AdC lucra quase 10 milhões à conta do cartel nos seguros

A Autoridade da Concorrência lucrou quase 10 milhões de euros no ano passado. Resultados dispararam 535% com os 12 milhões de euros do acordo alcançado com a Fidelidade.

A Autoridade da Concorrência viu os lucros dispararem no ano passado. Com a coima de 12 milhões de euros paga pela Fidelidade, no acordo alcançado no âmbito do cartel dos seguros, o regulador liderado por Margarida Matos Rosa registou lucros de quase 10 milhões de euros em 2018, um aumento de 535% face ao ano anterior.

De acordo com o relatório e contas publicado em Diário da República, a AdC apresentou um resultado líquido no valor de 9.965.049,41 euros no ano passado. Este valor compara com os 1,569 milhões de euros alcançados um ano antes. Ou seja, os lucros multiplicaram-se mais de seis vezes, à conta do cartel dos seguros, elevando o património líquido da AdC para 26,09 milhões de euros.

Os rendimentos da AdC registara, em 2018, um acréscimo de 71% face ao ano anterior. “Os impostos e taxas tiveram um acréscimo de 884 % face ao período homólogo”, refere o relatório, salientando que este aumento “deve-se à contabilização de quatro decisões condenatórias em 2018, cujos rendimentos dessas coimas aplicadas ascenderam a 6.912.675,72 euros”.

Entre essas decisões condenatórias está o acordo alcançado no cartel dos seguros. No final do ano passado, a Fidelidade e a Multicare, seguradoras do grupo liderado por Jorge Magalhães Correia, chegaram a acordo com o regulador no âmbito da acusação de cartelização nos seguros de acidentes de trabalho, saúde e automóvel junto do segmento de grandes clientes empresariais. Com o acordo, as seguradoras tiveram de pagar 12 milhões de euros

A AdC nota que ao mesmo que tempo que as receitas cresceram, os custos caíram. Houve “um decréscimo de 5% registado no total dos gastos em 2018”, isto apesar de a rubrica dos “gastos com pessoal ter apresentado um ligeiro aumento de 7% face a 2017. Esta variação deve-se ao aumento do número de colaboradores”, explica Margarida Matos Rosa, salientando que é aos trabalhadores que se devem estes resultados.

“Os resultados alcançados em 2018 refletem o empenho dos trabalhadores da AdC, baseado nas suas competências, capacidade de trabalho e dedicação colocados ao serviço da instituição e da defesa e promoção da Concorrência”, diz a presidente da AdC no relatório e contas publicado em Diário da República.

(Notícia atualizada às 10h43 com mais informação)

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Uma “reunião familiar”. Robô Sophia conheceu o irmão no terceiro dia do Web Summit

  • ECO
  • 6 Novembro 2019

A robô mais famosa do país regressa ao palco principal do Web Summit, às 14h00, depois de ter dado a cara por uma campanha publicitária da Altice, lado a lado com Cristiano Ronaldo.

O CTO da Amazon e o CLO da Microsoft são dois dos nomes de peso que vão estar no Web Summit esta quarta-feira, 6 de novembro. Mas há mais. Tony Blair e a robô Sophia estarão também no Center Stage. Acompanhe tudo, minuto a minuto, aqui.

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CAP diz que “subida do SMN não pode ser definida apenas por decreto” e exige contrapartidas

A Confederação dos Agricultores de Portugal considera que subir o salário mínimo para 700 euros -- e não para 750 euros como defende Costa -- ficaria mais em linha com o desempenho económico.

No dia em que arranca a discussão sobre os futuros aumentos do salário mínimo nacional (SMN), o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) frisa que tal subida “não pode ser definida apenas por decreto”. Há que criar condições para que as empresas consigam suportar essa evolução da remuneração mínima garantida, diz. Em declarações ao ECO, Eduardo Oliveira e Sousa sublinha que a política salarial tem de responder a “critérios económicos concretos” e defende que, até 2023, o SMN deveria atingir não os 750 euros mensais defendidos por António Costa, mas 700 euros.

