Aprovada comissão de inquérito ao furto de Tancos. PCP e PEV abstiveram-se

  • Lusa
  • 26 Outubro 2018

Na votação para aprovar a comissão de inquérito ao furto de armas nos paióis de Tancos, apenas as bancadas do PCP e do PEV se abstiveram. O deputado socialista Filipe Neto Brandão vai presidir.

A comissão de inquérito ao furto de armas nos paióis de Tancos, em 2017, foi esta sexta-feira aprovada por larga maioria no parlamento. Na votação, apenas as bancadas do PCP e do PEV se abstiveram. O Bloco de Esquerda, que anunciara não se opor à comissão parlamentar de inquérito, optou por votar a favor.

O deputado socialista Filipe Neto Brandão vai presidir à comissão de inquérito. Apesar de ter sido aprovada, o âmbito das investigações a realizar pelos deputados dividiu na quarta-feira as bancadas entre direita e esquerda, com PS, PCP e Verdes a defenderem que também se deve averiguar o que se passou no passado, antes do roubo de material militar a base de Tancos.

A proposta de criação de uma comissão parlamentar de inquérito foi anunciada em setembro, após terem sido noticiadas as detenções de militares da Polícia Judiciária Militar e da GNR, na sequência da investigação à recuperação de armamento.

O furto do armamento dos paióis de Tancos foi noticiado em 29 de junho de 2017, e, quatro meses depois, foi recuperada parte das armas. Em setembro, a investigação do Ministério Público à recuperação do material furtado, designada Operação Húbris, levou à detenção para interrogatório de militares da Polícia Judiciária Militar e da GNR.

Na mesma altura, foi noticiada uma operação de encenação e encobrimento na operação, alegadamente organizada por elementos da Polícia Judiciária Militar, que dela terão dado conhecimento ao chefe de gabinete do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, que se demitiu e foi substituído por João Gomes Cravinho.

Na semana passada, o então Chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, demitiu-se, tendo sido já substituído pelo general José Nunes da Fonseca.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Na primeira entrevista desde que tomou posse como ministro da Economia, Pedro Siza Vieira defende que o Orçamento é amigo das empresas e sublinha a estabilidade fiscal. Banca ainda tem dificuldades.

O Sporting tem um mês para pagar 30 milhões aos investidores. Ainda sem soluções fechadas, uma alternativa é um novo pedido de adiamento do reembolso se não houver mais um empréstimo da banca.

A Galp Energia está perto de apresentar contas, sendo que tudo aponta para que revele um aumento dos lucros. Mas no que respeita ao percurso bolsista, o balanço do ano já é de “prejuízos” para a petrolífera. A guerra comercial, instabilidade geopolítica e o petróleo roubaram quase dois mil milhões de euros ao valor de mercado em outubro.

Os preços dos combustíveis vão apresentar comportamentos diferentes na próxima semana. Boas notícias para quem tem carro a gasolina, com o preço a descer um cêntimo. Já o gasóleo não mexe.

Arménio Carlos diz que trabalhadores do setor privado e da administração pública “estarão presentes para influenciar o Orçamento do Estado e rejeitar a proposta laboral que o Governo apresentou”.

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Preparado para a hora de inverno? Relógios atrasam 60 minutos na madrugada de domingo

  • Lusa
  • 26 Outubro 2018

Na madrugada do próximo domingo, a hora legal muda do regime de verão para o regime de inverno. Às 02h00 os relógios atrasam 60 minutos, passando para a 1h00.

Portugal, à semelhança de toda a União Europeia, atrasa os relógios na madrugada de domingo, uma mudança que a Comissão Europeia quer eliminar no próximo ano, mas que o Governo português disse já pretender manter.

Na madrugada de 28 de outubro (domingo), a hora legal muda do regime de verão para o regime de inverno, de acordo com a indicação do Observatório Astronómico de Lisboa.

“Em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, às 02h00 atrasamos o relógio 60 minutos, passando para a 01h00”, informa o Observatório.

Na Região Autónoma dos Açores, a mudança será feita à 01h00 de domingo, dia 28 de outubro, passando para a meia-noite (00h00), do mesmo dia.

