintra, enquanto a obra Over Plastic Sea poderá ser vista no Forum Montijo.

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Concursos “desertos” podem explicar execução de 36% no Norte em junho

  • Lusa
  • 2 Novembro 2018

A Comissão de Coordenação Regional do Norte alerta para que se abrem concursos para os municípios que ficam desertos. No Norte, duas das sub-regiões mais pobres recebem menos apoios por habitante.

O presidente da Comissão de Coordenação Regional do Norte disse que a taxa de execução de fundos no Norte, que até junho era de 36%, pode ser explicada, em parte, com abertura de concursos para atribuição de fundos que ficam “desertos”.

“A crise fez com que tivessem falido centenas de empresas de construção civil, e, portanto, abrem-se concursos para os municípios que ficam desertos. Lisboa sabe destas coisas, Bruxelas também sabe, mas até à última continuam a olhar para a taxa de execução“, afirmou à Lusa aquele responsável.

Mais de metade do atual quadro comunitário de apoio estava comprometido, no primeiro semestre deste ano, mas só 36% tinha sido executado na região Norte, um valor ainda assim ligeiramente superior à média nacional (35%).

Os dados foram revelados esta sexta-feira pela Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), que lançou o primeiro número da publicação ‘Norte UE Dinâmicas dos Fundos Estruturais na Região do Norte’, que pretende fazer um balanço da aplicação da Política de Coesão no Norte de Portugal.

Fernando Freire de Sousa questiona “como é que é possível executar alguma coisa se se abrem concursos três e quatro vezes e eles ficam desertos, ou em que é preciso que o Tribunal de Contas dê um determinado visto ou em que é preciso ter em conta indicadores de endividamento dos municípios”.

Dos 14.219 milhões de euros de fundos aprovados no primeiro semestre, o Norte concentra 11.670 operações aprovadas e 5.806 milhões de euros de fundo aprovados, os quais correspondem a 40% do total de operações e 42% do total de fundo executado. Até final de junho, do montante aprovado para a região, cerca de 36% (2.065 ME) tinham sido executados, contra os 35% ao nível nacional.

A análise feita pela CCDR-N, que incide sobre os dados relativos ao primeiro semestre de 2018, revela ainda que o NORTE 2020 é, dos seis programas da Política de Coesão na região, o principal instrumento, apesar de representar menos de 1/3 dos apoios nela aprovados.

O NORTE 2020 é ainda o principal instrumento de financiamento no Alto Tâmega, Douro e Terras de Trás-os-Montes, a par do COMPETE 2020 (Programa Operacional Competitividade e Internacionalização), no Alto Minho e Ave, e do POCH (Programa Operacional Capital Humano) no Tâmega e Sousa.

Mais de metade do fundo aprovado na Região do Norte concentra-se no domínio da Competitividade e Internacionalização, cerca de 52%, onde se destacam os apoios atribuídos às empresas. A Política de Coesão em Portugal tem uma dotação de 21,3 mil milhões de euros.

Segundo a CCDR-N, a nova publicação enquadra-se numa linha de trabalho mais ampla, em desenvolvimento no Órgão de Acompanhamento das Dinâmicas Regionais, responsável pela análise e reflexão estratégica sobre o desenvolvimento económico, social e territorial da região e pretende fomentar a difusão de informação clara e concisa sobre a aplicação da principal política de investimento da União Europeia no Norte de Portugal.

Duas das sub-regiões mais pobres recebem menos apoios por habitante

As sub-regiões do Alto Tâmega e do Tâmega e Sousa, dois dos oito municípios com menor poder de compra per capita a Norte, são aquelas que registam, no primeiro semestre deste ano, a intensidade de apoio mais baixa por habitante.

Segundo a publicação ‘Norte UE Dinâmicas dos Fundos Estruturais na Região do Norte’, lançada esta sexta-feira pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR-N), o valor por habitante é, no caso do Alto Tâmega, de 1.037 euros e de 1.085 no Tâmega e Sousa.

Por oposição, as sub-regiões de Terras de Trás-os-Montes, Alto Minho, Ave e Cávado destacam-se na Região do Norte pela maior intensidade de fundo aprovado por habitante, superior à média nacional, apresentado valores entre os 1.782 euros em Terras de Trás-os-Montes e 1.349 euros na sub-região do Cávado.

Segundo o documento, que pretende fazer um balanço da aplicação da Política de Coesão no Norte de Portugal, “a territorialização dos apoios reflete as acentuadas diferenças intrarregionais ao nível da estrutura económica e da distribuição geográfica dos beneficiários no Norte”, onde cerca de 72% dos fundos se concentram em três das oito NUTS III [Nomenclatura de Unidade Territorial]”. São elas a Área Metropolitana do Porto [2.147 ME], o Ave [604 ME] e o Cávado [545 ME].

