“Contribuintes vão perceber que não lhes foi cobrado dinheiro no Fundo de Resolução”, afirma Carlos Costa

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2019

"Tenho a certeza que no futuro, quando o tempo for o certo, as pessoas vão perceber que o dinheiro dos contribuintes não foi cobrado [no Fundo de Resolução]", disse o governador do BdP.

O governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, disse esta sexta-feira que os contribuintes “vão perceber” que o seu dinheiro não foi cobrado no Fundo de Resolução.

“Tenho a certeza que, no futuro, quando o tempo for o certo, as pessoas vão perceber que o dinheiro dos contribuintes não foi cobrado” no Fundo de Resolução, afirmou Carlos Costa, durante a conferência “Desafios enfrentados pelo Eurosistema”, em que é orador o governador do Banco de França.

Carlos Costa acrescentou que “a cobrança no setor bancário não foi tão grande como tínhamos antecipado e, portanto, o ponto principal é que a confiança no setor bancário por parte dos depositantes foi preservada sem fugas e controlos de capitais”. Recorrendo a uma metáfora, o governador do BdP comparou o uso de mecanismos de resolução a uma ida ao hospital para realizar uma cirurgia.

“Não é nada que alguém queira fazer, mas só se vai para uma cirurgia quando se tem um acidente. Estava-se a pedir um acidente? Não, mas acontece”, comparou.

O Fundo de Resolução é uma entidade da esfera pública gerida pelo Banco de Portugal, comparticipada pelos outros bancos, e que detém 25% do Novo Banco.

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Centeno e ministro alemão das Finanças falam sobre Orçamento da Zona Euro em Lisboa

  • ECO
  • 22 Fevereiro 2019

O ministro alemão das Finanças estará em Lisboa na próxima quinta-feira. À mesa dos dois responsáveis está o Orçamento da Zona Euro. Centeno e Scholz têm reunião ao final da tarde, seguido de jantar.

O ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz, vem na próxima quinta-feira a Lisboa para se encontrar com Mário Centeno, o presidente do Eurogrupo, avançou o Negócios e confirmou o ECO. Em cima da mesa está o orçamento da Zona Euro.

Os dois terão uma reunião de trabalho ao final da tarde de quinta-feira, seguida de um jantar. O convite foi dirigido por Centeno ao ministro alemão, mas não tinha data marcada. Acontece agora, numa altura em que surgem notícias de que a Alemanha e a França terão uma proposta conjunta para o Orçamento do euro.

O encontro entre Centeno e Scholz serve para debater o orçamento da Zona Euro. Na terça-feira, Mário Centeno defendeu que o orçamento da Zona Euro deve ser “complementar aos instrumentos já disponíveis para todos os Estados-membros da União Europeia”.

O também ministro português das Finanças detalhou o que isto quer dizer: “Não estamos a falar de uns retoques cosméticos nos instrumentos orçamentais da UE. Não se trata de dividir uma parte do quadro financeiro plurianual em dois – uma linha orçamental para a Zona Euro, outra para os países de fora do euro. Trata-se de criar um instrumento próprio para a Zona Euro”.

Centeno falava no Parlamento Europeu e defendeu que é preciso “demonstrar que [o instrumento da Zona Euro] pode contribuir para promover a convergência e melhorar a competitividade”, tentando assim conter a discussão sobre a dimensão do Orçamento da Zona Euro.

Esta sexta-feira, a Reuters avançou que já há uma proposta conjunta da França e da Alemanha para o Orçamento da Zona Euro, uma união de posições que é vista como uma via aberta para um entendimento mais alargado.

Em dezembro do ano passado, o Eurogrupo foi mandatado pelos líderes europeus para trabalhar numa proposta para esse instrumento orçamental próprio para a Zona Euro, para apresentar em junho próximo.

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Conservadores querem demissão de Theresa May em três meses

Vários membros do Executivo de May deverão fazer pressão para que a primeira-ministra apresente a demissão depois de concretizar o Brexit.

A primeira-ministra britânica enfrenta oposição dentro do próprio Governo. Tudo aponta para que os conservadores pressionem Theresa May para sair do cargo no prazo de três meses, depois de concretizar a saída do Reino Unido da União Europeia, avança a Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

A data apontada para o Brexit é 29 de março, prazo que May garantiu que queria cumprir, e seguem-se eleições locais no início de maio. Será após esse momento que a saída parece mais adequada para alguns ministros do Executivo britânico. Theresa May tinha já indicado que não se iria recandidatar nas próximas grandes eleições, marcadas para 2022, mas esse limite afigura-se tardio.

