Tomás Correia acredita que diploma da idoneidade pode ser só para ele

  • ECO
  • 15 Março 2019

O presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, Tomás Correia, caracteriza as discussões relativas ao diploma de idoneidade como sendo pouco razoáveis.

O presidente da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), Tomás Correia, acredita que a lei da idoneidade pode ter sido feita apenas para ele. O diploma, aprovado em Conselho de Ministros, e já promulgado pelo Presidente da República, esclarece que é a Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) a responsável por avaliar a idoneidade das administrações das associações mutualistas.

“A única coisa a que tenho assistido é a um conjunto de intervenções muito pouco precisas dirigidas exclusivamente a uma pessoa que pode desembocar na publicação de um diploma”, diz Tomás Correia, em entrevista ao Dinheiro Vivo e TSF. O presidente da mutualista questiona a “razoabilidade” da discussão que tem tomado lugar na praça pública, mas deixa a garantia de que vai avaliar o diploma.

O decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros obriga a ASF a avançar logo para examinar as condições de idoneidade do presidente da AMMG, que foi recentemente condenado pelo Banco de Portugal por irregularidades quando era presidente do banco Montepio. Marcelo Rebelo de Sousa promulgou a lei ainda no próprio dia.

A nova lei e precedentes podem ditar a saída de Tomás Correia da AMMG, tendo em conta que a ASF já avaliou casos idênticos no grupo Montepio que levaram à saída de gestores. Em anteriores avaliações envolvendo visados no processo do Banco de Portugal que condenou Tomás Correia, o regulador chumbou os nomes.

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Retalho segura Lisboa. Europa no verde após adiamento do Brexit

As bolsas europeias estão a oscilar entre ganhos e perdas, enquanto o índice britânico regista ganhos, depois de aprovado o adiamento do Brexit, pelo menos, até 30 de junho. Lisboa recupera.

A bolsa de Lisboa está a valorizar graças ao comportamento do setor do retalho. A praça portuguesa acompanha a tendência positiva das congéneres europeias, que registam ganhos ligeiros numa sessão marcada por alguma volatilidade, no rescaldo do adiamento do prazo para o Brexit.

O Stoxx 600 oscila entre ganhos e perdas marginais, enquanto a bolsa de Londres avança 0,3%, depois de os deputados britânicos terem aprovado o adiamento da saída do Reino Unido, pelo menos, até 30 de junho. Uma decisão que dá margem à primeira-ministra, Theresa May, para encontrar uma nova solução para o impasse, ainda que a esperança seja escassa.

Enquanto isso, o português PSI-20, que abriu com uma queda pouco expressiva, inverteu a tendência e está a cotar perto de 5.278,72 pontos, uma subida de 0,12% face à sessão de quinta-feira. Quedas no setor energético estão a ser contrabalançadas pelos ganhos nos setores do retalho e da construção.

A Jerónimo Martins soma 1,29%, para 13,3 euros, e regista o melhor desempenho da sessão no índice principal. É acompanhada de perto pela Sonae, em segundo lugar na tabela, com uma valorização de 0,74%, para 94,9 cêntimos cada título. A Mota-Engil também contribui, com um avanço de 0,68% e os títulos a cotarem em 2,21 euros.

Em sentido inverso, a EDP Renováveis está a cair 1,48%, para 8,63 euros, ainda no rescaldo da apresentação do plano estratégico para 2022 pelo presidente executivo do grupo EDP, António Mexia. A queda dá-se ainda numa altura em que se sabe que o fundo de infraestruturas do grupo Blackstone está interessado em comprar parte ou a totalidade da subsidiária da EDP. A EDP, por sua vez, desvaloriza 0,27%, para 3,34 euros por ação.

Nota negativa também para os títulos da Altri. A papeleira corrige esta sexta-feira com uma queda de 0,90%, para 7,68 euros, depois dos fortes ganhos alcançados na quinta-feira, à medida que os investidores vão arrecadando as mais-valias com a venda das ações.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h35)

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Boeing anuncia suspensão das entregas de aviões 737 MAX

  • Lusa
  • 15 Março 2019

Empresa descarta possibilidade de reduzir o ritmo de produção (52 aviões MAX por mês) ou fechar temporariamente as fábricas. Estão a avaliar as capacidades e a armazenar os aviões que saem de fábrica.

A Boeing anunciou quarta-feira a suspensão da entrega de aeronaves do modelo 737 MAX, o mesmo que caiu na Etiópia no domingo, causando 157 mortos, mas garantiu que a produção continua.

