Portugal e Angola preparam visita de António Costa a Luanda

  • Lusa
  • 15 Maio 2018

Ter de ter recebido o ministro da Defesa, João Lourenço vai agora encontrar-se com António Costa. Chefes da diplomacia portuguesa e angolana já estão a preparar reunião.

Os chefes da diplomacia portuguesa e angolana falaram, esta terça-feira, para iniciar a preparação da visita do primeiro-ministro português, António Costa, a Luanda, que é um “objetivo totalmente prioritário”, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros português no parlamento.

“Tive o gosto de, há uma hora e meia, falar por telefone com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Angola, doutor Manuel Augusto, para prepararmos entre as nossas equipas a próxima visita do primeiro-ministro a Luanda”, disse Augusto Santos Silva, durante uma audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.

Depois de o Presidente angolano, João Lourenço, ter “dado o gosto” de receber, esta segunda-feira, o ministro da Defesa português, José Azeredo Lopes, em visita oficial a Luanda, “houve agora este contacto para que, ao nível das embaixadas, possamos concretizar esse objetivo, que é agora totalmente prioritário”, acrescentou.

Além da deslocação de Costa a Luanda, que chegou a estar prevista para o ano passado, os dois países deverão também retomar a revisão do programa executivo de cooperação e tratar da agenda bilateral, “que é muito rica”.

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Papeleiras disparam. BCP trava ganhos na bolsa de Lisboa

A família EDP voltou a valorizar em contexto de OPA, mas foram as empresas do setor papeleiro as que mais se destacaram na sessão, com ganhos entre 3% e 5%. Já o BCP puxou o travão.

A bolsa de Lisboa registou ganhos ligeiros numa sessão marcada pela valorização expressiva das empresas papeleiras e do setor da energia. A pressionar o desempenho do principal índice nacional esteve o setor da banca, com perdas acima de 2,5%, num dia em que o sentimento foi misto nas principais praças europeias. O Stoxx 600 fechou a avançar 0,10% para 392,58 pontos, enquanto o português PSI-20 encerrou a sessão a subir 0,12%, para 5.699,72 pontos.

A puxar pelo índice esteve a EDP, com uma valorização de 1,18% para os 3,44 euros, que continua a somar ganhos desde que os chineses da China Three Gorges anunciaram uma oferta pública de aquisição sobre a totalidade do capital da energética portuguesa e da EDP Renováveis.

Liderada por João Manso Neto, a EDP Renováveis também avançou, na ordem dos 0,25%, com os títulos a valerem agora 8,075 euros. Ambas as valorizações registadas pela família EDP esta terça-feira dão-se num contexto em que a administração da EDP, chefiada por António Mexia, já veio dizer que o preço oferecido pelos chineses é demasiado baixo.

Mas o grande destaque desta sessão foram as empresas do setor papeleiro. A Navigator registou o melhor desempenho desta sessão, ao subir 5,22% para 5,24 euros por ação. Já a Altri, que registou uma subida nos lucros de 90,6% para 32,6 milhões de euros entre janeiro e março, voltou a subir pela segunda sessão consecutiva, desta vez na ordem dos 4,38%. As ações valem agora 6,67 euros. Nota ainda para a Semapa, cujos títulos subiram 3,48% para 19,64 euros.

Destaque negativo para o BCP. O banco português travou os ganhos em Lisboa, ao cair 2,72% para 28,63 cêntimos por ação. A instituição liderada por Nuno Amado continua, assim, a corrigir dos ganhos significativos registados na semana passada. Ainda não viu ganhos esta semana.

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Lei laboral: CGTP fala em “tentativa de protelar a resolução do problema” para ano de eleições

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 15 Maio 2018

CGTP acusa Governo de tentar "protelar a resolução do problema". Para Arménio Carlos, este prolongamento pode ter como objetivo antecipar uma "mensagem especial" para 2019, ano de eleições.