Foi no discurso de tomada de posse que o primeiro-ministro defendeu a subida do SMN para 750 até 2023, começando a ouvir a esse respeito os parceiros sociais, esta quarta-feira.

Em declarações ao ECO, Eduardo Oliveira e Sousa discorda dessa meta e propõe uma outra: subir a remuneração mínima garantida para 700 euros mensais até ao final desta legislatura. “[Esse valor] está mais em linha com os sinais de abrandamento económico mundial. Uma conjuntura internacional que será certamente influenciada por questões como o Brexit, cujo impacto, ainda não completamente compreendido, certamente não deixará de afetar a economia portuguesa – até pelo peso que o mercado do Reino Unido tem nas nossas exportações, sendo o quarto maior cliente de Portugal”, diz.

O líder da CAP frisa que a política salarial tem de responder “a critérios específicos e concretos”, tal como a inflação, o crescimento económico e a produtividade, ideia que, de resto, está também a ser defendida pela Confederação Empresarial de Portugal e pela Confederação do Comércio e Serviços de Portugal.

Nesse sentido, Oliveira e Sousa atira: “A subida do salário mínimo, por muito que seja almejada por todos – trabalhadores, patrões, sindicatos, empresários e Governo -, não pode ser definida apenas por decreto. Só pode acontecer se as empresas estiverem em condições de criarem valor, ou seja, se ganharem competitividade”.

Por isso, o representante dos agricultores defende contrapartidas a nível fiscal (políticas “mais transparentes, estáveis e previsíveis, que não asfixiem as empresas), mas também incentivos às políticas de “capitalização e autofinanciamento” e medidas no sentido de “desburocratizar os processos administrativos“, que não são “compatíveis com a velocidade a que os negócios acontecem”.

Além do aumento do salário mínimo, a CAP vê com bons olhos a redução dos impostos exigidos às famílias como forma de reforçar o rendimento disponível. “Acredito que as famílias e as empresas beneficiariam de políticas de redução fiscal que, por seu turno, permitiriam à economia portuguesa gerar um produto maior e, por essa via, ao Estado arrecadar mais contribuições e impostos“, diz ao ECO Oliveira e Sousa.

O presidente da CAP remata sublinhando que a fixação de um valor do SMN no prazo de uma legislatura “é importante, porque ajuda a gerir, de forma programada, a massa salarial”, o que garante estabilidade. “No entanto, não pode ser um instrumento de limitação do crescimento, nem pode tornar-se um objetivo estanque“, alerta o representante dos agricultores.

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Fisco tem nova derrota no ISV dos carros importados

  • ECO
  • 6 Novembro 2019

O Tribunal Arbitral voltou a condenar o Fisco a devolver parte do ISV cobrado a um contribuinte na importação de um carro, considerando que violou as leis comunitárias.

É a segunda derrota para o Fisco. O Tribunal Arbitral do Centro de Arbitragem Administrativa (CAAD) decidiu anular parcialmente a liquidação do Imposto sobre Veículos (ISV) sobre um carro importado na Alemanha, obrigando o Fisco a devolver a um contribuinte o imposto cobrado em excesso, noticia o Público e o Jornal de Negócios na terça-feira.

Em causa está uma norma do ISV que o tribunal considera ilegal porque viola o direito comunitário ao impedir que, para efeitos de cálculo do imposto, seja tida em conta a idade do veículo. Trata-se da segunda decisão a favor dos contribuintes e o segundo processo que o Fisco perde sobre essa matéria.

A condenação relaciona-se desta vez com a importação de um carro da marca Mercedes, de janeiro de 2018, com um valor de venda de 111 mil euros. O Fisco cobrou 21 mil euros de ISV, valor que o importador pagou, mas contestou.

