Marcelo indigita Costa como primeiro-ministro

O Presidente da República indigitou esta terça-feira António Costa como primeiro-ministro. A decisão foi tomada no dia em que foram ouvidos os dez partidos com assento parlamentar.

O Presidente da República indigitou esta terça-feira António Costa como primeiro-ministro, depois de o PS ter vencido as legislativas de domingo, embora sem maioria. O líder socialista tem agora luz verde para começar a formar Governo.

“Na sequência das eleições parlamentares no passado domingo, 6 de outubro, ouvidos, nos termos constitucionais, os partidos agora representados na nova Assembleia da República, e tendo em conta os resultados eleitorais, o Presidente da República indigitou hoje o Dr. António Costa, Secretário-Geral do Partido Socialista, como Primeiro-Ministro do XXII Governo Constitucional”, pode ler-se na nota da Presidência.

“Depois de publicados os resultados finais oficiais das eleições, seguir-se-á a primeira reunião do novo Parlamento e a nomeação e posse do Governo e, no prazo máximo de dez dias após a nomeação, a submissão do programa do Governo à apreciação da Assembleia da República”, acrescenta.

O Chefe de Estado teve pressa em ouvir os partidos e não esperou pelo apuramento dos resultados gerais das eleições de domingo. Falta conhecer como ficaram distribuídos os quatro lugares de deputado escolhidos através dos círculos eleitorais da Europa e de fora da Europa.

Apesar de o PS ter ficado aquém da maioria, a urgência de Marcelo não teve a ver com a falta de apoio parlamentar do Governo, mas sim com o facto de a 17 e 18 de outubro se realizar uma reunião do Conselho Europeu sobre o Brexit. Marcelo quer que Costa conheça as posições dos dez partidos que conseguiram assento parlamentar.

Depois de indigitado, António Costa vai ouvir na quarta-feira os partidos com quem fazer uma geringonça alargada: Bloco de Esquerda, PCP, PAN, Verdes e Livre. O objetivo é construir uma base de entendimento que garanta estabilidade governativa para os próximos quatro anos.

(Notícia atualizada)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Norte, Centro e Alentejo com 247 projetos sociais inovadores num investimento de 67,6 milhões de euros

  • Lusa
  • 8 Outubro 2019

As regiões Norte, Centro e Alentejo candidataram 247 projetos ao último concurso Parcerias para o Impacto da iniciativa Portugal Inovação Social, num investimento que ronda os 67,6 milhões de euros.

Entidades das regiões Norte, Centro e Alentejo candidataram 247 projetos ao último concurso Parcerias para o Impacto da iniciativa Portugal Inovação Social, que vão implicar um investimento total de 67,6 milhões de euros, foi esta terça-feora anunciado.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Portugal Inovação Social refere que o último concurso Parcerias para o Impacto da iniciativa para as três regiões “atingiu um número surpreendente de 247 candidaturas”, que correspondem “a um total de 67.640.907,65 euros de financiamento solicitado”.

No Norte foram apresentadas 111 candidaturas, no Centro 114 e no Alentejo 22, precisa a Portugal Inovação Social, referindo que a maioria dos projetos (217) é promovida por entidades da economia social.

Entre as 247 candidaturas, há 128 projetos de entidades que nunca tinham concorrido aos instrumentos de financiamento da Portugal Inovação Social e constata-se a presença de “mais empresas e instituições de ensino superior”.

De acordo com as regras do concurso, o financiamento público de cada projeto candidatado, proveniente do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego do Portugal 2020, “só pode representar 70%” do investimento necessário e os restantes 30% devem ser assegurados por investidores sociais públicos ou privados.

Por isso, as 247 candidaturas correspondem a um pedido de financiamento público total de 47.348.635,36 euros, “mais do que duplicando a dotação prevista para o concurso, que era de 20 milhões de euros”.

Por ser “mandatório” que os restantes 30% sejam garantidos por investidores sociais, as entidades que apresentaram as 247 candidaturas conseguiram angariar “um total de 20.292.272,29 euros junto de diversos tipos de investidores sociais, um número que revela sobretudo o crescente interesse pela inovação social por parte da sociedade civil”.

