Discurso de António Costa interrompido por protesto contra o novo aeroporto do Montijo

  • Lusa
  • 23 Abril 2019

Um grupo de jovens interrompeu o discurso de António Costa na noite de segunda-feira para protestar contra a construção do novo aeroporto do Montijo.

O discurso do secretário-geral do PS, António Costa, no 46.º aniversário do seu partido, foi interrompido esta segunda-feira pela inesperada intervenção de um grupo de jovens que protestava contra o novo aeroporto do Montijo.

De forma inesperada, quatro jovens aproximaram-se do palco dos oradores, na antiga Feira Internacional de Lisboa (FIL), e lançaram aviões de papel, mostrando também um cartaz onde se podia ler “Mais aviões só a brincar”.

Lamentamos estragar a vossa festa, mas o rio Tejo, aqui ao lado, a nossa cidade e as futuras gerações nada têm para celebrar“, escreveram num comunicado os mesmos membros do grupo de jovens, que não se identificou.

Em menos de meio minuto, os jovens foram retirados do palco e António Costa prosseguiu o seu discurso.

Neste jantar do 46.º aniversário do PS, foi homenageado o antigo líder parlamentar socialista Alberto Martins pelos 50 anos da Crise Académica de 1969, contestação estudantil ao regime do Estado Novo que este ministro dos governos de António Guterres e José Sócrates chefiou enquanto presidente da Associação Académica de Coimbra.

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Inovação dá 200 milhões euros em benefícios fiscais às empresas

  • ECO
  • 23 Abril 2019

Candidaturas para o Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação & Desenvolvimento já estão abertas. Autoridades estimam que total atribuído no ano passado atinja valor mais elevado que em anteriores.

As candidaturas ao SIFIDE – Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação & Desenvolvimento já abriram para o exercício fiscal de 2018 e poderão trazer poupanças às empresas que apostem na inovação. O regime permite deduzir despesas de inovação na coleta do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC) e os benefícios fiscais podem chegar a 200 milhões de euros, segundo noticia esta terça-feira o Jornal de Negócios (acesso pago).

Os benefícios fiscais são atribuídos consoante as candidaturas e sob aprovação da Agência Nacional de Inovação (ANI). Empresas que se queiram candidatar ao SIFIDE têm até 31 de maio para o fazer. O número de candidatos tem crescido de forma sustentável “ao longo do tempo” e situa-se “atualmente próximo de 1.500” por ano, explicou o presidente da agência, Eduardo Maldonado ao Negócios.

O presidente da ANI referiu ainda que o bónus fiscal referente a 2017 ainda não está fechado pelo que o crédito de 183 milhões de euros já atribuído poderá ainda aumentar. O responsável acrescentou que o total “deverá aproximar-se do habitual, ou seja, cerca de 90% do total solicitado, e maior do que o valor apurado em anos anteriores”. Em 2016, as empresas aprovadas receberam 209,4 milhões de euros em créditos fiscais que podem ser usados nos oito anos seguintes.

É possível recuperar até 82,5% dos custos com atividades em investigação e desenvolvimento (I&D) no ano anterior, através da taxa base de 32,5% e de uma taxa incremental de 50% do aumento das despesas relativamente à média dos dois anos anteriores, até ao limite de 1,5 milhões de euros. Para PME com menos de dois anos aplica-se uma majoração de 15% à taxa-base, referente a uma dedução de 47,5%.

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Bolsa de Lisboa avança no regresso das férias. Petróleo dá ganhos superiores a 2,5% à Galp Energia

A Galp é a grande vencedora do índice a beneficiar, tal como todo o setor, da subida no preço do petróleo. Antes da AG que poderá ditar a morte da OPA, a família EDP segue linhas opostas.

A Bolsa de Lisboa abriu esta terça-feira entre ganhos e perdas ligeiros, mas segue a valorizar duas horas depois, contrariando as perdas das principais praças europeias e depois de quatro dias de pausa para as férias da Páscoa. Às 10h, o PSI-20 avança 0,22% para 5.371,34 pontos, impulsionada pela Galp Energia.

A liderar os ganhos está a Mota-Engil, que dispara 2,86% para 2,37 euros por ação, enquanto a petrolífera avança 2,75% para 14,80 euros por ação, a beneficiar da subida dos preços do petróleo, mas também da subida do preço-alvo da ação (para 16 euros, dos anteriores 15,5 euros) pela casa de investimento Kepler Cheuvreux.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou esta segunda-feira que os EUA vão voltar a impor sanções aos países que comprarem petróleo ao Irão a partir de maio. O objetivo, diz a administração norte-americana, é reduzir a zero as receitas do Estado iraniano com petróleo. A matéria-prima reagiu em alta e esta sessão manteve-se a tendência. O brent negociado em Londres ganha 0,86% para 74,67 dólares por barril e o crude WTI de Nova Iorque avança 0,90% para 66,14 dólares por barril, em máximos de cinco meses.