No final de agosto, o presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, anunciou que a instituição vai propor formalmente o fim da mudança de hora na União Europeia, depois de um inquérito não vinculativo feito a nível comunitário, segundo o qual mais de 80% dos inquiridos disseram preferir manter sempre o mesmo horário.

Já este mês, o primeiro-ministro português, António Costa, defendeu que Portugal deve manter o atual regime bi-horário e ter uma hora de verão e uma hora de inverno, considerando que “o bom critério e único é o critério da ciência”. De acordo com o jornal Público de quinta-feira, o Governo português já anunciou à União Europeia (UE) que pretende manter a mudança da hora e “manifestou discordância” com a proposta da Comissão Europeia.

A ser formalizada, a proposta da comissão terá de ser aprovada pelo Parlamento Europeu e depois pelo Conselho Europeu.

A consulta pública online sobre a mudança de hora, lançada pela Comissão Europeia em julho e concluída em 16 de agosto, teve uma participação recorde na União Europeia, com mais de 4,6 milhões de contributos.

As disposições atuais relativas à hora de verão na UE exigem que os relógios sejam alterados duas vezes por ano, para ter em conta a evolução dos padrões de luz do dia e tirar partido da luz do dia disponível num dado período. Em 31 de agosto, a Comissão Europeia revelou que uma maioria “muito clara” de 84% dos cidadãos europeus pronunciaram-se a favor do fim da mudança de hora na consulta pública realizada este verão.

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Coimas aplicadas pelo Banco de Portugal aumentam. Foram 2,5 milhões de euros

  • Lusa
  • 26 Outubro 2018

No terceiro trimestre do ano, o regulador da banca instaurou 22 processos de contraordenação e decidiu sobre 85. Do total de processos decididos, 63 respeitaram a infrações de natureza comportamental.

O Banco de Portugal (BdP) instaurou 22 processos de contraordenação e decidiu 85 durante o terceiro trimestre de 2018, aplicando coimas que totalizaram mais 2,5 milhões de euros, anunciou esta sexta-feira.

“Dos 85 processos decididos, 63 respeitam a infrações de natureza comportamental, 10 respeitam a infrações de natureza prudencial, 10 respeitam a infrações a deveres relativos à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo e 2 respeitam a infrações às regras em matéria de recirculação de numerário”, refere o BdP em comunicado.

No contexto das decisões proferidas, acrescenta, foram aplicadas 12 admoestações e aplicadas coimas que totalizaram os 2,585 milhões de euros, dos quais 1,594 milhões foram suspensos na sua execução.

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Facebook prepara nova aplicação de criação e partilha de vídeos de música

A nova aplicação vai incentivar a criação e partilha de vídeos onde o utilizador acompanha músicas populares, a dançar ou cantar. O Facebook quer assim atrair os mais jovens, que preferem outras apps.

O Facebook quer voltar a chamar os jovens, que estão cada vez mais a afastar-se da rede social, e por isso está a trabalhar numa nova aplicação. Focada na criação e partilha de vídeos, onde se canta ou dança ao ritmo de canções populares, toma partido dos acordos celebrados com várias editoras discográficas no início do ano para usar música licenciada.

Apelidada de Lasso, a nova aplicação apresenta-se como concorrência ao Tiktok, novo nome dado à Musical.ly depois de ter sido comprada pela ByteDance por cerca de mil milhões de dólares, avança o Tech Crunch (acesso livre/conteúdo em inglês). A Lasso está a ser desenvolvida por membros da equipa de vídeo do Facebook, e do Watch, a funcionalidade que ambicionava competir com o Youtube. Brady Voss, um dos principais executivos do design de produto da rede social, estará a liderar a equipa.

As parcerias com editoras como a Warner, a Universal e a Sony inicialmente serviam para impedir que os vídeos dos utilizadores fossem bloqueados por infração de direitos de autor. Entretanto evoluíram para ferramentas nos vídeos das ‘histórias’ e outras áreas da rede social, e servirá agora para permitir os utilizadores acompanhar músicas na Lasso.

