Trabalhadores da banca juntos. “Mais Sindicato” terá mais força

  • Lusa
  • 12 Outubro 2019

SBSI quer juntar-se ao Sindicato dos Bancários do Centro, ao Sindicato dos Seguros de Portugal e ao Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Seguradora.

O Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) aprovou, em Lisboa, a alteração dos seus estatutos para poder fundir-se com mais três sindicatos, um também da banca e dois dos seguros, revelou o presidente. A aprovação da alteração dos estatutos ocorreu no XX Congresso Extraordinário do SBSI.

O SBSI quer juntar-se ao Sindicato dos Bancários do Centro, ao Sindicato dos Seguros de Portugal e ao Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Seguradora para formar uma nova estrutura, a “Mais Sindicato”.

Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, Rui Riso, disse que o propósito é ter “um sindicato mais forte” que abranja “todos os profissionais” do setor financeiro e com diferentes vínculos laborais.

“Um sonho de décadas”, descreveu Rui Riso, ressalvando que a fusão dos quatro sindicatos é “um processo exigente” que é feito pela primeira vez em Portugal e que requer vários “passos legais”.

A alteração dos estatutos do SBSI, um dos primeiros passos vai ser enviada ao Ministério do Trabalho para efeitos de validação.

A ser criado, o “Mais Sindicato” juntará 50 mil associados dos quatro sindicatos. O SBSI, o maior dos quatro, agrega 37 mil sócios e, além da atividade sindical, tem serviços de assistência médico-social, como lar de idosos, centros clínicos e hospital.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo com “pressa” para haver Governo. E Orçamento

  • Lusa
  • 12 Outubro 2019

"Portugueses querem é que rapidamente sejam apurados os resultados, nomeado o Governo, entre em funções, apresente o primeiro Orçamento", diz o Presidente da República.

O Presidente da República diz que “a estabilidade é uma coisa que se constrói todos os dias” e um processo que recomeça em cada legislatura, referindo que “não há dois governos iguais, nunca”.

Em declarações aos jornalistas, na Estufa Fria, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que há pressa no apuramento dos resultados, formação do Governo e subsequente apresentação e aprovação Orçamento do Estado para 2020, “para os portugueses saberem exatamente as linhas com que se vão coser” no próximo ano.

“Os portugueses querem é que rapidamente sejam apurados os resultados, nomeado o Governo, entre em funções, apresente o primeiro Orçamento e comece em cheio a nova legislatura. É isso que eles querem. Votaram, querem ver o resultado do voto o mais depressa possível”, afirmou.

Questionado se a inexistência de qualquer acordo escrito entre o PS e os partidos à sua esquerda pode trazer instabilidade, o chefe de Estado remeteu para declarações suas anteriores no sentido de que esse não é um fator essencial: “Sabem qual é a minha posição sobre essa matéria. Está definida há muito tempo”.

Em setembro de 2018, o Presidente da República declarou que não lhe “parece essencial” haver acordo escrito para a formação do Governo, quando foi entrevistado pelo jornalista e comentador Daniel Oliveira no ‘podcast’ “Perguntar não ofende”.

Em janeiro deste ano, em entrevista à Lusa, por ocasião dos três anos da sua eleição, Marcelo Rebelo de Sousa confirmou esta posição: “A mim faz-me alguma impressão haver a necessidade de acordo escrito para se garantir a duração da legislatura”.

Nas declarações que fez hoje aos jornalistas, o Presidente da República insistiu na ideia de que “é preciso, naturalmente, que se vá construindo a estabilidade dia a dia, semana a semana, mês a mês, ano a ano” e enunciou os próximos passos.

“Vamos por passos. O primeiro passo há de ser o apuramento dos resultados finais, ainda falta a votação dos emigrantes. O segundo passo há de ser a reunião da Assembleia da República. O terceiro passo há de ser a formação do Governo: a nomeação e a posse do Governo. O quarto passo há de ser a elaboração do Orçamento do Estado para o ano que vem. O quinto passo há de ser a apresentação e depois o debate na Assembleia da República”, disse.

Em seguida, defendeu: “Quanto mais depressa chegarmos ao último passo, que é, já no ano que vem, estar aprovado o Orçamento para esse ano, melhor, para os portugueses saberem exatamente as linhas com que se vão coser no ano de 2020”.

Questionado sucessivamente pela comunicação social se não teme um quadro de instabilidade, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou o contexto que encontrou quando assumiu as funções de Presidente da República, de “grande dúvida” sobre a continuidade do Governo e sobre a aprovação do Orçamento.

“Agora que houve eleições, o caminho recomeça. Cada vez que há eleições, recomeça este percurso”, sustentou, reiterando que é “um trabalho que vai sendo feito todos, todos os dias”.