O índice pan-europeu Oil & Gas valoriza 1,88%, a preparar-se para o melhor dia em seis semanas, enquanto o índice que agrega as maiores empresas europeias, o Stoxx 600, cede 0,22%. Entre as principais praças, o alemão DAX perde 0,094%, o espanhol IBEX 35 recua 0,52%, o francês CAC 40 desliza 0,15% e o italiano FTSE MIB perde 0,19%. Em sentido contrário, o britânico FTSE 100 ganha 0,35%.

Grupo EDP com tendências opostas antes da AG

Em Lisboa, o foco desta sessão é a família EDP. A elétrica realiza esta quarta-feira uma assembleia-geral de acionistas que poderá ditar a morte da oferta pública de aquisição lançada há quase um ano pelo acionista maioritário China Three Gorges (CTG). Os acionistas vão votar o fim dos limites dos direitos de voto e, a 48 horas da reunião, os chineses da CTG anunciaram que não estão dispostos a abdicar desta condição. Como a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) tinha explicado, se a condição não se concretizar, a OPA cai.

Os títulos da EDP ganham 0,15% para 3,449 euros, enquanto a EDP Renováveis recua 0,11% para 8,74 euros. A maior perda é, no entanto, dos CTT, que tombam 1,75% para 2,70 euros. A Jerónimo Martins desvaloriza 0,75% para 13,92 euros e o BCP desliza 0,08% para 0,249 euros por ação, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter recuado e sinalizado que as condições da nova série de empréstimos a longo prazo poderão não ser tão favoráveis como se esperava.

O setor do papel e pasta de papal também segue em baixa. A Navigator — que vai pagar dividendos esta quarta-feira e arranca com a época de remuneração dos acionistas do PSI-20 — perde 0,35% para 3,974 euros por ação. A Altri desvaloriza 0,41% e a Semapa segue na linha de água.

No mercado cambial, o euro recua 0,04% contra a par norte-americana para 1,125 dólares. Os juros das dívidas da Zona Euro seguem em alta, com a yield das obrigações portuguesas a 10 anos a ganhar 1,7 pontos base para 1,191% e a de Itália a subir 6,4 pontos para 2,66%.

(Notícia atualizada com cotações das 10h)

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Hoje nas notícias: europeias, professores e incentivos

  • ECO
  • 23 Abril 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Num dia em que a contabilização do número de vítimas mortais voltou a aumentar no Sri Lanka, as capas dos jornais nacionais apostam nos aumentos dos professores, já que 22 mil profissionais vão atingir o topo da carreira em 2021, mas também nos incentivos fiscais concedidos às empresas por investirem em inovação e desenvolvimento. Por outro lado, a pouco mais de um mês para as eleições europeias sabemos que os 17 partidos e coligações vão gastar cinco milhões na corrida.

Partidos gastam quase cinco milhões de euros nas europeias

Já falta pouco mais de um mês para as eleições europeias. Os 17 partidos e coligações na corrida vão gastar mais de 500 mil euros do que os 16 que concorreram em 2017. No total, os orçamentos já entregues à Entidade das Contas, que funciona junto do Tribunal Constitucional, atingem 4,96 milhões de euros (em 2014 ultrapassavam os 4,4 milhões). Os orçamentos mais generosos são os do PS (1,25 milhões), PSD (890 mil euros) e CDU (850 mil euros). Já os mais parcos são os do Movimento Alternativa Socialista e do Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (5.000 euros), assim como o do Partido Nacional Renovador (1.800) e do Partido Trabalhista Português (1.000 euros). De sublinhar que, nestas europeias, só o PS tem um orçamento acima de um milhão de euros, quando em 2014, também a CDU superava essa fasquia. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

22 mil professores vão atingir salário máximo da carreira em 2021

O desbloqueio na progressão na carreira vai permitir que cerca de 22 mil professores atinjam, em dezembro de 2021, o salário máximo, correspondente a 3.364 euros por mês. Os cálculos do Correio da Manhã têm por base a contagem de 70% do tempo de serviço e indicam que 20% do total de quase 100 mil professores no quadro terão, nessa altura, o vencimento mais elevado da carreira. Em causa está a combinação entre o descongelamento da carreira, o decreto-lei nº 36/2019 que contabiliza 70% do tempo de serviço dos docentes e o direito de opção, que prevê a recuperação de 70% do tempo de serviço para as restantes carreiras especiais da Administração Pública e que foi aprovado em Conselho de Ministros no início de abril. Leia a notícia completa no Correia da Manhã (acesso pago)

Incentivos fiscais à inovação dão 200 milhões às empresas

Anualmente são mais de mil as empresas que recebem incentivos fiscais para apostar na investigação e desenvolvimento. Em causa estão cerca de 200 milhões de euros de bónus fiscal, ou seja, o montante que as empresas podem abater ao ser IRC pela investimento que fazem em I&D. De acordo com os dados da Agência Nacional de Inovação (ANI), em 2017, o último para o qual há dados disponíveis, ainda que o processo não esteja totalmente concluído, o crédito fiscal atingiu os 183 milhões de euros. Das 1.500 candidaturas, há ainda cerca de 400 em avaliação final ou em processo de reclamação. Em 2016, foram atribuídos 209,4 milhões de euros em créditos fiscais que podem ser utilizados nos oito exercícios seguintes. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Erro na Segurança Social tira anos de reforma a centenas de pescadores