“Estes resultados confirmam um novo paradigma de investimento social em Portugal que aposta na inovação, no empreendedorismo com missão social, na criatividade ao serviço da solidariedade, na mudança de comportamentos e na promoção de novas formas de pensar e de agir”, considera o presidente da Portugal Inovação Social, Filipe Almeida, citado no comunicado.

No total, são 467 as entidades que surgem nas candidaturas na qualidade de investidores sociais, nomeadamente 250 empresas privadas, 112 municípios, 46 freguesias, comunidades intermunicipais e empresas municipais, 17 fundações e 14 associações, entre outros.

Isto “demonstra o cada vez maior conhecimento e interesse por projetos de inovação social“, refere a Portugal Inovação Social, indicando que há “dois setores a liderar o investimento social: as empresas privadas, que representam 53%, e os municípios, que representam 24%, das entidades dispostas a financiar projetos.

O instrumento de financiamento do concurso Parcerias para o Impacto, um dos quatro geridos pela Portugal Inovação Social, destina-se a financiar em 70% a implementação, o desenvolvimento ou a expansão de projetos com impacto social em áreas como Educação, Saúde, Emprego, Justiça e Inclusão Social.

A Portugal Inovação Social é uma iniciativa pública nacional, pioneira na Europa, que tem como objetivo promover a inovação e o empreendedorismo social e dinamizar o mercado do investimento social em Portugal, através da mobilização de cerca de 150 milhões de euros em Fundos da União Europeia.

Além das Parcerias para o Impacto e dos Títulos de Impacto Social, a Portugal Inovação Social gere mais dois instrumentos de financiamento: Capacitação para o Investimento Social e Fundo para a Inovação Social.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Presidente da República apoia a 11.ª edição do Rock ‘n’ Law

Marcelo Rebelo de Sousa já garantiu o alto patrocínio na 11.ª edição do Rock 'n' Law, que decorre a 22 de novembro, no Kais. “Juntos para combater o abandono e cuidar dos nossos idosos” é o mote.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, voltou a garantiu o seu alto patrocínio para a 11.ª edição do Rock ‘n’ Law (RnL) que este ano decorre a 22 de novembro, no Kais, em Lisboa. A confirmação foi dada pela organização do evento na sua página oficial de instagram.

“Juntos para combater o abandono e cuidar dos nossos idosos” é o mote do evento que juntará vários escritórios de advogados no palco, distribuídos por várias bandas. Os donativos angariados no Rock ‘n’ Law irão ser entregues este ano à Associação de Solidariedade Social Nossa Senhora do Mar, em Odemira. A associação, conhecida por Centro de Dia de Zambujeira do Mar, iniciou a sua atividade em 2001 e conta com duas valências – Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário.

“O RnL procura sempre chegar às camadas mais frágeis da sociedade. Ao longo da uma década apoiámos 17 projetos com grande mérito, que ajudam diariamente pessoas em situação de extrema fragilidade”, refere à Advocatus, Francisco Proença de Carvalho, sócio da Uría Menéndez – Proença de Carvalho e baterista de um das bandas que esteve no evento.

A próxima edição do Rock ‘n’ Law vai unir, mais uma vez, bandas dos diversos escritórios de advogados e o coordenador já confessou que este ano são prováveis surpresas “com a inclusão em algumas bandas de artistas profissionais de renome”.

O sucesso da iniciativa extravasa a advocacia e existem vários pedidos de outras profissões para entrarem no palco do Rock ‘n’ Law. “Este é um festival de bandas constituídas, essencialmente, por advogados. E há tanto talento musical no mundo da advocacia que, por razões operacionais, é difícil incluir mais bandas”, explica Francisco Proença de Carvalho.

O evento é já dia 22 de novembro e conta com o ECO/Advocatus como media partner.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco Montepio vende ativos imobiliários com valor de 102 milhões de euros à Façanha Cristalina

  • Lusa
  • 8 Outubro 2019

Segundo o Montepio, a carteira tem um valor bruto contabilístico de 102 milhões de euros e é composta por 1.062 imóveis, “com uso predominantemente residencial”, espalhados pelo território português.