Pela sua parte, reafirmou que “o Presidente da República cá está para garantir, para assegurar que tudo será feito para que essa estabilidade exista”.

“Para já, deixemos formar o Governo, começar o percurso e pensar no seguinte: cada vez que entra um Governo – e não há dois governos iguais, nunca, até porque o tempo não é o mesmo, o mundo não é o mesmo, a Europa não é a mesma e Portugal também não é o mesmo – é preciso recomeçar esse percurso de construção da estabilidade”, acrescentou.

A estabilidade tem de estar “ao serviço do progresso económico, do progresso social”, completou, insistindo que “é um caminho que tem de ser feito dia a dia, semana a semana, mês a mês”.

Marcelo Rebelo de Sousa foi ainda interrogado sobre as declarações do seu antecessor, Aníbal Cavaco Silva, sobre a situação do PSD, recusando fazer qualquer comentário.

“Eu já disse várias vezes que não comento as declarações de ex-presidentes, como no futuro, quando eu for ex-Presidente, não comentarei declarações de quem exercer a função na altura. Também não comento a situação interna dos partidos. E, portanto, isso significa, pelas duas razões somadas, que não vou comentar o que me pede para comentar”, respondeu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Inflação está negativa há três meses. Economistas dizem que “fenómeno é passageiro”

Já se registaram três meses seguidos de queda de preços em Portugal. Medidas como a descida do preço dos passes estão na base deste comportamento, mas o efeito será passageiro.

A inflação está em queda há três meses consecutivos, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Este comportamento pode ser perigoso, segundo os economistas, desmotivando o consumo e impedindo o dinheiro de circular. No entanto, a tendência que se verifica agora é um “fenómeno passageiro”, garantem os especialistas ouvidos pelo ECO.

Em julho, a taxa caiu 0,3%, face ao período homólogo, enquanto em agosto e setembro a descida foi de 0,1%. Estas quedas têm-se sentido, em grande parte, devido a “decisões administrativas” que influenciam os preços, como nota o INE. Medidas implementadas ao longo do ano, em áreas que têm peso no índice, tais como:

“Há aqui uma tendência de baixa da inflação em Portugal”. “É verdadeiramente clara”, aponta Filipe Garcia, presidente e economista da Informação de Mercados Financeiros (IMF), já que “não há efetivamente pressões inflacionistas relevantes em Portugal nos últimos tempos”.

A variação da taxa é também a mais baixa da área do euro. Tendo em conta que “a inflação está baixa um pouco por toda a Zona Euro”, estes valores em Portugal, “bastante abaixo dos outros países, refletem essa baixa de preços administrados, mostra também que, se calhar, não sobra assim tanto dinheiro quanto isso aos portugueses, caso contrário havia pressão maior sobre compras”, reitera.

Mesmo assim, o economista não vê que os “portugueses estejam a alterar os seus comportamentos de consumo devido a inflação baixa”. “A teoria diz que, quando estamos perante uma deflação, os consumidores podem-se sentir tentados a não consumir e esperar, por uma altura em que os bens sejam mais baratos. Mas não vejo isso a acontecer nesta altura“, indica Filipe Garcia. Uma situação que caracterizou durante vários anos a economia japonesa, onde o fenómeno de deflação era acompanhado de uma desaceleração.

O economista aponta ainda que “é normal que demore alguns meses a haver reflexo dos cortes na economia”. Por isso, no futuro, “a inflação negativa irá dissipar-se à medida que o efeito destes cortes, por exemplo nos transportes, manuais escolares e telecomunicações, que são ‘one off‘, se dissipem”.

A opinião é partilhada por João Loureiro, professor na Faculdade de Economia da Universidade do Porto. O economista diz ao ECO que estas quedas na inflação só são um mau sinal quando “são acompanhadas de quebra do PIB devido a recessões”, e de uma falta de procura. “Não é o caso, já que a economia portuguesa continua a crescer, portanto é um fenómeno passageiro e temporário”.

Como não está nas previsões um período de desaceleração económica bastante pronunciado, sendo que ainda esta quinta-feira foram conhecidas as estimativas do Conselho das Finanças Públicas, que apontam para um crescimento de 1,9% este ano, e do Banco de Portugal que aponta para uma progressão do PIB de 2%, Filipe Garcia acredita que “voltaremos a registos de inflação baixa, mas positiva”.

Aliás, nas previsões das duas instituições a inflação deverá terminar o ano em terreno positivo. Carlos Costa aponta para 0,4% em 2019, o que compara com 1,2% no ano passado enquanto Nazaré Cabral projeta uma inflação (medida pela taxa de variação do IHPC) de 0,3% para 2019, uma
aceleração para 0,6% em 2020 e uma estabilização em 1,2% no médio prazo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo fala em “dados animadores” sobre evolução da sardinha nas águas portuguesas

  • Lusa
  • 12 Outubro 2019

É proibido pescar sardinha desde este sábado, uma medida que visa ajudar a sustentabilidade da espécie. Mas o Governo antecipa um aumento da quota deste peixe em águas portuguesas este ano.