Estes territórios correspondem a apenas 22% da superfície territorial da região, no entanto, neles concentra-se, por exemplo, 70% da população, 75% do pessoal ao serviço das empresas e 83% dos estudantes do ensino superior. Na sub-região mais populosa do Norte, a AMP, concentram-se 5.088 operações aprovadas e 2.147 ME de fundo aprovado que correspondem a 44% do total de operações aprovadas e 37% do total de fundo aprovado.

Apesar das assimetrias intrarregionais, no seu conjunto, a Região Norte possuiu uma intensidade de apoios superior à média nacional com 1.623 euros por habitante contra 1.382 euros registados para Portugal. Ainda assim, lê-se na publicação, no final de junho de 2018, nas três regiões menos desenvolvidas do continente (Norte, Centro e Alentejo), “o Norte apresentava a menor intensidade de fundo aprovado por habitante” e uma maior intensidade de fundo aprovado por quilometro quadrado.

Segundo o documento, o Norte é a região menos desenvolvida no contexto europeu, com o Produto Interno Bruto (PIB) por habitante inferior a 75% da média da União Europeia, o que à luz deste indicador, o coloca também como a região menos desenvolvida de Portugal. A Região Norte é, ainda assim, a unidade territorial com maior expressão na execução da Política de Coesão em Portugal, representado cerca de 40% do investimento do fundo aprovado e do fundo executado a nível nacional.

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Fábrica de carroçarias e peças em carbono pode “nascer” em Évora

  • Lusa
  • 2 Novembro 2018

O projeto global prevê, entre 2019 e 2023, um investimento na unidade industrial de cinco milhões de euros e a criação de 53 postos de trabalho. O início da obra está previsto para o próximo ano.

A Câmara de Évora anunciou esta sexta-feira ter atribuído a classificação de projeto de Potencial Interesse Municipal (PIM) à construção de uma fábrica de carroçarias e peças em carbono para as indústrias automóvel, aeronáutica, naval e eólica.

O município indicou, em comunicado, que a classificação do projeto e a cedência de um lote de terreno à Pleasant Racing para a construção da fábrica, na zona industrial da cidade, foram aprovadas na mais recente reunião de câmara.

Contactado esta sexta-feira pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, adiantou que entre os promotores do projeto está o piloto português de todo-o-terreno Ricardo Leal dos Santos. “Já temos um acordo para se poder instalar” a fábrica em Évora, disse, manifestando-se satisfeito por a Pleasant Racing ter escolhido a cidade alentejana para desenvolver o seu projeto.

O autarca referiu que, numa primeira fase, a empresa vai fazer um investimento “na ordem dos dois milhões de euros” e criar “dez postos de trabalho”. Mas, segundo o município, o projeto global prevê, entre 2019 e 2023, um investimento na unidade industrial de cinco milhões de euros e a criação de 53 postos de trabalho com nível escolar igual ou superior ao 12.º ano de escolaridade.

“Mais importante que o investimento e a criação de postos de trabalho é que estamos a falar de tecnologia de topo“, notou, assinalando que o projeto “dá perspetivas de futuro do ponto de vista da inovação e da ligação de Évora a projetos tecnológicos que são importantes”.

Questionado sobre os prazos, Pinto de Sá indicou que “é difícil” fazer uma previsão sobre o arranque da construção da fábrica, porque ainda “há que fazer o projeto”, mas admitiu que “no próximo ano já haverá obra”.

A Lusa contactou Ricardo Leal dos Santos, que remeteu para mais tarde a divulgação de detalhes sobre projeto.

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Web Summit: Segurança adicional e corte de vias a partir de domingo

  • Lusa
  • 2 Novembro 2018

Serão tomadas "medidas de segurança adicionais", centradas "na prevenção e proatividade", com a delimitação de perímetros e o controlo de visitantes nas entradas. O evento começa segunda-feira.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou esta sexta-feira que irá adotar medidas de segurança adicionais e proceder ao corte de vias de circulação automóvel, a partir de domingo, no Parque das Nações, em Lisboa, devido à realização da Web Summit 2018 na próxima semana.

Em comunicado, a PSP destacou que, “apesar de não ter existido um aumento do nível do grau de ameaça para a edição deste ano, relativamente à de 2017”, serão tomadas “medidas de segurança adicionais” centradas “na prevenção e proatividade”, com a delimitação de perímetros e o controlo de visitantes nas entradas, que passam pela utilização de detetores de metais e aparelhos de raio-x.