A Segurança Social está a ignorar a regra de contagem dos dias para avaliar a carreira contributiva dos pescadores, com consequência no cálculo errado da pensão destes profissionais, que veem assim ser-lhes retirados vários anos. A Segurança Social só está a contabilizar um dia, em vez de três, por cada descarga em lota. O Governo reconhece o problema da classe e a associação do setor ameaça endurecer os protestos tendo em conta que estão em, causa centenas de profissionais. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

“Bolsonaro é um sólido democrata”, diz Sérgio Moro

Foi no antigo juiz da operação Lava Jato que recaiu a escolha do novo Presidente do Brasil para ocupar a pasta da Justiça. De passagem por Lisboa, o responsável garante que “Bolsonaro é um sólido democrata” e que “não existe nenhum risco para a democracia”. Em entrevista ao i defende ainda que “existem muitos estereótipos em relação ao Governo” de Bolsonaro. Já sobre a cooperação entre Portugal e o Brasil ao nível da operação Lava Jato, Sérgio Moro diz que, em geral, é boa, até porque Portugal “não é um país especialmente problemático”. Leia a entrevista completa no jornal i (acesso pago)

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PS gasta mais 360 mil euros que PSD na campanha para as europeias

  • ECO
  • 23 Abril 2019

Dados compilados pelo jornal Público demonstram que os 17 partidos e coligações vão gastar mais 500 mil euros que em 2014. PS é o mais gastador e é responsável por 25% dos gastos.

Os 17 partidos e coligações que irão a votos no dia 26 de maio vão gastar quase cinco milhões de euros este ano nas suas campanhas para as eleições europeias, avança o jornal Público (acesso condicionado), citando dados da Entidades de Contas e Financiamentos Políticos. O PS é quem gasta mais, prevendo investir 1,25 milhões de euros na campanha que se inicia, 25% do valor total que os partidos preveem gastar.

São mais 500 mil euros que deverão ser gastos na campanha deste ano em comparação com aquilo que aconteceu em 2014. O PS é o único partido que deve gastar mais do que um milhão de euros na campanha deste ano. O orçamento dos socialistas é superior em 360 mil euros ao do PSD, o segundo partido com mais gastos previstos.

A CDU, que em 2014 foi a par do PS o único partido com um orçamento superior a um milhão de euros, deverá ser mais contida nos gastos este ano, prevendo gastar 850 mil euros.

O Basta!, o movimento que junta o partido Chega criado por André Ventura, o Partido Popular Monárquico e o Partido Pró-vida, vai pela primeira vez a eleições e tem um orçamento conjunto de 500 mil euros, valor superior ao do CDS-PP e do Aliança, outro estreante em atos eleitorais.

Já o Bloco de Esquerda prevê gastar mais quase 40 mil euros do que o orçamento para as eleições europeias de 2014, onde conseguiu eleger apenas Marisa Matias.

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22 mil professores vão atingir salário máximo da carreira em 2021

  • ECO
  • 23 Abril 2019

Salário de 3.364 euros relativo ao 10º e último escalão remuneratório das carreiras poderá ser atingido em dezembro de 2021, por cerca de 20% dos docentes.

O desbloqueio na progressão na carreira vai permitir que cerca de 22 mil professores atinjam, em dezembro de 2021, o salário máximo, correspondente a 3.364 euros por mês. As contas do Correio da Manhã (acesso pago) têm por base a contagem de 70% do tempo de serviço e indicam que 20% do total de quase 100 mil professores no quadro terão, nessa altura, o vencimento mais elevado da carreira.

Em causa está a combinação entre o descongelamento da carreira, o decreto-lei nº 36/2019 que contabiliza 70% do tempo de serviço dos docentes e o direito de opção, que prevê a recuperação de 70% do tempo de serviço para as restantes carreiras especiais da Administração Pública e que foi aprovado em Conselho de Ministros no início de abril, segundo explica o matutino.

O salário de 3.364 euros diz respeito ao 10.º e último escalão remuneratório das carreiras dos docentes. A recuperação do tempo integral de serviço dos professores vai custar ao Estado 635 milhões de euros e está ainda em apreciação no Parlamento, sendo que a oposição pede esta solução, enquanto o Governo defende que não tem condições financeiras.

Os professores que preferirem fasear a recuperação do tempo descongelado têm de avisar até 31 de maio os serviços do Ministério da Educação. A modalidade — que prevê a separação em três tranches (junho de 2019, junho de 2020 e junho de 2021) do tempo recuperado — aprovada para as demais carreiras especiais da Função Pública está também disponível para os docentes.

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Empresas da bolsa têm 2.400.000.000€ para dar. Chegaram os dividendos

Época de remuneração dos acionistas arranca esta quarta-feira com a Navigator. Os investidores com ações da bolsa de Lisboa vão receber mais que no ano passado.