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, manifestou este sábado a intenção de encontrar posições equilibradas entre o negócio da venda de sardinha e a sustentabilidade da espécie e anteviu um aumento deste peixe no próximo ano.

“Nós estamos sempre divididos entre aquilo que é o desejo legítimo da nossa comunidade piscatória, da indústria conserveira da restauração para que se tenha mais quotas. Mas também temos a ambição de quem tem de proteger o oceano e todas as espécies”, afirmou a governante. Nesse sentido, Ana Paula Vitorino prometeu “conjugar o que são as informações científicas sobre o crescimento sustentável, consistente que as espécies estão a fazer com aquilo que são as necessidades legítimas dos setores que utilizam a sardinha”.

A ministra do Mar, que falava este sábado à tarde aos jornalistas, à margem de uma cerimónia sobre investimentos para o Porto de Sines, comentava desta forma o início da proibição da pesca da sardinha. Segundo um despacho assinado pelo secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, e publicado na quarta-feira em Diário da República, “a captura, manutenção a bordo e descarga de sardinha, com qualquer arte de pesca” está proibida desde as 12h00 deste sábado. O objetivo, segundo a tutela, é, mais uma vez, “garantir a sustentabilidade do recurso”.

Todos os anos tem ocorrido a suspensão da pesca da sardinha e implementadas medidas de proteção dos juvenis e impostos limites anuais às possibilidades de captura. No entanto, Ana Paula Vitorino traçou um cenário positivo para o próximo ano, antevendo um aumento de sardinhas em águas portuguesas.

“Os dados que nós temos são animadores. As indicações dos cruzeiros científicos do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) é que há mais sardinhas e mais juvenis. A presença de juvenis significa que para o ano poderá ter um aumento maior da espécie, pois existe renovação”, perspetivou Ana Paula Vitorino.

O estado do recurso sardinha está a ser avaliado pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES, na sigla em inglês), com o intuito de definir as possibilidades de pesca para 2020 para Portugal e Espanha.

Em setembro, a ministra do Mar reiterou que a quota da captura da sardinha para este ano é de até 9.000 toneladas, mantendo-se cautelosa com a possibilidade do aumento das capturas em 2020.

No entanto, para as organizações ibéricas da sardinha este valor é insuficiente, uma vez que estas defendem que a biomassa disponível permite uma atualização das possibilidades de pesca até cerca de 19 mil toneladas ainda este ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Puressentiel anunciou a tendência há 14 anos

A fundadora Isabelle Pacchioni revela a estratégia que tornou a marca de aromaterapia um "case study" de marketing.

Hoje é uma tendência, mas há 14 anos a aromaterapia estava longe de se assumir como algo que os consumidores procuravam para o seu dia-a-dia mais saudável. Na passagem por Portugal (o quarto mercado mais importante), os fundadores da marca líder em aromaterapia na Europa – a Puressentiel, explicam como este negócio familiar tem crescido e como se impôs com os seus 280 produtos, em cerca de 90 países.

http://videos.sapo.pt/7NYG3jzEltHf1tWqyR2F

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nova Comissão Europeia pode só tomar posse a 1 de dezembro

  • Lusa
  • 12 Outubro 2019

O presidente do Parlamento Europeu admitiu que é provável que a nova Comissão Europeia só entre em funções a 1 de dezembro, um mês depois de o previsto, por causa dos três nomes que foram chumbados.

O presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli, admitiu este sábado que provavelmente será impossível a nova Comissão Europeia tomar posse na data prevista, a 1 de novembro, podendo o processo ser adiado para o início de dezembro.

“O Parlamento está empenhado num mecanismo transparente. Agora, outros três comissários deverão ser propostos pela Roménia, Hungria e França e iremos começar no Parlamento a avaliar as suas candidaturas”, afirmou David Sassoli, citado pelas agências noticiosas italianas, durante uma reunião em Cernobbio, no norte da Itália. “Penso que talvez não seja mais possível respeitar a data de 01 de novembro, iremos para o 1 de dezembro”, admitiu o político italiano.

A votação de confirmação no Parlamento Europeu (PE) sobre o colégio de comissários proposto pela presidente da Comissão Europeia indigitada, a alemã Ursula von der Leyen, deverá acontecer, segundo o calendário previsto, no próximo dia 23 de outubro, numa sessão plenária em Estrasburgo (França). No entanto, três nomes do colégio foram chumbados pelas comissões do PE durante o processo de avaliação. O último nome foi o da candidata a comissária indicada por França, Sylvie Goulard.