Nos carros em segunda mão existe uma depreciação que, neste caso, se traduz numa redução de 20%. Mas o Estado só aplica essa redução à componente de cilindrada — e não sobre a componente ambiental também –, por isso, o CAAD voltou a frisar que isso implica que o Governo está a violar o artigo 110.º do Tratado de Funcionamento da União Europeia. Esta recusa significa que o Estado português enfrenta também um processo de infração instaurado por Bruxelas, que deverá divulgar em breve um parecer fundamentado sobre este tema.

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Enfermeiros vão às urnas para escolherem representantes da Ordem

  • Lusa
  • 6 Novembro 2019

Há quatro listas que apresentam candidaturas, duas com candidaturas a bastonários. A atual bastonária, Ana Rita Cavaco, recandidata-se, enfrentando Belmiro Pereira Rocha.

Mais de 70.500 enfermeiros são chamados a votar para escolher os representantes da sua ordem profissional, havendo quatro listas candidatas, mas apenas duas com elementos candidatos a bastonários.

Segundo os cadernos eleitorais publicados no site da Ordem dos Enfermeiros, há quatro listas que apresentam candidaturas, duas com candidaturas a bastonários e às várias secções regionais, enquanto outras duas são apenas dirigidas a órgãos regionais, uma da Região Autónoma dos Açores e outra da Madeira.

A atual bastonária, Ana Rita Cavaco, recandidata-se ao cargo, encabeçando a lista A, com o lema “Orgulhosamente com os Enfermeiros”.

A lista de Ana Rita Cavaco propõe no seu programa a implementação do internato de especialidade em enfermagem (à semelhança do que acontece com os médicos) e a definição de competências acrescidas em novas áreas de enfermagem, como a forense, oncologia ou do desporto. Na lista de propostas surge ainda a criação do museu de enfermagem e de um gabinete de apoio aos enfermeiros.

Pela lista B, com o lema “Enfermagem – A Causa Maior”, surge como candidato a bastonário o enfermeiro Belmiro Pereira Rocha.

Entre as propostas da lista B estão um plano estratégico que determine as necessidades de enfermeiros das diversas categorias ou a promoção do “reconhecimento social dos enfermeiros”.

A lista de Belmiro Pereira Rocha propõe-se ainda a criar um fundo de apoio solidário aos membros da Ordem em situação de “comprovada vulnerabilidade”.

Disputam ainda as eleições as listas C e E, com candidatos, respetivamente, aos órgãos regionais da Madeira e dos Açores.

Além das quatro listas, uma outra viu-se excluída na candidatura que apresentou aos órgãos nacionais e regionais, anunciando que pretendia impugnar o ato eleitoral.

A lista excluída – “Dignificar a Ordem, Valorizar os Enfermeiros – rejeita os argumentos apresentados pela comissão eleitoral, considerando que se trata de “uma decisão ilegal e atentatória dos direitos dos membros da Lista e altamente lesiva dos interesses dos enfermeiros portugueses”.

A lista em causa considera lamentável a rejeição de todas as candidaturas que apresentou (aos órgãos nacionais e regionais – centro, norte e sul) e diz que revela “de forma gritante a necessidade de mudança dos órgãos sociais da Ordem dos Enfermeiros”.

Um dos argumentos da comissão eleitoral tem a ver com desconformidades em relação à lei da paridade entre homens e mulheres.

Entretanto, também a lista B, liderada por Belmiro Rocha, anunciou que apresentou uma ação no Tribunal Administrativo de Lisboa para impugnar as decisões da Comissão Eleitoral, considerando que “violam a lei”.

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Derrota na Champions castiga Benfica. Ações caem 5%

SAD está sob pressão na bolsa. Títulos caem quase 5% depois da derrota frente ao Lyon que praticamente afasta os encarnados dos oitavos de final da Liga dos Campeões.

O Benfica perdeu por 3-1 em Lyon. Ficou, assim, praticamente afastado dos oitavos de final da Liga dos Campeões em futebol, pela terceira época consecutiva, o que está a pressionar os títulos da SAD liderada por Luís Filipe Vieira.

