Projeto de lei do CDS-PP sobre arrendamento rejeitado em comissão parlamentar

  • Lusa
  • 24 Outubro 2018

Os centristas recusaram adiar a votação das suas propostas na comissão, depois do pedido de adiamento do PS. O projeto de lei do CDS-PP propunha criar um incentivo fiscal ao arrendamento habitacional.

O projeto de lei do CDS-PP para criar um incentivo fiscal ao arrendamento habitacional, retirado do “pacote legislativo” em apreciação no parlamento, foi esta quarta-feira rejeitado, na votação indiciária na comissão parlamentar, sendo votado sexta-feira em plenário.

A comissão parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação rejeitou esta quarta-feira, com os votos do PS, PCP e BE, o projeto de lei do CDS-PP para a criação de um incentivo ao arrendamento habitacional, reduzindo a taxa de tributação em sede de IRS dos rendimentos prediais.

Na votação indiciária – que terá de ser ratificada em plenário na sexta-feira, uma vez que a proposta baixou à comissão de especialidade sem ter sido votada –, o PSD absteve-se no artigo com o valor da redução das taxas e votou a favor com o CDS-PP no resto da proposta, mas o projeto de lei acabou rejeitado.

O deputado Álvaro Castelo Branco salientou que o projeto de lei do CDS-PP foi apresentado “há vários meses”, foi discutido no grupo de trabalho da habitação, tem efeitos fiscais e parece que é importante para dinamizar o mercado de arrendamento.

Os centristas propunham que os senhorios, em vez da atual taxa autónoma de 28% de IRS, nos contratos com prazo entre um e cinco anos passassem a pagar 23%, entre cinco e oito anos sejam taxados em 15% e nos contratos com mais de oito anos paguem 12%.

Álvaro Castelo Branco explicou que uma proposta de alteração apresentada propõe que o diploma se aplique a todos os contratos de arrendamento posteriores à entrada em vigor da nova lei, mas também às posteriores renovações de contratos que possam beneficiar do incentivo fiscal.

A socialista Helena Roseta notou que o projeto de lei do CDS-PP e “todas as iniciativas” dos restantes partidos foram discutidas “em conjunto” no pacote legislativo pelo grupo de trabalho da Habitação.

O deputado Luís Vilhena (PS) considerou que os objetivos definidos na proposta do CDS-PP “são os mesmos” que constam na proposta de lei do Governo, em discussão no parlamento, e visam estimular o mercado de habitação.

Já quanto à redução das taxas e aos prazos propostos pelo projeto de lei “centrista”, o deputado socialista revelou que não são compatíveis com os objetivos do PS, mas ressalvou que serão tidos “em conta” aspetos debatidos no grupo de trabalho, nomeadamente em relação ao papel da Autoridade Tributária e Aduaneira.

O CDS-PP recusou adiar a votação das suas propostas na comissão parlamentar, depois de, na terça-feira, o PS ter requerido o adiamento para dezembro do pacote legislativo sobre habitação.

Os socialistas pediram o adiamento da votação das propostas apresentadas pelo Governo, alegando que se trata de uma matéria muito complexa, parte da qual já tem implicações na proposta de Orçamento do Estado para 2019, e que precisa de maior consenso com outros partidos. O PS propôs que as votações sejam retomadas na primeira semana de dezembro, a tempo de as medidas entrarem em vigor no início de 2019, como previsto.

A deputada independente Helena Roseta, eleita pelo Partido Socialista, por discordar da posição do partido de adiar medidas que considerou “urgentíssimas”, demitiu-se da coordenação do grupo de trabalho da Habitação, Reabilitação Urbana e Políticas de Cidades.

A votação foi adiada três vezes, depois do adiamento potestativo pedido pelo PS da votação indiciária a 11 de outubro e, dias depois, a 16 de outubro, pelo PSD. O processo de votação indiciária do pacote legislativo sobre habitação incluía 11 iniciativas pendentes, três das quais propostas pelo Governo, nomeadamente o Programa de Arrendamento Acessível e os benefícios fiscais para contratos de arrendamento de longa duração, e projetos de lei do CDS-PP, PSD, BE, PEV e PAN.

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PS retira Roseta do grupo de trabalho da habitação

  • ECO
  • 24 Outubro 2018

A retirada foi decidida pelo PS apesar de Roseta apenas ter renunciado à coordenação, o que não implicava sair do grupo. A deputada Eurídice Pereira também foi substituída.