O curso de ação tomado pela líder britânica tem merecido críticas de ambos os lados do Parlamento britânico, e tanto os conservadores como os trabalhistas, partido da oposição liderado por Jeremy Corbyn, já avançaram com moções de censura contra May. No entanto, a primeira-ministra resistiu às duas.

O acordo para o Brexit ainda não está assegurado, e a líder britânica voltou às negociações na Europa nesta semana. Depois de uma reunião com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, não foi alcançada uma solução, apesar das “conversas construtivas”, e ambos admitem que o tempo está a “apertar”.

(Notícia atualizada às 18h05)

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IRS automático avança em separado para casais que não validem a declaração

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2019

Os casais que cumprem todos os requisitos para serem abrangidos pelo IRS automático têm de validar ou recusar a declaração. Caso contrário, o Fisco vai calcular a tributação separadamente.

Os casais que cumprem todos os requisitos para serem abrangidos pelo IRS automático verão o fisco calcular-lhes o imposto pelo regime da tributação em separado caso não validem nem recusem esta declaração durante o período de entrega do IRS.

A declaração automática de IRS que a AT disponibilizará este ano a cerca de 3,2 milhões de contribuintes começa por corresponder a uma declaração provisória e mantêm-se neste estado durante os três meses do prazo para a sua entrega (entre 1 de abril e 30 de junho).

Cabe aos contribuintes visados ir ao Portal das Finanças validar e submeter aquela declaração automática ou recusá-la, se detetarem, por exemplo, que contém informação errada sobre o valor dos rendimentos, das retenções na fonte ou das deduções à coleta.

Caso, ao longo de todo o período disponível para entregar o IRS, não validem nem recusem a declaração automática de rendimentos esta converte-se em definitiva, no final do prazo, e assume o regime da tributação em separado para os casados e unidos de facto.

“Quando a declaração provisória se converte em definitiva sem confirmação do sujeito passivo, no caso de casados ou unidos de facto, a tributação é separada para cada cônjuge”, precisa a Autoridade Tributária e Aduaneira num documento sobre procedimentos a ter este ano com a entrega do IRS (para os rendimentos auferidos em 2018) que foi esta sexta-feira publicado no Portal das Finanças.

Caso haja recusa expressa do contribuinte, a alternativa passa por fazer a entrega pelos moldes habituais, ou seja, usando os modelos pré-preenchidos que o fisco disponibiliza na página pessoal de cada contribuinte. Validando-a, há a oportunidade de optar pelo regime da tributação separada ou conjunta, tratando-se de um casal.

Em 2017, ano em que o IRS automático se estreou, o universo potencial de contribuintes abrangidos era de 1,5 milhões tendo-se registado a adesão de 800 mil. No ano passado, o universo potencial duplicou para os 3 milhões (porque ficou disponível a quem tem dependentes) mas apena o utilizaram 1,6 milhões de pessoas.

A tributação em separado tornou-se o regime regra com a reforma do IRS em 2015, havendo a possibilidade de os contribuintes poderem afastá-lo e optar pela tributação em conjunto. Cada caso é um caso pelo que, antes de a opção ser exercida, deve tentar-se perceber qual é o mais vantajoso, sendo que, à partida, são os casais em que os elementos auferem valores de rendimento muito diferentes os que mais vantagens têm em fazer o IRS e conjunto.

No mesmo documento, a AT lembra que “se exercerem a opção pela tributação conjunta, os cônjuges ou unidos de facto apresentam uma única declaração de IRS, contendo a totalidade dos rendimentos obtidos por todos os membros que integram o agregado familiar” e também que esta opção é válida apenas para o ano em causa.

A confirmação e validação da declaração automática e a opção pela tributação em conjunto pelos casados e unidos de facto obriga à autenticação de ambos, através da sua senha pessoal, no Portal da AT.

A declaração automática do IRS abrange os contribuintes que reúnam cumulativamente várias condições, nomeadamente, não ter direito a deduções por ascendentes (despesas com lares de idosos ou idosos com rendimentos muito baixos a residirem com eles), tenham sido residentes em Portugal durante todo o ano anterior e obtenham rendimentos apenas de Portugal e das categorias A e H (trabalho dependente e pensões).

