Disney sobe quase 8% e impulsiona Dow Jones. S&P 500 e Nasdaq perto da linha de água

O dia foi misto em Wall Street, com o Dow Jones a registar máximos, com a ajuda da Disney, e os restantes índices de referência próximos da linha de água.

Vários fatores influenciaram as negociações em Wall Street nesta sessão, fazendo com que os principais índices de referência tivessem desempenhos mistos. As incertezas em relação aos avanços das negociações comerciais entre os EUA e a China desanimaram os investidores, mas perspetivas otimistas da Fed e o desempenho da Disney impulsionaram os índices.

O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, disse que os banqueiros centrais dos Estados Unidos veem uma “expansão sustentada” da economia do país, e que enquanto tal se verificasse, as taxas de juros iriam ficar inalteradas. Depois do discurso do líder da Fed, os mercados reagiram positivamente.

No entanto, uma notícia do Wall Street Journal que dava conta de um impasse nas negociações comerciais com a China acabou por travar o sentimento positivo sentido nos mercados. O S&P 500 acabou por fechar a sessão pouco acima da linha de água, ao avançar 0,07% para os 3.093,97 pontos.

O industrial Dow Jones ficou também em “terreno” verde, mas teve uma valorização mais expressiva, somando 0,33% para os 27.783,59 pontos e registando um novo máximo. O desempenho deste índice foi principalmente impulsionado pela Disney, que disparou 7,32% para os 148,72 dólares, depois de anunciar que o novo serviço de streaming, Disney +, alcançou 10 milhões de inscrições desde o lançamento nesta terça-feira.

Já o tecnológico Nasdaq não resistiu e recuou 0,05% para os 8.428,10 pontos. Entre as cotadas que registaram perdas, destaque para a Netflix, que é agora rival direta da Disney. Os títulos da plataforma de streaming desvalorizaram 3,05% para os 283,11 dólares nesta sessão.

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Montenegro diz contar com Rio se for eleito presidente do PSD

  • Lusa
  • 13 Novembro 2019

O candidato à liderança do PSD diz que, se chegar ao cargo, vai contar com os 79 deputados do partido, "incluindo com o Dr. Rui Rio".

O candidato à liderança do PSD Luís Montenegro disse esta quarta-feira que, se for eleito presidente do partido, contará com os 79 deputados sociais-democratas à Assembleia da República, incluindo o atual líder, Rui Rio.

“No dia 12 de janeiro, quando já for presidente do PSD, contarei com os 79 deputados, incluindo com o Dr. Rui Rio, que é um deputado qualificado que poderá ajudar o PSD no futuro”, disse Luís Montenegro em declarações à Lusa, no âmbito de uma visita ao Politécnico de Leiria e à Nerlei – Associação Empresarial de Leiria.

Recusando-se a fazer uma avaliação à prestação do presidente do PSD, Rui Rio, enquanto líder da bancada social-democrata no parlamento, Luís Montenegro adiantou, no entanto, que “respeita” e “compreende” que Rui Rio tenha optado por assumir as funções de presidente do grupo parlamentar “de forma transitória, até à clarificação interna que vai ocorrer após as eleições”.

“Espero que cumpra o papel de representação dos eleitores e dos interesses do PSD no parlamento. Isso é uma ação que deve desempenhar no cumprimento do mandato que o povo lhe deu nas últimas eleições, ele e os outros 78 deputados que o acompanham na nossa bancada parlamentar”, acrescentou o candidato a líder do PSD.

Luís Montenegro considerou ainda que o PSD “tem que fazer, cada vez mais, um esforço de diferenciação relativamente àquilo que é o governo socialista, comunista e bloquista, que, fruto desta configuração tripartida, está a contribuir para a estagnação social e económica do país”.

Defendendo a “apresentação de ideias alternativas” por parte do PSD, para que “possam ser uma força motora muito mais potente para o desenvolvimento”, o candidato apontou que é “preciso apostar mais nas empresas, ter uma fiscalidade mais previsível” e “uma competitividade fiscal melhor, quer do ponto de vista dos impostos sobre as pessoas e sobre as famílias quer do ponto de vista dos impostos sobre as empresas”.