O PE rejeitou na quinta-feira a nomeação de Sylvie Goulard como comissária europeia do Mercado Interno, com uma votação inequívoca de 82 votos contra, 29 a favor e uma abstenção. O parecer negativo dos eurodeputados das comissões parlamentares do Mercado Interno e da Indústria prendeu-se com a recusa de Sylvie Goulard de apresentar a demissão do cargo de comissária europeia caso seja acusada no processo dos empregos fictícios de assistentes do seu partido, o MoDem, no PE, o mesmo que a levou a demitir-se do Governo francês em junho de 2017, apenas um mês após ter assumido a pasta da Defesa.

O chumbo da candidata francesa foi mais um revés para Ursula Von der Leyen, que já tinha visto a comissão parlamentar de Assuntos Jurídicos vetar a nomeação do húngaro László Trócsányi (Vizinhança e Alargamento) e da romena Rovana Plumb (Transportes), por potenciais conflitos entre os seus interesses financeiros e as suas futuras funções.

A comissária indigitada por Portugal, Elisa Ferreira, recebeu parecer favorável a 3 de outubro. Elisa Ferreira, a quem a presidente eleita da nova Comissão Europeia atribuiu a pasta da Coesão e Reformas, foi aprovada “tecnicamente” por unanimidade por todos os grupos da comissão parlamentar de Desenvolvimento Regional. Ao ter recebido a luz verde dos eurodeputados, Elisa Ferreira torna-se a primeira mulher portuguesa a integrar o executivo comunitário desde a adesão de Portugal à comunidade europeia (1986).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Investimento no Porto de Sines deverá criar 900 empregos até 2039

  • Lusa
  • 12 Outubro 2019

O Governo estimou a criação até 2039 de 900 postos de trabalho no terminal XXI do Porto de Sines, na sequência de um investimento 660,9 milhões de euros do concessionário da infraestrutura.

O Governo estima a criação até 2039 de 900 postos de trabalho no terminal XXI do Porto de Sines, na sequência de um investimento de 660,9 milhões de euros do concessionário daquela infraestrutura portuária. Este investimento está previsto num aditamento ao contrato de concessão assinado esta tarde no Ministério do Mar, em Lisboa, entre a administração do Porto de Sines e a empresa concessionária PSA Sines.

A renovação desta concessão será por mais 20 anos, passando dos 30 inicialmente previstos para 50, e prevê um investimento global de 660,9 milhões de euros, que contempla a expansão do cais de acostagem, mas também a manutenção, substituição e renovação de equipamentos já instalados nas fases anteriores.

Deste investimento, a PSA Sines pretende aplicar 134,4 milhões de euros em infraestruturas, concretizadas entre fevereiro de 2021 e o final de 2023. Está previsto, igualmente, um investimento de 9,3 milhões de euros para a expansão da ferrovia, já existente, e 154,2 milhões para novos equipamentos a adquirir até 2027, num total de 297,9 milhões. A frente de cais do terminal, atualmente com 1.040 metros, passará a ter 1.950 e possibilitará a atracação simultânea de quatro navios porta-contentores de última geração. Com esta intervenção, o Governo estima aumentar a capacidade dos atuais 2,3 milhões TEU (medida padrão para calcular o volume dos contentores) para 4,1 milhões.

No final da cerimónia, em declarações aos jornalistas, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, destacou o facto deste investimento no terminal XXI resultar também na criação de mais emprego direto e indireto na região, estimando, em termos diretos, mais 900 postos de trabalho. “O porto de Sines já é o maior empregador da região e com este investimento vamos duplicar o emprego direto”, assegurou a governante.

Atualmente, o Terminal XXI emprega mais de mil pessoas e, com estas alterações, o Governo estima que o impacto no Produto Interno Bruto (PIB) seja de 118 milhões de euros, promovendo, em termos de efeitos diretos, indiretos e induzidos, a criação de cerca de 4.600 postos de trabalho.

Por seu turno, o diretor executivo regional da PSA para a Europa, David Yang, lembrou que quando o grupo assumiu a gestão do Porto de Sines, em 1999, “a cidade era pequena e tinha poucas infraestruturas”. “Em 20 anos tudo mudou. Da nossa parte não haverá retrocessos e iremos continuar a investir”, sublinhou.

Novo terminal de Sines vai custar 642 milhões e estará concluído em 2024

O Governo anunciou ainda o lançamento de um concurso público internacional para a concessão do novo terminal de contentores do Porto de Sines, uma obra orçada em 642 milhões de euros, que deverá estar concluída em 2024. O anúncio foi feito ao início da tarde de sábado pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que adiantou que o concurso será lançado formalmente na terça-feira, para um prazo de concessão de 50 anos.