Para se beneficiar do IRS automático é ainda necessário não ter pago pensões de alimentos e ter benefícios fiscais apenas relacionados com Planos Poupança Reforma e donativos no âmbito do regime fiscal do mecenato. É também necessário não ter direito a deduções por deficiência, benefícios fiscais além dos dois referidos e deduções pelo Adicional ao IMI.

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Governo admite que nem todos os funcionários públicos vão receber aumentos salariais já este mês

Só os funcionários cujos salários sejam processados pela ESPAP vão receber os aumentos remuneratórios na próxima semana. Todos os outros, arriscam receber o acerto só em março.

A entrada em vigor do decreto-lei que fixa a nova base remuneratória da Administração Pública não chegou a tempo do processamento regular dos salários do mês de fevereiro. Por isso, o Governo deu indicações para que se realizasse um processamento extraordinário. Mas tal só vai acontecer nos serviços em que isso ocorre através da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP). Nos restantes casos, é apenas garantida “celeridade”. “No limite, receberão o acerto extraordinário no processamento ordinário do mês de março“, salientou, esta sexta-feira, a secretária de Estado da Administração e do Emprego Público.

Quando o diploma entrou em vigor, a generalidade dos serviços já tinha terminado o seu processamento ordinário. Nos serviços em que o processamento é garantido através da ESPAP, conseguimos garantir que este mês o processamento é realizado. Portanto, na próxima semana, os trabalhadores receberão os pagamentos com retroativos a 1 de janeiro. Todos os outros serviços da Administração Pública trabalharão com a celeridade”, sublinhou Fátima Fonseca, em declarações aos jornalistas. De notar que dos cerca de 680 mil funcionários públicos, a ESPAP só processa os salários de 55 mil.

Deste modo, a governante frisou que dada a “vastidão” deste setor e as diferenças da data de processamento, poderá haver, no limite, trabalhadores que só receberão os salários aumentos e os acertos relativos ao pagamento devido a janeiro no próximo mês.

Em causa está, recorde-se, a elevação da base salarial da Administração Pública para o valor equivalente à quarta posição da Tabela Remuneratória Única (TRU), isto é, 635,07 euros. O Executivo de António Costa decidiu concentrar, assim, apenas nos escalões mais baixos os 50 milhões de euros que tinha reservado no Orçamento do Estado para 2019 para valorizações remuneratórias.

A medida foi promulgada pelo Presidente da República (que fez questão de apontar algumas dúvidas) e publicada em Diário da República, esta semana, tendo os sindicatos sido convocados, esta sexta-feira, para uma “reunião informativa” sobre a matéria.

Esta reunião não é negocial, é clarificadora. O que o Governo pretende é esclarecer junto dos sindicatos e de todos os trabalhadores o que sucede a partir de agora em termos de base remuneratória da Administração Pública”, esclareceu a secretária de Estado.

Governo não sabe quantos funcionários chegam aos 635 euros por via da progressão

Questionada sobre quantos funcionários públicos chegam à quarta posição da TRU por via da progressão (e não pela via administrativa), Fátima Fonseca reforçou que essa distinção entre os percursos dos trabalhadores só será percebida “no momento do processamento” dos salários.

Só depois dos processamentos estarem realizados podemos ter números mais seguros. Só nesse momento conseguiremos distinguir os trabalhadores que por via da aplicação do diploma são beneficiados por não terem os pontos suficientes e transitam para a nova base remuneratória e aqueles que transitariam pela via das progressões”, afirmou a secretária de Estado, remetendo, mais uma vez, para o número global que foi avançado inicialmente.

Segundo as contas do Executivo (das quais discordam os sindicatos, são 70 mil os trabalhadores que passarão a receber 635 euros por mês. A confirmar-se tal cenário, ficam de fora dos aumentos remuneratórios cerca de 600 mil funcionários, o que tem sido muito criticado pelos sindicatos. “Sabemos desde o início que as expectativas são muito diferentes”, enfatizou a governante, acrescentando ainda que o Governo está “confortável” com a opção tomada, isto é, a concentração dos 50 milhões de euros apenas nos trabalhadores que ganham menos.

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Atividade económica aumenta e consumo privado cai em janeiro

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2019

A atividade económica aumentou 0,1% face ao mês anterior. Em sentido, contrário o consumo privado continua a cair.

O indicador coincidente mensal para a atividade económica aumentou em janeiro, após três meses de estabilização, e o indicador para o consumo privado manteve a redução iniciada em março de 2018, revelou esta sexta-feira o Banco de Portugal (BdP).