“Os outros crescem mais do que nós por alguma razão. Crescem mais, porque têm uma maior atratividade para o investimento. Estamos com uma situação de ficção nacional à volta da qual parece que está tudo bem”, mas, sublinhou, o país está a “perder tempo”.

Montenegro sublinhou que o PSD tem de transmitir às pessoas que não vai “arrumar a casa que os socialistas vão desarrumar”, mas vai “fazer melhor”. “Estamos aqui para ter maior crescimento, porque trará mais justiça e mais oportunidades, mais sustentabilidade e desenvolvimento”, destacou.

Luís Montenegro justificou a sua visita a Leiria com o objetivo de “conhecer com a maior proximidade a realidade do país e interagir com os agentes políticos partidários”, mas também com os “agentes cívicos, sociais e, no caso, ligados ao setor chave da sociedade: economia e educação e qualificação”.

“Ser candidato do PSD não é pura e simplesmente estar a ser escolhido pelos militantes de um partido. É assumir uma responsabilidade perante a sociedade e as pessoas”, acrescentou, realçando que o Politécnico de Leiria é “uma força muito grande no ensino universitário em Portugal” e que dá “um contributo muito positivo para o equilíbrio regional e para a distribuição territorial das oportunidades”.

O candidato frisou ainda estar “numa das regiões mais dinâmicas do país, com uma diversidade de setores de atividade económica muito significativa, com uma vontade muito grande de inovar, de estar no centro do desenvolvimento”.

Além de Montenegro e do líder, Rui Rio, anunciou também concorrer à liderança do PSD o vice-presidente da Câmara de Cascais Miguel Pinto Luz, não sendo ainda conhecidos outros candidatos. As eleições diretas estão marcadas para 11 de janeiro de 2020.

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Worten fecha acordo para compra da iServices

  • Lusa
  • 13 Novembro 2019

A Worten fechou um acordo para comprar a empresa de reparação de dispositivos móveis iServices. O negócio está ainda sujeito a autorizações das entidades competentes.

A Worten fechou um acordo para a compra da iServices, empresa de reparação de dispositivos móveis, avançou esta quarta-feira o administrador financeiro da Sonae, João Dolores, à Lusa.

“A Worten fechou um acordo com a iServices” para a compra da empresa, cujo negócio “está sujeito a autorizações” das entidades competentes, referiu o responsável. Trata-se de um “investimento importante para a Worten” porque “reforça a aposta nos serviços de clientes”, adiantou, sem referir valores envolvidos da operação.

Nos primeiros nove meses do ano, o volume de negócios da Worten atingiu 744 milhões de euros, “com as vendas de retalho em Portugal e nas ilhas Canárias, acima do ano passado, apesar da evolução negativa das categorias sazonais em agosto, devido sobretudo às temperaturas atipicamente baixas na ibérica e do programa de ajustamento da operação de Espanha em curso”, refere a Sonae, no comunicado dos resultados até setembro.

O ‘marketplace’ da Worten produziu resultados acima das expectativas, ajudando a impulsionar o crescimento das vendas online em quase 50% em termos trimestrais”, refere a empresa. O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) subjacente da Worten atingiu 29 milhões de euros.

Depois de ter lançado em Portugal, a Worten lançou também o ‘marketplace’ em Espanha que está a ter “resultados bastante positivos”, afirmou o gestor.

O lucro da Sonae até setembro diminuiu 16,1% em termos homólogos para 88 milhões de euros, impactado pela venda de parte da participação que o grupo tem na Outsystems no segundo trimestre de 2018, anunciou esta quarta-feira a empresa. No terceiro trimestre, que exclui aquela mais-valia extraordinária, o resultado líquido mais que duplicou para 50 milhões de euros.