Depois de ter renunciado ao cargo de coordenadora do grupo de trabalho parlamentar sobre habitação, por discordar do novo pedido de adiamento das votações por parte dos socialistas, Helena Roseta foi agora afastada por completo deste grupo pelo PS. A notícia é avançada, esta quarta-feira, pelo Diário de Notícias.

A informação foi comunicada à deputada através de um e-mail, assinado pelo chefe de gabinete do grupo parlamentar do PS e enviado às 00h41 desta noite, algumas horas depois de Roseta ter apresentado a demissão. A substituição foi decidida apesar de Roseta apenas ter renunciado à coordenação, o que não implicava a retirada do grupo.

Para o lugar de Helena Roseta entra Hugo Pires, que irá assumir a coordenação deste grupo de trabalho. Também a deputada Eurídice Pereira foi retirada deste grupo pelo PS, sendo substituída por Nuno Sá, que acompanhou as questões de fiscalidade na habitação quando estas foram discutidas na comissão parlamentar de Orçamento.

Ao Diário de Notícias, a deputada independente refere que a retirada do grupo “não altera nada” e que o PS não poderá impedi-la de continuar a trabalhar com o partido e com o grupo de trabalho sobre habitação.

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Parlamento Europeu quer proibir venda de produtos de plástico de utilização única na UE

  • Lusa
  • 24 Outubro 2018

Nesta proibição estão incluídos pratos, talheres, cotonetes, palhinhas, agitadores para bebidas e varas para balões. Também produtos do tabaco, como filtros que contêm plástico, deverão ser reduzidos.

O Parlamento Europeu aprovou esta quarta-feira uma proposta que prevê, entre outras medidas, a proibição da venda de produtos de plástico de utilização única na União Europeia (UE) a partir de 2021.

A proposta, aprovada nesta quarta-feira no PE por 571 votos a favor, 53 contra e 34 abstenções, preconiza a proibição da venda de pratos, talheres, cotonetes, palhinhas, agitadores para bebidas e varas para balões, e também de produtos de plásticos oxodegradável e recipientes para alimentos e bebidas de poliestireno expandido.

Em relação a outros produtos de plástico de utilização única, “os Estados-Membros devem tomar as medidas necessárias para obter uma redução ambiciosa e sustentada de pelo menos 25% até 2025”, estipula o texto aprovado pelos eurodeputados. Nesta categoria incluem-se caixas para hambúrgueres, sanduíches e saladas, bem como recipientes para frutos, legumes, sobremesas ou gelados.

Segundo a proposta, os Estados-membros devem elaborar planos nacionais que descrevam as medidas adotadas, “incentivando a utilização de produtos que se adequem a múltiplas utilizações e que possam ser preparados para reutilização e reciclados”.

Os 28 terão ainda de assegurar a recolha seletiva e a subsequente reciclagem de pelo menos 90% das garrafas de plástico descartáveis até 2025, determinam as regras aprovadas pelo PE.

Os objetivos de redução serão também aplicáveis aos produtos do tabaco, como os filtros que contêm plástico, com os eurodeputados a pretenderem que estes sejam reduzidos em 50% até 2025 e em 80% até 2030.

As artes de pesca que contêm plástico são também alvo das novas medidas, com os Estados-membros a terem de assegurar que, no mínimo, 50% deste material é recolhido anualmente.

As regras propostas pelo PE requerem também a criação de regimes de responsabilidade alargada do produtor ao nível dos Estados-Membros.

Os produtores de filtros de produtos do tabaco que contenham plástico deverão cobrir os custos da recolha dos resíduos desses produtos e o subsequente transporte e tratamento, incluindo os custos de limpeza do lixo. O mesmo se aplica aos produtores de artes de pesca que contenham plástico, que terão de contribuir para que seja atingido o objetivo de reciclagem de pelo menos 15% até 2025.

A posição do PE terá agora de ser negociada o Conselho da UE, onde estão representados os governos nacionais, com vista a alcançar um acordo sobre a legislação final.

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Carlos Pereira renuncia à nomeação para vogal da ERSE

Depois da Comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas ter dado um parecer desfavoravelmente ao nome do deputado do PS, Carlos Pereira retira as consequências e renuncia à nomeação.

O deputado do PS, Carlos Pereira, renunciou à nomeação do Governo para vogal da ERSE depois do chumbo do Parlamento à sua nomeação.

“Quero aproveitar para agradecer ao Governo pela confiança ao indigitar o meu nome para vogal da ERSE mas não poderei aceitar a nomeação em causa”, disse Carlos Pereira num comunicado enviado às redações.

