O bom filho à casa torna

  • ECO + SLCM
  • 9 Abril 2018

No final de contas, fica-nos, insistente, a interrogação: se o “filho” se “emancipar” das instruções do “pai”, qual será afinal o fim útil que seria servido por esta forma de designação?

A nomeação de uma pessoa colectiva para administrador de uma sociedade anónima é uma prática relativamente habitual no ordenamento jurídico português, que parece esconder, nos seus bastidores e longe dos olhares públicos mais desatentos, um conjunto de questões e interrogações próprios de um verdadeiro enredo familiar.

A lei começa por estabelecer que os administradores das sociedades anónimas “devem ser pessoas singulares com capacidade jurídica plena” para, logo de seguida, e num passo aparentemente contraditório, referir que se uma pessoa colectiva for designada administradora deve nomear uma pessoa singular para exercer o cargo em nome próprio.

Como se esta aparente contradição não fosse suficiente, o legislador vai mais longe e vem estabelecer que a pessoa colectiva responde solidariamente pelos actos praticados pela pessoa singular designada por aquela, para exercer, em nome próprio, o cargo de administração.

Assim, e da letra da lei, parece, por um lado, resultar que a pessoa singular nomeada administradora não representa a pessoa colectiva, assumindo para si todos os direitos e deveres inerentes ao cargo e agindo com plena autonomia face à pessoa colectiva que a nomeou, sendo aliás discutido se a pessoa colectiva pode, ou não, destituir a (ou revogar a designação da) pessoa singular por si nomeada.

Por outro lado, contudo, uma primeira leitura da letra da mesma lei aparenta que o legislador pretenderá, pelo contrário, estabelecer que a pessoa colectiva, que nenhum controlo tem sobre a pessoa singular, responde solidariamente pelos actos praticados por esta última.

O nosso legislador (talvez mais “paternal”) estará, assim, talvez mais inspirado pelo ditado “o bom filho à casa torna” do que confiado na sua própria expressão, que estabelece que a pessoa singular “exerce o cargo em nome próprio”, reconhecendo, no seu entender, que o “filho” (no caso a pessoa singular nomeada), enfrentará sempre dificuldades em conseguir demarcar-se dos interesses da pessoa colectiva que o designou, sendo assim necessário responsabilizar também a pessoa colectiva pelos actos da mesma pessoa singular (apesar desta exercer o cargo em nome próprio!).

Todavia, a nossa doutrina (quiçá mais “maternal”) estará mais confiada nas capacidades e autonomia do “filho”, pelo que tem caminhado no sentido de exigir culpa da pessoa colectiva na escolha da pessoa singular nomeada administradora (culpa in eligendo) para admitir a responsabilidade solidária daquela pessoa colectiva, afastando-se assim de uma mera responsabilidade objectiva desta.

Assim, e sempre sem prejuízo de uma análise necessariamente mais técnica que este tema de certo merece (ou não fossemos nós advogados), importará saber se o legislador continuará como espectador atento deste enredo ou se, nos próximos capítulos, poderemos assistir a uma desejada clarificação do regime, mais adequada com a prática societária.

É que, no final de contas, fica-nos, insistente, a interrogação: se o “filho” se “emancipar” das instruções do “pai”, qual será afinal o fim útil que seria servido por esta forma de designação?

Artigo desenvolvido por Sofia Almeida Cabrita, SLCM // Serra Lopes, Cortes Martins & Associados

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Novartis compra empresa biotech por 8,6 mil milhões

  • Juliana Nogueira Santos
  • 9 Abril 2018

Este negócio, que moveu 8,7 mil milhões de euros, poderá significar novas oportunidade para os doentes que sofrem de atrofia muscular espinhal.

A Novartis deu um passo milionário em direção na investigação e desenvolvimento da terapia genética com a compra da norte-americana AveXis, uma farmacêutica especializada em tecnologias para o tratamento de doenças raras — a chamada biotech.

Este negócio, que moveu 8,7 mil milhões de euros, reuniu o consenso dos administradores das suas empresas, sendo que ficará fechado a meio deste ano de 2018.