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Tráfego na Brisa Concessão Rodoviária aumentou 4,1% até setembro

  • Lusa
  • 13 Novembro 2019

Durante os meses de verão deste ano, o tráfego na Brisa "ultrapassou o seu máximo histórico", com um crescimento orgânico de 2,9%.

O tráfego na Brisa Concessão Rodoviária aumentou 4,1% nos primeiros nove meses deste ano, tendo ultrapassado o “máximo histórico” nos meses de verão, segundo informação enviada esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A Brisa informa em comunicado que o aumento de 4,1% no tráfego até setembro foi “suportado por um crescimento orgânico de 4,7%” e, “durante os meses de verão, o tráfego ultrapassou o seu máximo histórico“, com um crescimento orgânico de 2,9%.

De acordo com a empresa, o tráfego foi “negativamente influenciado” por vários fatores, nomeadamente, efeito de calendário, greve dos motoristas de veículos pesados, em agosto, e interrupção de tráfego na A1 em setembro, devido a fogos florestais na região. No conjunto, o impacto destes fatores foi negativo em 1,4%, informa a empresa.

No segundo trimestre, o crescimento do tráfego tinha sido de 6,3%, após o aumento de 5,6% nos primeiros três meses do ano. No documento enviado à CMVM, a Brisa revela ainda que todas as autoestradas registaram um crescimento positivo de TMD [Tráfego Médio Diário] nos primeiros nove meses do ano, “conforme se tem verificado nos últimos anos”.

O TMD nos primeiros nove meses deste ano foi de 25.916 veículos, de acordo com a concessionária, um valor superior aos 25.530 veículos registados em igual período de 2018.

Do total do tráfego contabilizado, 94,4% foi de veículos ligeiros e 5,6% de pesados. Em termos de evolução, os pesados cresceram mais, 6%, enquanto os ligeiros aumentaram 4% em TMD no período em análise. A A1 é a concessão que mais peso tem na circulação da Brisa, com 45% do total, seguida da A2, com 18,5%.

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Do amor de Joacine, aos impostos de Ventura e Cotrim Figueiredo. O que disseram os partidos pequenos em minuto e meio

Depois de muita polémica, os partidos só com um deputado tiveram minuto e meio para questionar o primeiro-ministro. Joacine Katar Moreira falou de amor, André Ventura e Cotrim Figueiredo de impostos.

Depois do polémico veto dos partidos à esquerda, os partidos que só têm um deputado eleito acabaram por ter um minuto e meio para questionar o primeiro-ministro no primeiro debate quinzenal desta legislatura, uma solução, para já, provisória. Mas o que disseram?

No pouco tempo que tiveram para intervir, Joacine Katar Moreira do Livre falou de amor na política de salários, isto no dia em que o Governo avançou com um salário mínimo nacional de 635 euros para 2020. João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, e André Ventura, do Chega, tentaram arrancar uma garantia que não haveria aumentos de impostos.

Joacine Katar Moreira: do amor na política ao salário mínimo com o qual os deputados não conseguiriam viver

Debate Quinzenal - 13NOV19

A deputada do Livre centrou a sua intervenção na questão do salário mínimo, no mesmo dia em que o Governo fez a sua proposta aos parceiros sociais (durante a manhã) para aumentar o salário mínimo nacional para os 635 euros a partir de 1 de janeiro de 2020, e António Costa anunciou durante o debate (à tarde) que irá aprovar no reunião do Conselho de Ministros de quinta-feira esse aumento.

Joacine Katar Moreira, começou por saudar o “maravilho espírito democrático” de Ferro Rodrigues por permitir aos deputados a possibilidade de participarem neste debate — que a esquerda vetou inicialmente, apesar de terem dado esse estatuto de exceção ao PAN na anterior legislatura –, e logo de seguida falou de amor e do salário mínimo.