O Banco Montepio vendeu uma carteira de ativos imobiliários, com um valor bruto contabilístico de 102 milhões de euros, à empresa portuguesa Façanha Cristalina, detida integralmente por um consórcio de investidores estrangeiros, foi esta terça-feira anunciado.

“No passado dia 30 de setembro, o Banco Montepio alienou uma carteira de ativos imobiliários designada por BRICK’ à empresa Façanha Cristalina, S.A., empresa portuguesa integralmente detida por um consórcio de investidores estrangeiros, que reforçaram o seu posicionamento no mercado português”, indicou, em comunicado, o banco.

De acordo com a instituição financeira, a carteira tem um valor bruto contabilístico de 102 milhões de euros e é composta por 1.062 imóveis, “com uso predominantemente residencial”, espalhados pelo território português.

“A concretização desta operação materializa a estratégia do Banco Montepio de contínua redução de ativos não estratégicos e do reforço do foco no negócio bancário”, concluiu a instituição financeira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

WhatsApp admite envio massivo de mensagens de forma irregular nas eleições brasileiras de 2018

  • Lusa
  • 8 Outubro 2019

A aplicação de mensagens admitiu, pela primeira vez, que nas eleições brasileiras "houve a atuação de empresas fornecedoras de envios massivos de mensagens" que violaram as regras do WhatsApp.

A aplicação de mensagens WhatsApp admitiu, pela primeira vez, que nas eleições presidenciais no Brasil, no ano passado, se verificou o envio massivo de mensagens, com sistemas automatizados contratados por empresas, informou a imprensa brasileira.

“Na eleição brasileira do ano passado houve a atuação de empresas fornecedoras de envios massivos de mensagens, que violaram os nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas”, afirmou o gestor de políticas públicas e eleições globais do WhatsApp, Ben Supple, numa palestra no Festival Gabo, na Colômbia, citado pelo jornal Folha de S. Paulo.

Questionado se o uso do WhatsApp por campanhas políticas violava as regras da plataforma, Ben Supple afirmou que não, desde que as regras de uso sejam cumpridas.

“Não viola desde que se respeitem todos os termos de uso [que vedam a automação e envio massivo de conteúdo]. Todos estão sujeitos aos mesmos critérios, não importa se quem usa é um candidato à Presidência ou um camponês do interior da Índia”, declarou o mesmo executivo.

Numa série de reportagens lançadas em outubro de 2018, mês das eleições presidenciais no país sul-americano, a Folha de S. Paulo revelou a contratação de empresas de marketing que faziam envios massivos de mensagens políticas, de forma fraudulenta.

Segundo o jornal, empresários apoiantes do então candidato Jair Bolsonaro pagaram pelo envio de mensagens em massa contra o adversário do Partido dos Trabalhadores (PT) Fernando Haddad, que acabou derrotado nas eleições.

Haddad também acabou por ser multado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter impulsionado, de forma irregular, conteúdos contra o então seu adversário e agora Presidente do país, Jair Bolsonaro.

No Festival Gabo, Ben Supple condenou os grupos públicos formados na plataforma WhatsApp que são acedidos através de links que distribuem conteúdo político.

“Vemos esses grupos como tabloides sensacionalistas, onde as pessoas querem espalhar uma mensagem para uma plateia e normalmente divulgam conteúdo mais polémico e problemático. (…) A nossa visão é: não entre nesses grupos grandes, com pessoas que você não conhece. Saia desses grupos e denuncie”, acrescentou Ben Supple.

Nas eleições presidenciais brasileiras, que elegeram Jair Bolsonaro, em 2018, o WhatsApp foi um meio privilegiado para a difusão de notícias falsas (também designadas fake news).

Segundo disse à Lusa, em fevereiro passado, o diretor da agência AP Exata e investigador da Universidade do Minho Sérgio Denicoli, as notícias falsas que circularam na Internet influenciaram o resultado das eleições no Brasil em 2018.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Não sabe o que aconteceu nos mercados? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 8 Outubro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Não há uma sem duas: Avila Spaces vence prémio de melhor espaço de coworking de Lisboa

Pelo segundo ano consecutivo, o Avila Sapaces vence o "Coworker Members’ Choice Award". O galardão foi dado pelo site Co-worker com base nas críticas e opiniões de clientes de espaços partilhados.