Segundo o comunicado divulgado pela empresa suíça, um dos produtos desenvolvidos pela AxeXis “tem potencial para ser a primeira terapia de substituição para a atrofia muscular espinhal, uma doença que resulta em morte precoce e incapacidades a longo prazo”.

Esta operação é o exemplo mais recente do crescente interesse no mercado da tecnologia aplicada à biologia e às ciências da vida, com muitas as farmacêuticas a apostarem e investirem em empresas mais pequenas.

No caso da Novartis, este já é o segundo investimento em terapia genética, após ter comprado os direitos de um tratamento para a cegueira, com a marca da Luxturna. Avançou 105 milhões de dólares numa primeira fase, sendo que poderá desembolsar até mais 65 milhões para fechar negócio.

“A proposta de aquisição da AveXis dá-nos uma oportunidade extraordinária de transformar o tratamento da atrofia muscular espinhal. Acreditamos que o produto poderá criar uma vida cheia de possibilidades para as crianças e as famílias afetas por esta condição devastadora”, apontou Vas Narashimhan, presidente da Novartis.

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Anos de prejuízos levam Deutsche Bank a afastar CEO

John Cryan foi afastado da liderança do Deutsche Bank. Uma decisão tomada pela entidade depois de vários anos de prejuízos. Já há substituto: Christian Sewing, até agora vice-presidente, é o novo CEO.

O conselho de administração do Deutsche Bank decidiu afastar o CEO da instituição financeira, John Cryan, antes do fim do mandato. A decisão foi tomada depois de três anos de prejuízos e várias críticas ao ritmo de implementação do plano de cortes de custos na entidade que emprega 100 mil funcionários em todo o mundo. E já há substituto: Christian Sewing vai agora ocupar o lugar vago, tendo já prometido tomar “decisões difíceis” para inverter os vários anos de perdas.

“Depois de uma análise detalhada, chegámos à conclusão de que precisamos de uma nova dinâmica de execução na liderança do nosso banco.” Foi assim que o chairman do Deutsche Bank, Paul Achleitner, explicou no domingo à noite a saída de John Cryan da liderança da instituição financeira alemã. O gestor abandona o cargo no final do mês.

"Depois de uma análise detalhada, chegámos à conclusão de que precisamos de uma nova dinâmica de execução na liderança do nosso banco.”

Deutsche Bank

Cryan assumiu funções em junho de 2015 e sai agora dois anos mais cedo do que estava determinado pelo mandato, depois de os investidores terem perdido a confiança de que seria capaz de colocar o banco novamente no caminho dos lucros após três anos consecutivos no vermelho.

A administração já encontrou um substituto: Christian Sewing, de 47 anos, era até agora vice-presidente do Deutsche Bank. Passa agora a liderar a equipa, numa altura em que o banco tenta fortalecer a sua marca no mercado doméstico.

O novo CEO da instituição financeira já veio dizer que está preparado para “tomar decisões difíceis”. Numa carta enviada aos quase 100 mil trabalhadores do banco, Christian Sewing assegurou que não se podem repetir “em quaisquer situações que sejam” os prejuízos do quarto trimestre de 2017. O maior banco alemão registou prejuízos de 2.186 milhões de euros no quarto trimestre de 2017, mais 15,6% do que no mesmo período de 2016.

No conjunto de 2017, a entidade registou prejuízos líquidos de 497 milhões de euros que, ainda que tenham baixado 63,3% face aos registados em 2016, representaram o terceiro ano consecutivo de resultados negativos.

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PSD e CDS querem explicações no Parlamento sobre cancelamentos de voos da TAP

  • Lusa
  • 9 Abril 2018

O PSD quer ouvir a administração da TAP o CDS pede uma audição ao ministro do Planeamento e Infraestruturas. Poderão estar em causa falhas no cumprimento do serviço público.

O PSD pediu a audição, no Parlamento, da administração da TAP para dar explicações sobre os cancelamentos de voos. O CDS-PP quer ouvir o ministro do Planeamento e Infraestruturas, com a área dos transportes.