Não se pode falar de salário mínimo nacional sem se falar de amor, porque política sem amor é comércio. Um ordenado mínimo de 600 e tal euros é um ordenado mínimo de absoluto desamor pelos contribuintes, pelos eleitores. O ordenado mínimo de 750 euros nunca pode ser o ordenado mínimo de objetivo último, mas de objetivo inicial”, disse a deputada do Livre.

A deputada foi mais longe e disse que os deputados não podem estar a defender um valor de salário mínimo com o qual os próprios não conseguiriam viver e defendeu a subida para 900 euros. “Não podemos esta a insistir num ordenado mínimo aos outros com o qual seriamos incapazes de sobreviver”, disse.

Na resposta, António Costa foi lacónico. O primeiro-ministro disse que “discorda” da deputada e que a atualização do salário mínimo “nada tem a ver com amor, tem a ver com uma questão de justiça, e uma medida de política económica. Não é amor, e 750 euros não é o objetivo final, é o objetivo desta legislatura”. “Se é ótimo? Não, não é ótimo”, disse António Costa.

André Ventura: o João Félix das Finanças e o primeiro-ministro errado

Debate Quinzenal - 13NOV19

O deputado do Chega assumiu uma postura mais confrontacional com o primeiro-ministro, começando por acusar António Costa de ilusionismo ao usar números do INE considerando que estes dão conta da maior carga fiscal de sempre. Logo de seguida, André ventura perguntou a António Costa se consegue garantir que os impostos indiretos não vão aumentar.

“Não sei se tem aqui hoje o Ronaldo das Finanças, o Messi, ou o João Félix das Finanças. É-me indiferente. O que lhe quero é perguntar se está em condições de garantir aos portugueses que não vai aumentar os impostos indiretos durante a próxima legislatura. Porque se não não vale a pena estar a aumentar salários para depois vir tirar”, disse o deputado.

André Ventura ainda arrancou alguma contestação dos deputados socialistas quando acusou António Costa de dizer que os professores devem emigrar se não conseguirem emprego, e de ter passado “de um Governo familiar para o maior da história de Portugal”, para além de questionar que resposta o Governo vai dar às agressões de bombeiros em Borba.

Na resposta, António Costa disse que não vai dar qualquer garantia sobre os impostos indiretos. “Não, não vou dar nenhuma garantia que os impostos indiretos não sobem durante esta legislatura. Não me comprometerei com um cêntimo que seja para diminuir a carga fiscal sobre combustíveis fósseis quando o mundo tem que se mobilizar para um combate sem tréguas contra as alterações climáticas”, disse. Sobre o alegado incentivo à emigração, disse a Ventura que terá confundido o primeiro-ministro que o fez.

João Cotrim Figueiredo: aumentos de impostos e os privilégios dos funcionários públicos

Debate Quinzenal - 13NOV19

O deputado liberal também tentou arrancar uma garantia semelhante ao primeiro-ministro de que não haveria aumentos de impostos, mas não se ficou pelos impostos indiretos, questionando António Costa se poderia garantir “que não vai proceder a aumentos globais de impostos em Portugal nesta legislatura”.

João Cotrim Figueiredo considerou ainda injusta a recompensa que o Governo anunciou para os trabalhadores em funções públicas pela assiduidade, questionando António Costa da justiça de uma medida que os privados não beneficiam.

“Acha justo recompensar o mero cumprimento de um dever de assiduidade, acha justo introduzir mais uma discriminação entre os trabalhadores públicos e privados a juntar ao salário mínimo que já é diferente, ao horário semanal que já é diferente, à idade para a reforma antecipada que já é diferente, ao acesso à saúde que já é diferente através da ADSE. E acha justo que se o incentivo forem dias adicionais de férias que sejam todos os contribuintes a pagar mais um privilégio de um grupo de contribuintes?“, questionou o deputado.

Numa troca de palavras mais animada, António Costa disse que não há qualquer detalhe sobre como será feito o englobamento em sede de IRS que está previsto no Programa de Governo, nem sequer que esse irá avançar já em 2020, qualificando um exemplo dado pelo deputado como “tão patético” como as simulações feitas pelas consultoras.

