Tribunal da Relação da Lisboa decide a favor da Oi e reconhece recuperação judicial

  • Lusa
  • 26 Outubro 2018

O tribunal decidiu a favor da operadora brasileira Oi, que contestou uma decisão anterior da justiça portuguesa que indeferia o pedido de reconhecimento do Plano de Recuperação Judicial.

O Tribunal da Relação da Lisboa decidiu a favor da operadora brasileira Oi, que contestou uma decisão anterior da justiça portuguesa que indeferia o pedido de reconhecimento do Plano de Recuperação Judicial, homologando o documento.

Na decisão do Tribunal da Relação da Lisboa, datada de quinta-feira e à qual a agência Lusa teve acesso esta sexta-feira, os juízes “acordam em julgar procedente a apelação [da Oi] e revogar a sentença recorrida”. “Reconhece, para produzir efeitos em Portugal, a decisão proferida em 8 janeiro de 2018 pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro […], que homologou o Plano de Recuperação Judicial” da operadora brasileira e das suas subsidiárias, indica o acórdão.

Em agosto passado, foi conhecida uma decisão do Tribunal da Comarca de Lisboa de indeferimento do pedido de reconhecimento do plano de recuperação judicial da Oi, por estar em curso a contestação ao documento apresentada pela portuguesa Pharol, acionista daquela companhia. “Indefiro o reconhecimento de sentença de homologação de plano de revitalização proferida em processo estrangeiro por estar pendente de recurso”, indicava o Tribunal da Comarca de Lisboa na decisão dada a conhecer na altura ao mercado no Brasil e em Portugal.

Reagindo ao documento numa nota ao mercado, a Oi afirmava discordar “respeitosamente” da decisão, afirmando que pretendia “interpor o recurso cabível perante o Tribunal da Relação de Lisboa contra a sentença por entender que esta não é consistente com as duas decisões” anteriormente proferidas, que deram aval ao documento. Foi isso que a operadora fez e viu a sua posição reconhecida.

No acórdão do Tribunal da Relação da Lisboa, a que a Lusa teve acesso esta quinta-feira, os juízes encarregues do caso defendem que o reconhecimento do plano não tem “qualquer afronta aos referidos princípios fundamentais de ordem jurídica, antes pelo contrário”. “Verifica-se um paralelismo entre o processo de recuperação judicial, no âmbito do qual foi aprovado o plano […], e o processo especial de revitalização” interposto pela Pharol, justificam os juízes.

Na decisão do Tribunal da Comarca de Lisboa, o juiz responsável pelo processo assinalava que a portuguesa Pharol “pugnou pela improcedência do pedido” da homologação do plano. O responsável ressalvava também que “o reconhecimento de uma decisão estrangeira sob recurso, com a inerente possibilidade de execução, lançaria por terra os direitos exercidos por interessados e visados no reconhecimento que, por terem interesse e legitimidade, dela recorreram”.

A Oi está num processo de recuperação judicial desde 2016 com o objetivo de reduzir o passivo, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 13,4 mil milhões de euros). A Pharol tem vindo a mostrar-se contra este Plano de Recuperação Judicial. A empresa portuguesa era, inclusive, a principal acionista da operadora, detendo 27,18% através da sua subsidiária Bratel, mas, com o Plano de Recuperação Judicial da Oi, passou a ter menos de 8% por ter optado não por participar na recapitalização da operadora mediante conversão de dívida.

O Plano de Recuperação Judicial propõe-se, assim, a reduzir o passivo da companhia brasileira, através da conversão de 72,12% da dívida suportada pelos credores, aos quais serão concedidos direitos sobre a empresa. A Pharol tem, ainda, criticado o documento alegando que os acionistas da companhia não têm os seus direitos salvaguardados, nomeadamente pelas alterações feitas ao estatuto social.

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Empresa da Visabeira compra telecom britânica MJ Quinn por 35 milhões de euros

A Constructel comprou a empresa britânica MJ Quinn, por 35 milhões de euros. A empresa do grupo Visabeira quer crescer no mercado das infraestruturas de redes no Reino Unido.