“Em janeiro, o indicador coincidente mensal para a atividade económica aumentou, após ter estabilizado nos últimos meses. O indicador coincidente mensal para o consumo privado manteve o perfil de redução iniciado em março de 2018”, lê-se numa nota disponibilizada na página eletrónica do banco central.

Assim, o indicador coincidente mensal para a atividade económica aumentou de 1,7% em dezembro para 1,8% em janeiro, enquanto o indicador coincidente mensal para o consumo privado caiu para 1,8%, face aos 1,9% registados no mês anterior.

Segundo o BdP, os indicadores coincidentes são “indicadores compósitos que procuram captar a evolução subjacente da variação homóloga do respetivo agregado macroeconómico”.

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Obras da ala pediátrica do São João começam no final do ano, reafirma ministra

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2019

A ministra da Saúde, Marta Temido, diz estar a tentar dar "passos seguros" para não pôr em causa o futuro. Reforçou que as obras no hospital de São João começam no fim deste ano ou início do próximo.

A ministra da Saúde, Marta Temido, reafirmou esta sexta-feira que as obras da nova ala pediátrica do hospital de São João, no Porto, começam no final deste ano ou início do próximo.

“O Governo, este Governo, já canalizou para o hospital 23 milhões de euros, 19 milhões de euros são para o pagamento da obra e três milhões de euros são para o capital estatutário”, disse no final de uma reunião com as várias entidades envolvidas no processo. A governante frisou que há verba e há um projeto quase concluído, logo não tarda para a obra ser lançada.

Além disso, Marta Temido estimou que as crianças com doenças oncológicas sejam realojadas para uma área do edifico principal do São João a partir de abril ou maio, até à conclusão da obra da nova ala pediátrica. Contudo, a titularidade da obra pertence à Associação O Joãozinho, cujo presidente garantiu à saída do encontro que não irá abdicar dela por estar “farto” das promessas do Governo.

“Passos seguros” para não pôr em causa futuro

A ministra da Saúde disse esta sexta-feira que o seu ministério tem sido foco de “muita reivindicação e discussão”, mas garantiu estar a “fazer o melhor possível” para dar passos seguros e não pôr em causa o futuro das pessoas.

“Eu sei que o Ministério da Saúde tem sido foco de muita discussão e reivindicação, mas também sei que os profissionais sabem que o Ministério da Saúde está a fazer o melhor possível por dar passos seguros, que podem parecer pequenos, mas que não ponham em causa o futuro de todos nós e, isso, vai ser reconhecido”, afirmou Marta Temido.

A governante falava no final de uma reunião entre as várias entidades envolvidas no processo de construção da ala pediátrica do Centro Hospitalar de São João, no Porto, a funcionar em contentores há cerca de 10 anos.

Depois de anunciar esta sexta-feira o reatar das negociações com as estruturas sindicais dos enfermeiros, Marta Temido explicou que o Ministério da Saúde está disponível para reunir com todos os sindicatos que assim o queiram.

Há três mesas sindicais com quem temos trabalhado, uma que envolve a FENSE [Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros] e com a qual estamos a tentar fechar o acordo coletivo de trabalho, o que não deve demorar muito. Há depois reuniões com a ASPE [Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros] e o Sindepor [Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal] que envolvem um protocolo negocial que está a ser ultimado”, adiantou.

E, depois, acrescentou a ministra, há questões a discutir com a CNESE [Comissão Negociadora Sindical dos Enfermeiros], que integra o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira (SERAM), nomeadamente sobre descongelamentos, reconhecimento dos especialistas ou recrutamento. “Tenho a convicção que os profissionais de enfermagem saberão reconhecer os esforços que o Governo tem feito para se aproximar”, vincou.

Presidente do Sindicato Democrático terminou greve de fome

O presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) disse à agência Lusa que terminou esta sexta-feira ao final da manhã a greve de fome que iniciou na quarta-feira, depois de receber um telefonema da ministra da Saúde. Referindo que a ministra Marta Temido garantiu que as negociações com os enfermeiros serão retomadas, Carlos Ramalho disse que “é isso que os enfermeiros pretendem”.

Agora vou partir para as negociações de boa fé, mas com certeza que a luta vai continuar“, disse o dirigente sindical, admitindo a marcação de novas iniciativas e lembrando que se mantém a atual greve de enfermeiros até 28 de fevereiro. Carlos Ramalho esteve em greve de fome em frente à residência oficial do Presidente da República.

