Wall Street cai com perspetiva de acordo entre EUA e China só em 2020

Um acordo inicial entre as duas maiores potenciais mundiais poderá falhar a meta de 15 de dezembro e a espera penalizou o sentimento dos investidores norte-americanos.

O otimismo parece afastado de Wall Street. As principais bolsas norte-americanas, que renovaram máximos no início da semana, afundaram com a perspetiva de que um acordo comercial entre EUA e China já não possa ser alcançado este ano.

A conclusão do acordo inicial entre as duas maiores economias do mundo deverá resvalar para 2020, segundo disseram fontes próximas das negociações à Reuters. O objetivo era que ficasse fechado antes de dia 15 de dezembro, quando entram em vigor novas tarifas, mas o Governo de Xi Jinping estará a pressionar por uma retirada das tarifas já impostos e a administração de Donald Trump terá também exigências.

O sentimento dos investidores foi penalizado pela notícia, levando os três principais índices a fecharem no vermelho. O industrial Dow Jones caiu 0,41% para 27.820,41 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 perdeu 0,38% para 3.108,40 pontos e o tecnológico Nasdaq desvalorizou 0,51% para 8.526,73 pontos.

A agravar as tensões entre os dois países está igualmente o projeto de lei aprovado, por unanimidade, pelo Senado norte-americano que apoia os direitos humanos e à democracia em Hong Kong, numa altura de violência entre os manifestantes (contra o Governo eleito) na região e as autoridades locais.

Os EUA preveem sanções contra as autoridades chinesas e da antiga colónia britânica que cometam abusos de direitos humanos e exige uma revisão anual do estatuto económico especial que Washington concede a Hong Kong. Além disso, proibiram a venda de gás lacrimogéneo, balas de borracha e outros equipamentos à polícia de Hong Kong como forma de travar a violência contra os manifestantes. Beijing condenou a decisão norte-americana e acusou Trump de interferir em assuntos internos do país.

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Portugal traz para casa cinco novas estrelas Michelin, mas perde outras três

  • ECO
  • 20 Novembro 2019

Diretamente de Sevilha, Portugal trouxe para casa cinco novas estrelas Michelin. Apesar das nomeações nenhum restaurante português conseguiu a terceira estrela.

27 dezenas estrelas a “brilhar” no cardápio do país. O Guia 2020 das estrelas Michelin aconteceu em Sevilha e trouxe para Portugal cinco novas condecorações gastronómicas, com destaque para o restaurante Casa de Chá Boa Nova que recebe a sua segunda estrela. Mas há também três restaurantes nacionais que perdem as estrelas que tinham recebido.

O Casa de Chá Boa Nova do chef Rui Paula,em Leça da Palmeira, recebeu a sua segunda estrela no Guia Michelin Espanha e Portugal, juntando-se a um grupo exclusivo que inclui apenas sete restaurantes em território nacional, segundo avançam o Expresso e o Público.

Além desta, houve quatro outros restaurantes a receberem as suas primeiras estrelas, fechando o leque de 20 restaurantes com esta distinção. Os estreantes são o Epur, de VicentFarges, em Lisboa, o FiftySecondsby Martin Berasateguicom Filipe Carvalho em Lisboa, o Mesa de Lemos, de Vítor Matos em Viseu, e o Vistas, de Rui Silvestre em Vila Nova de Cacela. Estes foram os cinco vencedores da noite. Mas também houve saídas.

Depois de um interregno de um ano em que não houve estrelas retiradas, o juri voltou a tomar essa opção. O guia 2020 retirou a distinção a três restaurantes portugueses: o L’And and Vineyrads em Montemor-o-Novo e o Willie’s em Vilamoura. Também o Henrique Leis, em Almancil, saiu da lista, mas por iniciativa própria.

Houve ainda outra desilusão para os portugueses. Havia seis restaurantes candidatos a receberem a sua terceira estrela, o que nunca aconteceu no país. Mas nenhum o conseguiu. Ao contrário de Espanha que tem 11 restaurantes com três estrelas Michelin.

Muita coisa muda depois de se conquistar uma estrela Michelin, seja para o chef como para o próprio restaurante. Criam-se mais postos de trabalho, tornando as equipas mais coesas, aumenta a confiança do próprio restaurante para inovar e, claramente, aumenta a procura dos clientes.

Quanto custa comer num restaurante com estrela Michelin? Cerca de 200 euros

A procura aumenta e os clientes aparecem de todos os cantos do mundo. De facto, uma estrela Michelin muda mesmo a vida de um restaurante. Alguns dos restaurantes mais caros do país são detentores de uma destas famosas estrelas. É aqui onde uma refeição custa cerca de 200 euros, mas pode ir além disso.