O Avila Spaces venceu esta terça-feira, pelo segundo ano consecutivo, o prémio de melhor espaço de coworking de Lisboa. O prémio “Coworker Members’ Choice Award” foi dado pelo site norte-americano Co-worker com base nas críticas e avaliações de clientes dos espaços de trabalho partilhados em várias cidades a nível mundial.

Para o CEO do Avila, Carlos Gonçalves, este é um “voto de confiança” e o reconhecimento do trabalho feito no último ano, já que a empresa tinha um peso acrescido por ter ganho o mesmo prémio no ano passado. “Depois de termos ganho o prémio de melhor coworking de Lisboa em 2018, tivemos de elevar o nível dos nossos serviços e fazer tudo para que os nossos clientes se sentissem ainda melhor em nossa casa”, lê-se no comunicado de imprensa.

Segundo o responsável, este é também a prova de que os clientes “reconhecem as inovações” que a empresa tem desenvolvido ao longo do ano, referindo-se, por exemplo, ao Quiosque Digital que funciona como uma “rede social privada, exclusiva para os seus utilizadores, onde todos têm um perfil e podem contactar, ou ser contactados, para potenciar o negócio das suas empresas”.

O Avila Spaces foi criado em 2004 e, nessa altura, dispunha apenas da possibilidade de arrendamento de escritórios. Quatro anos mais tarde, em 2008, decidiu abrir o seu primeiro espaço de coworking. Com dois espaços em Lisboa e uma rede de mais de 400 clientes, oferece ainda a possibilidade aos seus clientes de relaxarem no Business Lounge.

“Temos tido uma preocupação cada vez maior pelo bem-estar dos profissionais. As boas práticas apontam para a coabitação de vários modelos: open-space, salas fechadas, phone-booths e áreas de lazer para pequenas pausas durante o trabalho. E é essa a grande mais-valia do Avila Spaces, aliada às inovações tecnológicas que oferecemos aos nossos clientes”, destaca Carlos Gonçalves.

O Coworker Members’ Choice Award são os únicos prémios a nível mundial a ser atribuídos com base nas críticas e opiniões dos clientes. De acordo com a nota de imprensa, o Co-worker tem mais de cem mil utilizadores inscritos e uma base de dados com espaços de trabalho partilhados em mais de 164 países.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Moody’s: Vitória do PS é “positiva para o rating” de Portugal

Apesar de não ter tido maioria absoluta, o PS de António Costa aumentou o número de deputados no Parlamento, nas legislativas deste domingo. A agência de rating vê o resultado eleitoral como positivo.

A vitória do Partido Socialista (PS) nas eleições legislativas deste domingo é positivo para o rating de Portugal, segundo acredita a Moody’s. A agência de notação financeira antecipa que a solução governativa seja mais sólida que a anterior e que não haja alterações na política económica e financeira seguida pelo novo Executivo.

“Apesar de ter falhado a maioria absoluta, o resultado é positivo para o crédito porque a posição reforçada do PS no Parlamento significa que qualquer alteração material na abordagem disciplinada em relação à política orçamental é, agora, menos provável“, explica a Moody’s num relatório a que o ECO teve acesso.

Numa altura em que faltam apurar quatro mandatos dos círculos da Europa e de fora da Europa, os resultados eleitorais atribuem 36,65% dos votos ao PS (106 dos 230 lugares disponíveis no Parlamento), acima dos 28% conseguidos pelo PSD de Rui Rio (77 lugares). Agora, o partido de António Costa tem de escolher com quem vai negociar a geringonça 2.0, sendo que, à esquerda, o Bloco de Esquerda teve 10% (19 lugares), o PCP 6% (12), o PAN 3% (quatro) e o Livre 1% (um).

Costa vai negociar com os quatro partidos na quarta-feira, já depois de se ter encontrado com o Presidente da República. Tendo em conta que precisa agora de um menor número de deputados para ter maioria parlamentar do que em 2015 (quando negociou a geringonça), António Costa poderá ter maior margem de manobra.