No final de março, o Governo apresentou aos parceiros sociais um conjunto de 27 propostas para o mercado de trabalho, com o intuito de combater a segmentação do mercado do trabalho e dinamizar a contratação coletiva. Mas o tema continua à espera de novos desenvolvimentos em concertação social. Para a CGTP, existe “uma tentativa de protelar a resolução do problema”.

“Da parte do Governo, em relação à legislação laboral o que nós entendemos é que há aqui uma tentativa de protelar a resolução do problema”, afirmou Arménio Carlos esta terça-feira num almoço com jornalistas, defendendo que o assunto “já podia ter sido resolvido mais depressa”.

Eventualmente estão aqui a perspetivar o prolongamento do processo para se encontrar uma solução algures no final do ano que depois antecipe alguma mensagem especial para 2019, no quadro da realização das eleições

Arménio Carlos

Secretário-geral da CGTP

“Eventualmente estão aqui a perspetivar o prolongamento do processo para se encontrar uma solução algures no final do ano que depois antecipe alguma mensagem especial para 2019, no quadro da realização das eleições“, frisou ainda o secretário-geral da Intersindical. A CGTP garante que só assinará acordos se o conteúdo for positivo para os trabalhadores.

Nas comemorações do 1º de maio, a CGTP anunciou uma “grande manifestação nacional” em Lisboa, para 9 de junho, que servirá para “expressar as reivindicações” da confederação. Hoje, Arménio Carlos notou que “toda a dinâmica que neste momento está instalada aponta” uma “grande manifestação”. E não é “para pôr em causa ninguém”, adiantou ainda, mas sim para alertar o Governo de que “deve ir claramente mais longe”.

Ou “há resposta aos problemas ou então naturalmente aumenta a contestação e simultaneamente a mobilização dos trabalhadores”, rematou.

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Orçamento da ERSE sobe 4,7%. Reguladora reforça investimentos

  • Lusa
  • 15 Maio 2018

O orçamento para este ano da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos subiu 4,7%, tendo atingindo os 10,2 milhões de euros. Entidade vai reforçar investimentos, garante Cristina Portugal.

O orçamento da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) sobe 4,7% em 2018 para 10,2 milhões de euros, destacando-se o aumento da despesa nos investimentos, conforme revelou, esta terça-feira, no parlamento a presidente do organismo.

De acordo com os dados apresentados pela líder do regulador energético, Cristina Portugal, que falava aos deputados numa audiência na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, os investimentos vão representar 8,6% do orçamento da ERSE, uma subida face aos 5,5% registados no ano anterior.

Apesar de não discriminar valores, Cristina Portugal garantiu que “estão previstos alguns investimentos em sistemas de informação e no melhoramento do portal, para que se torne mais acessível e percetível”.

As despesas com pessoal, nas quais se incluem o movimento de colaboradores em 2017 e o descongelamento de promoções, progressões e diuturnidades, previsto para setembro, vão representar 67,3% do orçamento do regulador, uma descida em comparação com os 68,6% verificados em 2017.

Por sua vez, as despesas com bens e serviços, que englobam a renegociação de contratos com ganho e redução de despesa com comunicações e assistência técnica, vão simbolizar 24,1% do orçamento, menos 1,8 pontos percentuais face ao valor do ano anterior (25,9%).

Para 2018, a ERSE destacou como desafios, entre outros, a concretização nacional dos códigos de rede europeus, o seguimento dos projetos-piloto de tarifas dinâmicas, as tarifas e preços de gás natural para 2018-2019 e de eletricidade para 2019, bem como a emissão do parecer ao plano de investimento da rede de distribuição.

No que se refere à regulação dos mercados externos, o regulador pretende consolidar a integração do mercado ibérico, a “integração progressiva dos mercados e mecanismos de troca de reserva entre operadores de sistemas ibéricos e outros europeus” e ainda perspetiva a implementação do mercado intradiário contínuo.