Numa sessão pública realizada no Ministério do Mar, no concelho de Oeiras, a governante explicou que será um concurso público internacional para a concessão, em regime de serviço público, de um novo terminal de contentores no Porto de Sines (distrito de Setúbal), designado por Terminal Vasco da Gama.

O caderno de encargos contempla o projeto de construção e exploração, existindo um prazo de nove meses para apresentação de propostas. O Governo prevê que a adjudicação desta obra seja feita no último trimestre de 2020 e que esta possa ter início em 2021, com uma duração aproximada de três anos.

A construção do novo terminal de Sines representa um investimento total de cerca de 642 milhões de euros e terá uma capacidade de movimentação anual de 3,5 milhões de TEU (medida padrão para calcular o volume dos contentores). Do valor total de investimento, que será feito por fundos privados pela futura entidade concessionária, estima-se que 225 milhões de euros sejam para equipamentos e os restantes 417 milhões para infraestruturas.

A tutela estima que o novo terminal de Sines gere um impacto económico total de 524 milhões de euros, representando 0,28% do Produto Interno Bruto (PIB) e 0,33 % do Valor Acrescentado Bruto (VAB) português. Já a nível do emprego, o Governo acredita que possam ser criados 1.350 postos de trabalho diretos na fase de exploração.

No final da sessão, que serviu para oficializar o prolongamento da concessão do Porto de Sines, a ministra do Mar sublinhou que a construção do novo terminal poderá colocar o ‘hub’ de Sines ao nível dos grandes portos europeus, como é o caso do de Roterdão (Holanda) e Antuérpia (Bélgica).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cadeia francesa Courir vai entrar em Portugal no próximo ano

A Courir, cadeia francesa de lojas desportivas, prevê abrir as primeiras lojas em Portugal no segundo semestre do próximo ano.

Portugal atrai cada vez mais investimento estrangeiro. Depois da Mercadona é a vez da Courir. A cadeia francesa de lojas desportivas prevê abrir as primeiras lojas em Portugal no segundo semestre do próximo ano.

A Courir foi adquirida em março pelo fundo de investimento Equistone, ao Grupo Go Sport que atravessava grandes dificuldades financeiras, por 283 milhões de euros. Em poucos meses colocou a cadeia de lojas desportivas num projeto de expansão, com foco no mercado internacional. O próximo passo do grupo Courir é entrar no mercado português, segundo avançou a MDS, site especializado na indústria de moda.

De acordo com este processo de expansão, o grupo francês Courir abriu, no final de setembro, as duas primeiras lojas em Bruxelas, uma delas localiza-se numa das ruas mais importantes da Bélgica, a Rue Neuve. Para além da entrada em novos mercados internacionais, um dos focos do grupo é tentar atrair mais clientes do sexo feminino, que já pesam metade do volume de negócios do grupo, de acordo com Pierre Chambaudrie, diretor-geral da cadeia desde 2014, em entrevista ao FashionNetwork.com (acesso livre/ conteúdio em francês).

Pierre Chambaudrie explica que a estratégia da marca não é simplesmente abrir uma loja bandeira. “Instalamo-nos no país para o trabalhar e não apenas abrir uma única flagship para dizer: «A minha marca está aqui!». Em breve teremos quatro lojas em Madrid, cinco em Barcelona e Valência”, contou o responsável. “A prazo a ideia é ser líder em Espanha, depois líder na Europa, mas isso não será amanhã. Talvez depois de amanhã!”, ironizou na mesma entrevista publicada em julho. O diretor-geral da cadeia disse ainda que, em 2020, tem prevista a abertura de uma quinzena de lojas próprias no estrangeiro.

A empresa opera com 250 lojas e para além do mercado francês já está presente na Bélgica, Polónia, Espanha Magrebe, Médio Oriente e Luxemburgo. A conquista do mercado europeu tem subjacente a tentativa de atingir um volume de vendas de milhões de euros em 2025, um salto de 53,8% face aos 390 milhões que tem atualmente.

A cadeia francesa está a capitalizar o interesse crescente por ténis, num momento em que se tenta implementar um estilo de vida mais saudável nas populações. Em França por exemplo, por cada dois pares de sapatos vendidos um são ténis, por isso, de acordo com a Federação francesa de Calçado, a marca Courir está avaliada em nove mil milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Elegância do Giulia encontra a potência do diesel

O WLTP levou a Alfa a descobrir mais de potência no 2.2 JTD. Traz 190 cv capazes de tanto de garantir uma condução refinada, à premium, como mais arrojada, mostrando o lado mas desportivo do Giulia.

Curvas atrás de curvas e… mais curvas. O Giulia é uma delícia ao olhar, surpreendendo-nos com uma nova… curva de cada vez que olhamos para esta berlina de quatro portas italiana. Uma atrás de outra, transmitem uma imagem de elegância, que se pede nestes modelos, polvilhada com um lado mais agressivo, que atrai quem não resiste a um pouco mais de emoção na condução.