“Suspendemos as entregas do 737 MAX até encontrarmos uma solução”, disse um porta-voz da Boeing, acrescentando que a fabricante de aviões norte-americana mantém a produção do modelo.

Suspendemos as entregas do 737 MAX até encontrarmos uma solução.

Porta-voz da Boeing

O porta-voz da empresa descartou a possibilidade de reduzir o ritmo de produção ou fechar temporariamente as fábricas. “Estamos a avaliar as nossas capacidades e vamos ver onde é que os aviões que saem da linha de montagem vão ser armazenados”, referiu.

A Boeing produz atualmente 52 aviões MAX por mês e tinha previsto aumentar para 57 em junho.

A queda do avião da Ethiopian Airlines, que tinha como destino Nairobi, capital do Quénia, ocorreu minutos depois de ter descolado.

Em outubro do ano passado, outro Boeing 737 MAX 8, mas da companhia Lion Air, despenhou-se na Indonésia, 12 minutos após a descolagem, segundo uma das caixas negras devido a falha no sistema automático, causando 189 mortos.

Na sequência do acidente no domingo, a Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA) proibiu dois dias depois o modelo 737 MAX 8 de operar no continente europeu, juntando-se a 20 países e 30 companhias aéreas de todo o mundo que suspenderam os voos com esses aparelhos.

As duas caixas negras do avião Boeing 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines serão analisadas em França, indicou o organismo francês de Investigação de Acidentes Aéreos.

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Hoje nas notícias: ADSE, reformas e OPA

  • ECO
  • 15 Março 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os grupos privados de saúde que exerçam más práticas de faturação serão penalizados pela ADSE. Na Função Pública, o acesso à pré-reforma está a ser difícil, nomeadamente pela falta de informação sobre esta modalidade. Já Manuel Pinho tentou aceder à reforma antecipada, mas não conseguiu por apenas ter 13 dos 40 anos de descontos necessários para a Segurança Social. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes nacionais.

Funcionários públicos não conseguem aceder à pré-reforma

Os funcionários públicos interessados na pré-reforma estão a ter dificuldades em aceder ao novo regime. Existem dúvidas sobre a aplicação da lei, que ficou operacional no início de fevereiro. É o caso da ausência de critérios para fixar o valor da prestação da pré-reforma, que, de acordo com a lei, pode variar entre 25% e 100% da remuneração base, tendo de ser negociada entre o trabalhador e o serviço. Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Pinho tenta ter reforma antecipada com 13 anos de descontos

O ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, pediu a reforma antecipada com 13 anos de descontos para a Segurança Social. O pedido foi feito em abril de 2017, quando na altura Pinho tinha 62 anos. Mas a pensão foi negada pelo Instituto da Segurança Social (ISS), por Pinho não cumprir todos os requisitos necessários na lei. Para ter direito à reforma antecipada, é necessário ter pelo menos 60 anos de idade, e 40 anos “civis com registo de remunerações relevantes”, indica o ISS, o que significa que faltavam a Pinho 27 anos de descontos. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

ADSE quer penalizar “más práticas” de faturação dos privados

A ADSE quer penalizar eventuais “más práticas” de faturação dos privados. Este vai ser um dos critérios que vai pesar na decisão sobre o alargamento das atuais convenções ou o estabelecimento de novos acordos. Em causa estão práticas como, por exemplo, a discriminação negativa dos beneficiários da ADSE em detrimento de beneficiários de seguros ou particulares. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Trump vai bloquear OPA chinesa à EDP

A OPA da China Three Gorges à EDP não vai ter luz verde de Washington. O embaixador dos Estados Unidos em Portugal, George Glass, revelou que o líder norte-americano, Donald Trump, vai travar a OPA dos chineses à EDP. George Glass garantiu que “em nenhuma circunstância os chineses vão controlar o negócio da EDP nos EUA”, em entrevista ao Jornal Económico. Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Câmaras de Lisboa e Porto despejam 100 famílias por ano

Cerca de uma centena de famílias é despejada pelas Câmaras Municipais de Lisboa e do Porto, anualmente. A principal razão que levou à ação dos órgãos municipais foi a renda em falta. Na capital lisboeta, onde os preços das casas e rendas escalam cada vez mais, há o dobro das habitações, mas menos punições do que no Porto. No ano de 2008, as expulsões na Invicta atingiram quase as duas centenas, totalizando 198 despejos. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

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ADSE quer penalizar “más práticas” de faturação dos privados

  • ECO
  • 15 Março 2019

Discriminação dos beneficiários da ADSE em detrimento de beneficiários de seguros será tida em conta, pela negativa, na avaliação sobre alargamento ou criação de novas convenções com os privados.