A época de remuneração dos acionistas do PSI-20 está prestes a começar e, este ano, há mais dinheiro para distribuir em dividendos, apesar de os lucros terem recuado. A primeira cotada da bolsa de Lisboa a pagar dividendos relativos ao exercício de 2018 é a Navigator já esta quarta-feira.

As cotadas do PSI-20 vão entregar 2,4 mil milhões de euros em dividendos aos acionistas. O valor — que se distribui por 17 empresas já que apenas a Pharol não paga dividendos — representa um crescimento de 4,3% face aos 2,3 mil milhões de euros do exercício de 2017.

O aumento dos dividendos contrasta com a redução de 2,2% nos lucros para 3,48 mil milhões de euros (excluindo a Pharol cujos prejuízos não são comparáveis aos do ano passado devido a mudanças no registo das contas). A EDP é simultaneamente a empresa que mais contribuiu para a quebra nos lucros (com os resultados a cederem 53%) e a que vai alocar um maior montante a dividendos: 691 milhões de euros.

A data a que a elétrica vai remunerar os acionistas será apenas decidido na assembleia-geral desta quarta-feira. No mesmo dia, é a Navigator a arrancar com a temporada. A papeleira vai distribuir um total de 200,4 milhões de euros, ou seja 89% dos lucros, o que corresponde a um dividendo de 27,943 cêntimos por ação.

Antes do final do mês, ainda a Semapa vai pagar, a 29 de abril, 41,3 milhões de euros em dividendos, sendo que cada ação vai receber 51,2 cêntimos. No dia seguinte, a Corticeira Amorim — que já deu um dividendo extraordinário de 8,5 cêntimos em dezembro — vai distribuir 18,5 cêntimos por ação, num total de 24,5 milhões de euros.

O dia 9 de maio vai ser cheio para os acionistas do PSI-20 com dividendos de dois pesos-pesados do índice. A Jerónimo Martins vai distribuir 204,2 milhões de euros a 32,5 cêntimos por ação. A Galp Energia, que pagou dividendo extraordinário de 25,5 cêntimos em setembro, vai entregar os restantes 35,75 cêntimos e total atinge os 522,4 milhões de euros. A EDP Renováveis vai dar sete cêntimos por ação aos acionistas no dia seguinte, ou seja, 61,1 milhões de euros.

Na política de remuneração dos acionistas das cotadas do PSI-20 destacou-se positivamente o BCP. Quase uma década depois, o banco liderado por Miguel Maya vai regressar ao pagamento de dividendos e propõe a distribuição de 10% dos lucros alcançados no ano passado, ou seja, 0,2 cêntimos por ação, a pagar numa data ainda por estabelecer.

Já pela negativa, destacaram-se novamente os CTT, cujo dividendo tombou 70% para 10 cêntimos após a queda nos lucros. A Sonae Capital vai dar dividendos (de 7,4 cêntimos por ação), apesar de ter registado prejuízos e a Nos vai dar mais 30% do que os lucros que teve para conseguir manter o dividendo nos 30 cêntimos.

Dividendo mais rentável face à ação é o da Altri

Fonte: Dados da CMVM e Reuters tratados pelo ECO. Cotações referentes a 19 de abril em todos os casos, exceto Navigator (dados de 17 de abril porque a ação negociou sem direito a dividendo a partir da sessão seguinte).

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5 coisas que vão marcar o dia

Bolsas europeias reabrem após a pausa da Páscoa. O Eurostat avalia os procedimentos por défices excessivos, enquanto o BdP divulga o endividamento da economia e a evolução dos certificados.

Após duas sessões sem negociar, terminou a folga das bolsas europeias. Mas a economia é o principal foco de atenção nesta terça-feira, dia em que Bruxelas irá fazer a avaliação dos procedimentos por défices excessivos dos diferentes países da União Europeia, incluindo Portugal. Será ainda possível saber aquela que foi a evolução do endividamento da economia nacional em fevereiro, bem como o que o Conselho das Finanças Públicas tem a dizer sobre o Programa de Estabilidade para o período entre 2019 e 2023 perante os deputados. São ainda divulgados dados sobre o investimento em produtos de poupança do Estado relativos a março.

Regresso à negociação das bolsas europeias. Portuguesa também

Após quatro dias de pausa, no âmbito da celebração da Páscoa, as bolsas do Velho Continente retomam a negociação nesta terça-feira. Este regresso acontece após um ciclo de sete sessões de ganhos das ações europeias que estão em máximos de mais de oito meses. Já em Lisboa, o PSI-20 retoma a negociação após três sessões de quedas que “roubaram” os máximos de quase sete meses atingidos no início da semana passada pelo índice bolsista nacional.

Bruxelas confirma défice orçamental de 2018?