Os pára-choques “gordos” (o de trás com duas saídas de escape), os pára-lamas abaulados… e um capot longo que culmina num par de faróis esguios, rasgados, suportados pelo tradicional “V” da grelha da Alfa Romeo são “ingredientes” que ajudam ao modelo transalpino a diferenciar-se dos demais concorrentes. É um estilo que apaixona. E tem conquistado o coração de muitos portugueses.

É difícil ao Giulia passar despercebido na estrada, mesmo tendo começado a desfilar nela já há algum tempo. Mas melhor que olhar para ele, só mesmo estar lá dentro. O estilo desportivo está lá, mas em doses bem menos pronunciadas. Aquele botão de Start preso ao volante, a fazer lembrar muitos superdesportivos, como os Ferrari… É delicioso de ver. E carregar nele também.

A posição de condução perfeita pede para agarrar o volante com as duas mãos. E com a caixa automática de oito velocidades vêm as patilhas, que neste caso parecem retiradas de um carro de competição… são enormes, percorrendo por inteiro as laterais do volante, numa simbiose perfeita para quando se quer puxar pelo motor 2.2 JTD. É o mesmo que a marca já tinha, mas o WLTP levou a Alfa a descobrir um pouco mais de potência. Ganhou 10 cv. Agora são 190 cv.

Mira bem afinada

Em cidade, o Giulia 2.2 B Tech comporta-se com suavidade, especialmente quando temos o seletor DNA em Neutral (o N do DNA), um dos três disponíveis. Há ainda o All Weather (o A), para pisos mais escorregadios, mas é impossível conduzir o Giulia sem tirar partido do D, o Dynamic, o modo de condução em que mais facilmente perdoamos a suspensão mais seca desta berlina. Não filtra totalmente as irregularidades do piso, mas isso acaba por ser um must quando procuramos tirar partido de todas as capacidades do Giulia.

Quando encontramos estrada aberta, com o Dynamic selecionado, o Giulia mostra-nos um pouco mais desta sua faceta desportiva. Com o tempo de resposta do motor ao pisar do acelerador encurtado, as passagens de caixa mais rápidas, mas especialmente a direção (ainda) mais direta, os 190 cv empurram-nos (sim, é um automóvel de tração traseira) para a frente. É ver o ponteiro sair da posição vertical, a apontar para Sul, a chegar ao Norte num piscar de olhos.

Não há o ronco do Quadrifoglio, mas também não é isso que se quer neste modelo do segmento premium. Há, sim, uma resposta vigorosa, muito bem transmitida para o condutor pelo volante. Permite-nos saber a todo o momento onde vamos posicionar o carro antes, durante e depois de cada curva. O ESP ajuda, mas não impede uma escorregadela aqui e ali. Mesmo desligado, o Giulia não se atravessa, a menos que se faça mesmo por isso.

Tudo tem um preço. E soltar o lado mais desportivo do 2.2 JTD que está debaixo do capot do Giulia acaba por se traduzir em consumos um pouco mais elevados, mas nada de exorbitante. A Alfa Romeo reclama um consumo de apenas 5l/100 km, o que não é fácil de alcançar. Mas enquanto um pé mais vigoroso supera o patamar dos 8l/100 km, uma viagem mais tranquila ficar-se pelos 6l/100 km, um valor impressionante tendo em conta que não é um qualquer citadino. É uma berlina de segmento superior com uma etiqueta de pouco mais de 52 mil euros, aquém da concorrência alemã. São menos euros e mais emoção, para quem gosta da sensação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alvalade? Varandas admite dar nome de Cristiano Ronaldo ao estádio

  • ECO
  • 12 Outubro 2019

O presidente do Sporting, Frederico Varandas, admitiu numa entrevista que o estádio do Sporting poderá ser rebatizado com o nome de Cristiano Ronaldo.

Estádio José de Alvalade… ou estádio Cristiano Ronaldo?Vitor Oliveira/Flickr

O presidente do Sporting, Frederico Varandas, admite rebatizar o estádio de Alvalade e dar-lhe o nome do craque português Cristiano Ronaldo. A intenção foi relevada pelo próprio numa entrevista ao jornal italiano Tuttosport, citada pela Renascença.

“Cristiano é e sempre será um dos maiores símbolos da história do clube. Temos orgulho de estar associados a Cristiano Ronaldo e que o nome do melhor jogador de futebol do mundo esteja ligado ao Sporting”, disse o presidente leonino. E acrescentou: “É uma hipótese que, de momento, não colocamos de parte e da qual, obviamente, teríamos muito orgulho”.