É o caso do Il Gallo d’Oro, no Funchal, que conta já com duas estrelas. Liderado pelo chef Benoît Sinthon, o restaurante tem o menu de degustação mais caro do país. A opção com dez criações custa 245 euros por pessoa, sendo que se quiser a harmonização de vinhos a fatura aumenta em 105 euros por cada comensal.

Outro exemplo é o Ocean, um restaurante inserido no hotel Vila Vita Parc Resort & Spa, em Armação de Pêra, e que conta também com duas estrelas Michelin. A cozinha está a cargo do chef austríaco Hans Neuner e só funciona ao jantar. Os clientes têm de aparecer com um dresscode “eveningwear elegante” e estarem prontos para pagar 170 euros (por pessoa) pelo menu de degustação de quatro pratos ou 210 euros pelo menu com seis pratos.

Ainda por terras algarvias encontra-se outro dos restaurantes mais caros do país, também com duas estrelas Michelin. É o Vila Joya, em Albufeira, integrado numa unidade hoteleira e o primeiro restaurante do país a conseguir um par de estrelas. É também um chef austríaco, Dieter Koschina, que está ao leme da cozinha. Ao almoço há um menu de degustação com quatro pratos por 135 euros e, ao jantar, o menu contempla seis pratos por 210 euros.

Na capital, exatamente no Parque Eduardo VII, está o chef Joachim Koerper ao leme do Eleven. Com apenas uma estrela Michelin, os clientes podem escolher entre vários menus, sendo que o mais caro, focado na trufa preta, custa 198 euros sem bebida.

(Notícia atualizada às 20h40)

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CMVM aprova pedido da Cofina para suprimir potencial concertação com a Prisa

  • Lusa
  • 20 Novembro 2019

Em causa estão cláusulas do contrato entre Cofina e Prisa que estabelecem que a empresa de Paulo Fernandes tem de ser consultada sobre decisões de gestão, apesar de o negócio não estar fechado.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) decidiu favoravelmente acerca de um pedido da Cofina para a “elisão de presunção de atuação concertada” com a Prisa, no âmbito da aquisição da Media Capital, que detém a TVI.

Em causa estão cláusulas do contrato entre a Cofina e a Prisa que estabelecem que a empresa de Paulo Fernandes tem de ser consultada sobre algumas decisões de gestão, apesar de o negócio ainda não estar concluído.

O organismo analisou a documentação contratual do processo e concluiu que “as cláusulas que subordinam a tomada de certo tipo de decisões de gestão à prévia autorização do comprador têm o propósito de salvaguardar e prover pela manutenção do valor da sociedade visada, não devendo ser entendidas como uma situação em que o controlador é já outro (ou outros) que não o atual detentor da maioria do capital”, realçou a CMVM.

O regulador concluiu que estas disposições existem “para proteger o interesse contratual do adquirente, provendo pela manutenção ou não deterioração do valor da Media Capital” até que se verifiquem as condições acordadas entre as duas empresas.

O requerimento, apresentado pela Cofina, dona do Correio da Manhã, resulta “da circunstância de as partes terem celebrado um acordo relativo à transmissibilidade de ações representativas do capital social do grupo Media Capital”, de acordo com informação publicada no ‘site’ do regulador.

O pedido apresentado funda-se no facto de não resultar do referido acordo nenhum mecanismo de concertação entre comprador (Cofina) e vendedor (Prisa), nem de o mesmo atribuir à primeira o poder de exercer uma influência dominante, efetiva ou potencial, sobre a Media Capital”, até à conclusão do negócio.

Segundo o resumo do requerimento, publicado pela CMVM, “as obrigações contratualmente assumidas pelas partes têm apenas como propósito salvaguardar o interesse do potencial adquirente quanto à não depreciação do objeto do negócio”.

“A CMVM concluiu que se encontram preenchidos os requisitos legalmente exigidos para que, nos termos do art. 20.º, n.º 5 do Cód.VM, fosse deferido o pedido de elisão de presunção de atuação concertada entre Cofina e Prisa. Em consequência, não se consideram desde já imputáveis à Cofina os direitos de voto imputáveis à Prisa, dado não ter sido identificada qualquer vinculação a uma atuação concertada relativamente à Media Capital”, lê-se na mesma resposta da CMVM.

Em 21 de setembro, a Cofina anunciou que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para comprar a totalidade das ações que detém na Media Capital, valorizando a empresa (‘enterprise value’) em 255 milhões de euros. A operação de compra inclui também a dívida da Media Capital.

A Cofina pediu o registo da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Media Capital em 11 de outubro, último dia do prazo para o fazer.