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Pilotos analisam ação em tribunal contra a TAP para aplicação de acordo de 1999

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2019

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil está a analisar uma ação judicial contra a TAP, caso a empresa portuguesa não aplique “voluntariamente” um acordo que data de 1999.

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) informou os seus associados de que está a analisar uma ação judicial contra a TAP, caso a empresa não aplique “voluntariamente” um acordo que data de 1999.

Numa nota interna enviada pela direção, a que a Lusa teve acesso, o sindicato explicou que em causa está “o denominado acordo de 1999”, que, aquando da campanha de 2017, foi incluído no manifesto eleitoral, salientando que as medidas propostas neste âmbito não foram aplicadas pela TAP.

Assim, o sindicato levou a cabo “estudos” e preparou “meios jurídicos” para avançar com o processo, num conjunto de trabalhos que já conduziu à “entrada de uma notificação judicial avulsa com vista a interromper a prescrição dos direitos que resultam do denominado acordo de 1999, declarando, através deste meio e através de ato do tribunal que pretende exercer todos os direitos que decorrem daquele acordo e, em particular, pedindo ao grupo TAP que proceda ao cumprimento voluntário das obrigações que assumiu ou ao pagamento de uma indemnização ao sindicato e aos seus associados”.

O organismo pretende, com esta ação, que a companhia aérea reconheça, voluntariamente, “o direito do SPAC e dos pilotos a uma percentagem de 20% do capital social da TAP SA ou da TAP SGPS SA”, bem como “o direito à designação de um administrador não executivo” para a empresa, lê-se na mesma nota.

Caso isso não aconteça, o sindicato pretende que a TAP pague ao “sindicato e aos pilotos seus associados o valor de 1.058.500,000,00 euros (mil e cinquenta e oito milhões e quinhentos mil euros) a título de diferenças remuneratórias entre as remunerações que resultaram da decisão arbitral de 1999 e as que os pilotos hoje auferem, correspondente à valorização dessa diferença no período decorrido entre 1999 até à presente data”, de acordo com o documento.

O sindicato exige ainda, “subsidiariamente”, uma indemnização pelo incumprimento do acordo, de mais de 46 milhões de euros “correspondente à valorização das ações a entregar aos pilotos, tendo em conta o diferencial entre a tabela salarial em vigor em 1999 e a tabela salarial resultante do acórdão do tribunal arbitral”, a valores atualizados a 2018.

A nota da direção do SPAC pretende ainda que seja pago um valor que “corresponde aos prejuízos resultantes da não atribuição de um lugar de administrador executivo ou não executivo na TAP, SGPS que impediu a participação das decisões estratégicas no Grupo TAP, cuja importância, pela influência daí resultante nos destinos da TAP, se quantifica em 20 milhões de euros”.

O sindicato conclui com a informação de que, “caso o grupo TAP não pretenda dar cumprimento voluntário à pretensão apresentada, irá ser intentada ação judicial para fazer valer os direitos do SPAC e dos pilotos que decorrem do acordo de 1999”.

Contactada pela Lusa, fonte oficial do sindicato não quis comentar esta questão.

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Semana negra nos CTT. Lucros caem, dividendos também, ações afundam 10%

O valor das ações dos CTT afundou mais de 10% em poucas sessões, numa semana em que a empresa revelou uma queda dos lucros e um corte nos dividendos.

Queda nos lucros, corte nos dividendos e uma desvalorização acentuada em bolsa. Juntos, estes três fatores fizeram desta uma semana negra para os CTT. Os títulos da empresa liderada por Francisco de Lacerda fecharam a valer 2,794 euros, acumulando perdas de mais de 10% em poucas sessões, no dia em que o Parlamento acabou por chumbar a proposta para renacionalizar a empresa de correios que foi para a bolsa em 2013.

Os CTT desvalorizaram 2,92% esta sexta-feira. O preço atual das ações da companhia, 2,794 euros, representa uma queda acumulada de 10,79% desde o máximo semanal de 3,118 euros, que foi a cotação de fecho da sessão de quarta-feira — ou seja, em apenas duas sessões.