Esta decisão surge depois de a comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas ter emitido um parecer desfavorável ao nome do ex-presidente do PS Madeira. “Das opiniões e considerações dos partidos expressas durante as audições, pode concluir-se que não reúne consenso a personalidade indicada pelo Governo para o cargo de vogal do Conselho de Administração da ERSE, emitindo-se assim parecer desfavorável à nomeação”, indicava a proposta de parecer distribuída aos deputados, a que a Lusa teve acesso na terça-feira, e que foi apreciada hoje.

Depois de ter tomado conhecimento do relatório da responsabilidade do PCP, que propôs um parecer desfavorável à sua nomeação para vogal da ERSE, e depois desse mesmo parecer ter sido hoje aprovado na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, contrariando o parecer da CRESAP, o deputado socialista sublinha que “o parecer proposto pelo PCP é desfavorável não porque tenham sido demonstradas incompatibilidades ou falta de perfil curricular, que nunca poderia objetivamente ser um dos fundamentos tendo em conta o parecer positivo da CRESAP, mas porque, refere o relator, não se verificou consenso sobre o nome da personalidade indigitada”.

Do meu ponto de vista, esta conclusão é desadequada porque é baseada em pressupostos político-partidários e subverte o próprio princípio da lei-quadro das entidades reguladoras pelo que não posso deixar de sublinhar o meu desacordo.

Carlos Pereira

Deputado do PS

“Do meu ponto de vista, esta conclusão é desadequada porque é baseada em pressupostos político-partidários e subverte o próprio princípio da lei-quadro das entidades reguladoras pelo que não posso deixar de sublinhar o meu desacordo”, acrescenta o deputado.

Agora com a sua renúncia, o primeiro-ministro fica liberto para escolher um novo nome para vogal da ERSE. Caso António Costa pretendesse poderia insistir no nome de Carlos Pereira, porque o parecer da comissão parlamentar, tal como o da Cresap, não é vinculativo. Para tal bastaria aprovar a nomeação em Conselho de Ministros. Mas este não será o caminho. O Ministério do Ambiente já enviou uma nota às redações sublinhando que “anunciará, em breve, a sua proposta para o referido cargo”.

A escolha de Carlos Pereira foi, inicialmente, feita por Caldeira Cabral, mas acabou por ser depois confirmada pelo novo ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, que detém agora a pasta da Energia e pediu que o processo avançasse com a audição a Carlos Pereira. A nomeação teve parecer favorável da Comissão de Recrutamento e Seleção para Administração Pública (Cresap), que considerou o perfil de Carlos Pereira “adequado” às funções.

(Notícia atualizada às 17h00 com a nota do Ministério do Ambiente e da Transição Energética)

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Startup Portugal fecha acordo com belgas da Startup.be

Associação responsável pela estratégia nacional para o empreendedorismo vai trabalhar com a congénere belga na cooperação e produção de eventos conjuntos a partir de 2019.

A Startup Portugal, associação responsável pela estratégia nacional para o empreendedorismo, vai trabalhar mais de perto com a sua congénere belga, Startup.be, para cooperar e produzir eventos conjuntos a partir de 2019.

O acordo, assinado pelas duas entidades, tem como principal objetivo abrir novos mercados às startups de cada um dos países e apoiar a expansão para o estrangeiro de startups de Portugal e da Bélgica. “O acordo (…) estabelece uma plataforma de trabalho entre ambas as entidades a ser iniciada em 2019”, explica a Startup Portugal.

Na prática, a Startup Portugal e a Startup.be vão, a partir do próximo ano, trocar dados e serviços sobre startups, incubadoras, aceleradoras e investidores a trabalhar na Bélgica e em Portugal e, em cada um dos países, a apoiar a internacionalização das respetivas startups no outro mercado.

“Acreditamos que é o início de uma nova relação entre ambos os ecossistemas de empreendedorismo e estamos muito entusiasmados por podermos receber fundadores Belgas em Portugal, assim como apoiar ainda mais os fundadores e fazedores portugueses a expandir para fora,” diz João Mendes Borga, diretor da Startup Portugal e da Rede Nacional de Incubadoras.

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Dieselgate. Volkswagen obrigada a pagar 47 milhões aos acionistas da Porsche

  • Lusa
  • 24 Outubro 2018

Um tribunal alemão considerou que a Volkswagen informou demasiado tarde os acionistas da Porsche sobre a evolução do caso da fraude das emissões de gases poluentes.

O tribunal provincial de Stuttgart, na Alemanha, condenou esta quarta-feira o grupo Volkswagen, como dono da Porsche, a pagar 47 milhões de euros em compensações por não informar os acionistas da Porsche sobre o caso de manipulação das emissões de gases poluentes.