A Cofina espera que a compra da Media Capital resulte em sinergias de 46 milhões de euros.

A dona do Correio da Manhã estima que a compra esteja concluída no primeiro semestre de 2020.

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Receitas da Ibersol crescem, mas lucros caem para 10,5 milhões até setembro

  • Lusa
  • 20 Novembro 2019

Este resultado líquido inclui o impacto da norma contabilística IFRS16, que tem "um relevante impacto no resultado acumulado ao terceiro trimestre deste ano", bem como o aumento dos custos.

O grupo Ibersol, que representa a Pizza Hut e a Burguer King, teve lucros de 10,5 milhões de euros até setembro, o que compara com os 23,9 milhões de euros dos primeiros nove meses de 2018, foi divulgado esta quarta-feira. Este resultado líquido inclui o impacto da norma contabilística IFRS16, o que, segundo a empresa, tem “um relevante impacto no resultado acumulado ao terceiro trimestre deste ano”, e que não era aplicada em 2018.

Já excluindo a aplicação desta norma, a empresa teve lucros de 17,5 milhões de euros entre janeiro e setembro, menos 27% do que nos mesmos nove meses de 2018, segundo o comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Entre janeiro e setembro, os proveitos operacionais cresceram 6% para 363,2 milhões de euros, enquanto os custos aumentaram 8,4% para 339,3 milhões de euros. Segundo a empresa, tem havido pressão no sentido do aumento de custos. No caso dos custos com pessoal, estes aumentaram 9,3%, representando 30,8% do volume de negócios (face ao peso de 29,9% em 2018).

Já os custos em fornecimentos e serviços externos (sem IFRS16) cresceram 8,6%, passando a representar 33,6% do volume de negócios, mais 0,8 pontos percentuais face ao período homólogo de 2018, o que a empresa atribui às “condições contratuais das novas concessões em Espanha”, assim como “ao custo das comissões dos agregadores, associados ao aumento do peso do canal domicílio no total do volume de negócios”.

O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações, sem IFRS16) foi de 43,9 milhões de euros, menos 9,2% face a igual período do ano anterior, referindo a Ibersol que a atividade em Espanha foi “profundamente afetada pela redução de quota no Aeroporto de Barcelona e pelo alargado período de concretização das aberturas nas novas concessões”.

Sobre as perspetivas, a Ibersol prevê “um ligeiro abrandamento do ritmo de crescimento das vendas na linha do que se verificou nos últimos meses, enquanto em Espanha os crescimentos serão mais moderados”. Isto porque, diz, há a incerteza do impacto do Brexit, assim como da “redução do tráfego de passageiros”, que “constitui um dos principais riscos no desempenho das concessões, nomeadamente nos aeroportos de destinos mais turísticos”.

Em Espanha, o grupo espera concluir este ano a abertura das unidades que lhe foram adjudicadas em 2018 nos aeroportos de Barcelona, Gran Canária, Málaga e Alicante. Sobre a expansão, espera “manter o ritmo de aberturas” em Portugal e em Espanha haverá “aberturas seletivas da Pans e Ribs”.

No final de setembro, a Ibersol tinha 647 unidades, das quais 341 em Portugal (340 próprias e uma franquiada), 288 em Espanha (178 próprias e 110 franquiadas), 10 em Angola e oito noutras localizações. O Grupo Ibersol detém as marcas Pizza Hut, Burger King, KFC, O Kilo, Pasta Caffé, Pans, Miit, entre outras cafetarias e quiosques. O grupo Ibersol tem como principais acionistas António Teixeira e António Pinto de Sousa. As ações da Ibersol, que integram o PSI20, desceram esta quarta-feira 0,27% para 7,34 euros.

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Função pública terá mais horas de formação sobre digital

  • Lusa
  • 20 Novembro 2019

“É fundamental superar a falta de competências da Administração Pública na área digital", explicou a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão.

A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública disse esta quarta-feira que prevê aumentar as horas de formação em ferramentas digitais a todos os funcionários públicos, para “superar a falta de competências da Administração Pública” naquela área.

Alexandra Leitão falava no painel “O Futuro da Governação”, durante o 29.º congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que esta quarta-feira arrancou em Lisboa com o mote “O Futuro dos Negócios”.

É fundamental superar a falta de competências da Administração Pública na área digital. Para isso, o Programa do Governo prevê aumentar as horas de formação em ferramentas digitais, abrangendo todos os funcionários públicos e criar meios de autoformação com base em recursos multimédia que facilitem a aprendizagem”, afirmou a governante.