O grupo Visabeira comprou a empresa inglesa de telecomunicações MJ Quinn. A compra foi feita através da subsidiária Constructel e vai ajudar o grupo a crescer no mercado da implementação e construção de infraestruturas de redes no Reino Unido, numa altura em que a atividade da Constructel está concentrada em França, Alemanha, Bélgica, Dinamarca e Itália. O negócio está avaliado em 35 milhões de euros, apurou o ECO junto de fonte da empresa.

“Com a aquisição da MJ Quinn, empresa com sede em Liverpool, a Constructel estabelece uma plataforma de crescimento no mercado de telecomunicações do Reino Unido, seguindo a mesma estratégia utilizada nos mercados belga e italiano, que contemplou a aquisição de empresas locais com base para o desenvolvimento de negócios. Com esta aquisição, a Constructel tem projetos em carteira a executar nos próximos quatro anos no valor de 400 milhões de euros”, indica o grupo Visabeira em comunicado.

De acordo com a Visabeira, a MJ Quinn está há 30 anos no mercado, também tem escritórios em Londres e emprega mais de 2.000 profissionais. “A MJ Quinn é uma sociedade de referência nas telecomunicações no Reino Unido”, garante a empresa presidida por Nuno Miguel Marques. Mike Quinn continuará a ser o presidente executivo da MJ Quinn.

“Estamos muito entusiasmados com a aquisição da MJ Quinn, uma vez que foi estratégica para o processo de consolidação da Constructel na Europa e, em particular, no mercado do Reino Unido. A cultura corporativa e a visão de negócios de MJ Quinn estão muito alinhados com a da Constructel e procuraremos o crescimento sustentável da empresa”, refere Nuno Miguel Marques, citado na mesma nota. Por sua vez, Mike Quinn refere que a operação vai permitir à MJ Quinn alcançar os “objetivos de estabilidade e crescimento estratégico para o futuro”.

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Uma pessoa detida nos EUA no âmbito da investigação aos pacotes suspeitos

  • ECO e Lusa
  • 26 Outubro 2018

A polícia federal norte-americana está a investigar o envio de pacotes com engenhos explosivos a várias personalidades. O suspeito detido será Cesar Sayoc Jr, um homem de 56 anos, da Flórida.

Uma pessoa foi esta sexta-feira detida no âmbito da investigação aos pacotes suspeitos endereçados esta semana a várias personalidades democratas e críticas da administração Trump, afirmou o Departamento de Justiça norte-americano.

A informação foi avançada por uma porta-voz do Departamento de Justiça norte-americano (equivalente ao Ministério da Justiça) numa mensagem publicada na rede social Twitter e citada pelas agências internacionais. É a primeira detenção realizada pela polícia federal norte-americana (FBI) desde o início da investigação, numa altura em que o número de encomendas suspeitas identificadas desde segunda-feira subiu hoje para 12.

Fontes policiais citadas pela agência norte-americana Associated Press (AP) e que falaram sob anonimato, uma vez que não tinham autorização para falar da investigação em curso, referiram que a detenção foi realizada na Florida. A pessoa sob custódia policial será Cesar Sayoc Jr, de 56 anos, avança a CBS (acesso livre/conteúdo em inglês).

O suspeito é de Fort Lauderdale, na Flórida, e já tem antecedentes criminais. As autoridades terão chegado a ele através da análise de ADN nos pacotes suspeitos. As acusações que pode enfrentar não são, até ao momento, conhecidas.

Nos últimos dias, vários pacotes suspeitos, todos potencialmente armadilhados, foram endereçados a políticos democratas e a várias personalidades críticas do Presidente norte-americano, Donald Trump, como foi o caso da ex-secretária de Estado e ex-candidata presidencial Hillary Clinton, do ex-Presidente Barack Obama ou do milionário e filantropo George Soros.