Esta não é a primeira tentativa do Facebook de lançar aplicações à parte para chamar mais utilizadores, mas as anteriores nunca funcionaram muito bem. Apenas o Messenger, serviço de mensagens instantâneas, conseguiu singrar. As aplicações como a TikTok têm vindo a ganhar bastante popularidade, e esta já tem cerca de 60 milhões de utilizadores ativos por dia, por isso parece servir bem como fonte de inspiração para a empresa liderada por Mark Zuckerberg.

Só 51% dos adolescentes dos 13 aos 17 anos nos EUA utiliza o Facebook, revela um estudo do Pew Research Center. Também a percentagem daqueles que verificam a rede todos os meses diminuiu de 60% para 36% desde a primavera de 2016. O Youtube, o Instagram e o Snapchat já destronaram a rede social como as plataformas mais utilizadas entre os jovens.

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Brasileiros encaixam 700 milhões com venda da Cimpor em Portugal e Cabo Verde

A InterCement, que comprou a Cimpor em 2012, vai vender os negócios da cimenteira em Portugal e Cabo Verde a uma empresa turca. Brasileiros querem reduzir dívida.

A InterCement, que comprou a Cimpor em 2012, vai vender os negócios da cimenteira em Portugal e Cabo Verde. A venda à OYAK Cement, uma empresa turca, insere-se no plano de redução da dívida da empresa brasileira e da Cimpor, em resposta à adversidade do contexto que se tem observado nos mercados da América do Sul, especialmente no Brasil.

algum tempo que a construtora brasileira Camargo Corrêa, que controla a InterCement (holding para os negócios do cimento do grupo brasileiro), procurava a alienação dos seus ativos em vários países, incluindo Portugal, para reduzir a pressão da sua dívida elevada. Em cima da mesa chegou estar a possibilidade de regresso da Cimpor à bolsa, o que não vai acontecer.

Foi esta sexta-feira anunciado um contrato entre InterCement e a Cimpor com o Grupo OYAK para a “venda de todos os ativos que compõem a unidade de negócio de Portugal e Cabo Verde”.

Não foram relevados valores da operação, mas é adiantado, em comunicados divulgados pelas duas empresas, que a transação contempla a “manutenção das estruturas humanas destas empresas”. A agência Reuters, citando fontes não identificadas, diz que o negócio terá permitido à InterCement “encaixar cerca de 700 milhões de euros”.

Recorde-se que a Camargo Corrêa investiu 1,5 mil milhões de euros em 2012 para passar a controlar quase 95% do capital da cimenteira portuguesa. Em 2017, a Cimpor registou prejuízos de quase 500 milhões de euros.

Sobre o grupo comprador, a OYAK emprega atualmente cerca de 30 mil pessoas em 19 países, tendo registado em 2017 um volume de negócios de 10,2 mil milhões de dólares. Tem uma atividade diversificada, que vai desde a indústria do cimento e betão, mineração e metalurgia, automóvel, energia e química até aos serviços financeiros e logísticos.

Já a subsidiária OYAK Cement tem sete fábricas integradas de cimento e três moagens com uma capacidade anual de produção de 12 milhões de toneladas por ano, 45 centrais de betão e uma fábrica de sacos de pape.

A conclusão da transação está dependente da aprovação das autoridades da concorrência.

(Notícia atualizada às 14h00 com o valor do negócio avançado pela Reuters)

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Revista de imprensa internacional

Na Google, quase meia centena de funcionários foram despedidos por assédio sexual. Continuando pelas tecnológicas, a Microsoft e a Amazon estão a apostar no Médio Oriente.

O setor da aviação está preocupado com os ataques cibernéticos, que violam os dados pessoais dos passageiros das companhias. Já na Google, as preocupações são outras: quase meia centena de funcionários foram despedidos por assédio sexual. Continuando pelas tecnológicas, a Microsoft e a Amazon estão a apostar no mercado no Médio Oriente, onde os serviços da cloud estão a crescer. O que também está a crescer é a fortuna dos multimilionários que no ano passado aumentou 20%.