Em declarações à Lusa, o deputado Paulo Neves, do PSD, considerou “completamente inadmissível” a situação dos atrasos, nomeadamente para as regiões autónomas, da Madeira e dos Açores, prejudicando milhares de pessoas. “Só da Madeira, numa semana, foram cancelados 10 voos da TAP”, exemplificou o deputado social-democrata, para quem o Governo, que nomeia administradores para a empresa, “também é corresponsável” pela situação.

O CDS-PP também quer levar a questão à Assembleia da República e, como o PSD, quer uma audição na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, mas do ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques. No texto do requerimento, a que a Lusa teve acesso, os centristas admitem que pode estar em causa o cumprimento das obrigações de serviço público, em especial para as regiões dos Açores e da Madeira, nomeadamente os regulamentos da União Europeia.

O CDS-PP entende que a empresa não está a cumprir a obrigação do serviço público entre um aeroporto da Comunidade e um aeroporto que sirva uma região periférica ou em desenvolvimento do seu território ou numa rota de fraca densidade de tráfego para qualquer aeroporto do seu território, se a rota em causa for considerada vital para o desenvolvimento económico da região que o aeroporto serve”, lê-se no texto apresentado pelos centristas.

No sábado, o Governo Regional da Madeira manifestou o seu desagrado junto das companhias aéreas TAP e easyJet, as únicas que operam regularmente na região, devido ao “cancelamento sucessivo” de voos nos últimos dias, informou o vice-presidente do executivo.

Pedro Calado reconheceu que o cancelamento de voos tem ocorrido por motivos operacionais das duas companhias, mas considerou importante também manifestar o desagrado uma vez que a Madeira, como região insular, está totalmente dependente das ligações aéreas.

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Meninos amuados, notícias falsas e AG convocada. Bruno de Carvalho em cinco posts

  • ECO
  • 9 Abril 2018

Os últimos desenvolvimentos da crise no Sporting podem resumir-se em cinco publicações no Facebook de Bruno de Carvalho. Da suspensão dos "meninos mimados" à convocação de nova Assembleia Geral.

Está instalada a crise no Sporting. Depois de o Sporting ter perdido o último jogo da Liga Europa, frente ao Atlético de Madrid, Bruno de Carvalho virou-se contra o plantel… e o plantel virou-se contra Bruno de Carvalho. Em pouco mais de um fim de semana, a situação escalou e, agora, já é o presidente da mesa da Assembleia Geral do Sporting, Jaime Marta Soares, que pede a demissão do presidente do clube. Bruno de Carvalho já respondeu a Marta Soares e… pede a demissão deste. Os últimos desenvolvimentos da crise no Sporting podem resumir-se em cinco publicações na conta de Facebook de Bruno de Carvalho — um deles, entretanto, já apagado. Cinco, mais um: esta segunda-feira, já depois da publicação deste artigo, o presidente do Sporting partilhou mais um desabafo, onde anuncia que vai fechar a sua conta de Facebook.

5 de abril. O “arraso” aos jogadores

A publicação começou por ser apenas um “relato” do jogo do Sporting contra o Atlético de Madrid, que venceu os leoninos por 2-0. Na visão de Bruno de Carvalho, o Sporting foi “uma equipa com atitude mas com uma defesa que não esteve concentrada”. E deixou várias críticas individuais, a Gelson, Fábio e Bas Dost. “De 11, fomos 9, muitas vezes, e isso paga-se caro”, escreveu.

Pouco tempo depois de ter publicado estes comentários, e perante as críticas que recebeu, fez uma atualização. “Todos os que vieram para a minha página pessoa dar lições de moral ou deturpar o que escrevi ficaram sem acesso à mesma. No caso deles, sobre a minha página pessoal, vão passar a saber por que ficam em casa”. E acrescentou: “Quem vê nisto um arraso a jogadores tem de ter um problema grave”.

6 de abril. A suspensão dos “meninos mimados”

Esta publicação já foi, entretanto, apagada, mas é uma das que causou maior polémica. Depois dos críticas feitas aos jogadores na quinta-feira à noite, foram os próprios jogadores que se viraram contra Bruno de Carvalho. Rui Patrício deu o pontapé de saída com um texto publicado na sua conta de Instagram, que foi depois partilhado por vários jogadores do Sporting.