O FBI está também a investigar o envio de pacotes suspeitos ao antigo vice-Presidente Joe Biden, ao ator norte-americano Robert de Niro e ao ex-Procurador-geral Eric Holder. A estação norte-americana de informação CNN também foi visada nesta vaga de encomendas suspeitas.

O pacote da CNN, enviado para as instalações do canal em Nova Iorque, continha um engenho explosivo e estava endereçado ao ex-diretor da CIA (serviços secretos) John Brennan, um reconhecido crítico da administração Trump e um colaborador frequente da estação.

Os dois últimos pacotes identificados visavam o senador democrata do Estado de New Jersey Cory Booker e o antigo diretor dos serviços de informações dos Estados Unidos, James Clapper.

O FBI está a realizar buscas a nível nacional, de costa a costa dos Estados Unidos, para tentar descobrir quem está a enviar estes pacotes. Até ao momento, ninguém reivindicou estes atos. As autoridades estão a tentar determinar se a pessoa ou pessoas que enviaram os pacotes estavam a tentar semear um clima de medo ou queriam mesmo provocar danos pessoais. Nenhum dos dispositivos localizados pelas autoridades explodiu.

Elementos das forças de segurança disseram à agência norte-americana AP que os dispositivos encontrados dentro dos pacotes, que estavam equipados com uma espécie de cronómetro e baterias, não tinham sido preparados para explodir quando as encomendas fossem abertas. Nas últimas horas, as autoridades norte-americanas avançaram com a possibilidade de alguns dos pacotes identificados estarem a ser enviados a partir do Estado da Florida.

Estes incidentes estão a acontecer a cerca de duas semanas da realização das eleições intercalares norte-americanas, agendadas para 6 de novembro e que vão determinar a futura composição do Congresso.

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Nova injeção de capital na CP. Já recebeu mais de 90 milhões este ano

O Governo voltou a injetar capital na CP, elevando para 91,9 milhões de euros o total de capital dado à empresa desde janeiro. Desta vez, foram 23 milhões de euros, que chegarão em duas fases.

O Governo voltou a injetar dinheiro na CP. Desta vez, o capital da empresa foi aumentado em 23 milhões de euros, mas o montante não vai chegar todo de uma vez. A CP vai receber 13 milhões de euros ainda este mês, e os restantes dez milhões em novembro. Desde o início do ano, o Estado já meteu 91,9 milhões de euros na empresa pública de comboios.

“A CP – Comboios de Portugal informa que o Estado Português aumentou o capital estatuário da empresa, em numerário, em 23 milhões de euros, dos quais 13 milhões de euros serão realizados em outubro e dez milhões de euros em novembro”, informa a empresa numa nota remetida à CMVM. Com esta operação, o capital da empresa passa a ser de 3,98 mil milhões de euros, informa o mesmo comunicado.

O último aumento de capital da CP foi anunciado no início de setembro, altura em que o Governo injetou 32 milhões de euros na CP. A empresa tem enfrentado dificuldades na prestação do serviço, estando presa a uma dívida elevada e contando com vários comboios parados devido a avarias e problemas. Recentemente, o presidente executivo da companhia, Carlos Gomes Nogueira, admitiu que a empresa vai continuar a ter falta de comboios até ao final do ano.

A CP está a trabalhar para se preparar para a liberalização do mercado do transporte ferroviário de passageiros, uma medida imposta por Bruxelas e que vai entrar em vigor no início do próximo ano. Isso vai permitir a entrada de operadores privados neste setor.

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Bolsa de Lisboa perde mais de 1%. Cai para mínimos de ano e meio

Dia vermelho para as principais bolsas mundiais. Lisboa não escapou à pressão vendedora, com a bolsa a cair mais de 1% para o valor mais baixo desde abril do ano passado.