A Web Summit 2018, considerada o maior evento de inovação de startups e empreendedorismo tecnológico do mundo, decorre de segunda a quinta-feira da próxima semana no Altice Arena e Pavilhões da FIL, no Parque das Nações.

A PSP aconselhou os participantes a adquirir bilhetes apenas nas plataformas oficiais do evento, a utilizar transportes públicos para aceder ao local, estacionar em locais apropriados, a terem cuidado com o transporte de objetos de valor e a respeitar as indicações das autoridades.

A partir de domingo e até ao final do evento estão previstos condicionamentos à circulação automóvel em toda a zona envolvente do Parque das Nações, sob vigilância policial.

A Alameda dos Oceanos, no sentido norte-sul, entre a Rotunda dos Vice-Reis e a Avenida do Índico, estará apta para circulação, mas o trânsito estará interrompido na Alameda dos Oceanos junto à FIL, entre o Pavilhão de Portugal e a rotunda dos Vice-Reis (sentido sul-norte).

Estará também cortada a Rua do Bojador, no troço entre o Altice Arena e a Feira Internacional de Lisboa (troço nascente-poente) e a Avenida do Atlântico, entre a Feira Internacional de Lisboa e a Praça Sony.

A PSP alertou, ainda, para eventos periféricos ligados à Web Summit, que podem provocar congestionamento de trânsito, nas zonas do Bairro Alto, Cais do Sodré e zona circundante do Lx Factory.

De acordo com esta autoridade, é esperado que o evento receba 70.000 visitantes, mais de 1.200 oradores e um número elevado de presidentes executivos (CEO) de empresas a nível mundial.

Na segurança do evento colaboram polícias do Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade (incluindo Equipas de Turismo), Equipas de Trânsito, Brigadas de Prevenção Criminal, Equipas de Intervenção Rápida, Equipas de Prevenção e Reação Imediata, Unidade Especial de Polícia, contando igualmente com a colaboração da Polícia Municipal de Lisboa, salientou o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.

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Juiz João Carrola pode perder mais de 84 mil euros

  • ECO
  • 2 Novembro 2018

O juiz desembargador faz parte da lista de milhares de lesados do GES. João Carrola corre o risco de perder 84.656 euros que tinha depositados no Banque Privée Espírito Santo (BPES).

O juiz desembargador João Carrola requereu ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) escusa de intervenção no caso do Grupo Espírito Santo (GES), para evitar alguma desconfiança sobre a sua imparcialidade. Isto porque Carrola é um dos milhares de lesados do GES, avança esta sexta-feira o Correio da Manhã (acesso pago).

João Carrola corre o risco de perder mais de 84 mil euros, que tinha num depósito no Banque Privée Espírito Santo (BPES), entidade do GES que está, já desde 2015, em liquidação.

O Supremo Tribunal de Justiça deferiu o pedido de escusa, no dia 8 de junho deste ano. O CM teve, agora, acesso à situação de João Carrola, revelada no acórdão do STJ que deferiu o pedido de escusa. “O signatário, se bem que não tenha qualquer relação com o recorrente [arguido que apresentou o recurso] ou diretamente com alguns dos arguidos/suspeitos, integra a longa lista de lesados pelo referido grupo económico [GES], na medida em que foi cliente do BPES – Sucursal em Portugal, entidade bancária que se encontra em liquidação judicial”, pode ler-se no acórdão.

João Carrola informa, ainda, que na liquidação do BPES – Sucursal em Portugal, reclamou “créditos em virtude de depósito que mantinha naquela instituição de que, na sua perspetiva, tem direito a ser pago”. A lista de credores desse banco indica que o juiz reclamou o pagamento de um crédito de 84.656 euros, mas este não foi reconhecido.

O administrador de insolvência do BPES – Sucursal em Portugal não reconheceu créditos de clientes deste banco no valor total de 250 milhões de euros. Os créditos foram reclamados por empresas e por pessoas singulares.

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Pergaminho do século XIV à venda… no OLX

  • ECO
  • 2 Novembro 2018

Um pergaminho do século XIV foi colocado à venda no OLX por 750 euros. O vendedor propunha que a entrega fosse feita em mão ou via CTT. Torre do Tombo já decidiu adquiriu documento.

Um pergaminho do século XIV com a escritura da entrega do Castelo de Lisboa ao Conde de Barcelos foi colocado à venda… no OLX, avança o Público (acesso condicionado), esta sexta-feira. O vendedor pedia 750 euros pelo artefacto e propunha que a entrega fosse feita “em mão, na zona de Gaia” ou via CTT. Entretanto, o Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT) já informou o atual dono do pergaminho de que irá “exercer o direito de opção na aquisição” do artigo.