Evolução das ações dos CTT na bolsa de Lisboa

Já se adivinhava uma semana agitada para a empresa que detém a concessão do serviço postal universal em Portugal. A semana começou com um diferendo entre a empresa e a Anacom, com o regulador setorial a acusar os CTT de divulgarem “informação enganosa” relativa ao número de reclamações recebidas em 2018, acusação que a empresa rejeitou e o regulador, depois, ainda reforçou.

Mas foi na quarta-feira que todos os holofotes incidiram sobre os CTT, dia de apresentação de resultados anuais. Francisco de Lacerda revelou que o resultado líquido em 2018 ficou abaixo dos 20 milhões de euros, uma quebra de 28% face a 2017, explicada com os custos com a reestruturação que tem sido levada a cabo pela companhia.

A queda pressionou a administração a abandonar a política de dar todo o lucro em dividendos que era adotada até aqui. Por isso, foi anunciado um corte de mais de 70% na remuneração acionista, com os CTT a proporem distribuir apenas 10 cêntimos por ação, contra os 38 cêntimos no período anterior.

BCP e Galp pressionam. Lisboa recua e contraria Europa

O fraco desempenho dos CTT foi mesmo o pior de entre todas as cotadas do PSI-20, num dia em que o índice desvalorizou 0,17%, para 5.152,69 pontos, contrariando o sentimento positivo observado nas principais praças europeias. O Stoxx 600 somou 0,29%.

Mas não foi só a empresa de correios a contribuir para o recuo na bolsa de Lisboa. BCP e Galp Energia também pressionaram o índice português. O banco liderado por Miguel Maya derrapou 1,37%, para 23,09 cêntimos, enquanto a petrolífera perdeu 0,41%, apara 14,675 euros por ação.

A travar as perdas estiveram as restantes empresas do setor energético. A EDP subiu 0,53%, para 3,252 euros, enquanto a EDP Renováveis subiu 1,05%, para 8,215 euros. O melhor desempenho acabou por ser o da Pharol, que subiu 1,88%, para 18,4 cêntimos, apoiada no bom desempenho dos títulos da brasileira Oi no Ibovespa, da qual é acionista.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h13)

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PS propõe Mariana Canotilho para nova juíza do Tribunal Constitucional

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2019

Os socialistas propõem a professora universitária Mariana Canotilho para nova juíza do Tribunal Constitucional, em substituição de Catarina Sarmento, que agora termina o mandato.

O PS vai propor a professora universitária Mariana Canotilho para nova juíza do Tribunal Constitucional, em substituição de Catarina Sarmento, que agora termina o seu mandato, disse esta sexta-feira à agência Lusa fonte da bancada socialista.

A eleição da nova juíza do Tribunal Constitucional está marcada para dia 21 de março e a aprovação da designação da docente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra requer uma maioria de dois terços, o que exige um acordo político entre o PS e o PSD.

“O presidente do Grupo Parlamentar do PS, Carlos César, já comunicou oralmente aos restantes partidos parlamentares. Nesses contactos não foram levantadas objeções”, adiantou a mesma fonte socialista sobre o processo de eleição da nova juíza do Tribunal Constitucional.

Mariana Canotilho é mestre em Ciências Jurídico-Políticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra com a classificação de muito bom (18 valores)” e apresentou como tema de dissertação “O princípio do nível mais elevado de proteção em matéria de direitos fundamentais”.

Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra em janeiro de 2003, com média final de 18 valores, Mariana Canotilho foi assessora do gabinete do presidente do Tribunal Constitucional entre 1 de julho de 2003 e 10 de abril de 2007. Mariana Canotilho tem como áreas de especialidade o Direito Constitucional nacional e europeu.

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França e Alemanha já têm proposta conjunta para Orçamento da Zona Euro

Os dois gigantes já terão chegado a uma proposta detalhada para o Orçamento da Zona Euro que visa puxar pelo crescimento, competitividade e reduzir o gap entre os Estados-membros, avança a Reuters.

Berlim e Paris já acordaram uma proposta detalhada para o Orçamento da Zona Euro. A notícia é avançada pela Reuters, com base num documento governamental da Alemanha a que teve acesso esta sexta-feira.

Em causa está uma proposta de Orçamento que tem como objetivo: impulsionar o crescimento económico do espaço do euro, fortalecer a competitividade e diminuir o hiato de desenvolvimento entre os diferentes Estados-Membros.

O acordo franco-alemão deve abrir caminho para um acordo de grupo mais amplo entre os ministros das Finanças da Zona Euro que no próximo mês irão discutir a criação deste Orçamento.