A ADSE quer penalizar eventuais “más práticas” de faturação dos privados. Este vai ser um dos critérios que vai pesar na decisão sobre o alargamento das atuais convenções ou o estabelecimento de novos acordos.

A notícia foi avançada pelo Jornal de Negócios (acesso pago). Em causa estão práticas como, por exemplo, a discriminação negativa dos beneficiários da ADSE em detrimento de beneficiários de seguros ou particulares e o aproveitamento das convenções para criar carteiras de clientes e passar os beneficiários para o regime livre. Outras das práticas incluem a faturação de parte dos cuidados em regime livre e parte no convencionado.

As informações fazem parte de uma proposta, datada de fevereiro, que vai ser discutida novamente esta sexta-feira, pelo Conselho Geral e de Supervisão (CGS). O jornal sublinha que o documento não está fechado e ainda pode ser alvo de alterações.

Na celebração de novas convenções, um dos critérios será o preço. Haverá uma “ponderação positiva a prestadores que assegurem a prestação de serviços de qualidade mas a preço mais económico”. E não está afastada a hipótese de, no futuro, a satisfação dos beneficiários também ser alvo de análise.

A notícia surge numa altura em que um dos principais grupos de saúde privados, que preanunciou a suspensão das convenções com a ADSE no dia 11 de fevereiro, para entrar em vigor a 12 de abril. No entanto, a dona da rede de hospitais Cuf decidiu voltar atrás na decisão e voltar a aceitar marcações para depois dessa data. A empresa, liderada por Salvador Mello, justificou a decisão com a evolução das negociações com o subsistema de saúde.

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China anuncia “medidas fortes” para contrariar abrandamento económico

  • Lusa
  • 15 Março 2019

Pequim vai reduzir impostos e reduzir as contribuições das empresas para a Segurança Social. Executivo rejeita injetar crédito na economia ou aumentar o investimento público.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse esta sexta-feira que o país vai adotar “medidas fortes” para contrariar o abrandamento económico, sugerindo reformas orientadas para o mercado, em detrimento de mais crédito e gastos públicos deficitários.

Li, que falava numa conferência de imprensa após o encerramento da sessão anual do legislativo chinês, afirmou que Pequim vai reduzir impostos e aprovar medidas para “aumentar a vitalidade do mercado”.

“Certamente precisamos de tomar medidas fortes para lidar com as crescentes incertezas que enfrentamos este ano”, disse. Li Keqiang rejeitou, no entanto, uma injeção de crédito na economia ou o aumento do investimento público, afirmando que podem “levar a problemas no futuro”.

Em concreto, o primeiro-ministro apontou “medidas de flexibilização quantitativa” como de “oferta monetária” ou o “aumento do défice orçamental”, visando “injetar energia nos agentes de mercado para lidar com a desaceleração económica “.

E anunciou um corte dos impostos de cerca de 2 biliões de yuans (263 mil milhões de euros), incidindo no imposto sobre o valor acrescentado e a redução das contribuições para a Segurança Social, para “aliviar o fardo para as empresas”.

Sobre a sustentabilidade desta nova política fiscal, Li afirmou que o Governo “calculou bem os números”, e explicou que o Executivo vai “reduzir o orçamento dos serviços públicos” e “usar as reservas fiscais” para enfrentar a redução nas receitas do Governo.

“Estou confiante de que a economia chinesa continuará a desempenhar um papel estabilizador na economia mundial”, afirmou.

Li Keqiang expressou confiança de que o país asiático pode atingir a meta oficial de crescimento económico para este ano, fixada entre 6% e 6,5%.

No ano passado, a economia chinesa, a segunda maior do mundo, cresceu 6,6%, ou seja, o ritmo mais lento em quase três décadas.

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5 coisas que vão marcar o dia

O Dia Mundial do Consumidor fica marcado por dados do turismo, das despesas dos Estados europeus e do crédito ao consumo. A agência de rating Standard and Poor's avalia a dívida portuguesa.

A dívida portuguesa volta a estar em destaque com uma nova avaliação do rating da República, que poderá resultar num upgrade, após as 21h. Ao longo dia, serão conhecidos dados económicos da atividade turística e da concessão de crédito ao consumo em Portugal, bem como da inflação na Zona Euro. A Bolsa de Turismo de Lisboa abre também ao público, após dois dias dedicados apenas a promotores.