Citado pela agência EFE, o tribunal de primeira instância disse que a Porsche “deve compensar os acionistas queixosos pela violação dos requisitos de informação da normativa sobre mercados de capitais sobre” a fraude das emissões de gases poluentes nos carros a diesel.

O juiz à frente dos processos civis, Fabian Reuschle, afirmou esta quarta-feira que, pelo menos, o então presidente do fabricante automobilística, Martin Winterkorn, falhou “seriamente” com as suas obrigações. Segundo a EFE, a sentença defende que o grupo Volkswagen informou demasiado tarde — e, por isso, de forma deficitária — os acionistas sobre a evolução do caso e das suas consequências.

A decisão prevê, assim, uma compensação de mais de 44 milhões de euros para o grupo de acionistas representado pelo advogado Josef Broich e de 3,2 milhões de euros para o fundo de pensões da cidade britânica de Wolverhampton.

A Porsche já rejeitou a decisão, considerando-a injustificada, e anunciou que vai avançar com um recurso.

Em 23 de setembro, a Porsche anunciou que quer tornar-se a primeira fabricante automobilística alemã a deixar o diesel, apostando em motores a gasolina, híbridos e, a partir de 2019, em veículos elétricos. “Agora não haverá mais diesel na Porsche”, disse, na altura, Oliver Blume, sublinhando que a fabricante quer concentrar-se em motores a gasolina, híbridos e em “veículos elétricos puros”.

Em 13 de junho, a Volkswagen aceitou pagar uma multa de mil milhões de euros às autoridades da Alemanha, devido à fraude com as emissões de gases nos carros a diesel. As entidades judiciais concluíram que a Volkswagen falhou no controlo adequado da atividade do seu departamento de desenvolvimento de veículos, o que resultou na produção de 10,7 milhões de carros a diesel com um software de controlo de emissões ilegal, entre 2007 e 2015, depois vendidos em todo o mundo.

Trata-se de carros com o motor diesel EA 288 de terceira geração, nos Estados Unidos e Canadá, e com o motor EA 189 em outros países, equipados com uma função de software ilegal.

O escândalo, que foi revelado em 2015, nos Estados Unidos, já teve elevados custos para o fabricante automóvel em multas definidas pelas autoridades norte-americanas.

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Dow Jones escapa às perdas após resultados da Boeing

Os principais índices norte-americanos estão em queda, com Itália a pressionar os mercados. O industrial Dow Jones mantém-se no verde, ajudado pelos resultados positivos da Boeing.

Dos três principais índices de Nova Iorque, apenas o industrial escapa às perdas, depois de a Boeing ter apresentado lucros trimestrais superiores aos estimados pelos analistas. A tendência geral é de queda, com Wall Street a ser pressionado pela tensão entre Itália e a União Europeia (UE).

O S&P 500 está a desvalorizar 0,15% para 2.736,59 pontos, assim como o tecnológico Nasdaq está a cair 0,19% para 7.423,54 pontos. A semana tem sido marcada pelos recuos dos índices norte-americanos, numa altura em que os mercados são pressionados por vários acontecimentos.

Itália tem abalado as bolsas, principalmente depois de a Comissão Europeia ter chumbado a proposta apresentada pelo Governo. O país já afirmou que não vai tolerar mudanças substanciais ao documento, justificando que o “orçamento foi feito para os italianos e não para Bruxelas“.

Por sua vez, o industrial Dow Jones recuperou das últimas quedas e está a valorizar 0,21% para 25.244,15 pontos, influenciado principalmente pelos resultados da Boeing.

A multinacional norte-americana divulgou esta quarta-feira lucros trimestrais mais elevados do que os previstos, tendo ainda aumentado a sua receita. Os títulos da Boeing valorizam 3,27%.

Esta quarta-feira, os investidores esperam pela publicação do “Livro Bege” da Reserva Federal norte-americana (Fed), para perceber o ponto atual da economia dos Estados Unidos, com base no reportado pelos diferentes bancos centrais federais.

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Depois de Soros, Clinton e Obama também recebem engenhos explosivos por correio. Sede da CNN foi evacuada

Foram descobertos explosivos em correio enviado a Barack Obama e Hillary Clinton. São semelhantes ao encontrado esta semana na casa de George Soros. CNN foi evacuada devido a um "pacote suspeito".

As autoridades norte-americanas estão em alerta esta quarta-feira depois de terem sido enviados potenciais engenhos explosivos a várias figuras proeminentes, incluindo Barack Obama e Hillary Clinton. A sede da CNN foi evacuada devido à descoberta de um “pacote suspeito” e de um envelope com pó branco. Numa conferência de imprensa, o presidente da Câmara de Nova Iorque falou em “ato de terror”.