“O objetivo do instrumento orçamental da Zona Euro seria promover a competitividade e convergência na Zona Euro…”, refere a proposta apresentada pelos dois países, documento citado pela Reuters.

Quanto ao montante deste orçamento para o euro, os governos alemão e francês propõem que seja definido no âmbito das negociações em curso para o próximo Orçamento comunitário, processo que prossegue num impasse sobretudo devido aos cortes nas políticas de coesão de diversos Estados-Membros como consequência da redução orçamental resultante do Brexit.

Na proposta conjunta, França e Alemanha sugerem que o Orçamento da Zona Euro deva apoiar as reformas nacionais identificadas no semestre europeu, e posteriormente propostas pela Comissão Europeia para cada Estado-Membro.

Legalmente, o novo instrumento basear-se-ia numa lei ao abrigo da legislação da UE que regule o seu funcionamento e estabeleça as prioridades e um acordo intergovernamental adicional.

Os Estados-membros apresentariam planos de ação à Comissão Europeia que incluíssem as reformas planeadas e propostas de projetos a serem apoiados no âmbito do instrumento orçamental.

A Comissão Europeia aprovaria esses planos através de uma consulta aos governos e o dinheiro fluiria dependendo do progresso na implementação, diz a proposta.

Os governos também seriam obrigados a cofinanciar partes substanciais dos projetos de investimento dos orçamentos nacionais, refere o mesmo documento.

Além das atuais contribuições dos Estados-membros para o Orçamento da UE, a Alemanha e a França sugerem que os países também pudessem pagar a nova ferramenta com base num acordo intergovernamental.

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Kraft Heinz afunda 26%. Está a ser investigada pelo regulador dos mercados nos EUA

A Kraft Heinz cai 26%, depois de anunciar que vai reduzir os dividendos e que está sob investigação da SEC. Mas as bolsas recuperam, à espera da reunião entre Trump e o vice-presidente da China.

As bolsas norte-americanas abriram em alta perante os sinais de progresso nas negociações comerciais entre EUA e China, num dia em que o Presidente, Donald Trump, vai receber na Sala Oval da Casa Branca o vice-presidente chinês, Liu He. Ainda assim, o dia em Wall Street está a ser marcado pela queda de mais de 26% nas ações da Kraft Heinz, que admitiu estar a ser alvo de uma investigação da SEC.

As ações da Kraft Heinz afundam mais de 26%, para perto dos 35,40 dólares. A queda acentuada acontece depois de a empresa ter anunciado que está sob investigação da SEC, o regulador norte-americano do mercado de capitais, por planeamento fiscal agressivo. Além disso, vai reduzir o perímetro e vender marcas fora do negócio core. Mais: anunciou um corte nos dividendos, de acordo com o The Wall Street Journal (acesso pago), um autêntico murro no estômago dos investidores.

Kraft afunda em bolsa. SEC assusta investidores

Ainda assim, o S&P 500 avança 0,29%, para 2.782,81 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq sobe 0,30%, para 7.481,83 pontos. O industrial Dow Jones valoriza 0,37%, para 25.945,29 pontos, beneficiando de subidas expressivas nas ações das empresas mais sensíveis às questões comerciais. É o caso da Boeing, que soma 0,71%, para 420,54 dólares por ação. Ou da Caterpillar, que valoriza 0,35%, para 139,36 dólares cada título.

EUA e China tentam há semanas fechar um acordo satisfatório a ambas as partes, no sentido de travar a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Este tem sido, aliás, um dos fatores que mais tem condicionado as negociações bolsistas nos últimos meses, e ameaça mesmo o desempenho da economia global, segundo têm apontado diversas entidades, como o FMI.

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A valorização nesta última sessão da semana surge depois de uma queda de 0,35% no índice de referência em Wall Street. A pressão vendedora espelhou a reação dos investidores à divulgação de dados económicos negativos que apontam para uma desaceleração da economia norte-americana. As encomendas de bens de capital, excluindo a defesa, caíram 0,7%, enquanto os economistas previam que, pelo contrário, subissem 0,2%.

“O mercado passou de um sentimento de preocupação na quinta-feira para a possibilidade de um desenvolvimento nas negociações comerciais. Estamos a recuperar da pressão vendedora de ontem [quinta-feira] e o nosso principal foco são as transações”, disse à Reuters Peter Cardillo, economista-chefe da Spartan Capital Securities em Nova Iorque.

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