Esta medida, esclareceu, faz parte da estratégia do Governo para reforçar as competências dos funcionários públicos, num contexto “cada vez mais digital”. “A tecnologia, as competências e a motivação dos trabalhadores públicos e a capacidade de desenharmos novos modelos de gestão são os pilares que sustentarão o governo do futuro”, acrescentou.

A ministra referiu ainda que o programa SIMPLEX, lançado em 2006 como uma estratégia de modernização administrativa, deverá ser alvo de uma renovação.

Para isso, o Governo propõe, por exemplo, a eliminação da “necessidade de licenças, autorizações e atos administrativos desnecessários”, a simplificação dos procedimentos administrativos de contratação pública e a criação de um “programa nacional de eliminação de procedimentos e intervenções administrativas inúteis que não dependam de intervenção legislativa”.

Propõe ainda a aplicação da “regra ‘only-once’, que atribui aos cidadãos e agentes económicos o direito de serem dispensados de apresentar informação que a Administração Pública já detém”.

O Governo pretende também assegurar que os 25 serviços administrativos mais utilizados pelos cidadãos e pelas empresas estejam acessíveis online. No entanto, a ministra sublinhou que é necessário ter presente que “cerca de um quarto dos portugueses não utiliza a Internet” e que, por isso, não podem ser deixados para trás pelo processo de modernização deste tipo de serviços.

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Pensões de velhice atingem em outubro valor mais alto dos últimos 11 anos

  • Lusa
  • 20 Novembro 2019

O número de pensões de velhice subiu 0,4% em termos homólogos e 0,2% face ao mês anterior, com as mulheres a representarem 52,9% do total de novas pensões de velhice e os homens 47,1%.

O número de pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social subiu 7.315 em outubro em termos homólogos, para 2.046.255, atingindo o valor mais alto desde 2008, o início da série estatística, revelam dados mensais divulgados esta quarta-feira.

Segundo a síntese mensal elaborada pelo gabinete de estratégia e planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o número de pensões de velhice subiu 0,4% em termos homólogos e 0,2% face ao mês anterior, com as mulheres a representarem 52,9% do total de novas pensões de velhice e os homens 47,1%.

Em 1 de outubro entrou em vigor uma nova regra que veio permitir a reforma aos 60 anos de idade sem o corte de 14,7% pelo fator de sustentabilidade a quem, nessa idade, conte pelo menos 40 anos de contribuições. Contudo, manteve-se em vigor a penalização de 0,5% por cada mês de antecipação face à idade legal de reforma, que este ano é de 66 anos e cinco meses, ou face à idade pessoal da reforma.

De acordo com as estatísticas da Segurança Social, em outubro foram ainda contabilizadas 712.150 pensões de sobrevivência, mais 1.681 face a setembro (0,2%) e mais 4.246 pensões comparando com outubro de 2018, traduzindo um aumento de 0,6%. As mulheres detiveram a maioria das pensões de sobrevivência (580.565 pensões), correspondendo a 81,5% do total de processamentos.

Já o número de pensões de invalidez subiu 0,3% em relação ao mês anterior (mais 581 pensões) e 6,2% em termos homólogos (mais 10.885 pensões), tendo sido contabilizadas 185.163 pensões desta natureza. Do total de pensões de invalidez, 47,7% foram atribuídas a mulheres e 52,3% a homens.

As estatísticas da Segurança Social revelam ainda que em outubro foram pagos 156.644 subsídios por doença, mais 6,8% do que em setembro (um aumento de 10 mil baixas), com 93.865 beneficiários do sexo feminino (59,9% do total) e 62.779 beneficiários do masculino (40,1% do total).

Nas mulheres, o aumento face a setembro foi de 8,2% (mais 7.126 beneficiárias) e, nos homens, de 4,8% (mais 2. 874 beneficiários). Comparando com outubro de 2018, houve um acréscimo de 4,5% no total de subsídios de doença (mais 6.753 indivíduos), com subida de 4,9% no sexo feminino (mais 4.385 subsídios) e de 3,9% no sexo masculino (mais 2.368 prestações).

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Novo hospital da Madeira cofinanciado em 50% pelo Orçamento do Estado

  • Lusa
  • 20 Novembro 2019

Além do primeiro-ministro, António Costa, o encontro contou também com a presença do ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno, com o objetivo de preparar o OE2020.

O Governo Regional da Madeira recebeu esta quarta-feira, em Lisboa, o compromisso do primeiro-ministro, António Costa, de cofinanciamento em 50% da construção e dos equipamentos do novo hospital da região, no âmbito do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020).