Esta terça-feira, o Eurostat faz a avaliação dos procedimentos por défices excessivos dos diferentes países da União Europeia, incluindo Portugal. Será assim possível saber se o organismo de estatísticas europeu “sela”, ou não, o défice orçamental português de 2018 fechado pelo congénere nacional: o Instituto Nacional de Estatística (INE). A 26 de março, o gabinete português de estatísticas revelou que o défice de 2018 ficou em 912,8 milhões de euros, 0,5% do PIB, o que corresponde a um valor historicamente baixo. Na avaliação do Eurostat será possível ainda comparar os desempenhos dos diferentes países comunitários em matéria de défice orçamental.

Como evolui o endividamento da economia?

Em janeiro, o endividamento do conjunto da economia portuguesa cresceu perto de quatro mil milhões de euros para um total de 720 mil milhões, em grande medida devido às emissões de dívida pública registadas naquele mês que ascenderam a perto de seis mil milhões de euros. Chega a vez de saber qual foi a evolução registada em fevereiro, já que o Banco de Portugal divulga, nesta terça-feira, as estatísticas sobre a evolução do endividamento do setor não financeiro (estado, empresas e famílias). Em termos de emissões de dívida, os números são mais conservadores do que em janeiro. No segundo mês do ano o Tesouro emitiu dois mil milhões de euros, distribuídos por dívida de curto e longo prazo.

Certificados de aforro continuam a crescer?

O Banco de Portugal divulga o boletim estatístico mensal, onde será possível perceber qual foi a evolução das aplicações nos produtos de poupança do Estado em março. Estes dados permitirão saber se o terceiro mês do ano foi assinalado por uma nova recuperação do investimento em certificados de aforro, isto após quatro meses consecutivos de subidas que permitiram interromper um ciclo de dois anos de perdas consecutivas de aplicações. Ainda assim, os certificados do Tesouro mantiveram-se como o principal motor dos produtos de poupança do Estado. Em março ter-se-ão mantido as tendências.

Audição do Conselho das Finanças Públicas no Parlamento

Há uma semana, o Governo entregou no Parlamento e enviou para Bruxelas o Programa de Estabilidade para o período entre 2019 e 2023. Nesse documento, o Governo reviu em baixa a previsão de crescimento para os anos de 2019, 2020, 2021 e 2022. Na altura, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) validou as projeções do executivo de António Costa, para 2019 e 2020, mas o mesmo não aconteceu para os anos seguintes. Para esses, o conselho liderado por Nazaré Costa Cabral alerta para as divergências entre a expectativa do ministério das Finanças e as restantes instituições internacionais. Esta terça-feira, o CFP será escutado no Parlamento pelos deputados a esse propósito.

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Da Heinz ao McDonald’s. Estes portugueses comandam as maiores empresas do mundo

São portugueses e dão cartas lá fora. Horta Osório, Carlos Tavares e António Simões são os nomes que tomam conta das maiores empresas do mundo.

Seja nas cervejas ou na maionese, na área financeira ou na indústria automóvel, os portugueses estão, cada vez mais, a dar cartas lá fora. Ocupam cargos de topo em algumas das maiores empresas mundiais, como a Guinness ou a Kraft Heinz, o banco Lloyds ou o grupo PSA.

António Horta Osório, Carlos Tavares e António Simões são alguns dos portugueses que, graças à sua liderança, são conhecidos a milhares de quilómetros de Portugal.

Tanto cerveja, como hambúrgueres ou molhos

A indústria alimentar internacional já conta com vários nomes de portugueses no topo. Esta segunda-feira foi noticiado que mais um português vai “tomar conta” de uma grande empresa mundial. Desta vez, é Miguel Patrício que vai ocupar o cargo de CEO do grupo Kraft Heinz, uma das maiores empresas mundiais no setor da alimentação.

O gestor nasceu em Portugal, mas estava há vários anos no Brasil, onde adquiriu a sua formação académica e profissional. Há cerca de duas décadas na InBev, uma gigante das cervejas, Miguel Patrício era, desde 2012, o responsável máximo pelo marketing de todo o grupo, que junta marcas como a Budweiser, a Corona Extra ou a Beck’s. Agora, o executivo vai saltar para o grupo bem conhecido pelas suas embalagens de molhos.

Miguel Patrício deverá ocupar o cargo de CEO da Kraft Heinz a partir do dia 1 de julho, substituindo Bernardo Hees.Kraft Heinz

Também na McDonald’s há um português a ocupar um lugar de topo. Jorge Ferraz assume a direção das operações da gigante cadeia de hambúrgueres, sendo responsável pelas operações de mais de 700 restaurantes dos estados de Nova Iorque, Nova Jersey e Pensilvânia.

Passando para o setor cervejeiro, outro português acumula mais de 14 anos de experiência, tendo mesmo sido considerado um dos 50 chief marketing officer mais influentes dos Estados Unidos. Nuno Teles começou na Scottish & Newcastle, seguiu para a Heineken — onde foi chief marketing officer — e é, atualmente, presidente da Diageo Beer Company, subsidiária norte-americana do grupo internacional de bebidas que detém marcas como a Guinness, Bacardi, J&B, Johnnie Walker ou Smirnoff.