A emissão da CNN foi interrompida em direto esta quarta-feira, precisamente no momento em que era dada a notícia dos engenhos enviados aos dois políticos norte-americanos. O edifício Time Warner Center — localizado junto à zona sul do Central Park (Manhattan, Nova Iorque) e que serve de sede à cadeia televisiva — foi evacuado na sequência da descoberta de um “pacote suspeito” no edifício e de um envelope com pó branco, presumivelmente “antrax”.

O gabinete de Deborah Wasserman Schultz, membro da Câmara dos Representantes eleita pelo Estado de Florida, também foi evacuado devido à presença de um “pacote suspeito” que chegou por correio. O pacote estava originalmente endereçado a Eric Holder, ex-Procurador Geral dos Estados Unidos, de acordo com a CNN.

Também o gabinete da senadora democrata Kamala Harris na Califórnia foi evacuado esta quarta-feira após ter sido detetada a presença de um “pacote suspeito” perto do edifício, anunciou a porta-voz, Lily Adams, no Twitter.

Todos estes casos surgiram depois de ter sido noticiada a descoberta de engenhos explosivos enviados por correio esta quarta-feira ao ex-Presidente dos EUA, Barack Obama, e à ex-secretária de Estado, Hillary Clinton. Além disso, na segunda-feira, a imprensa internacional deu conta da descoberta de um potencial engenho explosivo na casa de George Soros, multimilionário norte-americano.

CNN evacuada em direto

Um vídeo partilhado no Twitter por Andrew Kaczynksi, jornalista da CNN, mostra o momento em que os apresentadores do canal são interrompidos pelo alarme do edifício. A evacuação do edifício deu-se após este momento.

A CNN transmitiu em direto o aparato em frente ao edifício da Time Warner. O canal citou três fontes que garantiram que o “pacote suspeito” enviado à CNN tinha como destinatário o ex-diretor da CIA, John O. Brennan. Não é evidente a relação entre Brennan e o edifício que serve de morada à estação noticiosa norte-americana. Entretanto, o suposto engenho explosivo foi removido do edifício, presumivelmente para ser detonado pelas autoridades numa zona segura.

A CNBC também tinha avançado, com base em informação da CNN, que um outro “pacote suspeito” teria sido intercetado esta quarta-feira antes de chegar à Casa Branca. No entanto, as autoridades já desmentiram esta informação.

Clinton e Obama receberam engenhos explosivos

Dois potenciais engenhos explosivos foram encontrados esta quarta-feira em correio enviado para Barack Obama e Hillary Clinton. Os engenhos são semelhantes ao que foi descoberto esta segunda-feira na casa do multimilionário George Soros. A notícia foi avançada pelo The New York Times (acesso condicionado), que cita fonte das forças de segurança norte-americanas.

O jornal refere que não se sabe, concretamente, onde é que os engenhos em causa foram encontrados. Sabe-se, no entanto, que uma das potenciais ameaças foi descoberta esta quarta-feira de manhã por um técnico que verifica o correio endereçado à ex-secretária de Estado Hillary Clinton e que um outro engenho do mesmo tipo foi, depois, descoberto no correio remetido a Barack Obama.

Numa conferência de imprensa, Hillary Clinton garantiu que a família “está bem”. “Estamos bem, graças aos homens e mulheres dos Serviços Secretos que intercetaram o pacote que nos enviaram, muito antes de chegar à nossa casa”, afirmou. Segundo a CNN, o engenho foi encontrado nas proximidades da casa da família Clinton.

Estas ocorrências surgem na mesma semana em que foi encontrado um outro potencial engenho explosivo na casa do multimilionário George Soros, na zona norte de Nova Iorque. De acordo com o mesmo jornal, o engenho era composto por um pedaço de tubo de 15 centímetros cheio de pólvora e terá sido semelhante aos que foram encontrados esta quarta-feira no correio endereçado a Barack Obama e a Hillary Clinton.

No caso de Soros, o engenho foi detonado “proativamente” por uma brigada de desarmamento da polícia dos EUA. Desconhecem-se os motivos ou responsáveis por detrás destes casos.