Na área de supervisão dos mercados, no período em causa, a ERSE tem o objetivo de proceder à implementação do modelo de simulação de mercado e desenvolvimento, de analisar as condições de equilíbrio concorrencial e a manutenção do modelo de dados e análise da adequação da base de indicadores do Sistema de Informação de Mercados (SIMER).

Já no que se refere à supervisão dos consumidores, o regulador energético quer consolidar e reforçar as iniciativas de informação e formação, monitorizar a conflitualidade de consumo, atualizar a informação de rotulagem de energia elétrica, a “avaliação dos mecanismos de fidelização, indexação de preços e modos de pagamento nos contratos de fornecimento de energia” e ainda a atualização e disponibilização de informação aos consumidores sobre “preços de referência praticados nos mercados liberalizados”.

Durante a sua intervenção, Cristina e Portugal fez ainda um balanço das atividades desenvolvidas em 2017, ano que classificou como “intenso”, no qual sublinhou a fixação de tarifas e preços de gás natural e a consolidação de regulamentos no setor elétrico e do gás natural.

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Sagres vai apoiar Seleção Nacional até 2024

  • ECO
  • 15 Maio 2018

A marca renovou o contrato de patrocínio com a Federação Portuguesa de Futebol por mais seis anos. As garrafas de cerveja vão contar com novos designs de apoio à Seleção nacional.

A Sagres renovou por mais seis anos o patrocínio às Seleções e Competições de futebol com a Federação Portuguesa de Futebol. A notícia foi adiantada no mesmo dia em que a marca anunciou a sua campanha de apoio à Seleção Nacional para o Mundial da Rússia 2018.

O contrato de patrocínio, que comemora 25 anos este ano, foi renovado até 2024 e contempla as Seleção Nacional de Futebol A Masculino e Feminino, Seleção Nacional de Sub 21 (Masculino), Taça de Portugal e Supertaça Cândido de Oliveira, adiantou a Sagres em comunicado.

Ainda no mesmo dia, a marca de cerveja apresentou a campanha que vai apoiar a Seleção Nacional no Campeonato Mundial de Futebol Rússia 2018, cujo mote é “Por Portugal, Repete o Ritual”, onde é pedido a todos os portugueses que “repitam os rituais que tiveram durante o Euro2016 e que ajudaram a Seleção Nacional a chegar à grandiosa vitória”.

Ricardo Araújo Pereira volta a ser cara da campanha, que vai ser novamente apresentada no Estádio Nacional – Jamor, e estará presente em televisão, outdoor e digital. A marca vai ainda apresentar uma “nova roupagem” para apoiar a Seleção, que poderá ser vista nos rótulos das garrafas retornáveis, packs e caixas e, pela primeira vez, na decoração exterior da cápsula/carica da garrafa Sagres.

“Este reforço da ligação às Seleções Nacionais é uma grande conquista e um marco para a Sagres, que assim estende uma ligação de 25 anos em que a Marca tudo tem feito para apoiar sempre a nossa Seleção. Ficámos extasiados com a vitória do Euro2016 e estamos certos de que a Nossa Seleção tudo fará para que nos próximos seis anos comemoremos novas vitórias quer da Seleção masculina, quer da feminina“, diz Filipe Bonina, diretor de marketing da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, citado no comunicado.

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Abreu Advogados com novos sócios

Teresa Brito da Silva é a nova sócia da Abreu Advogados. A sociedade convidou ainda nove advogados para sócios contratados.

A advogada Teresa Brito da Silva é a nova sócia da Abreu Advogados. A sociedade convidou ainda nove advogados para sócios contratados, dando reconhecimento às suas capacidades técnicas, novas ideias e projetos.

Teresa Brito da Silva reforça a área de Corporate e M&A, onde já tem experiência. Adicionalmente, passam a sócios contratados José Carlos Vasconcelos, Luis Fraústo Varona, Patrícia Perestrelo, César Bessa Monteiro Jr., Gonçalo Malheiro, Ricardo Henriques, Mafalda Teixeira de Abreu, Marta Romano de Castro e Micaela Afonso.