Sobre as questões relativas ao prémio de assiduidade, António Costa disse que começa a arrepender-se de ter dito que finalmente havia um liberal assumido no Parlamento, e que parece que “mais depressa se apanha um falso liberal que alguém que tenta fugir”.

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Vendas da Sonae sobem 10%. Sem extraordinários, lucros caem

A Sonae lucrou 88 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. houve uma quebra face ao período homólogo explicada pela ausência de extraordinários.

A Sonae lucrou menos nos primeiros nove meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os resultados líquidos caíram para 88 milhões de euros, sendo esta evolução explicada pela ausência de efeitos extraordinários da mesma dimensão do que os registados em 2018. Em termos operacionais, o desempenho foi positivo, com as vendas a apresentarem um crescimento de mais de 10%.

“Nos primeiros nove meses deste ano, o resultado líquido total da Sonae ascendeu a 131 milhões de euros, sendo a parte atribuível aos acionistas de 88 milhões de euros“, refere a empresa. Este valor “pressupõe um crescimento expressivo, se excluídos os itens não recorrentes”, nota a empresa liderada por Cláudia Azevedo. No período homólogo, os lucros ascenderam a 105 milhões. Ou seja, houve uma quebra de 16%.

A “Sonae registou no terceiro trimestre deste ano mais-valias relativas à transação da WeDo e a operações de sale & leaseback, contribuindo para o registo positivo de 4 milhões de euros, face a um comparável de 33 milhões nos nove meses de 2018″, valor influenciado pela “mais-valia decorrente da venda de uma participação na Outsystems no segundo trimestre.”

Se os resultados líquidos apresentam uma quebra na comparação com o ano passado, os operacionais registaram uma evolução expressiva. Houve um crescimento de 41,2% do EBITDA no terceiro trimestre, para 206 milhões, e de 20,9% nos nove meses, para 485 milhões de euros, enquanto as receitas aumentaram mais de 10%.

O volume de negócios da Sonae cresceu 8,8% para 1.674 milhões de euros no terceiro trimestre, contribuindo para que nos primeiros nove meses de 2019 o volume de negócios da Sonae tenha atingido 4.635 milhões (+10,2% face ao ano passado), beneficiando principalmente do desempenho da Sonae MC, da Sonae IM e da consolidação das vendas estatutárias da Sonae Sierra”.

"À medida que o final do ano se aproxima, continuaremos todos focados em executar as estratégias definidas para cada negócio, fazendo de 2019 um ano de sucesso para a Sonae e para todos os nossos stakeholders.”

Cláudia Azevedo

CEO da Sonae

A “Sonae manteve um forte desempenho operacional no terceiro trimestre, consolidando assim os resultados positivos atingidos no primeiro semestre do ano”, salientou Cláudia Azevedo, em comunicado enviado à CMVM. O “balanço da Sonae continua sólido com a dívida líquida a diminuir 20 milhões em termos homólogos, 113 milhões numa base comparável, outra clara demonstração da capacidade de geração de cash flow dos nossos ativos subjacentes”, acrescentou.

“À medida que o final do ano se aproxima, continuaremos todos focados em executar as estratégias definidas para cada negócio, fazendo de 2019 um ano de sucesso para a Sonae e para todos os nossos stakeholders”, rematou a CEO da Sonae.

(Notícia atualizada às 19h10 com mais informação)

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Sabe o que aconteceu nos mercados na 4ª feira? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 13 Novembro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

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Isabel dos Santos: “África tem de investir em Energia para ter 5G”

  • ECO
  • 13 Novembro 2019

A empresária angolana, Isabel dos Santos, defende para o setor da energia a mesma estratégia de investimento adotada no setor da tecnologia.

Para que a rede 5G seja uma realidade em África é necessário um forte investimento no setor da Energia no continente. Esta é a perspetiva de Isabel dos Santos, que defende para o setor da energia a mesma estratégia de investimento adotada no setor da tecnologia.