As ações do Benfica arrancaram a sessão a perder 2,47%, mas seguem a perder 4,59% para 2,70 euros, depois de terem estado já a perder mais de 5%. Foram trocados 12 mil títulos dos encarnados. A liquidez é elevada, estando bastante acima da média diária dos últimos 12 meses.

Benfica em queda na bolsa após derrota em Lyon

Esta queda traduz o descontentamento dos investidores e adeptos com o resultado obtido esta terça-feira em França. Joachim Andersen, aos quatro minutos, Memphis Depay, que já havia faturado nas três primeiras rondas, aos 33, e Bertrand Traoré, aos 89, apontaram os tentos dos franceses, enquanto Seferovic faturou para os portugueses, aos 76.

Com esta derrota, o Benfica complicou quase irreversivelmente a continuidade na Liga dos Campeões, com o devido impacto negativo em termos de receitas das competições europeias.

Na classificação do Grupo G, lideram os alemães do Leipzig, que venceram por 2-0 em São Petersburgo, com nove pontos, contra sete do Lyon, quatro do Zenit e três do Benfica, que na ronda anterior tinha batido em casa os franceses por 2-1.

(Notícia atualizada às 12h30 com o acentuar da queda das ações do Benfica)

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Governo recua na entrega dos biorresíduos à Mota-Engil

  • ECO
  • 6 Novembro 2019

Cai por terra a estratégia do ministro do Ambiente de reforçar a recolha seletiva de resíduos orgânicos através da entrega desse serviço, em boa parte do território, à EGF, da Mota-Engil.

O Governo deu um passo atrás na decisão de entregar o tratamento de biorresíduos à Mota-Engil. O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, revogou a decisão após um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), noticia o Público (link indisponível) nesta quarta-feira.

Dando razão ao regulador do setor, o conselho consultivo da PGR considerou que essa iniciativa, que chegou a ser publicada em despacho do secretário do Estado do Ambiente em agosto, ia muito além do contrato de concessão assinado em 2014 entre o Estado e o grupo participado pela Mota-Engil, levando Matos Fernandes a revogar a legislação.

O ministro do Ambiente viu assim cair por terra a sua estratégia de reforço da recolha seletiva de resíduos orgânicos que passava pela entrega da mesma, em boa parte do território, à EGF (Grupo Mota-Engil), um gigante do setor que detém unidades de tratamento de lixo urbano que serve 174 autarquias e 60% da população.

Segundo apurou o Público, o parecer da PGR confirmou o óbvio, ou seja, que a recolha de biorresíduos é uma atividade de recolha seletiva, mas não a inclui no âmbito do contrato de concessão à EGF. O próprio ministério do Ambiente assume que tomou a decisão de revogar o despacho, apesar de discordar do teor dos pareceres da PGR e da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR) para evitar um conflito nos tribunais e prejudicar as metas europeias. Em 2035 Portugal terá de reciclar 65% de todo o lixo produzido nas casas.

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Huawei está preparada para “lista negra” dos EUA, mas considera-a “injusta”

  • Lusa
  • 6 Novembro 2019

Estados Unidos têm vindo a acusar a chinesa Huawei de ser uma ameaça à segurança nacional, alegando que utiliza equipamentos para espionagem. Tecnológica rejeita.

A tecnológica chinesa Huawei, que foi colocada numa “lista negra” pela administração norte-americana, assegura estar “preparada” para limitações de negócios com os Estados Unidos, onde tem um volume de vendas pouco significativo, mas lamentou este “tratamento injusto”.

“De uma certa forma, nós estamos preparados”, afirmou o representante chefe da Huawei para as instituições europeias, Abraham Liu, em entrevista à Lusa, à margem do Dia Europeu de Inovação da Huawei, que se realizou em Paris.

Numa altura em que Washington e a Huawei estão numa guerra global por causa da cibersegurança e das infraestruturas a nível mundial, que já levou à criação de limites por parte da administração norte-americana nas compras feitas por empresas dos Estados Unidos à companhia chinesa (a chamada “lista negra”), Abraham Liu garantiu à Lusa que a fabricante se tem vindo a “preparar para o pior cenário”, ou seja, para a entrada em vigor destas limitações.