Bruno de Carvalho respondeu a esta crítica com a suspensão destes jogadores. “No Sporting não se vive na República das Bananas. Todos os atletas que escreveram o que em baixo descrevo estão imediatamente suspensos, tendo de enfrentar a disciplina do clube. Já estou farto de atitudes de miúdos mimados que não respeitam nada nem ninguém”, escreveu.

8 de abril. As “notícias falsas”

Dos jogadores, Bruno de Carvalho partiu para atacar também a comunicação social. Numa publicação de domingo, o presidente do Sporting criticou a forma como os jogadores, que tinham pedido uma reunião com a direção do clube, optaram por partilhar informação com a comunicação social. “Coisa estranha, quisemos tratar de tudo em família e dentro de casa, como aliás nos tem sido pedido, e eis que hoje está tudo na praça pública, plantado em todos os jornais, com vários factos deturpados, truncados ou, simplesmente, aldrabados”.

Quanto às notícias que têm sido publicadas, rejeita a sua veracidade. “Alguém dentro daquelas duas salas apressou-se a colocar uma série de notícias falsas por todos os jornais. São este tipo de hipocrisias em que se apela publicamente para que os assuntos sejam tratados dentro de casa, para depois, com recurso a serem “fontes anónimas”, poderem livremente conspurcar uma comunicação social que, já por si, inventa todos os dias novas mentiras sobre o Sporting”.

9 de abril. A maca

Já na madrugada desta segunda-feira, Bruno de Carvalho publicou uma fotografia que será do próprio, deitado numa maca, a receber assistência médica. “Quero agradecer ao jogador que espalhou esta foto. É isto que a bancada quer”, comentou. Este domingo, o presidente do Sporting disse que enfrenta várias doenças. “De há um mês para cá luto com várias doenças ao mesmo tempo, tenho estado ao lado da minha mulher. Têm sido momentos difíceis para a minha família, mas temos superado”, disse em conferência de imprensa, depois do jogo contra o Paços de Ferreira, que venceu por 2-0.

9 de abril. Nova Assembleia Geral

A última publicação foi já esta manhã, depois de Jaime Marta Soares ter exigido a demissão de Bruno de Carvalho. Na resposta, o presidente do Sporting diz que será ele próprio a convocar nova Assembleia Geral, para que os sócios possam pronunciar-se não só sobre a direção do clube, mas também sobre a Assembleia Geral e o Conselho Fiscal e Disciplinar.

9 de abril. O fecho da conta

Já depois da publicação deste artigo, Bruno de Carvalho publicou novo desabafo, desta vez para anunciar que vai fechar a conta de Facebook. “Eu não quero mais enxovalhos em prol de quem não merece. Querem viver na ignorância e sem defesa à altura das necessidades do nosso clube? Se o Sporting fica mais forte desta forma, seja feita a vontade da maioria. Para mim, ficará a missão de gerir o clube da forma que acham melhor. Erradíssima, mas o clube é vosso”, escreve.

“Que este meu afastamento do Facebook seja a vossa felicidade! E eu que sempre julguei que seria o sermos campeões em tudo. Ingénuo!”, conclui.

Notícia atualizada às 12h36 com anúncio de fecho de conta do Facebook por parte de Bruno de Carvalho.

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Equipa de estudantes portuguesa liderada por Rute Alves participa em Moot Court na Áustria

O Vis Moot de Viena é a maior competição de arbitragem comercial internacional do mundo, que se realiza anualmente em Viena, Áustria.

Rute Alves, associada sénior de PLMJ Arbitragem, treinou a equipa Portuguesa da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa que participou na 25ª Edição do Willem C. Vis Moot. A preparação da equipa, constituída pelas alunas do mestrado forense e arbitragem, Bruna Corby, Madalena Palha, Jamily Gomes, Jenny Medina e Sara Freitas, foi assegurada em conjunto com André Pereira da Fonseca, da Abreu Advogados. O apoio à equipa nasce de um protocolo entre a Faculdade de Direito da Universidade Nova e a Associação Portuguesa de Arbitragem sub 40.

Este ano a competição contou com a participação de mais de 350 universidades, sendo que o caso fictício tratado tinha como regras processuais aplicáveis as UNCITRAL Arbitration Rules.