“Por parte do senhor primeiro-ministro, há uma vontade empenhada, determinada, no sentido de resolver algumas das questões. Uma das questões é a clarificação relativamente ao cofinanciamento do Hospital Central do Funchal”, afirmou o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), em declarações aos jornalistas, após uma reunião com o Governo da República, que decorreu no Palácio de São Bento, em Lisboa.

Além do primeiro-ministro, António Costa, o encontro contou com a presença do ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno, com o objetivo de preparar o OE2020.

“Foi uma reunião cordial, correu muito bem e constatamos, de ambas as partes, a possibilidade de chegarmos a um entendimento relativamente ao conjunto de ‘dossiers’ que temos pendentes”, disse Miguel Albuquerque.

Entre os três pontos essenciais discutidos na reunião, o presidente do executivo regional destacou a necessidade de se encontrar uma solução para que os residentes na Madeira não tenham que continuar a adiantar os valores “exorbitantes” nas passagens aéreas de ligação ao território continental e vice-versa.

“Vamos constituir, rapidamente, um grupo de trabalho para avançarmos com a possibilidade de os residentes na Madeira não terem de adiantar as quantias muito elevadas que têm que fazer para viajar em território nacional”, adiantou o presidente do Governo Regional, referindo que deve ser encontrada uma solução semelhante à que foi gizada para os estudantes, “em que o residente só paga o valor dos 86 euros”.

Outra das questões abordadas foi a necessidade de se fazer um estudo de mercado para averiguar da possibilidade ou não de ser criada uma ligação marítima para a Madeira. “Vamos avançar, também, no que diz respeito à ligação marítima, com um estudo de mercado, no sentido de avaliarmos da possibilidade de ter essa linha”, referiu o responsável pelo executivo madeirense, explicando que é preciso saber se há companhias interessadas em investir no serviço de ‘ferry’ que assegure a ligação entre a região e a cidade de Lisboa.

Na perspetiva de Miguel Albuquerque, a mobilidade dos cidadãos portugueses dentro de território nacional “é uma situação que urge resolver”, pelo que as medidas nesse âmbito vão “avançar rapidamente”.

Questionado sobre se houve a garantia de que estas questões vão constar no OE2020, nomeadamente o cofinanciamento do novo hospital da região, o presidente do Governo da Madeira disse que recebeu esse “compromisso”, frisando que “a palavra de um primeiro-ministro é palavra sagrada”.

“Temos que avançar já para o próximo ano. Isto são situações que têm que ser resolvidas e, neste momento, temos todas as condições de diálogo institucional e de colaboração para trabalhar em conjunto para a solução que tem a ver com o interesse nacional”, reforçou.

Rejeitando a ideia de existir um caderno de encargos apresentado pelo Governo Regional da Madeira ao Governo da República, Miguel Albuquerque realçou que, neste momento, o que há é “um diálogo profícuo”.

Passámos o período eleitoral, neste momento, temos quatro anos para trabalhar em conjunto”, apontou o presidente do executivo madeirense, acrescentando que existem dois Governos, Regional da Madeira (PSD/CDS) e República (PS), constituídos legitimante, que têm que colaborar e que têm que encetar um dialogo útil em prol das populações.

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Fed rejeita taxas de juro negativas nos EUA

Não é claro que o ciclo de reduções nas taxas do banco central norte-americano já tenha terminado, mas certo é que todos os membros do comité político consideram que juros negativos não são atrativos.

A Reserva Federal (Fed) norte-americana cortou as taxas de juro três vezes seguidas e poderá fazer agora uma pausa nos ajustamentos. Ainda não é certo que o banco central dos EUA opte por novas descidas, mas o que é improvável é que os juros caiam até “terreno” negativo como acontece na Zona Euro, segundo mostram as minutas da última reunião de política monetária da Fed.

“Todos os participantes avaliam que taxas de juro negativas não parecem, neste momento, ser um instrumento de política monetária atrativo nos Estados Unidos”, revelam as minutas do encontro do Comité Federal de Mercado Aberto, entre 29 e 30 de outubro.

Após essa reunião, o presidente Jerome Powell anunciou a terceira descida deste ano da taxa de referência, em 25 pontos base para um intervalo entre 1,5% e 1,75%. “Vários participantes continuam a ver os riscos negativos em torno do outlook económico como elevados, realçando ainda mais as razões para um corte de juros”, revela agora a ata.

Os decisores políticos apontaram que a visão é de que “a posição atual da política monetária deverá manter-se apropriada enquanto a economia tiver um desempenho em linha com as expectativas”, mas também que “não tem um curso pré-definido e pode mudar se os desenvolvimento levarem a uma reavaliação material do outlook económico”.