Standard & Poor’s poderá rever rating português em alta

Portugal volta a estar, esta sexta-feira, no radar das agências de notação financeira. A Standard & Poor’s avalia a dívida portuguesa após o fecho do mercado norte-americano, sendo que a agência coloca o rating de Portugal atualmente em BBB-, com outlook positivo, ou seja, um nível acima do limiar do ‘lixo’. Na última avaliação, em setembro do ano passado, a Standard & Poor’s subiu o outlook para positivo, o que “reflete a possibilidade de um upgrade se a desalavancagem privada e pública avançarem ao nível das melhorias na estabilidade financeira” pelo que existe a expectativa que este passo seja dado.

Crédito ao consumo arranca o ano em alta?

A concessão de crédito ao consumo tem acompanhado o contexto de recuperação económica que leva as pessoas a sentirem-se mais disponíveis para assumirem compromissos financeiros perante a banca, apesar dos alertas que têm surgido relativamente ao risco que poderá decorrer de uma elevada exposição ao endividamento. No ano passado, foram disponibilizados 7.354 milhões de euros, um aumento de 10% face ao verificado em 2017 para máximos desde 2013. Esta sexta-feira, o Banco de Portugal irá divulgar novos dados do crédito ao consumo relativos a janeiro, que vão permitir perceber se o arranque de 2019 mantém a tendência do ano passado.

Eurostat confirma desaceleração da inflação na Zona Euro

O Eurostat divulga esta sexta-feira dados do índice de preços no consumo da Zona Euro e da União Europeia (UE) em fevereiro, que deverá confirmar a estimativa rápida, conhecida no início do mês. Apesar de a inflação ter acelerado para 1,5% (mais 0,1 pontos percentuais que em janeiro), a inflação subjacente travou para 1%, contra 1,1% no mês anterior. O indicar seguido pelo Banco Central Europeu (BCE) é divulgado depois de, na semana passada, a instituição liderada por Mario Draghi se ter mostrado mais pessimista sobre a economia e subida dos preços da região, o que gerou uma queda nas ações e fuga para ativos-refúgio.

Turismo em destaque, nos dados e na BTL

O ano passado foi um recorde para Portugal no que diz respeito ao número de turistas estrangeiros a visitarem o país. Foram 12,76 milhões, mais 0,4% que no ano anterior. Esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai publicar novos dados da atividade turística do país, em janeiro. No mesmo dia, a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) abre ao público em geral, após dois dias dedicados apenas a operadores. A organização espera mais 70 mil visitantes na 31ª edição do evento, que irá decorrer até domingo, em Lisboa.

Governo celebra Dia Mundial do Consumidor

Esta sexta-feira comemora-se ainda o Dia Mundial do Consumidor e espera-se a divulgação de uma série de estudos sobre o assunto, incluindo no domínio da energia ou comunicações. A Direção-Geral do Consumidor organiza com a IMS Universidade Nova uma sessão de apresentação dos resultados de um estudo sobre a política de defesa do consumidor em Portugal. A abertura ficará a cargo do ministro-Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e o encerramento do secretário de Estado da Defesa do Consumidor, João Torres.

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🎥 Compensa comprar na BTL? 5 respostas das agências de viagens

A maior feira de turismo do país está em Lisboa até domingo. Mas compensa comprar viagens na BTL? O ECO foi descobrir quais são os destinos que estão a crescer e que descontos pode encontrar.

Depois de dois dias dedicados aos profissionais do setor, a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) abre as portas ao público em geral esta sexta-feira, a partir das 17h00. A maior feira de turismo do país traz promoções em hotéis e em pacotes de viagens para qualquer altura do ano. Mas vale mesmo a pena comprar na BTL? Fomos perguntar às agencias de viagens que estão no evento e preparámos um vídeo que o vai ajudar a planear as suas férias de Páscoa e de verão.

Há muitos pacotes turísticos a preços que normalmente não se conseguem“, diz José Manuel Ferraz, diretor da Abreu Viagens. Contudo, refere que há outras alturas em que é possível encontrar preços mais baixos. Por esta razão é comum que “quem vem à feira, sai muitas vezes desiludido porque é feita uma grande propaganda” que não corresponde às expectativas do consumidor, completa Célia Nota da Q!Viagens, cujos descontos podem ir até aos 10%.

Com um orçamento de 1.000€ por pessoa, que férias é possível fazer?

Há muitas opções. Mas depende do pacote que for escolhido.