A participação no Vis Moot envolve vários meses de preparação, incluindo a elaboração e apresentação de peças processuais como se de uma verdadeira arbitragem se tratasse e culminando com a realização das Rounds of Argument que ocorreu entre 24 e 29 de Março, em Viena. Este foi o segundo ano em que a Universidade Nova de Lisboa esteve representada na competição.

Segundo Rute Alves, “a preparação para esta competição exige não só a dedicação de seis meses de estudo muito intenso do caso, de doutrina e de jurisprudência, mas também, e sobretudo, a consolidação desse estudo e a capacidade de resposta rápida e adequada às questões colocadas pelos painéis de árbitros durante a competição em Viena. A exigência do estudo aliada à capacidade de resposta às mais diversificadas questões, de árbitros com backgrounds diferentes, faz desta competição um treino privilegiado para a advocacia, principalmente para os alunos interessados em arbitragem.”

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Importações até fevereiro crescem acima das exportações

As exportações nos dois primeiros meses do ano aumentaram 8%, mas as compras de bens ao exterior subiram mais, revelam dados do INE.

As exportações de bens aumentaram 8% nos dois primeiros meses de 2018 em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, as compras de bens ao exterior cresceram 10,3%, mostram dados publicados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Estas taxas de variação espelham a evolução das compras e vendas de bens ao exterior nos dois primeiros meses do ano, quando comparados com o mesmo período do ano anterior.

No entanto, as taxas de variação homóloga referentes apenas a fevereiro apontam para números diferentes. As exportações aumentaram 6,2% e as importações subiram 8,5%. Os valores são diferentes dos primeiros, mas a tendência é a mesma. As exportações subiram abaixo das importações.

“Em fevereiro de 2018, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de 6,2% e 8,5%, respetivamente, desacelerando ambas face ao mês anterior (10,0% e 12,1% em janeiro de 2018, pela mesma ordem). Destaque-se que o crescimento das exportações de Material de Transporte representou mais de dois terços (69,2%) do acréscimo global neste mês”, diz o INE.

O instituto estatístico acrescenta que “o défice da balança comercial de bens foi de 991 milhões de euros em fevereiro de 2018, mais 170 milhões de euros que no mês homólogo de 2017. Excluindo os Combustíveis e lubrificantes a balança comercial atingiu um saldo negativo de 646 milhões de euros, tendo aumentado 118 milhões de euros em relação ao mesmo mês de 2017”.

As exportações têm sido um dos principais motores de crescimento da economia portuguesa, tal como avançou o Banco de Portugal nas últimas previsões.

Evolução das exportações

Fonte: INE

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Custo do trabalho em Portugal sobe 3% em 2017

  • Lusa
  • 9 Abril 2018

Apesar de continuar significativamente abaixo da média europeia, o custo horário da mão-de-obra em Portugal subiu 3% entre 2016 e 2017, para os 14,1 euros.

O custo horário da mão-de-obra em Portugal subiu 3% entre 2016 e 2017, para os 14,1 euros, mas permanece significativamente abaixo da média europeia, sendo o sexto mais baixo da zona euro, divulgou o Eurostat.

Os dados publicados esta segunda-feira pelo gabinete oficial de estatísticas da União Europeia revelam que em 2017 os custos da mão-de-obra, excetuando agricultura e administração pública, atingiram em média os 26,8 euros na UE e os 30,3 euros na zona euro, registando-se todavia grandes diferenças entre os Estados-membros, já que variam entre os 4,9 euros na Bulgária e os 42,5 euros na Dinamarca.

Portugal, apesar de ter registado uma subida dos 13,7 euros em 2016 para 14,1 euros em 2017, mais 3%, acima da média europeia — o crescimento do custo do trabalho foi de 2,3% no conjunto da UE e de 1,9% no espaço da moeda única -, permanece na segunda metade da tabela, apenas à frente de Malta (13,8 euros), Estónia (11,7), República Checa (11,3), Eslováquia (11,1), Croácia (10,6), Polónia (9,4), Hungria (9,1), Letónia (8,1), Lituânia (8,0), Roménia (6,3) e Bulgária (4,9), sendo que destes 11 países apenas cinco pertencem à zona euro.