O responsável disse também que tais restrições, feitas num contexto de guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, não deverão ter impacto significativo por a Huawei ter “poucas vendas nos Estados Unidos”.

Ainda assim, Abraham Liu criticou a postura da administração norte-americana: “Os Estados Unidos consideram-se a maior potência do mundo e o país mais democrático e equilibrado, mas eu questiono no caso da Huawei, em que não houve qualquer conclusão por parte da justiça, onde está essa verificação e equidade?”.

“Este tipo de medidas contra a Huawei não são, de todo, justas”, lamentou.

Segundo Abraham Liu, “o mundo dos negócios tem a sua forma de funcionar e quanto menos os ventos políticos influenciarem esse círculo, melhor, todos beneficiam”.

O representante da Huawei para a União Europeia (UE), que tem vindo a ser crítico da pressão feita pelos Estados Unidos no espaço comunitário, assinalou também que a administração norte-americana, liderada pelo Presidente Donald Trump, “parece estar baseada na incerteza em relação ao resto mundo”.

Os Estados Unidos têm vindo a acusar a chinesa Huawei de ser uma ameaça à segurança nacional, alegando que utiliza equipamentos para espionagem, o que a tecnológica rejeita.

Em maio deste ano, os Estados Unidos decidiram banir a Huawei do mercado norte-americano, colocando-a numa ‘lista negra’ que limita os seus negócios no país.

A administração norte-americana criou, também nessa altura, isenções temporárias para determinadas empresas norte-americanas que negoceiam com o grupo chinês, permitindo-lhes vender alguns produtos ou mudar de fornecedores durante esse período.

Estas isenções foram prorrogadas em agosto, aguardando-se agora uma decisão norte-americana sobre a entrada em vigor das limitações relacionadas com a “lista negra”.

“As suspeitas estão aí há meses, mas onde estão as provas? É injusto. Vá lá, nós somos uma companhia privada e estamos a ser atingidos pelo poder máximo. As suspeitas existem, mas a história tem provado que não cometemos nenhum erro”, adiantou Abraham Liu à Lusa.

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Concelhia de Lisboa do PSD retira confiança política à vereadora Teresa Leal Coelho

  • Lusa
  • 6 Novembro 2019

Concelhia de Lisboa do PSD decidiu retirar a confiança política à vereadora social-democrata Teresa Leal Coelho, que deixará assim de representar o partido na autarquia da capital.

A concelhia de Lisboa do PSD anunciou esta quarta-feira ter decidido retirar a confiança política à vereadora social-democrata Teresa Leal Coelho, que deixará assim de representar o partido na autarquia da capital.

Entretanto, Teresa Leal Coelho assegurou já esta quarta-feira que irá continuar na Câmara de Lisboa enquanto autarca do PSD e terminará o mandato que lhe foi atribuído pelos eleitores. “Naturalmente que vou continuar na Câmara, tenho um mandato que me foi atribuído pelos eleitores, esse mandato é de quatro anos, eu estou a meio do mandato, irei terminar o mandato sempre na concretização do programa eleitoral que apresentei como cabeça de lista do PSD à Câmara Municipal de Lisboa e continuarei exatamente nessa qualidade de vereadora do PSD na Câmara Municipal de Lisboa”, afirmou Teresa Leal Coelho, em declarações à agência Lusa.

A direção da concelhia do PSD aprovou uma deliberação que visa a retirada de confiança política à autarca, numa reunião da Comissão Política da secção de Lisboa, que começou na noite terça-feira e se prolongou até ao início da madrugada de hoje.

Os sociais-democratas começam por justificar a decisão com o facto de a vereadora ter votado a favor da recondução de Manuel Salgado à presidência do conselho de administração da empresa municipal SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana, desrespeitando a orientação de voto indicada pela concelhia, e permitindo a aprovação da proposta.