Do Lloyds ao HSBC. Os portugueses espalhados pela banca

Do setor alimentar para o financeiro, é impossível não falar de António Horta Osório, que junta no seu currículo cargos em grandes empresas como Citibank, Goldman Sachs ou Grupo Santander. Por agora, o português ocupa o cargo de presidente executivo do Lloyds.

Ainda este mês, a revista Fortune (acesso livre, conteúdo em inglês) decidiu incluir na sua lista dos 50 grandes líderes mundiais, que “estão a transformar o mundo e a inspirar outros a fazerem o mesmo”, António Horta Osório. Uma das características que a revista norte-americana destacou para justificar a escolha do empresário português foi o facto de este ter assumido publicamente as dificuldades por que passou na luta contra um esgotamento.

António Horta Osório é licenciado em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade Católica. Simon Dawson/Bloomberg

Segundo a publicação, esta atitude “ajudou a pôr fim a um estigma numa área [a financeira] que é conhecida por levar as pessoas a atingirem o limite”. E, graças a ela, o Lloyds passou a possibilitar aos seus colaboradores seniores um conjunto de ferramentas de mindfulness e análise psicológica. Tudo para que consigam equilibrar melhor os níveis de ansiedade.

Ainda no setor da banca, é preciso destacar, também, António Simões, que assumiu no início deste ano a liderança do negócio de banca privada global do britânico HSBC, substituindo Peter Boyles. Mas Simões já conhecia bem a casa nova. Anteriormente foi presidente executivo do banco HSBC, assumindo a liderança do grupo na Europa.

“Temos em António um indivíduo que consistentemente demonstra pensamento estratégico e a capacidade para fortalecer as relações com os clientes”, disse, na altura, o presidente executivo do grupo, John Flint, citado no comunicado do HSBC.

Temos em António [Simões] um indivíduo que consistentemente demonstra pensamento estratégico e a capacidade para fortalecer as relações com os clientes.

John Flint, presidente executivo do grupo HSBC

Já Manuel Durão Barroso dá cartas como presidente não executivo do conselho de administração do Goldman Sachs International. Recorde-se que o ex-primeiro-ministro português ocupou o cargo de presidente da Comissão Europeia entre 2004 e 2014. Quanto ao seu percurso académico, Durão Barroso é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e obteve o grau de mestre em Ciências Económicas e Sociais, pelo Instituto Europeu da Universidade de Genebra.

Para os mercados do Médio Oriente, África e Portugal, Miguel Melo Azevedo é o responsável pela unidade de banca de investimento do Citigroup, banco para o qual entrou em 2010. Licenciado em Economia pela NOVA SBE, e com um MBA em Finanças, Miguel Azevedo já passou pelo Bank of America Merrill Lynch (BofA) e, também, pelo Goldman Sachs.

Nos automóveis, no combustível e nas telecomunicações

O grupo PSA tem um rosto e é de um português: Carlos Tavares, CEO do grupo automóvel francês. O seu nome é frequentemente apontado como sinónimo de sucesso, uma vez que, desde que chegou à PSA, o gestor português tornou a deficitária empresa gaulesa num construtor automóvel de sucesso, com as vendas a disparar.

na Repsol, é António Calçada de Sá quem dá cartas. O português ocupa o cargo de diretor executivo no grupo Repsol e administrador delegado da Repsol Comercial desde o início de 2014, conduzindo um negócio global de 25 mil milhões de euros, uma organização de 8.000 pessoas e 4.000 estações de serviço presentes em quatro países (Espanha, Portugal, Itália e Perú).

Seguindo para o mundo das telecomunicações, também o CEO da Vodafone Espanha é português. Chama-se António Coimbra e assumiu o cargo no dia 1 de janeiro deste ano, passando a acumular a função de presidente com a de administrador-delegado, cargo que já ocupava. O português entrou em cena como protagonista após a saída do ex-presidente da divisão espanhola do gigante de telecomunicações, Francisco Román.

Mas também na área académica há portugueses que dão nas vistas lá fora. É o caso do investigador Ricardo Reis, que é professor no departamento de economia da London School Economics. No seu currículo constam experiências como professor auxiliar na Universidade de Princeton, em Nova Jérsia, e professor catedrático na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, sendo um dos mais novos a alcançar este grau na história da universidade, “saltando” mais de dez anos no que é o percurso normal de um professor universitário nos Estados Unidos.

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Wall Street trava. Investidores em “modo espera” aos resultados

Os principais índices bolsistas dos EUA terminaram pouco inalterados com os investidores a mostrarem cautela no arranque de uma semana que será marcada pela divulgação de contas.

Quase inalterados. Foi desta forma que os principais índices bolsistas dos EUA encerraram a primeira sessão após a Páscoa, com os investidores expectantes face à “chuva” de resultados que serão divulgados esta semana.

Numa sessão marcada pelo baixo volume de negociação e em que as bolsas europeias estiveram encerradas, o S&P 500 fechou com um ganho ligeiro de 0,1%, para os 2.908,07 pontos, em linha com o avanço de 0,22%, para os 8.015,66 pontos, registado pelo Nasdaq. Apenas o Dow Jones terminou no vermelho, mas com um recuo de uns escassos 0,18%, para os 26.512,92 pontos.