Em declarações enviadas à Advocatus, Duarte de Athayde, managing partner da Abreu, diz que “estas nomeações são um reconhecimento do mérito destes profissionais e, simultaneamente, um passo importante no crescimento da sociedade, que amplia o núcleo de sócios, dando espaço a novas gerações para inovar no mercado de advocacia”.

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CTT vendem prédio em Lisboa por 10,3 milhões de euros

A empresa de correios assinou um contrato-promessa de compra e venda de um imóvel na Rua da Palma, em Lisboa. Venda vai gerar mais-valia de 8,5 milhões de euros.

Os CTT assinaram um contrato-promessa de compra e venda de um imóvel na Rua da Palma, no Martim Moniz em Lisboa. O negócio está avaliado em 10,3 milhões de euros, sendo que a mais-valia para a empresa liderada por Francisco de Lacerda é de 8,5 milhões de euros.

Em comunicado enviado à CMVM, os CTT revelam que, “nos termos deste contrato, o preço global devido pela venda do imóvel corresponde a 10,3 milhões de euros (o que representará uma mais-valia contabilística antes de impostos de cerca de 8,5 milhões de euros, com um impacto fiscal de cerca de 1,1 milhões)”, nota a empresa de correios.

“Nesta data os CTT receberam a quantia de um milhão de euros título de sinal, devendo o remanescente ser pago aquando da outorga da escritura pública de venda definitiva, a qual deverá ter lugar no prazo máximo de seis meses a contar desta data, encontrando-se apenas condicionada ao não exercício de direito de preferência na venda destes imóveis pelas autoridades administrativas que legalmente beneficiam de tal direito”, acrescenta.

Os CTT têm em marcha um plano de reestruturação para fazer face à quebra da atividade, que ditou uma forte quebra nos lucros do ano passado. Além do encerramento de balcões, bem como do despedimento de funcionários, a empresa está a vender ativos. Esta operação está “em linha com a sua política de alienação de ativos não estratégicos quando estejam reunidas as necessárias condições de mercado”, remata.

Recorde-se que, no final do ano passado, os CTT anunciaram a conclusão do negócio de venda da antiga sede da empresa, em Lisboa, por um valor de 25 milhões de euros. O contrato de promessa de compra e venda foi celebrado a 15 de dezembro do ano passado, sendo que esta venda representará uma mais-valia de 16 milhões de euros para a empresa.

Mais recentemente, o Banco CTT saiu do edifício Adamastor, no Parque das Nações, em Lisboa. O ECO apurou que a sede do banco postal foi transferida para o edifício onde o próprio grupo CTT está sediado, poucos metros ao lado, numa medida que deverá permitir uma poupança anual de 800 mil euros com rendas.

(Notícia atualizada às 16h56 com mais informação)

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Ministro adjunto Siza Vieira pede escusa na OPA dos chineses à EDP

Ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, pediu escusa ao Governo de intervir em "matérias relacionadas com o setor elétrico".

O ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, pediu escusa ao Governo de intervir em “matérias relacionadas com o setor elétrico, que acompanhava juntamente com outros membros do Governo”. Este pedido dispensa o ministro no caso da OPA dos chineses à EDP.

No pedido enviado a António Costa, Siza Vieira pede escusa “de interferir em matérias relacionadas com o setor elétrico e referiu que desde logo havia cessado qualquer intervenção nessas matérias”. “No seu requerimento, (…) invoca que nesse dia 11 de maio foi noticiado pela comunicação social o lançamento da oferta pública de aquisição (OPA) sobre a totalidade do capital social da EDP e da sua subsidiária EDP Renováveis e que nessa operação o oferente – China Three Gorges (CTG) – é juridicamente assessorado pela sociedade de advogados Linklaters LLP”, justificou.