De acordo com o documento, ao qual a agência Lusa teve acesso, “atendendo às diversas posições públicas contrárias a esta nomeação, (…) constata-se que, sem o apoio e sem o voto da vereadora Teresa leal Coelho, a nomeação de Manuel Salgado não teria sido aprovada”.

Na deliberação, assinada pelo presidente da concelhia de Lisboa do PSD, Rogério Jóia, a vereadora social-democrata é também acusada de uma “total descoordenação com os órgãos do partido na cidade, consubstanciada pela verificação de algumas votações divergentes com o outro vereador do PSD, em matérias que são politicamente sensíveis e onde – certamente por coincidência – o PS se encontrava isolado e sem o apoio do seu parceiro de gestão autárquica”.

A Câmara de Lisboa aprovou na quinta-feira, por escrutínio secreto, a reeleição de Manuel Salgado à presidência do conselho de administração da empresa municipal SRU, com nove votos a favor e oito contra.

O executivo da Câmara de Lisboa, liderado por Fernando Medina, é composto por oito vereadores eleitos pelo PS, quatro eleitos pelo CDS-PP, dois vereadores do PSD, dois eleitos pela CDU (coligação PCP/PEV) e um vereador do BE, partido que tem um acordo de governação com os socialistas.

Apesar de a votação ter sido secreta, CDS-PP, BE, PCP e o vereador do PSD anunciaram publicamente o seu voto contra, enquanto Teresa Leal Coelho já tinha revelado que iria votar favoravelmente.

(Notícia atualizada às 16h20 com declarações de Teresa Leal Coelho)

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EDP pressiona bolsa com desinvestimento de acionista chinês. Cai mais de 1%

Lisboa volta às quedas, numa sessão negativa para a generalidade das bolsas europeias. A EDP pressiona depois da CNIC venderam, em pouco mais de cinco horas, um bloco de 49 milhões de ações.

A EDP está sob pressão em bolsa. As ações da elétrica registam a queda mais acentuada no índice nacional, isto depois de os chineses da CNIC terem vendido, em pouco mais de cinco horas, um bloco de 49 milhões de ações da empresa liderada por António Mexia. O PSI-20 recua, acompanhando a tendência negativa da Europa.

Os títulos da EDP recuam 1,62% para 3,649 euros, uma queda acentuada explicada pelo valor a que foi realizado mais este desinvestimento por parte da CNIC, que já chegou a ter cerca de 5% do capital da elétrica nacional.

“O valor total da receita da colocação atingiu aproximadamente 175,6 milhões de euros, correspondente a um preço de 3,60 euros por ação”, revela a empresa em comunicado à CMVM.

A queda da EDP, mas também da EDP Renováveis, que recua 0,2%, bem como dos CTT, que corrigem da forte subida da última sessão em que chegaram a cotar novamente nos 3,00 euros, leva o PSI-20 a ceder 0,12% para 5.229,98 pontos. Na Europa, o cenário é idêntico, com o Stoxx 600 a recuar 0,1%.

A impedir uma queda mais acentuada da bolsa está a Galp Energia, que soma 0,17%, mas principalmente o BCP que continua a valorizar antes da apresentação das contas dos primeiros nove meses do ano. O banco liderado por Miguel Maya soma 0,38% para 21,20 cêntimos por ação.

Destaque para a Mota-Engil, que lidera os ganhos no PSI-20, somando 1,25% para 2,104 euros, numa sessão em que as papeleiras mantêm a tendência positiva. A Altri e a Navigator somam 0,25%.

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Web Summit: Dez oradores a não perder no terceiro dia

O CTO da Amazon e o CLO da Microsoft são dois dos nomes de peso que vão estar no Web Summit esta quarta-feira, 6 de novembro. Conheça outros oradores a não perder neste terceiro dia do evento.

Com vários oradores a pisarem diferentes palcos em simultâneo no Web Summit, o programa do dia é sempre preenchido. Por isso, é mandatório não perder o controlo da sua agenda. A pensar nos milhares de participantes que vão estar no Parque das Nações neste terceiro dia de evento, e nos outros tantos que vão acompanhar as talks a partir das redes sociais, o ECO preparou uma lista com dez oradores que não vai poder perder esta quarta-feira.