Tal como Powell tem vindo a defender, fica em aberto se a Fed pretende ou não fazer novos cortes de juros e o curso será determinado pelo crescimento económico. No terceiro trimestre, a economia norte-americana expandiu a um ritmo de 1,9%, depois dos 2% registados nos três meses anteriores, com a guerra comercial a pressionar o país.

Enquanto esperam para decidir o que fazer, os decisores políticos debateram as opções em cima de mesa, incluindo compra de ativos, operações de mercado para reforçar a liquidez do sistema financeiro ou juros negativos.

“Os participantes comentaram que há um espaço limitado para levar a taxa até terreno negativo, que há dados mistos sobre os efeitos benéficos de taxas de juro negativos no estrangeiro, bem como que não é claro sobre os efeitos negativos que pode ter na vontade dos intermediários financeiros de concederem crédito ou às perspetivas de gastos de famílias e empresas”, pode ler-se nas minutas.

Uma das geografias onde estão ainda em vigor juros negativos é a Zona Euro. Ao longo do mandato de oito anos como presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi atirou as taxas de juro para mínimos históricos, incluindo a taxa de depósitos para “terreno” negativo. A banca tem alertado para os efeitos adversos nos seus lucros, mas o italiano defende que os benefícios compensam as consequências negativas.

(Notícia atualizada às 19h40)

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Marcelo espera medidas para os Media no próximo Orçamento do Estado

O Presidente da República gostaria que o Orçamento do Estado para o próximo ano contemple medidas para a comunicação social. No entanto, os apoios devem ser gerais sem favorecer nenhum grupo.

O Presidente da República gostaria que o Orçamento do Estado para o próximo ano contemple medidas para a comunicação social. No entanto, defende que os apoios devem ser gerais sem favorecer nenhum grupo em particular.

Marcelo Rebelo de Sousa alertou que “há muitas medidas possíveis” que podem ser tomadas com vista a ajudar o setor dos Media, remetendo para o Parlamento a responsabilidade por as viabilizar, o que poderá ser garantido já no próximo Orçamento do Estado. “Espero, por exemplo, no Orçamento para o ano que vem que o Parlamento possa ponderar propostas que já chegaram das associações de imprensa”, disse o Presidente da República, em declarações transmitidas pela RTP3.

Contudo, faz questão de salientar que aquilo que é importante em eventuais medidas que possam ser tomadas é que estas sejam “de uma forma geral e abstrata”. Ou seja, que “não há favores” nem “privilégios”, bem como “não comprar a fidelidade política”.

“É preciso haver um conjunto de iniciativas. Há uma parte de responsabilidade dos poderes públicos. Os poderes públicos têm de criar condições, por exemplo, de isto que é feito por privados poder ser feito por públicos. Noutros países é feito por públicos. O próprio Estado facilita o acesso a assinaturas para que haja mais leitura de imprensa. Há muitas medidas possíveis”, sublinhou Marcelo. Para o Chefe de Estado não se pode ter “a sensação que, de ano para ano, vai fechando um jornal, vai havendo uma crise numa rádio, vai havendo uma crise num grupo de comunicação social e isso começa a atingir a democracia portuguesa e as pessoas ficam insensíveis”.

Marcelo desvaloriza preocupações de Bruxelas sobre metas o Governo

Na mesma ocasião, o Presidente da República foi confrontado com as preocupações reveladas pela Comissão Europeia nesta quarta-feira relativamente à capacidade de o Governo conseguir cumprir as metas orçamentais em 2020.

Marcelo Rebelo de Sousa apela ao rigor neste âmbito, lembrando que a Comissão Europeia divulgou o documento completo igual ao resumo divulgado há umas semanas. “É exatamente a mesma posição. Não é uma nova posição”, frisa. Diz ainda que a Comissão Europeia olhou para uma ideia geral que foi enviada num período em que não havia Governo e não havia Orçamento aprovado, dizendo ainda que “há pontos que têm de ser clarificados para termos a certeza de que o caminho continua a ser seguido“.

Para o Presidente da República é necessário esperar ainda pela aprovação do Orçamento na generalidade, em janeiro, e a respetiva votação final em fevereiro, para uma avaliação mais correta. “Só depois disso haverá uma opinião nova da Comissão Europeia sobre o Orçamento finalmente votado“, diz, considerando contudo que a repetição dos argumentos por parte de Bruxelas até pode ajudar o Governo.

“Devo reconhecer que o facto de se repetir aquilo que foi dito sobre um documento que ainda não é Orçamento, acaba objetivamente por facilitar a tarefa do Governo nas negociações no Parlamento e a tarefa do ministro das Finanças nas conversações dentro do Governo”, diz Marcelo Rebelo de Sousa. “Chamar a atenção para uma coisa óbvia que é o caminho a seguir é no essencial um caminho de estabilidade financeira”, acrescenta.