“O resultado dá ao PS uma posição mais forte com a qual governar, tendo ganho mais assentos do que todos os países de centro-direita juntos”, lembra a Moody’s. “De forma geral, o resultado significa que alterações materiais na direção da política orçamental de Portugal são improváveis“.

PS mais resistente a pressões para aumentar despesa pública

A agência de rating, que foi a última entre as pares a tirar Portugal do “lixo” depois da crise e que avalia agora o país apesar um degrau acima desse limiar (em Baa3), lembra que o PS garantiu, ao longo da campanha, que o país irá manter a “disciplina orçamental” e que procurará “o excedente orçamental como forma de se proteger contra uma inversão no ciclo económico”.

“Ainda para mais, a nova aritmética parlamentar significa que [o PS] pode aprovar legislação, se o BE e o PCP se abstiverem. Isso permite ao resistir a pressões para aumentar a despesa pública nos próximos anos, incluindo vinda de partidos que o poderão apoiar em muitas outras medidas”, acrescentou a Moody’s.

Em 2015, o objetivo de virar a página da crise unia PS, BE e PCP. Ao longo dos últimos quatro anos, a economia teve o crescimento do século e as contas pública aproximaram-se do equilíbrio. Os partidos à esquerda pedem que, em vez de um défice de 0%, a margem orçamental seja realocada em serviços públicos. O PS considera que é preciso manter a consolidação orçamental.

Esta era uma das preocupações das agências de rating, que têm desde final de setembro feito sucessivos upgrades à notação da República. A Moody’s é a terceira a pronunciar-se sobre as eleições e também a norte-americana Fitch e a canadiana DBRS concordam que o resultado é positivo para a notação financeira de Portugal. Igualmente, bancos e investidores estão a mostrar confiança no próximo Governo.

A última vez que a Moody’s avaliou o rating de Portugal foi em agosto, quando decidiu manter a notação inalterada, ou seja, continuou a ser a agência que atribuiu a pior classificação à dívida nacional. No entanto, melhorou o outlook para “positivo”, do anterior “estável”, justificando a decisão com a descida sustentável da dívida portuguesa. A Moody’s só volta a avaliar Portugal no próximo ano e ainda não tem data marcada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dificuldade em organizar reuniões ou ordenar a secretária? Marie Kondo quer rearrumar o seu trabalho

"Joy at work" vai ser lançado em abril de 2020 e dá dicas práticas, estratégias e conselhos para o ajudar a eliminar a desorganização no trabalho e a encontrar uma carreira que lhe dê satisfação.

Tem a secretária cheia de papéis desorganizados, vários emails por responder ou dificuldade em organizar uma reunião? Marie Kondo, especialista em organização, tem a solução perfeita para si. A japonesa prepara-se para lançar Joy at Work [Alegria no trabalho], o livro que nos ensina tudo sobre como ordenar a vida laboral, desde a secretária à agenda.

Este livro oferece histórias, estudos e estratégias para o ajudar a eliminar a desordem e criar espaço para o trabalho que realmente importa”, escreveu Marie Kondo no seu perfil de Instagram, aquando do anúncio do lançamento.

A obra, escrita em coautoria com o psicólogo organizacional Scott Sonenshein, pretende fornecer dicas práticas ao leitor para que consiga ter um espaço de trabalho arrumado e organizado, assim como, ajudá-lo a “encontrar uma carreira que lhe dê satisfação pessoal“, explicou a autora do bestseller “TheLife-ChangingMagicofTidyingUp” [A mágica da arrumação – a arte japonesa de colocar ordem na sua casa e na sua vida], à revista Forbes.

Entre as várias questões abordadas ao longo do livro, como não conseguir dar resposta aos emails que recebe, a dificuldade em organizar documentos, reuniões desnecessárias, ou “conflitos que põe a alegria no trabalho”, o psicólogo e professor da área de gestão da Universidade de Rice destaca o entusiasmo por associar a sua pesquisa “como psicólogo organizacional ao método de KonMari e dar às pessoas, técnicas, conselhos e inspiração”.