Já lhe chamam “Red October” (em português, o nome do filme é Caça ao Outubro Vermelho) para refletir o mau momento das bolsas mundiais neste mês. Há nervosismo no mercado por causa da crise orçamental em Itália e dos receios renovados em torno do comércio mundial. Esta sexta-feira, a bolsa de Lisboa tombou mais de 1% e já negoceia no valor mais baixo desde abril do ano passado, há ano e meio.

O PSI-20, o principal índice português, caiu 1,27% para 4.924,95 pontos. Nenhuma cotada nacional sobreviveu à maré vermelha que inundou os mercados lá fora. Destaques em Lisboa: o BCP cedeu 2,82% para 0,2171 euros, a Jerónimo Martins recuou 2,39% para 11,455 euros e a Galp, que chegou a derrapar 4% durante a sessão, terminou o dia em baixa de 1,28% para 15,00 euros.

Na família EDP, a EDP cedeu 0,68% para 3,05 euros, afastando-se cada vez mais do valor da oferta pública de aquisição da China Three Gorges (3,26 euros) e a EDP Renováveis perdeu 0,25% para 7,98 euros.

Na Europa, o índice de referência Stoxx 600 caiu 1,54% e também o francês CAC-40 perdeu mais de 1%. Em Itália, com os investidores à espera da avaliação da agência Standard & Poor’s, que mais logo anuncia a sua ação de rating, o milanês FTSE-MIB caiu 0,70%.

“Os resultados divulgados pelas norte-americanas Amazon e pela Alphabet penalizaram o sentimento dos investidores e, consequentemente, os índices europeus que terminaram esta última sessão da semana com fortes perdas”, explicaram os especialistas do BPI.

“Foram vários os setores a registarem perdas superiores a 2%. De facto, o dia ficou marcado pela reação dos investidores a vários resultados empresariais conhecidos nos dois lados do Atlântico”, disseram ainda.

Do outro lado do Atlântico, Wall Street cede 2%, com o índice tecnológico Nasdaq a ser o mais penalizado (-2,33%). No Brasil, o principal índice soma 0,6% antes de o país ir às urnas para a segunda volta nas eleições presidenciais brasileiras

(Notícia atualizada às 17h04)

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Altice Portugal continua a contar com Cristiano Ronaldo como embaixador da empresa

  • Lusa
  • 26 Outubro 2018

As acusações de violação de que Cristiano Ronaldo está a ser alvo não assustam a Altice. Alexandre Fonseca enalteceu o trabalho do jogador e disse que Ronaldo continuará a ser embaixador da empresa.

O presidente executivo da Altice Portugal disse esta sexta-feira à Lusa que a operadora “continua a contar” com Cristiano Ronaldo como seu “embaixador para reforçar a ligação dos portugueses à Meo/Altice”, salientando que o jogador simboliza “atitude” e “caráter”.

Questionado pela Lusa se a Altice Portugal vai manter Cristiano Ronaldo como rosto da Altice nas campanhas publicitárias e o apoio ao jogador, Alexandre Fonseca afirmou: “A Meo é uma marca portuguesa e é a marca líder no seu segmento e continua a contar com o Cristiano como seu embaixador para reforçar a ligação dos portugueses à Meo/Altice”. “Na Altice sabemos que o Cristiano é um grande profissional, uma marca de qualidade e de excelência”, acrescentou ainda o presidente da empresa dona da Meo.

O presidente da Altice Portugal sublinhou que, “em comum com Cristiano Ronaldo, a Altice Portugal tem o orgulho em Portugal e nos portugueses, apostando no país como um todo”. “Temos memória e não esquecemos que Cristiano Ronaldo é um símbolo para lá do futebol, transversal nas diferentes gerações. Cristiano Ronaldo é um símbolo nacional com reconhecimento Mundial” e é “uma figura indiscutível e incontornável do desporto mundial”.

Para Alexandre Fonseca, o futebolista da Juventus “não simboliza apenas golos, antes simboliza atitude, caráter, discernimento e muita solidariedade e humanismo”. É um jogador “disciplinado e foi demonstrando ao longo da sua carreira um fair play e uma postura em campo exemplares que muito o dignificou, mas não só a ele, também as equipas que representou, aos treinadores, à massa associativa e à própria modalidade desportiva”, concluiu o gestor.