  1. Brad Smith, CLO da Microsoft
    Numa altura em que a maioria das principais tecnológicas enfrentam pressão regulatória e o escrutínio das autoridades nos EUA e na União Europeia, a Microsoft tem conseguido escapar a esta onda. Brad Smith é o chief legal officer da tecnológica. Acabou de publicar um livro sobre regulação da tecnologia e vai estar no palco principal, pelas 10h30, para abordar o atual estado do setor. Isto numa altura em que a tecnologia é, simultaneamente, “uma ferramenta poderosa e uma arma formidável”.
  2. Rashmi Gopinath, diretora-geral do M12
    Receios de uma recessão global. A queda da WeWork. Um SoftBank com bolsos fundos. E a Uber e a Lyft com maus desempenhos em bolsa. Não são tempos fáceis para se ser investidor no ramo do capital de risco. A managing director do fundo M12, que tem a startup portuguesa Unbabel no portefólio, vai participar num painel com outros investidores para tentar explicar onde tenciona apostar perante esta conjuntura. Começa às 11h25, no palco principal.
  3. Robô Sophia, criação da Hanson Robotics
    A robô mais famosa do país regressa ao palco principal do Web Summit, às 14h00, depois de ter dado a cara por uma campanha publicitária da Altice, lado a lado com Cristiano Ronaldo. A participação da primeira “cidadã robô” do mundo permitirá avaliar se está mais inteligente, nomeadamente se houve evoluções do ponto de vista de reconhecimento da fala e das expressões faciais.
  4. Juan Branco, conselheiro legal de Julian Assange
    O fundador da WikiLeaks foi detido em abril deste ano, depois de vários anos refugiado das autoridades. Juan Branco é conselheiro legal de Assange e vai marcar presença no Web Summit, no palco principal, às 14h25, para participar num painel sobre “livre comércio”.
  5. Brad Bao, CEO da Lime
    As trotinetas entraram com estrondo em Lisboa por altura do Web Summit de 2018. Um ano depois, o negócio parece estar a arrefecer: quatro empresas já saíram de Portugal e a Lime, a pioneira, saiu de Coimbra e está a “avaliar” a estratégia para o mercado português. O cofundador e CEO da Lime, Brad Bao, vai participar num painel sobre mobilidade no palco principal, às 15h30. Para apimentar a discussão, estamos a falar de uma empresa que nasceu há cerca de dois anos e já vale mais de dois mil milhões de dólares.
  6. Werner Vogels, CTO da Amazon
    A Amazon é incontornavelmente uma das maiores empresas do mundo. Nasceu como uma loja online de livros, mas as ramificações já chegam a todos os cantos da tecnologia. Uma das áreas mais fortes em que a empresa tem investido é o machine learning. O administrador da Amazon com o pelouro da tecnologia sobe ao palco às 16h40 para falar das últimas novidades neste campo.
  7. Alex Chung, fundador do Giphy
    A criação dos GIFs remonta aos primórdios da internet, mas a plataforma Giphy voltou a pô-los à mão de todos. Alex Chung é o responsável por uma das maiores bibliotecas de GIFs do mundo, presente em milhões de smartphones em todo o mundo, e vai falar sobre este projeto às 14h35, no palco ContentMakers.
  8. Frank Cooper, CMO da BlackRock
    Com mais 6,96 biliões (trillions) de dólares em ativos sob gestão, a BlackRock é um dos maiores fundos de investimento do mundo. O administrador de marketing da BlackRock vai estar no palco PandaConf, às 13h40, para tentar desmistificar as empresas que dizem ter um propósito para além dos lucros… algo que “é raramente verdade”.
  9. Jay Sullivan, diretor de produto do Facebook
    O Facebook é uma plataforma global que cresceu à boleia dos conteúdos partilhados por todos. Mas a empresa está a redesenhar-se em torno das mensagens privadas, nomeadamente através do Messenger e do WhatsApp. Numa altura em que a empresa tenciona alargar a criptografia do WhatsApp aos restantes serviços — o que torna quase impossível que as mensagens sejam intercetadas — o diretor de produto do Facebook vai ao palco ContentMakers, às 11h30, para abordar esta temática.
  10. Taavet Hinrikus, cofundador da TransferWise
    A popularização das criptomoedas veio recordar as limitações do atual sistema financeiro global, nomeadamente os custos elevados das transferências internacionais e o tempo que demoram até estarem completas. O cofundador da empresa de transações TransferWise participa num painel sobre “novas formas de pagar” no palco MoneyConf, às 11h25.