Casa Branca condena “atos desprezíveis” contra Clinton e Obama

Em reação a estes casos, a Casa Branca condenou os “atos desprezíveis” visando o ex-casal presidencial Bill e Hillary Clinton e o ex-Presidente Barack Obama, após a interceção esta quarta-feira de pacotes suspeitos, com potenciais engenhos explosivos, endereçados aos antigos governantes. “Estes atos horríveis são desprezíveis, quem quer que sejam os responsáveis serão responsabilizados em toda a extensão da lei”, declarou a porta-voz da Presidência norte-americana, Sarah Huckabee Sanders.

A porta-voz do Presidente norte-americano, Donald Trump, disse que as forças de segurança norte-americanas estão a tomar todas as medidas necessárias para proteger qualquer pessoa ameaçada. “Os serviços secretos dos Estados Unidos e outras agências estão a investigar e a tomar todas as medidas apropriadas para proteger qualquer pessoa ameaçada por estes cobardes”, reforçou.

Mais tarde, durante uma conferência de imprensa, Donald Trump disse que “não há espaço para este tipo de atos” e garantiu que “vai ser gasto o que for preciso para encontrar os culpados“. Para o presidente norte-americano, “a segurança do povo americano” é a sua “maior e absoluta prioridade”, disse, citado pelo site Hollywood Reporter (conteúdo em inglês).

(Notícia atualizada pela última vez às 19h44 com declarações de Donald Trump)

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Crédito ao consumo cresce há quase um ano. Está em máximos desde a troika

O stock dos empréstimos para consumo voltou a cresceu em setembro, atingindo um máximo desde outubro de 2011. Aumentou 162 milhões de euros, para 15.039 milhões de euros.

O crédito nas mãos das famílias está a crescer. Tal é particularmente notório no crédito ao consumo. O stock dos empréstimos com esse fim sobe há quase um ano, tendo atingido um novo máximo de final de 2011. Ou seja, o período inicial da intervenção da troika.

De acordo com estatísticas divulgadas pelo Banco Central Europeu, nesta quarta-feira, o saldo do crédito ao consumo cresceu em 162 milhões de euros, em setembro. Essa subida colocou o stock dos empréstimos com esse fim nos 15.039 milhões de euros. Ou seja, o valor mais alto desde outubro de 2011.

Setembro foi assim o 11.º mês consecutivo em que o montante do crédito ao consumo nas mãos dos portugueses aumentou. Tal significa que em qualquer desses meses, a nova concessão foi mais do que suficiente para compensar os empréstimos que venceram.

Crédito ao consumo sobe há 11 meses

Fonte: BCE

Esses números acontecem num período marcado pelo acentuado crescimento da nova concessão de empréstimos para consumo. Os últimos dados disponíveis, relativos a agosto, indicam que nesse mês os bancos e as financeiras disponibilizaram mais de 600 milhões de euros em crédito ao consumo, 7% acima do verificado no mesmo mês de 2017, estendendo para quase cinco mil milhões de euros a nova concessão acumulada este ano.

Esta escalada acontece apesar das medidas e dos alertas que têm surgido por parte das autoridades e que têm como objetivo evitar o excessivo endividamento das famílias. Alguns têm focado precisamente as suas atenções em específico nos empréstimos para consumo.

Há cerca de um mês, Mourinho Félix, secretário de Estado Adjunto e das Finanças, alertou que o “crédito ao consumo deve ser seguido com muita atenção“. Já antes disso, no início de julho entraram em vigor as recomendações aos bancos por parte do Banco de Portugal que têm como objetivo criar um travão à concessão de crédito às famílias.

Crédito à habitação também cresce, mas menos

O crédito ao consumo foi, aliás, o que mais contribuiu para um novo aumento do stock dos empréstimos às famílias pelo oitavo mês consecutivo. Em setembro, este cresceu em 80 milhões de euros, para máximos de dezembro de 2016, atingindo os 116.404 milhões de euros.

Essa evolução também teve o contributo do crédito à habitação, mas em menor dimensão. O saldo do valor dos empréstimos para a compra de casa ascendeu no final do terceiro trimestre deste ano aos 93.795 milhões de euros, 12 milhões acima do verificado no mês anterior e o valor mais alto desde março.

Apenas nos empréstimos com outros fins foi observada uma redução no stock. O saldo destes empréstimos encolheu em 94 milhões de euros, em setembro, para os 7.570 milhões de euros. Ou seja, o valor mais baixo desde o início do histórico do BCE, em janeiro de 2003.

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Investir em tecnologias como blockchain exige “um propósito”

Francisco Simão, administrador dos CTT, alertou que as empresas precisam de ter "um propósito" na implementação de novas tecnologias, para que se integrem na estratégia e no negócio.