Os portugueses preferem destinos de praia para fazer férias, por isso Cabo Verde, Caraíbas, Ilhas Espanholas e Porto Santo estão no topo das rotas mais procuradas. É possível viajar para qualquer um deles com 1.000€, com estadia incluída, embora o preço varie muito em função da altura do ano e da qualidade do hotel.

“Algumas das operações para a Páscoa já estão cheias, mas pode ainda haver alguma disponibilidade” refere Margarida Blattman, diretora de marketing da Top Atlântico. A maior procura é para o verão. Conta ainda que há destinos de praia menos óbvios que começam a registar um crescimento.

Fora dos mais procurados, “Malta é um destino que começa a despertar curiosidade nos portugueses e tem preços acessíveis, tal como a Croácia“. Outra tendência que tem vindo a crescer em Portugal são as férias em cruzeiros. A competitividade de preço e o conforto, “porque se consegue conhecer vários destinos sem ter que fazer malas ou apanhar voos”, atraem os portugueses a este tipo de viagem. “Ainda não está muito divulgado o tipo de barcos que existe hoje em dia”, completa Raquel Trindade, da GeoStar.

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Os portugueses estão a reclamar mais. Saiba qual a entidade com o livro de reclamações mais preenchido

Ano após anos, as reclamações crescem nos livros vermelhos. No Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, o ECO foi abrir os livros de reclamações para saber quais os mais preenchidos.

Ano após ano, os portugueses reclamam mais. No ano passado, os livros de reclamações físicos registaram 377.851 queixas, o que representa um aumento de mais de 27 mil reclamações relativamente a 2017. “A evolução dos últimos anos no que diz respeito ao número de reclamações tem sido de crescimento. Em 2016 verificámos um total de 325.586 reclamações, em 2017 registámos 350.324”, confirma o secretário de Estado da Defesa do Consumidor, João Torres.

No dia em que se assinala o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, o ECO foi abrir os livros vermelhos de algumas entidades públicas para saber qual o livro de reclamações que está mais cheio. A diferença foi considerável e a conclusão foi que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) é aquela que mais queixas recebe.

No ano passado, a ASAE registou um total de 173.489 queixas, seguindo-se a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), com mais de 85 mil queixas, e a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), que recebeu quase 49 mil reclamações.

Aliás, de acordo com o Gabinete do secretário de Estado da Defesa do Consumidor, desde 2016 que o livro de reclamações da ASAE é o mais completo, tendo em 2016 e em 2017 registado, respetivamente, 158.211 e 171.183 queixas. De ano para ano, o livro vermelho da ASAE tem vindo a ter cada vez mais páginas preenchidas.

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), contudo — e embora contemple um número de reclamações muito menor — foi a entidade que viu as queixas mais aumentarem. Se, em 2017, registava um total de 9.425 reclamações, um ano depois passou a ter 14.007.

Já a ANACOM, ainda que seja a segunda entidade com mais queixas, foi aquela que, de 2017 para 2018, registou a maior diminuição no número de reclamações. A justificar essa mesma redução está, sobretudo, a migração das reclamações no livro físico para o livro eletrónico.

ASAE no papel, ANACOM no digital

Não nos podemos esquecer que, além do tradicional livro de reclamações, já há outra forma de reclamar. Chama-se livro de reclamações em formato eletrónico e está disponível desde o primeiro dia de julho de 2017 através do site oficial. Neste livro, que resulta da aposta na digitalização, o número total de queixas, desde a sua criação, foi de 80.473.

Mas os protagonistas são outros. No ano passado, a Anacom foi a entidade que liderou as queixas dos consumidores, seguindo-se a ASAE e a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).

As reclamações dirigidas ao regulador do setor das comunicações foram, sobretudo, realizadas online, ultrapassando mesmo, em larga escala, as queixas dirigidas à ASAE, nas quais o consumidor ainda privilegia o livro em papel. Entre os principais motivos de reclamação estão os contratos (29,2%), a avaria do serviço (23,2%) e o cancelamento do serviço (19,4%).

É de salientar, contudo, que o livro de reclamações em formato eletrónico é um projeto recente, com menos de dois anos, e que, por isso mesmo, ainda não contempla todas as entidades. “Os consumidores podem de forma crescente reportar as suas ações junto do livro de reclamações eletrónico porque estamos a alargar as entidades reguladoras que o possuem”, explica João Torres.

A introdução está a ser progressivamente feita e a Anacom é uma das entidades presente no livro desde a sua criação, o que pode influenciar o facto de ter mais reclamações comparativamente às restantes entidades. Já a ASAE, por exemplo, foi incluída no formato eletrónica apenas um ano depois da criação do livro, no dai 1 de julho de 2018.