The Wall Street Journal

British Airways diz que violação de dados é maior do que o estimado

A International Consolidated Airlines Group SA, empresa que controla a British Airways, disse que, este ano, o ataque cibernético a dados de passageiros foi muito maior do que o estimado inicialmente. O anúncio surgiu poucas horas depois de a Cathay Pacific Airways Ltd., uma das maiores companhias aéreas da Ásia, ter dito que mais de nove milhões dos seus passageiros foram alvo de roubo de dados pessoais, como nome, nacionalidade, data de nascimento, número de telefone, e-mail, endereço, números do passaporte e do cartão de identificação e histórico na companhia.

Leia a notícia completa em The Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês).

The New York Times

Google despediu 48 funcionários por assédio sexual nos últimos dois anos

A gigante tecnológica tomou medidas em relação ao assédio sexual no local de trabalho. Sundar Pichai, diretor-geral da Google, anunciou que a empresa despediu 48 funcionários por alegado assédio sexual, durante os últimos dois anos. Num documento interno dirigido aos funcionários, depois de o New York Times ter referido que a Google tinha abafado alguns casos, Pichai explicou que entre os empregados despedidos estão 13 altos funcionários e acrescentou que nenhum deles recebeu qualquer indemnização.

Leia a notícia completa em The New York Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

The Guardian

Bilionários estão mais bilionários. Ficaram 20% mais ricos em 2017

O UBS revela que os multimilionários do mundo ganharam mais dinheiro no ano passado do que em qualquer outro ano na história, desde que se tem registo. As pessoas mais ricas do planeta aumentaram, assim, a sua riqueza em um quinto, para quase nove biliões de dólares.

Leia a notícia completa em The New York Times (acesso livre, conteúdo em inglês).

Bloomberg

Microsoft e Amazon veem serviços da nuvem crescer no Médio Oriente

Graças às ambições por parte do Governo, a região do Médio Oriente é um dos mercados onde a Microsoft e a Amazon mais sentem que os serviços da cloud estão a crescer. Para o ano, as tecnológicas esperam que a atividade seja ainda maior. A Microsoft está a planear um data center em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. A Amazon, por sua vez, abrirá um centro no Bahrein, Golfo Pérsico. “O potencial é enorme, dadas as ambições do setor público e procura por inovação”, diz Megha Kumar, analista da IDC Reserach Inc. no Dubai.

Leia a notícia completa em Bloomberg (acesso livre, conteúdo em inglês).

Business Insider

Fabricar diamantes no micro-ondas. Assim será a próxima revolução da indústria joalheira

Diamantes e micro-ondas parecem, à partida, palavras que não estariam na mesma frase. Mas, a verdade é que, não só estão, como uma fabrica a outra. Tecnologia como a inteligência artificial, a internet das coisas ou o big data têm vindo a assumir o protagonismo da transformação digital, que está a mudar todo o tipo de setores, naquela que já é considerada a quarta revolução industrial. No setor da joalharia, a próxima revolução será fabricar diamantes “perfeitos” no micro-ondas, o que, em teoria, servirá para acabar com o negócio dos “diamantes de sangue” e será uma alternativa mais barata e preocupada com o ambiente.

Leia a notícia completa em Business Insider (acesso livre, conteúdo em espanhol).

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Portugueses viajam menos, mas mais lá para fora

Os portugueses viajaram menos no segundo trimestre, mas as deslocações para o estrangeiro aumentaram. Escolhem cada vez mais os hotéis e recorrem mais à internet na hora de planear.

Os portugueses viajaram menos entre abril e junho, mas as deslocações para o estrangeiro aumentaram. Os dados publicados pelo INE mostram que as viagens turísticas dos residentes “desaceleraram para 2,1%” em termos homólogos, com os portugueses a realizarem um total de 4,7 milhões de deslocações neste período. Em contrapartida, as viagens para destinos fora do país registaram um aumento acentuado.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao segundo trimestre tornam evidente que mesmo viajando menos, os portugueses viajaram mais para o estrangeiro, registando-se um aumento de 18,1%, o equivalente a 621,8 mil viagens. “No segundo trimestre de 2018, a proporção de deslocações turísticas com destino ao estrangeiro situou-se em 13,1%”, sublinha o INE. Trata-se de um aumento de 1,8 pontos percentuais.