Investir em algumas das tecnologias mais populares exige “um propósito”, sob pena de se estar a abraçar a transformação digital de uma forma que não se enquadra na estratégia da empresa. “Usar blockchain? Ninguém quer saber disso. Temos de dar propósito às pessoas. Tem de haver um propósito, tem de haver um sentido”, afirmou Francisco Simão, administrador executivo dos CTT.

No mesmo dia em que a EY Portugal apresentou o estudo Maturidade Digital das Empresas em Portugal, no qual conclui que as empresas podem estar a investir na nova era digital sem pensar na estratégia e no negócio, o gestor da empresa de correios considerou que “o digital e a inovação têm de seguir a estratégia” da companhia.

Francisco Simão, administrador executivo dos CTT.Hugo Amaral/ECO

Esta foi uma das ideias deixadas num painel inserido na conferência Beyond, promovida esta quarta-feira pela EY Portugal em Lisboa. Para além dos CTT, a conferência contou com representantes de outras empresas, como a Brisa, para discutir o presente e o futuro do digital em Portugal. E depois dos alertas da EY de que há um otimismo potencialmente excessivo por parte das empresas, que acreditam saber bem o que aí vem ao nível do mundo digital, estes preferiram focar-se na necessidade de uma estratégia para a implementação de tecnologias inovadoras nos negócios — outro dos alertas do estudo.

“No final de cada dia, a pergunta que temos de fazer é ‘o que é que nós vendemos?’. E, na Brisa, vendemos tempo. A mobilidade é uma chatice”, afirmou Eduardo Ramos, presidente executivo da A-to-Be, uma empresa de tecnologia do grupo Brisa. A ideia deixada pelo gestor foi a de que os decisores empresariais devem saber perfeitamente como encaixar uma tecnologia no negócio e quais as vantagens, ao invés de investirem em tecnologia tendo apenas em conta as chamadas buzz words.

Eduardo Ramos, presidente executivo da A-to-Be, empresa do grupo Brisa.Hugo Amaral/ECO

O responsável do grupo Brisa falou também de um projeto da A-to-Be, realizado no Estado norte-americano de Washington, em que várias empresas terão concorrido ao desenvolvimento de uma tecnologia para cobrar portagens com base nas milhas conduzidas. Foi uma experiência internacional que deu a Eduardo Ramos uma outra noção da transformação digital no plano internacional: “Quando a A-to-Be vai para o mercado internacional, a pancada é fortíssima. O nível de exigência, de integração, de concorrência e de competitividade é brutal”, atirou.

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Empresas portuguesas estão a investir no digital. Mas não têm uma estratégia

As empresas nacionais têm noção de que o digital já lhes está a transformar o negócio, mas acreditam que o fenómeno ainda está "numa fase inicial". Investimentos ainda não têm em conta a estratégia.

As empresas portuguesas estão conscientes de que a transformação digital dos negócios “já se iniciou”, mas consideram que o fenómeno ainda se encontra “numa fase inicial”. Além disso, os investimentos concentram-se em “tecnologias mais consolidadas” e há uma menor aposta “em tecnologias com maior potencial disruptivo”. Estes investimentos, muitas vezes, não se integram no planeamento estratégico das companhias, pelo que toda esta atividade pode ser “supérflua” ou um “desperdício”.

Estas são algumas das conclusões de um novo estudo elaborado pelo Observatório de Impacto Digital EY Nova SBE, que teve como objetivo analisar “os níveis de maturidade digital e de confiança das empresas portuguesas em relação ao futuro digital. Apresentado esta quarta-feira na conferência Beyond, promovida pela EY em Lisboa, é o resultado de entrevistas a 102 participantes, a maioria provenientes de empresas com mais de 250 colaboradores e receitas entre 50 milhões e 250 milhões de euros. As pequenas e médias empresas (PME) não estão representadas na amostra.

"Se há otimismo, e há uma adoção de tecnologia aparentemente sem correlação com a oportunidade de impacto por setor, verifica-se que toda esta atividade não tem devido suporte estratégico claro e sem o qual o progresso de transformação pode não ser mais do que atividade supérflua ou desperdício.”

EY e Nova SBE

“O estudo Maturidade Digital das Empresas em Portugal revela que as empresas reconhecem que a transformação digital está a criar oportunidades para a proliferação de novos produtos e serviços e novos modelos de negócio, mas conclui que os investimentos em digital ainda estão a descurar as vertentes de pessoas e organização, a gestão de informação, a estratégia e a liderança — uma realidade que pode criar riscos a médio prazo”, alerta a EY, num comunicado.