“As operadoras de telecomunicações estão ansiosas por implementar a rede 5G, mas para isso é preciso haver um forte investimento na Energia, tal como aconteceu nas Telecomunicações”, diz a empresária angolana.

Essa posição foi defendida por Isabel dos Santos enquanto representante da Unitel no AfricaCom 2019, uma das maiores conferências de Tecnologias e Telecomunicações em África, que está a decorrer na Cidade do Cabo.

A empresária diz que gostaria de ver “um grande investimento do setor privado” no setor da energia, considerando que “o investimento necessário em infraestruturas é muito grande”, de modo a haver capacidade de resposta face ao grande crescimento da população no continente africano.

“Hoje somos 1,2 mil milhões de pessoas em África, em 2050 seremos 2,4 mil milhões – mais do que na China”, lembra Isabel dos Santos.

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Subida do salário mínimo dá mais 31,15 euros líquidos por mês aos trabalhadores, diz EY

  • Lusa
  • 13 Novembro 2019

Descontando o acréscimo de 3,85 euros nos descontos para a Segurança Social, o aumento do salário mínimo traduz-se em mais 31,13 euros líquidos no final do mês.

A subida do salário mínimo para 635 euros em 2020, que consta da proposta apresentada esta quarta-feira pelo Governo aos parceiros sociais, vai traduzir-se num aumento líquido de 31,15 euros por mês, segundo a consultora EY.

O novo valor do salário mínimo nacional (SMN), que entra em vigor a partir de 1 de janeiro de 2020, não trará qualquer implicação a nível do IRS já que quem o recebe continuará isento deste imposto, tendo apenas de descontar os 11% de contribuições para a Segurança Social.

Tal como sublinha Nuno Alves, senior manager da EY, “com o aumento proposto estes contribuintes ainda não pagam IRS” uma vez que, de acordo com o Código deste imposto, da aplicação das taxas do IRS “não pode resultar, para os titulares de rendimentos predominantemente originados em trabalho dependente (…), a disponibilidade de um rendimento líquido de imposto inferior a 1,5 x 14 x (valor do Indexante de Apoios Sociais)”.

Desta forma, e descontando o acréscimo de 3,85 euros nos descontos para a Segurança Social, a passagem do SMN dos atuais 600 euros para 635 euros irá fazer com que cada pessoa receba mais 31,13 euros líquidos no final do mês (um aumento de 5,83%).

Em termos anuais, e tal como mostra um conjunto de simulações realizadas pela EY, a alteração da remuneração mínima vai aumentar em 490 euros o montante bruto pago a cada pessoa, sendo que em termos líquidos o aumento será de 436 euros.

Com o salário mínimo fixado nos 600 euros, o desconto para a Segurança Social a cargo dos trabalhadores é de 66 euros por mês (924 euros por ano). Já com o novo valor de 635 euros, aquele encargo passará para os 69,85 euros mensais (977,90 euros anuais).

Do lado das empresas, as mesmas simulações mostram que a atualização do SMN irá fazer com que o encargo mensal por trabalhador (que inclui o pagamento do salário mensal mais os 23,75% por conta da Taxa Social Única) aumente dos atuais 742,5 euros para 785,81 euros. Em termos anuais, a empresa pagará mais 490 euros a cada trabalhador e mais 116,38 euros de TSU à Segurança Social.

O aumento da fatura das empresas que têm trabalhadores a auferir o salário mínimo será, porém, suavizado do lado do IRC já que a subida do encargo com as remunerações é acompanhada por um aumento da poupança fiscal em sede do imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas.

De acordo com os cálculos da EY, tendo por base o universo de 755.900 pessoas que auferem o SMN (cuja denominação oficial é Remuneração Mínima Mensal Garantida – RMMG) e o novo valor de 635 euros, a poupança fiscal em sede de IRC para as empresas irá ascender em 2020 a 1,87 mil milhões de euros, traduzindo um aumento de 103,13 milhões de euros face ao valor de 2019. Esta simulação assume uma taxa de IRC de 21% e de derrama municipal de 1,5%.