Um dia antes da maior manifestação de sempre das forças de segurança nacional, o Presidente mostra-se tranquilo. “Não vejo razão nenhuma para estar preocupado”, revela, lembrando ainda que “o direito de manifestação é um direito democrático” e que “é público e notório que o Governo tem vindo nos últimos dias a ter contactos com associações representativas das forças de segurança”.

(Notícia atualizada às 20h15 com mais informação)

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Caravela lança seguro automóvel com carro incluído

  • ECO Seguros
  • 20 Novembro 2019

A seguradora junta-se à ALD Automotive e muda as regras e os hábitos: Propõe a empresas e particulares que o contrato de renting seja associado ao seguro.

A Caravela Seguros ultrapassou a forma habitual de encarar seguros e utilização de um carro e apresentou uma nova solução de renting associada ao seu seguro automóvel. “Vem romper com os produtos tradicionais”, garante a empresa.

Este novo produto, designado Caravela Renting e fornecido em parceria com a ALD Automotive, “é especialmente indicado para empresas que querem gerir uma frota de forma fácil e simples, ou para particulares que pretendem ter um automóvel, sem preocupações”, acrescenta a seguradora. Todo o processo é centralizado e pode ser gerido a partir do website da Caravela.

Para os clientes da Caravela “há benefícios por terem todo o processo centralizado e digital, com uma grande simplificação administrativa, tornando-se mais fácil prever todos os custos e contando com um maior acompanhamento no decorrer de todo o contrato”, refere a empresa.

Paulo Cruz, diretor de Marketing e Inovação Digital da Caravela Seguros confirma o objetivo de disponibilizar uma oferta integrada para o cliente, “simplificando-lhe a vida e poupando tempo”, acrescentando que “é um produto que tem um acompanhamento constante, ideal para empresas que têm uma frota para gerir ou para qualquer particular que quer usufruir de um automóvel sem as preocupações associadas à manutenção, gestão de sinistros ou substituição de pneus”, conclui.

Todos os contratos partem de um seguro que cobre responsabilidade civil, bem como danos próprios e ocupantes. Também incluído está – e este é o fator inovador – o aluguer de um veículo novo, por um período e quilometragem pré-definidos, mediante um pagamento mensal fixo. Nesta mensalidade estão contemplados os custos com os diversos serviços incluídos essenciais à utilização desse veículo.

O Caravela Renting é o segundo produto lançado pela Caravela neste mês de novembro, depois de, aliada à empresa tecnológica Multicert, ter apresentado o Caravela Ciber, aproveitando a realização da Web Summit. O Ciber é um produto que pretende dar serviço de grande empresa a pequenas e médias, oferecendo proteção cibernética completa e assistência permanente.

Com Luis Cervantes como presidente e CEO, a Caravela tem um novo parceiro desde julho passado, quando o fundo de investimento Toscafund investiu na aquisição de 48% do capital da seguradora.

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“É preciso que o Governo tire o garrote ao SNS”, diz Bloco de Esquerda

  • Lusa
  • 20 Novembro 2019

Bloco de Esquerda defendeu que o Governo deve retirar "o garrote ao Serviço Nacional de Saúde" e permitir a contratação dos recursos humanos necessários.

O BE defendeu esta quarta-feira que o Governo deve retirar “o garrote ao Serviço Nacional de Saúde” e permitir a contratação dos recursos humanos necessários, insistindo num regime que promova a exclusividade dos profissionais.

Nas declarações políticas que decorrem no parlamento, em Lisboa, o BE, pela voz do deputado Moisés Ferreira, focou-se nos problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), considerando que o país não merece que este seja “o dos serviços mínimos” ou dos encerramentos, mas sim “o da resposta pronta para todas as necessidades”.

“É preciso, pois, que o Governo tire o garrote ao SNS, que permita contratar os profissionais necessários. Para isso não pode vigorar nenhum despacho que pretende ignorar a Lei de Bases ou a Lei de Reforço da Autonomia das Instituições”, defendeu.

Por isso, na perspetiva dos bloquistas “é preciso que se crie um regime que promova a exclusividade dos profissionais”, para que seja possível reter “aquele que é o recurso mais valioso do SNS”, que consideram estar atualmente a ser desperdiçados.

“O Bloco de Esquerda está disposto a propor, a contribuir e a criar esse regime de exclusividade. A questão é: estarão os senhores deputados dispostos a acompanhar?”, questionou Moisés Ferreira, em jeito de desafio, no final da sua declaração política.