Pedro Siza Vieira deu ainda nota de que “durante cerca de 16 anos foi sócio da referida sociedade de advogados, sendo certo que, antes da sua tomada de posse, acordou a amortização da sua quota com aquela sociedade, tendo cessado toda a ligação com a mesma, e não teve, antes dessa data, qualquer contacto como advogado ou em qualquer outra qualidade com a CTG os seus representantes“.

No entanto, por considerar “que a situação pode suscitar dúvidas sobre a sua imparcialidade”, o ministro Adjunto pediu escusa “na apreciação de matérias relativas ao setor elétrico”. De acordo com o portal do Governo, o primeiro-ministro “deferiu o pedido de Pedro Siza Vieira nos termos do Código de Conduta do Governo”.

Na passada sexta-feira, a China Three Gorges, maior acionista da EDP (23,27%), lançou uma OPA à EDP sobre a totalidade do capital da elétrica portuguesa, oferecendo uma contrapartida de 3,26 euros por ação. Para comprar a totalidade da elétrica, a CTG terá de desembolsar cerca de nove mil milhões de euros.

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Auditor diz que Cipan vale mais do que a Lusosuan quer pagar. Saída de bolsa fica comprometida

O auditor a quem a CMVM pediu para calcular a contrapartida justa a pagar pela Suan Farma para avançar com a retirada de bolsa da Cipan fixou-a em 32,9 cêntimos por ação, acima dos 28,14 oferecidos.

A saída de bolsa da Cipan poderá estar comprometida. O auditor independente a quem a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) recorreu para calcular o valor da contrapartida justa a oferecer por cada ação da empresa portuguesa da área dos medicamentos propôs um valor superior ao oferecido pela Suan Farma, através da Lusosuan. Os espanhóis tinham alertado que a operação cairia caso esse cenário se concretizasse, o que agora se confirma.

A possibilidade do falhanço desta operação surge depois de a CMVM ter divulgado nesta terça-feira um comunicado em que dá conta do relatório do auditor para a fixação da contrapartida mínima a oferecer aos acionistas por ocasião da perda de qualidade de sociedade aberta requerida pela Cipan.

“Tendo em conta as análises efetuadas, somos de opinião que a oferta de aquisição se deverá realizar ao preço de 0,329 euros” disse o auditor no relatório requerido pelo regulador do mercado de capitais. O valor que os espanhóis da Suan Farma tinham proposto para ficar com as ações nas mãos dos acionistas minoritários que na assembleia-geral de 6 de março, não votaram favoravelmente à perda da qualidade de sociedade aberta da Cipan, ou que não estiveram presentes, foi de 28,14 cêntimos por ação.

Ora, a Lusosuan que detém 91,78% do capital da empresa portuguesa, avisou logo quando se lançou para a retirada de bolsa da Cipan, que a operação cairia caso a CMVM convocasse um auditor que determinasse um preço superior, o que agora se confirma.

No comunicado divulgado esta terça-feira, a CMVM dá ainda conta que “o procedimento relativo ao pedido de perda da qualidade de sociedade aberta não se encontra ainda concluído”.

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Crescimento da easyJet em Portugal vai abrandar por congestionamentos em Lisboa e Porto

  • Lusa
  • 15 Maio 2018

Com o congestionamento no aeroporto de Lisboa e alguma falta de capacidade temporária no do Porto, easyJet estima que o seu crescimento deverá desacelerar. Na Invicta, limitações devem acabar em 2019.

O crescimento easyJet vai desacelerar em Portugal devido ao congestionamento em Lisboa e a alguma falta de capacidade temporária no Porto, informou, esta terça-feira, à agência Lusa o diretor da transportadora aérea para Portugal, José Lopes.

“Houve um efeito de desvio [para o Porto] uma vez que o aeroporto de Lisboa está congestionado. Houve quase um desvio global de todos os operadores para o Porto, o que levou a que no verão de 2018 [entre março e outubro] ficássemos com problemas na obtenção de ‘slots’ [movimentos de aeronaves]”, explicou.