Kathryn Mayorga, agora professora, com 34 anos, apresentou queixa contra o avançado internacional português num tribunal do condado de Clarck, Las Vegas, no estado norte-americano do Nevada, alegando que, em 2009, foi violada pelo agora jogador da Juventus num quarto de hotel em Las Vegas, ao qual terá subido, junto com outras pessoas, para apreciar a vista e a banheira de hidromassagem.

A alegada vítima relatou que Cristiano Ronaldo a terá interpelado enquanto trocava de roupa e a terá forçado a sexo anal — no fim, conta, o português ter-se-á desculpado e dito que costuma ser um cavalheiro. O caso foi divulgado pela revista alemã Der Spiegel, em 28 de setembro, na primeira vez que Kathryn Mayorga falou sobre o caso – a história já tinha sido revelada em 2017, em documentos difundidos pela plataforma digital Football Leaks. Kathryn Mayorga conta ainda que na altura terá sido coagida a assinar um acordo de confidencialidade a troco de cerca de 325.000 euros (375.000 dólares), assentimento que os seus advogados consideram não ter valor legal.

No início da semana, Cristiano Ronaldo disse estar “feliz”, mas não respondeu a questões sobre o caso da alegada violação, afirmando que os advogados “estão confiantes”. “Estou feliz. Fizemos um comunicado há duas semanas. Estou feliz, mas não vou mentir sobre a situação. Os meus advogados estão confiantes e eu também. O mais importante é eu desfrutar do futebol”, afirmou o jogador português, em conferência de imprensa de antevisão da visita ao Manchester United, seu antigo clube, em jogo da Liga dos Campeões.

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Três meses depois da estreia em bolsa, Raize baixa do preço do IPO

Ações da plataforma de financiamento a PME chegou ao mercado a valer dois euros por ação, mas cada título está agora a negociar abaixo desse valor: 1,95 euros.

As ações da Raize, uma plataforma portuguesa de financiamento a pequenas e médias empresas, baixaram pela primeira vez dos 2,00 euros com que se estrearam na bolsa nacional há pouco mais de três meses. Estão a deslizar 3,5% para 1,95 euros.

Foi a 18 de julho que a Raize, liderada por José Maria Rego, chegou ao mercado alternativo da Euronext, a Euronext Access, depois de uma operação de dispersão de capital inicial que contou com forte participação. A startup tinha acabado de vender 750 mil títulos a cerca de 1.400 investidores, com a procura a superar em quase quatro vezes a oferta.

Nas primeiras sessões em bolsa foi notório o entusiasmo em torno da cotada recém-chegada. Prova disso foram as valorizações que se seguiram à estreia no mercado: valorizou 10% na primeira sessão e na segunda tocou um máximo de sempre nos 2,40 euros.

Feitas as contas, com o desempenho desta sexta-feira, a Raize apresenta-se atualmente com uma avaliação de mercado de 9,5 milhões de euros — abaixo dos 10 milhões com que chegou ao mercado. E isto num dia em que os mercados acionistas evidenciam forte aversão ao risco dos investidores, que castigam sobretudo o setor tecnológico. O PSI-20, o principal índice português, cede 1,58% para 4.909,97 pontos. O Stoxx 600, a referência europeia, perde quase 2%.

A Raize é uma bolsa de empréstimos para pequenas e médias empresas (PME), que conta já com mais 34 mil investidores na plataforma. Já financiou empresas num montante total superior a 16,5 milhões de euros, em mais de 750 operações.

Nos resultados do primeiro semestre, a empresa apresentou lucros de 21 mil euros.

(Notícia atualizada às 16h21)

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Nuada vence pitch da Startup Jerusalém e segue para final em Israel

Startup portuguesa vai representar o país no programa de aceleração da Startup Jerusalém, que decorre na segunda semana de novembro na cidade israelita.