Os investidores norte-americanos colocaram-se em modo “esperar para ver”, no arranque de uma semana em que cerca de um terço das cotadas do S&P 500, incluindo a Boeing, a Amazon e o Facebook, revelam as suas contas relativas ao primeiro trimestre do ano. Os números dessas empresas serão determinantes para indicar até que ponto os investidores deverão estar ou não preocupados relativamente a uma eventual contração dos resultados.

De acordo com a Reuters, que cita dados da Refinitiv, o S&P 500 deverá registar uma quebra homóloga de 1,7% nos resultados do primeiro trimestre. A confirmar-se essa evolução, tratar-se-á da primeira contração de resultados desde 2016.

Ainda assim, mais de dois terços das cotadas que já divulgaram as suas contas relativas aos três primeiros meses do ano até têm conseguido surpreender pela positiva.

Na sessão bolsista desta segunda-feira, oito dos 11 principais setores que integram o S&P 500 terminaram no vermelho. Já o setor das energéticas destacou-se pela positiva numa sessão marcada pela acentuada subida das cotações do “ouro negro” que subiram mais de 2% nos mercados internacionais.

Em termos de maiores oscilações, destaque para a Intuitive Surgical, com os títulos da fabricante de robótica cirúrgica a desvalorizarem 7% em bolsa, após falhar as estimativas de resultados dos analistas.

Pela positiva, destaque para a Kimberly-Clark, cujas ações somaram 5%, animadas pela divulgação de resultados acima do previsto.

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Pedro Nuno Santos chama petrolíferas à discussão sobre a greve dos camionistas

O ministro das Infraestruturas e Habitação esteve na origem do acordo que travou a greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas e defende que as petrolíferas devem ser chamadas ao debate.

O Ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, defendeu esta segunda-feira que as petrolíferas devem ser chamadas à discussão em torno da greve dos motoristas de matérias perigosas que na última semana parou o país.

“Há uma terceira parte que não tem estado no debate que são as petrolíferas, as gasolineiras (…) que têm um poder muito grande no mercado e que têm conseguido passar ao lado deste debate”, afirmou Pedro Nuno Santos, em entrevista à TVI, recordando que “as empresas de transporte de mercadorias não têm grande margem de rentabilidade”.

O ministro, que esteve na origem do acordo que travou a greve, recusou as críticas de que o Governo não agiu atempadamente, antes preferindo falar do “sucesso em conseguir parar a greve em tão pouco tempo”. Pedro Nuno Santos reconhece que o Executivo “fez uma coisa pouco ortodoxa” ao aprovar “uma requisição civil com pouco mais de 24 horas após o início da greve”, mas diz que agiu de acordo com as informações que lhe chegavam.

“A decisão que nós tínhamos que tomar era prender individualmente quem não estava a cumprir os serviços mínimos”, afirmou o ministro das Infraestruturas, reconhecendo que “isso não resolvia nada”. Para Pedro Nuno Santos o facto de os sindicatos não terem acatado os serviços mínimos “é uma questão que nos deve preocupar”.

O ministro considera que o facto de “entre 600 a 800 [pessoas] terem provocado um prejuízo desproporcional a 10 milhões de portugueses” deve “servir de reflexão”.

 

Não há nenhuma razão para que as nossas forças de segurança não tenham competências e estejam prontas a servir o país em situação limite.

Pedro Nuno Santos, Ministro das Infraestruturas e Habitação

Pedro Nuno Santos, fala da necessidade de abordar o problema com estratégias de curto, médio e longo prazo, seja pela diminuição da dependência energética do petróleo, “o abastecimento das nossas infraestruturas críticas” ou o desenvolvimento de competências nas forças armadas para que os militares se possam substituir a profissionais em situações de rutura, pelo que deve existir “uma reserva de competências para que em qualquer momento possam ser acionadas para nos proteger a todos”.

“Não há nenhuma razão para que as nossas forças de segurança não tenham competências e estejam prontas a servir o país em situação limite”, diz, defendendo que a possibilidade de utilização dos militares no transporte de combustíveis na última semana deve ser alargada a outras áreas de atividade, nomeadamente com competências que permitam por a funcionar uma central elétrica, por exemplo.

Por outro lado, defende que devem ser criadas condições que garantam o abastecimento das infraestruturas críticas: “É incompreensível que o nosso maior aeroporto não tenha uma ligação direta a um pipeline como tem o aeroporto Sá Carneiro. Isso não acontece no Humberto Delgado e isso é motivo de preocupação”, refere Pedro Nuno Santos, sublinhando que apesar de este ser um debate com pelo menos uma década “importa que daqui a 10 anos não estejamos no mesmo ponto”.

Por fim, sublinhou ainda a necessidade o país “acelerar uma transição energética, que obviamente demorará” para diminuir a dependência face ao petróleo.