A principal motivação nas viagens realizadas ao estrangeiro foi o lazer, recreio ou férias, representando 59,9% do total de viagens entre abril e junho. As viagens de negócios representaram 25,9% das deslocações para fora do país. Em terceiro surgem as viagens para visita a familiares ou amigos, que foram 13,3% do total.

No global, ou seja, entre viagens para fora e cá dentro, a maioria foi em “lazer, recreio ou férias”, com um total de de 2,1 milhões de deslocações. A segunda categoria com mais expressão foram as visitas “a familiares ou amigos”, num total de dois milhões de viagens. Houve ainda 428,8 mil deslocações “profissionais ou de negócios”.

Mais hotéis, menos casas dos familiares

No segundo trimestre, os “hotéis e similares continuaram a ganhar expressão” e foram a escolha dos portugueses em 28,1% das dormidas resultantes das viagens turísticas. Já o alojamento particular gratuito perdeu expressão no trimestre, mas continua a ser a principal opção de escolha dos cidadãos.

Nas viagens realizadas neste período, cada turista português pernoitou, em média, 4,62 noites no destino e o número de portugueses turistas no trimestre manteve-se relativamente em linha com o período homólogo, nos 21,3%.

E muitos destes hotéis foram reservados na Internet. Os dados revelados esta sexta-feira pelo INE revelam que os portugueses estão a usar mais o online no planeamento das viagens. Segundo o instituto, a internet foi usada no planeamento de 19,3% das viagens realizadas no segundo trimestre, percentagem que sobe para 55,7% tendo apenas em conta as viagens realizadas para o estrangeiro.

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Governo aprova 500 milhões de euros para dívidas de hospitais a fornecedores

  • Lusa
  • 26 Outubro 2018

A quantia foi aprovada esta sexta-feira e vai ser usada para pagar as dívidas em atrasos aos fornecedores. O Governo estima que a dívida dos hospitais baixe para 350 milhões de euros no final do ano.

O Governo aprovou esta sexta-feira uma verba de 500 milhões para os hospitais EPE pagarem as dívidas em atrasos aos fornecedores, anunciou o Ministério da Saúde, estimando que a dívida baixe para 350 milhões de euros no final do ano.

Até à primeira semana de novembro serão pagos 100 milhões de euros” e os restantes 400 milhões de euros serão pagos até ao final do ano, adianta o Ministério da Saúde em comunicado.

O Ministério sublinha que, “embora esta verba se destine exclusivamente ao pagamento de dívidas em atraso, a distribuição pelos vários hospitais foi realizada de forma transversal, contemplando também os hospitais com valores de dívida inferiores”.

O Governo estima que “o valor das dívidas em atraso no Serviço Nacional de Saúde se reduza para 350 milhões de euros no final de dezembro de 2018, não só através desta injeção financeira, mas também na sequência de outras medidas que estão em preparação pelo Ministério das Finanças”.

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Escolas fechadas, hospitais a meio-gás e lixo por recolher marcam primeiras horas da greve da função pública

  • Lusa
  • 26 Outubro 2018

"Na área da saúde, no turno da noite, estão sobretudo a funcionar os serviços mínimos, das escolas chegam-nos sinais de encerramentos em todo o país", indica o secretário-geral do SINTAP.

Escolas encerradas, hospitais a meio gás e lixo por recolher foi o cenário descrito pelas estruturas sindicais que convocaram a greve desta sexta-feira da função pública e que cerca das 08:30 estava com uma adesão “elevada”.

Em declarações à agência Lusa esta sexta-feira de manhã junto ao Liceu Passos Manuel, em Lisboa, que estava encerrado devido à paralisação, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), José Abraão, disse que os primeiros sinais de “uma grande adesão chegaram da área das autarquias (transporte de resíduos sólidos e lixo), que está praticamente parado de Norte a Sul do país”.

“Na área da saúde, no turno da noite, estão sobretudo a funcionar os serviços mínimos, das escolas chegam-nos sinais de encerramentos em todo o país. Portanto nesta altura estamos a prever uma greve com alguma importância, com significado”, disse.

José Abraão diz que os trabalhadores “estão cansados da orientação de que estão a ser repostos rendimentos e direitos, mas não o sentem, por isso, é que a nossa exigência no sentido dos aumentos salariais para todos os trabalhadores sem distinção”.