O craque internacional, atualmente no plantel da Juventus, começou a carreira no Sporting. Este facto leva o presidente da SAD dos “leões” a manter viva a dinâmica da Academia: “No que diz respeito aos nossos jovens, estamos a tentar manter o exemplo dele [Ronaldo] dentro da Academia, o nosso centro desportivo onde trabalhamos todos os dias”, frisou Frederico Varandas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresários portugueses mais otimistas em relação a Angola

  • Lusa
  • 12 Outubro 2019

Os empresários portugueses estão mais otimistas em relação à economia angolana e também já estão de olhos postos nos países vizinhos.

Os empresários portugueses estão mais otimistas com a recuperação do mercado angolano, arriscando investimentos produtivos, mas também procuram oportunidades nos países vizinhos para onde alguns já exportam. A Lusa ouviu alguns responsáveis entre cerca de 300 expositores que marcaram presença na 4ª edição da ExpoIndústria, na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo.

Jorge Silva, diretor geral da Ferpinta Angola, que está no país desde 1997, descreve os últimos anos como “complicados”, devido à recessão, mas salienta que a empresa fabricante de tubos está expectante quanto novas oportunidades, no mercado interno, mas também nos países vizinhos. “É necessário aproveitar a experiência” adquirida em Angola e a Ferpinta já está a fazer prospeções de mercado, adiantou à Lusa.

Atualmente, a Ferpinta já faz “alguma exportações pontuais para a Republica Democrática do Congo e para a Namíbia”, mas Jorge Silva sublinha que se trata ainda de uma fase preliminar para perceber como se comportam estes mercados e a partir daí “definir estratégias”.

O empresário admite que alguns setores estão sobre dimensionados: “prepararam-se para responder às grandes obras e grandes empreitadas do passado e, neste momento, têm estrutura e máquinas que não estão a usar. Como tal, têm de pensar noutros mercados, por onde passará o crescimento”. A proximidade de Angola “é uma grande vantagem”, destacou. “Quando se pensa importar, pensamos na China e na Europa e normalmente esquecemos que há também fabricantes em África que podem responder às necessidades dos países africanos”. Apesar das contrariedades, a Ferpinta “está otimista e as coias vão correr bem”, resume.

Quando se pensa importar, pensamos na China e na Europa e normalmente esquecemos que há também fabricantes em África que podem responder às necessidades dos países africanos.

Jorge Silva

Diretor-geral da Ferpinta Angola

Para Ricardo Rocha, diretor geral da Sika Angola, uma empresa que possui uma fábrica de argamassas e aditivos para o betão em Angola há cerca de dez anos, o mercado começa a dar sinais de crescimento. “Ainda não está onde nós queremos, mas as perspetivas são boas”, afirmou o responsável da Sika Angola, indicando que já se veem alguma obras a começar e, por isso, ”há mais confiança”

A empresa suíça de produtos químicos para a construção entrou em Angola pela mão da Sika Portugal e emprega atualmente 42 trabalhadores no país. “Neste momento queremos preparar a nossa estrutura, queremos estar preparados para quando realmente houver um arranque da economia” e isso passa, segundo Ricardo Rocha, por formar quadros, e dinamizar a produção local. Neste momento, a fábrica tem 4 linhas de produção ativas, mas Ricardo Rocha avançou que 2020 “reserva uma surpresa”: mais uma linha de produção, no valor de cerca de 200 mil dólares.

Quanto ao impacto do IVA, que entrou em vigor este mês, defende que é positivo: “há uma altura complicada, a da implementação, que é um processo complexo, mas para uma organização como a nossa é muito positivo”, declarou, mostrando-se “confiante” na retoma da construção.

Os empresários portugueses em Angola estão mais otimistas em relação à economia do país. Também estão atentos aos países vizinhos,Freepik

Paulo Rocha, diretor-geral da Quinta de Jugais Angola, uma empresa que produz charcutaria e doces, criada em 2011, acredita também que o pior já passou e espera que, após alguns adiamentos, seja possível começar a produzir em Angola no próximo ano.

A fábrica que está a ser construída em Angola, que representa um investimento de 12 milhões de dólares, deve ser inaugurada em julho do próximo ano e começar a produzir no final de 2020. “A empresa entende que é muito importante produzir em Angola”, realçou.

A unidade industrial vai começar por produzir produtos de charcutaria como mortadela e fiambre, evoluindo depois para outros artigos. “Se conseguirmos chegar, numa primeira fase, às 50 a 60 toneladas de produtos produzidos cá, por mês, é um passo importante”, assinalou o responsável da Quinta de Jugais Angola.