O responsável acrescentou que essas limitações no Porto deverão terminar no próximo ano, “após as obras que a ANA [empresa gestora de aeroportos] irá levar a cabo de melhoria da pista”, permitindo que a capacidade volte a crescer.

“O crescimento no Porto não vai ser aquele que nós quereríamos de início, mas vamos continuar a crescer na mesma”, garantiu o responsável, prevendo que a companhia, em Portugal, feche o ano fiscal (setembro) com “um aumento de capacidade global de cerca de 5% do número de lugares obtidos”.

As limitações nos aeroportos contribuem para as “oportunidades que se vão perdendo em Portugal”, e que podem levar as companhias a desviar-se para outros países para crescer.

José Lopes

Diretor da EasyJet Portugal

Assim, a easyJet deverá crescer em Portugal em linha com a restante rede, em vez de acima como tem vindo a acontecer.

As limitações nos aeroportos contribuem para as “oportunidades que se vão perdendo em Portugal”, e que podem levar as companhias a desviar-se para outros países para crescer.

José Lopes reafirmou a necessidade de tomar decisões para aumentar a capacidade aeroportuária de Lisboa antes da nova solução complementar no Montijo em 2022.

Entre as decisões urgentes está o “fecho da pista transversal, não só por razões de segurança, como para poder aumentar a capacidade de estacionamento e permitir construir a nova torre de controlo”, que demorará quase três anos até funcionar em pleno, referiu.

Outra restrição ao crescimento da companhia britânica coloca-se com o atual quadro fiscal que “não é tão competitivo”, como em outros países europeus, para profissões muito qualificadas, como comandantes.

Em causa está a necessidade de “cobrir posições existentes”, ou seja, comandantes para aviões em bases nacionais, pelo que se “torna mais difícil implementar uma estratégia de crescimento e vinda de mais aeronaves no futuro para Portugal”.

No dia em que foram divulgados os resultados da transportadora do semestre que acabou em março, José Lopes notou que em Portugal foi conseguido o melhor inverno IATA em número de passageiros, atingindo os 2,77 milhões (+8,4%), e uma taxa de ocupação de 95,7% (+2,1 pontos percentuais).

Em Portugal estão baseadas nove aeronaves, há 61 rotas para nove países europeus, mais voos domésticos, num total de 31 aeroportos.

A easyJet cresceu nos quatro aeroportos da operação da transportadora: em Lisboa a subida foi de quase 9% (1,17 milhões passageiros), Porto de 6% (750 mil), Faro de 16,6% para 534 mil, e no Funchal de 9% (305 mil).

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Jorge Vasconcelos: “O que se está a passar nos bastidores da OPA à EDP não é bonito”

O antigo presidente da ERSE defende que não é possível avaliar correctamente o valor dos activos da EDP quando a concessão da rede de distribuição vai ser renegociada pelos municípios em 2019.

O que se está a passar nos bastidores da OPA não é bonito”, alerta o antigo presidente da ERSE, Jorge Vasconcelos. Em causa está o facto de as redes de distribuição de energia de baixa tensão serem alvo de uma renegociação, no próximo ano, e não ser conhecido o sentido dessa alteração que vai afetar o valor da EDP.

Num comentário à OPA dos chineses da China Three Gorges (CTG) à EDP, na conferência do ECO sobre os desafios do mercado único de energia, que decorreu esta terça-feira, o presidente da New Energy Solutions explica que esta não é uma “questão de mercado”, mas do legislador. Ao ECO explica porquê. “Há aspetos que são de natureza política, e não puramente de mercado, e não é possível pretender valorizar adequadamente uma empresa cuja rede de distribuição vai ser objeto de processos de concessão no próximo ano, processos esses cujas regras não são conhecidas hoje”.

Há aspetos que são de natureza política, e não puramente de mercado, e não é possível pretender valorizar adequadamente uma empresa cuja rede de distribuição vai ser objeto de processos de concessão no próximo ano, processos esses cujas regras não são conhecidas hoje.