Os países onde o custo da mão-de-obra é mais elevado são a Dinamarca (42,5 euros), Bélgica (39,6), Luxemburgo (37,6), Suécia (36,6) e França (36).

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Rácios mais fortes são arma para resolver malparado da banca, diz a DBRS

A agência de notação canadiana alerta que os bancos continuam a enfrentar o desafio do crédito malparado. Mas reconhece que o reforço dos rácios de capital torna esta tarefa mais fácil.

Os resultados dos bancos portugueses, à exceção do Novo Banco, revelam sinais de recuperação no setor, reconhece a DBRS. Contudo, a agência de notação canadiana alerta que os bancos continuam a ter um desafio pela frente: reduzir o crédito malparado. Um problema que é agora mais fácil de solucionar, uma vez que os rácios de capital mais fortes oferecem uma “maior flexibilidade” para resolver este fardo que ainda pesa na rentabilidade.

“A DBRS considera que os resultados dos bancos portugueses para 2017 (à exceção do Novo Banco) mostram sinais fortes de recuperação e estão a beneficiar de uma melhoria do desempenho das atividades domésticas”, refere a agência canadiana numa nota. Mas deixa um alerta: ainda há desafios, nomeadamente a necessidade de limpar os empréstimos em incumprimento que ainda têm impacto negativo no balanço dos bancos.

"Os bancos portugueses ainda enfrentam desafios, incluindo a execução dos planos de redução de malparado. No entanto, a DBRS considera que os bancos têm atualmente uma maior flexibilidade para enfrentarem estes desafios, apoiados pela melhoria das posições de capital e financeira, reforço dos níveis de cobertura de NPL [crédito malparado] e recuperação económica de Portugal.”

DBRS

Os bancos portugueses ainda enfrentam desafios, incluindo a execução dos planos de redução de malparado. No entanto, a DBRS considera que os bancos têm atualmente uma maior flexibilidade para enfrentarem estes desafios, apoiados pela melhoria das posições de capital e financeira, reforço dos níveis de cobertura de NPL [crédito malparado] e recuperação económica de Portugal”, nota a agência de notação.

Segundo a DBRS, o rácio CET1 médio, totalmente implementado, dos bancos portugueses foi de 12,7% no final do ano passado, o que representa uma melhoria significativa face aos 9,9% registado no final de 2016. Os rácios de capital, refere a agência, “beneficiaram da emissão de dívida AT1 da CGD no valor de 500 milhões de euros e de dívida AT2 do BCP no montante de 300 milhões de euros”.

O Banco de Portugal também já veio reconhecer esta melhoria. Nos dados estatísticos do sistema bancário português, o banco central destacou os rácios de fundos próprios do sistema bancário que “aumentaram no quarto trimestre de 2017, em resultado do incremento dos capitais próprios”. O rácio de fundos próprios totais situou-se em 15,2% em dezembro de 2017, tendo aumentado 0,5 p.p. face a setembro de 2017, disse. Face ao final do ano anterior, o aumento é mais expressivo. Estava em 12,3%.

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Ações do Sporting estão novamente congeladas

Os títulos da SAD leonina estão congelados esta segunda-feira e ainda não foram negociadas quaisquer ações. Variação expressiva pode estar iminente, mas o preço só vai ser atualizado às 15h30.

As ações da SAD do Sporting não negociaram na manhã desta segunda-feira.ECO

As ações da SAD do Sporting SCP 4,00% estão novamente congeladas esta segunda-feira, devido ao mecanismo de segurança da bolsa que trava as negociações quando pode estar iminente uma variação superior a 10%. Isto acontece numa altura em que o clube conhece um novo capítulo da polémica em torno do presidente, Bruno de Carvalho.

Segundo a Euronext, não foi realizada qualquer transação com ações do Sporting até às 10h30 desta segunda-feira. Os títulos continuam a valer 63 cêntimos desde a passada sexta-feira, altura em que também estiveram congelados após uma subida de cerca de 40%, seguida de uma queda de 33%, aproximadamente.