Esta é, aliás, uma “surpresa” para os investigadores, que a consideram “a mais preocupante”. O estudo concluiu que se regista um “baixo nível de incorporação da transformação digital no planeamento estratégico”. “Se há otimismo, e há uma adoção de tecnologia aparentemente sem correlação com a oportunidade de impacto por setor, verifica-se que toda esta atividade não tem devido suporte estratégico claro e sem o qual o progresso de transformação pode não ser mais do que atividade supérflua ou desperdício”, lê-se no estudo.

Além disso, para os investigadores do Observatório da EY e da Nova SBE, foi “surpreendente” perceber que a “larga maioria” das empresas acredita estar mais avançada do que a concorrência” na capitalização da transformação digital, o que revela um “nível de otimismo” mais elevado. Das que reportaram um atraso, “apenas dois” participantes “reportaram medo de não conseguir recuperar nos próximos cinco anos”.

Bruno Padinha, digital leader da EY Portugal.Hugo Amaral/ECO

Numa apresentação inserida na conferência Beyond, Bruno Padinha, digital leader da EY Portugal, considerou que toda a mudança que está a acontecer no mundo “traz riscos muitos sérios que temos de considerar e com que temos de lidar”. E alertou que tecnologias como a automação provocarão “o desaparecimento de muitos dos atuais postos de trabalho”. “A automação põe em causa todo o tipo de profissões e atividades. Muitas das funções podem ser substituídas por tecnologia que já está hoje a ser aplicada — pelo menos parcialmente”, indicou.

Em Portugal, estamos um bocadinho convencidos demais de que sabemos o caminho.

Daniel Traça

Dean da Nova SBE

“Se não se sentem perdidos, é porque ainda não perceberam o que aí vem”

Na apresentação do estudo, Daniel Traça, dean da Nova SBE, deixou vários alertas aos empresários portugueses. “Se não se sentem perdidos, é porque ainda não perceberam o que aí vem”, afirmou, acrescentando que, “em Portugal, estamos um bocadinho convencidos demais de que sabemos o caminho”. “O grau de otimismo é enorme”, atirou.

“Nós estamos num movimento de globalização, de tecnologia, de demografia. É o que os engenheiros chamam de curva exponencial”, disse Daniel Traça. Para exemplificar, focou-se no setor da advocacia e num algoritmo desenvolvido pela LawGeex. Esta empresa pôs duas dezenas de “advogados experientes” a analisar contratos à procura de erros, numa competição com o algoritmo. Os advogados demoraram, em média, 92 minutos para encontrarem 85% dos erros nos contratos. O algoritmo encontrou 94% dos erros… em 26 segundos.

Daniel Traça, dean da Nova SBE.Hugo Amaral/ECO

Num apelo à criação de inovação, Daniel Traça indicou que “a única forma” de fazer isso “é de fora para dentro” das organizações — e criticou as “organizações preguiçosas que nunca tiveram vontade de mudar”. Por isso, desenhou uma linha orientadora para as empresas abraçarem corretamente a transformação digital, com estratégia e não apenas de forma tosca: é preciso uma “alteração de liderança, de estratégia, de propósito da organização”. “Não é uma alteração de criar sites na internet e digitalizar documentos, sem digitalizar os processos”, afirmou o dean da Nova SBE.

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Galp tem mais uma plataforma a funcionar no Brasil. Vai extrair 150 mil barris de petróleo

Em oito anos, esta é a oitava unidade a entrar em operação nos projetos Lula/Iracema. A Galp Energia tem 10% no consórcio que desenvolve o BM-S-11.

A Galp, parceira do consórcio BM-S-11, revela que a FPSO P-69 entrou em produção na área de Lula Extremo Sul, no pré-sal da bacia de Santos, prevendo uma produção de 150 mil barris de petróleo, isto além de gás natural. Em oito anos, esta é a oitava unidade a entrar em operação nos projetos Lula/Iracema.

“A unidade foi concebida especialmente para operar em projetos do pré-sal da bacia de Santos, com capacidade para processar diariamente 150 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás natural“, pode ler-se no comunicado divulgado pela Galp Energia através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). À Galp cabem 15 mil barris de petróleo.

Localizada a cerca de 290 km da costa do estado do Rio de Janeiro, Brasil, a plataforma do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás) está ancorada a uma profundidade de água de 2.150 metros.

A Galp tem uma participação de 10% no consórcio que desenvolve o BM-S-11, através da subsidiária Petrogral Brasil. Com uma participação de 65%, a Petrobras é a operadora dos projetos Lula/Iracema, cabendo à Shell Brasil Petróleo, os restantes 25%.

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