Da mala de metal prateado, Filipe Quinaz retira a luva mágica. Chama-se Nuada que, dizem as lendas, era o nome de um rei celta que, durante uma batalha, terá perdido o braço ou a mão e, consequentemente, também o seu reino. A história do rei inspirou a startup, fundada em 2014, a criar esta espécie de luva mágica, pensada para ajudar pessoas que tenham perdido a força nas mãos ou que tenham dores a contrariar essas dificuldades.

A explicação surge logo depois de Filipe colocar a peça na mão direita, dirigir-se para a frente da audiência e começar a falar. “As nossas mãos são chave para o que fazemos. Mas há pessoas que têm dores ou falta de força nas mãos”, explica o cofundador da Nuada. A empresa saiu, esta quinta-feira, vencedora do concurso de pitch da Startup Jerusalém, e vai representar Portugal no programa de aceleração e na final da competição, na cidade israelita, em meados de novembro.

A luva, desenvolvida pela startup incubada na UPTEC, é feita de têxteis finos, respiráveis, flexíveis e inteligentes que permitem devolver a pessoas sem força ou com dores a função inicial da mão.

“Estamos a tentar levantar capital num valor que já não é compatível com os tickets feitos em Portugal. Este concurso foi uma boa oportunidade para irmos enquadrados numa comitiva para um país que investe no nosso tipo de tecnologia e ir, de uma forma que possamos convencer VC [venture capital] com uma warmintro”, esclarece o cofundador, em entrevista ao ECO.

Entre os finalistas, além da Nuada estavam outros dois projetos relacionados com a área de MedTech: a Criam Tech e a BestHealth 4 U.

Filipe diz que vencer o concurso a nível nacional dá à Nuada a oportunidade de acelerar o processo em que a empresa se encontra atualmente. “Já estamos na fase de preparação para industrialização, ou seja, o produto foi testado, funciona, e estamos agora a testar peças industrializáveis”.

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Aprovados projetos de lei para pagamento de juros pelo Estado em cobranças indevidas

  • Lusa
  • 26 Outubro 2018

Em causa estão dois projetos do PSD e do CDS-PP que determinam o pagamento pelas entidades públicas de juros indemnizatórios aos contribuintes em caso de pagamento indevido de prestações tributárias.

O parlamento aprovou esta sexta-feira por unanimidade dois projetos de lei do PSD e do CDS-PP determinando o pagamento pelas entidades públicas de juros indemnizatórios aos contribuintes em caso de pagamento indevido de prestações tributárias.

Em causa estão situações em que tenha ocorrido a cobrança de prestações tributárias com base em “normas inconstitucionais ou ilegais”, com o PSD e o CDS-PP a avançarem como exemplo as normas relativas à Taxa Municipal de Proteção Civil (TMPC) cobrada pelos municípios de Lisboa, Vila Nova de Gaia e Setúbal, consideradas inconstitucionais pelo Tribunal Constitucional.

Não é aceitável que, se por um lado, qualquer contribuinte que incumpra as suas obrigações tributárias dentro dos prazos estipulados tem que pagar juros, por outro lado, as entidades públicas que cobrem inconstitucional ou ilegalmente prestações tributárias aos contribuintes não tenham também que lhes pagar juros pelo tempo em que se apropriaram indevidamente de dinheiro deles”, sustenta o PSD.

Para os sociais-democratas, “exigir o pagamento aos contribuintes de juros indemnizatórios é justo e repõe maior equilíbrio entre contribuintes e administrações públicas, procurando reduzir a desproteção dos primeiros face a comportamentos tributários ilegais ou inconstitucionais das segundas”.