“Temos vindo a fazer a nossa consolidação. O mercado angolano é obviamente importante para nós e, por isso, a Quinta de Jugais decidiu constituir empresa em Angola”, justificou Paulo Rocha. Desde 2016, “por força da crise de preços do petróleo”, a empresa tem sentido “alguma dificuldade no acesso às divisas que permitam a importação”, mas ao longo deste ano “tem havido estabilidade”. “Temos conseguido importar, não tudo o que desejávamos, mas na medida do possível”, adiantou o diretor-geral da empresa, que vende em Angola a mesma gama que a portuguesa Quinta de Jugais (charcutaria e doces), representando também os laticínios da Nova Açores.

A ExpoIndustria que abriu ao público na quarta-feira, chega ao fim este sábado. Na abertura da feira, que contou com a presença do Presidente angolano, João Lourenço, o secretário de Estado da Indústria angolano, Ivan do Prado, afirmou que os produtos industriais produzidos localmente são já capazes de competir com os importados, o que vai permitindo reduzir as importações e poupar divisas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

MasterCard, Visa, eBay, Stripe e Mercado Pago abandonam Facebook na criação da Libra

Há cinco novas baixas no consórcio que está a desenvolver a criptomoeda Libra do Facebook. Entre elas estão as renúncias da MasterCard e da Visa, que somam-se à do PayPal.

MasterCard e Visa decidiram abandonar a associação de fundadores da Libra, um grande passo atrás no projeto liderado pelo Facebook.Pixabay

Há novas baixas no consórcio montado pelo Facebook para desenvolver a criptomoeda Libra. A MasterCard e a Visa, assim como o eBay, a Stripe e o Mercado Pago, anunciaram esta sexta-feira que decidiram deixar de fazer parte do grupo de apoiantes do projeto idealizado por Mark Zuckerberg.

Estas saídas somam-se à recusa já anunciada pelo PayPal e podem ameaçar a intenção do Facebook, que pretende criar uma nova moeda digital de alcance mundial e suporte universal. Para tal, a rede social formou uma associação da qual faziam parte estas empresas até agora e onde permanecem outras, como é o caso da Farfetch, criada pelo português José Neves.

Concretamente, a renúncia da MasterCard e da Vida representa representa um grande passo atrás no projeto da Libra, uma vez que estas duas empresas detêm a “fatia de leão” do mercado de pagamentos digitais, pelo que a sua participação era crítica para o desenvolvimento de um ecossistema de pagamentos aceite pela generalidade dos comerciantes no mundo da internet.

Segundo a Reuters, permanecem na Libra Association empresas como a Lyft e a Vodafone. O grupo de apoiantes compõe-se agora, essencialmente, por empresas de capital de risco, telecomunicações e tecnologia.

Facebook já perdeu seis dos 29 fundadores da Libra

Através da rede social Twitter, o líder da equipa que está a desenvolver a Libra, David Marcus, confirmou que a MasterCard e a Visa decidiram abandonar o projeto, deixando-lhes “um agradecimento especial” por se terem mantido “até à 11.ª hora [ou seja, até muito perto de o projeto ser lançado]”. “A pressão tem sido intensa (um eufemismo), e eu respeito a decisão deles de esperarem até haver autorização regulatória para a Libra continuar versus as ameaças (de muitos) do setor”, indicou, sem especificar a que se referia.

Contudo, noutro tweet, David Marcus foi mais longe e “acautelou” que não é por estas desistências que o projeto não se vai realizar. “Claro que não são boas notícias no curto prazo, mas, de certa forma, é libertador. Fiquem ligados para novidades muito em breve. Mudanças desta magnitude são difíceis. Sabes que estás a fazer algo importante quando surge tamanha pressão”, rematou.

As decisões anunciadas na sexta-feira surgem depois de várias autoridades a nível mundial terem expressado preocupações em torno das implicações da Libra para a estabilidade do sistema financeiro mundial. Uma moeda criada pelo Facebook teria como público-alvo principal os milhares de milhões de utilizadores da rede social, o que faria com que a Libra facilmente se tornasse numa das moedas mais universais do mundo.

Uma das críticas mais recentes, aliás, partiu do secretário de Estado Adjunto e das Finanças de Portugal, Ricardo Mourinho Félix, que chegou às notícias internacionais por ser mais uma voz a juntar-se ao coro de críticas ao projeto do Facebook. Segundo Mourinho Félix, “Portugal partilha da preocupação de outros países europeus sobre a Libra e aguarda as recomendações do grupo de trabalho do G7 sobre moedas estáveis [as chamadas stable coins], que deverão ser conhecidas nos próximos dias”, afirmou.

Como explicou o governante português, a Libra “pode ser a primeira moeda privada a impor-se”, sem controlo de qualquer banco central, o que pode suscitar “elevados riscos com dimensão sistémica que lhe estão associados” e “limitar o alcance das ferramentas tradicionais da política monetária”. Mas, apesar das preocupações dos reguladores, o Facebook quer lançar a Libra na primeira metade do ano que vem.

(Notícia atualizada às 17h54 com reação do líder da equipa da Libra)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.