Jorge Vasconcelos

Antigo presidente da ERSE

O antigo presidente da ERSE sublinhou ainda que, neste caso em concreto, não se fala “de ativos cuja valorização depende do mercado, mas sim de regras definidas por entidades públicas e que vão ser ser definidas, em princípio, no próximo ano”.

Ou seja, em causa está a renegociação dos contratos de concessão das redes de distribuição de baixa tensão que vai “afetar o valor da empresa que hoje detém essa infraestrutura”. Sendo que “o poder concedente é dos municípios, embora haja uma adequação entre municípios e o Governo”, frisou Jorge

Vasconcelos.

“Quando há uma operação deste tipo de aquisição seja qual for o setor, seja qual for o país, temos bancos que vão assessorar as empresas interessadas na operação e que vão fazer uma avaliação daquela empresa. Essa avaliação tem de ser feita com base em determinados critérios. Dizer que aqueles ativos detidos hoje por aquela empresa valem X e a expectativa é de que nos próximos X anos venham a valer tanto. Isso depende não da concorrência do mercado, mas vai depender de um processo político que não está ainda definido“, explica Jorge Vasconcelos. “Isso parece-me que é bastante lógico”.

Jorge Vasconcelos recusa fazer qualquer avaliação ao domínio chinês sobre o setor energético nacional — a REN é detida em 25% pela chinesa State Grid e pela Fidelidade, detida pela Fosun (5,3%) e a EDP, que está a ser alvo de OPA da China Three Gorges. “Mais importante do que o passaporte dos acionistas das empresas é conhecer, quando se trata de empresa que atuam num setor de concessões ou num setor regulado, quais são as regras que se aplicam“. O antigo presidente da ERSE até admite que se trata de um “setor estratégico”, mas é necessário que o Estado “defina uma estratégia e a operacionalize em termos de direitos e obrigações das empresas que operam nesse setor”. “É isso que o Estado que deve fazer. Se não o faz é um problema do Estado, não dos acionistas”, conclui.

No caso da OPA da China Three Gorges à EDP não se fala “de ativos cuja valorização depende do mercado, mas sim de regras definidas por entidades públicas e que vão ser ser definidas, em princípio, no próximo ano”, diz Jorge Vasconcelos, antigo presidente da ERSE.Paula Nunes / ECO

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Só um não chega. SoftBank quer criar mais um fundo para investir em tecnologia

Masayoshi Son admite criar um segundo fundo multimilionário para investir em tecnologias emergentes, após ter juntado quase 100 mil milhões de dólares no Vision Fund.

Depois de ter angariado mais de 93 mil milhões de dólares para a criação do Vision Fund, o maior fundo privado de investimento que o setor tecnológico alguma vez viu, o fundador do SoftBank tem planos para criar mais um fundo do mesmo género. O objetivo é apoiar empresas que estejam a desenvolver tecnologias emergentes.

De acordo com a Reuters, a intenção foi revelada pelo próprio magnata japonês, Masayoshi Son, durante uma conferência a Tóquio. A agência refere que o novo fundo poderá contar com alguns dos investidores que já fizeram parte do primeiro, bem como outros investidores institucionais.

“O Vision Fund 2 está certamente a caminho”, afirmou o líder do SoftBank, um conglomerado japonês que começou por criar programas informáticos e, hoje, detém participações de relevo em diversas empresas ligadas à tecnologia, como, por exemplo, a Uber. O novo fundo deverá chegar “num futuro próximo”, mas não se esperam novidades pelo menos durante os próximos seis meses.

O Vision Fund que é atualmente conhecido, e que foi um dos grandes projetos de Masayoshi Son nos últimos meses, garantiu apoios multimilionários de países como a Arábia Saudita ou Abu Dhabi. Também a Apple e a Foxconn participaram nesse esforço coletivo de investimento na indústria das novas tecnologias. “Eu acredito que os nossos parceiros atuais estão extremamente contentes com os nossos progressos”, disse o fundador do SoftBank.

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