João Torres salienta que “o livro de reclamações eletrónico é um projeto pioneiro à escala europeia e à escala global” e que não só de reclamações se faz a intervenção dos cidadãos. “Em janeiro introduzimos a possibilidade de os cidadãos poderem fazer elogios através do livro de reclamações eletrónico e esperamos que até ao final do presente semestre todas as entidades reguladoras adiram ao livro de reclamações eletrónico”, afirma.

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Nova lei e precedentes devem ditar saída de Tomás Correia da Associação Mutualista Montepio

O ECO teve acesso ao decreto-lei que clarifica que o regulador já pode avaliar idoneidade de Tomás Correia. A ASF já avaliou casos idênticos no grupo Montepio que levaram à saída de gestores.

Tomás Correia entre José Almaça (ASF) e Vieira da Silva (ministro do Trabalho e Segurança Social)ECO

Afinal, o que é que o Governo clarifica no código das associações mutualistas e que obriga o regulador dos seguros a avaliar já a idoneidade de Tomás Correia?

O líder da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) foi condenado pelo Banco de Portugal e pode agora ter o seu lugar ameaçado. Não só porque vai ser submetido ao teste de idoneidade da Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões (ASF) com as mesmas regras do setor segurador. Mas também porque em anteriores avaliações envolvendo visados no processo do Banco de Portugal que condenou Tomás Correia, o regulador chumbou os nomes. Há poucos dias, José Almaça já tinha deixado a dica: “O dr. Tomás Correia não é candidato nem presidente de uma seguradora. Se fosse de uma seguradora, falaríamos de outra maneira”. E agora, com a nova lei, já pode falar.

O ECO teve acesso ao decreto-lei aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministrosque já foi promulgado em tempo relâmpago pelo Presidente da República — e que coloca um ponto final no “jogo do empurra” entre Executivo e regulador na responsabilidade de examinar a idoneidade Tomás Correia que foi condenado pelo Banco de Portugal e vai agora apresentar recurso da decisão.

Além de deixar preto no branco que “o poder da ASF para analisar o sistema de governação das associações mutualistas sujeitas ao regime de supervisão abrange a competência para verificar a adequação, incluindo o cumprimento dos requisitos de idoneidade, a qualificação profissional, a independência, a disponibilidade e a capacidade, e assegurar o registo das pessoas que exercem funções de responsabilidade e fiscalização nas referidas associações mutualistas”, o Governo mantém que essa avaliação será “por referência às disposições legais, regulamentares e administrativas em vigor para o setor segurador“.

Ou seja, a ASF terá de aplicar já às mutualistas (e a Tomás Correia) as mesmas regras de avaliação de idoneidade que estão previstas de no regime jurídico de acesso e exercício da atividade seguradora e resseguradora.

"Analisar o sistema de governação, designadamente verificando a adequação e assegurando o registo das pessoas que dirigem efetivamente as associações mutualistas, as fiscalizam ou são responsáveis por funções-chave, incluindo o cumprimento dos requisitos de idoneidade, qualificação profissional, independência, disponibilidade e capacidade, bem como os riscos a que as associações mutualistas estão ou podem vir a estar expostas e a sua capacidade para avaliar esses riscos, por referência às disposições legais, regulamentares e administrativas em vigor para o setor segurador.”

Alínea f) do n.º 5 do artigo 6

Código das Associações Mutualistas

A ideia de que será o regime aplicado ao setor segurador a ditar a regras nas mutualistas também na questão da idoneidade tinha sido transmitida há poucos dias pelo presidente do regulador. Isto abre praticamente a porta à saída de Tomás Correia da liderança da maior mutualista do país, com mais de 600 mil associados e três mil milhões de euros de poupanças sob gestão, sobretudo tendo em conta os vários precedentes que José Almaça teve oportunidade de revelar quando foi chamado esta semana ao Parlamento.

Almaça revelou que por causa do processo de contraordenação do Banco de Portugal, que visou não só Tomás Correia mas também outros antigos administradores da Caixa Económica Montepio Geral (hoje em dia Banco Montepio), a ASF não aceitou “duas pessoas” para cargos em seguradoras nos últimos três anos.

Também disse aos deputados que a ASF chegou a registar mais um candidato que não tinha conhecimento de que estava a ser investigado pelo Banco de Portugal, mas referiu que o caso “já está tratado”. “Já dissemos à Associação Mutualista que, na renovação, tinha de sair, que não continuaríamos a registá-lo”, notou, sem referir o nome.