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Na mesa do recrutador: Mara Ângelo, d’A Padaria Portuguesa

É diretora de recursos humanos d'A Padaria Portuguesa há um ano e gere uma equipa com mais de 1.200 pessoas. Fomos espreitar a mesa de trabalho de Mara Ângelo.

Passam poucos minutos das 13 horas e, por isso, todos os lugares na sede d’A Padaria Portuguesa, na rua Barata Salgueiro, em Lisboa, estão vazios. Todos menos o de Mara Ângelo, diretora de recursos humanos da cadeia de padarias fundada por Nuno Carvalho em 2010, que nesse dia tem encontro marcado para a mesma hora. É que às 13h para-se para almoçar e ninguém escapa ao descanso.

Estudou Letras e ainda deu aulas mas, por falar inglês, surgiu a oportunidade de integrar a equipa da NetJets, “uma grande escola”. Começou pela equipa de operações onde trabalhou quatro ou cinco anos para, depois, ser integrada no departamento de recursos humanos.

Mara Ângelo, diretora de recursos humanos d’A Padaria Portuguesa.Hugo Amaral/ECO

Um dia, Nuno Carvalho ligou-lhe para saber se estaria disponível e interessada em mudar. Há precisamente um ano integrou a equipa d’A Padaria Portuguesa como diretora de recursos humanos. E, ainda que na sede a equipa não ultrapasse as 30 pessoas, Mara gere mais de 1.200, divididas entre a fábrica e a mais de 50 lojas Padaria Portuguesa na região da Grande Lisboa.

“É um desafio, mas ‘desafio’ não é palavra politicamente correta que às vezes utilizamos para problema. É um desafio na verdadeira essência, porque queremos chegar às pessoas com a mesma qualidade e rigor como se fossem só cinco ou seis”, explica, enquanto aponta para a parede da entrada onde está afixada a escala de limpeza da copa, responsabilidade repartida por todos.

Mara Ângelo reconhece que esse trabalho de equipa se reflete em tudo o que a empresa faz e que, por isso, um dos grandes desafios é encontrar talento. “Não é só competência técnica, é sobretudo a atitude. A parte técnica nós ensinamos, porque fizemos uma academia até para isso. A parte da atitude também se treina, esta coisa do “ou se tem, ou não se tem” não é bem assim. Mas encontrar estas duas frentes na mesma pessoa é sempre o grande desafio”.

É um desafio na verdadeira essência, porque queremos chegar às pessoas com a mesma qualidade e rigor como se fossem só cinco ou seis.

Mara Ângelo

Diretora de recursos humanos d'A Padaria Portuguesa

Num setor de enorme rotatividade de recursos humanos, a Padaria tem trabalhado para aumentar a taxa de retenção, garante a responsável. “Se falarmos de lojas com mais turismo, é um trabalho de loja mais intenso, com mais rotação mas, em termos percentuais, diria que há lojas em que temos 1%. (…) É claro que depois nas funções de base, dada à natureza da função, há maior rotatividade dos cargos. Se é uma coisa alarmante? Não é”, diz.

A mesa de Mara Ângelo, diretora de recursos humanos d’A Padaria Portuguesa.Hugo Amaral/ECO

Livros

São presença assídua durante todo o ano, para consulta, inspiração ou formação. E ainda que não saiba quantos lê por ano, Mara Ângelo tem uma certeza: prefere ler livros em papel do que eu formato digital. Na mesa o Leading Teams “porque tem a parte de desenvolvimento de pessoas e de liderança mais pura” e, por outro lado, o Código do Trabalho, “porque tem de haver rigor”. “Não se pode de falar de desenvolvimento de equipas ou liderança se não assegurarmos aquilo que, como eu costumo dizer, é o ‘pão com manteiga’”.

Pão de Deus

Calórico mas um “reconforto para a alma”, o pão de Deus d’A Padaria é um dos mais emblemáticos produtos da empresa desde o dia 1. A presença na mesa da recrutadora foi inevitável (apesar de não ser diária), Aquilo que nós queremos que os nossos clientes sintam todos os dias nas lojas: que vão mais do que tomar o pequeno-almoço, vão ali confortar a alma”.

Fotografia

É uma lembrança do primeiro arraial de Mara na Padaria Portuguesa e a garantia de voltar à base. Chegada à empresa em abril de 2018, Mara teve dois meses para se preparar para o arraial que “fazia brilhar os olhos de todos com quem conversava”. Porquê? É o único dia do ano em que as lojas fecham todas às 18h. “Ali, toda a gente é igual: não há o lodo – uma expressão muito de retalho -, não há responsabilidade nem preocupação. As famílias têm celebrações como os batizados, os aniversários, os casamentos… E nós temos o arraial”.

Presépio

“Lembrar-me do que é essencial, todos os dias”. O presépio foi um presente de Natal de uma pessoa da equipa e Mara percebeu que era “o objeto que aqui faltava”. “O essencial é invisível aos olhos mas há objetos que são âncoras que nos fazem lembrar disso”, explica. Por isso é que está em cima da mesa.

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