Nos pedidos de esclarecimento, Álvaro Almeida, do PSD, concordou que é preciso reforçar o SNS, mas considerou que é preciso lembrar o porquê da situação ter chegado a este ponto.

“Temos uma degradação do SNS, que resulta das politicas do PS, que durante quatro anos governou o pais e o SNS a partir do Ministério das Finanças”, criticou.

Esta situação resulta por isso, na perspetiva do deputado social-democrata, de quatro Orçamentos do Estado que o Governo anterior “concebeu e executou”, mas que foram aprovados pelo BE, questionando quando é que os bloquistas vão assumir a sua responsabilidade no estado de degradação do SNS.

Também Ana Rita Bessa, do CDS-PP, responsabilizou o BE por esta situação, lembrando o apoio ao governo minoritário socialista durante a última legislatura.

A deputada centrista criticou o facto de, para o BE, “a culpa ser dos privados”, desaprovando “a nova solução, uma solução típica do BE que é de autoritarismo” de “obrigar os médicos a ficar no SNS”.

Pelo PS, a deputada Hortense Martins partilhou do orgulho do BE no SNS, assumindo que é preciso “continuar a reforçar” os recursos humanos.

“Só tornando mais atrativas as unidades do SNS e a valorização de carreiras, conseguiremos atrair mais profissionais”, disse a socialista.

Em relação à dedicação plena dos profissionais, a deputada do PS defendeu que devem ser dados “alguns passos, mas sempre faseados”.

Por seu lado, o deputado do PEV José Luís Ferreira acompanhou a preocupação dos bloquistas, num problema que “não é de agora” nem é novo, ao contrário do que disse o PSD, que critica por achar que “o mundo só começou há quatro anos”, ou seja, com a última legislatura.

Para o deputado ecologista, o Governo deveria querer fazer “boa figura” junto dos portugueses investindo na saúde e não junto da Comissão Europeia.

Paula Santos, do PCP, concorda com a ideia de se avançar com a dedicação exclusiva, mas também apontou ao PSD, que acusa de gostar de “pôr o conta quilómetros no ano 2016” e de estar mais preocupado “em defender o negócio” na saúde do que o próprio SNS.

“O PS faz referência às conquistas do SNS, mas a sua defesa não é com retórica, mas com medidas concretas que faltam fazer”, afirmou.

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Número de beneficiários de prestações de desemprego é o mais baixo desde 2001

  • Lusa
  • 20 Novembro 2019

O número de beneficiários de prestações de desemprego foi de 157.372 em outubro, o mais baixo da série de estatísticas mensais divulgadas pela Segurança Social

O número de beneficiários de prestações de desemprego foi de 157.372 em outubro, o mais baixo da série de estatísticas mensais divulgadas pela Segurança Social, iniciada em 2001.

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, o número de beneficiários de prestações de desemprego em outubro registou uma redução de 6,3% face ao mês anterior e um decréscimo de 5,1% face ao mesmo mês de 2018, atingindo o valor mais baixo entre as estatísticas disponibilizadas desde janeiro de 2001.

A série estatística mostra, por outro lado, que o número de beneficiários das prestações de desemprego atingiu o pico nos primeiros meses de 2013, em plena intervenção da ‘troika’, quando ultrapassou os 400 mil beneficiários.

Os dados incluem os beneficiários do subsídio de desemprego e também dos subsídios sociais de desemprego inicial e subsequente, bem como a medida extraordinária de apoio ao desemprego de longa duração.

Do total de beneficiários registados em outubro, 131.833 recebiam subsídio de desemprego, menos 6,8% face a setembro e uma queda de 3,9% em termos homólogos, segundo a síntese elaborada pelo gabinete de estratégia e planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Quanto ao subsídio social de desemprego inicial foram processadas 5.069 prestações em outubro, diminuindo 8,8% e 15,8% em cadeia e face ao mês homólogo, respetivamente.

Os números mostram que existiam ainda 19.612 desempregados a receber subsídio social de desemprego subsequente, correspondendo a reduções de 1,8% face ao mês anterior e de 6,1% relativamente ao homólogo.

Já a medida extraordinária de apoio aos desempregados de longa duração alcançou em outubro 1.694 pessoas, mais 0,5% comparando com setembro, mas menos 38,6% face ao período homólogo (menos 1.046 desempregados).

De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego recuou no terceiro trimestre para 6,1%, o valor mais baixo da série iniciada em 2011, e a população desempregada foi estimada em 323,4 mil pessoas.

Segundo o mais recente boletim da execução orçamental publicado pela Direção Geral do Orçamento, a despesa com prestações de desemprego caiu em 47,3 milhões de euros para 895,8 milhões em setembro.

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