Eduardo Farinha lidera a seguradora Lusitania, da AMMG, sendo que é um dos oito nomes condenados pelo Banco de Portugal na contraordenação que inclui Tomás Correia. Os órgãos sociais da Lusitania terminam o mandato este ano.

O que muda?

O decreto-lei a que o ECO teve acesso procede à “interpretação autêntica da alínea f) do n.º 5 do artigo 6” do código das associações mutualistas que entrou em vigor em setembro passado.

Com esta “interpretação autêntica”, o Governo pretende que nova norma tenha efeitos retroativos e se aplique a factos passados, dado que se limitou a esclarecer o sentido de uma norma anterior — quando os órgãos sociais da AMMG tomaram posse no início deste ano, já o novo código das mutualistas se encontrava em vigor.

Foi esta alínea f) do n.º 5 do artigo 6 que esteve no meio da guerra de comunicados e declarações entre Vieira da Silva e José Almaça nos últimos dias, culminando agora na clarificação da lei para que a ASF não tenha qualquer “álibi” (palavras do primeiro-ministro há uma semana) e “fazer aquilo que realmente lhe compete, que “também é avaliar a idoneidade de quem gere as associações mutualistas e, no caso concreto, o dr. Tomás Correia”.

Entretanto, o Governo pediu um parecer jurídico ao Centro de Competências Jurídicas do Estado para perceber se a lei já dava margem para o regulador atuar e a conclusão dos juristas do Estado foi positiva: “É nosso parecer que a ASF pode verificar (analisar), desde já e durante o período de transição de 12 anos, a qualificação profissional das pessoas que na AMMG exercem funções de responsabilidade e fiscalização, a sua idoneidade profissional…” Agora com este decreto-lei o parecer surge como pouco producente.

Na anterior versão do Código das Associações, aquela alínea f) apenas deixava a sugestão de que a ASF poderia avaliar a idoneidade dos órgãos das mutualistas, não lhe atribuindo explicitamente esse poder, ao afirmar o seguinte:

  • f) Analisar o sistema de governação e os riscos a que as associações mutualistas estão ou podem vir a estar expostas e a sua capacidade para avaliar esses riscos, por referência às disposições legais, regulamentares e administrativas em vigor para o setor segurador.

Agora, com o decreto-lei aprovado esta quinta-feira, o Governo densifica a respetiva alínea e concretiza aquilo que dantes parecia uma intenção:

  • f) Analisar o sistema de governação, designadamente verificando a adequação e assegurando o registo das pessoas que dirigem efetivamente as associações mutualistas, as fiscalizam ou são responsáveis por funções-chave, incluindo o cumprimento dos requisitos de idoneidade, qualificação profissional, independência, disponibilidade e capacidade, bem como os riscos a que as associações mutualistas estão ou podem vir a estar expostas e a sua capacidade para avaliar esses riscos, por referência às disposições legais, regulamentares e administrativas em vigor para o setor segurador.

Tomás Correia, que ainda na última reunião do Conselho Geral e de Supervisão passou uma mensagem de que iria continuar à frente dos destinos da maior mutualista do país, vai assim enfrentar um processo de adequação junto da ASF nos próximos tempos. Mas não é só ele.

Os outros membros da administração da AMMG também terão de ser registados pelo regulador dos seguros, sabendo-se que também há investigações em curso envolvendo outros administradores eleitos em dezembro.

(Esta sexta-feira foi publicado o decreto em Diário da República o Decreto Lei em questão. Pode consultar aqui)

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ERSE lembra que consumidores podem pedir fatura da luz em papel sem custos extra

É uma das duas dezenas de recomendações contratuais que a ERSE deixa aos comercializadores de eletricidade: lembrem os clientes de que podem pedir fatura em papel, sem pagar nada por ela.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) quer que os comercializadores de energia deixem claro nos contratos de fornecimento de eletricidade que o consumidor pode optar pela fatura em papel, sem que isso implique qualquer custo extra. Esta recomendação é deixada no relatório publicado esta sexta-feira, Dia Mundial dos Direitos do Consumidor. Nessa nota, o regulador analisa todos os contratos propostos pelos operadores e recomenda “melhorias nas condições contratuais das ofertas comerciais que passam pela reformulação, correção e eliminação de algumas cláusulas”.

“Num mercado liberalizado dinâmico e com um número crescente de ofertas comerciais, a ERSE, no exercício das suas competências de supervisão dos mercados e para a proteção dos direitos dos consumidores, conduziu com a Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa uma análise exaustiva, cláusula a cláusula, de cada um dos contratos de adesão propostos aos consumidores de eletricidade, com a finalidade de identificar melhorias e as ações a desenvolver”, explica o regulador.