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Reserva Federal prevê taxas de juro inalteradas se crescimento se mantiver

  • Lusa
  • 13 Novembro 2019

As previsões da Reserva Federal norte-americana apontam para um crescimento económico moderado, um mercado laboral forte e uma inflação próxima do objetivo de 2%.

O líder do banco central norte-americano indicou esta quarta-feira que a Reserva Federal (Fed) prevê fazer uma pausa nas suas intervenções sobre as taxas de juro enquanto o crescimento económico se mantiver.

“A atual posição na política monetária permanecerá apropriada enquanto a informação que nos chegue sobre a economia se mantiver em linha com as nossas perspetivas de um crescimento económico moderado, de um mercado laboral forte e de uma inflação próxima do nosso objetivo de 2%”, disse Jerome Powell, numa declaração no Congresso, mostrando-se otimista quanto à evolução da economia norte-americana, apesar dos riscos de um abrandamento global e da “persistente” tensão comercial.

Powell manifestou, no entanto, preocupação com a dívida federal, que “está a um nível elevado e continua a crescer”, o que pode a longo prazo afetar o investimento privado e o crescimento.

A Fed anunciou no passado dia 30 a terceira descida das taxas de juro deste ano e Powell já tinha assinalado na altura que haverá uma pausa enquanto não se registarem alterações fundamentais nas previsões do banco central. A taxa dos fundos federais situa-se atualmente no intervalo entre 1,50% e 1,75%.

Os últimos dados relativos ao crescimento indicam que este terá avançado no terceiro trimestre a um ritmo de 1,9%, depois dos 2% registados nos três meses anteriores.

Powell afirmou que esse abrandamento se deve em parte à longa greve na General Motors, mas também a uma descida do investimento relacionada com a incerteza criada pela guerra comercial desencadeada pela atual administração norte-americana. A próxima reunião de política monetária da Fed está prevista para 10 e 11 de dezembro.

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Altice tem “várias” propostas para a rede de fibra ótica da Meo. Venda está “em fase avançada”

A Altice não tem pressa para vender a fibra, porque o ativo está "a valorizar de trimestre para trimestre". Há "várias" ofertas em cima da mesa e a venda vai mesmo avançar em breve.

A Altice está a analisar “várias” propostas de investidores interessados em adquirir a rede de fibra ótica da Meo, revelou o fundador do grupo numa conferência telefónica com analistas esta quarta-feira. O processo encontra-se numa “fase avançada”, mas a empresa não tem pressa porque o ativo está a valorizar de mês para mês.

“Temos observado um crescimento no interesse pela fibra em Portugal a cada trimestre que esperamos, baseado no facto de as pessoas estarem a perceber que toda a gente está a migrar para a fibra. O valor sobe de mês para mês”, reconheceu Patrick Drahi, fundador da Altice.

“Temos optado por esperar”, frisou, lembrando que é um negócio apetecível para “investidores de longo prazo”. Contudo, o gestor não deu detalhes sobre a avaliação que os investidores estão a fazer do ativo. A Altice Europe, em junho, queria, segundo a Bloomberg, um valor em torno dos 5.000 milhões de euros.

O magnata sublinhou ainda que a Altice Europe está na fase de “analisar, discutir e subir” o valor do negócio e não quer apressar as coisas. Recorde-se que a venda da rede fibra foi avançada em fevereiro deste ano.

Questionado sobre quando deverá ser fechada a operação, Patrick Drahi disse: “O tempo está do nosso lado. Não podemos dizer quando vamos fechar. Não podemos dizer se é nas próximas semanas ou no próximo trimestre, mas é claramente algo que se vai realizar.”

Estas novidades surgem no dia em que a Altice Europe publicou os resultados do terceiro trimestre, período em que a empresa registou um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 1,407 mil milhões de euros, mais 8,2% do que no trimestre homólogo. As receitas totais fixaram-se em 3,666 mil milhões de euros, uma melhoria de 6,3% face aos mesmos três meses de 2018.