“Esta greve é também um apelo claro ao Governo no sentido de dizer que não vale a pena manipular os números daquilo que o Orçamento do Estado contem para Administração Pública, porque governar é optar como diz o senhor primeiro-ministro. Então se é assim, é hora de optar pelos serviços públicos que estão degradados com falta de pessoal, onde cresce permanentemente a precariedade”, sublinhou.

No entendimento do dirigente sindical, é chegada a hora de com tempo o Governo “dar um sinal a estes trabalhadores mostrando que é possível aumentar os seus salários, motivando, induzindo confiança com vista ao futuro dos serviços públicos, desde a área da saúde, educação, da justiça em concreto onde se vivem problemas enormes”.

“Temos também de dizer que há também o problema das carreiras profissionais. Há cerca de 80 carreiras profissionais que não estão revistas como é o caso concreto das inspeções, da ACT [Autoridade para as Condições de Trabalho], da Segurança Social e dos jogos e casinos, entre outras, que não veem as carreiras revistas desde 2009 e agora estão a tentar impor medidas e carreiras categoriais que não são aceites pelos trabalhadores”, disse.

José Abraão lembrou ainda que nos próximos dias vão continuar as greves na administração pública. “Na segunda-feira, os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica têm uma manifestação que vai até ao parlamento. Temos cerca de 30 mil trabalhadores em contrato individual de trabalho a quem foram atribuídas 35 horas e continuam a fazer 40 porque são impostas e não é refeito o seu percurso profissional”, disse.

José Abraão disse ainda que “este governo liderado por quem é e apoiado pelos partidos à esquerda vai decerto compreender este desconforto, descontentamento e procurar resolver alguns problemas celebrando acordos porque a nossa matriz enquanto FESAP e UGT é a da negociação. “Claro que quando isto não resulta as pessoas têm de protestar”, concluiu.

Também a vice-presidente da Federação Nacional de Educação (FNE) e presidente da UGT, Lucinda Dâmaso, disse em declarações à Lusa que o nível e adesão das escolas em todo o país “é muito elevado”, com escolas encerradas. “Está em causa um desprezo total pela educação, pelos trabalhadores da educação e pelos trabalhadores da administração pública. Temos um OE que não vem ao encontro ao que seria o desejável (…)”, disse.

Lucinda Dâmaso indicou também que todas as formas de luta estão em cima da mesa. “Não vamos desistir. Iremos continuar numa luta sem fim até que o governo ceda naquilo que é fundamental para a educação e para os trabalhadores em global, para administração publica”, frisou.

Inicialmente a greve foi convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (ligada à CGTP) para pressionar o Governo a incluir no Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) a verba necessária para aumentar os trabalhadores da função pública, cujos salários estão congelados desde 2009.

Contudo, após a última ronda negocial no Ministério das Finanças, em meados de outubro, a Federação de Sindicatos da Administração Pública e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, ambos filiados na UGT, anunciaram que também iriam emitir pré-avisos de greve para o mesmo dia, tendo em conta a falta de propostas do Governo, liderado pelo socialista António Costa.

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NCN, PMF & Associados reforça Público com contratação de dois novos Associados

A Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados anunciou esta semana o reforço da sua equipa de Direito Público com a integração de Pedro Neves de Sousa e de Catarina Silva Martins.

A Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados anunciou esta semana o reforço da sua equipa de Direito Público com a integração de Pedro Neves de Sousa e de Catarina Silva Martins.

Pedro Neves de Sousa é licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e mestre em Direito Administrativo, pela Universidade Católica Portuguesa.

Catarina Silva Martins é mestre em Direito das Empresas e dos Negócios, e licenciada em Direito pela Universidade Católica Portuguesa – Porto.

Pedro Neves de Sousa colaborou 12 anos como Advogado Associado na Saraiva Lima e Associados, nas áreas de direito administrativo, representando entidades públicas e particulares. O seu percurso profissional é marcado pela docência em diversas instituições de ensino superior.

Catarina Silva Martins colaborou como advogada associada na Carlos Pinto de Abreu & Associados.