O lançamento está marcado para abril do próximo ano e, de acordo com a editora, o livro vai ajudar os leitores a superar os “desafios da bagunça no local de trabalho e aproveitar a produtividade, sucesso e alegria que advém de uma secretária e mente organizadas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Depois da dívida portuguesa, DBRS sobe o rating dos depósitos da CGD

Decisão sobre os depósitos do banco público segue-se ao upgrade feito na sexta-feira à notação financeira da dívida pública portuguesa.

A DBRS subiu o rating dos depósitos de longo prazo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em um nível, para ‘BBB (high)’, do anterior ‘BBB’. Este é o mesmo grau em que está a notação financeira de Portugal e segue-se à decisão tomada na sexta-feira passada de fazer um upgrade à avaliação que faz da dívida pública portuguesa.

“Como resultado do upgrade, o rating dos depósitos de longo prazo do banco está agora posicionado um nó acima da avaliação intrínseca. Isto tem em consideração o esquema de preferência completa dos depositantes em caso de insolvência e resolução do banco, implementado pela lei portuguesa em março de 2019 e a decrescente probabilidade de os depósitos absorverem perdas”, explica o relatório publicado esta terça-feira pela DBRS.

Além do rating dos depósitos de longo prazo, a DBRS também subiu a notação dos depósitos de curto prazo para “R-1 (low)”, do anterior nível de “R-2 (high)”. Os ratings dos depósitos da CGD são amplamente influenciados pela notação da dívida portuguesa, pelo que o banco está a beneficiar também da revisão de sexta-feira.

A DBRS subiu o rating de Portugal seis meses depois de ter “aberto” a porta à revisão em alta da notação da dívida do país, e na véspera das eleições legislativas. A agência canadiana elevou a classificação em um nível, colocando-a em “BBB (high)”, sendo que o Governo congratula-se com a decisão, vendo-a como uma “tradução da política de credibilização de Portugal”.

Foi a 5 de abril que a DBRS reafirmou a notação de ‘BBB’, mas melhorou o outlook, elevando-o de “estável” para “positivo”. Agora, concretizou essa melhoria de perspetiva, revendo a classificação em um nível — com uma perspetiva “estável” –, deixando a dívida pública portuguesa três níveis acima de “lixo” financeiro. O rating português está no nível mais elevado em oito anos, igualando o de Itália.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mercedes-Benz.io faz voar os candidatos. Recruta em pleno “voo”

O centro digital da marca alemã em Lisboa voltou a apostar em processos de recrutamento atípicos. Desta vez, os candidatos foram testados numa descida de slide e a Mercedes revelou os resultados.

A Mercedes-Benz.io continua a apostar nos processos de recrutamento “fora da caixa”. Num vídeo publicado esta segunda-feira na página oficial do Facebook, a empresa alemã revelou os resultados da última fase de recrutamento para o polo tecnológico da empresa. Desta vez, os candidatos foram testados numa descida de slide.

Enquanto os candidatos vão deslizando presos por um cabo de aço, Alexandre Vaz, CEO da Mercedes-Benz.io Portugal, desafia-os a cantar uma música, a descrever a receita preferida e a explicar porque é que devem ser escolhidos para trabalhar na empresa. Esta é uma forma rápida de avaliar as competências de uma geração “que se move rápido”, e testar as soft skills necessárias num “ambiente arrojado” como o da Mercedes, explica o CEO.

No final de dezembro de 2017, a Mercedes.io lançou a campanha “Step into our office”. Neste processo de recrutamento fora do comum, os candidatos foram entrevistados por Alexandre Vaz, a bordo de um Mercedes-Benz C63 AMG V8 Biturbo com 510 cavalos, conduzido por um profissional.

“O número de interessados em trabalhar no Mercedes-Benz.io em Lisboa é cada vez maior. Por isso, as nossas entrevistas são cada vez mais rápidas”, lê-se na descrição do vídeo.