Essas possíveis melhorias são dividas pela ERSE em três grandes categorias: a reformulação das cláusulas, introdução de cláusulas adicionais e eliminação de cláusulas desconformes a disposições legais ou regulamentares.

No primeiro grupo, destaque para o alerta deixado sobre os períodos de recomendação. O regulador recomenda que os comercializadores identifiquem a “vantagem que é atribuída em contrapartida ao período de fidelização”. Além disso, o ERSE sublinha que é preciso adaptar a política de proteção de dados pessoais ao Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) e sublinha que é necessário “informar melhor o consumidor sobre a possibilidade de o comercializador alterar o contrato”, nomeadamente quanto à atualização do preço.

No segundo grupo de recomendações, a ERSE apela à introdução de uma cláusula que indique ao consumidor a possibilidade de optar pela fatura em papel. “A lei nº5/2019, de 11 de janeiro, determinou que o dever de informação dos comercializadores de eletricidade e de gás natural é também cumprido através da fatura detalhada, a qual deve ser transmitida preferencialmente em suporte eletrónico, salvo se o consumidor optar por recebê-la em suporte de papel, não podendo daí recorrer qualquer acréscimo de despesa para o mesmo“, salienta o regulador.

Ainda nesse grupo, a ERSE destaca que é importante introduzir a indicação de que, “em acertos de faturação a que não tenha dado origem, o consumidor pode pedir o pagamento em prestações, sendo este automaticamente aplicado quando o valor do acerto seja igual ou superior a 25% do valor médio mensal da faturação dos últimos seis meses”.

Já no que diz respeito à eliminação de cláusulas, a ERSE defende que é necessário eliminar o ponto em que se estabelece a “exclusão total da responsabilidade do comercializador por incumprimento de parâmetros da qualidade de serviço ou eventuais danos”, bem como aquele que prevê a exigência de pagamento pelo consumidor de todos os custos e encargos judiciais em caso de incumprimento e aquele que faz as cláusulas dependerem da inexistência de dívidas de outro contrato.

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Impasse nas negociações comerciais pressiona Wall Street

A penúltima sessão da semana em Wall Street foi morna, dominando a prudência face ao impasse sentido nas negociações entre os Estados Unidos e a China.

As negociações comerciais entre Washington e Pequim estão envoltas em incerteza, sentimento que acabou por contaminar as negociações na praça nova-iorquina, na penúltima sessão da semana. Donald Trump adiantou, esta quinta-feira, que as conversações com Xi Jinping estão a correr bem, mas não precisou se será ou não possível chegar a um acordo, o que desanimou os investidores.

Deste modo, o índice de referência, o S&P 500, terminou a sessão em queda ligeira de 0,08%. O tecnológico Nasdaq seguiu o mesmo caminho, recuando 0,17%. Já o industrial Dow Jones conseguiu fechar no verde, mas por pouco. Valorizou 0,04%.

“O comércio é uma das principais matérias nas quais os mercados estão focados. É possível verificar que os índices estão a variar entre ganhos ligeiros e perdas, já que os investidores não conseguem interpretar os confusos sinais sobre o comércio”, explica JJ Kinahan, analista citado pela Reuters.

A somar às declarações do Presidente dos Estados Unidos, a Bloomberg avançou, esta tarde, que o encontro entre Trump e Jinping para a assinatura do acordo em causa será adiado para, no mínimo, abril, o que trouxe algum receio e prudência às praças bolsistas.

Estas notícias estão a pressionar, sobretudo, os títulos das empresas mais dependentes de exportações para a China. É caso da Boeing, cujas ações recuaram 1,06% para 373,30 dólares. A fabricante de aviões está a ter uma semana difícil em Wall Street. Nas duas primeiras sessões da semana, os seus títulos recuaram mais de 5%, na sequência do acidente que resultou na morte de centena e meia de pessoas e, consequentemente, da suspensão dos voos operados pelo mesmo tipo de aviões. Agora, é a vez das tensões comerciais pressionarem as ações da multinacional, dificultando a sua recuperação.

Na tecnologia, destaque para o Facebook, cujos títulos caíram 1,85% para 170,17 dólares, depois da falha técnica de quarta-feira. A maior rede social do mundo esteve inacessível durante várias horas, levando milhares de utilizadores a reclamarem. Já a Apple viu as suas ações avançarem 1,11% para 183,73 dólares.

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