Para Nuno Cerejeira Namora “a integração dos novos associados na equipa do Direito Publico vem responder ao crescimento sentido nos últimos anos. Pretendemos ter um crescimento sustentado e consolidado, continuando a responder ao mercado de uma forma eficaz e eficiente”.

Esta contratação veio consolidar a estratégia de crescimento da Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados.

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De queda em queda, Galp já dá prejuízo em bolsa este ano

Os últimos meses em bolsa têm sido difíceis para a Galp. A guerra comercial, instabilidade geopolítica e o petróleo roubaram quase dois mil milhões de euros ao valor de mercado em outubro.

A Galp Energia está perto de apresentar contas, sendo que tudo aponta para que revele um aumento dos lucros. Mas no que respeita ao percurso bolsista, o balanço do ano já é de “prejuízos” para a petrolífera. As ações da empresa liderada por Carlos Gomes da Silva, valem hoje menos do que quando arrancaram o ano. O título não tem conseguido resistir à turbulência geopolítica que afeta os mercados e à pressão dos preços do petróleo. Só nesta sexta-feira cai quase 4%, estendendo para perto de dois mil milhões de euros a perda de valor de mercado registada em outubro.

As ações da Galp Energia estão a desvalorizar 3,92%, para os 14,60 euros, sendo que já estiveram a cotar nos 14,52 euros, um mínimo de quase oito meses (a última vez que negociaram num valor tão baixo foi a 2 de março).

Galp perde energia em bolsa

Esse desempenho negativo aponta para que a petrolífera encerre a semana com um recuo de quase 7%, a queda mais expressiva em mais de um ano. Seria necessário recuar até à semana terminada a 16 de setembro do ano passado para ver um desempenho mais negativo. Trata-se ainda da quarta semana seguida de desvalorizações, que ditam uma quebra de 14,8% no mês de outubro, a maior em quatro anos. Ou seja, desde novembro de 2014 (-15,26%).

Em termos de valor de mercado, a petrolífera encolheu perto de dois mil milhões de euros neste mês de outubro. Mais em específico: 1.920 milhões de euros, sendo que o valor de mercado continua a ser o mais elevado entre as cotadas do PSI-20, ascendendo a 11,7 mil milhões de euros. Outubro é também o terceiro mês seguido de quedas para as ações da Galp Energia.

Assim, de queda em queda, a empresa já vale hoje em bolsa menos do que quando iniciou o ano (-0,8%). Um mau resultado que se deve essencialmente à recente turbulência que tem afetado os mercados fruto da guerra comercial norte-americana, mas também da crise italiana. Aliás, apenas três dos 18 títulos que compõem o PSI-20 não conhecem perdas no acumulado do ano.

A condicionar o rumo das ações está também a instabilidade que atinge as cotações do petróleo face aos receios relativamente à perspetiva de um abrandamento do crescimento económico e de excesso de oferta da matéria-prima. Depois de atingir máximos de mais de dois anos, com o Brent a superar a fasquia dos 85 dólares, nas últimas semanas o preço do barril começou a deslizar, levando a cotação a encolher em quase dez dólares. Está nos 75,91 dólares, estando nos 66 dólares em Nova Iorque.

É um contexto negativo para a Galp Energia numa altura em que a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva se prepara para revelar as suas contas relativas ao terceiro trimestre do ano, o que acontece na segunda-feira antes da abertura do mercado.

O consenso dos analistas aponta para que a petrolífera tenha visto o EBITDA do negócio de exploração e produção crescer dos 215 milhões registados há um ano, para 392 milhões de euros (+82%). Muito deste crescimento resultado da atividade no Brasil onde a empresa colocou a funcionar mais uma plataforma.

No que respeita ao mesmo indicador, mas para a atividade global da empresa, os analistas preveem um aumento de 30%, passando dos 487 milhões há um ano para 631 milhões. Nesse cenário, é esperado uma subida de 26,5% nos lucros da petrolífera no terceiro trimestre do ano, com estes a ascenderem a 210 milhões de euros (contra 166 milhões no período homólogo). Nos nove meses os lucros deverão crescer para 597 milhões.

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