A Mercedes-Benz.io está a contratar no mercado nacional e há vagas para as áreas de data insights, digital analytics, engenharia de software, gestão de qualidade, arquitetura, cloud, e-commerce, gestão de controlo e de produtos e gestão de projeto. As candidaturas podem ser submetidas no site oficial.

No início do ano, fonte oficial da marca alemã afirmou que o objetivo era chegar ao final deste ano com mais de 140 pessoas no polo digital de Lisboa. O hub da Mercedes-Benz.io, designado como “Jungle” fixou-se no Mercado da Ribeira, em Lisboa, em 2017.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Contas da SATA representam desvio de “objetivo declarado”, alerta Governo dos Açores

  • Lusa
  • 8 Outubro 2019

A secretária regional dos Transportes do Governo dos Açores afirma que as contas do primeiro semestre da transportadora aérea SATA representam um "desvio" face ao "objetivo declarado".

A secretária regional dos Transportes do Governo dos Açores, Ana Cunha, reconheceu esta terça-feira que as contas do primeiro semestre da transportadora aérea SATA representam um “desvio” face ao “objetivo declarado” pela administração da empresa.

“As contas foram apresentadas, até de uma forma excecional houve uma apresentação pública (…) Foi feito isto de forma pública, excecionalmente, porque representam um desvio relativamente ao compromisso do CA ou, pelo menos, o seu objetivo declarado e público e por nós, Governo Regional, subscrito“, declarou a governante, falando aos jornalistas após ter sido ouvida pela Comissão de Economia do parlamento dos Açores.

As duas companhias aéreas da SATA registaram no primeiro semestre de 2019 um prejuízo de 33,5 milhões de euros, cabendo à Azores Airlines – que voa de e para fora dos Açores – a maior fatia das perdas (26,9 milhões).

Em conferência de imprensa tida recentemente em Ponta Delgada, o presidente do conselho de administração da SATA, António Teixeira, adiantou ainda que o prejuízo da SATA Air Açores, que faz as ligações entre as nove ilhas do arquipélago, foi de 6,64 milhões de euros.

Em 2018, a SATA registou um prejuízo de 53,3 milhões de euros, um agravamento de 12,3 milhões face ao ano de 2017.

Na apresentação das contas de então, o presidente da empresa manifestou a intenção de baixar os prejuízos em 2019 para cerca de metade do registado em 2018, o que foi já assumido como um “compromisso comprometido”.

Agora, diz Ana Cunha, que tutela no executivo regional os Transportes, é preciso continuar a implementar o plano de reestruturação da empresa, havendo “algumas medidas já conhecidas” e apresentadas pela administração da empresa precisamente na conferência de imprensa onde foram apresentados os números entre janeiro e junho.

A conclusão do processo de ‘phase out’ (fim de vida) do Airbus A310, a otimização de escalonamentos de tripulações e a melhoria da regularidade e pontualidade dos voos, com impacto positivo nas compensações financeiras a passageiros, são algumas das medidas destacadas pela administração.

Nos voos domésticos, haverá progressivamente a adoção de uma classe única económica e uma alteração do sistema de ‘catering’, ao passo que se encontra em negociação o ‘outsourcing’ do ‘call center’ da empresa, o que só avançará “caso haja benefício direto para o grupo SATA”, é referido.

Ana Cunha foi ouvida esta terça-feira a propósito de uma petição que pede que a Assembleia Legislativa dos Açores delibere no sentido de dar instruções ao Governo Regional para nomear, com caráter de urgência, uma Comissão de Gestão da SATA.

Para a governante, esta figura jurídica “não tem enquadramento normativo” e as “competências” que a petição prevê para a comissão “são as de um conselho de administração, tal como resulta da lei”.

Para o primeiro peticionário, André Silveira, também ouvido pelos parlamentares da Comissão de Economia, há uma “enorme preocupação da sociedade em geral sobre o estado financeiro e operacional” da transportadora açoriana, pedindo o responsável um “acordo alargado entre as forças políticas” para, no “médio a longo prazo”, haver uma “solução estável com profissionais” do setor que administrem a empresa.

A ideia da hipotética Comissão de Gestão, reconheceu, seria substituir-se “ao papel do Governo Regional” na gestão da empresa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.