Já o CDS-PP sustenta que “não proceder ao pagamento de juros compensatórios, ainda que sustentada em argumentos de legalidade, constitui uma situação de desigualdade nas relações entre contribuintes – apenas serão indemnizados os grandes contribuintes que tinham ao seu dispor meios de impugnação graciosa e/ou contenciosa, ficando de fora todos os pequenos contribuintes que não tiveram essa possibilidade –, constituindo igualmente uma situação de injustiça nas relações entre contribuintes e Administração Tributária”.

“Se um contribuinte é obrigado a pagar juros caso incumpra com as suas obrigações fiscais, não deverá o mesmo princípio ser aplicado quando são as entidades públicas que cobram taxas ilegais aos contribuintes”, questionam os centristas.

Com base nestes argumentos, o PSD e o CDS-PP propõem alterar o artigo 43.º da Lei Geral Tributária (LGT), introduzindo uma nova norma “que clarifique que são devidos juros indemnizatórios em caso de decisão judicial transitada em julgado que declare a inconstitucionalidade ou ilegalidade da norma legislativa ou regulamentar em que se fundou a liquidação da prestação tributária, quando resulte dessa decisão judicial o dever de tal prestação tributária ser devolvida ao contribuinte”.

Segundo clarifica o PSD, a nova norma deve aplicar-se “a todas as entidades públicas nacionais, regionais ou locais que criem prestações tributárias que sejam declaradas ou julgadas inconstitucionais ou ilegais por decisão judicial transitada em julgada”.

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Tecnológicas e desaceleração do PIB penalizam Wall Street

Amazon e Alphabet estão a afundar em bolsa depois de apresentarem resultados que desiludiram os investidores. Mercados receiam também um abrandamento da economia.

As bolsas norte-americanas regressaram às quedas na última sessão da semana, depois de uma breve recuperação na quinta-feira, numa altura em que os investidores se mostram desiludidos com os resultados das maiores empresas do setor tecnológico e temem um abrandamento do crescimento económico. Esta sexta-feira, as autoridades norte-americanas revelaram que a economia do país até cresceu no terceiro trimestre, mas está a desacelerar.

O índice de referência S&P 500 está a perder 1,46%, para os 2.666,12 pontos, e já acumula uma quebra superior a 7% no conjunto do mês de outubro. Já o industrial Dow Jones recua 0,93%, para os 24.751,52 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq é o mais penalizado, ao cair 2,32%, para os 7.148,36 pontos.

A penalizar as bolsas estão, sobretudo, as gigantes do setor tecnológico. A Amazon está a afundar mais de 7%. Apesar de ter reportado lucros históricos no terceiro trimestre, a retalhista online ficou aquém do esperado nas vendas. Também a Alphabet, casa mãe da Google, está a cair perto de 3%, depois de ter divulgado valores de receita abaixo do esperado.

A condicionar o desempenho dos mercados estão também os receios dos investidores em torno do impacto que a guerra comercial poderá ter sobre a evolução da economia. Esta sexta-feira, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos anunciou que o produto interno bruto (PIB) cresceu 3,5% no terceiro trimestre, um valor acima do que era antecipado pelos analistas mas que representa um abrandamento face ao crescimento de 4,2% registado no trimestre anterior.

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Greve da Função Pública “é a maior dos últimos anos”. Adesão está em 85%, garante Frente Comum

  • Lusa
  • 26 Outubro 2018

A coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, avançou que a paralisação da Função Pública teve uma adesão de 85% até ao final da manhã desta sexta-feira. "É a maior dos últimos anos", garantiu.

A paralisação da Função Pública registou “fortíssimos níveis de adesão” até ao final da manhã desta sexta-feira, na ordem dos 85%, sendo “uma das maiores greves dos últimos anos”, disse a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila.

Em conferência de imprensa, para fazer um balanço sobre a greve nacional da Função Pública, Ana Avoila afirmou que os dados preliminares indicam que “em termos globais, a adesão à paralisação ande na ordem dos 85%”. A dirigente sindical sublinhou os “fortíssimos níveis de adesão à greve”, sobretudo nos setores da educação, saúde, administração central e autarquias, acrescentando que é “seguramente uma das maiores greves dos últimos anos na Administração Pública”. Segundo Ana Avoila, os dados da greve mostram que “há uma perceção muito maior dos trabalhadores” sobre “a degradação continuada dos salários”, uma vez que os funcionários públicos não têm aumentos há dez anos, com uma perda de poder de compra acima de 20%.