Este domingo, o Sporting venceu o Paços de Ferreira por duas bolas a zero. Jogadores e presidente têm estado de costas voltadas — e, esta segunda-feira, depois das críticas de parte a parte em praça pública, Jaime Marta Soares, presidente da mesa da Assembleia Geral do Sporting, pediu a demissão de Bruno de Carvalho. Este, por sua vez, já disse que vai convocar uma assembleia para pedir a demissão de Jaime Marta Soares.

Ainda assim, importa referir que não há relação clara e direta entre o congelamento das ações do Sporting e a polémica que tem vindo a afetar o clube. É que os títulos leoninos têm pouca liquidez na bolsa de Lisboa e negoceiam em bloco, duas vezes por sessão. Ou seja, as ações da SAD irão permanecer congeladas até às 15h30, momento em que se dá nova chamada e o preço pode, ou não, ser atualizado.

Evolução do preço das ações do Sporting

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Gómez-Acebo & Pombo com novo sócio diretor em Londres

Ferran Foix Miralles é o novo sócio diretor da sociedade Gómez-Acebo & Pombo em Londres. Ferran é especializado em Mercado de Capitais, M&A e financiamento de projetos.

A Gómez-Acebo & Pombo nomeou Ferran Foix Miralles como o novo sócio diretor do escritório de Londres. Ferran ocupa assim o lugar de Mónica Weimann, sócia das áreas de M&A e Comercial e sócia diretora desde 2015.

Ferran Foix integra a GA_P desde 2009 e é sócio das áreas de Banca, Mercado de Capitais e Seguros desde 2018, sendo especializado em Mercado de Capitais, M&A e financiamento de projetos. O novo sócio diretor presta assessoria jurídica a instituições financeiras, fundos de venture capital e private equity, clientes locais e grupos multinacionais.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 9 Abril 2018

De Puigdemont a Lula da Silva, passando pelo Brexit. O que marca as notícias na imprensa internacional?

A imprensa internacional continua de olhos postos em Carles Puigdemont. E no Brasil, o destaque vai para Lula da Silva. Mas há outros assuntos a marcar o dia, entre Brexit, Deutsche Bank e disputa comercial entre China e Estados Unidos. Veja aqui.

El País

Alemanha quer mais informação sobre desvio de fundos

Puigdemont continua em destaque na imprensa internacional. A Justiça alemã pediu mais informação para provar a existência de desvio de fundos e entregar o ex-presidente da Catalunha. O Tribunal Superior de Schleswig-Holstein já colocou Carles Puigdemont em liberdade, sob fiança, descartando o delito de rebelião. Leia mais no El País (conteúdo em espanhol).

Valor Econômico

Militantes montam acampamento perto da prisão

No Brasil é Lula da Silva que enche as páginas dos jornais. Assim que o ex-presidente se entregou, no sábado à noite, militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Movimento dos Sem-Terra (MST) começaram a montar um acampamento perto da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. A notícia está em destaque no Valor Econômico.

Reuters

O desafio do novo CEO do Deutsche Bank

O novo CEO do Deutsche Bank tem de encontrar rapidamente uma estratégia coerente para o banco. Christian Sewing disse que o Deutsche Bank se retiraria de áreas onde não era suficientemente lucrativo. E que analisaria como o Deutsche Bank quer posicionar o seu banco de investimento, deixando em aberto eventuais medidas estruturais. Investidores e analistas exigiram logo clareza sobre de onde virá o crescimento. Leia a notícia na Reuters (conteúdo em inglês).

The Guardian

Líderes europeus já aceitaram que o Reino Unido não vai cancelar Brexit

A União Europeia já aceitou que o Reino Unido não vai mudar de ideias sobre o Brexit e poderá nunca voltar ao bloco depois do divórcio, indicou um comissário europeu, ao mesmo tempo que avisou que a posição do país no mundo acabaria por ser reduzida, em vez de valorizada. Veja a notícia aqui (conteúdo em inglês).

Bloomberg

China estuda desvalorização do iuan como ferramenta na guerra comercial

A China está a estudar o impacto potencial de uma depreciação gradual do iuan enquanto os líderes do país avaliam as suas opções numa disputa comercial com o Presidente dos Estados Unidos, avançam fontes próximas do processo. Veja a notícia completa aqui (conteúdo em inglês).

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