O anúncio em causa descrevia o artefacto do seguinte modo: “Escritura de entrega do Castelo de Lisboa que fez o Alcaide do mesmo, Martim Afonso Valente, ao Conde de Barcelos, Dom João Afonso Telo, o qual prestou ‘preito e menagem’ ao primeiro, de acordo com o determinado pelo rei Dom Fernando, pela carta de 16 de janeiro de 1383, tresladada nesta escritura. Entre as testemunhas do ato esteve presente o Alcaide do Castelo de Faria, Diogo Gonçalves. Tabelião: Peres Esteves. 1383, janeiro 26, Castelo de Lisboa”.

Depois de ter analisado o teor do documento e confirmado a sua autenticidade, a ANTT decidiu adquiri-lo por considerara que “faz todo o sentido” inclui-lo no “património arquivístico nacional”. Portanto, ao abrigo do Decreto-Lei nº16/93, a instituição vai exercer o direito de opção na aquisição do pergaminho.

Sobre a origem do artefacto, a ANTT não conseguiu recolher informação, mas lembra que o espólio da Casa de Abrantes foi dispersado na sequência de uma herança. Desde o século XX que tem sido, por isso, vendido em lotes, vários dos quais já integrados no arquivo nacional.

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Dívida pública cai ligeiramente em setembro. São 249 mil milhões de euros

A dívida pública caiu 300 milhões de euros em setembro para 249 mil milhões de euros, revela o Banco de Portugal.

A dívida pública caiu 300 milhões de euros em setembro, totalizando os 249 mil milhões, revela o Banco de Portugal.

“Em setembro de 2018, a dívida pública situou-se em 249 mil milhões de euros, reduzindo 300 milhões de euros relativamente ao final de agosto”, adiantou a instituição liderada por Carlos Costa esta sexta-feira.

“Para esta diminuição contribuiu essencialmente o decréscimo dos títulos de dívida em 0,6 mil milhões de euros, compensado parcialmente pelo aumento de certificados do Tesouro e outros depósitos junto das administrações públicas”, explicou.

Dívida pública cai 300 milhões em setembro

Fonte: Banco de Portugal

Os dados mostram ainda que os ativos em depósitos das administrações públicas aumentaram em 900 milhões de euros no mês de setembro, “pelo que a dívida pública líquida de depósitos registou um decréscimo de 1,2 mil milhões de euros em relação ao mês anterior, totalizando os 223,7 mil milhões de euros“.

Em junho, quando a dívida pública atingiu os 246,8 mil milhões de euros, o nível de endividamento público alcançou os 124,9% do total da riqueza produzida em Portugal no próximo ano (medida pela evolução do Produto Interno Bruto).

O Governo espera que o rácio ceda para 121,2% do PIB no final deste ano, recuando para 118,5% em 2019.

(Notícia atualizada às 11h30)

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Peso da renda nos rendimentos dos portugueses recua para 21,1%. Fica abaixo da média europeia

O peso da renda na carteira dos portugueses recuou para 21,1%, no último ano, ficando abaixo da média europeia. Espanha é o Estado-membro onde essa percentagem é maior.

Portugal está a meio da tabela europeia no que diz respeito ao peso da renda da casa sobre os rendimentos das famílias. De acordo com os dados avançados, esta sexta-feira, pelo Gabinete de Estatísticas da União Europeia, no último ano, os portugueses gastaram para esse fim, em média, 21,1% do seu rendimento, valor que fica abaixo da média europeia (23,8%).

Na União Europeia, quase um quarto do rendimento mensal (23,8%) é usado na renda da casa. Nos polos dessa tabela, estão Espanha (país onde o peso em causa é maior) com 32,1%, e Malta (país onde o peso referido é menor) com 7,6%.

Por cá, os gastos deste tipo ficam, na verdade, abaixo da média comunitária, fixando-se em 21,1% do rendimento mensal, o que representa um recuo face aos 22,6% registados em 2016.

Esta evolução contraria a tendência de crescimento que tem sido registada ao nível dos valores da renda. Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas, as rendas têm vindo a aumentar, nos últimos anos, e deverão voltar a subir 1,15% no próximo.

Para explicar a evolução destacada pelo Eurostat contribui, por outro lado, a evolução dos rendimentos das famílias nacionais, que têm vindo a subir de forma gradual. No segundo trimestre deste ano, um português ganhava em média 887 euros, todos os meses, o valor mais alto deste o quarto trimestre de 2011.

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