Depois da greve, os trabalhadores irão novamente demonstrar o seu descontentamento na manifestação marcada para 15 de novembro, acrescentou a sindicalista, avisando que “a luta vai continuar” até que o Governo responda às reivindicações da Frente Comum.

Há uma perceção muito maior dos trabalhadores [sobre] a degradação continuada dos salários.

Ana Avoila

Coordenadora da Frente Comum

Segundo os dados da greve, “a esmagadora maioria das grandes unidades hospitalares do país estão a funcionar só com os serviços mínimos exigidos por lei e, onde os mesmos não são impostos, os serviços estão encerrados, como é o caso das consultas externas”. As unidades locais de saúde registaram também “elevadas adesões” à paralisação. Além disso, “centenas e centenas de escolas e jardins-de-infância da rede pública encontram-se encerrados ou sem atividade letiva” e na administração central, nomeadamente nos serviços de atendimento ao público, registaram-se adesões da ordem dos 100%.

Segundo a Frente Comum, a greve está a afetar os serviços da Segurança Social e Justiça, estando encerrados vários serviços de atendimento ao público no Instituto de Registos e Notariado, no Campus de Justiça ou na Loja do Cidadão das Laranjeiras. Na Cultura, o Mosteiro dos Jerónimos e o Museu de Arqueologia estão encerrados.

A greve também está a afetar a administração local, sobretudo o serviço de recolha do lixo nos concelhos de Évora, Loures, Odivelas, Setúbal, Moita, Palmela, Seixal, Almada e Amadora, entre outros. No município de Lisboa, 83% dos trabalhadores da recolha do lixo aderiram, enquanto em Sintra e no Funchal a adesão foi de 75%.

Os dados indicam ainda o encerramento de câmaras, serviços municipalizados, associações de bombeiros, empresas municipais e intermunicipais.

Um dos principais motivos da greve é a falta de resposta do Governo para os aumentos salariais na Administração Pública no próximo ano. Para Ana Avoila, as reuniões com o Ministério das Finanças sobre o Orçamento do Estado para 2019 não passaram até agora de “simulacros de negociação”, uma vez que o Governo continua sem apresentar uma proposta de atualização salarial.

Os 50 milhões de euros que o Governo já disse ter disponíveis para aumentar a Função Pública no próximo ano são para a Frente Comum “uma proposta inaceitável e provocadora”, longe dos 4% exigidos pela estrutura sindical. A greve foi convocada pela Frente Comum, da CGTP, à qual se juntaram as estruturas da UGT, a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do EStado (STE).

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PIB nos EUA cresce 3,5% no trimestre, acima das estimativas

  • ECO
  • 26 Outubro 2018

A maior economia do mundo ainda dá sinais de força. O Departamento de Comércio anunciou que o PIB cresceu acima das previsões dos analistas.

De acordo com os dados do Departamento do Comércio dos EUA, o produto interno bruto (PIB) cresceu a um ritmo de 3,5% no terceiro trimestre, um valor acima dos 3,3% previstos pelos analistas consultados pelas agências Reuters e Bloomberg.

Apesar de ter superado as estimativas dos analistas, os 3,5% ficam aquém dos 4,2% de crescimento no trimestre anterior, com a guerra comercial com a China a colocar algumas nuvens no horizonte da economia.

No mercado de trabalho, o desemprego regista a taxa mais baixa dos últimos 49 anos o que, associado à maior confiança dos consumidores, tem ajudado a impulsionar o consumo da maior economia do mundo.

O consumo, o motor da economia norte-americana e responsável por 70% do PIB, acelerou 4% neste período, o melhor registo desde 2014.

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