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Hoje nas notícias: Lixo, drones e corte nos fundos

  • ECO
  • 6 Novembro 2019

Recuo do Governo na concessão dos biorresíduos à Mota-Engil, corte nos fundos estruturais, suspeitas de contratação pública ilegal nos drones, aumento de 5% no salário mínimo em destaque na imprensa.

O recuo do Governo na entrega do tratamento de biorresíduos à Mota-Engil está em destaque no dia em que também é noticiado o aumento das contribuições de Portugal para a UE e o corte nos fundos estruturais, bem como um aumento de 5% antecipado para o salário mínimo. Referência ainda para a falta de controle dos drones por suspeitas de contratação pública ilegal e para o facto de os cartazes da campanha das legislativas ainda estarem afixados nas ruas.

Governo recua na entrega dos biorresíduos à Mota-Engil

O Governo deu um passo atrás na decisão de entregar o tratamento de biorresíduos à Mota-Engil. O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, revogou a decisão após um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR). Dando razão ao regulador do setor, o conselho consultivo da PGR considerou que essa iniciativa, que chegou a ser publicada em despacho do secretário do Estado do Ambiente em agosto, ia muito além do contrato de concessão assinado em 2014 entre o Estado e o grupo participado pela Mota-Engil.

Leia a notícia completa no Público (link indisponível).

Drones estão sem controle por causa de contratação pública ilegal

A fiscalização da circulação de drones está em suspenso devido a denúncias de suspeitas de contratação pública ilegal, avança o Jornal de Notícias. Essas suspeitas envolvem a empresa que ia fornecer um software para a plataforma sem a qual não é possível fazer a identificação dos aparelhos em caso de acidente.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

Portugal vai pagar mais para a UE e sofrer corte de 7% nos fundos

O cenário proposto pela Comissão Europeia para o próximo quadro financeiro plurianual 2021-2027 prevê um aumento ligeiro das transferências de Portugal para os cofres comunitários. Deverão fixar-se numa média anual de 2,01 mil milhões de euros, correspondentes a 0,98% do Rendimento Nacional Bruto, um acréscimo face aos atuais 1,69 mil milhões de euros que se deve em parte à inflação e ao crescimento do país, mas também à necessidade de compensar a perda das contribuições do Reino Unido e o financiamento de novas políticas. O envelope dos fundos estruturais para Portugal pelo contrário cai 7%, para totalizar 373 mil milhões de euros.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Parceiros sociais apontam para aumento superior a 5% no salário mínimo

O Governo quer aprovar um aumento do salário mínimo para 2020 mais expressivo do que o aprovado para este ano, quando a possibilidade de ir além dos 600 euros, que chegou a ser admitida pela Confederação Empresarial (CIP) e pelo próprio Executivo, ficou pelo caminho. Os parceiros sociais admitem um aumento historicamente elevado, preparam-se assim para uma subida de mais de 5% em 2020, rumando em direção à meta para 2023.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Cartazes da campanha ainda na rua um mês depois das legislativas

As eleições legislativas realizaram-se há exatamente um mês, mas os cartazes afixados pelos diferentes partidos em campanha ainda se mantêm em muitas ruas do país. De salientar que, segundo as regras, é aos partidos que compete retirar os cartazes afixados após a realização das eleições.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

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