No mercado português, o EBITDA da Altice Portugal estabilizou em 216 milhões em termos homólogos, com a dona da Meo a registar um crescimento das receitas de 2,1%, para 536 milhões de euros.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h20)

Correção: Uma versão anterior referia que a Altice teria “sete” propostas pela fibra da Meo e que a informação tinha sido dada por Alain Weill, CEO da Altice Europe. Na verdade, foi Patrick Drahi quem estava a falar e o gestor disse “várias” em vez de “sete”. O lapso deveu-se à confusão entre a palavra inglesa several e seven na escuta da chamada telefónica. Aos visados, as nossas desculpas.

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Aumento do salário mínimo livre de IRS e retenção na fonte

Quem passar a ganhar o novo salário mínimo nacional de 635 euros a 1 de janeiro vai continuar a não pagar IRS e, graças ao precedente da Função Pública, também não terá de fazer retenções na fonte.

O Governo comunicou esta quarta-feira que o salário mínimo nacional para 2020 irá aumentar dos atuais 600 euros para os 635 euros. A medida será aprovada esta quinta em Conselho de Ministros.

Num documento entregue aos parceiros sociais, o Governo avisa que o novo valor entrará em vigor a partir de 1 de janeiro de 2020.

Apesar do aumento mensal de 35 euros, os portugueses que recebam o salário mínimo vão continuar a não pagar IRS. Isto porque a nova remuneração, apesar da subida de 5,8%, continua abaixo do mínimo de existência.

O mínimo de existência é o valor de rendimento até ao qual não há IRS; é uma salvaguarda que, depois de pagar os impostos, ninguém fica a ganhar menos” do que um determinado nível, explica Luís Leon, partner da Deloitte.

Esse mínimo de existência está fixado atualmente nos 9.150,96 euros anuais, ou seja, quem ganha até 654 euros mensais está isento de IRS.

Com uma ressalva. “Isto é verdade só se tiver rendimentos apenas de trabalho dependente. Se, por exemplo, tiver rendimentos de trabalho independente ou recibos verdes, ou tiver vendido uma casa, o que se considera é o rendimento global. E, neste cenário, pode pagar IRS”, avisa o partner da Deloitte.

Com o aumento para 635 euros a partir de 1 de janeiro, há garantias de que os portugueses (sem outros rendimentos) não vão pagar IRS porque a nova remuneração permanece abaixo do limiar de existência. Só deixará de o ser, eventualmente, quando o Governo aproximar a remuneração mínima dos 750 euros já anunciados pelo primeiro-ministro para 2023.

Mas mesmo nesse cenário os salários mínimos não serão chamados a pagar IRS porque o Governo aprovou, em 2018, uma cláusula de salvaguarda que garante que o mínimo de existência, por titular, nunca poderá ser inferior ao valor anual do salário mínimo nacional. No cenário, por exemplo, em que o salário mínimo aumentasse para 750 euros, o mínimo de existência teria de ser ajustado automaticamente para os 10.500 euros (o equivalente a 750 euros mensais, considerando os 14 meses de remuneração).

Sem retenção na fonte graças à Função Pública

Além de não pagarem IRS, os trabalhadores que ganhem o novo salário mínimo também não terão de fazer retenções na fonte a partir de janeiro de 2020 (mesmo que o valor lhes fosse devolvido aquando do acerto de contas com o Fisco). Isto porque este ano o Governo ajustou as tabelas mensais de retenção de IRS e aumentou o limiar a partir do qual não existe essa obrigação de reter, passando o patamar dos 632 euros para os atuais 654 euros.

Esta alteração foi uma mudança feita à medida dos funcionários públicos cuja tabela remuneratória passou a ter este ano um valor mínimo de 635 euros. Assim, os trabalhadores do privado que auferem o salário mínimo, vão beneficiar em 2020 da alteração já feita para a Função Pública este ano.

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